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#Dicas - Competência privativa do chefe do executivo - julgados do STF (fev 2019)

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Sumário

DICAS JAN 2019 SEMANA 5 ... 2

CONSTITUCIONAL ... 2

#Dicas - Competência privativa do chefe do executivo - julgados do STF (fev 2019) ... 2

Comissões parlamentares de inquérito (fev 2019) ... 3

ADMINISTRATIVO ... 4

O que é repactuação? (fev 2019) ... 4

O que é administração pública dialógica? (fev 2019) ... 7

TRIBUTÁRIO ... 8

O ISSQN fixo pode ser recolhido pelas sociedades limitadas? (fev 2019) ... 8

ECONOMICO ... 9

Direito Economico - Parte 10 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm) (fev 2019) ... 9

Direito Economico - Parte 11 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm) (fev 2019) ... 10

Direito Economico - Parte 12 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm) (fev 2019) ... 11

PROCESSO CIVIL ... 13

Execução fiscal x recuperação judicial (fev 2019) ... 13

Quais são as espécies de defesa no âmbito do processo civil? (fev 2019) ... 13

PROCESSO PENAL ... 15

PERMISSÃO DE SAÍDA X SAÍDA TEMPORÁRIA (fev 2019) ... 15

CPP - Reserva de Jurisdição (Tema presente na MPE-PB FCC 2018) (fev 2019) ... 15

SIMULADOS ... 17

#Simulado - letra de lei - CPC e legislações processuais (fev 2019) ... 17

#Simulado - Jurisprudência STJ (fev 2019) ... 19

TRIBUTOS MUNICIPAIS (fev 2019) ... 21

PRINCÍPIOS DO MEIO AMBIENTE E POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (fev 2019) .... 24

MANDADO DE SEGURANÇA (fev 2019) ... 26

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (fev 2019) ... 28

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DISCURSIVAS ... 33 (PGE-PR 2a fase) É possível a penhora de faturamento em sede de execução fiscal? Pode abranger os valores relativos aos honorários advocatícios? ... 33 (PGM-Curitiba 2a fase) Quais são os fundamentos da desapropriação? Justifique sua

resposta. ... 34 (Direito Civil) Contrato de “vaca-papel”. Ocorrência e consequências (Questão discursiva) . 34

DICAS JAN 2019 SEMANA 5

CONSTITUCIONAL

#Dicas - Competência privativa do chefe do executivo - julgados do STF (fev 2019)

1. Não usurpa a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a administração pública, não trata da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos. Tratava-se de instalação de câmeras em escolas;

2. Inviável o projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo que disponha a propósito [de] servidores públicos – "anistia" administrativa, nesta hipótese – implicando aumento de despesas para o Poder Executivo.

3. Importante! A posterior sanção do chefe do executivo não convalida o vício de iniciativa;

4. Viola a cláusula de reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, a, extensível aos Estados-membros por força do art. 25 da CF) a concessão de gratificação a policiais militares integrantes de assessoria militar junto ao Tribunal de Contas estadual.

5. É inconstitucional a norma de Constituição do Estado-membro que disponha sobre valor da remuneração de servidores policiais militares.

6. Descabe, em lei orgânica de Município, a normatização de direitos dos servidores, porquanto a prática acaba por afrontar a iniciativa do chefe do Poder Executivo.

7. A Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de direito tributário. O ato de legislar sobre direito tributário, ainda que para conceder benefícios jurídicos de ordem fiscal, não se equipara, especialmente para os

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fins de instauração do respectivo processo legislativo, ao ato de legislar sobre o orçamento do Estado.

8. O tema já foi enfrentado em diversos julgados do STF e a jurisprudência da Corte é uníssona em negar a exigência de reserva de inciativa em matéria tributária, ainda que se cuide de lei que vise à minoração ou revogação de tributo.

9. A locução constitucional "regime jurídico dos servidores públicos" corresponde ao conjunto de normas que disciplinam os diversos aspectos das relações, estatutárias ou contratuais, mantidas pelo Estado com os seus agentes. Precedentes.

10. A iniciativa de projeto de lei objetivando a disciplina de central de atendimento telefônico de serviço do Executivo cabe a este último e não ao Parlamento.

11. Requisitos para existir emenda parlamentar: os dispositivos introduzidos por emenda parlamentar não podem estar destituídos de pertinência temática com o projeto original; os dispositivos introduzidos por emenda parlamentar não podem acarretar aumento de despesa ao projeto original.

Comissões parlamentares de inquérito (fev 2019)

São comissões temporárias, para investigar fato certo e por tempo determinado. O fato deve ser relevante para a vida pública e não se referir a aspectos meramente privados.

São criadas mediante 1/3 dos deputados e senadores, em conjunto ou separadamente.

O prazo máximo de duração não tem previsão, mas não pode ultrapassar o período de uma legislatura.

O que a CPI pode fazer? As CPIS podem quebrar sigilo fiscal, bancário e de dados; ouvir testemunhas e investigar atos não jurisdicionais de juízes e servidores.

Não podem, no entanto, expedir mandado de busca e apreensão domiciliar; interceptação telefônica; ordem de prisão (salvo flagrante delito) e determinar arresto e sequestro de bens.

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Todas as decisões devem ser motivadas; inclusive com respeito ao direito de silenciar diante das acusações;

As conclusões podem ser encaminhadas para o órgão da advocacia pública responsável ou para o Ministério público.

No âmbito Federal, os MS e HC contra CPIS é de competência do STF.

Atenção! As CPIS municipais não podem quebrar o sigilo bancário.

Nas ações constitucionais, via de regra, com o fim da CPI ocorrerá sua extinção (prejudicialidade);

Obs: quem for fazer concursos de câmaras ou assembleia, dê especial atenção sobre o tema.

Bons estudos

ADMINISTRATIVO

O que é repactuação?

(fev 2019)

É uma forma de reajuste, que incide nos contratos de serviços continuados, que tem previsão no decreto 9.507/2018, in verbis:

Art. 12. Será admitida a repactuação de preços dos serviços continuados sob regime de mão de obra exclusiva, com vistas à adequação ao preço de mercado, desde que:

I - seja observado o interregno mínimo de um ano das datas dos orçamentos para os quais a proposta se referir; e

II - seja demonstrada de forma analítica a variação dos componentes dos custos do

contrato, devidamente justificada.

Veja que, ao contrário do reajuste, que existe índice determinado inicialmente, na repactuação ocorre mediante a demonstração de forma analítica da variação de preços. Importante também verificarmos o que dispõe a ON 25 da AGU: "NO CONTRATO DE

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SERVIÇO CONTINUADO COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA, O INTERREGNO DE UM ANO PARA QUE SE AUTORIZE A REPACTUAÇÃO DEVERÁ SER CONTADO DA DATA DO ORÇAMENTO A QUE A PROPOSTA SE REFERIR, ASSIM ENTENDIDO O ACORDO, CONVENÇÃO OU DISSÍDIO COLETIVO DE TRABALHO, PARA OS CUSTOS DECORRENTES DE MÃO DE OBRA, E DA DATA LIMITE PARA A APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS INSUMOS."

De acordo com o Manual de licitações e contratos do TCU, a repactuação visa à adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado, somente podem incidir nos contratos de duração continuada e é necessária existência de cláusula contratual admitindo a repactuação de preços, que pode ser para aumentar ou para diminuir o valor do contrato. Marco inicial para repactuação: data da apresentação da proposta ou da data do orçamento

a que a proposta referir-se.

Lembre-se: Repactuação não está vinculada a qualquer índice de preço. Julgamentos mais importantes - TCU:

Na repactuação dos contratos de serviços de natureza continuada deverá ser observado o interregno mínimo de um ano, a contar da data da proposta ou da data do orçamento a que a proposta se referir. Nas repactuações subsequentes à primeira, o prazo mínimo de um ano conta-se a partir da data da última repactuação.

Acórdão 1563/2004-Plenário | Relator: AUGUSTO SHERMAN

A falta de providências do gestor para repactuação de contrato em razão de desoneração tributária da folha de pagamento da contratada configura irregularidade passível de sanção por parte do TCU.

Acórdão 1580/2015-Plenário | Relator: RAIMUNDO CARREIRO

O instituto da repactuação de preços aplica-se apenas a contratos de serviços continuados prestados com dedicação exclusiva da mão de obra.

Acórdão 1488/2016-Plenário | Relator: VITAL DO RÊGO

A diferença entre repactuação e reajuste é que este é automático e realizado periodicamente, mediante aplicação de índice de preço que, dentro do possível, deve refletir os custos setoriais. Enquanto que naquela, de periodicidade anual, não há automatismo, pois é necessário demonstrar a variação dos custos do serviço. Para que ocorra a repactuação,com base na variação dos custos do serviço contratado, deve ser observado o prazo mínimo de um ano, mediante a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos, devidamente justificada, não sendo admissível repactuação com base na variação do IGPM.

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Acórdão 1105/2008-Plenário | Relator: BENJAMIN ZYMLER

Ocorre preclusão lógica do direito à repactuação de preços decorrente de majorações salariais da categoria profissional quando a contratada firma termo aditivo de prorrogação contratual sem suscitar os novos valores pactuados no acordo coletivo, ratificando os preços até então acordados.

Acórdão 1601/2014-Plenário | Relator: BENJAMIN ZYMLER

Formalização: apostilamento ou aditivo? Encontrei opiniões doutrinárias divergentes sobre o tema, mas acredito que em prova deve ser defendido que deve ser feito por apostilamento.

Vejamos julgado do TCU sobre o tema: a repactuação de preços poderia dar-se mediante apostilamento, no limite jurídico, já que o art. 65, § 8º, da Lei nº 8.666/93, faz essa alusão quanto ao reajuste. Contudo, não seria antijurídico e seria, inclusive, mais conveniente que fosse aperfeiçoada por meio de termo aditivo, uma vez que a repactuação tem como requisitos a necessidade de prévia demonstração analítica quanto ao aumento dos custos do contrato, a demonstração de efetiva repercussão dos fatos alegados pelo contratado nos custos dos preços inicialmente pactuados e, ainda, a negociação bilateral entre as partes. E, para reforçar o entendimento ora exposto, vale mencionar que o referido termo aditivo teria natureza declaratória, e não constitutiva de direitos, pois apenas reconheceria o direito à repactuação preexistente.

Desta forma, acredito que essas questões não iriam retirar pontos em provas subjetivas, mas continuo defendendo a tese do apostilamento, que foi a que mais me convence. Ainda sobre aditivo x apostilamento na repactuação:

De acordo com o Blog Zenite licitações: Nessa linha, a IN n° 02/08, aplicável aos órgãos integrantes do SISG, em seu art. 40, §4°, elenca a repactuação como espécie de reajustamento de preços e, por essa razão, dispensa a celebração de termo aditivo, posto que o reequilíbrio decorre de condições estabelecidas no edital, em atenção ao inc. XI do art. 40 da Lei n° 8.666/93, que dispõe que o edital deve prever, obrigatoriamente, o critério de reajuste que será adotado, e no contrato, em atenção ao disposto no inc. III do art. 55 do citado comando legal, que elenca como cláusula necessária o estabelecimento dos critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços. A periodicidade, consoante art. 3°, §1° da Lei n° 10.192/01, é anual.

[08:34, 1/2/2019] ANDRE FELIPE CONTEUDOSPGE: Ressalto também a posição da AGU, no parecer da CJU/RN, concluindo que:

§ 4º - As repactuações, como espécie de reajuste, serão formalizadas por meio de apostilamento, e não poderão alterar o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual, em que deverão ser formalizadas por aditamento. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 3, de 16 de outubro de 2009)

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Vê-se, assim, que a Instrução Normativa nº 02/2008 prevê que as repactuações (espécie de reajuste) devem ser formalizadas por apostilamento, ressalvada a hipótese de coincidirem com prorrogação contratual (em que deverá ser celebrado termo aditivo).

O que é administração pública dialógica? (fev 2019)

O conceito de administração dialógica surgiu fazendo oposição à denominada administração monológica. No surgimento do Direito Administrativo, a administração monológica reinava, pregando a total separação entre particulares e o Estado. Nesse modelo, havia a predominância da atuação imperiosa do Estado, que era caracterizada pela tomada de decisões unilaterais, sem margem para diálogo com os particulares.

A administração dialógica surgiu como forma de permitir o acesso dos particulares à atuação administrativa. Conforme a doutrina de Rafael Maffini, esse novo modelo consiste em uma noção jurídica que busca impor como condição para a atuação administrativa a prévia realização de um verdadeiro e efetivo diálogo com todos aqueles que terão suas esferas de direitos atingidas pela atuação estatal.

Norberto Bobbio leciona que “o Estado de hoje está muito mais propenso a exercer uma função de mediador e de garante, mais do que a de detentor do poder de império”.

É possível visualizar na prática a administração dialógica quando se observa, por exemplo, a previsão de participação popular, em forma de consulta pública, na lei de licitações, art. 39, nos casos de procedimentos licitatórios de valores muito altos. Ou, ainda, em relação às entidades do terceiro setor, pessoas jurídicas de direito privado, que atuam mediante vinculo com o Poder Público, executando atividades de interesse público, em constante diálogo com a Administração.

Nesse cenário, é possível se inferir que a administração dialógica se manifesta através de uma aproximação entre a Administração Pública e os cidadãos, em que se estabelece um diálogo, a fim de se alcançar uma maior eficiência na prestação dos serviços públicos, mas também uma maior transparência na atividade administrativa.

Ademais, a noção de administração dialógica também decorre do principio da segurança jurídica, mais especificamente da proteção da confiança ou das expectativas legítimas. Isso se dá porque os destinatários da atividade administrativa passam a participar dessa atividade e, assim, evitam que sejam surpreendidos com a imposição de atos que lhes sejam prejudiciais. Outrossim, essa maior participação popular também confere legitimidade à atuação do Estado.

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Prof. Ilanna Soeiro

TRIBUTÁRIO

O ISSQN fixo pode ser recolhido pelas sociedades limitadas? (fev 2019)

Não! Inicialmente vejamos o regramento sobre o tema: previsto no antigo DL 406/68, não foi revogado pela nova legislação (posição do STF). In verbis: "§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o impôsto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de

remuneração do próprio trabalho".

Desta forma, fica fácil vislumbrar que o ISSQN fixo não pode ser recolhido pelas sociedades limitadas, já que se caracterizam como sociedades empresárias. De acordo com Aires Barreto, para ser possível recolher ISSQN fixo, é preciso: que o serviço seja prestado de pessoal do contribuinte; os sócios estejam habilitados para a profissão ou profissões afins; seja formada apenas por pessoas físicas.

O STJ já se manifestou sobre o tema: Firmou-se a orientação da 1a. Seção desta Corte

Superior de que as sociedades constituídas sob a forma de

responsabilidade limitada, justamente por excluir a responsabilidade pessoal dos sócios,

não atendem ao disposto no art. 9o., § 3o. do DL 406/68, razão por que não fazem jus à

postulada tributação privilegiada do ISS (AgRg nos EREsp. 1.182.817/RJ, Rel. Min. MAURO

CAMPBELL MARQUES, DJe 29.8.2012).

No entanto, podemos encontrar uma posição diferente em relação aos médicos

(minoritária): "A sociedade de médicos, constituída sob a forma

de responsabilidade limitada, pode se submeter à tributação pelo ISSQN, em

valor fixo, conforme previsão do § 3º do art. 9º do DL n. 406/1968. AgInt no REsp 1417214

/ RS".

Por fim, o STJ já definiu algumas teses sobre o tema, são elas: a) O tratamento diferenciado que assegura a alíquota fixa do ISS às sociedades profissionais, nos moldes do art. 9º do Decreto-Lei n. 406/68, não foi revogado pelo art. 10 da Lei Complementar n. 116/03.; b) O benefício da alíquota fixa do Imposto sobre Serviços estabelecida no art. 9º, §§ 1º e 3º, do DL n. 406/68 somente é concedido às sociedades uni ou pluripessoais integradas por profissionais que atuam com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial; c) A tributação fixa do ISS não alcança as sociedades constituídas sob a forma de responsabilidade limitada, em razão do caráter empresarial de que se reveste este tipo societário; d) Não se aplica à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais o regime especial de alíquota fixa do ISS previsto no § 1º do art. 9º do DL n. 406/1968.

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Bônus: Há entendimento no sentido de que nem mesmo a EIRELI pode usufruir do ISSQN fixo, já que limita a responsabilidade do sócio, já existindo decisão do conselho de contribuintes de São Paulo neste sentido. Ainda não vi posição do STJ sobre o tema. Bons Estudos!!

ECONOMICO

Direito Economico - Parte 10 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm)

(fev 2019)

5.3.4. Parcerias público-privadas (PPPs)

A Lei 11.079/2004 instituiu no Brasil as parcerias público-privadas. É forma de intervenção indireta do Estado, na medida em que este acomete ao parceiro privado a execução de atividade de interesse público. Tratam-se de duas novas modalidades de concessão, que se acrescem à concessão "comum" da Lei 8.987/95:

* • concessão patrocinada: "concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado" (art. 2º, §1º);

* • concessão administrativa: "contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens" (§2º).

Sempre será precedida de licitação, na modalidade de concorrência.

Exige, por parte do licitante vencedor e antes da celebração do contrato, a constituição de sociedade de propósito específico, que implantará e gerenciará o desenvolvimento do projeto de parceria.

Pode ser estabelecida por prazo de cinco a trinta e cinco anos, incluindo eventual prorrogação (art. 5º, I).

5.3.5. Contribuição de intervenção no domínio econômico

As contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) são espécie de tributo (contribuições especiais), em conjunto com as contribuições sociais e contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas (art. 149, CF).

Como características, cite-se serem tributos vinculados, pois sua hipótese de incidência advém de uma atuação estatal; têm caráter extrafiscal, vez que o Estado lança mão dessa ferramenta para corrigir distorções na exploração da atividade econômica; são tributos setoriais, pois abrangem ramos da atividade econômica específicos.

O §2º do art. 149 prevê regra especial sobre o campo de incidência da CIDE: importação de produtos ou serviços estrangeiros. Não incidem sobre receitas decorrentes de exportação.

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Direito Economico - Parte 11 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm)

(fev 2019)

6. Antitruste 6.1. Introdução

O direito antitruste é matéria atinente ao direito empresarial e ao direito econômico. A designação "antitruste" advém do direito americano, que passou a combater os trusts (grupos econômicos) e fomentar a concorrência. A defesa da concorrência se presta a evitar abusos do poder de mercado.

6.2. Modelos econômicos de concorrência

Existem quatro principais modelos econômicos a respeito da concorrência: concorrência perfeita, concorrência monopolística, oligopólio, monopólio.

* a) concorrência perfeita é o modelo que tem como características a existência de vários fornecedores, não há barreiras à entrada ou à saída, os produtos são homogêneos, nenhum dos fornecedores pode impor preço (price takers), na medida em que o preço é estabelecido pelo mercado. Como consequências, pode-se destacar que há tendência à redução do preço ao consumidor, por força da pressão da competição, e também uma tendência à produção de quantidades socialmente desejadas dos bens (receita marginal = custo marginal).

* b) concorrência monopolística, persistem as características do mercado de concorrência perfeita, salvo quanto aos produtos, que passam a ser heterogêneos. A substituição entre produtos é mais difícil, motivo pelo qual os fornecedores adquirem maior poder de mercado. * c) oligopólio, há poucos fornecedores e muitos consumidores. A conduta de um concorrente é levada em consideração pelos demais, considerando que todos os concorrentes tem uma importância no mercado. Assim, em razão do menor número de competidores, há maior probabilidade para formação de acordos anticompetitivos. Ex. mercado de telefonia móvel.

* d) monopólio é caracterizado pela existência de um único fornecedor (ou situação equiparada). É causado por disposição legal (ex. patentes, ECT), por fortes barreiras à entrada ou pelo acesso exclusivo a fontes e insumos. Como consequências do monopólio, é possível a redução das quantidades produzidas, provocando aumento no preço. Assim, as quantidades produzidas são menores que as socialmente desejadas. O agente monopolista tem poder de mercado e é um price maker.

Há mercados que exige o fornecimento na estrutura monopolística, notadamente nos mercados de "monopólio natural". Em razão da estrutura do mercado, exige-se que apenas um agente preste o serviço, por força de economias de escala (maior a produção, menor o custo unitário) e de escopo (maior a gama de produtos, menor o custo unitário). Ex. fornecimento de água e de energia elétrica.

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Questiona-se a legalidade do monopólio. O monopólio, per se, não é ilegal. Em primeiro lugar, existem monopólios legais. Ex. ECT. Ademais, o monopólio pode ser fruto da conquista de mercado pelo empresário mais eficiente. O art. 36, §1º, da Lei 12.529/2011, estabelece que a conquista resultante de processo natural fundado na eficiência do agente econômico não caracteriza ilícito concorrencial.

Direito Economico - Parte 12 (Eros Grau, Resumos, Direito Economico Juspodivm)

(fev 2019)

*SBDC muito importante para que estuda para concursos federais (AGU/PGF) 6.3. Base constitucional do direito antitruste

O art. 170, CF, estabelece que "a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] IV – livre concorrência".

O art. 173, §4º, atribui à lei a função de reprimir o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 6.4. Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC)

A Lei 12.529/2011 estabeleceu o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

O âmbito de aplicação da lei é amplo (art. 31). Aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como a quaisquer associações de entidades ou pessoas, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de monopólio legal. A jurisprudência do CADE e a doutrina firmaram que os atos de direito público federal não são sancionados. Nos Estados Unidos, foi construída a doutrina da state action, que isenta a regulamentação estatal da tutela antitruste. A competência para aplicação da lei não é restrita ao CADE. No Judiciário, cabe reparação civil individual, condenação criminal e ação civil pública com fundamento na Lei 12.529/11.

6.4.1. Órgãos

O órgão incumbido pela defesa da concorrência no Brasil é o CADE, autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça.

Na vigência da Lei 12.529/11, o SBDC passou a ser composto basicamente pelo CADE e pela SEAE.

O CADE se compõe por:

(a) Tribunal. Com função judicante, o órgão é composto por 7 membros (nomeado pelo PR com aprovação do SF). Algumas competências do Tribunal são: decidir sobre existência de infração à ordem econômica e aplicação de penalidade, apreciar atos de concentração econômica, aprovar o regimento interno, propor estrutura do quadro de pessoal, requisitar de outros órgãos medidas para cumprimento da lei, contratar exames, vistorias e estudos, requisitar serviços e pessoal de órgãos federais;

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(b) Superintendência-Geral. Compõe-se do superintendente-geral (nomeado PR aprovação SF) e de dois superintendetes-adjuntos. Os superintendentes-adjuntos são indicados pelo SG. As principais competências da SG são: instaurar inquéritos e procedimentos para apuração de infrações à ordem econômica, realizar inspeção na sede de empresas, decidir pela insubsistência de indícios arquivando os autos de inquérito administrativo ou de procedimento preparatório, propor termo de cessação de prática por infração à ordem econômica, submetendo-o à aprovação do Tribunal, fiscalizar o cumprimento dos TCCs;

(c) Departamento de Estudos Econômicos. Confere apoio técnico (econômico) aos demais órgãos. É composto por um econômista-chefe e outros membros. São suas principais atribuições: elaborar estudos e pareceres econômicos, de ofício ou por solicitação do Tribunal e da SG, participação sem direito de voto das reuniões do tribunal.

A SEAE perdeu sua função instrutória, passando a exercer a função de advocacia da concorrência (propagação da cultura concorrencial). Suas atribuições (art. 19) são promover a concorrência em órgãos do governo e perante a sociedade e elaborar estudos e opiniões.

A Procuradoria Federal junto ao CADE (ProCADE) é composta por procurador-chefe (nomeação PR aprovação SF) As principais competências da procuradoria são: prestar consultoria e assessoramento jurídico ao CADE, emitir parecer nos processos de competência do CADE, participação sem direito de voto das reuniões do tribunal, representar o CADE judicial e extrajudicialmente, promover execução judicial das decisões do CADE, promover acordos judiciais nos processos relativos a infrações contra a ordem econômica, mediante autorização do Tribunal.

Junto ao CADE também atua um membro do Ministério Público Federal (MPF), designado pelo Procurador-Geral da República, ouvido o Conselho Superior. Tem atribuições: emitir parecer nos processos administrativos para imposição de sanções administrativas à ordem econômica, de ofício ou a requerimento do conselheiro relator. Com a Lei 12.529/11, a atuação do MPF foi reduzida, não mais abrange o controle de estruturas e a execução dos julgados do CADE. 6.4.2. Áreas de atuação

As áreas de atuação do CADE são: (a) controle de condutas (repressivo). Abrange a repressão às infrações à ordem econômica; (b) controle de estruturas (preventivo). Trata-se da análise dos atos de concentração econômica, com vistas a evitar eventual futura infração à ordem econômica. Na vigência da Lei 8.884, o controle era realizado a posteriori, após a realização do ato de concentração. Com a Lei 12.529, o controle passou a ser prévio.

6.4.3. Concorrência vs. regulação setorial

A teoria da regulação estabelece que deve haver coordenação entre a tutela da concorrência e a regulação setorial. Há embate, desde o início dos anos 2000, entre o CADE e o Banco Central, a respeito da competência para tutela da concorrência no mercado bancário. Como argumentos favoráveis ao BACEN, podem ser citados: (a) em razão da especialização funcional, o Bacen é órgão incumbido da regulação setorial, ao passo que o CADE exerce a tutela geral sobre os mercados.

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PROCESSO CIVIL

Execução fiscal x recuperação judicial (fev 2019)

Como sabemos, a mera recuperação judicial não faz com que a execução fiscal seja suspensa, mas devemos ter cuidado em relação aos atos de constrição. De acordo com o STJ: "A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça possuí entendimento de que, embora o deferimento da recuperação judicial não suspenda a execução fiscal, os atos de constrição e de alienação de bens sujeitos à recuperação devem ser previamente analisados pelo Juízo da recuperação judicial".

E mais: "O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos de constrição e de alienação de bens componentes da massa falida submetem-se ao juízo universal. Precedentes".

No mesmo sentido, temos a falência da empresa executada: "a Turma deu provimento ao recurso, por entender que o produto arrecadado com a alienação de bem penhorado em execução fiscal, antes da decretação da quebra, deve ser entregue ao juízo universal da falência. A falência superveniente do devedor não tem o condão de paralisar o processo de execução fiscal, nem de desconstituir a penhora realizada anteriormente à quebra. Outrossim, o produto da alienação judicial dos bens penhorados deve ser repassado ao juízo universal da falência para apuração das preferências".

Fontes: AgInt no CC 156610 / SC; informativo 416, STJ

Quais são as espécies de defesa no âmbito do processo civil? (fev 2019)

O tema foi objeto de cobrança na segunda fase da PGM BH e é de grande importância, tendo em vista a multiplicidade de classificações. Consoante a doutrina de Fredie Didier, a defesa processual se divide nas seguintes espécies:

1. Defesas processuais ou de admissibilidade e defesas de mérito.

a) DEFESAS PROCESSUAIS OU DE ADMISSIBILIDADE- são aquelas que têm por objeto os requisitos de admissibilidade da causa e dizem respeito a questões puramente processuais; b) DEFESAS DE MÉRITO- são aquelas que visam se opor à pretensão deduzida em juízo, ao próprio mérito da causa.

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2. Defesas peremptórias e dilatórias.

a)DEFESAS DILATÓRIAS- nos dizeres do autor, são aquelas que apenas retardam o exame, o acolhimento ou a eficácia do direito do demandante. Por exemplo, tem-se a nulidade de citação, a conexão e a alegação de incompetência (salvo nos Juizados Especiais). b) DEFESAS PEREMPTÓRIAS- são aquelas que objetivam fulminar o exercício da pretensão. São espécies de defesa peremptória, por exemplo, a prescrição, a compensação e o pagamento.

3. Defesas diretas e indiretas.

a) DEFESAS DIRETAS- são aquelas em que o demandado se limita a negar a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor ou a negar as conseqüências jurídicas que o autor pretende retirar dos fatos que aduz. Aqui, o réu não alega nenhum fato novo, de modo que não haverá necessidade de réplica.

b) DEFESAS INDIRETAS- são aquelas em que o demandado agrega fato novo ao processo, que impede, modifica ou extingue o direito do autor. Nesse caso, como há fato novo, haverá a necessidade de réplica.

4. Objeções e exceções.

a) EXCEÇÃO- Sabe-se que o termo exceção significa defesa. Entretanto, a exceção trabalhada neste tópico é a exceção em sentido em sentido estrito, que consiste na alegação de defesa que, para ser conhecida pelo magistrado, precisa ter sido arguida pelo interessado. Exemplos: alegação de incompetência relativa, alegação de convenção de arbitragem, compensação.

b) OBJEÇÃO- Ao contrário, a objeção consiste na matéria de defesa que pode ser conhecida ex officio pelo magistrado. Exemplos: incompetência absoluta, falta de interesse de agir, inépcia da petição inicial, decadência legal, pagamento.

5. Exceções internas e exceções instrumentais.

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b) EXCEÇÃO INSTRUMENTAL- é aquela que implica um processamento autônomo, com autuação própria. É o que acontece com a alegação de suspeição e impedimento do juiz.

Professora Ilanna Soeiro

PROCESSO PENAL

PERMISSÃO DE SAÍDA X SAÍDA TEMPORÁRIA (fev 2019)

PERMISSÃO DE SAÍDA

-> Para presos do regime fechado, semi-aberto e provisórios --> Mediante escolta

-> É concedida para coisas ruins

-- Falecimento ou doença grave do CADI; -- Necessidade de tratamento médico --> Concedida pelo Diretor

--> Tempo de duração necessária

SAÍDA TEMPORÁRIA

-> Para presos do regime semi-aberto -> Concedida para coisas boas

-- visita à família

-- Frequentar cursos, supletivo, profissionalizante, 2º grau ou superior

-- Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social --> Sem vigilância direta * (Juiz pode determinar monitoração eletrônica)

CPP - Reserva de Jurisdição (Tema presente na MPE-PB FCC 2018) (fev 2019)

Atenção para a diferença!

> No art. 13-A do Cpp, não precisa de autorização judicial. >Já o art. 13-B do Cpp precisa da autorização do juiz.

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O art 13-A do Código de processo penal e a lei 12.850(organização criminosa) permite ao MP e o Delegado de Polícal, requisitarem dados cadastrais, independentemente de autorização judicial, da vítima ou de suspeitos.

Art. 13-A CPP

Quem pode requerer DADOS CADASTRAIS? Delegados e membros do MP. Necessita de autorização judicial? NÃO.

Para quem pode ser solicitado? Quaisquer órgãos públicos ou empresa de iniciativa privada. Qual o prazo para atendimento? 24 horas.

Quais crimes?

1) Sequestro e cárcere privado;

2) Redução à condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de pessoas;

4) Extorsão;

5) Extorsão mediante sequestro; 6) Envio de criança ao exterior.

--- Art. 13-B CPP

Quem pode requisitar meios técnicos para LOCALIZAÇÃO (SINAL)? Delegados e membros do MP.

Necessita de autorização judicial? SIM.

Para quem pode ser solicitado? Empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática.

Qual o prazo para atendimento? Imediatamente! Quais crimes? Tráfico de pessoas!

O que é sinal? Sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência.

A autoridade pode acessar ao conteúdo da comunicação? NÃO, pois dependerá de autorização judicial prevista em LEI.

Período de fornecimento do sinal? 30 dias renovável, UMA ÚNICA VEZ, por + 30 dias. Para períodos superiores a esse, somente com autorização judicial.

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Como proceder com o Inquérito Policial? Ele deverá ser instaurado no prazo 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial (data em que autoridade tomou conhecimento do crime de tráfico de pessoas).

Juiz possui prazo para se manifestar a respeito da autorização? Sim: 12 horas. Ultrapassado tal prazo, a autoridade requisitará o sinal de localização diretamente à empresa de telecomunicação e comunicará o fato imediatamente ao juiz.

SIMULADOS

#Simulado - letra de lei - CPC e legislações processuais (fev 2019)

1. De acordo com o que dispõe o código de processo civil, a propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.

2. É de 10 (dez) dias o prazo para a interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal.

3. Conforme previsto no novo código processual, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica não pode ser aplicado aos processos de competência dos juizados especiais.

4. Em relação aos recursos, a divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se apenas na aplicação do direito material.

5. Os embargos de declaração possuem efeito suspensivo e suspendem o prazo para a interposição de recurso.

6. Contra decisão proferida pelo colegiado caberá agravo interno para o respectivo relator, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

7. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

8. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

9. No mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar será concedida, quando cabível, após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de quarenta e oito horas.

10. Compete ao pleno do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o

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Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. GABARITO

1. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. Correto! É o que dispõe o Art. 969, CPC. 2. É de 10 (dez) dias o prazo para a interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal. Falso! Conforme o teor do Art. 1.070, o prazo é de 15 (quinze) dias! 3. Conforme previsto no novo código processual, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica não pode ser aplicado aos processos de competência dos juizados especiais. Falso! Sabemos que é a única espécie de intervenção admitida no âmbito do JEC. 4. Em relação aos recursos, a divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se apenas na aplicação do direito material. Falso! A divergência pode ser de direito material ou processual, conforme Art. 1.043, §2º, CPC. 5. Os embargos de declaração possuem efeito suspensivo e suspendem o prazo para a interposição de recurso. Falso! Dois erros: 1) não possuem efeito suspensivo e 2) interrompem e não suspende o prazo para interposição de recurso. 6. Contra decisão proferida pelo colegiado caberá agravo interno para o respectivo relator, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. Falso! O agravo interno é recurso contra decisão do relator, visando obter pronunciamento do

colegiado. Inverti a situação.

7. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. Correto! INDEPENDE!

8. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Correto! SEM A ANUÊNCIA!! 9. No mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar será concedida, quando cabível, após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de quarenta e oito horas. Falso!! São 72 horas,

não 48.

10. Compete ao pleno do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante

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ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Falso! Não compete ao pleno, mas sim ao PRESIDENTE DO TRIBUNAL.

#Simulado - Jurisprudência STJ (fev 2019)

1. O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.

2. A abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora.

3. A Súmula Vinculante n. 24 tem aplicação aos fatos ocorridos anteriormente à sua edição. 4. O pedido de rescisão da sentença, em vez do acórdão que a substituiu, não conduz à impossibilidade jurídica do pedido, constituindo mera irregularidade formal.

5. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do CPC/2015, torna-se estável somente se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária.

6. É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional.

7. É possível repassar ao espólio a obrigação de pagar alimentos mesmo se a respectiva ação não tiver sido proposta ao autor da herança antes do seu falecimento.

8. Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.

9. O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.

10. O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública.

GABARITO

1. O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. Correto! Conforme informativo 639, para que caiba agravo de instrumento, é preciso verificar que: "a tese que se propõe consiste em, a partir de um requisito objetivo – a urgência que decorre da inutilidade futura do julgamento do recurso diferido da apelação –, possibilitar a recorribilidade imediata de

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decisões interlocutórias fora da lista do art. 1.015 do CPC, sempre em caráter excepcional e

desde que preenchido o requisito urgência".

Restou superada a tese da taxatividade e interpretação extensiva, que até então era o entendimento do tribunal e da doutrina.

2. A abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora. Correto! Também do informativo 639, apesar de tratar de direito do consumidor, acredito que seja importante saber os fundamentos. São eles: "Deveras, a abusividade em algum encargo acessório do contrato não contamina a parte principal da contratação, que deve ser conservada, procedendo-se à redução do negócio jurídico, conforme preconiza o Código de Defesa do Consumidor. Na esteira desse entendimento, consolida-se a tese de que a abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora".

3. A Súmula Vinculante n. 24 tem aplicação aos fatos ocorridos anteriormente à sua edição. Correto! Também do informativo 639, já existia decisão do STF no mesmo sentido. Vamos lembrar o que dispõe a referida súmula: "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo".

4. O pedido de rescisão da sentença, em vez do acórdão que a substituiu, não conduz à impossibilidade jurídica do pedido, constituindo mera irregularidade formal. Correto! A decisão foi tomada com base no princípio da cooperação do CPC15 e na possibilidade de emenda à inicial nas ações rescisórias, destinada justamente ao saneamento do vício relacionado à inobservância do efeito substitutivo dos recursos.

4.1 Vejamos o que dispõe o Art. 968, §5º e 6º, CPC: "§ 5o Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda: I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966; II - tiver sido substituída por decisão posterior.

§ 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente".

5. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do CPC/2015, torna-se estável somente se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária. Correto! Importantíssima decisão, pessoal! Para o STJ: "a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver QUALQUER TIPO DE IMPUGNAÇÃO pela parte contrária". E continua: "Nessa perspectiva, caso a parte não interponha o recurso de agravo de instrumento contra a decisão que defere a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, mas, por exemplo, se antecipa e apresenta contestação refutando os

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argumentos trazidos na inicial e pleiteando a improcedência do pedido, evidentemente não ocorrerá a estabilização da tutela".

6. É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional. Correto! O mesmo vale para as denúncias anônimas em sede de PAD (caiu na segunda fase da PGMFOR). Assertiva eu retirei da ferramenta jurisprudência em teses. 7. É possível repassar ao espólio a obrigação de pagar alimentos mesmo se a respectiva ação não tiver sido proposta ao autor da herança antes do seu falecimento. Falso! A tese do STJ foi pela impossibilidade de repassar ao espólio (número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial).

8. Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. Correto! É o mais novo enunciado do STJ, súmula 629, onde é importante lembrar que o dano ambiental deve ser restaurado o mais próximo possível do que era antes. Cuidado com as novas súmulas, elas vão ser muito cobradas! 9. O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. Correto! Também é redação de nova súmula do STJ. Quem desejar aprofundar nas novas súmulas, recomendo que procurem no site dizer o direito, que comentou todas.

10. O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública. Correto! mais uma súmula que vai despencar nas provas. recomendaria a leitura no dod.

Obs: coloquei quase todas verdadeira para vocês se acostumarem a marcar como realmente acham que é, muitas pessoas quando colocam alternativas repetidas ficam com medo e costumam alterar na hora de passar o gabarito, então fiquem tranquilos que isso pode ser feito de propósito pelo examinador, como fiz aqui.

Bons Estudos e fiquem ligados nos julgados

TRIBUTOS MUNICIPAIS (fev 2019)

1) O atual entendimento jurisprudencial é de que a lista anexa à LC 116/2003, que define sobre quais serviços incidirá ISS, é exemplificativa.

2) É inconstitucional a incidência do ISS sobre operações de locação de bens móveis. 3) O STF firmou entendimento de que é possível a incidência de ISS sobre as operações de leasing operacional.

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5) Incide ISS sobre serviços de transporte de natureza municipal.

6) Nos casos de importação de serviços provenientes do exterior, o ISS é devido no local do estabelecimento do prestador.

7) Mesmo diante de limitações legais, tais como a constituição de APP, não é possível o afastamento da incidência do IPTU sobre o imóvel urbano.

8) O STF apenas admite a cobrança de IPTU progressivo no tempo como instrumento da política urbana.

9) A incidência do IPTU está restrita ao perímetro urbano, definido em legislação ambienta, ainda que o imóvel possua destinação rural.

10) É possível eleger o promissário comprador de imóvel como responsável solidário pelo pagamento do IPTU.

11) O termo inicial para contagem do prazo de prescrição da cobrança judicial do IPTU, nos casos de parcelamento ofertado pela Fazenda Pública, é o dia seguinte à data do vencimento da última parcela.

12) É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do Imposto Predial e Territorial Urbano em função do número de imóveis do contribuinte.

13) Não se admite a cobrança de ITBI sobre operações de transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

14) Tendo em vista que o ITBI e o IPTU possuem a mesma base de cálculo, qual seja, o valor venal do imóvel, é possível vincular os valores que, em regra, serão idênticos.

15) Considerando que o fato gerador do ITBI é o registro imobiliário da transmissão de propriedade do bem imóvel, é possível afirmar não incidir o referido tributo sobre o registro de promessa de compra e venda imobiliária.

RESPOSTAS:

1) Falso. O STJ entende que a lista de serviços é taxativa, embora admita interpretação extensiva (RE 361.829/RJ).

2) Verdadeiro. Súmula vinculante 31.

3) Falso. O Supremo firmou entendimento no sentido de que o leasing financeiro e o lease-back são considerados serviços de financiamento e, portanto, passíveis de incidência de ISS. No leasing operacional, por outro lado, ocorre apenas típica locação do bem, não havendo incidência de ISS. (RE 547245).

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4) Verdadeiro. É legítima a incidência de ISS sobre a franquia, nos termos do item 17.08 da LC 116/03. O STF decidiu ser constitucional, haja vista que a franquia é um serviço de organização empresarial (RE 603136 RG).

5) Verdadeiro. Não confundir: não incide ISS sobre qualquer transporte, mas apenas nos municipais, haja vista que nos demais cabe ICMS.

6)Falso. Embora a regra geral seja o recolhimento do ISS no local do estabelecimento do prestador (art. 3º, caput, LC 116/2003), no caso de importação de serviço, o ISS é devido no local do estabelecimento do tomador (art. 3º, I, LC 116/2003). Trata-se de uma exceção. 7) Verdadeiro. O STJ entende que o fato gerador do referido tributo permanece íntegro, qual seja, o exercício da propriedade. (REsp 1.128.981-SP).

8) Falso. De início, entendia-se que a CF apenas permitia que os tributos pessoais fossem ajustados conforme a capacidade contributiva do sujeito passivo. Nesse sentido, a fim de permitir que as alíquotas do IPTU fossem progressivas em razão do valor do imóvel, foi criada a EC 29/2000 autorizando a adoção de tal técnica. Nesse sentido, foi editada a súmula 668 do STF, nos seguintes termos: “É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana”. OBS: o STF já decidiu que impostos reais, como o ITCMD, podem ser progressivos, contudo não houve o cancelamento da súmula acima mencionada.

9) Falso. Para o STJ, incide ITR, e não IPTU, sobre os imóveis que se destinem, comprovadamente, a exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, ainda que localizados nas áreas que a legislação municipal defina como urbanas (AgRg no AREsp 80.947/ES).

10) Verdadeiro. Os municípios podem escolher responsáveis tributários pelo IPTU, podendo eleger para isso tanto o promitente comprador do imóvel, quanto teu proprietário/promitente vendedor (AgRg no AREsp 114.617/RS).

11) Falso. O marco inicial para a contagem do prazo prescricional é o dia seguinte à data estipulada para o vencimento da cobrança do tributo em parcela única. Isso porque o parcelamento foi ofertado de maneira unilateral pela Fazenda Pública, não configurando causa suspensiva da contagem da prescrição (Tema 890 STJ).

12) Verdadeiro. Súmula 589 do STF.

13) Verdadeiro. Não incide impostos federais, estaduais ou municipais de nenhum tipo, nos termos do art. 184, §5º da CF. Trata-se de imunidade.

14) Falso. Entende o STJ que a forma de apuração da base de cálculo dos referidos impostos são diversas, haja vista que o ITBI incide sobre uma transação real, havendo uma avaliação de mercado mais precisa, enquanto que o IPTU se utiliza de valores genéricos (AgRg no REsp 1226872/SP).

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15) Verdadeiro. A promessa de compra e venda é um contrato preliminar, havendo a ocorrência do fato gerador apenas com o registro da efetiva transmissão da propriedade (REsp 764808/MG). Não confunda com o fato de incidir ITBI na transferência da titularidade do direito sobre o contrato de compromisso de compra e venda, pois, nesse caso, o fundamento não é transmissão da propriedade, mas sim de direitos reais sobre o imóvel.

PRINCÍPIOS DO MEIO AMBIENTE E POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (fev

2019)

1) O princípio do acesso à informação ambiental está previsto tanto na CF quanto em normas infraconstitucionais.

2) O conceito de poluidor abrange somente as pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito privado ou de direito público que direta foram responsáveis pela degradação ambiental.

3) Admite-se, no que se refere ao dano ambiental, a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.

4) O princípio do protetor recebedor fundamento o PSA (pagamento por serviços ambientais).

5) Não é possível a utilização da inversão do ônus da prova nos processos em que se discute a responsabilização por dano ambiental.

6) A lei do PNMA não previu na composição do SISNAMA órgãos ou entidade municipais. 7) O zoneamento ambiental é um dos instrumentos da PNMA.

8) Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. 9) Considerando que a medida provisória possui força de lei, o STF entende que é possível a sua utilização para a redução ou a supressão de espaços territoriais especialmente protegidos.

10) Compete ao CONAMA estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes.

11) Tendo em vista que o poder de polícia administrativo ambiental deve ser exercido pelo órgão do ente responsável pelo licenciamento, não cabe a fiscalização de ações poluidoras pelos demais entes federados.

12) A servidão ambiental se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.

13) A obrigação, no que se refere à responsabilidade pelo dano ambiental, se prende ao titular do direito real, sendo proprietário ou possuidor.

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14) Nos casos transmissão, desmembramento ou retificação dos limites do imóvel em que instituída uma servidão ambiental, é vedada a alteração da destinação da área durante o prazo de sua vigência.

15) Não há prazo mínimo para a instituição de servidão ambiental. RESPOSTAS

1) Verdadeiro. Pode parecer besteira, mas isso caiu na prova da PGE-BA! Além de previsto nos arts. 5º, XXXIII e 225, §1º, VI da CF, também aparece na lei 9.795/99 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente).

2) Falso. Abrange as que foram responsáveis indiretamente pela degradação ambiental também (art. 3º, V da L. 6938/81.

3) Verdadeiro. Súmula 629 STJ

4) Verdadeiro. Por meio do princípio do protetor recebedor, concede-se benefícios econômicos, fiscais ou tributários aos agentes que optam por medidas de proteção ao meio ambiente.

5) Falso. Tendo em vista o princípio da precaução, a ausência de certeza absoluta transfere para o interessado o ônus de provar que as intervenções pretendidas não são perigosas e/ou poluentes. Esse entendimento foi encampado pelo STJ, que editou a súmula 618 com o seguinte enunciado: A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental.

6) Falso. O art. 6º da L. 6938/81, entre outros, prevê a existência de “órgãos locais”. Entende-se que o município está incluso no SISNAMA a partir da criação de seu conselho de meio ambiente.

7) Verdadeiro. O zoneamento ambiental, também conhecido como “zoneamento ecológico-econômico – ZEE”, tem por objetivo conhecer a vocação ambiental e econômica de cada área, para organização, de maneira vinculada, das decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais.

8) Verdadeiro. Súmula 613 do STJ.

9) Falso. O STF entendeu que a redução ou supressão de unidade de conservação somente é permitida mediante lei em sentido formal, sob pena de violação do art. 225, § 1º, III, da CF/88 (informativo 896 do STF).

10) Verdadeiro. Art. 8º, VI da Lei nº 6.938/81.

11) Falso. O art. 17, §3º da LC 140/2011 prevê que, a despeito de ser de competência do órgão responsável pelo licenciamento ou autorização a respectiva lavratura do auto de infração ambiental e instauração do processo administrativo para a apuração de infrações

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à legislação ambiental, não se impede a fiscalização pelos demais entes federados, nos termos da competência comum prevista na CF.

12) Falso. O art. 9º-A, §2º da Lei nº 6.938/81 é categórico ao afirmar que não se aplica. 13) Verdadeiro. As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, ou seja, decorre da relação existente entre devedor e a coisa. Em outras palavras, a obrigação de conservação é automaticamente transferida do alienante ao adquirente, independentemente deste último ter responsabilidade pelo dano. Inclusive, o STJ sumulou esse entendimento no enunciado 623.

14) Verdadeiro. Art. 9º-A, §6º da Lei nº 6.938/81.

15) Falso. O prazo mínimo é de 15 anos (art. 9º-B, §1º da Lei nº 6.938/81).

MANDADO DE SEGURANÇA (fev 2019)

1) Haverá direito líquido e certo quando a ilegalidade ou abusividade forem passíveis de demonstração documental, desde que não haja alta complexidade ou densidade.

2) Não é possível impetrar mandado de segurança contra lei em tese.

3) Cabe mandado de segurança quando o direito for líquido e certo, ou seja, quando os fatos e o direito forem incontroverso.

4) No mandado de segurança, é viável a apresentação de prova documentada. 5) Não cabe mandado de segurança fundado em laudo médico particular. 6) O mandado de segurança pode ser impetrado contra ato judicial.

7) Não se admite o manejo de mandado de segurança contra atos praticados por empresas públicas e sociedades de economia mista, ainda que praticados em um procedimento de licitação.

8) O mandado de segurança não é o instrumento processual adequado para o controle abstrato de constitucionalidade de leis e atos normativos.

9) O impetrante não pode desistir do mandado de segurança depois de já proferida a sentença.

10) No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida depois da audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, o qual deve se pronunciar no prazo máximo de 24 horas.

11) Nos mandados de segurança, a oitiva do MP é desnecessária quando se tratar de controvérsia acerca da qual o tribunal já tenha firmado jurisprudência.

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12) É possível que seja impetrado mandado de segurança pela Câmara dos vereados para garantir prerrogativa institucional.

13) Para a jurisprudência dominante, a legitimidade passiva no mandado de segurança é da autoridade coatora.

14) O falecimento do impetrante, no curso do mandado de segurança, tem o condão de exinguir o processo.

15) Extingue-se o processo de mandado de segurança se o impetrante não promove, no prazo assinalado, a citação do litisconsorte passivo necessário.

RESPOSTAS

1) Falso. Nos dizeres de Leonardo Cunha, existe direito líquido e certo quando os fatos alegados pelo impetrante podem ser, de início, comprovados por meio de prova documental, independentemente de sua complexidade ou densidade.

2) Verdadeiro. Súmula 266 do STF. Isso porque o Mandado de Segurança não consiste em meio de controle abstrato de normas, servindo para combater os atos públicos.

3) Falso. A súmula 625 do STF expressa que “controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança”. Desse modo, observa-se a necessidade apenas em relação à certeza dos fatos.

4) Falso. Apenas se apresenta viável nos casos de prova documental. Assim, sendo documentada uma prova pericial ou testemunhal, não poderá ser utilizada para a comprovação do direito líquido e certo.

5) Verdadeiro. O STJ entende que, nesse caso, está ausente prova de direito líquido e certo (RMS 30.746/MG).

6) Verdadeiro. Embora seu cabimento seja restrito, é possível o manejo de mandado de segurança contra ato judicial, nos termos da lei, desde que não haja recurso com efeito suspensivo e não tenha havido trânsito em julgado. Frisa-se que Leonardo Cunha defende que, para que se admita mandado de segurança não basta que o recurso não tenha efeito suspensivo, pois é possível que o juiz conceda a suspensividade quando requerida. Assim, para o referido doutrinador, é necessário que o recurso não tenha aptidão para combater a decisão recorrida.

7) Falso. As sociedades de economia mista e empresas públicas ostentam feição de pessoas jurídicas de direito privado e, portanto, não integram o conceito de Fazenda Pública. Assim, seus dirigentes e funcionários não possuem, em princípio, qualidade de autoridade para fins de mandado de segurança. Ocorre que a própria constituição exigiu das referidas pessoas jurídicas a sujeição ao regime de licitação e concurso público. Logo, quando praticam atos

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relacionados a licitações ou concursos públicos, os dirigentes e funcionários são considerados autoridades. É nesse sentido o comando da súmula 333 do STJ.

8) Verdadeiro. Ressalta-se a possibilidade de declaração incidental de inconstitucionalidade, desde que a controvérsia constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal (Informativo 912 do STF).

9) Falso. Para o STJ, é desnecessária a concordância da autoridade impetrada em relação à desistência da ação pelo impetrante, não sendo aplicável a regra geral contida no CPC. (REsp 440.019/RS). Isso porque a desistência do mandado de segurança é prerrogativa de quem o impetra, independentemente de já ter havido decisão de mérito favorável ou não (AgRg no REsp 1.334.812/MA).

10) Falso. A lei 12.016/2009, em seu artigo 22, §3º, afirma que o prazo para que o representante judicial da pessoa jurídica se pronuncie é de 72 horas.

11) Verdadeiro. Em regra, é indispensável a intimação do MP para opinar nos processos de MS, conforme previsto no art. 12 da Lei nº 12.016/2009. Porém, não há qualquer vício na ausência de remessa dos autos ao Parquet que enseje nulidade processual se já houver posicionamento sólido do Tribunal (informativo 912 do STF).

12) Verdadeiro. Súmula 525 STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender seus direitos institucionais.

13) Falso. O STJ entende que a legitimidade passiva é da pessoa jurídica de direito público, haja vista ser ela que suportará os encargos resultantes da decisão judicial (REsp 547.235/RJ).

14) Verdadeiro. Trata-se de direito personalíssimo e, portanto, intransmissível. É o entendimento do STJ (MS 6.594/DF) e do STF (RMS 25.775 AgR).

15) Verdadeiro. Súmula 631 do STF.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (fev 2019)

1) Pela teoria da culpa anônima, eventuais falhas devem ser imputadas pessoalmente ao funcionário culpado, isentando a administração da responsabilidade pelo dano causado. 2) A doutrina dominante é no sentido de que se aplica a teoria da responsabilidade subjetiva nos casos de ato comissivo estatal.

3) No ordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade do poder público é objetiva, adotando-se, como regra, a teoria do risco integral.

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4) As entidades da administração indireta responderão objetivamente pelos danos que nessa qualidade causarem a terceiros, mesmo quando os danos por elas provocados decorrerem da atividade econômica de natureza privada.

5) Em regra, não se admite a responsabilização ao Estado pelos danos que emergirem dos atos judiciais.

6) Não há responsabilidade civil do Estado no caso de morte de pessoa custodiada.

7) A conduta da vítima, a depender da extensão de sua participação para o resultado danoso, é relevante e tem a possibilidade de afastar ou de atenuar a responsabilidade civil do Estado. 8) A União não tem legitimidade passiva em ação de indenização por danos decorrentes de erro médico ocorrido em hospital da rede privada durante atendimento custeado pelo SUS.

9) As empresas contratadas pelo poder público, quando inadimplentes no pagamento das contribuições previdenciárias resultantes da execução do contrato, são pessoalmente responsáveis pelo seu pagamento.

10) Não se admite a responsabilização do Poder Público por ato lícito.

11) De acordo com a teoria do duplo efeito dos atos administrativos, não se pode fundamentar um pedido de responsabilização do Estado na situação de outro administrado ter sido indenizado, ainda que pelo mesmo fato.

12) O caso fortuito sempre será considerado como excludente de nexo causal.

13) A pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público possui responsabilidade civil em razão de dano decorrente de crime de furto praticado em suas dependências.

14) É entendimento consolidado no STF que a concessionária de serviço público responde de maneira objetiva apenas em relação ao usuário e de maneira subjetiva perante o terceiro (não usuário).

15) A concessionária de transporte ferroviário pode responder por dano moral sofrido por passageira, vítima de assédio sexual, praticado por outro usuário no interior do trem.

Respostas

1) Falso. De acordo com a teoria da culpa do serviço ou culpa anônima, o Estado responderá pelo dano, bastando ser comprovado que o serviço estatal foi prestado de maneira equivocada. A culpa anônima poderia ser caracterizada pela (i) ausência de serviço; (ii) serviço defeituoso; (iii) serviço tardio ou intempestivo.

2) Verdadeiro. Em síntese, a doutrina majoritária e o STJ entendem que a responsabilidade em casos de atos omissivos é subjetiva, baseada na teoria da culpa anônima. Por outro lado, na jurisprudência do STF vem ganhando força o entendimento de que a responsabilidade por omissão também é objetiva. Cabe destacar, no entendimento da Suprema Corte, para ser

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