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Análise do movimento Parafuso

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Academic year: 2021

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Análise do movimento

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Projeto de Pesquisa

Trançados musculares – saúde corporal e o ensino do frevo

Análise do movimento

Observador: Giorrdani Gorki Queiroz de Souza (Kiran)

Orientação para realização do movimento: Ana Valéria Vicente

Movimento para análise: Parafuso

Segmentos analisados: Extremidades inferiores Articulações: coxofemoral, joelho e subtalar 1  Objetivo 

Analisar a atividade dos seguintes grupos musculares: flexores, extensores, adutores e abdutores do quadril, flexores e extensores do joelho e os inversores e eversores do pé (articulação subtalar), durante a execução do passo do frevo Parafuso e identificar os tipos de contração desses grupos musculares durante as diferentes fases do movimento.

2  Descrição do movimento 

Parafuso: O movimento tem como posição inicial o corpo na vertical (posição ortostática) com joelhos ligeiramente flexionados e com o peso do corpo apoiado sobre apenas uma perna. A outra perna encontra-se cruzada à frente da perna de base com o pé relaxado sobre sua borda externa. O passo consiste em trocar de base de apoio de um pé para o outro enquanto o tronco permanece no plano frontal e a perna que não está servindo de base para o peso do corpo é colocada em rotação externa no quadril, flexão do joelho e inversão do pé. Durante a execução do movimento os joelhos permanecem ligeiramente flexionados. Os braços estão sempre posicionados no lado da perna de base.

2.1. Orientação para realização do movimento

O movimento parafuso é uma brincadeira de transferência de peso e torção lateral dos pés. Para sua realização, deve-se observar uma leve flexão dos joelhos e assegurar que o peso do corpo estará sempre sobre o pé que se encontra totalmente apoiado no chão. De qualquer forma, esse

movimento exige alongamento nos pés, que devem se habituar a serem estendidos em direção às bordas internas e externas. O jogo de desequilíbrio pode ser amplificado pela utilização do tronco e ampliação da flexão dos joelhos.

3  Plano de análise 

(3)

3

4  Fases do movimento 

1 2

3 4

(4)

4

7 8

5  Forças externas - Análise do Centro Geral de Massa 

V = velocidade

CGM = centro geral de massa (Centro de gravidade) Vv = velocidade vertical

Vh = velocidade horizontal Av = aceleração vertical Ah = aceleração horizontal

Não há movimento no sentido horizontal durante este movimento. Fp = força do peso

Fn = força de reação ou força normal

Durante este movimento o CGM permanece quase que completamente no mesmo nível no sentido vertical e tem deslocamento mais acentuado no sentido horizontal de um lado para o outro, com uma pequena rotação em seu próprio eixo (plano transversal). Ele descreve uma trajetória que se assemelha a uma curvatura superior de um círculo.

1 2

Na posição inicial Fp > Fn Fase 1 (fase de impulso inicial)

V = ↑

CGM = move-se na horizontal da direita para esquerda com pequena rotação para esquerda no próprio eixo.

Vv < Vh Av < Ah

Fp > Fn – o corpo não perde o contato com o solo, ele apenas transfere o peso de um pé para outro, mas permanecendo sobre a base de suporte.

(5)

5

2 3

Fase 2 (fase de transferência de peso I)

V = ↔

CGM = move-se na horizontal da direita para esquerda.

Vv < Vh Av < Ah Fp > Fn

3 4

Fase 3 (fase de descarga de peso I)

V = ↓

CGM = move-se na vertical de cima para baixo e na horizontal da direita para a esquerda Vv = Vh

Av = Ah

Fp > Fn – o CGM desloca-se para baixo.

Nesta fase há a transferência total do peso do pé esquerdo para o direito com rotação do tronco para esquerda. Há um pequeno componente rotacional no plano transverso (em uma visão cranial o CGM rotaciona no sentido anti-horário).

4 5

Fase 4 (fase de impulso II)

V = ↑

CGM = inicia deslocamento de retorno a sua posição inicial em uma trajetória para cima e para a direita;

Vv < Vh Av < Ah

Fp < Fn – uma vez que há um pequeno deslocamento no sentido cranial, a força do peso é menor que a força normal.

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6

5 6

Fase 5 (fase de transferência de peso II)

V = ↑

CGM = desloca-se para direita; Vv < Vh

Av < Ah

Fp ≈ Fn – o peso do corpo se encontra distribuído nos dois pés e o CGM se encontra sobre a base de apoio.

6 7

Fase 6 (fase de transferência de peso III)

V = ↑

CGM = movimenta-se

lateralmente da esquerda para direita e no sentido caudal; Vv > Vh

Av > Ah

Fp < Fn – o peso que estava distribuído entre os dois pés começa a ser suportado exclusivamente pelo pé esquerdo.

7 8

Fase 7 (fase de descarga de peso final)

V = ↓

CGM = move-se na vertical de cima para baixo e na horizontal da esquerda para a direita; Vv > Vh

Av > Ah

Fp > Fn – o CGM retorna a sua posição inicial e é suportado exclusivamente pelo pé esquerdo.

6  Forças internas – análise do centro parcial de massa (PCM)  Análise articular cinética e cinemática

φ = ângulo

ω = velocidade angular α = aceleração angular

(7)

7

 Articulação coxofemoral

Posição inicial: neste passo há pouco movimento acontecendo na articulação do quadril. Para que haja

uma acomodação das EEII ao movimento e a troca de suporte, o quadril livre rotaciona externamente acompanhado o movimento da pelve como um todo.

1 2

Fase 1 (fase de impulso inicial)

A pelve se movimenta em relação ao tronco em seu eixo

longitudinal e os quadris

acompanham esse movimento se adaptando à mudança da base de apoio.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↓

» φ ângulo de abdução = ↓

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↑

» φ ângulo de abdução = ↑

ω quadril D

» rotação externa: horário; » abdução: anti-horário;

α quadril D

» rotação externa: horário; » abdução: anti-horário;

ω quadril E

» rotação externa: horário; » abdução: anti-horário;

α quadril E

» rotação externa: horário; » abdução: anti-horário; Flexores do quadril (Reto femoral, iliopsoas) direito : contração excêntrica para controlar a velocidade do movimento de extensão (a flexão e extensão do quadril durante o movimento é bastante sutil e a ativação muscular também é discreta);

(8)

8

femoral, Iliopsoas) esquerdo: contração concêntrica para uma flexão discreta do quadril;

Isquiotibiais direitos e esquerdos: Contração isométrica -

estabilizar a articulação; Adutores direitos (pectíneo, adutor longo, adutor breve, grácil, adutor magno, obturador externo, glúteo máximo - fibras inferiores): contração concêntrica – trazer a perna para a linha medial;

Adutores esquerdos (pectíneo, adutor longo, adutor breve, grácil, adutor magno, obturador externo, glúteo máximo - fibras inferiores): contração excêntrica – controlar a velocidade e amplitude da abdução;

Abdutores direitos (psoas maior, íleo, sartório, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo médio, gêmeo inferior, glúteo máximo (fibras superiores), piriforme, gêmeo superior, obturador interno;): Contração excêntrica – controlar velocidade e amplitude da adução;

Abdutores esquerdos (psoas maior, íleo, sartório, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo médio, gêmeo inferior, glúteo máximo (fibras superiores), piriforme, gêmeo superior, obturador interno;): contração concêntrica – discreta abdução do quadril;

Rotadores externos do quadril direito (psoas maior, íleo, sartório, obturador externo, glúteo médio (fibras posteriores), gêmeo inferior, quadrado femoral, glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior,

(9)

9

obturador interno, cabeça longa do bíceps femoral): contração excêntrica – controlar velocidade da rotação interna;

Rotadores externos do quadril esquerdo (psoas maior, íleo, sartório, obturador externo, glúteo médio (fibras posteriores), gêmeo inferior, quadrado femoral, glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior, obturador interno, cabeça longa do bíceps femoral): contração concêntrica– rotacionar o quadril externamente;

2 3

Fase 2 (fase de transferência de peso I)

Esta é uma fase de transferência, uma fase intermediária entre uma fase de apoio e outra. O peso do corpo começa a ser dividido entre os dois pés.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↓

» φ ângulo de abdução = ↓

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↑

» φ ângulo de abdução = ↑

ω quadril D

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

α quadril D

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

ω quadril E

rotação externa: horário; abdução:anti- horário;

α quadril E

rotação externa: horário; abdução:anti- horário; Flexores do quadril direito: contração excêntrica - controlar a

(10)

10

velocidade do movimento; Flexores do quadril esquerdo: contração concêntrica - uma flexão de pequena amplitude;

Isquiotibiais direitos: Contração isométrica - manter angulação no quadril;

Isquiotibiais esquerdos:

Contração excêntrica - controlar velocidade e amplitude da flexão;

Adutores direitos: contração concêntrica – trazer a perna para a linha medial;

Adutores esquerdos: contração excêntrica – controle da velocidade e amplitude de abdução;

Abdutores direitos: contração excêntrica – direcionar o

movimento da perna e estabilizar a articulação;

Abdutores esquerdos: contração concêntrica – abdução de pequena amplitude do quadril;

Rotadores externos do quadril direito: contração excêntrica – controlar velocidade da rotação interna;

Rotadores externos do quadril esquerdo: contração concêntrica – rotação externa do quadril;

3 4

Fase 3 (fase de descarga de peso I)

O corpo inicia a descarga do seu peso sobre a perna direita.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↓

» φ ângulo de abdução = ↓

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↑

(11)

11

» φ ângulo de abdução = ↑

ω quadril D

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

α quadril D

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

ω quadril E

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

α quadril E

rotação externa: horário; abdução: anti-horário;

Flexores do quadril direito: inativos;

Flexores do quadril esquerdo: contração concêntrica - uma flexão de pequena amplitude; Isquiotibiais direitos: contração excêntrica – contrapor o torque de flexão;

Isquiotibiais esquerdos:

contração excêntrica - controlar velocidade e amplitude da flexão;

Adutores direitos: contração concêntrica – adução de pequena amplitude;

Adutores esquerdos: contração excêntrica – controle da velocidade e amplitude de abdução;

Abdutores direitos: contração excêntrica – controle da velocidade e amplitude da adução;

Abdutores esquerdos: contração concêntrica – abdução de pequena amplitude do quadril;

Rotadores externos do quadril direito: contração excêntrica – controlar velocidade da rotação interna;

(12)

12

esquerdo: contração concêntrica – rotação externa do quadril;

4 5

Fase 4 (fase de impulso II)

O corpo descarregou o seu peso sobre a perna direita e acumulou energia para impulsionar o corpo na direção oposta, de volta à sua posição inicial.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↔ (a pelve é que está se movendo)

» φ ângulo de abdução = ↔

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↓ » φ ângulo de abdução = ↓ ω quadril D rotação externa: ↔; abdução: ↔; α quadril D

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

ω quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução:horário;

α quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

Flexores do quadril direito: contração isométrica – manter angulação da articulação; Flexores do quadril esquerdo: contração isométrica – manter angulação da articulação;

Isquiotibiais direitos: Contração isométrica - manter angulação no quadril;

Isquiotibiais esquerdos:

Contração concêntrica – extensão de pequena amplitude, a perna se prepara para receber descarga de peso;

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13

Adutores direitos: Contração isométrica – estabilizar a articulação;

Adutores esquerdos: contração isométrica – controle da amplitude e estabilização da articulação;

Abdutores direitos: contração excêntrica – controlar amplitude e velocidade de adução;

Abdutores esquerdos: contração concêntrica – abdução de pequena amplitude;

Rotadores externos do quadril direito: contração concêntrica – rotação externa de pequena amplitude;

Rotadores externos do quadril esquerdo: contração excêntrica – controlar velocidade da rotação interna;

5 6

Fase 5 (fase de transferência de peso II)

Mais uma fase intermediária onde o peso do corpo esta dividido entre os dois pés ainda com maior percentagem sobre o pé direito e o corpo acelera para o lado direito.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↑

» φ ângulo de abdução = ↑

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↓

» φ ângulo de abdução = ↓

ω quadril D

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

(14)

14

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

ω quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução: anti- horário;

α quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução:anti- horário; Flexores do quadril direito: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude;

Flexores do quadril esquerdo: inativos;

Isquiotibiais direitos: Contração isométrica - manter angulação no quadril;

Isquiotibiais esquerdos:

contração concêntrica – prepara-se para o torque extensor necessário para suportar o peso do corpo que está sendo transferido para a perna esquerda;

Adutores direitos: contração excêntrica – controlar velocidade e amplitude do movimento; Adutores esquerdos: contração isométrica – manter a amplitude e estabilização da articulação;

Abdutores direitos: contração concêntrica – abdução do quadril de pequena amplitude;

Abdutores esquerdos: contração excêntrica – controlar velocidade do movimento de adução;

Rotadores externos do quadril direito: contração concêntrica – rotacionar o quadril

externamente;

Rotadores externos do quadril esquerdo: contração excêntrica – controlar velocidade de rotação interna;

(15)

15

6 7

Fase 6 (fase de transferência de peso III)

O corpo ainda se encontra em transição com o peso dividido entre os dois pés, porém com maior percentagem sobre o pé esquerdo.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↑

» φ ângulo de abdução = ↑

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↓

» φ ângulo de abdução = ↓

ω quadril D

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

α quadril D

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

ω quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução:anti- horário;

α quadril E

rotação externa: anti-horário; abdução:anti- horário;

Flexores do quadril direito: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude;

Flexores do quadril esquerdo: inativos;

Isquiotibiais direitos: contração isométrica para manter angulação no quadril; Isquiotibiais esquerdos: contração concêntrica – com o início da descarga de peso sobre a perna esquerda a velocidade de flexão precisa ser controlada;

Adutores direitos: contração excêntrica – controlar velocidade e amplitude do movimento;

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16

Adutores esquerdos: contração isométrica – manter a amplitude e estabilização da articulação;

Abdutores direitos: contração concêntrica – abdução do quadril de pequena amplitude;

Abdutores esquerdos: contração excêntrica – controlar velocidade do movimento de adução;

Rotadores externos do quadril direito: contração concêntrica – rotacionar o quadril

externamente;

Rotadores externos do quadril esquerdo: contração excêntrica – controlar velocidade de rotação interna;

7 8

Fase 7 (fase de descarga de peso final)

Fase final do movimento onde há descarga total de peso sobre a perna esquerda.

Quadril D:

» φ ângulo de rotação externa = ↔

» φ ângulo de abdução = ↔

Quadril E:

» φ ângulo de rotação externa = ↓ » φ ângulo de abdução = ↓ ω quadril D rotação externa: ↔; abdução: ↔; α quadril D

rotação externa: anti-horário; abdução: horário;

ω quadril E

rotação externa: ↔; abdução: ↔;

α quadril E

rotação externa: horário; abdução: anti- horário;

(17)

17

Flexores do quadril direito: inativos;

Flexores do quadril esquerdo: inativos;

Isquiotibiais direitos: contração excêntrica – controlar a

aceleração no sentido da flexão; Isquiotibiais esquerdos:

contração isométrica – com a descarga de peso sobre a perna esquerda a velocidade de flexão precisa ser controlada;

Adutores direitos: contração excêntrica – controlar a aceleração no sentido da abdução;

Adutores esquerdos: contração isométrica – manter a amplitude e estabilização da articulação;

Abdutores direitos: inativos; Abdutores esquerdos: contração excêntrica – controlar velocidade do movimento de adução;

Rotadores externos do quadril direito: inativos;

Rotadores externos do quadril esquerdo: contração excêntrica – controlar velocidade de rotação interna;

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18

 Articulação do joelho

Posição inicial: durante o Parafuso não há variação importante na angulação do joelho, de forma que os

músculos atuam principalmente mantendo a posição dos joelhos e estabilizando-os quando da necessidade de receber descarga de peso. Sempre que houver apoio sobre uma EI o joelho irá agir no sentido da extensão para contrapor a aceleração no sentido da flexão.

1 2

Fase 1 (fase do impulso inicial)

A energia vinda do tronco para direcionar o movimento é transferida às EEII e ao joelho através dos músculos

biarticulares (reto femoral, tensor da fáscia lata, sartório, grácil e Isquiotibiais) que cruzam esta articulação. Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↑ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↓ ω Joelho D extensão: anti-horário α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: anti-horário α Joelho E extensão: anti-horário

Quadríceps direito (D): contração concêntrica – extensão de pequena amplitude; Quadríceps esquerdo (E): contração excêntrica – controlar a aceleração no sentido da flexão;

Tensor da fáscia lata D: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps na flexão de pequena amplitude;

Tensor da fáscia lata E: contração excêntrica – auxiliar no controle da aceleração no sentido flexão; Sartório D: contração excêntrica

(19)

19

– controlar a velocidade da extensão do joelho;

Sartório E: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude;

Grácil D: contração excêntrica – controle da extensão ;

Grácil E: contração concêntrica – auxiliar a flexão;

Isquiotibiais D: contração

excêntrica na porção distal – para controlar a velocidade da

extensão;

Isquiotibiais E: contração concêntrica – auxiliar na flexão do joelho.

2 3

Fase 2 (fase de transferência de peso I)

Durante a transferência de peso da perna esquerda para a perna direita a musculatura é ativada basicamente no seu componente isométrico para manter a angulação do joelho e estabilizar a articulação. Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↔ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↓ ω Joelho D extensão: ↔ α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: anti-horário α Joelho E extensão: anti-horário Quadríceps D: contração concêntrica – extensão de pequena amplitude; Quadríceps E: contração excêntrica – controlar a

(20)

20

Tensor da fáscia lata D: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps na flexão de pequena amplitude;

Tensor da fáscia lata E: contração excêntrica – auxiliar no controle da aceleração no sentido flexão;

Sartório D: contração excêntrica – controlar a velocidade da extensão do joelho (transferência de energia);

Sartório E: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude;

Grácil D: contração excêntrica – controle da extensão

(transferência de energia); Grácil E: contração concêntrica – auxiliar a flexão;

Isquiotibiais D: contração

excêntrica na porção distal – para controlar a velocidade da

extensão;

Isquiotibiais E: contração concêntrica – auxiliar na flexão do joelho.

3 4

Fase 3 (fase de descarga de peso I)

A descarga de peso é feita sobre a perna direita que tem que acionar os extensores para ir de encontro ao torque de flexão.

Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↔ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↔ ω Joelho D extensão: ↔ α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: anti-horário

(21)

21

α Joelho E

extensão: anti-horário

(quando a velocidade de um movimento e a aceleração não estão no mesmo sentido, isto significa um movimento de desaceleração)

Quadríceps D: contração isométrica – opor o torque de flexão sem mudar a angulação do joelho;

Quadríceps E: inativo;

Tensor da fáscia lata D: contração isométrica – sinergia com o quadríceps;

Tensor da fáscia lata E: inativo;

Sartório D: contração excêntrica – atua em sinergia no controle adução;

Sartório E: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude e controle da direção do

movimento;

Grácil D: inativo;

Grácil E: contração excêntrica – controle do torque de abdução;

Isquiotibiais D: inativo em sua porção distal;

Isquiotibiais E: contração concêntrica – auxiliar na flexão do joelho.

(22)

22

4 5

Fase 4 (fase de impulso II)

Após a descarga de peso o corpo precisa de impulso para voltar à posição inicial e isto é feito através de força muscular e energia elástica armazenada.

Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↔ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↔ ω Joelho D extensão: ↔ α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: ↔ α Joelho E extensão: anti-horário Quadríceps D: contração excêntrica – armazenar energia para impulso;

Quadríceps E: inativo;

Tensor da fáscia lata D: contração isométrica – sinergia com o quadríceps;

Tensor da fáscia lata E: inativo;

Sartório D: contração excêntrica – atua em sinergia no controle adução;

Sartório E: contração concêntrica – flexão de pequena amplitude e controle da direção do

movimento;

Grácil D: inativo;

Grácil E: contração excêntrica – controle do torque de abdução;

Isquiotibiais D: inativo em sua porção distal;

Isquiotibiais E: contração concêntrica – auxiliar na flexão do joelho.

(23)

23

5 6

Fase 5 (fase de transferência de peso II)

Segunda transferência de peso. O joelho esquerdo se prepara para receber novamente o peso do corpo. Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↑ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↑ ω Joelho D extensão: anti-horário α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: horário α Joelho E extensão: horário Quadríceps D: contração concêntrica – impulso através da extensão do joelho;

Quadríceps E: contração

concêntrica – começa a receber o peso do corpo e a agir contra o torque de flexão;

Tensor da fáscia lata D: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps;

Tensor da fáscia lata E: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps;

Sartório D: contração excêntrica – controlar torque de extensão; Sartório E: contração excêntrica – controlar torque de extensão;

Grácil D: contração excêntrica – controle do torque extensão; Grácil E: contração excêntrica – controle do torque de extensão;

Isquiotibiais D: inativos; Isquiotibiais E: inativos.

(24)

24

6 7

Fase 6 (fase de transferência de peso III)

Nesta fase o peso se encontra distribuído entre os dois pés e o corpo se direciona para a posição final. Existe um componente inercial na força que impulsiona o corpo no sentido cranial.

Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↑ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↑ ω Joelho D extensão: anti-horário α Joelho D extensão: anti-horário ω Joelho E extensão: horário α Joelho E extensão: horário Quadríceps D: contração concêntrica – torque de extensão; Quadríceps E: contração concêntrica – torque de extensão;

Tensor da fáscia lata D: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps;

Tensor da fáscia lata E: contração concêntrica – sinergia com o quadríceps;

Sartório D: contração excêntrica – controlar torque de extensão; Sartório E: contração excêntrica – controlar torque de extensão;

Grácil D: contração excêntrica – controle do torque extensão; Grácil E: contração excêntrica – controle do torque de extensão;

(25)

25

excêntrica – controle do torque de extensão;

Isquiotibiais E: contração excêntrica – controle do torque de extensão.

7 8

Fase 7 (fase de descarga de peso final)

Fase final do movimento onde há a descarga total do peso do corpo sobre a perna esquerda.

Joelho D: » φ ângulo de extensão = ↓ Joelho E: » φ ângulo de extensão = ↓ ω Joelho D extensão: ↔ α Joelho D extensão: horário ω Joelho E extensão: ↔ α Joelho E extensão: horário Quadríceps D: Contração isométrica – manter angulação da articulação;

Quadríceps E: contração

excêntrica – agir contra o torque de flexão;

Tensor da fáscia lata D:

Contração isométrica – manter angulação da articulação; Tensor da fáscia lata E: contração excêntrica – agir contra o torque de flexão;

Sartório D: inativo;

Sartório E: contração excêntrica – controlar torque de extensão;

Grácil D: inativo;

Grácil E: contração excêntrica – controle do torque de extensão;

(26)

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Isquiotibiais D: inativos; Isquiotibiais E: contração

isométrica – manter a angulação da articulação.

 Articulação subtalar (talo-calcâneo-navicular)

Posição inicial: Durante o movimento Parafuso o tronco permanece quase que todo o tempo na mesma

posição relativa e as articulações das EEII sofrem apenas variações na base de apoio, descarregando o peso do corpo hora sobre o pé direito, hora sobre o pé esquerdo.

Para que isto aconteça os pés variam entre movimentos de eversão (com descarga de peso) e inversão (sem descarga de peso) na articulação subtalar (talo-calcâneo-navicular). Este movimento, porém, acontece quase que totalmente por inércia e por esta razão não levaremos os músculos inversores e eversores em consideração nesta análise.

1 2

Fase 1 (Fase de impulso inicial)

O peso do corpo está sobre o pé esquerdo que se encontra pronado.

Durante todo o movimento acontece quase nenhuma dorsiflexão ou flexão plantar no tornozelo. A articulação na qual maior parte do movimento acontece é a subtalar (talo-calcâneo-navicular) Art. Subtalar D: » Φ ângulo de inversão = ↓ Art. Subtalar E: » φ ângulo de inversão = ↑ ω Tornozelo D

sentido horário = eversão

α Tornozelo D

sentido horário = eversão

ω Tornozelo E

sentido horário = ↔

α Tornozelo E

sentido horário = inversão

Dorsiflexores D: (tibial anterior, extensor longo dos dedos, fibular terceiro, extensor longo do hálux)

(27)

27

Inativos  os pés são mantidos na posição devido ao peso do corpo sobre eles.

Dorsiflexores E (tibial anterior, extensor longo dos dedos, fibular terceiro, extensor longo do hálux): contração isométrica – manter a angulação do pé.

Flexores plantar D:

(gastrocnêmios, sóleo, flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos, plantar, tibial posterior, fibular longo e curto) – inativos; Flexores plantar E:

(gastrocnêmios, sóleo, flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos, plantar, tibial posterior, fibular longo e curto): contração excêntrica – contrapor o torque no sentido dorsiflexão.

Inversores D (tibial anterior, extensor longo do hálux, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux): inativos Inversores E (tibial anterior, extensor longo do hálux, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux): inativos

Eversores D (extensor longo dos dedos, fubular terceiro, fibular longo, fibular curto): contração concêntrica – direcionar a articulação no sentido eversão; Eversores E (extensor longo dos dedos, fubular terceiro, fibular longo, fibular curto): inativos

(28)

28

2 3

Fase 2 (fase de transferência de peso I)

Durante as fases de transferência o peso do corpo se divide entre os dois pés. Nesta fase o peso se encontra dividido entre a borda externa do pé direito e o metatarso lateral do pé esquerdo. Art. Subtalar D: » φ ângulo de inversão = ↓ Art. Subtalar E: » φ ângulo de inversão = ↑ ω Tornozelo D

sentido horário = eversão

α Tornozelo D

sentido horário = eversão

ω Tornozelo E

sentido horário = inversão

α Tornozelo E

sentido horário = inversão

Dorsiflexores D: inativos; Dorsiflexores E: inativos;

Flexores plantar D: iniciando contração concêntrica – contrapor torque dorsiflexor; Flexores plantar E: contração concêntrica - impulso

Inversores D: contração

excêntrica – controlar velocidade da eversão;

Inversores E: inativos Eversores D: inativos; Eversores E: inativos

(29)

29

3 4

Fase 3 (fase de descarga de peso I)

O pé direito se prepara para receber o peso do corpo.

Art. Subtalar D:

» φ ângulo de inversão = ↓

Art. Subtalar E:

» φ ângulo de inversão = ↑

ω Tornozelo D

sentido horário = eversão

α Tornozelo D

sentido horário = eversão

ω Tornozelo E

sentido horário = inversão

α Tornozelo E

sentido horário = inversão

Dorsiflexores D: inativos Dorsiflexores E: inativos

Flexores plantar D: contração excêntrica – contrapor o torque dorsiflexor;

Flexores plantar E: inativos

Inversores D: contração

excêntrica – controlar velocidade da eversão; Inversores E: contração concêntrica – direcionar a articulação; Eversores D: inativos Eversores E: inativos

(30)

30

4 5

Fase 4 (fase de impulso II)

O pé direito agora ajuda no impulso que leva o movimento no outro sentido. Art. Subtalar D: » φ ângulo de inversão = ↓ Art. Subtalar E: » φ ângulo de inversão = ↓ ω Tornozelo D

sentido horário = eversão

α Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

ω Tornozelo E

sentido horário = eversão

α Tornozelo E

sentido horário = eversão

Dorsiflexores D: contração isométrica – manter angulação; Dorsiflexores E: inativos; Flexores plantar D: contração concêntrica – impulsão através da flexão plantar;

Flexores plantar E: iniciando sua ativação concêntrica para contrapor o torque dorsiflexor;

Inversores D: contração concêntrica – direcionar a articulação;

Inversores E: contração

excêntrica – controlar velocidade da eversão;

Eversores D: inativos;

Eversores E: esboço de contração concêntrica – direcionar a articulação no sentido eversão.

(31)

31

5 6

Fase 5 (fase de transferência de peso II)

O peso se distribui sobre os dois pés. Art. Subtalar D: » φ ângulo de inversão = ↑ Art. Subtalar E: » φ ângulo de inversão = ↓ ω Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

α Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

ω Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão

α Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão

Dorsiflexores D: inativos; Dorsiflexores E: inativos;

Flexores plantar D: contração concêntrica – impulsão; Flexores plantar E: contração excêntrica – controle da velocidade de dorsiflexão; Inversores D: contração concêntrica – impulsão; Inversores E: contração excêntrica – controle da velocidade de eversão; Eversores D: inativos;. Eversores E: inativos

(32)

32

6 7

Fase 6 (fase de transferência de peso III)

Aqui o peso do corpo se encontra quase que totalmente sobre o pé esquerdo. Art. Subtalar D: » φ ângulo de inversão = ↑ Art. Subtalar E: » φ ângulo de inversão = ↓ ω Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

α Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

ω Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão

α Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão Dorsiflexores D: inativos; Dorsiflexores E: inativos; Flexores plantar D: inativos Flexores plantar E: contração excêntrica – controlar velocidade da dorsiflexão contrapondo-se ao torque neste sentido;

Inversores D: contração concêntrica – direcionar a articulação; Inversores E: inativos; Eversores D: inativos Eversores E: inativos

(33)

33

7 8

Fase 7 (fase de descarga de peso final)

Fase final onde o corpo volta à posição inicial com o peso do corpo sobre o pé esquerdo.

Art. Subtalar D:

» φ ângulo de inversão = ↑

Art. Subtalar E:

» φ ângulo de inversão = ↓

ω Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

α Tornozelo D

sentido anti-horário = inversão

ω Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão

α Tornozelo E

sentido anti-horário = eversão Dorsiflexores D: inativos; Dorsiflexores E: inativos; Flexores plantar D: inativos; Flexores plantar E: contração excêntrica – contrapor o torque de dorsiflexão;

Inversores D: inativos –

movimento acontece por inércia; Inversores E: contração

excêntrica – controle do torque no sentido eversão;

Eversores D: inativos; Eversores E: inativos.

(34)

34

7  Tipos de contração 

Quadris direito e esquerdo

Total = 70 contrações

− Isométricas = 14 (20 %) − Excêntricas = 26 (37.2 %) − Concêntricas = 23 (32.8 %) − Inativos = 7 (10 %)

Flexores Isquiotibiais Adutores Abdutores Rotadores externos

D E D E D E D E D E

Fase 1 EXC CON ISO ISO CON EXC EXC CON EXC CON

Fase 2 EXC CON ISO EXC CON EXC EXC CON EXC CON

Fase 3 INA CON EXC EXC CON EXC EXC CON EXC CON

Fase 4 ISO ISO ISO CON ISO ISO EXC CON CON EXC

Fase 5 CON INA ISO CON EXC ISO CON EXC CON EXC

Fase 6 CON INA ISO CON EXC ISO CON EXC CON EXC

Fase 7 INA INA EXC ISO EXC ISO INA EXC INA EXC

Joelhos direito e esquerdo

Total = 70 contrações − Isométricas = 5 (7.1 %) − Excêntricas = 30 (42.9 %) − Concêntricas = 22 (31.5 %) − Inativos = 13 (18.5 %) Quadríceps Tensor da Fáscia Lata

Satório Grácil Isquiotibiais

D E D E D E D E D E

Fase 1 CON EXC CON EXC EXC CON EXC CON EXC CON

Fase 2 CON EXC CON EXC EXC CON EXC CON EXC CON

Fase 3 ISO INA ISO INA EXC CON INA EXC INA CON

Fase 4 EXC INA ISO INA EXC CON INA EXC INA CON

Fase 5 CON CON CON CON EXC EXC EXC EXC INA INA

Fase 6 CON CON CON CON EXC EXC EXC EXC EXC EXC

Fase 7 ISO EXC ISO EXC INA EXC INA EXC INA EXC

Articulações subtalares direita e esquerda

Total = 56 contrações

− Isométricas = 2 (3.4 %) − Excêntricas = 10 (17.8 %) − Concêntricas = 11 (15.7 %) − Inativos = 33 (47.1 %)

Dorsiflexores Flexores plantar Inversores eversores

D E D E D E D E

(35)

35

Fase 2 INA INA CON CON EXC INA INA INA

Fase 3 INA INA EXC INA EXC CON INA INA

Fase 4 ISO INA CON CON CON EXC INA CON

Fase 5 INA INA CON EXC CON EXC INA INA

Fase 6 INA INA INA EXC CON INA INA INA

Fase 7 INA INA INA EXC INA EXC INA INA

8  Conclusão 

De toda a série de movimentos que foram analisados neste projeto, o parafuso é provavelmente o mais simples no que diz respeito à análise cinesiológica, pois não há variação de plano nem de nível. O movimento consiste basicamente na transferência de peso de um pé para outro com as pernas cruzadas uma a frente da outra. Os pés, durante esta troca vão da eversão (posição de descarga de peso) para a inversão (posição quase sem descarga de peso). Essa troca de base de apoio é realizada quase sem força muscular por parte dos músculos normalmente utilizados para movimentar os pés, mas sim através da rotação da pelve e joelhos, que são quem direcionam o movimento, direcionando os pés para suas respectivas posições.

O passo foi dividido em sete fases organizadas da seguinte forma: duas fases de impulso, três de transferência de peso e duas fases de descarga de peso.

Como se pode perceber no quadro que mostra os tipos de contração muscular realizadas pelos músculos analisados nas respectivas articulações, observamos uma predominância de contrações excêntricas nos músculos que atuam nos joelhos e nos quadris. Isso nos indica que nesse movimento os músculos realizam frequentemente a tarefa de desaceleração, direcionamento dos segmentos corporais e transferência de carga mais do que a tarefa motora propriamente dita, ou seja, a de movimentação dos segmentos corporais.

Outro ponto diferencial é que o tornozelo não foi analisado, pois esta é a articulação onde ocorre a flexão/extensão, e este não é o movimento predominante neste passo. O movimento predominante é a inversão/eversão, que acontece na articulação subtalar, que também recebe o nome de articulação talocalcâneonavicular. Nesta articulação, durante a maior parte da execução do movimento, os músculos não apresentam contração vísivel, indicando uma maior utilização dos tecidos não contráteis para estabilizar a articulação. Ou seja, esta articulação tem menos movimentos ativos que passivos durante a execução do parafuso. Como os movimentos analisados foram a inversão e a eversão, levamos em consideração os músculos que são responsáveis por esses movimentos: os inversores (tibial anterior, extensor longo do hálux, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux) e os eversores (extensor longo dos dedos, fibular terceiro, fibular longo, fibular curto).

Para identificar a direção da velocidade e da aceleração angular das articulações foi levado em consideração o que acontece na articulação durante o movimento no plano onde este seria mais visível. Por exemplo, quando descrevemos a velocidade e aceleração angular do tornozelo dizemos que a articulação esta angulando no sentido horário ou anti-horário no plano sagital (flexão/extensão), do lado do tornozelo que está sendo avaliado.

No movimento parafuso, os músculos abdominais precisam estar ativos durante toda a execução do movimento para diminuir a carga sobre os membros inferiores, estabilizar a pelve, assim como estabilizar a coluna lombar que está sendo exposta a altas cargas compressivas exercidas pelo peso do tronco.

(36)

36

Músculos dos membros inferiores

(Fonte: KENDALL & KENDALL. Muscles Testing and Function. 4ª Ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 1993)

(listagem por ação muscular) Articulação coxofemoral

Flexão  Psoas maior, Íleo, sartório, pectíneo, adutor longo, adutor breve, reto femoral, adutor

maior (fibras anteriores), tensor da fáscia lata, glúteo mínimo;

Extensão  Adutor maior (fibras posteriores), glúteo médio posterior, semimembranoso, semitendíneo, glúteo máximo, piriforme, cabeça longa do bíceps femoral;

Adução  pectíneo, adutor longo, adutor breve, grácil, adutor magno, obturador externo, glúteo máximo (fibras inferiores);

Abdução  psoas maior, íleo, sartório, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo médio, Gêmeo

inferior, Glúteo máximo (fibras superiores), piriforme, gêmeo superior, abturador interno;

Rotação interna (medial)  Adutor longo, adutor breve, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo

médio (fibras anteriores), semimembrenoso, semitendíneo;

Rotação externa (lateral)  psoas maior, íleo, sartório, obturador externo, glúteo médio (fibras 

posteriores), gêmeo inferior, quadrado femoral, glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior, obturador interno, cabeça longa do bíceps femoral.

Articulação do joelho

Extensão  quadríceps, tensor da fáscia lata;

Flexão  sartório, grácil, poplíteo, plantar, semimembranoso, semitendíneo, cabeça curta do bíceps

femoral, cabeça longa do bíceps femoral, gastrocnêmico; Quando fletidos:

Rotação lateral  cabeça curta do bíceps femoral, cabeça longa do bíceps femoral; Rotação medial  sartório, grácil, poplíteo, semimembranoso, semitendíneo;

Articulação do tornozelo

Dorsiflexão  tibial anterior, extensor longo dos dedos, fibular terceiro, extensor longo do hálux; Flexão plantar  fibular longo, fibular curto, tibial posterior, plantar, flexor longo dos dedos, flexor 

longo do hálux, sóleo, gastrocnêmico.

Articulação Talo-calcâneo-navicular ou subtalar

Eversão  extensor longo dos dedos, fubular terceiro, fibular longo, fibular curto;

Inversão  Tibial anterior, extensor longo do hálux, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux.

Referências

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