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DIAS, Rogério Oliveira³ Universidade Estadual de Montes Claros. UNIMONTES

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Academic year: 2021

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PIBID SUBPROJETO GEOGRAFIA: ESTRATÉGICAS METODOLÓGICAS UM CONTRIBUTO PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA ATRAVÉS DE

OFICINAS GEOGRÁFICAS¹.

PEREIRA, Maria Lucimara² Universidade Estadual de Montes Claros. UNIMONTES

marialucimarap@yahoo.com.br

DIAS, Rogério Oliveira³ Universidade Estadual de Montes Claros. UNIMONTES

rogeriodias319@r7.com

INTRODUÇÃO

A Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES, em parceira com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, introduziu o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência- PIBID nos cursos de licenciatura da referida Universidade no ano de 2010. Visando incentivar e valorizar o magistério por meio da formação inicial e continuada dos futuros professores, levando os licenciandos a desenvolver reflexões teóricas e práticas que promovam de forma qualitativa o ensino aprendizagem dos alunos inseridos na Educação Básica.

Sabe-se que o PIBID colabora constantemente na aprendizagem dos educandos, formando professores empenhados com o ensino aprendizagem das redes publicas de ensino, ou seja, buscando uma conexão da educação superior através dos cursos de licenciatura com a educação básica com o intuito de elevar a qualidade do ensino no sistema educacional brasileiro.

Diante da proeminência do PIBID, o curso de Geografia foi uma das licenciaturas incluídas no programa, uma vez que no âmbito do ensino aprendizagem desta disciplina, o educador possui um papel de suma relevância, pois a inserção da ___________________

¹ Trabalho proveniente de pesquisa realizada na Escola Estadual Professor Hamilton Lopes na Cidade de Montes Claros – MG;

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² Acadêmica bolsista do Subprojeto PIBID Geografia, UNIMONTES, Departamento de Geociências, Montes Claros, Minas Gerais;

³ Acadêmico do curso de Geografia, UNIMONTES, Departamento de Geociências, Montes Claros, Minas Gerais.

Geografia no cotidiano dos alunos torna-se possível o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a formação crítica e reflexiva dos educando. Conforme CAVALCANTI (2002) o trabalho de educação geográfica na escola consiste em levar as pessoas em geral, os cidadãos, a uma consciência da espacialidade das coisas, dos fenômenos que elas vivenciam.

Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância do arranjo das ações propostas do PIBID nas aulas de Geografia do ensino médio da Escola Estadual Professor Hamilton Lopes na cidade Montes Claros/MG, destacando a relevância das estratégias metodológicas utilizadas para a compreensão dos conteúdos geográficos, sendo estes desenvolvidos e ministrados pelos acadêmicos bolsistas inseridos no programa. O método adotado para a realização do trabalho está baseado em uma pesquisa exploratória, nas observações em sala de aula e nos dados obtidos através intervenções metodológicas aplicada em sala de aula com os alunos das turmas do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio da Escola Estadual Professor Hamilton Lopes Montes Claros/MG. Através das intervenções metodológicas aplicada em sala de aula percebe-se o envolvimento e depercebe-senvolvimentos dos alunos, estimulando-os a aprender Geografia.

DA TEORIA A PRÁTICA EDUCACIONAL

Ensinar Geografia é um desafio para os professores, uma vez que, essa ciência é preponderante para a formação do aluno enquanto cidadão, pois são a partir desta que os alunos adquirem habilidades, conhecimentos e competências para viver em sociedade. Os conteúdos geográficos devem ser trabalhados de forma preponderante para compreensão do aluno enquanto cidadão, pois a partir desta formação o aluno adquire habilidades, conhecimentos e competências para viver em sociedade. CAVALCANTI (2002) afirma que:

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Os conteúdos geográficos tornam-se mais eficaz no sentido de cumprir para a formação geral dos cidadãos. É isso que justifica a presença dessa disciplina na escola de nível fundamental e médio. Essa contribuição refere-se à possibilidade de leitura da realidade que esse saber disciplinar especializado possui e que pode compor as capacidades cognitivas dos cidadãos.

Porém, o ensino de Geografia não é muito apreciado pelos estudantes, onde muitas vezes, os mesmos reclamam que as aulas são decorativas, ou seja, apenas teórica. Partindo deste pressuposto cabe ao professor de Geografia inovar as aulas saindo do método tradicional e aplicando o lúdico, sendo este um procedimento inovador e dinâmico que busca a apreensão da atenção e o envolvimento dos alunos no conteúdo trabalhado e nas atividades desenvolvidas em sala de aula.

Para inovar as aulas e apreender à atenção dos alunos a professora supervisora juntamente com os acadêmicos bolsistas perpassa pela teoria explanando o conteúdo da disciplina e posteriormente desenvolvem-se na prática através de oficinas, aulas interativas e grupo de estudo quando necessário, onde é organizado todo o aparato possível para desenvolver suas aulas, levando os alunos a construção de matérias (textos, maquetes, charges, mapas, gráficos, desenhos, Globo Terrestre e vídeos) que os mesmos confeccionam para melhor compreensão do conteúdo. Para CAVALCANTI (2002) ao construírem Geografia, eles também constroem conhecimentos sobre o que produzem, e são conhecimentos geográficos. Quando os alunos produzem, desenvolve diversas habilidades, despertando anseio em descobrir coisas novas, utilizando diversos níveis de aprendizado e o professor intervém como mediador do processo intervindo apenas quando necessário.

ALGUMAS ESTRATÉGICAS METODOLÓGICAS UTILIZADAS EM SALA DE AULA

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Para um melhor desenvolvimento e entendimento dos alunos, foram trabalhadas diversas metodológicas para que despertasse habilidades e compreensão dos alunos nas aulas de Geografia, pois os mesmos reclamavam que as aulas eram muito cansativas. Diante da falta de interesse dos alunos em relação ao conteúdo de Geografia a professora supervisora juntamente com os acadêmicos bolsistas buscaram novos métodos que estimulasse a atenção dos alunos. Trabalhar o lúdico através de novas metodologias geográficas foi uma das alternativas encontrada

Uma das metodologias muito utilizadas em sala de aula foram as confecções de maquetes a partir dos temas trabalhados em sala de aula, que desperta atenção e diversas habilidades do aluno. Nas figuras 1 e 2 são algumas maquetes confeccionadas a partir do tema “agricultura” trabalhadas em sala de aula.

Figura 1: Sistema de irrigação "agricultura familiar". Figura 2: Sistema de irrigação por gotejamento. Fonte: PEREIRA, M.L. (2013). Fonte: PEREIRA, M.L(2013).

O uso de mapas é indispensável nas aulas de Geografia, pois a partir dele temos a noção de espacialidade. Ao trabalhar as “massas de ar e o tipo climático brasileiro” os alunos tiveram muita dificuldade em compreender o conteúdo, pois não conseguiam associar os fenômenos onde eram originadas as massas de ar e para onde deslocavam. A

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partir da confecção de mapas do Brasil com os deslocamentos de massas de ar, facilitaram a compreensão dos alunos, pois os mesmos podiam visualizar onde as massas de ar são formadas e para onde deslocam, não sendo mais necessário ir à carteira do aluno para atendê-lo. Com o conhecimento dos alunos em relação ao funcionamento das dinâmicas das massas de ar no Brasil, fica mais fácil entender as explicações meteorológicas que eles veem nos telejornais referentes às mudanças no clima. No entanto, ainda é preciso lembrar que outras variações climáticas que se alteram por questões mais locais.

Na figura 3 podemos observar o desenho do mapa do Brasil com diferentes tipos de massas de ar que atuam no Brasil e onde cada uma é formada e para onde se deslocam. E posteriormente os tipos de clima predominantes no Brasil. Apesar de ser um método simples é muito eficaz, pois a partir da visualização do desenho do mapa o aluno sabe se diferenciar porque esta quente em uma região do Brasil e frio na outra região.

Figura 3: Mapas das massas de ar atuantes no Brsail e os tipos de climas brasileiros Fonte : PEREIRA, M.L. (2013)

Outra atividade desenvolvida era o grupo de estudo realizado fora do horário de aula para os alunos que tinha mais dificuldade de compreender o conteúdo trabalho em

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sala de aula. O grupo de estudo também focava nas questões de cartográfica por ser uma disciplina que a maioria dos alunos tinha dificuldades. Além de focar em outros temas, como por exemplo, questões de vestibular e tema transversais.

Figura 4: Momentos do grupo de estudos. Fonte : PEREIRA, M.L. (2013)

O lúdico trabalhado em sala de aula torna a aula mais prazerosa e significativa para os alunos tornando os conteúdos trabalhados de fácil compreensão e despertando nos alunos o prazer em estudar Geografia.

Para saber o nível de satisfação dos alunos em relação às intervenções realizada pelos acadêmicos bolsista do PIBID Geografia em sala de aula, e quais as intervenções eles mais identificam, foi aplicado um questionário para um total de 50 alunos do ensino médio da Escola Estadual Professor Hamilton Lopes. Os resultados podem ser observados nos gráficos que seguem abaixo.

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Gráfico 1-As intervenções do PIBID tornaram as aulas de Geografia. Fonte: Pesquisa direta, Março de 2014. Org: PEREIRA, M.L.

No gráfico 1 quando questionados sobre as intervenções do PIBID nas aulas de Geografia o resultado foi bastante satisfatório onde 94% acharam que as intervenções deixam as aulas mais interessante e inovador, para 4% as aulas cansativas e 2% o PIBID não mudou nada. Fica bem claro que o lúdico é de suma importância nas aulas de Geografia.

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Fonte: Pesquisa direta, Março de 2014. Org: PEREIRA, M.L.

No gráfico 2, quando questionado sobre qual a intervenção do PIBID Geografia que eles mais gostam, a resposta bem diversificada onde 44% dos entrevistados identificam mais com as oficinas que leva os alunos a descobrir novos caminhos para o ensino aprendizagem despertando-nos habilidades e curiosidades. As atividades em grupo despertam o interesse dos alunos onde eles possam discutir temas trabalhados em sala de aula e posteriormente debater com a turma suas ideias. 36% dos alunos identificam com as aulas interativas. Onde o conteúdo é trabalhado em de forma dinâmica que permitem que os alunos interajam mais com as aulas e compreenda com mais facilidade o assunto trabalhado. E com 20% estão os grupos de estudos que são realizados fora do horário de aula. Essa atividade tem uma maior participação dos alunos do 1º ano do ensino médio, pois nesse grupo trabalhamos questões de vestibular mais especificamente o PAES¹, e por ser a primeira vez que os mesmos vão prestar vestibulares tem uma dificuldade maior em relação os alunos dos 2º e 3º anos.

Os resultados da pesquisa apontam que o trabalho desenvolvido pelo PIBID Geografia propiciou uma melhora no processo ensino aprendizagem da escola supracitada e o lúdico é o melhor caminho para trabalhar Geografia, pois consegue despertar no aluno um novo jeito de aprender Geografia, onde os mesmos passam a introduzir a Geografia no seu dia a dia de forma natural. Nesse ínterim, a escola pela sua importância no campo de socialização, e o PIBID enquanto programa de promoção das licenciaturas, a Unimontes como pontes de integração e a Geografia como disciplina preponderante na formação cidadã dos alunos, criam elos significativos para o processo de ensino aprendizagem de Geografia na escola. Para os bolsistas futuros professores é muito importante, pois já vivenciam a realidade escolar além de desenvolver habilidades práticas e teóricas para ser trabalhadas em sala de aula.

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¹O PAES é um Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior, implantado pela Universidade Estadual de Montes Claros, em 1998, visando oferecer aos alunos do Ensino Médio outra possibilidade de ingressar na Unimontes.

Esse Programa subdivide-se em 03 Etapas. O candidato ao PAES se inscreve, voluntariamente, a partir da 1ª série do Ensino Médio. Na 3ª e última Etapa, o candidato escolhe o curso a que pretende concorrer. Classifica-se aquele que obtiver o mínimo de 30% dos pontos distribuídos nas três etapas, observando-se a ordem, segundo o número de pontos obtidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, por meio do PIBID Geografia e das inovadas estratégicas metodológicas foi possível transpor com facilidade os conteúdos da Geografia, pois se percebe o envolvimento e desenvolvimento dos alunos nas atividades desenvolvidas pelos bolsistas, houve uma redução da indisciplina, além do primordial a obtenção de conhecimento estimulando-os e despertando anseio em aprender Geografia, contemplando de tal modo todos protagonistas envolvidos no âmbito educacional da instituição de ensino supracitada. Sendo estes um contributo no processo de ensino aprendizagem de alunos da educação básica e acadêmicos bolsistas do ensino superior. Por meio da inserção das oficinas fortalece o ensino da Geografia, onde a teoria e a prática são elucidadas em sala de aula de forma positiva e qualitativa, resultando em um ensino aprendizagem corrobora para a formação citadina do homem em sociedade.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, Lana de Sousa. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

FONSECA, G.S.Planejamento Nas Aulas De Geografia, Essencial Para O

Ensino Aprendizagem. Apresentado nos anais do XVI Encontro Nacional de Geógrafos. Porto Alegre, 2010.

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KIMURA.Shoko. Geografia No Ensino Básico Questões e Propostas. São Paulo: Contexto. 2008.

Revista de Ensino da Geografia e Áreas Afins: Olhares & Trilhas. Uberlândia:UFU,v.1,n.1,2000.

RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2002.

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