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Capítulo 4 Balanço e Conta de Resultados

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Academic year: 2021

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Capítulo 4

Balanço e Conta de Resultados

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Balanço e Conta de Resultados

A situação económica e financeira do Banco de Cabo Verde, referente a 31 de Dezembro de 2006, encontra-se reflectida nos quadros Balanço e Demons-tração de Resultados, preparados de acordo com o plano de contas em vigor na instituição e com os critérios estabelecidos na sua Lei Orgânica.

As principais práticas contabilísticas e os principais critérios de valoração utilizados nas demonstrações financeiras relativas ao exercício em análise são os seguintes:

a) Especialização de Exercícios

O banco segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios, em relação à generalidade das rubricas de demonstrações financeiras, nomeadamente, no que se refere a juros das operações activas e passivas, que são registados à medida em que são incorridos, independentemente do momento do seu efectivo recebimento ou pagamento.

b) Operações em Moeda Estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são valorizados ao câmbio médio do último dia útil do mês. Os custos e proveitos em moeda estrangeira são, por sua vez, valorizados à taxa de câmbio em vigor à data da liquidação da operação.

De acordo com o n.º 2 do artigo 57.º da Lei Orgânica, os ganhos e os prejuízos cambiais não realizados, resultantes de quaisquer alterações na avaliação do activo e ou do passivo do banco, em ouro, moeda estrangeira ou direitos de saque, resultantes de alterações na taxa de câmbio do escudo ou de qualquer outra mudança de valor ou da taxa de câmbio dos referidos activos ou passivos, serão afectos a uma conta de reavaliação de reservas, no balanço. No final do exercício, o saldo líquido registado na conta de reavaliação, se devedor, é reconhecido em resultados como perdas cambiais e caso seja apurado um saldo credor, fica diferido em balanço na conta de reavaliação.

Em 31 de Dezembro de 2006, foram reconhecidas menos valias não reali-zadas no valor de 26.388 mil escudos.

c) Títulos e Participações Financeiras

Todos os títulos e participações financeiras são registados a custo de aqui-sição, diferindo, no entanto, em certos casos, a metodologia de valorização dos juros. Assim, os juros corridos sobre as obrigações e outros títulos de

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Igualmente a custo de aquisição, são ajustados os valores referentes aos prémios ou descontos, sendo estes reconhecidos no resultado. As acções e outros títulos de rendimento variável são também registados a custo de aqui-sição, sendo constituídas provisões para ajustar o valor das participações ao seu valor esperado de realização.

Os títulos nacionais de rendimento fixo e variável são registados, de igual modo, a custo de aquisição, o que coincide com o valor nominal. Os juros corridos são apurados com base no valor nominal e na taxa de juro aplicável no período.

As participações financeiras em moeda nacional encontram-se registadas pelo critério de custo de aquisição, deduzidas das provisões julgadas adequadas.

d) Imobilizações Corpóreas, Incorpóreas e em Curso

O imobilizado corpóreo e incorpóreo encontra-se contabilizado a custo de aquisição ou de reavaliação, deduzido das respectivas amortizações acu-muladas, que são calculadas em base anual, segundo o método das quotas constantes.

O imobilizado em curso encontra-se registado ao valor de custos totais fac-turados ao Banco de Cabo Verde e transferido para o imobilizado firme aquan-do da sua efectiva utilização, inicianaquan-do-se, a partir de então, a sua amortização.

e) Notas e Moedas em Circulação

O valor das notas e moedas em circulação resulta da diferença entre os sal-dos das notas e moedas emitidas e as existências em caixa no Banco de Cabo Verde e as em trânsito.

As notas e moedas retiradas de circulação, enquanto responsabilidade do ban-co perante os detentores das mesmas, são ban-contabilizadas numa ban-conta de exigibili-dades diversas, até que sejam atingidos os respectivos prazos de prescrição.

Os custos inerentes à produção de notas e moedas são amortizados de modo escalonado no período de vida útil estimado das mesmas.

f) Provisões

De acordo com a sua Lei Orgânica, o Banco pode constituir ou reforçar provisões para cobertura de crédito mal parado, de riscos de depreciação de valores activos, para contribuições para a reforma e fundo de pensões e para quaisquer outras eventualidades.

As provisões destinadas a cobrir desvalorizações de activos identificados são apresentadas no balanço a deduzir o respectivo valor contabilístico.

As restantes provisões, definidas em função dos critérios de prudência de gestão e do grau de volatilidade dos principais activos do banco, são apresen-tadas no passivo.

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A análise seguinte reporta-se ao período de 2006 e os valores dos agrega-dos patrimoniais encontram-se expressos em escuagrega-dos cabo-verdianos.

Quadro 66

Situação Patrimonial do Banco de Cabo Verde

em escudos

2006 2006

Activo Passivo + Situação Líquida

Reservas Cambiais 21.387.088 Notas/ Moedas em circulação 9.129.477 Disponibilidades e outras aplicações 12.180.478 Responsab. p/ c/ o exterior 2.228.637 Crédito a não residentes 0

Títulos estrangeiros 9.122.315 Responsab. p/ c/ o exterior/ME 1.216.297 Fundo Monetário Internacional 0

Direitos de saque especiais 257 Depósitos e outras responsab. 0 Participação em organ. internacionais 83.705 Empréstimos e outros créditos 1.088.000 Outros activos s/ exterior 332 Atrib. direitos de saque esp. 0 Resp. p/c/ out. org. intern. 128.297 Crédito Interno 1.574.825

Responsab. p/ c/ o exterior/MN 1.012.340 Crédito às instituições financeiras 9.378

Crédito ao Estado 1.104.548 Resp. p/c/ out. org. intern. 1.012.340 Crédito a outros residentes 460.900

Responsab. p/ c/ residentes 18.639.164 Títulos Nacionais 8.284.968

Resp. p/c/ residentes/ME 699.337 Medalhística/Numismática 105.618

Resp. p/c/ inst. financeiras 17.086 Imobilizado 227.265 Resp. p/c/ Estado 682.251 Resp. p/c/ outros residentes 0 Devedores e outros activos 55.959

Resp. p/c/ residentes/MN 17.939.827 Contas de regularização 643.708

Resp. p/c/ inst. financeiras 16.631.671 Resp. p/c/ Estado 1.308.156 Resp. p/c/ outros residentes 0 Exigibilidades diversas 86.173 Contas de Regularização 87.271 Provisões 1.488.492 Reservas 253.784 Capital 200.000 Resultados transitados 0 Lucros do exercício 166.432 Total Activo 32.279.431 Total Passivo + Situação Líquida 32.279.431

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1. Análise do Balanço

A estrutura patrimonial do Banco de Cabo Verde apresentava, em 31 de Dezembro de 2006, um activo líquido de 32.279.431 mil escudos, observando um crescimento de 13,6%, relativamente ao ano anterior.

Quadro 67 Activo 2005 2006 em escudos em escudos Variação Taxa Cresc. em %

Disponibilidades e outras aplicações 7.302.905 12.180.478 4.877.573 66,8 Crédito a não residentes 82.510 0 -82.510 -100,0 Outros activos s/exterior 370 332 -38 -10,4

Títulos estrangeiros 8.954.314 9.122.315 168.001 1,9

Direitos de saque especiais 2.162 257 -1.905 -88,1

Participação em outros org. internacionais 93.247 83.705 -9.542 -10,2

Crédito às instituições financeiras 27.257 9.378 -17.879 -65,6 Crédito ao Estado 1.187.246 1.104.548 -82.698 -7,0 Crédito a outros residentes 442.718 460.900 18.182 4,1

Títulos nacionais 9.324.968 8.284.968 -1.040.000 -11,2

Medalhística/Numismática 108.087 105.618 -2.469 -2,3 Imobilizado 211.383 227.265 15.882 7,5 Devedores e outros activos 68.977 55.959 -13.018 -18,9 Contas de regularização 614.255 643.708 29.453 4,8

Total Activo 28.420.400 32.279.431 3.859.031 13,6

O passivo, expurgado do efeito do valor de Cabo Verde Trust Fund, e a situação líquida ascendiam a 31.658.845 de escudos e 620.216 mil escudos, respectivamente.

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Quadro 68

Passivo + Situação Líquida

2005 2006 em escudos em escudos Variação Taxa Cresc. em % Passivo Notas/Moedas em circulação 8.660.244 9.129.477 469.233 5,4 Dep. e outras resp.p/c/ ext. ME 0 0 0

Emp. out. créditos ext. ME 1.151.453 1.088.000 -63.453 -5,5

Resp. p/c/ out. org. intern.ME 138.576 128.297 -10.279 -7,4 Atrib. direitos de saque esp. 0 0 0 0,0 Resp. p/c/ out. org. intern.MN 1.095.039 1.012.340 -82.699 -7,6 Resp. p/c/ inst. financeiras ME 20.533 17.086 -3.447 -16,8 Resp. p/c/ inst. financeiras MN 12.423.635 16.631.671 4.208.036 33,9 Resp. p/c/ Estado ME 1.347.722 682.251 -665.471 -49,4 Resp. p/c/ Estado MN 1.548.442 1.308.156 -240.286 -15,5 Exigibilidades diversas 56.421 86.173 29.752 52,7 Contas de Regularização 120.913 87.271 -33.642 -27,8 Situação Líquida Capital 200.000 200.000 0 0,0 Reservas 243.802 253.784 9.982 4,1 Provisões 1.393.658 1.488.492 94.834 6,8 Resultados transitados 0 0 0 Lucros do exercício 19.964 166.432 146.468 733,7

Total Passivo + Situação Líquida 28.420.400 32.279.431 3.859.031 13,6 Considerando as alterações verificadas nas principais rubricas do balanço no período, realçam-se os seguintes desenvolvimentos:

1.1 - Do Lado do Activo

As disponibilidades e outras aplicações, que representam os valores dispo-níveis em moeda estrangeira no exterior, acusaram um aumento de 66,79%, reflectindo a alteração da posição cambial resultado, por um lado, de influxos externos provenientes dos desembolsos dos parceiros estratégicos do desen-volvimento e de organismos financeiros internacionais no quadro da consoli-dação e implementação dos projectos de investimento e da ajuda orçamental e, por outro lado, da compra de divisas às instituições de crédito, no âmbito

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- Representando acordos de pagamento bilaterais, os Créditos a Não Resi-dentes encontrava-se aprovisionado a 100%.

- A rubrica Outros Activos sobre o Exterior representava os depósitos à ordem no exterior, em nome do Banco de Cabo Verde, pertencentes ao

In-ternational Support for Cabo Verde Stabilization Trust Fund, no valor de 332

mil escudos (3.971,95 dólares americanos). A variação observada no período ficou a dever-se, exclusivamente, à actualização cambial.

- Os Títulos Estrangeiros reflectem os investimentos em carteira de títulos de negociação, no valor de 9.122.315 mil escudos, geridos pelo Banco Central do Luxemburgo, no âmbito do contrato de gestão assinado entre o BCV e aquela instituição.

- As Disponibilidades do banco junto do Fundo Monetário Internacio-nal registaram um saldo de 257 mil escudos, equivalente a 2.043 DTS. No período, estas disponibilidades geraram juros activos, no valor de 630 DTS, correspondentes a 81 mil escudos, enquanto que da atribuição cumulativa, o banco suportou um custo de 61.780 DTS, cerca de 7.930 mil escudos. Verifi-cou-se o aprovisionamento da conta no valor de 50.000 DTS, cerca de 6.483 mil escudos.

- As Participações em Organismos Internacionais, avaliadas a custo de aquisição, referem-se a participações financeiras efectuadas pelo banco, em representação do Estado, junto de organismos internacionais. O saldo desta rubrica, de 83.705 mil escudos, refere-se a uma participação financeira subs-crita pelo Banco de Cabo Verde junto do Afreximbank, no valor nominal de 1.000.000 de USD. Relativamente a 2005, verifica-se nesta rubrica uma varia-ção negativa de 10,23%, que resulta da depreciavaria-ção nominal do dólar.

- A rubrica Empréstimos às Instituições Financeiras atinge os 9.378.000 CVE, que compara aos 27.257.000 CVE registados em 2005. Esta evolução tra-duz as amortizações efectuadas pelo Banco Comercial do Atlântico referentes à divida de repasse da linha de crédito à indústria, transferida por protocolo, na altura da separação do Banco de Cabo Verde.

- O financiamento ao Estado acusou um saldo de 1.104.548 mil escudos, que representa, essencialmente, os créditos concedidos ao Estado de Cabo Verde para participação em organismos internacionais. No exercício, esta sub-rubrica registou um decréscimo de 6,97%, resultado do reajustamento da dívida do Estado junto ao FMI.

- Os Créditos a Outros Residentes, que integram, além dos créditos a fun-cionários, os créditos de natureza comercial que, no âmbito do protocolo de separação do BCV, ficaram na carteira do banco central, apresentaram um saldo de 460.900 mil escudos, reflectindo um acréscimo de 4,1%.

- Os Títulos Nacionais abarcam as participações financeiras do Banco de Cabo Verde em entidades nacionais (SOCAPESCA e SISP), líquidas de provi-sões, subscrições de Títulos da Dívida Pública (OT’s) e Títulos Consolidados

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de Mobilização Financeira (TCMF’s). Estes, registaram em 2006 uma variação negativa de 11,2%.

- A rubrica Medalhística e Numismática, que agrega espécies de moedas correntes e comemorativas em metal nobre – ouro e prata – e notas, devida-mente tratadas, para comércio no mercado de coleccionadores, apresentaram, no período em análise, um saldo de 105.618 mil escudos, traduzindo um de-créscimo de 2,3%, relativamente a 2005.

- O Imobilizado contempla bens e valores que, por estarem afectos à actividade do banco, são de carácter permanente. No valor de 227.265 mil escudos, o imobilizado líquido registou um acréscimo de 7,51% face a 2005, reflectindo as aquisições de bens do imobilizado. Igualmente, verificaram-se abates contabilísticos referentes à doação de equipamentos a entidades.

O Imobilizado apresenta a seguinte desagregação:

Quadro 69 Imobilizado

2006

em milhares de escudos

Activo Amortizações Activo Líquido

Imobilizado Incorpóreo 35.479,0 23.514,6 11.964,4

Imobilizado Corpóreo 626.218,4 433.375,9 192.842,5

Imovéis: 342.992,6 212.059,6 130.933,0

Imóveis ao serviço próprio 249.586,8 159.111,1 90.475,7 Outros Imóveis 93.405,8 52.948,5 40.457,3 Equipamento: 278.630,2 221.316,3 57.313,9 Mobiliário e material 87.742,7 70.097,7 17.645,0 Máquinas e ferramentas 56.837,2 48.950,6 7.886,6 Equipamento informático 54.622,3 46.004,7 8.617,6 Instalações interiores 50.427,1 43.719,1 6.708,0 Material de transporte 28.202,5 12.347,4 15.855,1 Equipamento de Segurança 554,3 18,5 535,8 Outros equipamentos 244,1 178,3 65,8 Património artístico 4.595,6 4.595,6

Outros imobilizados córporeos 0,0

Imobilizado em curso 22.458,4 22.458,4

Total 684.156 456.890,5 227.265

- A rubrica Devedores e Outros Activos, que refere-se aos empréstimos resultantes das operações não vinculadas à actividade normal do Banco e compreende o protocolo de financiamento com o Instituto de Fomento de Habitação (IFH), assinado antes da separação do BCV, bem como o supri-mento concedido à SISP, acusa um decréscimo de cerca de 18,9%, em

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resulta-- As Contas de Regularização que integram diversas operações internas (especializações) e outras transitórias que, por motivos vários, não podem ser enquadradas de imediato nas respectivas contas, apresentaram um acréscimo de 4,8%, em 2006.

Esta rubrica decompõe-se nos seguintes itens:

Em mil escudos

Proveitos a receber 363.625

Despesas com custo diferido 237.710

Outras contas internas e de regularização 42.373

- A sub-rubrica Proveitos a Receber compreende, basicamente, os acrés-cimos, no exercício, dos juros de remuneração dos títulos nacionais de ren-dimento variável e dos estrangeiros, das aplicações em depósitos no exterior, bem como do crédito concedido às instituições financeiras e às outras enti-dades residentes. Integra ainda, o montante equivalente a 5% do rendimento líquido anual dos recursos do Trust Fund, a que o Banco de Cabo Verde tem direito, nos termos da Lei n.º 69/V/98.

- As despesas com Custos Diferidos referem-se às despesas realizadas a serem imputadas ao custo de períodos seguintes, de acordo com o princípio contabilístico dos acréscimos e diferimentos.

1.2 - Do Lado do Passivo

- Representando valores emitidos, deduzidos de notas e moedas existentes na tesouraria do banco, a rubrica Notas e Moedas em Circulação registou um aumento de 5,4%.

- Representando passivos com organismos financeiros internacionais em moeda estrangeira e em moeda nacional, as Responsabilidades para com o Exterior observaram um decréscimo de 6,6%, relativamente a 2005;

- As Responsabilidades para com o Exterior, em moeda estrangeira, englobam: • Os Empréstimos e Outros Créditos, que representam o crédito

con-cedido pelo FMI, no âmbito do Programa de Redução da Pobreza e Crescimento (PRGF), de 8.640 milhares DTS, os quais registaram um decréscimo de 5,1% face a 2005, reflectindo o efeito da depreciação nominal do USD.

• A Atribuição Cumulativa do FMI em Moeda Estrangeira, que traduz as responsabilidades para com o FMI, decorrentes da atribuição de direitos de saque especiais, no montante de 620 mil DTS. A variação negativa de 5,51%, em relação a 2005, ficou a dever-se, exclusivamente, à actualização cambial.

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• As Outras responsabilidades para com Organismos Internacionais, respeitantes a 3/5 da participação do Banco de Cabo Verde no Afrexim-bank, por realizar, no montante de 600 mil USD, e que apresentaram uma variação de 10,2%, também explicada pela actualização cambial. - As Responsabilidades para com o Exterior em moeda nacional, que agre-gam as responsabilidades para com organismos internacionais em moeda na-cional e os depósitos à ordem em moeda nana-cional de organismos internacio-nais junto ao BCV, que observaram um decréscimo de 7,6%, explicado pelo reajustamento de haveres nas contas do FMI, no valor de 82.702 mil escudos.

- As Responsabilidades para com Residentes em moeda estrangeira que, re-presentando as responsabilidades em moeda estrangeira para com instituições financeiras no país e para com o sector público, registaram uma variação nega-tiva de 48,9%, em resultado dos decréscimos das respecnega-tivas sub-rubricas.

- As Responsabilidades para com Residentes que, representando passivos para com instituições financeiras e para com o Estado em moeda nacional, cresceram 28,4%, relativamente a 2005.

- As Responsabilidades para com Residentes em moeda nacional, que in-tegram:

• As Responsabilidades para com as Instituições Financeiras, que apre-sentaram uma taxa de crescimento de 33,79%, traduzindo, basicamen-te, a evolução dos depósitos das instituições de crédito, decorrentes da constituição das disponibilidades mínimas de caixa e da variação dos depósitos overnight, no âmbito da política monetária do Banco de Cabo Verde, bem como dos depósitos das instituições financeiras não bancárias, como a SISP, as agências de câmbio e a Bolsa de Valores de Cabo Verde.

• A rubrica Responsabilidades para com o Estado, que integra as contas de liquidação do Tesouro, respeitante a projectos de investimento financiados por parceiros de desenvolvimento, e que atingiu os 1.308.156 mil escu-dos.

- As Exigibilidades Diversas, que integram essencialmente o saldo das notas retiradas de circulação, cuja responsabilidade do banco, perante os de-tentores, permanece até à prescrição do prazo estipulado na Lei Orgânica, e o saldo referente ao Fundo de Garantia Automóvel, destinado a suportar as despesas com sinistrados não cobertas pelo Seguro Obrigatório de Respon-sabilidade Civil, que é comparticipado em 2% dos prémios arrecadados pelas seguradora. Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em mil escudos

Notas retiradas de circulação 58.494 Moedas retiradas de circulação 0 Fundo Garantia Automóvel 27.618

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Abono para falhas 60

- As Contas de Regularização, que compreendem as diversas operações de regularização internas (especialização) e outras transitórias e que, por moti-vos vários, não são enquadradas de imediato nas respectivas contas. Esta ru-brica apresenta um decréscimo de 27,8% e integra entre outros, os seguintes itens em milhares de escudos:

Em mil escudos

Custos a pagar 60.377

Outras contas de regularização 11.176 Receitas com proveito diferido 15.718

1.3 - Da Situação Líquida

- O Capital Social do Banco de Cabo Verde, de acordo com o artigo 4.º da sua Lei Orgânica, é de 200.000 mil escudos.

- Constituídas por incorporação de resultados de exercícios positivos, apurados e não distribuídos nos termos da Lei Orgânica, em finais de 2006, as Reservas do Banco ascendiam a 253.784 mil escudos, traduzindo um acrésci-mo de 4,1%, face a 2005.

- As provisões criadas para fazer face aos riscos e encargos de natureza di-versa, nomeadamente, aos riscos gerais de crédito, aos encargos com pensões de reforma e sobrevivência e com o tratamento do pessoal no exterior, entre outros, registaram um acréscimo de 6,8%.

- O Resultado do Exercício do Banco de Cabo Verde, em 2006, ascende a 166.432 mil escudos positivos, representando um aumento substancial em relação a 2005 (19.964 mil escudos).

2. Análise da Demonstração de Resultados do Exercício

O resultado apurado no final do exercício de 2006 atingiu os 166.432 mil escudos, mais 146.468 mil escudos do que o resultado de 2005. Esta variação traduz a evolução dos Proveitos e Ganhos, comparativamente superiores aos Custos e Perdas.

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Quadro 70

Demonstração de Resultados do Exercício

em escudos

Custos e Perdas 2006 Proveitos e Ganhos 2006

Juros e Custos Equiparados 89.100 Juros e Proveitos Equiparados 859.502

Juros de responsab. p/ c/ exterior 28.538 De operações c/ exterior 689.489

Juros de responsab.p/ c/ residentes 60.562 De financ. às inst. financ. do País 1.099

De financ. ao Estado 0

Comissões e Outros Custos Bancários 31.713 De títulos nacionais 152.371

De outros juros 16.543

Prejuízos em Operações Financeiras 165.277

Prejuízos em operações cambiais 50.995 Rendimentos de títulos 137.685

Prejuízos em outras op. financeiras 108.405

Prejuízos em operações de futuros financeiros 5.877 Comissão e out. prov. e lucros 37.178

Gastos Gerais Administrativos 551.024

Custos com o pessoal 448.797 Lucros em operações financeiras 69.125

Remunerações 182.180 Lucros em operações cambiais 52.080

Encargos sociais 239.691 Lucros em out. operações financeiras 13.770

Outros custos com o pessoal 26.926 Lucros em operações de futuros financeiros 3.275 Fornecimento e serviços de terceiros 102.227

Fornecimento de terceiros 17.320

Serviços de terceiros 84.907

Custos c/ Emissão e Amort. de Notas 55.731

Outros Custos e Prejuízos 3.223

Amortizações do Exercício 31.704 Reposição de provisões 0

Provisões do Exercício 65.623

Total de Custos 993.395 Total de Proveitos 1.103.490

Perdas Extraordinárias 6.747 Ganhos extraordinários 63.084

Total Custos Perdas 1.000.142 Total Proveitos e Ganhos 1.166.574

Resultado do Exercício 166.432

O quadro Síntese Comparativa dos Resultados permite avaliar a evolução das principais componentes da demonstração dos resultados do exercício, nos anos de 2006 e 2005.

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Quadro 71

Síntese Comparativa dos Resultados 2006/2005

Designação

Dezembro 05 Dezembro 06

em escudos em escudos Variação

Taxa de Cresc.

em % Proveitos e ganhos

Proveitos de exploração 971.733 1.103.490 131.757 13,6

Juros e proveitos equiparados 640.501 859.502 219.001 34,2

Lucros em operações financeiras 166.420 69.125 -97.295 -58,5

Comissões e out. prov.e lucros 39.879 37.178 -2.701 -6,8

Reposição de provisões 0 0 0 0,0

Rendimentos de títulos 124.933 137.685 12.752 10,2

Ganhos extraordinários 19.033 63.084 44.051 231,4

Total de proveitos e ganhos 990.766 1.166.574 175.808 17,7

Custos e Perdas

Custos de exploração 843.740 993.395 149.655 17,7

Juros e custos equiparados 22.448 89.099 66.651 296,9

Comissões e out. custos bancários 25.745 31.713 5.968 23,2

Prejuízos em operações financeiras 111.728 165.277 53.549 47,9

Gastos gerais e administrativos 515.138 551.025 35.887 7,0

Custos com o pessoal 411.970 448.798 36.828 8,9

Remunerações 165.130 182.180 17.050 10,3

Encargos sociais 227.774 239.691 11.917 5,2

Outros custos c/pessoal 19.066 26.926 7.860 41,2

Fornecimento e serviços de terceiros 103.168 102.227 -941 -0,9

Fornecimento de terceiros 15.359 17.320 1.961 12,8

Serviços de terceiros 87.809 84.907 -2.902 -3,3

Custos c/ emissão e amort. notas 52.453 55.731 3.278 6,3

Outros custos e prejuízos 4.041 3.223 -818 -20,2

Amortizações do exercício 29.677 31.704 2.027 6,8

Provisões do exercício 82.510 65.623 -16.887 100,0

Perdas extraordinárias 127.063 6.747 -120.316 -94,7

Total de custos e perdas 970.802 1.000.142 29.340 3,0

Resultado de exploração 127.994 110.095 -17.899 -14,0

Resultado do exercício 19.964 166.432 146.468 733,7

Os Proveitos e Ganhos atingiram o montante de 1.166.574 mil escudos, tradu-zindo um acréscimo de 17,74%, explicado pelos seguintes desenvolvimentos:

- Os Juros e Proveitos Equiparados totalizaram 859.502 mil escudos, um aumento de 34,2% relativamente a 2005, reflectindo, particularmente, a evo-lução dos juros recebidos das operações activas, designadamente, dos juros de activos sobre o exterior e dos juros de activos sobre residentes.

- Os Rendimentos de Títulos que se referem aos rendimentos de Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, provenientes da conversão das obri-gações do tesouro (nova série) em carteira de aquisição junto de instituições financeiras, com taxa de remuneração indexada ao resultado líquido do Trust

Fund (em 90%), totalizam 137.685 mil escudos no período, o que representa

(15)

- Os ganhos extraordinários ascenderam a 63.084 milhares de escudos, reflectindo o comportamento da sub-rubrica Outros Ganhos Extraordiná-rios, que acumulou um montante de 33.189 mil escudos, traduzindo, por uma lado, o reconhecimento dos ganhos obtidos com a retirada de circulação das moedas emitidas em 1977 e, por outro lado, os ganhos dos exercícios an-teriores, relacionados com a recuperação de créditos em situação irregular e com os dividendos recebidos, referentes a 2005, da participação em acções do Afreximbank.

Os Custos e Perdas, no montante de 1.000.142 mil escudos, apresentaram uma variação positiva de 3,02%, em relação a 2005, reflectindo a evolução dos Gastos Gerais Administrativos, que representam 55,09% dos custos totais, dos Juros e Custos Equiparados, bem como dos Custos com a Emissão e Destrui-ção de Notas.

Os Gastos Gerais Administrativos ascenderam a 551.025 mil escudos, 6,97% acima do montante de 2005, traduzindo, basicamente, a evolução dos custos com pessoal. Estes, no valor de 448.798 mil escudos, representaram 81,45% dos gastos gerais e 44,87% dos custos totais, conhecendo um incre-mento de 8,94%. Este auincre-mento dos custos com pessoal resulta das remunera-ções pagas (182.180 mil escudos) e dos encargos sociais (239.691 mil escudos), associados à actualização salarial, ao reforço do quadro de pessoal do banco e à implementação dos novos instrumentos de gestão de recursos humanos. Os custos com pessoal reflectem ainda os custos com as acções de formação e valorização dos recursos humanos, de 17.948 mil escudos, e as despesas com a gestão do fundo social, no montante de 6.754 mil escudos. No exercício, os custos com a bonificação do crédito ao pessoal, não reconhecidos no resulta-do, ascenderam a 23.251 mil escudos.

Por seu turno, os juros e custos equiparados (89.099 mil escudos) regista-ram um crescimento expressivo relativamente a 2005, em resultado, por um lado, da evolução dos juros pagos das operações passivas de política monetária (50.234 mil escudos) e das facilidades permanentes de absorção de liquidez (7.022 mil escudos) e, por outro lado, o pagamento ao Millennium Challenge

Corporation de juros sobre os fundos do Millenium Challenge Account, no

montante de 20.593 mil escudos, calculados à taxa da Fed Funds, deduzida de uma margem de 100 pontos base.

Os custos com emissão e destruição de notas e moedas, no valor de 55.731 mil escudos, aumentaram em 6,25%, representando a amortização de notas e moedas, no período.

Em 31 de Dezembro de 2006, o Resultado Extraordinário atingiu o mon-tante de 56.337 mil escudos positivos, que compara aos 108.030 mil escudos negativos registados em 2005, reflexo do reconhecimento de ganhos obtidos com a retirada de circulação das moedas emitidas em 1977, no valor de 31.973 mil escudos, de acordo com os Decretos-Lei n.º 60/77 e n.º 62/95 e com a Lei Orgânica do Banco de Cabo Verde, e os ganhos com a recuperação de créditos

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