Segunda-feira, 28 de Dezembro de 1998
I SÉRIE - Número 51
,
BOLETIM DA REPUBUCA
PUBUCAÇÃO OFICIAL DA REPÚBUCA DE MOÇAMBIQUE
29.
SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE
AVI80
Amat*taapublloarno -BoIetImda AeptiblIca- deveserremetkfaemo6pla
d8YfdImenCeautenltcade. uma por cada aaaunto, donde conste. além dai
Indoaçaeo-.... p8Ia _ eleito.o averbamentoseguinte. esslnado e
_: ParepubllCeÇlono'_m daReplbU•••
iii ••••••••••••••••••••••••••••
SUMÁRIO
Conselho de Ministros: Decreto n"67198:
Concede em 1998 a todos os agentes do aparelho do Estado e inslilUiç<leasubordinadas vinculados antes de Ide Novembro findo, o abono de um vencimento, denominado 13° mês.
Altera os artigos 96. 99, 133 e 138 do Código dos Impostos sobre o Rendimento, aprovado pelo Decreto n' 3187, de 30 de Janeiro, reintroduzo artigo 134e adita o artigo 168 A ao referido Código.
Decreto n' 69198:
Transfonna a empress Unhas Aéreas de Moçamblqne, E. E., em sociedade anónima de responsabilidade limitada, adoptando a denominaç!o de Unhas Aéreas de Moçambique, S.A.R.L. _ LAM.
Decreto n" 701!18:
Transfonna a Empresa Nacional .de Petróleos de
Moçam-bique, E. E.. em sociedade anónima de responsabilidade limitada, adoptando a denominaçlo de Petróleos de Moçam-bique, S.A.R.L. - PETROMOC.
Decreto n"7l1JNl:
AprovaosreqnisilDsdolicencil1lllelllOdaaetividadede~
comerciais estralI&drasna Repdblica de Moçambique e revoga o Decmo n" 7183, de 29 de Dezembro.
• Decreto n"7719l1:
Cria base legal que permita a illlplementaçlo de um Quadro de Gesllo Delegado do Abastecimento de Água.
. Decreto n'73f!IlI:
Cria o Fundo de Investimento e Patrlmónió do Abastecimento de Água-FIPAG.
Decreto n"74198:
Cria o Conselho de Regulaçlo deAbaslecimentode Água- eRA. ,Decreto n' 7$198:
Revoga aalfneab)do artigo 5 do Decreton' 14193,de21 deJuIho,
que aprova o Regulamento da Lei de Investimento.
•••••••••••••••••••••••••••••••
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n" 67198 de 23 de DezembroNo Ambito da política salarial cm vigor DO País, o Governo
considera necessário aplicar no COrrente ano, forma adicional de remuneração de carácter cxtraordinário.
Assim, ao abrigo da alínea g) do nO I do artigo 153 da
Constituiçiio, O Conselho de Ministros de<:reta:
Artigo I. ~ concedido a todos os agentes do aparelho do
Estado e instituiçllcs suboldinadas vinculados antes de I de
Novembro findo. o abono de um vcncimento. denominado
13° mas. equivalcnte ao nível sa1arial em que o funcionário se encontra integrado na tabela aprovada pelo Decreto 0°18198, de
2~de Abril. •
Art. 2. No caso dos funcionários evcntualmente nio integrados
na tabela que se refere o artigo I. o abono comsponderá ao
vencimento auferido actua1mcnte.
Art.3. Este abono 6 cXb:nsivo aos t6cnicos C8lrlUtgeiros em
serviço em cada _. Jl8BOIpelo Orçamento do Estado, sem
direito atransferendíi aaIaria1.
---28 DE DEZEMBRO DE 1998
232--(9) ARTIGO 19
A1~
Aa ..-ntaçlles comerciais estr8ngeiras doveriIocoolllnicar
aoMiDiat6rioda1lldlls1ria,ComércioeTurismoqualqu«a1tenç1o teIal:iva ao 0Ddereç0 dos escritórios, • ideneidade do mandatl!rio pcnDlIII01lte.aoobjectoeao_totompoidlioOlldellaleivo
da ..-ntaçlo.
ARTIGO 20
Operações eambIaIa
A realizaçlo. das operações cambiais por eneidades com
..-ntaçIo COllIereiaIna Rcpt1blica de Moçambique, devent
observIrosprocedimentosconeidosnalegis\açlocambial viaenre.
CAPtroLom
Fllallzaçio, penalidades e tau
ARTIGO 21 F!eeelluçio
Àfisc,UpçlodofunciOlllllllCllltOdastepresentaçlléscOlllClÇjaja
cslIaIIgciras, serlIo aplicadas as disposições constanrea do
Capitulo
m
do Regulamcnto do Licenciamento da ActividadeComercial aprovado pelo Decreto n" 43198. de 9 de Scrembro, com ellCcpçlo dos artigos 20 e 26.
ARTIGO 22 Penelld •••••
1. Aa illfracções la disposições do presente decteto sedo puníveis do seguinte modo:
a)Com a muIta de SOOOOOOO,OOMTporincumprimentodo
ptevisto no artigo 6do presente decteto;
b)Com a muIta de 50 000,00 MT/dia por Incumprimento do
ptevisto no artigo 17 do pteseDte decteto;
c) Com a muIta de 5 000 000,00 ~ por Incumprimento do
ptevisto no artillo 18 do presente decteto;
d)ComamuItade 10 000 OOO,OOMTpor ine:umpr\mento do
ptevisto no artigo 19 do presente decteto.
2 Osvaloresconstantesdasalfneas do ndmcro anterior~o
ser actualizados por diploma minisle{ial conjunto dos MiBistroa da lDdllstria, Com6tcio e Turismo e do Plano e Fmanças.
ARTIGO 23 T_
Os Ministros da Indl1stria, Comércio e Turismo e do Plano e Finanças 1ixsrIo, por diploma ministerial coqjunto. as taxas a paaar no acto de licenciamento.
cAPtruLOIV
DlI~ tnmsIt6rluellD8la
ARTIGO 24
llepresentaçlies em fontJona_to
Aa teptesentaçlles comcn:iais estranlleiras já licenciadas, que não tenbam sido vistoriadas, ficam abrangidas pelo disposto no artillO 18, devendo requerer • eneidade Iicencladora no prazo de
noventa dias contados da data da publieaçlo deste cIecreto.
ARTIG02S Rewpçio
é
tevopdo o Decroto n' 7183, de 29 de Dezembro, e todalegisllÇlo que contrarie o presente dccteto. Aprovado pelo Conselho de Ministros. PlIb1lquHe.
O PJimeiro.MiniItro, Pa.rctNI1M_l Moclllflbi.
Anexo
RIlPOB1.I'cA llB MOÇAMBIQUII.
MlNlSTDIO DAJNl)(JSTRJA, OOMÚ.CIO
BTVRISMO
UCENÇA DE REPRESENTAÇÃO
Nos termos do Dccteto n" 71198. de 23 de Dezembro, e da pnlIeDtelicença,ficaautoriudaaempresa. ..••...••..•...•.••...
a~. em tenitório lIIICional,epelo prazo de .•.•..•...•
a contar de' boje, a actividade de .••...•....•...••••.•••....•...
...•...•...
···i ..··· ..····
O seu mandatário para aR.M. 6...•...
e a sede da sua ~taçIo sita em •..•••••.•••..•..••••....•..••••.•.••....•..
...•...
,Maputo, aos ..•••••••I I .
...•...•...
-Decreto." ""'"
de 23 de"'ze •••••••••
A Política Nacional de Álluas. aprovada pela
Resoluçlo n° 7195, de 8 de Allosto. preconizou uma
reestruturaçlo e desenvolvimento dos sistemas de
abastecimento pliblico de 'aua. com vista • melhoria do
serviço pliblico e aumento da cobertura d,a popu1IÇlo.
Atendendo a que os actuais sistemas de abastecimento
de água funcionam de fonna deficiente e deficitúia, entende o
Governo dever proceder-se .- sua reestruturação
previamente • !rusierência aradual da tesponsabilidade
para as Autarquias, prevista na Lei n" 2197, de 18 de
Fevereiro, envolvendo-se para esse efeito o _ privado a fim
de se beneficiar do dinamismo, experíêncía e
conbecimentostecnoJ6aicoaquelbcsloreconbecidos.Oproccsso
initia-se nas cidades de Maputo. Beira, QllClimanc. NampuIa e
Pcmba e ao fim de tres anos deverá _ tomada decisIo quanto ao
momento de transferência dos sistemas para as tespcctivas
autarquias.
Havendo necessidade de criar a base legal que
I StRIE - NOMERO SI
do Abastecimento de Água, referido Quadro, ao abrigo
do artigo 153, n° I, alínea 6)da Constltuiçlo da Replibllca o
Conseibo de Ministros decreta:
CAPtruLoI DllpOlIlçliellpnll
ARTIGO I I>e1IaIçlieII Para efeitos do presente diploma, por:
a)"Serviço ptlbllco de abastecimento de água" ou "serviço plibllco", quer slgnltlcar-se a concepção, construçlo,
exploraçio, e a gestlo de um sistema de captaçlo,
tratamentoedistrlbuiçlodeáguaparaconsumopliblico:
b)"Unidades de abastecimento de água", quer significar-se as empl'es8s formalmente constltuldas ou as entidades de facto que PleStam o serviço plibllco;
c)"Quadrode Gestlo Delepdado Abasteclmentode Água"
ou "Quadro", quer significar-se o cOl\iuntocoordenado
de organl.mos li mecanismo. legais em que a
partlclpaçlo de entidades de direito privado na geallo doservlçoplibllcodeabasteclmentodeáguaseeatrutura:
ti)"Sistema de abastecimento de água", quer .Ignificat:-se todo o col\iunto de organismos, entidade. e património afectos ao abaateclmento de água em umadetennlnada área clrcunacrita do território nacional.
ARTIGO 2 Âmbito do diploma
I. O PIeSOnte diploD;lAeatabelece os princípios e regras que enquadram a delegll910 da explOfllÇIo e geallo doa sl.temas de abastecimento de água sob gesllo estatal, incluindo aqueles que oestejam transitoriamente, a favor de entidades de díreítoprívado
e as basea da organizaçlo do Quadro de Gestlo Delegada do
Abastecimento de Água, sem prejuízo do disposto no artigo 6 da Lei n° 2197, de 18 de Fevereiro, é doa artigos 23 e 2S da Lei n° 11197, de 31 de Maio.
2. Os princípios e regras constantes do presente diploma
poderIoseraplkadoaàgestlodoreferldoservlçoquandoefectuada
por pessoas colectlvasdedlreito ptlbllco ou porempleSasdotadas
de capitais ptlbllcos.
ARTI003 Objecto do diploma
A instltucionalizaçlo do Quadro de Oestlo Delegada do
Abastecimento de Água tem como objec~vo garantir &eficiencia
da gestlo do serviço ptlbllco e reaponder às necessidades de
planificaçlo, desenvolvimento,execuçAo, das polftlcaserealizaçlo
doa' objectlvoa e parlmetro. definidos na PoUtlca Nacional de
Águas.
ARTI004 Pr!nclploll genll
I. A exploraçlo e a ge.tIo doa .i.temas de abastecimento de
água pode, por delegação, .er confiada a entidades de direito
privado, mediante conttatos de con_.Io, cessIo de exploraçlo
. ou gestlo.
2. A concepção, construçlo, explOfllÇlo e a 80.110 de
um sistema de captaçlo, ttatamento e dlstrlbuiçlo de água para
consumo pliblico consub.tanciam um serviço plibllco e esta
natureza nlo 6 alterada pela gestlo delegada do referido a1atel;na noa termo. do nlimero anterior.
3. Slo objectivos fundamentai. da exploraçlo e
gestlo doa .i.temas de captaçlo, ttatamento e abastecimento de
água contribuir para o de.envolvimento econ6mico
nacional e para o bem-estar das ilopulações, assegurando,
nomeadamente:
a)A oferta de água em tennos adequados às necessidades
• ~os consumídores, quer qualitativa quer
quantitativamente;
b) O aumento da cobertura da populaçlo;
c) A adopçlo de políticas tarifárias que reduzam as
iniquidades e consub.tanciem o valor social da água:
d)A progteSsivareduçlodoscustos attav6a daraeiona1ldade
e eficácia dos meios utilizados.
4. O exercício daí actividades referidas no nlimero anterior
desenvolve-se com bUe na utilizaçlo racional doa recurso.
naturais, na sua preservaçlo e na manutençlo do equillbrio
ecolõgíco.
5. Na atrlbuiçlo da exploraçlo e gestlo de um sistema
de abastecimento de água a uma entidade de direito privado,
deverá o interesse pliblico ser prioritariamente ,garantido,
tendocomo elementos de ponderação as eapeciflcldades de cada
uma das cidades ou localidades que aquele sistema de
abastecimento de IIgua serve e as características do ,próprio
sistema.
6. A água distribuída deverá obedecer aos parAmetroalegais da água para consum~ humano.
ARTIOOS
Princípios aplledvell às relaçGes com 01ateatea
I. O operador do sistema de abastecimento de água 6
obrigado, mediante conttato, a assegurar o abastecimento de
água aos utentes devendo !,ratá-los sem dlscriminaçlles ou
diferenças que não resultem apenas da apllcaçlo de crit6rlos
ou de condicionalismos legais ou regulamentare. ou.
ainda de diversidade manifesta das condições t6cnicas de
fornecimento.
2. Aos utentes do serviço plibllco de abastecimento
de água é garantido ó direito a serem consultados por
interm6dio dos 6rglos de representaçlo autárquicos
no processo de deflniçlo das grandes opções esttat6gicas de
implementaçlo do Quadro de Oestlo Delegada e
desenvolvimento do serviço plibllco e o direito à defesa
28 DE DEZEMBRO DE 1998
232-(11)
CAPtruLon
Do Quadro de Gealio Delegada
~Ol
Bslruiuraç!o do Quadro de Gestlo Delegada ARTIGO 6
Áreas fuDdoDailI do Quadro de Gealio DeIpda
No Imbito do Quadro de Gestlo Delegada consideram-se 88
seguintes alrms ful1Çionais:
a) Ároa do dirocçio, planificaçio, promoção e
nlgulamentaçlo:
- definiçio de políticas e objectivos gerais o
acompanhamento da sua oxecuçlo;
, promoçlo do desenvolvimento e extensio do
Quadro de GestIo Delegada; • defiDiçlo do seu suporte logal; - angariaçIo de financiamento;
- definiçlo e asseguramento daexecuçlo da polItica
financeira do Quadro.
b)Área de regu\açlo e garantia dos interesses dos utentes do
serviço pdblico:
• regu\açlo do serviço pdblico quanto ao nível,
qualidado e actualização do serviço prestado o
quanto ao regime tarifário;
- avaliaçlo e conciliaçlo dos interesses dos utentes
actuais e futuros dos sistemas de abastecimento de água, com os do operador;
• equillbrio de interesses das outras instituiçi5es em presença.
c) Área de interligaçlo com as Autarquias:
acompanhamento e assessoria quanto à
implementaçloeextenslodoQuadrode Gestlo
Delegada, e em especial. quanto à transferência para as Autarquias da gestio dos sistomas de abastecimento de água ou ltcriaçllo de sistemas inter-autárquicos.
d) Área de tmplementaçlo, gestio. exccuçlo e controlo:
• gesllo do património afecto às unidades de
abastecimento de água;
- acompanhamento e gésllo do serviço pllblico de
acordo com o contrato de concessão, cesslo de exploraçio ou contrato de gestio dos sistemas
de abastecimento do água.
e)Área de participaçlo, consulta e eXlensllo do Quadro do
Gestio Delogada:
-acompsnbam~ntoeanálisedaevoluçlodoprocesso
de implementaçlo e de extensllo do Quadro de
GesIIo Delogada formulaçio do
recomen-daçi5es.
ARTIGO 7
SlstuuaJastltucloul
1. Do Quadro de Geslio DelegadA fazem parte as IOguinleS
entidades e orsanismoc:
a)Ministro das Obras PIIblicas o Habitaçlo;
b)Ministro do Plano e Finanças;
c)Ministro da Admíniatraçlo EstalaI;
d)Direcçlo Nacional de Águas;
e}FónmI Coordenador da 0eatI0 Delepda;
f) FuDdo de Investimento oPalrim6aiodoAbastecimento de
Água;
g) Conselho do Regulaçlo do Abastecimento de Água;
h)Autalquias;
i) Operador.
2. O Quadro de Gestio Delegada esttutura-se nas alrms de
aetuaçio referidas no aJtig06, coordenadas entresi. nos seguimes termos:
aI Na área de direcçio. planiflcaçio. promoçio e
regu\amentaçlo:
- O Ministro das Obras PIIblicas e Habitaçio 6 a
entidademponsável peladefiniçiodepolfticas
gerais de desenvolvimento o gesIIo do Quadro
de Gestio De\egada, da sua regu\amentaçlo.
respeitadas as compet8ncias estsbe1cc:idas ao
presente diploma, do seu acompanhamento.
moditacaçloe extendo para novos sistemas de
abutecimOllto de 'gua, bom como pela
promoçIo do proceaso dé transflrincia para as
Autarquias da gostio dos cistemas de
abastec1mentocorrespondeotes,emcolaboraçio
com OMmi.tro da Administraçio Estatal;
- O Ministro do Plano e Finanças 6 a entidade
reaponnvel por definir o assegurar a cxecoçio
da política tinaDceira e orçamental do Quadro de GestIo Delegada, nomeadaménte aprovar a polIticadeinvestimentosaconstardeconlralOs--proarama asaInados pelo Ministro das Obras
Pdblicas o Habitaçio com o Fundo de
Investimento o Património do Abastecimonto
de Água;
• A Dirocçlo Nacional de Águas 6 a ontidade
nlSponsivel por promover a impIementaçio e
extenaIo do Quadro de Oestio Delegada,
Peta
mobj1jzaçlode1inanciamentoepeiapt'OJlllraçio do suporto logal do mesmo Quadro.
b)Na ires da regulaçlo do Quadro de Oestio Delogada O
garantia dos interesses dos utentes do serviço pllblico:.
- O Conselbo de Regulaçlo do Abastecimento de
Água, lamb6m designado por eRA, 41o órgllo desa\vaguardadosinterelaesdosuten,teadenlro do oquiUbrio com os interelaes do Opendor o
a auatentabilidade ocon6mlca do sistema e da
I StRIE - NOMERO 51
com o cedente, nomeadamente na drea daa
tarifas e do nfvel, qualidade e actualizaçlo do
serviço, com competências vinculativaa em
matéria de tarifas do consumidor, tendo em
conta igualmente os interesses de utentes
.futuros.
c)Na ãrea de interligaçlo com aa Autal'quias:
• O Ministro da Adn\inis1raçlo Estatal é a entidade
responsável pelo estabelecimento de uma
colaboração estreita com as Autarquiaa na
implementaçlo do Quadro de Oesllo Delegada
e pelacriaçlodascondiçlles e acompanhamento
do processo gradual de transfCllincia para estas
da gestão dos sistemas de abaatecimento de
água da sua alçada;
• As Autarquias são as entidades responsáveis pelo
serviço pdblico de abastecimento de água que
receberão de forma gradual os recursos
necessários II prossecução das suas atribuiçlles no 4mbito do abaatecimento de água atrl\vés da
criação de serviços ou sectores funcionais
aU!Mquicos, empresas a1J!Mquicas ou
ínter-au!Mquicas. Intervêm no presente Quadro ao ser ouvidas sobre a nomeação dos membrosdos órglos do Quadro de Oesllo Delegada e sobre
aexPansão, edesenvolviméntodo mesmo, bem
como sobre matérias referentes aos sisternaa de
abastecimento' de dreas territoriais da sua
responsabilidade.
li)Na drea de implementaçllo, gesllo, execuçllo e controlo:
O Pundo de Investimento e Património do
Ab/lStecilnento de Água, tan1bém designado
por PIP
AO, é a entidade a quem é confiado opatrimóniotolativo asistemas de abaatecilnento
de água, sendo nesses termos encarregado de promover a suà gestlo de forma autónoma,
eficiente e renllivel, nomeadamente através da
cesàlo de ex\lloraçlo a operadores privados, e
a quem I!i;ulllmente dada cOmpetência no que
se féf61'l! II caitaJlza~lb •• e.tIo e execuçlo do
investimento correlipbndébte, garantindo a
cbntíóuidá&l,lIó sétviço:
'O Olleràdof é II'entldlíde de direito privad,o
~l!r)Bárêll a,ravéi d6 çbnlrato de concesslo,
c~lo de, exp!oraçllo ou de ,gesllo, pela gesllo
de um determinado sistema de abastecimento
de ágIlli
e)Na ~ da p&r!lci~açlo, consu~ta e extensão do Quadro
ae ,OeatlIotlélégada:,
.
• O Pórum Coordenador da €lesllo Delegada integra
repreSlllltantes, dol principais organis.mos e
entidades' llIIvol",idas no Quadro e funciona
como 6rgl1o de llonverg8ncia dos respectivos
interesses; efectua análises periódicaa sobre o
funcionamento do Quadro deOesllo Delegada
e formula recomendaçlles sobre a sua extensllo
a novas zonaa: funciona~omo órglodeconsulta do Ministro daa Obras Pltbllcas e Habltaçllo no
acompanhamento e avaliação do desenrolar do
processo.
ARTI008 Crlaçlo
O FIPAG e o CRA silo criados por decretos do Conselho de Ministros, que aprovarllo os respectivos Estatutos OrgAnlcos.
ARTI009
F6rt1Dl CoordeDador da GeltioDelepda
I.SlIo membros do Fórum Coordenador:
a) Um representante do Minist6rlo das Obraa Pdblicas e
Habitação, na qualidade de Presidente;
b)Um representante do Minist6rlo do Plano e Finanças:
c)Umrepresentantedo Ministério daAdminiS1raçlo Estatal:
li) O Director do Fundo de Investimento e Í'atrimónio do
Abastecimento de Água, em virtude da sua função:
,) O Presidente do Conselho de Regulaçllodo Abastecilnento de Água, em viriude da sua função;
f) Um representante de cada Autarquia.
2. Os representantes referidos na alíneaf) do ndmero anterior
têm direito a voto quando ás matérias a tratar digam respeito ao
sistema de abastecllilento de água que serve a sua drea e quando
e
enquanto o investimento e a gestlo desse sistema deabaatecimento de água seja responsabilidade do Fundo de
Investimento e Patrim6nio do Abastecimento de Água.
3.,ps representantes slo nomeados, no caso de representantes
ministeriais, por despacho dos Ministros da respectiva pasta e,
nos restantes casos, pelos respectivos õrgãos definidos
estatutariamente ou por lei.
4. Representantes daa Associações de utentes ou de outras
formaa de organização local de utentes poderão participar como convidados nu reunilles do Fórum Coordenador, por decisão das autarqulaa respectivaa, ao abrigo do artigo 38 da Lei nO11197, de 31 deMa/o.
5. Sobpropostados membrys doP6rum, podem ser convidados
a participar em reunilles do F6rum entidades e organismos não
referidbs nos nOSI e 4 do presente artigo, em funçlo da
especialização das mat6rlas a tratar.
6. Constituem funçlles do Fórum Coordenador:
a)Apresentar aos Ministros dI\s Obraa Pltblicas e Habitação,
do Plano e Finanças e da Admlnistraçlo Estatal· uma
proposta de nomes, em ndmero não Inferior a sete, a ser
designados membros do Conselho de Administração
. do Fundo;
b)Assessorar e Ministro das ObráS Pdblicas e Habitação na
definiçlo de políticas get1IÍs de desenvolvimento do
28 PE DEZEMBRO DE 1998
232--(13)
c)Formular recomendações sobre a gestlo dos sistemas de
abastecimento de água, tendo em contaaespecificidade dos serviços;
d)Fazer o balanço sobre a implementaçlo do Quadro de
Gestlo Delegada, designadamente quanto à eficácia e
oportunidade das decisões de expansão;
e)Propor aextenslio do Quadro de Gesllio Delegada a novas
áreas do território nacional.
7. O Fórum Coordenador deve ser informado por relatório anual do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento
de Água sobre os planos de investimento anuais e sobre o
funcionamento do Quadro de Gesliio Delegada.
8. Para o exercício das suas funções, as instituições e entidades
do Quadro de Gesliio Delegada, deveriio prestar ao Fórum
Coordenador toda a cooperação necessária, designadamente
fornecendo bspareceres e informações solicitadas.
9. O Fórum reüne anualmente. Reuniões extraordinárias sIo convocadas por decisão do Presidente.
10. Fórum é apoiado:
-Pela Direcção Nacional de Águas, que secretariará o Fórum e suportará os encargos relativos ao seu funcionamento;
- Pelas organizações ouentidadesque procedamàindigitaçlo
dos respectivos membros, noquerespeitaaoseu trabaIbo
individual.
II. As entidades referidas no nOI do presente artigo, devem dar
a conhecer ao Ministro das Obras PI1blicas e Habitaçlo, os
representantes cuja designação lhes competir, no prazo de trinta dias contados da data de entrada em vig!" do presente decreto.
SIlCÇÃOD Implementaçlio e competências
ARTIOOIO
Área e forma de Implementaçio
I. O processodeimplementaçlodo QuadrodeGesIiioDelegada
inicia-se com os sistemas de abastecimento de água existentes nas cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane e Pemba.
2. As empresas eunidadesdeabastecimentodeáguaqueprestam
•
o serviço püblíco nas cidades referidas no nl1mero anterior do
presente artigo, serão objecto de reestruturação e eventual
processo de Iiquidaçlo, nos termos a definir por d1ploma mínís-terial conjunto dos Ministros das Obras PI1blicas e Habitaçlo e do Plano e Finanças.
3. O património, direitos e obrigações, passivo e activo, das empresas e unidades referidas no nümero anterior que sejam
extintas serlio transferidos para o Fundo de Investimento e
Património do Abastecimento de Água, nos termos a defiDir no diploma igualmente nele referido.
4. Ao Fundo de Investimento e Património do Abastecimento
de Água cabe garantir transitoriamente a gestiio dos sistemas de
abastecimento de água cujo património lhe seja afecto noá termos do n1lmero anterior, que efectuará pelo período que para o efeito
for estipulado e desde o momento da efectivaçlo da referida
transferenciade património, dentro dos limites estabelecidos pelo decreto da sua crlaçlio e do diplóma referido no nl1mero anterior.
s.
SIo garantidos os direitos adquiridos dos trabalhadorestJansferidos nos termos do n· 3 deste artigo, incluindo os direitos a pensões de réforma ou outras, bem corno quaisquer outros
direitos ou obrigações relacionados com a situaçlio
jurídico-laboral existente nas empresas ç unidadps de abastecimento de água, à data da transferência.
6. O regime definido nos artigos arltbrlorespoderáserestendido, com as necessárias adaptações, ~ 0l!tro~ sistemas em função dos resultados e experiência adquirida.
AR1'IOO 11
CompetEnclas
I. Compete ao Ministrodas Obrasl'Jiblicas e Habitaçlo definir as normas e conduzir o processo de delegaçiio da exploração e da ,esliio dos sistemas de abastecimênto de água sob gesllio estatal, incluindo aqueles que o cslejám transitoriamenlé,semprejuízodo diaposto no arti,o 6 da Lei nOflI9õ1"de 18 de Pevereíro, e dos arti,os 23 e 25 da Lei n· 11197, de 3L de Maio.
2. As competências .ora atribuídas ao Ministro das Obras PI1blicase Habitaçiio)Xldcrlo", tíof&éisliodomesmo, ser delegadas aoFIPAG.
3. Nas localidades ou cidades onde o Estado tiver transferido
para as autarquias,"'OIl poderes de admítüs~ e' gestãc do
serviçopl1blicode áIlaste<ilnienlódé dguli'eos~1Iisos necessários
para
a
prossecuçlo daS atI'1õ\óçõeS, em COnfoimidade com oestipulado nas a1(n~ ii)ec)Mn·
r
db Irtigd 6,oh°-3e'on°4doartigo 19, todos da Lei nO2197,de'18 de Ft!vereiló,
a
competênciareferida nos nl1meros anteriores passará para a titularidade das Autarquias.
4, Compete aos MiniSlro$ das.Obras PI1blicas e Habitaçlio e do Plano e Finanças, por dil'loma ministerial conjunto:
.a) Definir as Unhas aews- e executar o processo de
re.e,9lrUturaçAo"eventual.I!q1!idaç~ das empresas e
unidades qllll ~nte prestam o serviço,pl1blico:
b} Definir fi "Xectltar O'l\lOCesSQ de, transferência, dos
P'trimóDtIlS, direitos e o\>rigaçÕC$,das ,empresas e unidades referidas na alfnea apterior. para o F~do de Investimento e Património do Abastecimento de Água;
c) Assegurar a ptotecçill dos direitos adquiridos dos
traba1hadores destas empresas e unidades.
5. COIllpete ao Ministério das Obras PI1blicas e Habitação a regulamentaçlio do serviço p.lblico, designadamente, aprovar os
re~amentos de 1?res~ do serviço do operador. nos termos ao
artigo 17do presente decreto.
6.Compete ao Conselho de~gulaçlio do Abastecimento de
Água balaDrear os interesses dos utentes actuais ~ futuros com os
do o~or elosen:iço, nomeadamente através de meéanismos
tarif~os. nos termos • ~finil por decreto de constituiçlio do
mesmo.
7. Compete ao Fundo de Investimento e Pammón;o do
Abastecimento de X$Ua ,arantir a gesliio dos sistemas de
abasteCimento que lheforemconfi'ados e pelo períodi) estipulado,
dele,andoaeltptoraçloe ,estloou realizandoconttatosde gestão,
1 StRIE-NOMERO SI
CAPtruLom
Do Regime ela Gestio Delepela
SIlCÇÁOI
Disposiçlles gerais ARTIGO 12 ÂmbIto ela delepçlo
I.A delegaçAo a um operador pode compreender um ou mais
sistemas de abastecimento de água.
2. No caso dedelegaçAocol\iuntade dois ou mais sistemas a um
mesmo operador, cada um deverá ler contabilidade própria e
autónoma, por forma a permitir um controlo efeclivo da sua gestlo.
3.Durante o período de vigência do contrato, o cedente poderá
autorizar a ampliaçAo do Amblto da delegaçAo. nos termos que vierem a ser acordados com o operador, com observAncia das normas preceituadas neste decreto,
ARTIGO 13 ModaIlelad8ll ela deleaaçlo
I. A dalegaçAo pode processar-se através de contratos de
concessAo, cessAo de exploraçAo e contrato de aestlo.
2. O contrato de concessAo rege-se por diploma próprio, sem prejufzo da aplicabilidade das diJposi~Oes incluídas no presente diploma na falta ou omissAo daquele.
ARTIGO 14 Partes
I. O Estado, enquanto cedente. é parte obrigatória do contrato.
2. Podemserpartesdocontrato, pessoas singulares ou colectivas,
de natureza privada ou mista, nacionais QUestrangeiras, dotadas
de capacidade jurídica, que revelem' díspor de meios t6cnicos e
financeiros adequados à conduçAo efectiva.das opetaçlles e
preencham os demais requisitos exigidos pelo presente decreto e por demais leaWaçlo aplicável.
ARTIGO IS Proee.uo de .trIbulçio
I. A 8lljudícaçAo da aestAo delegada é precedida de concurso pI1blico, por melo de propostas em carta fechada.
2. Excepclonalmentepoder-se-árecorrer ànegoclaçAopartlcular
ou a concurso limitado, competindo ao Ministro das Obras
PIlbllcas e Habi~lo, no Ambito da competência que lhe é
atrlbufda no0°1doartlgo II do presente"diplomae de acordo com
o previSto na lei, determilllll'; mediante anéncío prévío, a
modalidade de 8lljudicaçAo escolhida, dirigir o processo de
adjudicaçAo e seleccionar o concorrente vencedor.
3. Nos casos previstos nos mlmeros anteriores cabeIDirecçio
Nacional deÁguas preparare organizaroprclcesso de adjudicaçlo
da gestlo delegada.
4. Na ausência de regulameotaçio específica, às diferentes
formas de adjudícaçAo previstas neste decreto aplicar-se-Ao, com
as necessdrias ãdapta~Oes, as disposl~Oes do Decreto nO28191, de
21 de Novembro, quanto à oegocia~Ao particular e concurso
restrito, e as dlsposi~ões do Decreto 0°21189, de 23 de Maio,
quanto ao concurso pl1blico.
ARTIGO 16
Autorlzaçlo e outo •.•• do contrato
I. Compete ao Fundo de Investimento e Património do
Abastecimento de Água autorizar e outorgar os contratos de
geslllo delegada relativos aos sistemas de abastecimento de água que lhe tenham sido confiados, sem prejuízo da aplicabilidade do regime aos restantes sistemas de outras regras de COmpetência estabelecidas na lei.
2. A outorga dos contratos de concessâo e cessAo deexploraçAo
é sujeita a homologaçAo do Ministro das Obras PIlblicas e
Habltaçio.
SI!CÇÂOD
Contrato de cessAo de exploraçAo
SUBSBCÇÃOI
Objecto, condi~lles e prazo ARTIGO 17
Objecto
I. O contrato deverá definir o objecto da delegaçAo, podendo compreender actividades de entre as seguintes:
a)Conce~Ao e constru~Aodeumarede fixaoudeinstalaçOes
necesadrias à captaçio, tratamento e distrlbui~Ao de
água para consll,lllO público;
b)BxploraçAo, geslllo e desenvolvimento dos sistemas de
abastecimento de ásua potável às cidades, localidades
ou outros aglomerados populacionais previstos no
contrato:
c)BxtensAo, reparaçAo e reno~Ao da rede e respectivas
instalações de acordo comas exigencias técnicas e com
os parAmetros de qualidade da água estabelecidos no
contrato:
d) A 'manutelnçio e renovaçAo de todos os equipamentos
necessdrios à captaçio, tratamento e distribuiçio de
água para coosumo pl1blico;
e) Ocontrolo dos parAmetros de água distribufda.
2. O cesslondrio nAo poderá exercer actividades diferentes
daquelas que constituem o objecto dacessAo definido no contrato,
excepto se para tal for expressamente autorizado pelo cedente.
ARTIGO 18
Condlç6el da cessio
I. O cesslondrio do serviço pl1blico obriga-se a assegurar o
regular, contínuo e eficiente abastecimento de 48ua aos utentes,
em quantidade e qualidade.
2. A exploração pelo cedente subordina-se sempre às normas
ambientais.
3. Quando. por efeito do disposto no ndmero anterior, se
28 C}EDEZEMBRO DE 1998
232--(IS)
comprometo-se a promover areposiçlio do equillbrio económico--financeiro do contrato.
4. Areposiçlio referida no nómero anterior poderá efectuar-se, consoante opçIo do cedente, ouvido o cessiondrio, mediante a revislio das tarifas, de acordo com os critérios mencionados no artigo 22 desle decreto, ou pela prorrogaçlio do prazo da cesslio ou ainda por compensaçlio dírecta ao cessíonãrío,
S. O cedente poderá excepcionalmente tomar conta da exploração do serviço cedido sempre que se dê, ou se afigure
iminente, um~ cess~o ou interrupçlo total ou parcial dá
exploração do serviço, que ponha em causa de forma grave a segurança pllblica.
6. A decislio de inlerVeDÇlo fixa o respectivo prazo que será estritamenle limitado à manutenção da situaçlo de anormalidade, devendo o cessiondrio sernotificado pilraretomar, nadalaque Ibe for fixada, a normal exploraçlo do serviço.
7. Correm por conla do cessionãrio os encargos resultantes da
manulençlo dos serviços eas despesasextraordinmas necessmas
aorestabelecimentodanonnalidadedaexploraçãoquenliopossam sercobcrtas pelos resultados daexploração, quando acessaçlio ou inlj:rrUpçIiomencionadanosnllmcros anterioreslbesejaimputáveL
8.O Governo garante ao operador o Pagamento das dívidas
assumidas pelo Estadô relativamente ao consumo de água.
ARTIGO 19
Prazo
A duraçlio da cessão nlio poderá exceder quinze anos,
prorrogável por período não superior a cinco anos, qu8ndo razões ponderosas de interesse pllblico ou "de economia do contrato o justifiquem.
sUBSECÇA,on
Bens e meios afectos à cessão
ARTIGO 20
TransmIssãodos beus, direitos e obrigações
1.Nocontrato fiCarioexpressamentedefinidos os bens, direitos
e obrigações transmitidos pelo Estado ao cessíonãrío, bem como os termos dessa transmisslio.
2. O cedente pode transferir para o cessíonãno, no acto da assinatura do contrato:
a)Meios básicos utilizados para o funcionamento global das
diferentes unidades de captação, tratamento, transporte e abastecimento de água potável;
b)Meios básicosecirculantes utilizadosparaofuncionamento dos diferentes sistemas de abastecimento de água;
c)Recursos humanos, materiais, financeiros e económicos
disponibilizados para Qfuncionamento nonnal dos
sislemas de abastecimento de água.
3. A transferência dos bens, direitos e obrigações advenientes da aplicação do n° 1 deste artigo . será efectuada mediante
averbamento, passando, desde logo, a integrar o contrato
J'll8pectivo.
SUBSECÇA,om
Condições financeiras ARTI0021 Fbumclauaento
O cessionmo adoplan\ e execulan\ o esquema financeiro
constante do contrato de cessão, o qual poderá ser organizado de acordo com o previsto na lei vigente e aplicável em Moçambique, lendo em conta as seguintes fontes de fmanciamento:
a)O capital do cessiondrio;
b)Ascomparticipaçllesesubsídios atribufdosaocessiondrio;
c) as receitas provenientes das tarifas cobradas pelo
cessionário;
ti)QuaiSC\ueroutras formas de financiamento, previstas no
contrato e de acordo com a lei.
ARTI0022
FIxação e rev/sio das tarifas
1. As tarifas seria fixadas por forma a assegurar a proteeçio dos interesses dos utentes, a sustentabilidade económica e a gestio efícíentedo sistema, o equilfbrioeconómico-financeiroda cesslio e as condições necessdrias para a qualidade do serviço
durante e apósOtermo da cesslio.
"2.Ocontrato fixa as tarifas, os critérioseaformaeperiodicldade da sua fixação e revísão, lendo em conta o previsto no nllmcro anteríer deste artigo.
SUBSECÇA,O IV
Relações com o cedente ARTIGO 23 Poderes do eedente
1. A16mde outros poderes conferidos pelo presente diploma e pelocontratoerestanteleglsIaçioaplicável,carecemdeaprovação do cedenteou de quem este delegar, os planos deexpansio da rede e suas evenlua\s allerações.
2. O contrato poderá prever outros poderes de reguIaçio, consulta, controlo ou fisca1izaç1io do cedenle ou do Conselbo de Regulação do Abastecimento de Água, designad811ltnte o poder de apreciar certos actos de gestão do cessiondrio mediante a respectiNa autorização, aprovaçlio ou suspenslo ou a emissIio de outro tipo de instruções.
3. O cedente poderá fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis e, bem assim, das cláusulas do contrato de cessão, onde quer que o cessiondrio exerça a sua actividade, podendo, para tanto, exigir-lhe as informações e os documentos que considerar necessmos.
ARTIGO 24 DIreltos do cedente
1. O cedente temOdireito de:
a)Modificar o contraio nos termos previstos no artigo 18
deste diploma;
--232--(16)
/ stR/E HOMERO SI
b) Supervisar os trabalhos e verificar o cumprimento pontual do contrato por parte do cessionário;
c)Obter do cessionário todas as informações relscionadas com o sector.
ARTIOois
Direitos e obrigações do cesslonárlo I. O cessionário tem direito:
a) A ser remunerado por meio de somas tarifárias pagas pelos utentes;
b) À reposiylo do equilíbrio cconómico-finsncoiro do contrato em conformidade com o estipulado no artigo 18 do presente decreto.
2. As somas tarifárias referidas na altneaa)e a forma da sua revisAonos termos da alíneab)referidas no mlmero anterior slo fixadas no caderno de encargos e no contrato.
3. São obngações do cessionário, nomeadamente:
a)Gerir a unidade com zelo e dedicação;
b)Respeitar a natureza de serviço público prestado pela unidade que gere;
c) Cumprir com a lei, com os termos do caderno de encargos e com as cláusulas contratuais; .
ti)Colaborar com as estruturas representativas do Estado na prossecuçlo dos fins de interesse pllblico dos sistemas de abastecimento de água de MoçambiqUe;
,) Velarpelaconservaçlo dos bens envolvidos no sistema de abastecimento de água, executando os trabalhos necessários para a sua manutenção em bom estado de laboraçlo e funcionamento das obras e equipamentos ao seu cargo;
f! Contribuir para a definição das tabelas tarifárias;
g)Tornar o sector rent4vel como forma de contribuir para o desenvolvlnlento da cidade ou localidade respectiva.
SUllSBCÇAo v
Relaçlles com os ute~tes ARTI0026
Direitos e obrigações para com oe utentes
1. O eessionário obriga·ae a fornecer a cada um dos utentes, mediante contrato, a água necessária, com ressalva das situações de forçamaior, segurança pllblicaou interesse pl1blicoou em caso de razlles t6cnicas julgadas atendíveis pelo Ministro das Obras Pllblicas e Habltaçió ou por outra entidade com competência delegada para o efeito.
2. O cessionário assumir4 os direitos e obrigaçlles assumidos para com os consumidores relacionados com o abastecimento de água e derivados de actos ou contratos praticados ou celebrados pelas diferentes unidades de abastecimento de água que recebeu, ou pelo Estado.
ARTI0027
C6dlgos de Procedlmentos naa relaçlles entre o cesslonárlo eosutentes
1. Os Códigos de procedimentos serão elaborados pelo cessionário e submetidos a parecer do Conselho de Regulaçlo do Abastecimento de Água, a emitir no prazo de sessenta dias.
2. Os utentes obrigam-se a respeitar os regulamentos de exploração e serviço que o cessionário emane.
SUBSECÇÃO VI
Modificaçlles e extinção do contrato ARTI0028
ModlfIcaçlo do contrato
Sem prejuízo do disposto no artigo18, o contrato apenas pode ser alterado por acordo escrito entre o cedente e o cessionário.
ARTI0029 Resclslo do Contrato
I. O cedente poderá dar por finda a cesslo, mediante resci810 do contrato, quando tenha ocorrido violaçlo substancial dos termos do contrato, entendendo-se por tal qualquer dos factos seguintes:
a)Desvio do objecto da cesslo;
b)Interrupçlo prolongada daexploraçlo porfacto imputável ao cessionário:
c)Oposiçloreiterada ao exercício de fiscalizaçlo ou repetida desobediencia às determinações do cedente ou ainda
sistemática inobserv4ncia das leis e regulamentos
aplicáveis à exploraçloõ
d) Recusa em proceder à adequada conservaçlo e reparação das infra-estruturas;
,) Cobrança dolosa de retríbuíções superiores às fixadas nos oontratos de cesslo e nos contratos de fornecimento;
f! Cessaçlo de pagamentos pelo cessíonãríc ou declaraçilode falência.
2. Ao constatar a ocorrêacía de algum dos factos mencionados na alínea precedente, o cedente deverá notificar por escrito o cessionário para corrigir asituaçlo: O cesaionáriodever4 proceder à correcçilo do facto dentro do prazo fixado no contrato, findo o qual o cedente poderá dar por terminado o contrato, notificaodo disso por escrito o cessíonãrío, salvo disposiçlo em contrário prevista no contrato.
3. NIo constituem causas de rescislo os factos ocorridos por motivosde força maior e, bem aSsim,os que o cedente aceite como justificados.
4. A rescislo prevista no n· I determina a reverslo de todos os meios afectos àcesslo para o cedente, sobreservade compensaçilo porinvestimentos efectuados pelocessionário, arégularnocontrato de cesslo.
S. A rescislo do contrato de cessio ser4 comunicada ao cessionário por escrito e produzirá imediatamente os seus efeitos.
ARTI0030
Transição e continuidade do serviço
1.Durante os seis meses que precedem o fim da cessiloou outra data que entretanto venha a ser estipulada como fim da cessão, o cedente temo"direltodetomar asmedidasqueentendernecessárias para garantir a continuidade do abastecimento de água e facilitar
28 DE DEZEMBRO DE 1998
232-(17) a trIIDSiçliodo sistema de concessão para um novo sistema de
gestão.
2. Tal procedimento não dá direito a qualquer compensação.
ARTIGO 31 Resgate
I. O cedente pode resgatar a cessão com o cessiODário, em termos a definir expressamente no contrato.
2. Pelo resg* o cessionário terá direito a uma indemnização
determinada por acordo entre as partes, devendo ateeder-se na
fixaçãodo valordaindemnizaçãoao valor do rendimento esperado
pelo mesmo.
sllCÇÃom Contrato de gestlio
ARTIGO 32 Conte6do
O contrato de gestão tem por conteúdo a gestlio de um determinado sistema de captação, tratamento e distribuiçlio de água para consumo público.
ARTIGO 33 Objecto
1. A actividade da gestão compreende a captação de água, o respectivo tratamento e a sua distribuição aos utilizadores.
2. Ocontrato de gestão deverá definir o seu objecto, podendo
compreender actividades de entre as seguintes:
a)Gestlio dos sistemas de abastecimento de água potável às
cidades, localidades ou outros aglomerados
populacionais previstos no contrato;
b)Reparação e renovação da rede e respectivas instalações
de acordo com as exigências técnicas e com os
partJDetros de qualidade da água estabelecidos no
contrato;
c)Manutençlio e renovação de equipamentos necessários ii
captação, tratamento e distribuição de água para
consumo público dos uti1izadores;
ti)Controlo dos parAmetros 1Ieágua distribuída.
ARTIGO 34 Regime
Ao contrato de gestão são aplicáveis subsidiariamente as
disposições relativas ao contrato de cessão de exploração, com as necessárias adaptações.
cAPtruLOIV
Disposições finais e transitórias ARTIÚOj5
Códigos de procedimentos actuais
Mantêm·se em vigor os Códigos de Procedimentos existentes
• • 1
que regulem as relações entre o operador e os úfédles Ousejam
aplicáveis às instalações de água, contratos de sUb8ençiio,ligações,
reclamações e ·tarifas, até que se proceda iisua alteração, nos
termos referidos no artigo 27 do presente decreto.
ARTIGO 36
Entrada em vigor
O presente decreto entra imediatamente em vigor. Aprovado pelo Conselbo de Ministros. Publique-se.
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel MocumbL
-De<:retonO73t'98,de 23 de Deambro
De acordo com o preconizado pela PolfticaNacional deÁguas, o Conselho de Ministros institucionalizou por decreto o Quadro de Gestão Delegadado abastecimento de água prevendo a criação de um Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, órglio responsável por gerir o património e o programa de investimento público nos sistemas de abastecimento de água que lbe forem sendo confiados, promover o seu desenvolvimento e sustentabilidade económica e acompanhar a delegaçiio da gestão dos sistemas de abastecimento de água a operadores privados.
Ao abrigo do disposto na allnea e)do nOI do artigo 153 da
Constituição da República, o Conselbo de Ministros decreta: Artigo 1. É criado o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, abreviadamente designado por F1PAG, pessoa colectiva de direito público dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Art, 2. O FIP AG é responsável pela gestlio do programa de investimento público nos sistemas de abastecimento de água que lbe forem transferidos.
Art.3. OFlPAGéresponsávelporpromoveragestlioautónoma, eficiente e financeiramente viável dos sistemas de abastecimento de água que lhe sejam afectados, nomeadamente através da delegação das respectivas operações a cessionários ou gestores privados.
Art. 4. Ao F1PAG é conferida competência para garantir
transitoriamente a gestão e exploração de sistemas de
abastecimento deáguaem situaçõesemqueestes niioseencontrem
ainda concedidos ou sob contrato de gestão, ou quando situações excepcionais de carácter transitório determinem a intervençiio pública.
Art. 5. As atribuições, orgânica e funcionamento do F1PAG constam do respectivo estatuto em anexo que faz parte integrante do presente decreto.
Art. 6. O presente decreto entra imediatamente em vigor. Aprovado pelo Conselbo de Ministros.
Publique-se.