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Academic year: 2021

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Pedagogia de Projetos

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Palavras-Chave

resumo

eis um artigo que conta como o Trabalho com Projetos conquistou a proposta educacional, e pode também constituir uma interessante fonte de pesquisa para o professor que busca re-signifcar seu fazer dentro da escola, e mais ainda, que visa possibilitar a formação de alunos reflexivos, participativos e atuantes em um mundo informatizado e globalizado.

Educação projetos -curriculo - formação.

A minha primeira turma como professora recém-formada foi uma 2ª série, em uma classe que funcionava no Instituto Santa Teresa, no ano de 1967.

Tenho muitas recordações queridas e significativas daquela época, além de lembranças esmaecidas de alguns nomes e risonhos rostinhos.

Uma dessas janelas da memória me leva a uma aluna vinda de uma escola particular do Estado do Rio de Janeiro. Conversando com a aluna sobre o que ela já havia estudado, fiquei surpresa quando ela me falou que só tinha estudado o Café. Seus cadernos e textos docu-mentavam o que afirmara.

Nas aulas que se sucederam pude constatar que a garota sabia tudo sobre o café. Em todo assunto que eu tratava na aula, lá vinha a “carioquinha” falando do café. Apesar de conhecer a teoria, foi ali que constatei o trabalho conhecido como “Centro de Interesse” e, a possibilidade de trabalhar com assuntos significativos concatenados com o cotidiano.

A partir daí começamos a trabalhar com o assunto Leite. Até hoje quando encontro algum ex-aluno daquela época a palavra mágica é o leite, e as lembranças que surgem são os passeios na fazenda, na Cooperativa de Laticínios e a surpresa de saber que o leite vinha das tetas da vaca, da cabra, da ovelha...e que o primeiro leite das crianças era o materno.

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Anos depois, como coordenadora de escola de crianças, pude in-centivar outros estudos integrados com outros assuntos interessantes como “O Pão Nosso de cada dia”, “A escrita: das cavernas às telas do computador”, “Haja água”, “Entre goiabeiras, palmeiras e figueiras: Euclides”... procurando com eles romper o modelo clássico de escola, com tempos rígidos atribuídos a cada disciplina, e pensando na apren-dizagem como um processo global e complexo, no qual conhecer a realidade e intervir nela não são atitudes dissociadas.

Sabemos que a preparação de cada ser humano para a vida social acontece na família, em um grupo social mais amplo, na escola e no trabalho. Cada um desses espaços realiza predominantemente um aspecto da formação do indivíduo. Mas é a escola que deve responder pelo acesso ao conhecimento que se considera necessário à inserção social, para que os mais jovens se apropriem das conquistas das gera-ções precedentes e se preparem para novas conquistas. E ela – a escola faz isso por meio da seleção e organização de situações planejadas, especialmente, para promover a aprendizagem dos conteúdos que são culturalmente valorizados pela sociedade.

A discussão da função social da escola, do significado das expe-riências escolares para os que dela participam foi e continua a ser um dos assuntos mais polêmicos entre nós, educadores. A escola com seu espaço, seu tempo, seu ritmo, seus rituais e, sua população deve ser ponto de apoio, ou seja, lugar de experimentação, realização, confronto, conflito, entusiasmo, sucesso e prazer; lugar de alegria na construção do conjunto dos poderes sociais e realizações complexas. A Psicopedagogia, nos últimos cinqüenta anos, vem demonstrando que a atividade do sujeito aprendiz é determinante na construção de seu saber operatório e que esse sujeito, que nunca está sozinho, age em constante interação com o meio e seu entorno. É preciso permitir aos alunos que construam o sentido de sua atividade de aluno.

Vivemos desde a década de 60, uma crise Mundial da Educação. Crise da escola e é claro que no centro literalmente “no olho do furacão” (Canário, 2000), está o professor que assiste imobilizado o desgaste de sua profissão, abalado em seu perfil em um país ainda carente de saberes e práticas.

O designado “mal estar docente” exprime uma crise de identi-dade profissional dos professores que corresponde a um fenômeno generalizado com forte incidência em Portugal e no conjunto dos países europeus. Este “mal estar docente” traduz-se por modalidades diversas de desmotivação e absentismo, desinvestimento profissional, acréscimo de doenças profissionais, refúgio em atitudes de caráter defensivo e alguma nostalgia em relação à “idade de ouro” da escola,

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situada algures no passado.

A Crise Mundial da Educação inscreve-se num contexto marcado por um paradoxo, pois de um lado temos o desenvolvimento da escola, associado à idéia de razão e progresso, e de outro lado os impasses sociais, mostrando que acumulamos mais tecnologias do que matu-ridade política.

“(...) Nos últimos vinte anos, acumulamos mais co-nhecimentos técnicos do que durante toda a história da humanidade. O ser humano maneja potentes agro-tóxicos, armas nucleares e bacteriológicas, sistemas sofisticados de manipulação genética (...). Enquanto isto, a capacidade de governo do humano evolui de maneira extremamente lenta. (...) O resultado dessa sociedade que se transforma seguindo ritmos dife-rentes é que o ser humano maneja hoje tecnologias incomparavelmente mais avançadas do que a sua maturidade política”.(Dowbor in “À Sombra desta Mangueira” de Paulo Freire, 2000, p.8)

Neste contexto, sucessivas mutações vêm ocorrendo nas últimas décadas, dentro da escola. A escola passou de um contexto de certe-zas, para um de promessas, inserindo-se atualmente em um contexto de incertezas.

O mundo, finalmente globalizado, não diminui o papel dos profes-sores e sim o modifica. O planeta está permanente e definitivamente on

line, a unificação do espaço faz com que cada recanto do mundo revele

o mundo inteiro e este esteja presente em cada recanto do mundo. Numa sociedade da informação, o professor já não pode, com certeza, ser considerado o único detentor de um saber que apenas lhe basta transmitir. É preciso ser capaz de se orientar no meio dos saberes tornando-se de algum modo, parceiro de um saber coletivo, que lhe compete organizar situando-se, decididamente, na vanguarda do processo de mudança. Parafraseando o poema do escritor João Guimarães Rosa: Professor não é quem sempre ensina, mas quem, de repente, aprende.

As exigências do mundo contemporâneo impõem que ofereçamos aos alunos competências básicas que possibilitem o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes que, por sua vez, permitam sua adaptação e permanência no mercado de trabalho, bem como sua formação como cidadãos críticos e reflexivos, capazes de exercer uma cidadania participante da construção de uma sociedade justa e

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solidária.

Constitui grande desafio, hoje, a desconstrução do professor e a reconstrução do currículo, pois o currículo legal, formalmente prescrito e apresentado aos professores, em ação nas escolas e moldado pela cultura psicopedagógica docente, constitui uma colcha de retalhos de informações fragmentadas e descontextualizadas.

Não podemos confundir currículo com grade curricular. Nesta últi-ma, temos a enumeração e as nomenclaturas dadas às disciplinas de um currículo. Mas o currículo propriamente dito é muito mais do que isso. Podemos dizer que o currículo é o conjunto programado de atividades que são organizadas para promover o conhecimento dos alunos.

Nesse sentido, os recreios, os teatros, o grêmio da escola, o jornal da classe, o painel de troca e serviços que os alunos organizam, um passeio, a visita a uma indústria ou à exposição da escola vizinha, o filme assistido em aula - tudo é currículo.

O que empobrece muito o ato de educar é a quase ausência de propostas que impliquem atividades desafiadoras dos alunos. Em geral, só lhes cobram repetições. Dessa forma eles lêem, captam as idéias centrais, escrevem o que entenderam dos autores e recebem a nota considerada justa, pelo professor.

A partir da noção de atividade, oposta à idéia de recepção passiva, como princípio que rege uma nova Escola (ativa) na qual as crianças “entram em contato, de forma mais organizada, com a herança da sociedade na qual vivem, e aprendem da participação em experiências de trabalho e da vida cotidiana”, é segundo Torres (1994), a resposta à escola compartimentada que, em 1910, Dewey descrevia como oprimida “pela multiplicação de matérias, cada uma das quais se apresentava por sua vez sobrecarregada de fragmentos desconexos, só aceitos baseando-se na repetição ou na autoridade”.

Aprender fazendo, agindo, experimentando é o modo mais natural, intuitivo e fácil de aprender. E a partir dessa concepção de aprendiza-gem, os Projetos têm sido a forma mais organizativa e viabilizadora de uma nova modalidade de ensino que, embora essencialmente curricular, buscam sempre escapar das velhas limitações do currículo.

Trabalhar com Projetos facilita a atividade, a ação, à participação do aluno no seu processo de produzir fatos sociais, de trocar informações com o outro e desenvolver competências.

Apesar de se falar muito em Projetos de Trabalho, muitos professo-res não sabem exatamente do que se trata. Outros acham que já viram isso antes, algumas décadas atrás, e eles têm razão.

Os Projetos podem ser considerados como uma prática educativa que teve reconhecimento em diferentes períodos do século XX, desde

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que Kilpatrick, em 1919, que levou à sala de aula algumas das contri-buições de Dewey.

O chamado então Método de Projetos chegou ao Brasil, junta-mente com o movimento conhecido como Escola Nova. Opondo-se aos princípios da escola tradicional, foi um movimento desencadeado por grandes educadores europeus, tais como Maria Montessori, Ovídio Decroly, Edouard Claparède e outros. E tiveram, na América do Norte, dois grandes expoentes: John Dewey e seu discípulo, William Kilpa-trick. Foram esses dois norte-americanos, os criadores do Método de Projetos, com suas idéias disseminadas no Brasil principalmente por Anísio Teixeira e Lourenço Filho.

Já nessa época, a discussão estava embasada numa concepção de que “educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura e a escola deve representar a vida presente - tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro ou no pátio” (Dewey, 1897). De Dewey veio principalmente a idéia de que “o pensamento tem sua origem numa situação problemática” .

A partir da metade dos anos 60, surge novamente um fluxo de interesse pelos projetos, desta vez com o nome de trabalho por te-mas. Nesse contexto, Bruner (1960,1965) estabeleceu que o ensino deveria centrar-se em facilitar o desenvolvimento de conceitos-chave a partir das estruturas das disciplinas. Os Projetos ou o Trabalho por Temas constituíram uma alternativa para abordar essa proposta na sala de aula.

Nos anos 80, o impacto da denominada revolução cognitiva na forma de entender o Processo de Aprendizagem, as mudanças nas concepções sobre o Conhecimento e o Saber derivados das Novas Tec-nologias de armazenamento, tratamento e distribuição da informação, estabelece, entre outros, uma série de mudanças na educação escolar, e os Projetos voltam a ser objeto de interesse.

Métodos de projetos, centros de interesse, trabalho por temas, pesquisa do meio, projetos de trabalho são denominações que se utili-zam maneira indistinta, mas que respondem a visões com importantes variações de contexto e conteúdo.

Uma coisa é tida como consensual atualmente. Trabalhar com projetos não constitui “um método”. Falar em método em relação à prática escolar é fazer referência à aplicação de uma fórmula ou uma série de regras. Método, em sua concepção filosófica, seria uma ma-neira concreta de proceder, isto é, de aplicar o pensamento.

Trabalhar com projetos não se trata apenas de uma técnica atra-ente para transmitir aos alunos o conteúdo das matérias, significa de fato uma mudança de postura, uma forma de repensar a prática

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pedagógica e as teorias que lhe dão sustentação.

Faz parte de praticamente todo discurso pedagógico citar, como objetivos do ensino, a formação de alunos autônomos, conscientes, reflexivos, participativos, cidadãos atuantes, felizes, entre outras ca-racterísticas relacionadas.

Vale frisar que não aparecem, nesse discurso, características como passividade, submissão ou alienação, portanto, urge re-significar o espaço escolar com seus tempos, rituais, rotinas e processos - de modo que os objetivos do ensino possam, efetivamente, estarem voltados para a formação desejada pelos profissionais da educação.

Projetos de Trabalho visam à re-significação do espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões. Significa repensar a escola, seus tempos, seu espaço, sua forma de lidar com os conteúdos das áreas e com o mundo da informação.

A formação dos alunos não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, em que co-nhecer e intervir na realidade são atividades que não se encontram dissociados. O estudante aprende participando, vivenciando senti-mentos, formulando problemas, tomando atitudes diante dos fatos, investigando, construindo novos conceitos e informações, escolhen-do procedimentos, quanescolhen-do se vê diante da necessidade de resolver questões.

Ao participar de um Projeto de Trabalho, o aluno estará envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de conhecimento estará integrado às práticas vividas. É um ser humano desenvolvendo uma atividade complexa e que nesse processo se apro-pria, ao mesmo tempo, de um determinado objeto de conhecimento cultural e se forma como sujeito cultural.

Podemos dizer que os Projetos de Trabalho fazem parte da histo-ricidade da escola, favorecendo dados de pesquisa da realidade e do trabalho ativo por parte do aluno.

Portanto, os Projetos de Trabalho se apresentam não como um método, mas sim, como uma concepção da educação e da escola que leva em conta entre outras coisas, à abertura para os conhecimentos e problemas que circulam fora da sala de aula e que vão além do currículo básico.

Jolibert (1994) coloca a busca da construção de sentido na Peda-gogia de Projetos que pode ser dividida em três tipos:

- Projetos referentes à vida cotidiana – abrangem todas as decisões relacionadas à existência e ao funcionamento da

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vida de uma escola; consiste em resolver um problema de ordem prática, como por exemplo, melhorar a qualidade da merenda da escola.

- Projetos empreendimentos – aqueles constituídos por ativi-dades complexas em torno de uma meta definida, com certa amplitude, como, por exemplo, organizar uma exposição ou uma excursão.

- Projetos de aprendizado – são os que nascem do desejo de fazer partilhar com os alunos a construção dos saberes, as perspectivas sobre os conteúdos de formação normalmente reservados aos docentes; são aqueles projetos que buscam o aprimoramento de uma determinada habilidades dos alunos, como por exemplo, a habilidade de contar histórias e etc. A característica básica de um projeto é ter um objetivo comparti-lhado por todos os envolvidos, que se expressa num produto final em função do qual todos trabalham, e que terá, destinação, divulgação e circulação social dentro e fora da escola.

Embora cada projeto apresente particularidades e exija adapta-ções, eis algumas preocupações básicas que devem ser consideradas na construção de todo projeto:

- Identificação de um problema

- Levantamento de hipóteses e soluções - Mapeamento do aporte científico necessário - Seleção de parceiros

- Definição de um produto - Documentação e registro

- Método de acompanhamento e avaliação - Publicação e divulgação

Como características fundamentais do Trabalho com Projetos podemos afirmar que:

- um projeto constitui uma atividade intencional - o envolvi-mento dos alunos é uma característica primordial - chave do trabalho;

- num projeto, a responsabilidade, o compromisso e a autono-mia dos alunos são essenciais - os alunos são co-responsáveis pelo trabalho e pelas escolhas ao longo do desenvolvimento do projeto;

- a autenticidade é uma característica fundamental de um projeto - não se trata de mera reprodução de conteúdos

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prontos. Os alunos devem construir respostas pessoais e originais; não há, pois como organizar fórmulas ou modelos para trabalhar com projetos, nem fazer um planejamento fechado e definitivo.

- projeto envolve complexidade e resolução de problemas - o objetivo é fonte geradora de problemas que exigem uma atividade para a sua resolução;

- um projeto percorre várias fases: planejamento, execução, avaliação e divulgação dos trabalhos.

Vale observar que o que caracteriza o trabalho com projetos não é a origem do tema, mas o tratamento dado a esse tema, no sentido de torná-lo uma questão do grupo como um todo e não apenas de alguns alunos ou do professor.

O trabalho com projetos não se restringe ao estudo de um tema: o ponto central é a resolução de problemas. Os problemas, ou a temática podem surgir do professor, do grupo de alunos ou do próprio contexto social. O importante é garantir que essa temática se transforme em uma questão para a turma, e isso depende basicamente do professor.

Costumamos dizer que Projeto não é:

- uma palavra mágica que resolve todos os problemas; - um conjunto de atividades extra - classe;

- um conjunto de aulas de reforço ou recuperação;

- uma obrigação a ser cumprida, com prestação de contas. Trabalhar com projetos significa romper com o modelo fragmen-tado de educação e recriar a escola, transformando-a em espaço significativo de aprendizagem para todos os que dela fazem parte, colada ao mundo contemporâneo, sem perder de vista a realidade cultural específica de seus alunos e professores.

Diferenças de perspectivas entre o trabalho com disciplinas e o trabalho com projetos:

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Fonte: Cadernos da TV Escola. PCN na Escola. SSN 1516-146X:nº3.Diários. Projetos de Trabalho Brasília: Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação a Distância, 1998.

Como alguns dos objetivos dos Projetos de Trabalho podemos elencar também:

- tornar a sala de aula uma comunidade permanente de investigação, reflexão e animação, favorecendo redes de fraternidade e solidariedade;

- construir uma postura pedagógica e não só uma técnica de ensino mais atrativa para os alunos.

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Um projeto possui basicamente três passos: - ponto de partida;

- processo ou desenvolvimento: diferentes atores ( alunos, pais,colegas, professores), diferentes ações, momentos co-letivos, ocorrências de conflitos, transformação das práticas escolares;

- ponto de chegada: acompanhamento do trabalho realizado, avaliação e registro e a realização de um portfólio de cada aluno .

Esse processo de organização e desenvolvimento do projeto pode ser representado assim:

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As principais etapas de um projeto

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I - Problematização (ponto de partida, momento detonador do projeto) que consiste em:

- mobilizar o conhecimento anterior do aluno e despertar o interesse pelo assunto;

- provocar o desejo de adquirir novos conhecimentos; - tarefas do professor: questionar, lançar dúvidas;

- participação dos alunos: explicitar seus conhecimentos e pontos de vista, levantar hipóteses, tomar consciência do que precisam conhecer melhor.

II - Busca de Informações

Professor: orientar a consulta às fontes, desenvolver habilidades necessárias

Alunos: realizar uma busca organizada das informações neces-sárias.

III - Sugestão de registro 1 – DADOS 1.1. Título 1.2.Equipe /Aluno 1.3. Modalidade de pesquisa 1.4. Tempo previsto 1.5. Professor orientador

2 - JUSTIFICATIVA (a importância em se pesquisar dado tema) 3 - OBJETIVOS (previamente delineados e dizem respeito às metas a serem atingidas com o projeto)

4 - DESENVOLVIMENTO (ações planejadas - divisão de tarefas e execução)

5 - RECURSOS (consultas a diversas fontes, entrevistas, materiais a serem utilizados)

6 - AVALIAÇÃO

7 - BIBLIOGRAFIA / FONTE DE CONSULTA (nome do livro, autor, editora, ano de publicação)

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O QUE SE ESPERA DO PROFESSOR-PESQUISADOR - Percepção crítica de sua atuação.

- Busca de prática mais competente. - Clareza de objetivos.

- Formas diferenciadas de intervenção: individual, em grupos, coletiva.

- Alterações na rotina diária, no uso do espaço/tempo e na organização dos grupos.

- Observação de cada aluno e da classe como um todo. - Registro de sua reflexão e uso futuro.

- Partilha com o aluno de suas observações. O QUE SE ESPERA DO ALUNO-ATIVO

- Reflexão sobre suas competências (percepção de si pró-prio).

- Consciência de seus progressos e suas dificuldades - Auto-avaliação e apreciações sobre trabalhos dos colegas. - Veja seu trabalho pelo olhar do outro.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

Professor: preparar ambiente motivador, selecionar materiais, orientar o planejamento cooperativo.

Alunos: participar do planejamento cooperativo; organizar pergun-tas e tópicos a serem pesquisados; distribuir as tarefas de pesquisa e registrar as tarefas de cada grupo em cartazes.

ORGANIZAÇÃO DOS DADOS E LEVANTAMENTO COMPLEMEN-TAR:

Cabe ao Professor :

- orientar a organização dos dados, suprir lacunas, esclarecer dúvidas, relacionar conceitos, indicar conclusões.

Cabe ao Grupo de Alunos: - apresentar suas anotações. Cabe ao Grupo-Classe:

- fazer um levantamento das questões resolvidas após o projeto e das questões que surgiram durante o projeto e não foram resolvidas, isto é , as questões que ficaram abertas.

- fazer o agrupamento das respostas por assunto.

- tomar decisões de como colher as informações faltantes. - organizar e classificar as informações colhidas em quadros ,

texto etc.

- confrontar suas hipóteses anteriores, estabelecer relações, formar conceitos, aprimorar seus mecanismos de conhecer.

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SISTEMATIZAÇÃO, FIXAÇÃO E APLICAÇÃO:

- Professor: orientar a sistematização e fixação dos dados co-letados.

- Alunos: produzir texto coletivo contendo a síntese de tudo o que foi trabalhado, tendo como base os relatórios e portfólios individuais.

A utilização do portfólio do aluno como uma modalidade de ava-liação tem sido bastante utilizada atualmente na educação como um elemento de reconstrução de uma trajetória de aprendizagem. Para Gardner (1994, p.84), o portfólio reflete a crença de que os estudan-tes aprendem melhor, e de uma forma mais integral, a partir de um compromisso com as atividades que acontecem durante um período de tempo significativo e que se constroem sobre conexões naturais com os conhecimentos escolares.

Segundo Hernández (2000, p.165) o portfólio oferece aos alunos e professores uma oportunidade para refletir sobre o progresso dos estudantes em sua compreensão da realidade, ao mesmo tempo em que possibilita introduzir mudanças durante o desenvolvimento do programa de ensino.

Portanto, a opção viabilizada pelos Projetos de Trabalho consiste em ser uma possibilidade de produzir conhecimentos de forma não fragmentada, em que os alunos possam se iniciar numa aprendizagem de procedimentos que lhes permitam organizar informações e também descobrir relações que podem ser estabelecidas entre elas.

E se como afirma Drummond,

“Todas as guerras do mundo são iguais Todas as fomes são iguais

Todos os amores são iguais, iguais, iguais Iguais todos os rompimentos

A morte é igualíssima.

Todas as criações da natureza são iguais,

Todas as ações, cruéis, piedosas, ou indiferentes, são iguais. Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho

ou coisa. Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho

ímpar”. (A paixão medida - Carlos Drummond de Andrade)

... Agradeço, pois, aquela garotinha ímpar que sabia tudo sobre o café, me estimulou a descobrir e experimentar café com leite.

É assim que vejo o trabalho com projetos. É como um bom copo de café com leite. Você pode acrescentar mais leite ou mais café. O importante é que fique saboroso. E se ele vem para saciar a fome... não há coisa melhor.

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Referências

BRUNER, J.(1963) El processo de la educación. México:UTHEA (1960).

DECROLY, O .(1987) La funció de la globalització i altres escrits. Vic. Eumo (1925).

DEWEY, J. (1989) Como pensamos. Barcelona: Paidós (1910-1930).

JOLIBERT, J. et alii (1994) Formando crianças leitoras; Porto Alegre: Artes Médicas (1984)

KILPATRICK, W.H.(1918) The project method.Teacher’s college record, pp.319-335.

MORIN, E.(1981) El método. La naturaleza de la naturaleza. Madrid: Crtica (1977).

SAINZ, F.(1931) El método de proyectos. Madrid: Revista de Pedagogia.

TORRES, J.(1994) Globalización e interdisciplinariedad: el curriculum integrado. Madrid: Morata.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed,1998.

_________________.Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: ArtMed,2000.

KLEIMAN, A. B.; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: Tecendo redes nos

projetos da escola. Campinas, Mercado de Letras, 1999.

Professora Titular e Coordenadora do Instituto Superior de Edu-cação da FATEA/Lorena. Mestre em EduEdu-cação pela UNISAL.

Abstract

This article tells us how the work with projects con-quered the education proposal.

It can also build an interesting source of research for the teacher that wants to give a new meaning to his work at school. Moreover it aims to make possible thew formation of reflexive participatory and active students in a computerized and globalized world.

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