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Igo Vieira de Souza¹ Tatiana Kugelmeier 1 Márcia Andrade 1 Hildebrando Benedicto². Palavras-chave: Útero, Colágeno, Macaca mulatta. Parto. Reprodução.

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Academic year: 2021

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1. Coordenação de Pesquisa e Experimentação Animal – Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos/Fiocruz- Rio de Janeiro 2. Departamento de morfologia, Instituto

Biomédico – Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro Data Recebimento: 01/04/2016 Aceito para a Publicação: 08/06/2016 Autor Para Correspondência: Igo Vieira de Souza E-mail: igo@fiocruz.br

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DO ÚTERO DE MACACO RHESUS

(MACACA MULATTA – ZIMMERMANN, 1780) EM FÊMEAS

NULÍPARAS, PRIMÍPARAS E PLURÍPARAS

Igo Vieira de Souza¹ Tatiana Kugelmeier1 Márcia Andrade1 Hildebrando Benedicto²

A criação de primatas não humanos em cativeiro para fins de pesquisa científica requer grande conhecimento e cuidados com sua reprodução e manejo. Problemas relacionados à gestação, tais como abortos, distocias e retenção de placenta causam grande impacto na produtividade das colônias, no bem-estar dos animais e custo da criação. A fim de minimizar esses prejuízos, nosso estudo tem como objetivo melho-rar a compreensão da anatomia uterina de macaco rhesus (Macaca mulatta). Foram estudadas 15 fêmeas entre 38 e 87 meses de idade e massa corporal entre 4,9 e 7,39 Kg, pertencentes ao Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos/ ICTB, Fiocruz, RJ. As fêmeas foram divididas em 3 categorias: nulíparas, primíparas e pluríparas. Em todos os animais foram feitos o estudo topográfico, biometria dos órgãos, microscopia de luz e quantificação de colágeno no miométrio. O útero é do tipo simples, caracterizado por um fundo globóide, oco, alongado e de formato piriforme. Pode ser dividido em: corpo, fundo e cérvix. Não foram observadas diferenças macroscópicas e de topografia entre as 3 categorias estudadas. As fêmeas pluríparas obtiveram as maiores medidas biométricas e de quantidade de colágeno no miométrio comparado as outras categorias de fêmeas estudadas. O endométrio é formado por um epitélio prismático simples e uma lâmina própria que contém glândulas endometriais tubulares e retas com o mesmo tipo de epitélio. Concluímos que as medidas e constituição histológica do útero variam conforme o histórico reprodutivo, o que explica, em parte, o maior risco de ocorrência de complicações no parto em fêmeas pluríparas.

Palavras-chave: Útero, Colágeno, Macaca mulatta. Parto. Reprodução.

1. INTRODUÇÃO

Devido ao alto grau de homologia genética com os seres humanos e similaridades fisiológicas, bio-químicas, anatômicas e etológicas, os primatas não humanos (PNH) foram consagrados como exce-lentes modelos experimentais e têm sido utilizados para pesquisa biomédica por muitas décadas1,2. Macaca mulatta (macaco rhesus) é uma das espé-cies símias mais utilizadas na pesquisa biomédica e é o objeto de estudo do presente trabalho.

Em função da escassez de literatura sobre o tema abordado para a espécie animal em questão, o objetivo deste trabalho é estudar os aspectos morfológicos macroscópicos e microscópicos do útero de macaco rhesus e comparar entre fêmeas nulíparas (nunca pariram), primíparas (apenas um parto) e pluríparas (mais de dois partos). Uma compreensão mais consistente sobre este tema representa uma ferramenta chave para o desen-volvimento de biotécnicas de reprodução, além de oferecer contribuições futuras relevantes no manejo reprodutivo desta espécie símia.

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MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi realizado no Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro/ RJ e na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP. No ICTB, os animais são criados e man-tidos segundo as orientações do Guide for the Care and Use of Laboratory Animals (NRC, 1996; 2006) e os procedimentos de manejo aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA – Fiocruz, registro nº LW-05/16, “Criação, Produção e Manutenção de Primatas não Humanos no Centro de Criação de Animais de Laboratório/ Cecal para Atender aos Programas e Projetos Desenvolvidos na Fiocruz”). O projeto foi submetido e aprova-do pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da FMVZ/ USP, protocolo nº 1818/2009.

Animais

Foram analisados 15 úteros de macaco rhesus (M. mulatta) procedentes do ICTB, Serviço de Criação de Primatas Não Humanos/SCPrim da Fiocruz, sendo cinco úteros de fêmeas nulíparas, cinco primíparas e cinco pluríparas. Todas as fê-meas eram maduras sexualmente, idades entre 38 a 87 meses e peso corporal entre 4,9 a 7,39 Kg.

Biometria: O estudo biométrico do útero foi re-alizado com régua calibrada e paquímetro. O com-primento total do útero foi mensurado do início da região do fundo uterino até o óstio externo do útero. A cérvix uterina foi medida do final do corpo até o óstio externo do útero. Os dados métricos obtidos para cada animal foram submetidos à análise esta-tística, como média aritmética, mediana e desvio padrão. Em todos os animais foram feitos o estudo topográfico, biometria dos órgãos, microscopia de luz e quantificação de colágeno no miométrio.

Análises microscópicas

Após as mensurações, foram retirados frag-mentos representativos das três regiões uterinas:

corpo, fundo e cérvix. Foram processados histolo-gicamente para microscopia óptica e corados com hematoxilina-eosina (padronização e identificação do material) e picrosirius red (evidenciação e quantificação das fibras colágenas).

Histomorfometria

Para quantificação do colágeno, as lâminas coradas com picrosirius red foram observadas por meio de o microscópio óptico (Axioscópico Zeiss®) e os resultados analisados em um

micro-computador de morfomeria específico (KS-400 Zeiss®). Padronizou-se a leitura e mensuração de

cinco campos por lâmina, sendo feito três lâminas para cada animal com espaçamento de 10 cortes no micrótomo por lâmina, num total de 225 campos mensurados.

Análise estatística

Os dados obtidos foram analisados por meio do programa SAS System for Windows (SAS, 2000). Através do aplicatico Guided Data Analisys, os dados obtidos foram testados quanto à normalida-de dos resíduos e homogeneidanormalida-de das variâncias. Caso não obedecessem a essas premissas, foram transformados (logaritmo na base 10 – Log10; RQ X; Quadrado – X²), e se a normalidade não fosse obtida, empregava-se então a análise de variância (ANOVA) não paramétrica. Para comparação das biometrias entre fêmeas nulíparas, primíparas e pluríparas foram utilizados o teste Least Signifi-cant Differences (LSD).

Para a descrição dos resultados, foram empre-gados as médias e seus respectivos erros padrões (média ± erro padrão da média) dos dados ori-ginais e os níveis de significância (p) dos dados originais, quando obedecessem às premissas; dos dados transformados, quando possível a trans-formação; e dos dados não paramétricos quando não obedecessem as premissas e não houvesse transformações possíveis.

O nível de significância utilizado foi de 5%, isto é, para um nível de significância menor que (p ≤ 0,05), considerou-se que ocorreram diferenças

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estatísticas entre as variáveis classificatórias (his-tórico de partos) para uma determinada variável resposta (características uterinas).

RESULTADOS

As análises revelaram que o aparelho repro-dutor feminino de macaco rhesus (M. mulatta) é composto pela genitália externa, com a presença da vulva, clitóris, pequenos lábios e ausência dos grandes lábios. A genitália interna é formada por dois ovários, duas tubas uterinas, útero e vagina (Figura 1).

O útero se situa na cavidade pélvica, sobre a vagina, entre a bexiga urinária e o intestino reto. A face dorsal é mais convexa que a ventral. O útero é do tipo simples, caracterizado por um fundo globóide, localizado sobre a junção com as tubas uterinas, oco, alongado e com contorno piriforme; seu lúmen é reduzido e quando seccionado

me-dialmente, a cavidade tem um formato de fenda transversa. Pode ser dividido macroscopicamente em três regiões: corpo, fundo e cérvix uterina. Na extremidade cranial, acima da desembocadura das tubas uterinas, está presente o fundo, que se caracteriza como uma região livre, de forma alargada, convexa e arredondada. O corpo do útero está abaixo da região do fundo, possui uma porção dorsal que está em contato com a bexiga urinária, denominado face vesical, e uma porção ventral que está em contato com o intestino reto, face intestinal. Ao longo de cada margem do útero encontram-se e se justapõem o peritônio visceral, que cobriu a face vesical e a porção que cobriu a face intestinal, para formar as asas do ligamento largo do útero. A cérvix aparece externamente com um formato globóide, semelhante ao fundo do útero, porém mais convexa. Sua porção caudal se projeta no canal vaginal, formando um fórnix vagi-nal. A cérvix uterina apresenta pregas ou projeções na mucosa do canal cervical que se orientam em direção ao lúmen. O canal cervical é obstruído por um colículo principal ventral cervical e um par de menores e variavelmente desenvolvido colículo dorsal. Interdigitações desses colículos resultam numa peculiar sinuosidade dorsoventral do canal cervical (Figura 2). O suporte de ligamentos do útero inclui os ligamentos uterossacrais, redondo, largo e em menor grau os ligamentos útero-ova-rianos. O ligamento largo do útero é delicado e contorna a margem do útero como uma membrana e se fusiona na região cervical. O ligamento redon-do que está coberto pelo ligamento largo, se fixa próximo à borda lateral do útero, logo abaixo da inserção das tubas uterinas. Não foram observadas diferenças macroscópicas e topográficas entre as fêmeas nulíparas, primíparas e pluríparas. O comprimento total do útero nas fêmeas nulíparas teve média de 4,12 ± 0,2 cm, nas primíparas 4,32 ± 0,26 cm e nas pluríparas 5,14 ± 0,71 cm.

Comparando as mensurações entre as três categorias estudadas, observou-se que as fêmeas pluríparas obtiveram as maiores medidas (Tabela 1). Histologicamente o útero de M. mulatta é dividido em perimétrio, miométrio e endomé-trio. O perimétrio é a mais externa, composta de

Figura 1: Aparelho reprodutivo feminino de

Macaca mulatta: C - corpo; CL - clitóris; V - vagina; FV - fórnix vaginal; OEU - orifício externo do útero; F - fundo; TU - tuba uterina; OD - ovário direito; OE - ovário esquerdo.

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uma camada serosa constituída de mesotélio e tecido conjuntivo. O miométrio é a camada mais espessa das três, composto por fibras musculares lisas dispostas em diversos sentidos, aparecendo seccionadas no sentido transversal, longitudinal e oblíquo. As fibras musculares estão separadas por tecido conjuntivo e numerosos vasos sanguíneos. O endométrio é formado por um epitélio prismá-tico simples e uma lâmina própria que contém glândulas endometriais com o mesmo tipo de epi-télio. Em todos os animais estudados as glândulas endometriais eram tubulares simples e retas, com

o lúmen estreito e ligeiramente ondulado. Estas características correspondem a um endométrio na fase proliferativa ou estrogênica. A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo frouxo muito celularizado e rico em vasos sanguíneos. Em re-lação à distribuição do colágeno no miométrio, o método de picrossirius red permitiu observar uma ampla distribuição do colágeno por todo o compar-timento. O colágeno aparece na cor avermelhada e em forma de espiral (Figura 3).

A estrutura histológica da cérvix uterina di-fere do resto do útero. O revestimento do canal

Tabela 1. Dados biométricos do aparelho reprodutor de fêmeas de Macaca mulatta em diferentes idades

reprodutivas.

Medida (cm) Nulíparas Primíparas Pluríparas

Comprimento do corpo uterino 2,41± 0,07 2,44 ± 0,07 3,07 ± 0,15

Largura do corpo uterino 1,8 ± 0,06 1,69 ± 0,13 2,14 ± 0,15

Espessura do corpo uterino 0,91 ± 0,06 0,73 ± 0,05 0,99 ± 0,06

Comprimento da cérvix 1,71 ± 0,04 1,8 ± 0,07 2,07 ± 0,18

Largura da cérvix 2,08 ± 0,09 1,92 ± 0,09 2,26 ± 0,09

Espessura da cérvix 0,91 ± 0,06 0,73 ± 0,05 0,99 ± 0,06

Figura 2: Corte sagital do aparelho reprodutor

feminino de macaco rhesus: CCD - colículo cervical dorsal; CCV - colículo cervical ventral; CU - cavidade uterina; FVD - fórnix vaginal dorsal; FVV - fórnix vaginal ventral; MV - mucosa vaginal; OEU - óstio externo do útero; OIU – óstio interno do útero.

Figura 3: Fotomicrografia do miométrio:

Observação da distribuição do colágeno sendo representado pela cor vermelha e em formato de espiral; C – colágeno, corte longitudinal (5µm), Picrosirius red, 200x.

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cervical (endocérvix), assim como o das pregas e suas ramificações, é constituído por um epi-télio prismático simples secretor de muco, o qual se acumula no canal. Possui poucas fibras musculares lisas e consiste principalmente em tecido conjuntivo denso. As glândulas mucosas cervicais apresentaram o mesmo tipo de epitélio do canal endocervical. A porção da cérvix uterina que se estende do óstio externo do útero ao fórnix vaginal (ectocérvix) é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. A porcentagem de colágeno encontrado no mio-métrio das fêmeas nulíparas teve uma média de 26,32 ± 0,82 cm, nas primíparas 29,07 ± 1,01 cm e nas pluríparas 38,93 ± 1,07 cm, pelo método de picrosirius red.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

A morfologia macroscópica do aparelho repro-dutor feminino de Macaca mulatta se assemelha de forma geral ao modelo encontrado nos primatas da subordem Anthropoidea (primatas do Novo e do Velho Mundo). Entretanto, existem particu-laridades específicas entre as diversas espécies existentes nesta subordem, as quais devem ser consideradas, diante da necessidade de melhorar o conhecimento relativo à biologia da reprodução em primatas.

O útero de M. mulatta encontra-se na cavidade pélvica, sobre a vagina, entre a bexiga urinária e o intestino reto. Em Alouatta guariba clamitans e Alouatta caraya, o útero está ligeiramente des-locado para o lado esquerdo, devido ao grande desenvolvimento do ceco3. Em linhas gerais, a

topografia e localização do útero se assemelham aos demais primatas.

Na maioria dos primatas, como na espécie deste estudo, os grandes lábios estão ausentes, sendo descritos na infraordem Prossimii e na família Ce-bidae4, em Alouatta guariba clamitans e Alouatta caraya3 e no Homo sapiens5.

O útero é do tipo simples e piriforme, seme-lhante ao da maioria dos primatas, com exceção

dos prossímios, que na maior parte do grupo, possuem dois cornos uterinos curtos. Na família Lorisidae e no gênero Tarsius apresentam dois cornos uterinos longos ou útero bicorno4. Essa

di-ferença no formato está relacionada com o número de filhotes por parto. Os primatas que possuem o útero bicorno tem um número maior de filhotes por parto, enquanto os que possuem o útero do tipo simples tem normalmente apenas um filhote por parto. Em Callithrix sp. (representante da infraordem Anthropoidea) os nascimentos duplos são regras (gêmeos fraternos) e possuem o útero com uma sutil separação da extremidade superior por um chanfro mediano.

Em todas as fêmeas estudadas, o epitélio da mucosa uterina se mostrou invariavelmente pris-mático simples. A mesma característica foi obser-vada no epitélio das glândulas endometriais. Em gibões (família Hylobatidae), existem diferenças entre os epitélios do útero. A mucosa é constituída por epitélio cúbico-colunar simples ou pseudoes-tratificado e as glândulas endometriais possuem epitélio colunar simples6.

Diferente do que foi encontrado em outros estudos com Macaca mulatta7,8, o endométrio e

a cérvix uterina das fêmeas estudadas não apre-sentaram células ciliadas. Estas células ciliadas aparecem em Callithrix jacchus, porém raras9.

A cérvix uterina de Macaca mulatta possui epitélio prismático simples, como ocorrem na maioria dos primatas. Porém bugios (Alouatta guariba clamitans e Alouatta caraya) possuem epitélio prismático pseudoestratificado3. A razão

dessas diferenças encontradas na literatura é des-conhecida.

Durante a gestação, o miométrio passa por um período de grande crescimento como resultado de hipertrofia e hiperplasia. Muitas células mus-culares lisas sintetizam ativamente o colágeno, cuja quantidade aumenta significativamente no útero5. O aumento do número de partos leva a um

aumento de depósito de colágeno no miométrio, levando a uma alteração na composição do útero, o que poderia explicar as diferenças biométricas nas três categorias estudadas. Todas as fêmeas encontravam-se na fase estrogênica, porém não

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se sabe se elas estavam no início, meio ou fim dessa fase. Uma das variáveis que poderia estar influenciando nos dados biométricos.

Os resultados demonstram que as fêmeas pluríparas de Macaca mulatta possuem maiores mensurações do útero (comprimento, largura e espessura do corpo e comprimento, largura e espessura da cérvix) e maior porcentagem de colágeno no miométrio comparado as fêmeas nulíparas e primíparas. Estudos pormenorizados e maior número de animais seriam necessários para melhor esclarecimento dessas diferenças entre as mensurações do útero e a porcentagem de colágeno no miométrio dos animais em estudo.

Os dados anatômicos aqui registrados repre-sentam uma ferramenta auxiliar para estudos de reprodução em primatas e em humanos, além de oferecer subsídios para aprimorar o manejo repro-dutivo da espécie símia analisada.

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Renato Choppard (in memoriam), do Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Anatomia, Universidade de São Paulo/USP, pelo apoio e orientação neste trabalho.

MORPHOLOGICAL ASPECTS OF UTERUS IN FEMALE

NULLIPAROUS, PRIMIPAROUS, AND PLURIPAROUS RHESUS

MACAQUES (MACACA MULATTA – ZIMMERMANN, 1780)

The creation of nonhuman primates in captivity for scientific research purpo-ses requires great knowledge and care of their breeding and management. Problems related to pregnancy, such as abortions, dystocia, and retained placenta cause great impact on the productivity of the colonies, animal welfare, and breeding costs. In order to minimize these losses, our study aims to improve understanding of the uterine anatomy of rhesus monkey (Macaca mulatta). Fifteen females between 38 and 87 months of age and body mass between 4.9 and 7.39 kg, belonging to the Institute of Science and Technology in Biomodels/ISTB, Fiocruz, RJ were studied. Females were divided into 3 categories: nulliparous, primiparous, and pluriparous. Topographical study, biometrics organs, light microscopy, and quantification of collagen in the myometrium were carried out in all animals. The uterus is a simple type, characterized by a globoid, hollow, elongated body and pear-shaped format. It can be divided into: body, fundus, and cervix. No macroscopic and topographic differences among the three categories studied were observed. The pluriparous females achieved the highest biometric and amount of collagen measures in the myometrium compared to the other categories of studied females. Endometrium is formed by a simple prismatic epithelium and lamina propria containing straight and tubular endometrial glands with the same type of epithelium. We conclude that measurements and histological constitution of the uterus vary as the reproductive history, which explains, in part, the major risk of complications occurred in parturition of pluriparous females.

Keywords: Uterus, Collagen, Macaca mulatta. Parturition. Reproduction.

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Referências

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