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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

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Academic year: 2021

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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO AGRONÔMICO - Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’ Rod. SP330, km 158 C.P. 04, CEP 13490-970 Cordeirópolis, SP, (19) 35461399

MANEJO DE ENTRELINHA DE CITROS COM USO DE BRAQUIÁRIAS E

ROÇADEIRA LATERAL

Responsável:

Fernando Alves de Azevedo Engenheiro Agrônomo, Dr,

PqC - Centro APTA Citros Sylvio Moreira – IAC

Rod. Anhanguera, Km 158, CP 04, Cep 13490-970, Cordeirópolis/SP

Colaboradores:

Dirceu de Mattos Júnior

Engenheiro Agrônomo, Dr,

PqC - Centro APTA Citros Sylvio Moreira – IAC

Sandro Roberto Brancalião

Engenheiro Agrônomo, Dr,

PqC – Centro de Solos e Recursos Ambientais – IAC

RELATÓRIO PARCIAL APRESENTADO À FUNDAÇÃO AGRISUS: (Projeto: 830-11)

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Sumário

Resumo--- 1

1. Introdução--- 2

2. Revisão de literatura--- 4

2.1. Lima ácida Tahiti--- 4

2.2. Manejo da cobertura vegetal em pomares de citros--- 5

3. Objetivos--- 7

4. Material e métodos--- 7

4.1. Ensaio de campo--- 7

4.1.1. Caracterização da área experimental--- 7

4.1.2. Instalação e condução do ensaio--- 8

4.2. Variáveis avaliadas--- 11

4.2.1. Massa seca da parte aérea das braquiárias--- 11

4.2.2. Massa seca das raízes de Brachiária. decumbens e B. ruzizienses--- 12

4.2.3. Umidade do solo na linha dos citros--- 12

4.2.4. Decomposição da matéria seca da parte aérea das duas espécies de braquiárias e liberação de nutrientes--- 13

4.2.5. Produção, eficiência de produção e desenvolvimento vegetativo da lima ácida Tahiti--- 14

4.3. Análises dos resultados--- 15

5. Apresentação e análise dos dados--- 15

5.1. Avaliações das braquiárias--- 15

5.1.2. Massa seca das raízes das braquiárias--- 15

5.2. Umidade gravimétrica do solo--- 19

5.3. Decomposição da matéria seca da parte aérea das duas espécies de braquiárias e Liberação de nutrientes--- 21

5.4. Desenvolvimento vegetativo e produção da lima ácida tahiti--- 26

6. Conclusões--- 29

(3)

1

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi avaliar duas vegetações intercalares, Brachiaria decumbens e B. ruziziensis, manejadas com roçadeiras (convencional e ecológica), com e sem herbicida, nas entrelinhas de pomar de lima ácidas Tahiti. O ensaio foi instalado em 2010, utilizando-se o esquema de parcela sub subdividida, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas foram compostas por dois tipos de braquiárias: Brachiaria decumbens e B.ruziziensis; as sub parcelas por dois tipos de roçadeiras laterais: convencional e ecológica; e as sub sub parcelas: pela aplicação e ausência do herbicida glyphosate na linha de plantio. As braquiárias foram semeadas em janeiro de 2010 e o pomar de lima ácida Tahiti implantado no mês de março desse mesmo ano. As avaliações foram iniciadas em novembro de 2011, juntamente com as primeiras roçagens. Foram avaliadas massa seca (MS) da parte aérea e das raízes das braquiárias, taxa de decomposição e mineralização dos nutrientes (N, P e K), a umidade do solo nos diferentes sistemas de manejos e por fim o desenvolvimento vegetativo (altura e diâmetro) e a produção das plantas de lima ácidas Tahiti. As braquiárias produzem quantidades similares de MS da parte aérea e das raízes e, o uso da roçadeira “ecológica” proporciona maior deposição de MS na linha de plantio. O solo, da linha de plantio manteve-se úmido, por mais tempo, nas parcelas em que as braquiárias foram manejadas com a roçadeira “ecológica”. A espécie Brachiaria ruzizienses se decompõem e libera nutrientes mais rápido; além de reciclar maiores quantidades de fósforo e potássio do solo. A roçadeira “ecológica” proporcionou melhor desenvolvimento vegetativo e consequentemente maior produtividade das plantas de lima ácida Tahiti.

Obs: outras avaliações foram realizadas no período e os dados estão sendo processados e analisados (análise química do solo da linha e entrelinha, compactação do solo e plantas daninhas) e constarão em segundo relatório parcial no mês de agosto.

Palavras-chave: roçadeira lateral, adubação verde, limão Tahiti, taxa de decomposição, umidade do solo.

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2

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é o 2º maior produtor mundial de citros, colheu 20,7 milhões de toneladas (mi t), no ano de 2008, perdendo apenas para a China (23,8 mil t); e o principal produtor de laranja (18 mi t), seguido pelos Estados Unidos (EUA), Índia, México e China (FAO, 2011). Com relação a limões, o país ocupou a 5º posição mundial, em 2010, atrás da Índia, México, Argentina e China (FAO, 2012). O estado de São Paulo responde por 77% da produção brasileira de limões (782,8 mil t), seguido da Bahia (53 mil t) e Minas Gerais (52,8 mil t) (IBGE, 2010). Esses dados comprovam a importância da citricultura no país.

O manejo da entrelinha dos pomares paulistas até a década de 1990 era realizado basicamente com uso de grades e arados (Figura 1 - A e B), gerando: perdas de solo por erosão, compactação, exposição a altas temperaturas e o corte das raízes dos citros (CARVALHO et al, 2005). Para contornar esses problemas, é necessário que o citricultor adote o manejo diferenciado do pomar, realizando controle das plantas daninhas nas linhas com o uso de herbicidas, se necessário, e nas entrelinhas, cobertura vegetal nativa ou introduza que devem ser manejadas com uso de roçadeiras laterais (Figura 1 – C e D).

.

Figura 1. Manejo utilizado no passado, como a gradagem, cortando radicelas e levantando poeira no pomar (A e B) e atual, onde solo é protegido, por meio do uso de roçadeiras laterais com (C) ou sem herbicida (D).

B

A B

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3

A implantação dos sistemas de manejo conservacionistas tem como princípio, a manutenção da cobertura vegetal e de seus resíduos sobre o solo, como uma das estratégias eficazes para aumentar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas (CAIRES et al., 2006). No caso de citros, já implantados, o ideal é fazer a semeadura direta da cultura intercalar, cuja eficácia está relacionada, dentre outros fatores, com a quantidade e qualidade dos resíduos produzidos pelas plantas de cobertura e com a persistência destes sobre o solo (GONÇALVES & CERETTA, 1999). Com isso haverá a manutenção e, ou, incremento dos teores de matéria orgânica, melhorando a disponibilidade de nutrientes (Reicoscky & Forcella, 1998); além de outros benefícios, tais como: a redução da erosão do solo (Carvalho et al.,1990), melhoria dos atributos físicos e do armazenamento de água no solo (CARPENEDO & MIELNICZUCK, 1990).

A cobertura vegetal, mantida na linha, proveniente da roçagem, evita ainda as oscilações de temperaturas no solo, mantendo-o úmido. Também forma uma barreira física impedindo novas infestações de plantas daninhas, e estimula os micro-organismos presentes no solo, acelerando o processo de decomposição e mineralização dos resíduos vegetais (IAPAR, 1985). Porém, esses benefícios bem como a maximização da ciclagem de nutrientes dependem do adequado manejo dos resíduos vegetais produzidos no cultivo (CHAGAS et al., 2007).

A decomposição da biomassa é regulada pela interação de três grupos de variáveis: as condições físico-químicas do ambiente, as quais são controladas pelo clima e pelas características edáficas do sítio; a qualidade (orgânica e nutricional) do substrato, que determina sua degradabilidade; e a natureza da comunidade decompositora, os macro e micro-organismos (CORREIA & ANDRADE, 1999). Para os pomares de citros, dentre as opções de coberturas vegetais, destacam-se as gramíneas. A braquiária-peluda (Brachiaria ruziziensis) tem sido uma boa opção; essa espécie apresenta baixa interferência às plantas de citros, quando comparada às outras braquiárias, como, por exemplo, a B. decumbens. Esse fato deve-se em parte a fatores inerentes a espécie, que no período de baixa precipitação pluviométrica, desidrata e seca, e não concorre por água com as plantas de citros (SANCHES, 1998). Porém, além da definição das espécies de cobertura é necessário elucidar os processos de decomposição e mineralização dos resíduos

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4

vegetais para o estabelecimento de manejos adequados a realidade local, a fim de se obter os benefícios: manutenção da umidade do solo, aumento da fertilidade e por fim incremento na produtividade dos citros.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Lima ácida Tahiti

Segundo Barrett & Rhodes (1976) a origem e distribuição de diversas espécies de citros cultivadas, no mundo, é muito incerta, logo muitas investigações têm sido realizadas por diversos autores. Acredita-se que a lima ácida seja oriunda do arquipélago do leste da Índia, seguindo para o continente indiano, e através dos árabes viajou pelo mar de Oman, posteriormente, foi transportada ao Egito e à Europa e por fim chegou ao continente americano pelos colonizadores (BOWAMAN & GMITTER JUNIOR, 1990).

A lima ácida Tahiti, conhecida popularmente como limão Tahiti, é da família das limas ácidas, é uma espécie pertencente ao gênero Citrus, possui como nome científico Citrus. latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka. Em decorrência a outros países, seu nome acaba por sofrer algumas variações. No México ela é conhecida como limon (limão) Persa, já na Flórida como Tahiti lime, na Califórnia como Bears lime (ROY et al., 1996) e de lima ácida de fruto gruesco na Espanha (GONZALES-MARTINEZ & GARCIA-LEGAZ, 1990).

Ao se falar em qualidade de fruto, o mercado consumidor de Tahiti é muito exigente; exigindo uma junção de características, como: frescor e teor de suco dos frutos, caracterizadas pelo aspecto da casca do fruto, que deve possuir uma coloração verde e brilhante, para que ocorra uma boa impressão, ser fina, lisa, e levemente macia, tudo isso para a comprovação do teor de suco. Outra característica indispensável da lima ácida Tahiti, é o aroma especial das limas, proveniente das glândulas de óleo essencial, que garante boa qualidade ao fruto (GAYET & SALVO FILHO, 2003).

Diferente de outras variedades de citros, a lima ácida Tahiti não possui variedades e sim clones, onde os mais comercializados são o IAC-5 ou Peruano e o Quebra-Galho (COELHO, 1993). Com relação às características da planta, o IAC-5,

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5

é um clone nucelar que possui alta produtividade e resistência ao vírus da tristeza, com plantas de porte elevado, ausência de fissuras na casca do tronco e ramos, além de menor incidência de hipertrofia do cálice das flores (FIGUEIREDO, 1991).

2.2 Manejo da cobertura vegetal em pomares de citros

Os solos de ambientes tropicais são os mais expostos à erosão, principalmente hídrica. Ela tem sido um dos principais fatores responsáveis pela redução da matéria orgânica nos solos, e é apontada pelos agricultores como uma das causas da baixa produtividade das culturas agrícolas. Além disso, solos descobertos ou expostos a intensa mobilização estão sujeitos a maior perda de água por evaporação, reduzindo a umidade do mesmo. A adoção de sistemas de manejo do solo que visem o controle da erosão e o maior aproveitamento de água, evitando-se o escoamento superficial e a evaporação, são práticas fundamentais para o uso racional dos recursos naturais e para a manutenção da produtividade das culturas (Perin et al., 2000).

Diversos são os tratos culturais adotados para manejar as entrelinhas e as linhas dos pomares cítricos, entre eles está o uso de herbicidas (método químico) aplicados tanto em pré como em pós-emergência (Carvalho et al., 2001), em consórcio com a utilização de roçadeira lateral (método mecânico e cultural). O uso de roçadeira é uma prática recentemente adotada na citricultura paulista, onde se faz o manejo da entrelinha dos pomares, aproveitando-se a vegetação espontânea e,ou, introduzida, em benefício da cultura (TERSI, 2001).

A manutenção da cobertura vegetal do solo quando bem empregada, pode trazer vantagens, ao solo, tais como: diminuir o impacto da radiação solar direta; melhorar condições físicas e biológicas, devido ao maior aprofundamento das raízes; aumentar o teor de matéria orgânica e nutrientes; contribuir para o controle de plantas daninhas, pragas e doenças (IAPAR, 1985). Além da manutenção da vegetação na entrelinha do pomar, o seu manejo também é muito importante; nesse caso a roçagem é o mais utilizado, a mesma mantém a umidade e a produção de massa verde, além de facilitar a locomoção dentro dos pomares (EMBRAPA, 2006).

Com o aumento da mecanização, grande número de citricultores tem optado por manejar a vegetação intercalar de seus pomares com roçadeira lateral tipo

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“ecológica” que lança toda massa vegetal da entrelinha para a linha de cultivo, ou seja, sob a copa das plantas de citros (FIGURA 2).

Figura 2. Entrelinhas de citros manejadas com: A – roçadeira lateral convencional (palha na entrelinha) e; B – com roçadeira ‘ecológica’ (palha na linha de plantio dos citros).

No Brasil o plantio de braquiária (Brachiaria decumbens) é utilizado como uma prática conservacionista do solo, por meio da sua semeadura, ou manutenção em áreas que a planta já existe (SOUZA et al., 2003). Muitos são os casos, onde as pastagens são reformadas ou substituídas por culturas anuais e perenes, através do sistema de plantio direto, cultivo mínimo ou pela incorporação da palhada de braquiárias no solo em sistema convencional (SOUZA et al., 2006).

A escolha da vegetação intercalar e os critérios de manejo dependem do sistema de produção em que estão inseridos, sendo, que a decomposição e a liberação de nutrientes deve ocorrer de forma sincronizada com a demanda das plantas que receberão a adubação (CALEGARI, 2002). Nesse contexto, o conhecimento sobre a decomposição das plantas de cobertura e a dinâmica de liberação de nutrientes é muito importante, especialmente quando utilizados em pré-cultivos ou consorciados com a cultura de interesse.

Diversos fatores estão relacionados com a decomposição e liberação de nutrientes dos resíduos, tais como a atuação de macro e micro-organismos decompositores, as características químicas do material, o manejo e as condições edafoclimáticas da região, tais como temperatura, umidade, pH e nutrientes do solo (CORREIA & ANDRADE, 1999).

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Nesse sentido, há necessidade de se encontrar um equilíbrio entre os aspectos de decomposição, proteção do solo, manutenção da umidade e liberação de nutrientes. Embora as características das plantas de cobertura já sejam bem caracterizadas, a velocidade com que os nutrientes associados à biomassa vegetal tornam-se disponíveis às culturas é ainda pouco conhecida e explorada. Para tanto, o desafio é conhecer as taxas de decomposição dos resíduos e liberação de nutrientes, principalmente para gramíneas.

3 OBJETIVOS

Esse projeto teve por objetivo, geral, avaliar duas vegetações intercalares, na entrelinha de pomar de lima ácida Tahiti: a Brachiaria decumbens e b. ruziziensis, manejadas com roçadeiras (convencional e ecológica) e herbicida.

Os objetivos específicos foram avaliar efeito dos tratamentos na (o): (i) fitomassa seca da parte aérea e das raízes das braquiárias; (ii) umidade do solo nos diferentes manejos;

(iii) decomposição e liberação de nutrientes dos resíduos vegetais das braquiárias;

(iv) desenvolvimento vegetativo e produtivo da lima ácida Tahiti;

4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Ensaio de campo

4.1.1. Caracterização da área experimental

A área experimental está localizada no Sítio Lagoa Bonita, no município de Mogi Mirim/SP, a 22º 25’ de latitude S e 47º 09’ de longitude W. As características químicas do solo foram verificadas por meio de análises de amostras coletadas a 20 cm de profundidade, na linha dos citros, após implantação do ensaio (2010), posterior a correção do mesmo seguiram as determinações e a metodologia descrita por RAIJ et al. (2001). Os resultados da análise inicial do solo estão descritos na Tabela 1.

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8 0 5 10 15 20 25 30 35

mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

T em p er a tu ra ( ºC ) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 P re ci p it a çã o ( m m )

Precipitação (mm) Temperatura Mínima

Temperatura Máxima

Tabela 1 - Atributos químicos do solo da área experimental (Sítio Lagoa Bonita, Mogi Mirim/SP, 2010).

M.O. pH P K Ca Mg H+Al SB CTC V%

g dm-3 CaCl2 mg dm

-3

---(mmolc dm-3)--- %

23 5,7 41 1,3 42 11 12 54,3 66,3 82

Dados médios mensais da temperatura (máxima e mínima) e precipitação pluvial, do período experimental, foram obtidos junto à Estação Meteorológica da empresa Dow AgroSciences, que está à 5 Km da área experimental e estão demonstrados na Figura 3.

Figura 3. Temperaturas máximas e mínimas e precipitação pluvial média durante o período experimental (Mogi Mirim/SP – Estação Meteorológica Dow AgroSciencies, 5 Km do ensaio).

4.1.2. Instalação e condução do ensaio

Inicialmente realizou-se semeadura (outubro de 2010), a lanço, de duas espécies de braquiárias - Brachiaria decumbens e b. ruziziensis, utilizando-se 14 e 12 kg de sementes por hectare, respectivamente. Cada espécie contou com área aproximada de um hectare.

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Algumas características das duas espécies implantadas seguem abaixo: a) Brachiaria decumbens: gramínea rústica, anual, entouceirada ereta, resistente à seca e pouco exigente em fertilidade. Recomenda o plantio em linhas espaçadas entre si de 30-50 cm ou então a lanço, numa profundidade máxima de 2 cm, sendo necessárias de 10 a 12 kg de sementes por hectare. Possui ciclo perene e cresce na forma decumbente é de porte baixo (aproximadamente 1 m). Produz entre 10 e 15 toneladas de matéria seca por ano (aproximadamente 35-45 t de massa verde por ano);

b) Brachiaria ruziziensis: gramínea rústica, anual, entouceirada ereta, resistente à seca e pouco exigente em fertilidade. Recomenda-se o plantio em linhas espaçadas entre si de 30-50 cm ou então a lanço, numa profundidade máxima de 2 cm, sendo necessárias de 10 a 16 kg de sementes por hectare. Possui ciclo perene e cresce na forma cespitosa (touceira) é de porte baixo (aproximadamente 1,20 m). Produz entre 14 e 15 toneladas de matéria seca por ano (aproximadamente 40-50 t massa verde por ano).

Estas espécies foram escolhidas, pois possuem hábito de crescimento compatível com a cultura do citros. A espécie B. ruziziensis já vem sendo utilizada por alguns citricultores, porém de forma esporádica e individual, enquanto que a B. decumbens, ocorre, em geral, naturalmente em muitos pomares da região do ensaio. Após o estabelecimento das espécies de braquiárias, realizou-se, em março de 2010, a implantação do pomar de citros - com plantas de lima ácida Tahiti [Citrus latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka], enxertadas sobre citrumelo Swingle [Citrus paradisi Macf. × Poncirus trifoliata (L.) Raf.], em espaçamento de 7,0 x 4,0m. Destaca-se que para o plantio dos citros, optou-se por fazê-lo em sistema de cultivo mínimo, ou seja, o preparo do solo ocorreu apenas nas linhas de plantio com subsolador. O pomar ficou distribuído em doze linhas, contendo 64 plantas cada, sendo seis linhas para cada lote de braquiária, perfazendo um total de 768 plantas.

Para locação do ensaio, cada parcela contou com 24 plantas de lima ácida Tahiti, distribuídas em três linhas, oito plantas cada. O delineamento experimental estabelecido foi de parcelas sub subdivididas, conforme esquema abaixo.

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Parcela Sub parcela Sub subparcela

Tipo de cobertura Manejo da entrelinha Controle de plantas daninhas na linha

Glyphosate Roçadeira convencional Sem glyphosate

Glyphosate Brachiaria ruziziensis

Roçadeira ecológica Sem glyphosate

Glyphosate Roçadeira convencional Sem glyphosate

Glyphosate Brachiaria decumbens

Roçadeira ecológica Sem glyphosate

O manejo (corte) das braquiárias iniciou-se no mês de dezembro de 2011 com uso de roçadeiras:

(i) convencional: que mantém toda a massa verde roçada no local – entrelinha e;

(ii) “ecológica”: projeta todo o material roçado para a linha dos citros, sob a projeção da copa das plantas de citros;

Posteriormente, mais duas roçagens foram realizadas, em fevereiro e abril de 2012, respectivamente. Nessas mesmas datas aplicou-se glyphosate (5L /há-¹) nas parcelas com controle de plantas daninhas.

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4.2. Variáveis avaliadas

4.2.1. Massa seca da parte aérea das braquiárias

A primeira avaliação ocorreu antes da 1ª roçagem, no mês dezembro de 2011 e outras duas em fevereiro e abril de 2012, respectivamente. Inicialmente cortou-se a vegetação intercalar (braquiárias), com auxílio de uma roçadeira motorizada de mão, simulando o uso de uma roçadeira acoplada em um trator, em quatro pontos distintos na parcela (entrelinha), utilizando-se um gabarito com 0,25 m² de cada lado, totalizando 1m². Nas mesmas datas, após a roçagem (dois tipos de roçadeiras), foram coletadas as amostras, na linha das plantas de Tahiti, também em quatro pontos por parcela utilizando o mesmo gabarito, descrito acima (Figura 4).

As amostras da linha e entrelinha foram pesadas (massa fresca) em balança, com precisão de 2g e na sequência subdivididas em quatro subamostras em sacos de papel e novamente pesadas e posteriormente foram mantidas em estufa à 60 ±3 °C, por 48 horas até atingir massa c onstante, sendo, então verificadas as massas secas. Os valores médios das subamostras foram extrapolados para calcular-se os dados referentes a amostra total (1m2).

Figura 4. Vista geral do experimento, com representação da entrelinha com braquiária e linha com plantas de lima ácida Tahiti (Mogi Mirim/SP, fevereiro/2012).

1 ha Tahiti = 2880 m2 (linha) e 7120 m2 (entrelinha)

Linha (2 m) Linha (2 m)

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12

Com os valores da massa seca das amostras calculou-se a produção de massa seca em tonelada por hectare, produzida na entrelinha e projetadas para linha, para fins de análise estatística. Como o espaçamento entre linhas foi de 7 metros nesse ensaio, e as plantas de lima ácida Tahiti estão com, aproximadamente, 2 metros de diâmetro, considerou-se faixa útil na entrelinha de 5 metros, assim, num hectare temos 7120 m2 de entrelinha e o restante ocupado com a linha (2880 m2).

4.2.2. Massa seca das raízes de Brachiária decumbens e B. ruzizienses

Para a avaliação das raízes das braquiárias foram abertas mini-trincheiras (março/2012) de 30x30 cm, nas profundidades: 0-10 cm, 10-20 cm, nas entrelinhas das parcelas (braquiárias) e subparcelas (roçadeiras). Assim, nesse ensaio em específico, as sub subparcelas corresponderam às diferentes profundidades de amostragem.

Após coletadas, as amostras foram levadas para o Laboratório de Fisiologia da Produção no Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC, localizado em Cordeirópolis/SP e na sequência o solo foi peneirado e as raízes separadas para a avaliação da massa radicular. Após essa operação as amostras, com as raízes, foram levadas à estufa (60 ±3 °C) por dois dias até atingir massa constante, sendo, então pesadas em balança, com precisão de 0,5g, para obtenção da massa seca das amostras. Para fins de análise estatística os dados foram transformados em gramas m-2.

4.2.3. Umidade do solo na linha dos citros

A umidade do solo foi determinada pelo método convencional - gravimétrico (EMBRAPA, 1997), as amostras de solo foram retiradas nas linhas de citros, na profundidade de 0-20 cm, com auxílio de trado de rosca.

Essa avaliação foi realizada num período de veranico, iniciada logo após uma chuva, entre os dias 18 e 24 do mês de novembro/2011, em intervalos de dois dias, totalizando quatro amostragens. As amostras de solo coletadas foram acondicionadas em cápsulas de alumínio (10 g), pesadas antes e após secagem em

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estufa 60 ±3 °C por 48 h. Por diferença de massa, c alculou-se a porcentagem de umidade do solo.

4.2.4. Decomposição da matéria seca da parte aérea das duas espécies de braquiária e liberação de nutrientes

As taxas de decomposição das braquiárias foram avaliadas pela perda de matéria seca dos resíduos colocados sobre o solo até 150 dias após o corte. Inicialmente, 32 amostras da parte aérea de cada espécie de braquiária, contendo 100g de massa fresca, foram depositadas sobre o solo na projeção da copa das plantas de Tahiti (Figura 5), e posteriormente cobertas por tela de nylon com dimensão de 20 x 30 cm e malha de 4 mm2, metodologia adaptada da técnica de bolsas de decomposição (“litter bags”) descrita por BOCOCK & GILBERT (1957).

Figura 5. Telas de nylon protegendo amostras de bráquiárias sob a copa de lima ácida Tahiti no experimento de decomposição da palhada e liberação de nutrientes (Mogi Mirim/SP, novembro/2011).

Aos 15, 45, 90, 120 e 150 dias após a instalação do experimento, quatro amostras de cada braquiária foram retiradas, limpas com o auxílio de um pincel, para evitar acúmulo de solo, e secas em estufa à temperatura de 60 ±3 °C até alcançar massa constante, sendo então pesadas para determinar a taxa de decomposição e posteriormente moídas e encaminhadas ao Laboratório de Análises Químicas da UFSCar, para determinação de nutrientes remanescentes (nitrogênio, fósforo e potássio), em cada época. No caso específico da liberação de nutrientes, análises

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foram realizadas com as amostras coletadas aos 0, 5, 15 30 e 60 dias após a instalação do ensaio.

Determinaram-se, então, as taxas de decomposição e liberação dos nutrientes para cada uma das espécies de braquiárias, utilizando-se o modelo matemático exponencial, descrito por Thomas & Asakawa (1993): C = Co e–kt. Em que C é a quantidade de matéria seca ou nutriente remanescente após um período de tempo t, em dias; Co é a quantidade de matéria seca ou nutriente inicial. O tempo de meia vida (T ½ ), ou seja, o tempo necessário para perder metade da biomassa vegetal e liberar a metade dos nutrientes existentes no tempo inicial foi calculado a partir dos valores de k, constante do modelo matemático, onde: T ½ = Ln 0,5 k-1.

4.2.5. Produção, eficiência de produção e desenvolvimento vegetativo da lima ácida Tahiti

Verificou-se a produção das plantas úteis de cada tratamento, quatro plantas centrais, com auxílio de balança de campo (precisão 5g), obtendo-se a massa total dos frutos por planta (kg planta-1).

Para se obter a eficiência de produção (kg de fruto m-³ de copa), inicialmente mediu-se o desenvolvimento vegetativo das plantas colhidas, com auxílio de régua graduada, obtendo-se altura, diâmetro de copa e a partir dessas medidas, calculou-se o volume da copa (V), que foi determinado com bacalculou-se na fórmula:

V= 2/3 π R² H onde;

R= raio médio da copa; H= altura da planta.

Posteriormente, dividiu-se os valores totais de massa dos frutos de cada planta pelo seu respectivo volume de copa, obtendo-se assim a eficiência de produção (kg de fruto.m-³ de copa), que foi transformado também em tonelada de fruta hectare-1 (multiplicando pelo total de plantas hectare-1 = 400). Além disso, contaram-se o número total de frutos colhidos.

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4.3. Análises dos resultados

Todos os dados, exceto: umidade, decomposição e liberação de nutrientes, foram submetidos à análise de variância e posterior teste de comparação de médias (Tukey - 5%), pelo programa ESTAT, do departamento de Ciências Exatas da UNESP, Campus de Jaboticabal.

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

5.1 Avaliações das braquiárias

5.1.1 Massa seca da parte aérea das braquiárias

Na Tabela 2 observam-se os resultados de produção de massa seca (MS) da parte aérea das duas braquiárias, na entrelinha, num acumulativo de três roçagens, e projetada na linha do ensaio.

Tabela 2 - Massa seca da parte aérea de Brachiaria ruziziensis e B. decumbens, acumulativo de três cortes, produzida na entrelinha e projetada na linha de plantio da lima ácida Tahiti (Mogi Mirim/SP, novembro de 2011 a março de 2012)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças sinificativas (teste F – 1 e 5%).

Massa Seca (t ha-1) Causa de Variação

Entrelinha Projeção

Vegetação Intercalar (A) NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 8,5 a1 10,9 a 2,6 a 3,4 a Roçadeira (B) NS ** Roçadeira ‘ecológica’ 5,1 a Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 9,2 a 10,0 a NS NS 9,3 a 9,7 a NS NS 0,9 b NS NS 3,5 a 2,5 a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS

(18)

16

Não houve diferenças para os valores de massa seca (MS) entre as duas braquiárias e nos tratamentos com e sem herbicida. Observa-se, apenas, acúmulo de MS - 5,6 vezes maior, na linha dos citros (projeção), quando se utilizou a roçadeira lateral tipo ‘ecológica’ (Tabela 2 e Figura 6). Isso ocorreu em decorrência da forma de trabalho desse equipamento agrícola, que segundo KAMAQ (2011), é projetado para fazer uso de técnicas de manejo sustentável, pois possui como característica principal, lançar os resíduos vegetais (mato), sob as copas das plantas, proporcionando dessa forma, maior retenção de umidade, redução do uso de herbicidas e consequentemente maior proteção do solo.

Figura 6. Matéria seca, da parte aérea das duas braquiárias, acumulada após três roçagens (t ha-1), na linha de plantio da lima ácida Tahiti, após serem manejadas com roçadeira ecológica e convencional (Mogi Mirim/SP, novembro/2011 a abril/2012).

Rossêtto (2009) trabalhando com diferentes adubos verdes de inverno e roçadeiras, obteve resultados, com o uso da “ecológica”, semelhantes ao desse trabalho, computando o dobro massa verde (na linha), em comparação ao uso da roçadeira convencional na entrelinha dos citros, evidenciando a eficiência da roçadeira “ecológica” em projetar os resíduos vegetais sob a copa das plantas, removendo toda a vegetação da entrelinha e acumulando-a embaixo das plantas de citros.

Trabalho realizado por Bauer et al. (2011) mostra produção de massa seca

Ecológica

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17

da parte aérea, das mesmas braquiárias, semelhante aos obtidos no presente estudo e os autores descrevem, ainda, que mesmo pertencendo ao mesmo gênero, essas forrageiras apresentaram características estruturais diferentes, provavelmente em função das respostas adaptativas às condições de ambiente e de manejo também diferenciadas. Um exemplo é descrito por Sanches (1998) que descreve a braquiária-peluda (Brachiaria ruziziensis) como boa opção para o plantio intercalar, sendo pouco concorrente às plantas de citros, quando comparada a B. decumbens. Segundo o mesmo autor, no período da seca, a B. ruziziensis não concorre por água, pois desidrata e seca antes dos citros sofrerem qualquer estresse hídrico.

Valores próximos de MS foram observados por Forli (2003) com Brachiaria decumbens implantada em pomar de laranjeira doce (6 t ha-1), após dois cortes. Arruda et al. (1987) verificaram que a produção de MS da parte aérea entre 3,3 e 8,4 t ha-1 para Brachiaria decumbens. Já Carvalho (2005) relata produções que variaram de 2,42 a 8,0 t ha-1. Dessa forma, pode-se considerar alta a produção de MS da parte aérea das braquiárias nesse ensaio, pois variou entre 8,5 e 10,9 t ha-1, após três cortes.

5.1.2 Massa seca das raízes das braquiárias

Os resultados da massa seca do sistema radicular das diferentes braquiárias, realizada no mês de março de 2012, estão descritos na Tabela 3 e demonstrados na Figura 6 a seguir.

(20)

18

Tabela 3 - Massa seca do sistema radicular de Bachiaria ruziziensis e B. decumbens na entrelinha do ensaio de lima ácida Tahiti – manejada com roçadeira ‘ecológica’ e convencional, em diferentes profundidades (Mogi Mirim/SP, março de 2012)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças significativas (teste F – 1 e 5%).

As duas braquiárias mostraram comportamento semelhante com relação ao desenvolvimento radicular (Figura 7), não se evidenciando diferenças no manejo proposto com roçadeiras convencional e “ecológica”. Nota-se, apenas, diferença em profundidade, como esperado, uma vez que a camada de 0-10 cm do solo apresenta melhores características físico-químicas para o desenvolvimento das raízes. Rosa et al. (1997) avaliando as mesmas espécies, também não observaram diferenças significativos nesse parâmetro.

Causa de Variação Raiz

(g m-2)

Vegetação intercalar (A) NS

B. ruziziensis B. decumbens 144,7 a1 197,9 a Roçadeira (B) NS Roçadeira ‘ecológica’ Roçadeira convencional (A)x(B) Profundidade(C) 0-10cm 10-20cm (A)x(C) (B)x(C) 152,3 a 190,2 a NS ** 256,6 a 85,9 b NS NS (A)x(B)x(C) NS

(21)

19

Figura 7. Volume produzido de raízes das braquiárias à 10 (A) e 20 cm (B) de profundidade (Mogi Mirim/SP, março/2012). (Legenda: BDE = Brachiaria decumbens x roçadeira ‘ecológica’; BDC = B. decumbens x roçadeira convencional; BRE = B. ruziziensis x roçadeira ‘ecológica’; BRC = B. ruziziensis x roçadeira convencional).

Broch (2000) relata que além da produção de biomassa da parte aérea, espécies do gênero Brachiaria possuem sistema radicular bastante volumoso, causando melhoras na estrutura do solo, como: rompimento de camadas adensadas e compactadas ao longo do tempo; aumento do teor de matéria orgânica do solo; incremento da capacidade de infiltração de água; inibição da germinação e do crescimento de plantas invasoras seja por efeitos alelopáticos ou pela competição por luz.

5.2. Umidade gravimétrica do solo

A umidade do solo foi maior, em duas datas (20 e 21/11), no tratamento manejado com roçadeira ‘ecológica’, onde a linha dos citros foi mantida coberta por resíduos vegetais resultante da deposição da palhada das braquiárias (Tabela 4). Demonstrando que a permanência da vegetação, cobrindo a linha dos citros,

A

B

(22)

20

aumenta a capacidade de conservação do solo, atuando de forma protetora na perda de água do solo (WAGNER JÚNIOR et al. 2006).

Tabela 4 - Umidade gravimétrica do solo (%) na profundidade de 0-20 cm, nos diferentes manejos propostos em quatro datas distintas (Mogi Mirim/SP, novembro/2011)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças significativas (teste F – 1 e 5%).

Quando o solo permanece coberto tem maior proteção contra os raios solares, efeitos da chuva e enxurradas, além de permitir maior infiltração de água; ao contrário, com o solo desprotegido, o volume de água que escoa na superfície é maior, além da perda de água por evaporação (MONEGAT, 1991).

Soares et al. (2002) avaliando a infiltração de água na profundidade de 0-20 cm do solo com laranjeiras Pêra, descrevem maiores valores de infiltração acumulada de água em área mantida com cobertura vegetal no solo. Segundo os autores, em áreas com controle de plantas daninhas com herbicida, durante todo o ano, foram obtidos os piores resultados de água no solo. Fato, também observado nesse ensaio (1ª data).

De acordo com Gravena (1993), as plantas de cobertura, quando adequadamente manejadas, são importantes aliadas para melhoria da estrutura e porosidade do solo, protegendo-o da erosão e aumentando a infiltração de água no

Causa de Variação 18/11 20/11 22/11 24/11

Vegetação intercalar (A) ** NS NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 11,18a1 12,11b 9,86a 10,72a 9,10a 9,17a 8,64 a 8,41a Roçadeira (B) NS ** * NS

Roçadeira ‘ecológica’ 10,60 a 9,78a 8,69 a

Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 11,81a 11,48a NS NS 11,83a 11,46a NS NS 9,98b NS NS 10,33a 10,24a NS NS 8,49b NS NS 9,26a 9,01a NS NS 8,36a NS NS 8,76a 8,29a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS

(23)

21

solo, além de melhorar a capacidade de conservação da umidade do mesmo, como observado nesse experimento com uso de roçadeira lateral tipo ‘ecológica.

Agrupando-se os dados dos tratamentos com roçadeira convencional e ‘ecológica’, evidenciou-se a maior retenção de água, nas parcelas com manutenção da linha dos citros coberta com resíduos das braquiárias utilizando-se a roçadeira “ecológica”, como pode ser observado na Figura 8, abaixo.

Figura 8. Porcentagem de água no solo durante uma semana de avaliação em parcelas com dois tipos de roçadeiras (convencional e ecológica) – Mogi Mirim/SP (novembro/2011).

5.3. Decomposição da matéria seca da parte aérea das duas espécies de braquiárias e liberação de nutrientes

A Brachiaria decumbens apresentou menor decomposição de massa seca quando comparada com a Brachiaria ruziziensis (Figura 9). O tempo necessário para a decomposição de metade dos resíduos vegetais, tempo de meia vida, foi de 63 para a Brachiarias decumbens e de 53 dias para a B. ruziziensis (Tabela 5).

(24)

22

Figura 9. Porcentagem de matéria seca da parte aérea das braquiárias até 150 dias após instalação do ensaio (Mogi Mirim/SP, novembro/2011 a abril/2012).

Tabela 5 - Equações das estimativas da decomposição da massa seca com as respectivas constantes de decomposição (k) em função do tempo (t) de decomposição e tempo de meia vida (T½) das braquiárias (Mogi Mirim/SP, 2011/2012) Espécies Cortes dias Equação t T½ R2 B. decumbens 150 y = 41,241e-0,011x -0,011 63,01 R² = 0,869 B. ruziziensis 150 y = 51,159e-0,013x -0,013 53,32 R²= 0,947

Torres et al. (2005) relatam o tempo de meia-vida para decomposição de resíduos de Brachiaria brizantha variando entre 50 e 62 dias, muito próximos aos valores obtidos no presente trabalho. Torres & Rodrigues (2008) descreveram taxas de decomposição de braquiárias, superiores as desse experimento e também a outras espécies como o milheto, o sorgo, a crotalária, aveia e o guandu. Já Marasca

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23

et al. (2011) relataram o tempo ½ vida de 70 dias para os resíduos de B. ruziziensis nas condições do estado de Goiás.

A composição química dos resíduos vegetais da parte aérea das braquiárias, por ocasião da instalação do ensaio de decomposição, revelou teores de nitrogênio similares nas duas espécies (Figura 9-A). Já para fósforo (P) e potássio (K), maiores valores iniciais foram observados na Brachiaria ruziensis (Figura 9B-C). Marasca et al. (2011) também relatam altos valores de K na fitomassa da parte aérea de B. ruziziensis, porém, esses foram inferiores (10,2 g Kg-1) aos observados nesse trabalho.

Rosa et al. (1997) trabalhando com as mesmas braquiárias, observaram valores de P, entre 1,9 a 2,6 mg Kg-1, na fitomassa da parte aérea de Brachiaria decumbens e 1,6 a 2,7 mg Kg-1 em B. ruziziensis; com relação ao potássio observaram valores entre 7,3 e 13,2 mg Kg-1.

Com relação à liberação dos nutrientes, observa-se que essa foi muito rápida para K, (Figura 10-B); o tempo de meia-vida foi de 12 e 13 dias, para as Brachiarias ruziziensis e B. decumbens, respectiviamente; indicando que a lixiviação foi um dos principais mecanismos de transferência de K para o solo, uma vez que ele não é componente estrutural de compostos das plantas e a mineralização não é um pré-requisito para sua liberação (Gama-Rodrigues & Barros, 2002; Costa et al., 2005). Estudos mostram a rápida velocidade de liberação de K, independente da espécie envolvida e época de corte, e destacam que tal fato está associado, provavelmente, à natureza do nutriente, que ocorre na forma iônica nas plantas, não participando de nenhuma estrutura orgânica (ANDRADE, 1997). Espíndola et al. (2006) relataram tempo de meia-vida, menores que 13 dias, para diversas plantas de coberturas implantados (amendoim forrageiro, cudzu tropical e siratro) nas entrelinhas de bananeiras e corroboram os resultados obtidos nesse ensaio, como pode ser visto na Figura 10.

O tempo de liberação de metade do fósforo presente inicialmente nos resíduos vegetais seguiu o mesmo padrão da decomposição da massa seca, 53 e 58 dias para as espécies B. ruziziensis e B. decumbens, respectivamente (P – Figura 10-B) (Tabela 6). Em um experimento conduzido no noroeste do estado do

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24

Rio de Janeiro o tempo de meia vida do P foi de 112 dias para a B. decumbens (Gama-Rodrigues et al.,2007),valor bem superior ao verificado nesse trabalho.

Para o nitrogênio o tempo de meia vida foi de 29 e 35 dias para as espécies B. ruziziensis e B. decumbens, respectivamente (N – Figura 10-A) (Tabela 6). A liberação do nitrogênio foi mais rápida que a decomposição da massa seca.

O tempo de meia vida do N de resíduos de B. brizantha, verificado em Uberaba-MG foi de 60 dias (Torres et al., 2005); para a B. decumbens verificou-se o tempo de meia vida de 131 dias (GAMA-RODRIGUES et al., 2005). Vale ressaltar que a relação C/N dos materiais avaliados foi diferente, a B. brizantha apresentou relação C/N de 16,1 (Torres et al., 2005); e a B. decumbens de 31 (GAMA-RODRIGUES et al., 2005). A relação C/N pode variar em função das características das espécies vegetais, da época de manejo das espécies (mais novas, ou, mais velhas) e das condições de fertilidade do solo. Além, disso as diferenças observadas no tempo de decomposição e mineralização dos resíduos vegetais também podem ser influenciado pelas condições climáticas locais, principalmente precipitação e temperatura.

Tabela 6 - Equações das estimativas da mineralização do nitrogênio, fósforo e potássio com as respectivas constantes de decomposição (k) em função do tempo (t) de decomposição e tempo de meia vida (T½) das braquiárias (Mogi Mirim/SP, 2011/2012). Espécies Cortes dias Equação k T½ R2 ---Nitrogênio--- B. decumbens 60 y=20,666e-0,02x -0,02 34,66 0,859 B. ruziziensis 60 y = 19,146e-0,024x -0,024 28,88 0,892 ---Fósforo--- B. decumbens 60 y = 1,766e-0,012x -0,012 57,76 0,832 B. ruziziensis 60 y = 1,838e-0,013x -0,013 53,32 0,785 ---Potássio--- B. decumbens 60 y = 20,055e-0,056x -0,056 12,38 0,908 B. ruziziensis 60 y = 17,106e-0,054x -0,054 12,84 0,835

(27)

25

Figura 10. Liberação de nitrogênio (A), fósforo (B) e potássio (C), da matéria

seca da parte aérea de B. decumbens e B. ruziziensis, até 60 dias após instalação do ensaio (Mogi Mirim/SP, novembro/2011 a janeiro/2012).

Tempo, dias

A

C B

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26

5.4 Desenvolvimento Vegetativo e Produção da lima ácida Tahiti

Na Tabela 7 observa-se que as plantas de lima ácida Tahiti apresentaram maior altura e volume de copa nas parcelas com roçadeira “ecológica”.

Tabela 7 - Altura, diâmetro e volume de copa das plantas de lima ácida Tahiti nos diferentes tratamentos (Mogi Mirim/SP, 2012)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças sinificativas (teste F – 1 e 5%).

Na literatura há relatos de possível efeito alelopático da braquiária decumbens. De acordo com Souza et al. (2006) plantas de milho, arroz, trigo, soja, feijão e algodão cultivadas em solos onde se incorporou matéria seca de B. decumbens, reduziram o tamanho das plantas. No entanto nesse trabalho não se evidenciou efeitos maléficos da Brachiaria decumbens sobre as plantas de lima ácida Tahiti.

Souza Filho et al. (2005) e Strobel (2001), relataram a existência de aleloquímicos como o ácido p-cumárico produzido pelo capim Brachiaria humidicola e o ácido aconítico. Souza et al. (1997), constatou uma redução na altura das mudas enxertadas com limão siciliano (Citrus limon), plantadas em antigas pastagens de B. decumbens, fato este que não ocorreu em mudas dessa espécie, na mesma linha de plantio, porém plantadas em antigas pastagens de setária (Secaria geniculata). Causa de Variação Altura (m) Diâmetro (m) Volume de Copa (m³)

Vegetação intercalar (A) NS NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 2,00 a1 1,97 a 1,93 a 1,88 a 12,06 a 11,53 a Roçadeira (B) * NS * Roçadeira ‘ecológica’ 1,95 a 12,75 a Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 2,04 a 1,92 b NS NS 1,96 a 2,00 a NS NS 1,86 a NS NS 1,87 a 1,94 a NS NS 10,84 b NS NS 11,13 a 12,45 a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS

(29)

27

Por sua vez o uso da roçadeira “ecológica” proporcionou maior altura, volume de copa e produção das plantas de lima ácida Tahiti (Tabela 8). Essa roçadeira tem por característica cortar a vegetação intercalar e projetar toda massa vegetal na projeção da copa das plantas de citros, acarretando maior quantidade de resíduo vegetal e beneficiando a cultura principal, devido a uma séria de fatores descritos no decorrer desse trabalho, como manutenção da umidade do solo e liberação de nutrientes.

Tabela 8 - Produção das plantas de lima ácida Tahiti nos diferentes tratamentos (Mogi Mirim/SP, 2011)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não significativo (teste F); * diferença significativa (teste F – 5%); ** diferenças sinificativas (teste F – 1 e 5%).

Estudos científicos e relatos práticos demonstram que o uso de adubos verde ou plantas de cobertura, desempenham ações em diferentes aspectos da fertilidade do solo, tais como: proteção do solo contra os impactos das chuvas e também da incidência direta dos raios solares; rompimento de camadas adensadas e compactadas ao longo do tempo; aumento do teor de matéria orgânica do solo; incremento da capacidade de infiltração de água; inibição da germinação e do crescimento de plantas invasoras seja por efeitos alelopáticos ou pela inibição da competição por luz (VON OSTERROHT, 2002). Segundo Broch (2000), além da produção de biomassa da parte aérea, espécies do gênero Brachiaria possuem Causa de Variação Frutos planta-1 Kg fruto planta-1 Frutos m-3 t frutos ha-1

Vegetação intercalar (A) NS NS NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 151,29 a1 163,38 a 11,14 a 12,95 a 12,22 a 14,28 a 4,54 a 5,28 a Roçadeira (B) ** ** ** ** Roçadeira ‘ecológica’ 16,57 a 16,82 a 6,76 a Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 216,38 a 103,29 b NS ** 120,04 b 199,63 a NS NS 7,52 b NS ** 9,17 b 14,92 a NS NS 9,68 b NS * 10,82 b 15,67 a NS NS 3,07 b NS ** 3,74 b 6,09 a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS

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28

sistema radicular bastante volumoso, causando melhoras na estrutura do solo, citadas anteriormente.

O manejo com roçadeira ecológica apresentou os melhores resultados em relação ao vigor e à produção da lima ácida Tahiti (Tabelas 7 e 8 e Figura 11); resultados estes, que podem ser explicados pela ausência do efeito alelopático, até o momento, das braquiárias utilizadas, e pelo efeito benéfico que o manejo com roçadeira “ecológica” proporciona. Como a manutenção da umidade do solo e a extração e mobilização de nutrientes das camadas mais profundas do solo (Von Osterroht, 2002), favorecendo um maior desenvolvimento da planta e uma maior produção.

Figura 11. Plantas do tratamento com Brachiaria ruziziensis, convencional com herbicida (esquerda) e com roçadeira ‘ecológica’ + herbicida (direita) – Mogi Mirim/SP, maio de 2012.

(31)

29

6 CONCLUSÕES

Para as condições em que este ensaio foi conduzido e respondendo aos objetivos propostos, conclui-se que:

(i) as braquiárias produzem quantidades similares de massa seca (MS) da parte e das raízes e, o uso de roçadeira “ecológica” proporciona maior deposição de MS na linha de plantio da lima ácida Tahiti;

(ii) o solo, da linha de plantio da lima ácida Tahiti mantém-se úmido, por mais tempo, nos tratamentos em que as braquiárias foram manejadas com a roçadeira “ecológica”;

(iii) a Brachiaria ruzizienses se decompõem e libera nutrientes mais rápido; além de reciclar maiores quantidades de fósforo e potássio;

(iv) o uso da roçadeira “ecológica” acarreta maior desenvolvimento vegetativo e consequentemente maior produtividade das plantas de lima ácida Tahiti.

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30

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