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Urupês Monteiro Lobato. 2ª série Prof. Ana Santa Felicidade

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Academic year: 2021

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Urupês

Monteiro Lobato

2ª série

Prof. Ana

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Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual que vem dos subúrbios pela manhã e reflui para os subúrbios à tarde. E vão apinhados como sardinhas e há um desastre por dia, metade não tem braço ou não tem perna, ou falta-lhes um dedo, ou mostram uma terrível cicatriz na cara. “Que foi?” “Desastre na Central.” Como consertar essa gente? Como sermos gente, no concerto dos povos? Que problema terríveis o pobre negro da África nos criou aqui, na sua inconsciente vingança!…”

(em “A barca de Gleyre”. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1944. p.133)

Pois cá comigo - disse Emília- só aturo estas histórias como estudos da ignorância e burrice do povo. Prazer não sinto nenhum. Não são engraçadas, não têm humorismo. Parecem-me muito grosseiras e até bárbaras - coisa mesmo de negra beiçuda, como Tia Nastácia. Não gosto, não gosto, e não gosto !

- Bem se vê que é preta e beiçuda ! Não tem a menor filosofia, esta diaba. Sina é o seu nariz, sabe ? Todos os viventes têm o mesmo direito à vida, e para mim matar um carneirinho é crime ainda maior do que matar um homem. Facínora ! (Reinações de Narizinho)

“País de mestiços onde o branco não tem força para organizar uma Kux-Klan é país perdido para altos destinos. (…) Um dia se fará justiça ao Kux-Klan; tivéssemos aí uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca – mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destroem (sic) a capacidade construtiva.” (Carta a Arthur Neiva)

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Contexto histórico

• 1918 – “Velha praga”

• Manifesto no jornal

• Produção da obra “Urupês”

• LINGUAGEM

• Inovação: fala típica do caipira; comparações

deterministas; metáforas e adjetivação; termos técnicos

• AMBIENTE: interior de São Paulo

• PERSONAGENS:

tipos

medíocres,

oportunistas,

interesseiros

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Os faroleiros

• Cabrea e Gerebita

• Loucura de Cabrea

• Narrador é questionado sobre crime de defesa

• Noite fatídica

• Morte de Cabrea

• Rapto de Maria Rita

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O engraçado arrependido

• Francisco Teixeira – 32 anos

• Major Bentes está doente

• Piadas de ingleses e frades

• Mata o homem de rir

• Esquece de avisar o amigo político = FRACASSO

• Morte

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Colcha de retalhos

• Maria das Dores = Pingo D’Água

• Pobreza

• Avó faz colcha com os vestidos da menina

• Presente de noivado

• Último retalho será do casamento

• Fuga de Pingo

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A vingança do peroba

• Famílias opostas: Nunes e Porunga

• Porunga: trabalhador, honesto, honroso, família estruturada

• Nunes: vadio, desonesto, família desestruturada, alcoólatra

• Construção do monjolo com “pau de feitiço”

• Bebedeira com o filho

• Morte do filho

• Destruição do monjolo

• Tragédia humana

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Um suplício moderno

• Biriba: carteiro – estafeta • Ambição de subir de cargo • Costas quentes com político

• Vingança do chefe: perda da reeleição • Despedida dos funcionários

• Biriba é poupado • Fuga

• Comédia dos erros

• “Nomeado que é o homem, não percebe a princípio sua desgraça. Só ao cabo de um mês ou dois é que entra a desconfiar; desconfiança que por graus se vai fazendo certeza, certeza horrível de que o empalaram no lombilho duro do pior matungo das redondezas, com, pela frente, cinco, seis, sete léguas de tortura a engolir por dia, de mala postal à garupa.” (p. 72)

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Meu conto de Maupassant

• Guy de Maupassant: realismo fantástico • Assassinato de senhora

• Acusação do italiano • Falta de provas

• Prisão do italiano e retorno à cidade • Atira-se nos trilhos do trem

• Remorso

• Confissão do filho • Mistério

• “Meu caro, aquele pobre Oscar [...] Wilde disse muita coisa, quando disse que a vida sabe melhor imitar a arte do que a arte imitar a vida.” (p. 86)

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“Pollice verso”

• Coronel e filho Nico – medicina • Diversão da cidade grande

• Formação do menino • Retorno à cidade natal • Morte de milionário

• Viagem à França para estudos • Vagabundagem

• “Ao pai escreveu:

“Isto é que é vida! Que cidade! Que povo! Que civilização! Vou diariamente à Sorbonne ouvir as lições do grande Doyen e opero em três hospitais. Voltarei não sei quando. Fico por cá durante os 35 contos, ou mais, se o pai entender de auxiliar-me neste aperfeiçoamento de estudos.”

A Sorbonne é o apartamento em Montmartre onde compartilha com o apache de Yvonne o dia da rapariga. Os três hospitais são os três cabarés mais à mão.” (p. 98)

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Bucólica

• Anica: deficiências

• Vive na cama, entrevada • Rejeição da mãe

• Criada Inácia

• Ausência da empregada

• Mãe não dá de beber à filha • Morte de sede

• “A menina era entrevada e a mãe, má como a irara. Dizia sempre: “Pestinha, por que não morre? Boca à toa, a comer, a comer. Estica o cambito, diabo!”. Isto dizia a mãe – mãe, hein?” (p. 105)

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O mata-pau

• Rosa e Elesbão

• Menino deixado na porta • Adoção – Manuel Aparecido

• Manuel cresce com características da mãe • Caso entre mãe e filho

• Morte do pai

• Venda de propriedade • Incêndio na casa

• Loucura de Rosa

• “Quando de manhã passantes a recolheram, estava de olhos pasmados, muda. Levaram-na em maca para o hospital, onde sarou das queimaduras, mas nunca mais do juízo. Foi feliz, rosa. Enlouqueceu no momento preciso em que seu viver ia tornar-se puro inferno.” (p. 116)

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Bocatorta

• Peão da propriedade de Major Lucas

• Eduardo – noivo da filha do major, Cristina • Cristina se impressiona com o homem

• Pesadelos com o homem • Morte de Cristina

• Eduardo visita o túmulo

• Vulto no túmulo de Cristina • Bocatorta beija a defunta • Morte do homem

• “Um quadro hediondo antolhou-se-lhes de golpe: um corpo branco jazia fora do túmulo – abraçado por um vulto vivo, negro e coleante como o polvo.” (p. 130)

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O comprador de fazendas

• Moreira enfeita o sítio para vendê-lo

• Trancoso: interessado nas terras e na filha • Venda garantida

• Trancoso desaparece

• Moreira escreve a amigo

• Resposta: Trancoso é caloteiro e pobretão • Trancoso ganha na loteria

• Volta para comprar o sítio • É expulso do sítio

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O estigma

• História de Fausto contada por Bruno • Fausto casou por interesse

• Apaixona-se por Laura • Morte de Laura

• Esposa de Fausto, grávida, evita ver o cadáver • Criança nasce com estigma

• Estigma: cobra

• Esposa é denunciada • Morte da esposa

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Velha praga

• Denúncia ao fogo das plantações

• Parasita da terra: CABOCLO: “espécie de homem baldio, seminômade, inadaptável à civilização, mas que vive à beira dela na penumbra das zonas fronteiriças.”

• Acampamento

• “Enquanto a mata arde, o caboclo regala-se: - “Eta fogo bonito!””

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Urupês

• Comparação com grandes personagens literários • Indianismo: CABOCLISMO

• JECA TATU

• “[...] o caboclo é o “Ai Jesus!” nacional”.

• Características: preguiça, malemolência, ignorância, falta de destreza com as palavras, maus modos, busca por trabalho fácil, “lei do menor esforço”, barganhas

• Casa: sapé e lama; sem mobília; esteira para dormir; sem assentos no chão

• Não usa talher • Roupas do corpo

• Mantimentos empilhados no canto da casa • Buracos da parede são as gavetas

• Desconhecimento sobre patriotismo • Falta de cultura

Referências

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