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Comunicação Técnica 120

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(1)

Análise comparativa dos bancos de dados disponíveis no Brasil sobre

vítimas fatais em acidentes de trânsito.

MSc. Magaly Natália Pazzian Vasconcellos Romão¹; Cintia Isabel de Campos².

1. FATEC-JAHU – Rua Frei Galvão, S/N – Jaú/SP - Telefone/Fax (0xx14) 3622-8280 magaly_jau@yahoo.com.br; 2. FATEC-JAHU - cintia_jau@yahoo.com.br;

RESENHA

Desde o advento do automóvel até hoje, estima-se que cerca de 35 milhões de

pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito. Estudos prevêem que em 2020

ocorrerão 2 milhões de mortes/ano no mundo atribuídos a acidentes de trânsito.

Hoje, o Brasil registra a marca de um dos campeões mundiais neste quesito, e

juntamente com ele, o mundo vive um grave problema contemporâneo relacionado à

acidentalidade viária. Para reverter este quadro, é necessária a atuação de políticas

públicas, e para tal, são imprescindíveis dados confiáveis que fundamentem os

líderes políticos. O trabalho tem por objetivo analisar os bancos de dados do Brasil,

que disponibilizam dados sobre vítimas fatais, estudando o histórico dos sistemas,

analisando a sua metodologia de coleta de dados e comparando os números para

indicar qual a informação mais próxima da realidade do país, o que possibilitaria

planejar ações de caráter preventivo. Apenas três bancos de dados fornecem dados

de âmbito nacional, sendo eles o Renaest (Denatran), Datasus (Ministério da Saúde)

e o DPVAT, que foram os sistemas estudados. Ao analisá-los, observou-se como

resultado que o mais representativo em números absolutos é do DPVAT, porém o

Datasus mostrou-se mais confiável na forma de tratar e coletar os dados, no entanto

o Renaest, que demonstrou grandes divergências na coleta de dados é o mais

utilizado pelos órgãos públicos como fonte de dados estatísticos, talvez por ser

vinculado ao Denatran, órgão executivo máximo do trânsito a nível nacional. Cabe

ressaltar que o Estado de São Paulo, através da Fundação Seade

1

, utiliza outro

banco de dados, com base em declarações de óbitos obtidos junto aos cartórios de

registro civil de cada municipalidade, os quais talvez por fornecerem um serviço

pago, apresentaram um maior comprometimento na manipulação dos dados.

PALAVRAS-CHAVE: Acidentalidade viária. Segurança no trânsito. Sistemas de

informação. Banco de dados.

INTRODUÇÃO

Muitas são as definições de acidente de trânsito, segundo ABRAMET (2007) trata-se

de um evento não intencional, envolvendo pelo menos um veículo, motorizado ou

não, que circula por uma via para trânsito de veículos.

Os acidentes de trânsito constituem um sério problema de saúde pública em diversos

países e o Brasil tem o título de campeão mundial neste quesito. São vários os

fatores que contribuem para essa realidade, o aumento no número de veículos em

circulação, a impunidade aos infratores, a falta de fiscalização adequada, a má

conservação de vias públicas e sinalização precária são alguns exemplos. Além

destes, o aumento significativo nos últimos anos de motocicletas em circulação por

se tratar de um meio de transporte ágil, econômico e de baixo custo também

contribuíram para este cenário (Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2009).

Estima-se de acordo com WHO (2008) que ocorreram 1,2 milhões de mortes devido

a acidentes de trânsito em 2002 no mundo, deixando de 20 a 50 milhões de feridos

com alguma sequela ou incapacidade que os impede de uma vida normal (Ferraz et

al, 2008, apud WHO, 2008).

Os acidentes de transportes terrestres têm sido objeto de políticas públicas no Brasil

e para definir ações efetivas para o enfrentamento do problema é fundamental a

realização de dados epidemiológicos (Saúde Brasil, 2004). De acordo com Ferraz et

(2)

al (2008) os números apontam, que entre 1998 e 2000, as mortes por acidente de

trânsito caíram significativamente. No entanto as médias anuais no período de 2000

a 2005, tiveram um crescimento do número de mortes e de acidentes com vítimas,

sendo inclusive muito próximas: 6,5% e, 6,7%. No mesmo período a taxa média de

crescimento da população, bem como da frota e do índice de motorização foram

1,7%, 8,5% e 6,3% respectivamente. Isso demonstra que a taxa de mortes e

acidentes esta bem acima da taxa de aumento da população, pouco abaixo da taxa

de crescimento da frota e levemente acima da taxa de índice de motorização. Assim,

o cenário da acidentalidade viária no país tende a agravar, levando-se em

consideração que a frota de veículos e o índice de motorização continuarão a

crescer. Os dados de acidentalidade viária são essências para a identificação dos

riscos, principalmente no desenvolvimento de estratégias e intervenções para

enfrentá-los, permitindo também avaliar o impacto das intervenções adotadas (WHO,

2009).

Os sistemas de coleta de dados de acidentes de trânsito são de extrema importância

para as ações de políticas públicas. Tais dados só podem beneficiar as práticas de

segurança viária, se forem processados, analisados e disponibilizados por um

sistema de boa qualidade (WHO, 2009).

Com base nestas informações, o presente trabalho procura avaliar os bancos de

dados do Brasil, em números absolutos, que fornecem informações pertinentes à

acidentalidade viária, quanto a sua metodologia e confiabilidade.

SISTEMAS DE COLETA E MONITORAMENTO DE DADOS

Para Ferraz et al (2008), a quantificação da acidentalidade viária em um determinado

espaço geográfico (seja ele estado, país, rodovia, município, área da cidade, via,

entre outros), é essencial para a constituição de banco de dados, para o registro,

processamento, sistematização e análise das informações que formam o banco de

dados de acidentes de trânsito, a fim de que estudos sejam desenvolvidos tendo em

vista a elaboração de planos para a redução dos acidentes e das vítimas. A

possibilidade de acompanhar as variações dos números e dos índices associados à

acidentalidade viária ao longo do tempo é outro aspecto acerca do registro e

tratamento das informações sobre acidentes de trânsito que permite o

monitoramento de ações mitigadoras, bem como a detecção de problemas

emergentes e a correlação com outros fatores que podem afetar a acidentalidade.

Ferraz et al (2008) ainda afirma que através dessas colocações, fica nítida a

importância da coleta de dados, da constituição de banco de dados e do

processamento, sistematização e, análise das informações relativas aos acidentes

de trânsito para que as ações que visam a redução da acidentalidade viária sejam

eficaz e eficiente, e com base científica.

Para um país, dados confiáveis são importantes para fundamentar os líderes

políticos que os malefícios causados por acidentes de trânsito é uma questão

prioritária. Esses dados também podem ser usados para informar a população

através da comunicação e divulgação dos mesmos, conscientizando-a sobre a

legislação e mudanças de comportamento que irão melhorar sua segurança (WHO,

2009).

DADOS SOBRE VÍTIMAS FATAIS DO TRÂNSITO NO BRASIL

O Brasil possui três fontes de dados sobre vítimas fatais de acidentes de trânsito que

fornecem informações de todo o país. São eles o DATASUS

2

(Ministério da Saúde),

RENAEST

3

(Denatran

4

) e o DPVAT

5

, e conta também com a colaboração da

Fundação SEADE, que fornece dados do estado de São Paulo.

2 Departamento de Informática do SUS

3 Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de trânsito 4 Departamento Nacional de trânsito

(3)

O DATASUS é um departamento do Ministério da Saúde que fornece informações

para subsidiar análises objetivas do cenário sanitário. O registro sistemático de

dados de mortalidade e sobrevivência através de estatísticas vitais de mortalidade e

nascidos vivos é responsável pelo início do sistema. A fonte de dados do DATASUS

para informações sobre mortalidade é a declaração de óbito, um documento

obrigatório que consta a causa mortis preenchida pelo profissional médico (salvo em

alguns casos), informada ao sistema através do Código Internacional de Doenças –

CID 10. As informações são digitadas no Sistema de Informação de Mortalidade –

SIM, processadas e repassadas via web à unidade estadual e federal, que liberam

para consulta através do portal eletrônico de tabulação, o TabNet (DATASUS, 2010;

Ministério da Saúde, 2010).

O Renaest foi criado pelo Denatran com o objetivo de atender a necessidade de

implantação de uma base nacional de estatísticas de trânsito contemplando uma

sistemática para comunicação, registro, controle, consulta e acompanhamento das

informações decorrentes da acidentalidade no trânsito nacional e suas

conseqüências. A fonte de dados do Renaest é o boletim de ocorrência, registrado

nos batalhões policiais ou por agentes municipais de trânsito, conforme a estrutura

do município. As informações do boletim de ocorrência são consolidadas nos

Detrans, analisadas e repassadas para o Denatran, que posteriormente divulga os

resultados (Ferraz et al, 2008).

O DPVAT é um seguro criado visando garantir às vítimas de acidentes causados por

veículos, ou por suas cargas, indenizações nos casos de morte ou invalidez,

independentemente da culpa. A partir de 2008 a Seguradora Líder ficou responsável

por administrar o seguro e divulgar dados sobre vítimas do trânsito, conforme as

solicitações de indenizações (DPVAT, 2010).

A Fundação SEADE é vinculada a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento

Regional do Estado de São Paulo, e é considerada referência nacional em produção

e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas. Através

do IMP – Informações dos Municípios Paulistas, disponibiliza séries históricas,

reunidas em 29 temas, entre eles População e Estatísticas Vitais onde disponibiliza

informações sobre mortalidade, entre elas, mortalidade por acidentes de transporte,

cuja fonte é a declaração de óbito, como no Ministério da Saúde (SEADE, 2011).Os

registros de óbitos enviados pelos Cartórios de Registro Civil são organizados pela

Fundação Seade, que realiza o processamento e a divulgação dessas bases,

enviadas mensalmente exclusivamente pelos Cartórios de Registro Civil dos 645

municípios paulistas. (SEADE, 2011)

Os dados tanto da Fundação SEADE, como DATASUS, podem ser analisados por

ocorrência do acidente, onde o que se avalia é o local onde ocorreu o óbito quanto

por residência da vítima. No entanto, com relação a Fundação SEADE, como se trata

do Estado de São Paulo apenas, os dados analisados por residência são

prejudicados quando a vítima era residente em São Paulo e foi a óbito em outro

Estado, por exemplo, o que não ocorre com o DATASUS, por se tratar de uma base

de registro nacional.

RELAÇÃO ENTRE DADOS DE MORTES NO TRÂNSITO - NÍVEL NACIONAL

Para a análise de acidentalidade comparativa foram considerados apenas dados de

vítimas fatais das seguintes fontes de dados: RENAEST (Denatran), DATASUS

(SIM) e DPVAT, que disponibilizam dados de âmbito nacional, por esse motivo,

inicialmente foram desprezados os dados da Fundação Seade. Devido à dificuldade

de acesso aos dados, optou-se pelos números apresentados em uma análise feita

pelo portal eletrônico Vias Seguras em janeiro de 2010.

Para efeito de comparação observou-se 04 anos compreendidos entre: 2002 e 2005,

períodos em que todas as fontes têm dados disponíveis. Os resultados apontaram

para o que se define no gráfico 1.

(4)

Gráfico 1 - Vítimas fatais em acidentes de trânsito por fonte de dados, análise

de 2002 a 2005.

A avaliação das divergências entre os dados apontaram os seguintes resultados:

Entre DPVAT e DATASUS, a média é de 32% de diferença nos dados;

Entre DPVAT e RENAEST, a média é de 52% de diferença nos dados;

Entre DATASUS e RENAEST, a média é de 30% de diferença nos dados.

Através da análise dos dados, foi possível observar que os registros dos dados

advindos do Seguro DPVAT, inicialmente mostram-se mais eficazes, registrando o

maior número de vítimas fatais por acidentes de trânsito no Brasil, talvez isso ocorra

em função da questão da indenização proposta. No entanto, é interessante alguns

cuidados na avaliação estatística desses dados, pois a quantidade disponibilizada no

site do DPVAT trata-se de indenizações pagas, as quais podem estar

correlacionadas a acidentes que tenham ocorrido em anos anteriores, provocando

portanto grande divergência em números absolutos.

O DATASUS tem a segunda melhor cobertura dos dados. A diferença apresentada

entre ele e os outros dois modos de informação pode ser atribuída a fatores como a

subnotificação dos casos, seja devido a não colocação de causa externa na

declaração de óbito, ou a não informação por parte do médico quando o paciente vir

a falecer dias após o acidente, ou a não digitação da declaração ou ainda, pode

ocorrer o erro na codificação indicando o CID errado.

O RENAEST, apesar de ser a única fonte específica de acidentes de trânsito, possui

uma baixa cobertura em relação aos números de vítimas fatais. Ao analisar os dados

na íntegra, disponível no portal, é possível observar que em algumas regiões o

número de vítimas fatais não é informado, como por exemplo, na região norte do

país onde esse número é muito pequeno, indicando alto grau de subnotificação,

dado que se agrava quando se considera que são notificadas apenas as mortes

ocorridas no local do acidente, diferentemente do estabelecido pela OMS, que seria

de até 30 dias após a sua ocorrência.

RELAÇÃO ENTRE DADOS DE MORTES NO TRÂNSITO - NÍVEL ESTADUAL

As variáveis utilizadas para tabulação dos dados (tanto DATASUS, como SEADE)

foram: óbitos por acidentes de trânsito por residência e ocorrência no estado de São

Paulo.

(5)

A. DADOS DE ACIDENTES POR OCORRÊNCIA

Os dados por ocorrência registram óbitos que ocorreram no local conforme

esclarecido anteriormente. Nessa situação através do gráfico 2, nota-se claramente

que tanto os dados do DATASUS como da SEADE são muito próximos,

apresentando portanto pouquíssima variação inclusive apontando picos de

ocorrência entre 2007 e 2008 com tendência de queda em 2009.

Gráfico 2 - Vítimas fatais em acidentes de trânsito por fonte de dado (do Estado

de São Paulo), análise de 2004 a 2009

Na tabela 1 a seguir, temos o número de mortes/ano de acordo com dados da

Fundação SEADE e do DATASUS, no período de 2004 a 2009 , e o que se observa

é uma diferença de dados muito pequena.

TABELA 1

2004

2005

2006

2007

2008

2009

DATASUS

7.045

7.184

7.305

7.802

7.748

7.122

SEADE

7.042

7.172

7.041

7.775

7.607

7.170

Variação entre DATASUS/

SEADE

0,67%

1,81%

0,35%

3,61%

0,17%

0,04%

B. DADOS DE ACIDENTES POR RESIDÊNCIA

Para realizarmos a análise dos dados da Fundação SEADE, como do DATASUS, as

variáveis escolhidas trazem os números de óbitos ocorridos no Estado de São Paulo,

registrado pelo Ministério da Saúde através do Sistema de Informação de

Mortalidade – SIM, e do número de óbitos obtidos junto aos cartórios coletado pela

SEADE.

No entanto, quando se compara as ocorrências de óbitos por residência, os

resultados são diferentes, isso se deve porque o DATASUS coleta dados de todo o

território nacional, seja por local de ocorrência ou da residência do óbito, no entanto

o SEADE apenas coleta dados do Estado de São Paulo e, portanto, não tem acesso

aos óbitos de residentes de São Paulo que ocorreram em outro estado.

O gráfico 3, a seguir, demonstra claramente esse fato, onde o numero de mortes por

residência pelo DATASUS, apresenta valores maiores que o do SEADE apesar de

relacionar apenas os acidentes de residentes no Estado de São Paulo.

(6)

Gráfico 3 - Vítimas fatais em acidentes de trânsito por fonte de dados (do

Estado de São Paulo), análise de 2004 a 2009.

TABELA 2

2004

2005

2006

2007

2008

2009

DATASUS

6.826

6.959

6.808

7.437

7.408

6.973

SEADE

7.182

7.312

7.433

7.847

7.950

7.288

Variação entre DATASUS/

SEADE

5,0

4,8

8,4

5,2

6,8

4,3

Considerando os dados do período analisado na tabela 2 comparativamente com a

tabela 1 é possível observar que a diferença entre os dados coletados pelo

DATASUS e Seade com relação aos óbitos é mais pronunciada ao se tratar de óbitos

por residência. Isso se deve ao fato de que o DATASUS coleta dados de óbitos por

residência e por local de ocorrência em todo o território nacional, enquanto o Seade

analisa os dados de óbitos por ocorrência e os de residência de outros estados que

ocorreram no Estado de São Paulo, mas, não tem o controle dos óbitos de pessoas

que residem no Estado de São Paulo, envolvidos em acidentes em outros estados.

É importante relembrar que as duas fontes usam o mesmo documento para alimentar

seus bancos de dados, a declaração de óbito, porém o levantamento, manipulação e

análise dos dados são feitos de forma diferente.

A ênfase ao se falar em dados por local de ocorrência e residência é importante não

apenas para se padronizar coletas, mas também para se avaliar que mesmo de uma

forma um pouco singela, o provável número de óbitos de paulistas que ocorreram em

outro Estado, o que em muito contribuiria para políticas públicas focadas para essa

determinada situação, como campanhas educativas, por exemplo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diversos fatores contribuem para a situação dos números apresentados. O DPVAT

mostra-se mais eficiente por apresentar maiores valores em números absolutos,

porém não divulga sua metodologia, além de que não podemos fazer uma correlação

direta entre as indenizações e os acidentes ocorridos no ano, uma vez que os

(7)

resultados apresentados anualmente dizem respeito às indenizações que podem

estar correlacionadas a acidentes que ocorreram no ano vigente como nos

anteriores. Os erros operacionais observados na coleta do DATASUS têm sido

amenizados com a aplicação de estratégias visando melhorar o desempenho

operacional. O Denatran registra baixos índices, mas passou por períodos de

reestruturação e tem o desafio de conviver com a inadimplência dos departamentos

que não informam seus dados, ou os fazem de forma inadequada.

Dados apontam que o número de fatalidade por acidente de trânsito em 2005, pelo

Denatran eram cerca de 25.400, pelo DATASUS 35.100 e pelo DPVAT eram 51.000.

A análise feita por esse trabalho aponta que o DPVAT é o mais representativo em

números absolutos, talvez em função de divulgar as indenizações do ano, o que nem

sempre está correlacionado com os acidentes ocorridos, porém o DATASUS

mostra-se mais confiável por ter como fonte um documento obrigatório, a declaração de

óbito, o RENAEST por sua vez é a fonte formal que temos de acidentes de trânsito,

no entanto enfrenta serias dificuldades associadas principalmente à subnotificação.

Com relação aos dados da Fundação SEADE, a forma da coleta e manipulação dos

dados nos pareceu bastante confiável, no entanto como se trata de um único Estado,

sua comparação não se justifica a nível nacional, mas num trabalho futuro seria

interessante a comparação de todas as fontes de dados considerando apenas o

Estado de São Paulo. Talvez a integração entre esses sistemas, associado à coleta

de dados padronizada, precedida de treinamento e passível de penalidade

administrativa, seja a chave da prevenção dos acidentes de trânsito do Brasil, o que

certamente reduziria custos para um país tão carente em ações de saúde pública e

educação, e que perde por ano 1,25% do PIB (IPEA, 2003) em custos de acidentes

de trânsito.

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