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CONHECENDO UM POUCO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO BRASIL

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Academic year: 2021

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CONHECENDO UM POUCO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO BRASIL

1Mara Leonor Barros Santos 2 Sôila Márcia Barros de Castro

Este trabalho tem por objetivo investigar os aspectos históricos da Educação de Jovens e Adultos situando as principais políticas públicas e as especificidades dessa modalidade de ensino no contexto educacional brasileiro. O trabalho mostrou que a educação de jovens e adultos vem sendo construída por meio de programas educacionais específicos visando suprir a escolarização de jovens e adultos. No entanto, o direito de todos à educação ainda, não foi de fato, legitimado.

PALAVRAS - CHAVE: Educação. Jovens e Adultos. Escolarização.

1 Mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis/RJ Inspetora Escolar - Aposentada

Professora do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora/MG Email – maraleonor@yahoo.com.br

2 Graduada em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação Carlos Chagas

Assistente Técnico de Educação Básica – Funcionária Pública do Estado de Minas Gerais Email – smbarros09@yahoo.com.br

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I – INTRODUÇÂO

A Trajetória Histórica da educação no Brasil se pauta por inúmeras reformas que foram e são implantadas de acordo com o contexto político, econômico e social de cada época, na busca da melhoria da qualidade do ensino. No mundo contemporâneo, vivenciado pelo avanço tecnológico, novas exigências educacionais são requeridas para a inserção do jovem e do adulto em uma sociedade globalizada. Essas exigências se tornam evidentes, principalmente pelo elevado índice de jovens e adultos que foram excluídos e/ou não tiveram a oportunidade de concluírem a educação básica no período regular de escolarização. Contudo, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) está legitimada como direito social por meio da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional sob o nº 9394/96. Além disso, já foram normatizadas pelo Conselho Nacional de Educação as Diretrizes Curriculares Nacionais e as propostas curriculares como subsídios para que os sistemas e estabelecimentos de ensino organizassem seus cursos dentro do novo contexto educacional. Nesse sentido, entender como o processo educacional da educação de jovens e adultos ocorre no sistema educacional brasileiro é de suma importância.

Portanto, esse trabalho tem por objetivo investigar, por meio do estudo bibliográfico de autores que estudam o assunto, os aspectos históricos da Educação de Jovens e Adultos situando as principais políticas públicas e as especificidades dessa modalidade de ensino no contexto educacional brasileiro.

II – CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE A EJA

O sistema educacional brasileiro tem sofrido durante séculos alterações no seu modelo escolar, tendo em vista as transformações de cunho social, econômico e político. No entanto, sérios problemas educacionais são ainda detectados principalmente no que se refere à falta de oportunidades educacionais para jovens e adultos que não tiveram acesso e/ou foram excluídos do período regular de escolaridade. Nesse sentido, conhecer um pouco da trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é fator fundamental para os educadores.

No Brasil Colônia, os religiosos exerciam uma ação educativa com os adultos e na época imperial, também havia ações nesse campo. Mas pouco foi feito e realizado oficialmente nesses períodos, devido a concepções de cidadania, a qual era considerada apenas como direito das elites

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(BRASIL, 2002). A partir da década de 30 do século XX, começa a se desenvolver um sistema público de educação elementar no país e a EJA começa a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil. (BRASIL, 1998)

Conforme Hadad (2003, p. 111), a EJA começou a ser reconhecida como direito na década de 30, intensificando-se com o surgimento de campanhas de alfabetização nos anos 40 e 50, com movimentos de cultura popular, anos 60, destacando o MOBRAL, Movimento Brasileiro de Alfabetização, o ensino supletivo dos governos militares e a Fundação Educar, da Nova República.

Na década de 40, o Brasil vivia o processo de redemocratização do estado brasileiro e a EJA ganhou destaque dentro da preocupação geral na universalização do ensino elementar. Com o fim da ditadura militar de Vargas (1945) e do alerta da Organização das Nações Unidas (ONU) para a urgência de integrar o povo num processo de paz e democracia, o governo brasileiro passa a investir em políticas educacionais com a finalidade de atender a demanda do ensino regular, bem como na EJA, considerando o número elevado de analfabetos nessa época. Em 1947, surge a Campanha de Educação de Adultos criando-se uma identidade para essa modalidade de ensino definindo-se sua periodicidade, a elaboração de material didático e a capacitação profissional, bem como criação de várias escolas supletivas mobilizando esforços das diversas esferas administrativas de profissionais e voluntários.

Assim sendo, a década de 40 foi de grande importância para a educação dos adultos, nela aconteceram inúmeras iniciativas políticas e pedagógicas de peso, tais como: a regulamentação do Fundo Nacional de Ensino Primário – FNEP; a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, incentivando e realizando estudos na área; o surgimento das primeiras obras especificamente dedicadas ao ensino supletivo, como por exemplo, o lançamento da Campanha de Educação Adolescentes e Adultos (CEAA), com a elaboração de material didático específico para adultos; entre outros. (GENTIL, 2005)

Essas iniciativas vieram minimizar o preconceito em relação aos analfabetos, os quais eram considerados como pessoas incapazes e marginais perante a população escolarizada no país. A Campanha de Educação de Adultos criada no ano de 1947 conseguiu alterar em parte essa versão reducionista do analfabeto ao afirmar que o adulto, mesmo que analfabeto, é capaz de raciocinar, produzir e resolver problemas. Assim, a década de 40 se destacou, pois nela se firmou

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a educação de jovens e adultos, sendo que instituiu-se nacionalmente a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário para todos. (COSTA, LEITE e MARTINS, 2008)

Já na década de 50 continua o debate sobre a EJA, e as críticas sobre a Campanha de Educação de adultos são intensificadas quanto às deficiências administrativas, financeiras, orientações pedagógicas, curto período de alfabetização, inadequação da metodologia nas diferentes regiões do país. Surge então um novo paradigma pedagógico, tendo como referência principal as ideias defendidas pelo educador pernambucano, Paulo Freire, sobre a educação de jovens e adultos. (BRASIL, 1998)

No início da década de 60, o pensamento pedagógico de Paulo Freire e sua proposta de alfabetização inspiram os principais programas de alfabetização, dentre eles: Movimento de Educação de Base (MEB); da Conferência Nacional do Bispo do Brasil (CNBB); Movimento Popular de Cultura do Recife, iniciado em 1961; Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação e Cultura, em 1964, que contou com a presença de Paulo Freire. Desses movimentos, diversos grupos de educadores foram se unindo e formando uma força maior, pressionando o Governo Federal para que os apoiassem, nas ações voltadas para a educação dos jovens e adultos. (BRASIL, 2002)

Com a aprovação em janeiro de 1964 do Plano Nacional de Alfabetização foi prevista a disseminação por todo Brasil da proposta orientada por Paulo Freire. A preparação do Plano contou com forte engajamento de estudantes, sindicatos e diversos grupos estimulados pela efervescência política da época. O pensamento de Paulo Freire se baseava na relação entre a problemática social e a problemática educacional em que o analfabetismo passa a ser visto como causa da pobreza de uma estrutura social não igualitária. (GENTIL, 2005)

Na concepção freiriana defendia-se a importância da participação do povo na vida pública nacional e o papel da educação para sua conscientização. Nesse sentido o comprometimento ético dos educadores com os educandos é parte dos ideais pedagógicos, pois os analfabetos deveriam ser reconhecidos como homens e mulheres produtivos, detentores de uma cultura. (COSTA, LEITE e MARTINS, 2008)

Com o Golpe Militar em 1964, as pessoas que estavam engajadas com a educação popular, principalmente com a alfabetização de adultos, foram repreendidas, inclusive Paulo Freire sofreu as consequências, sendo exilado. Dessa forma, parte da atividade educacional foi suspensa. Persistiram algumas iniciativas, desenvolvidas frequentemente em igrejas, associações

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de moradores, organizações de base local e outros espaços comunitários, influenciados pela concepção da educação popular com intencionalidade política. O próprio governo assumiu em 1967, o controle dessa atividade, lançando o Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização de Adultos. O Mobral constituiu-se como organização autônoma em relação ao Ministério da Educação, contando com um volume significativo de recursos. Durante toda a década de 70, o Mobral expandiu-se por todo território nacional. Das iniciativas que derivaram do Programa de Alfabetização, destacou-se o PEI – Programa de Educação Integrada. Esse programa abria a possibilidade de continuidade dos estudos para os recém-alfabetizados, assim como para os chamados analfabetos funcionais, pessoas que, embora conhecessem a leitura e a escrita, não as utilizavam como práticas sociais.(BRASIL, 1998)

No entanto, Gadotti (2005) critica a intencionalidade desse programa ao afirmar que o interesse maior do MOBRAL, não era de erradicar o analfabetismo, mas sim, o treinamento para o exercício de uma função, voltada para o mercado de trabalho, principalmente no campo industrial. Com isso, o mesmo foi criado no momento em que o sistema econômico necessitava de mão de obra semi-analfabeta, ou seja, submissa e obediente, que atendesse a ideologia dominante da época. O outro ponto de crítica do autor diz respeito à proposta pedagógica do MOBRAL, a qual chamou de “pedagogia colonizadora”. Tratava-se, de uma proposta única, em que os educadores eram considerados meros executores desse programa, pois não levavam em conta as diferenças regionais, simplificando dessa forma a complexidade da situação diferenciada do analfabeto.

Em 1971, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5.692/71, (LDBEN) foi implantado o ensino supletivo. Um dos princípios mais significativos do atendimento educativo previsto nesta norma, para aqueles que não realizaram ou completaram na idade própria a escolaridade obrigatória foi à flexibilidade. Isto é, a possibilidade de organização do ensino em várias modalidades: cursos e exames supletivos, centros de estudos e ensino a distância, entre outras. (JÓIA, PIERRO e RIBEIRO, 2001)

Nos anos 80, as aberturas políticas aumentaram, e as propostas para a EJA, foram ampliando-se. Em 1985, o Mobral, foi substituído pela Fundação Educar, que passou a apoiar financeira e tecnicamente as propostas de governos, entidades civis e empresas a ela convencionada. (COSTA, LEITE e MARTINS, 2008)

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A Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 2004) garantiu importantes avanços no campo da EJA. No artigo 208, a educação é concebida como direito de todos, independente da idade, e nas disposições transitórias, são definidos metas e recursos orçamentários para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Dessa forma, a extensão das oportunidades e a qualificação pedagógica do programa de educação de jovens e adultos tornam-se uma exigência e uma necessidade de justiça social. Sendo assim, o ensino fundamental obrigatório é para todos e não só para as crianças. Trata-se de um direito positivado, constitucionalizado e cercado de mecanismos financeiros e jurídicos de sustentação.(BRASIL, 1998)

Em 1990 a Fundação Educar se extinguiu, e os órgãos públicos, as entidades civis e outras instituições passaram a arcar com a responsabilidade educativa pela educação de jovens e adultos.

Com a publicação da Lei 9394/96 (LDBEN), a EJA passa a integrar a educação básica como uma das modalidades de ensino. Os Sistemas de Ensino, Estadual e Municipal ficaram responsáveis pela oferta e gratuidade dessa modalidade de educação, considerando a competência de cada sistema. Entende-se por competência do Sistema Estadual a oferta da EJA no ensino fundamental e médio e para o Sistema Municipal a oferta de ensino fundamental, conforme o disposto nos artigos 10 e 11 da LDBEN, respectivamente. Ainda, amparado nessa Lei, o Conselho Nacional de Educação (CNE), através da Câmara de Educação Básica (CEB) instituiu-se as Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, intitulado pela Resolução CNE/CEB nº 01/2000. Essas diretrizes direcionam que a escola deve considerar o perfil dos alunos e sua faixa etária ao propor um novo modelo pedagógico. (BRASIL, 2002)

Já o Plano Nacional de Educação intitulado pela Lei 10.172, de 09 de Janeiro de 2001, que tem a duração de 10 anos (2001-2010) prevê em suas metas as ações para elevação global do nível de escolaridade da população e a erradicação do analfabetismo no Brasil. E no atendimento a uma das metas para EJA, a Secretaria de Ensino Fundamental do Ministério da Educação cria Proposta Curricular para o primeiro segmento do Ensino Fundamental. Essa proposta vem subsidiar a reorientação curricular das escolas públicas e/ou instituições que oferecem essa modalidade de ensino. (BRASIL, 1998)

Em 2003 com a posse do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, foram priorizadas novas políticas sociais e educacionais para a melhoria da EJA. Alguns órgãos foram criados no intuito de melhorar e acelerar o processo de alfabetização, como por exemplo, a

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Secretaria Extraordinária do Analfabetismo (SEEA), com a meta de erradicar o analfabetismo em 4 anos. Com a contribuição financeira do Ministério da Educação (MEC) e por organizações sem fins lucrativos, o SEEA lançou o programa Brasil Alfabetizado para tentar alcançar a meta desejada. (JÓIA, PIERRO e RIBEIRO, 2001)

Assim sendo, Rummer e Ventura (2007) reforçam que o Programa Brasil Alfabetizado tem o intuito de minimizar o analfabetismo no Brasil. Para que isso ocorra são feitos investimentos por parte do Governo Federal nos Estados e Municípios, bem como as empresas privadas, universidades e instituições civis conveniadas, que muitas vezes cedem espaços para sala de aula, para que haja capacitação de educadores e que cidadãos com mais de 15 anos tenham condições de serem alfabetizados.

O reconhecimento da EJA, por parte da sociedade e de organismos educacionais, como fator de fortalecimento da cidadania, como já evidenciado anteriormente, vem ocorrendo desde 1949, com a 1ª Conferência da Educação de Adultos, promovida pela UNESCO, Organização Educacional Científica e Cultural das Nações Unidas, na Dinamarca. Apesar disso, em 1990 este mesmo órgão denunciou a existência, em todo o mundo, de um bilhão de pessoas que não tinham o domínio da leitura e da escrita. Acrescente-se que “na América Latina, o Brasil é o país com maior número de analfabetos: 18 milhões em 1995, entre a população acima de 10 anos de idade”. (HADDAD, 2003, p.113)

No entanto, segundo Haddad (2003, p. 114), ao invés do avanço das políticas públicas, houve um retrocesso. Toma-se como exemplo o governo de Fernando Henrique, em que se alterou o inciso I do artigo 208 da Constituição Federal de 1988.

Por meio de uma sutil alteração no inciso I do artigo 208 da Constituição, o governo manteve a gratuidade da educação pública de jovens e adultos, mas suprimiu a obrigatoriedade de o poder público oferecê-la, restringindo o direito público subjetivo de acesso ao ensino fundamental apenas à escola regular. (HADDAD, 2003, p. 114)

Portanto, percebe-se que há um processo de desqualificação da EJA em termos de implantação e implementação de políticas públicas, até mesmo em relação ao financiamento desta modalidade de ensino, ficando a cargo do Estado e Município a sua oferta de acordo com

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suas possibilidades e interesses. Há de se observar ainda que, segundo Libâneo (2003, p. 262), a Lei do FUNDEF, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização de Magistério, (nº 9.424/96), não permitia a utilização dos recursos do ensino fundamental regular para a EJA, embora, esta etapa da educação básica, para o autor, diferentemente do que sugere Haddad (2003) figura-se como direito público subjetivo.

Direito público subjetivo equivale a reconhecer que é plenamente eficaz e de aplicabilidade imediata, isto é, não exige regulamentação. Se não for prestado de forma espontânea, pode ser exigido judicialmente. (LIBANEO, 2003, p. 262)

Apesar de alguns retrocessos legislativos encontra-se algumas normas que favorecem a implementação da EJA, como o Plano Nacional de Educação, Lei 10.172/01, que visa à erradicação do analfabetismo no Brasil, bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais, (Res. CNE/CEB nº 01/2000), que definem os componentes curriculares obrigatórios, devendo as instituições considerar, em seu projeto pedagógico, o perfil dos alunos, sua faixa etária para assegurar a equidade e as diferenças individuais. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) positivou garantias importantes ao bom desenvolvimento da EJA, apesar de conter apenas dois artigos a cerca da matéria. Tal Lei prevê que a EJA se destina àqueles que, durante a faixa etária regular, não tiveram acesso ou não deram continuidade aos estudos no ensino fundamental e médio. Em 2007, surge o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento de Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) que define a forma de financiamento para toda a educação básica, incluindo a EJA o que é considerado um avanço para essa modalidade de ensino. Esses recursos irão subsidiar Municípios e Estados, respeitando a área de competência de cada um, na implantação e implementação das ações educativas, dessa modalidade de ensino. (BRASIL, 2002)

E desse modo novas políticas públicas para a EJA, vem sendo implantadas como a publicação da RESOLUÇÃO Nº 3, DE 15 DE JUNHO DE 2010 que institui novas Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância. Além do mais a publicação das Resoluções nº 07/10 e nº02/12 que tratam das novas diretrizes curriculares

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nacionais para o ensino fundamental e médio, respectivamente, vem definindo de forma mais clara a operacionalização de cursos e exames na modalidade da EJA.

III - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, as Políticas Públicas para a EJA que antes eram somente um ideal, poderão se tornar algo real. E, assim, através da luta de pessoas competentes e com disponibilidade de mudar, leis foram se firmando e os espaços e os direitos dos cidadãos foram se construindo. No entanto, o direito de todos à educação ainda, não foi legitimado. Pensar na Educação de Jovens e adultos além das políticas educacionais é também repensar e refletir sobre a prática pedagógica, em novos métodos de ensino, em uma nova forma de ensinar, ou seja, um ensino voltado para os interesses dos alunos. Dentro desse contexto a implantação de políticas educacionais consistentes e profissionais comprometidos com uma escola pautada dentro dos princípios democráticos abertos às mudanças são condições para que a educação aconteça de fato.

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