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Utilização da agricultura de precisão (AP) por agricultores em diferentes regiões do Paraná.

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Academic year: 2021

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Janir Pires Junior 1, Vinicius Trombini¹, Erivan Marreiros²

Resumo:

A agricultura de precisão tem nos solos do Paraná o local perfeito para seu desenvolvimento. Entretanto, em algumas regiões do Estado ainda existe escassez de informações desta nova técnica, já em uso por alguns agricultores. Este estudo teve como objetivo avaliar a utilização e nível de conhecimento da agricultura de precisão por produtores em duas microrregiões do Paraná, a de Pitanga e Cascavel. O levantamento foi feito através de um questionário com 44 produtores rurais. Dos produtores que responderam ao questionário o maior número disse ser associado alguma cooperativa. A variedade amostral está entre 0 a 1000 hectares de terras agriculturáveis, incluindo próprias e arrendadas. Os produtos agrícolas cultivados entre os pesquisados foram principalmente soja e milho, seguidos de trigo e aveia. As principais atividades em que AP é desenvolvida são: aplicação de calcário em taxa variada e amostragem de solo em grade. Quando questionados sobre a postura a ser adotada, grande parte dos pesquisados responderam que pretendem expandir o uso da AP. As principais fontes de informação a cerca da agricultura de precisão tem sido outras propriedades agrícolas, seguido de fornecedores de máquinas e cooperativas. Existe a percepção que a utilização da AP proporciona um aumento de produtividade e rentabilidade financeira ao produtor agrícola.

Palavras-chave: (mecanização agrícola; tecnologia agropecuária; tecnologia aplicada)

Abstract:

Precision farming has the perfect location for its development in Paraná soils. However, in some regions of the state there is still scarcity of information of this new technique, already in use by some farmers. This study aimed to evaluate the use of precision agriculture by producers in two microregions of Paraná, Pitanga and Cascavel. The survey was carried out through a questionnaire with 44 farmers. Of the producers who responded to the questionnaire the largest number said to be associated with some cooperative. The sample variety is between 0 and 1000 hectares of agriculturable land, including own and leased. The main agricultural products cultivated among the surveyed were mainly soybean and maize, followed by wheat and oats. The main activities in which AP is developed is the application of limestone at varying rate and soil sampling in grid. When questioned about the posture to be adopted, the respondents responded that they intend to expand the use of AP. The main sources of information about precision farming have been other agricultural properties, followed by suppliers of agricultural machinery and cooperatives. There is a perception that the use of the AP provides an increase in productivity and financial profitability to the agricultural producer.

Key words: (agricultural mechanization; agricultural technology; applied technology)

1 Pós-graduandos do curso de Especialização Lato Sensu em Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, do

Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz. janirp_junior@hotmail.com e viniciustrombini2011@hotmail.com

² Professor do curso de Especialização Lato Sensu em Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz.

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Introdução

Com o surgimento da Agricultura de Precisão (AP) houve a incorporação de tecnologias avançadas no campo. Essas tecnologias avançadas têm provocado uma revolução no processo de manejo agrícola, trazendo principalmente soluções para o aumento da produtividade e consequentemente uma redução no impacto ambiental.

Segundo CAMPO (2000) pode se definir a agricultura de precisão como um conjunto de técnicas e procedimentos que permite conhecer, localizar geograficamente e delimitar diferentes áreas de produtividade, através do emprego da informática, programas específicos, sensores e controladores de máquinas e sistema de posicionamento global. A partir destas coletas de dados, quantifica-se a variabilidade a fim de identificar a localização em campo, tanto para a produtividade dos cultivos como os fatores que influenciam na produtividade, sendo os dados processados e plotados em mapas (MOLIN, 2002). A partir destes dados busca-se a relação entre causa e efeito, propõe-se estratégias e realiza-se a aplicação localizada dos insumos e das práticas, visando a correção das anomalias (COELHO, 2005; BARBIERI et. al. 2008).

No entanto, conforme Capelli (1999) cita “A solução mais utilizada atualmente é considerar grandes áreas como homogêneas, levando o conceito de média para aplicação dos insumos como fertilizantes e defensivos”, a exemplo tem-se da formulação ou quantidade do fertilizante seja utilizada para toda área, atendendo apenas as necessidades médias e desconsiderando as necessidades especificas de cada campo. O mesmo acontece para os demais insumos, causando uma lavoura com produtividade não uniforme.

O Estado do Paraná destaca-se como polo de desenvolvimento do agronegócio, sendo o líder em culturas como milho e feijão, além de estar entre os maiores produtores de trigo, soja, cevada segundo dados do IBGE (2010).

A fim de obter-se o diagnóstico sobre o uso da agricultura de precisão nas regiões oeste e centro-sul paranaense, foram aplicados questionários aos produtores que de alguma forma se utilizam de agricultura de precisão em suas propriedades. Nos questionários os pesquisadores indagam sobre a cerca do uso das tecnologias de precisão e das implicações de seu uso, bem como as dificuldades encontradas no seu emprego na agricultura.

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O entendimento sobre fatores que condiciona a utilização da AP pode ser decisivo no processo de tomada de decisão sobre a divulgação de estratégias para uma melhor percepção dos setores do agronegócio brasileiro. Desta forma, objetiva-se analisar o processo de aplicação de agricultura de precisão por parte de agricultores em duas diferentes regiões do Estado do Paraná.

Material e Métodos

A microrregião de Cascavel é uma das microrregiões do estado brasileiro do Paraná pertencente a mesorregião Oeste Paranaense. Sua população estimada em 2010 era de 460.794 habitantes, sendo dívida em 18 municípios, com uma área total de 8.516.073 km² (IBGE,2010). A economia da região oeste destaca-se no cenário regional, sendo a segunda maior região produtora agrícola do estado.

A microrregião de Pitanga é uma das microrregiões do estado brasileiro do Paraná pertencente a mesorregião Centro-sul Paranaense. Sua população estimada em 2009 era de 79.477 habitantes sendo dívida em 6 municípios, com uma área total de 4.903.000 km²(IBGE,2010). A economia da região destaca-se na produção de cerais como soja, trigo e cevada, sendo a segunda região produtora de cerais de inverno do estado.

O tipo de amostragem realizada é pelo método não probabilístico. Deu-se em virtude de a população não ser sorteada, a seleção foi independente do pesquisador. A etapa inicial consistiu em identificar possíveis produtores possuíam algum contato com a agricultura de precisão. Os questionários então foram enviados através de e-mail ou de aplicativo de conversas tipo chat, através do questionário gerado previamente com questões sobre agricultura de precisão, por meio de uma plataforma gratuita nomeada Formulários Google que permite criar e receber as respostas dos pesquisados.

No presente trabalho, foram aplicados questionários a produtores agrícolas nas microrregiões de Pitanga e Cascavel, regiões Centro-Sul e Oeste respectivamente do Estado do Paraná, no período de 31 de agosto a 31 setembro de 2018. Os questionários eram o objeto de coleta de dados, com o objetivo de recolher informações sobre o conhecimento e uma possível utilização da agricultura de precisão. Na oportunidade, foram colhidas informações de 44 produtores. O questionário seguia uma sequência lógica de perguntas objetivas e de curtas respostas. A primeira parte do questionário visava coletar informações básicas da área de gestão do produtor e das culturas exploradas. Em um segundo momento, o questionário objetivava o conhecimento das particularidades da adoção AP e quais possíveis tecnologias

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eram usadas na propriedade pelos agricultores. Já na parte final, objetivava os impactos negativos e positivos e o conhecimento da norma de padronização de comunicação entre tratores, semeadores, pulverizadores, distribuidores, etc.. (ISOBUS). Neste item, ainda foram diagnosticadas as informações sobre AP, importância e as dificuldades na adoção da nova técnica usada na atividade rural.

Os dados foram analisados, aplicados a estatística descritiva além da confecção dos gráficos.

Resultados e Discussão

Caracterização dos produtores pesquisados

O índice de respostas foi satisfatório, dado que, num universo proposto inicialmente de 50 produtores pesquisados, 44 responderam ao questionário completo da pesquisa referente ao período de um mês, setembro de 2018, conforme mencionado acima, correspondendo a 88% de respostas validadas. O gráfico 1, representa a quantidade de produtores que responderam ao questionário por município do Estado.

Gráfico 1: Produtores pesquisados por municípios do Estado do Paraná Fonte: Autores (2018)

É de importância destacar, que os produtores não tinham sua identidade revelada no questionário, apenas indicavam o nome de sua propriedade, caso este se sentisse confortável.

A segunda questão era relativa a participação dos produtores em cooperativas agrícolas, o pesquisado era questionado quanto a sua participação em algum tipo de cooperativa, as repostas foram de 90,9% de participação, se comparada apenas de a 9,1% de não participação. Esta questão, era pré-requisito para a questão seguinte, que perguntava sobre a

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disponibilização por parte da cooperativa sobre informações e equipamentos para agricultura de precisão, 84,1% disseram que as mesmas disponibilizam algum tipo de informação quanto AP.

A terceira questão, dava conta sobre a quantidade de área agriculturável pelo pesquisado, nesta questão ele deveria informar em uma resposta curta, sobre a quantidade de área própria e arrendada em hectares (ha), as respostas foram tratadas e são apresentadas no gráfico 2, a seguir:

Gráfico 2: Área explorada na agricultura pelos pesquisados Fonte: Os Autores (2018)

Ao observar o gráfico, pode-se afirmar que a maioria dos entrevistados possuem uma área agriculturável até 100 hectares, seguido por áreas entre 100 a 500 hectares respectivamente, e com um índice baixo de resposta para mais de 500 hectares, demonstrando que a maioria dos entrevistados se encontram entre os pequenos e médios produtores agrícolas.

Agricultura de Precisão na atividade pecuária

Num quarto momento, os pesquisados eram questionados referentes a atividade pecuária em sua propriedade, se a resposta fosse afirmativa, o mesmo selecionaria as culturas que se utiliza de agricultura de precisão, a resposta mais indicada, foi de que 52,3% dos pesquisados não se utilizam de AP na atividade pecuária, seguido por 40,9% de agricultores que se utilizam de agricultura de precisão em cultura de pastagens.

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A adoção da agricultura de precisão

A quinta questão era introdutória para as subsequentes, iniciava questionando o produtor pesquisado em quais eram as culturas exploradas em sua propriedade. O resultado pode ser visualizado no gráfico 3, a seguir:

Gráfico 3: Culturas exploradas pelos produtores pesquisados Fonte: Os autores (2018).

Nesta questão, o produtor pesquisado poderia incluir mais que uma alternativa, como resultado observa-se que grande parte dos pesquisados produzem soja, milho, aveia e trigo em suas propriedades, mostrando a capacidade agrícola de cerais das regiões pesquisadas.

No sexto questionamento, o pesquisado era perguntando quanto a utilização de agricultura de precisão na culturas exploradas, apontando desta forma, em qual das culturas ele se utiliza de AP, os resultados foram de 70,5% para soja, 63,6% para o milho, 40,9% para trigo e de 27,3% para aveia, reafirmando a importância dessas culturas.

Logo após o sétimo questionamento era referente a área explorada com agricultura de precisão, neste caso, o produtor poderia assinalar na porcentagem de área explorada em sua propriedade pela AP, as respostas são demonstradas no gráfico a seguir:

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Gráfico 4: Área explorada por agricultura de precisão em relação área total do pesquisado Fonte: Os autores (2018).

Neste gráfico observa-se um paradoxo, enquanto 27,3% dos pesquisados utilizam-se de agricultura de precisão entre 50% a 80% de sua área agriculturável outros 22,7% dos pesquisados ainda não se utilizam da AP em sua propriedade.

Logo após o questionamento era referente a quais tecnologias de agricultura de precisão eram utilizadas na propriedade, o resultado pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 5: Tecnologias de agricultura de precisão utilizadas pelos pesquisados Fonte: Os autores (2018)

Observando o gráfico, pode-se afirmar que a tecnologia de agricultura de precisão mais utilizada pelos pesquisados é a aplicação de calcário em taxa variada com 59,1% das respostas validadas, seguido pela amostragem de solo em grade (GPS) com 45,5%.

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Questionados há quantos anos a propriedade vem se utilizando da agricultura de precisão (AP), os pesquisados responderam em sua maioria, com 38,6% das respostas que a AP vem sendo utilizada a menos de 5 anos, seguido de 29,5% das respostas que se utilizam entre 5 a 10 anos, e por fim, 22,7% responderam que não se utilizam da agricultura de precisão em sua propriedade, demonstrando assim, que muitos dos produtores pesquisados ainda não possuem conhecimento acerca da (AP).

Quando questionados sobre a interrupção da utilização da agricultura de precisão, 64,7% dos pesquisados responderam que o motivo que leva a interromper o uso, é devido aos elevados custos.

Na décima questão, o produtor pesquisado era perguntado sobre o que a propriedade pretende adotar referente ao uso de (AP) nos próximos anos, as respostas podem ser verificadas no gráfico a seguir:

Gráfico 6: Respostas em função do que os produtores agrícolas pretendem adotar relativo a AP nos próximos

anos.

Fonte: Os autores (2018)

Pode-se observar que 47,7% dos pesquisados pretendem ao longo dos próximos anos expandir o uso das tecnologias AP, seguido de 34,1% que pretende manter o uso e com 20,5% das respostas, os produtores que pretendem iniciar o uso, evidenciando o fato de que muitos produtores ainda não se utilizam de nenhuma tecnologia de agricultura de precisão.

Na sequência os pesquisados eram indagados quanto a contratação de serviços (equipamento e maquinário) de agricultura de precisão (AP) prestada por terceiros, as respostas são evidenciadas no gráfico a seguir:

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Gráfico 7: Utilização dos produtores pesquisados por serviços terceirizado de equipamentos e maquinários. Fonte: Os Autores (2018)

Ao visualizar o gráfico, pode-se concluir que grande parte dos produtores pesquisados não contrata serviços terceirizados de equipamentos e maquinários em sua propriedade, seguido por 43,2% que contratam. Com isso conclui-se que a maior parcela que não contrata os serviços terceirizados, são os produtores que possuem equipamentos na sua propriedade ou ainda aqueles que não se utilizam da agricultura de precisão. Embora, uma pequena parcela que diz utilizar parcialmente de serviços terceirizados devido ao produtor possuir equipamentos e ainda sim necessitar de algum tipo de serviço.

Para tentar identificar os motivos que levaram as respostas anterior, os pesquisados são indagados sobre a contratação de assistência técnica prestada por terceiros, como a exemplo, engenheiros agrônomos ou empresas, as respostas por parte dos produtores foram de 45,5% que contratam, seguido de 36,4% que não contratam nenhum tipo de assistência técnica e 11,4% que contratam parcialmente. Seguindo esse mesmo parâmetro, os pesquisados foram perguntados ainda quanto ao uso de equipamentos para implementação da agricultura de precisão em sua propriedade, a resposta foi de 52,3% que não possuem nenhum equipamento de AP contra 47,7% dos pesquisados que possuem equipamentos em sua propriedade.

Buscando entender, quais são os motivos que levam ou não os produtores a possuírem equipamentos de agricultura de precisão (AP), o questionamento a seguir era referente ao treinamento especifico da mão de obra relacionada as práticas de agricultura de precisão, 52,3% responderam que não tiveram nenhum tipo de treinamento, seguido de 36,4% já tiveram algum tipo de treinamento de mão de obra e 11,4% responderam que possuem um treinamento parcial.

Para tentar diagnosticar a adoção da agricultura de precisão, os produtores pesquisados foram indagados acerca dos impactos do uso da agricultura de precisão (AP) em suas

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propriedades, no gráfico 8 pode-se observar que o principal impacto é o aumento de produtividade com 63,6% das respostas, seguido aumento de rentabilidade financeira com 52,3% e empatados com 40,9%, apresentou uma melhoria na qualidade dos produtos e um uso racional de insumos, com isso pode-se afirmar que a tecnologia da agricultura de precisão permite tanto o produtor produzir mais, quanto permite reduzir o consumo de insumos agrícolas, levando assim uma possível redução de custos.

Gráfico 8: Impactos do uso da agricultura de precisão (AP) Fonte: Os Autores (2018).

Para uma melhor compreensão sobre tecnologias de agricultura de precisão, foram questionados aos produtores pesquisados sobre o conhecimento da ISOBUS (Padronização de comunicação entre tratores e implementos agrícolas), a resposta pode ser observada no gráfico seguinte:

Gráfico 9: Conhecimento dos pesquisados sobre a ISOBUS Fonte: Os Autores (2018).

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Pode-se observar que 68,2% dos pesquisados desconhecem o termo ISOBUS, que faz menção a norma ISO 11783 e que foi adotado por representantes de marketing de vários fabricantes de maquinas agrícolas, de acordo com o Pereira (2008) a norma ISO é composta por um “conjunto de definições, regras e procedimentos que tem por objetivo permitir a conexão e a troca de informações entre as unidades de controle de um trator e um implemento agrícola.” Em conformidade a Souza et al. (2007) que descreve:

O propósito do padrão ISO 11783 é prover um padrão aberto para interconexão de sistemas eletrônicos embarcáveis. O sistema eletrônico que promove a interconexão de um dispositivo ao barramento é denominado Electronic Control Unit (ECU) ou Unidade Eletrônica de Controle. Uma única ECU pode ser responsável pela conexão de um ou mais dispositivos a um barramento. O conjunto formado por ECU e dispositivo constitui um nó CAN (SOUSA et al., 2007).

Ainda referente a informações recebidas pelos produtores pesquisados, os mesmos foram indagados referente a quais as principais fontes de informações sobre a AP eram obtidas pela propriedade, a principal resposta era de que o conhecimentos sobre as tecnologias de agricultura de precisão eram obtidas através de outras propriedades com 50% das respostas, seguido pelos fornecedores de maquinas agrícolas com 38,6% das respostas e posteriormente cooperativas com 34,1% das respostas aceitas.

Para uma melhor compreensão acerca dos obstáculos encontrados na adoção da agricultura de precisão, os produtores foram questionados quais seriam os principais motivos, que podem ser observados no gráfico a seguir:

Gráfico 10: Obstáculos do uso da agricultura de precisão (AP) Fonte: Os Autores (2018).

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Como consegue-se observar, o principal obstáculo apontado pelos produtores pesquisados são os elevados custos da tecnologia AP com 68,2% das respostas, seguido pela necessidade da troca de maquinário com 38,6% e com 36,4% dos elevados custos nas prestações de serviços.

Conclusões

Dos produtores que responderam ao questionário o maior número disse ser associado alguma cooperativa. A variedade amostral está entre 0 a 1000 hectares de terras agriculturáveis, incluindo próprias e arrendadas. Os principais produtos agrícolas cultivados entre os pesquisados foram principalmente soja e milho, seguidos de trigo e aveia. As principais atividades em que AP é desenvolvida é a aplicação de calcário em taxa variada e amostragem de solo em grade. Quando questionados sobre a postura a ser adotada os pesquisados responderam que pretendem expandir o uso da AP. As principais fontes de informação acerca da agricultura de precisão tem sido outras propriedades agrícolas, seguido de fornecedores de maquinas agrícolas e cooperativas. Existe a percepção que a utilização da AP proporciona um aumento de produtividade e rentabilidade financeira ao produtor agrícola. Com os dados pode-se concluir que os produtores pesquisados têm uma visão da AP que se restringe a máquinas e o aumento da produtividade, quando a AP é na verdade um englobado de técnicas, manejo agrícolas, tecnologias, maquinários que possui o objetivo de aumentar a rentabilidade e consequentemente redução do impacto ambiental.

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REFERÊNCIAS

BARBIERI, D. M.; MARQUES JÚNIOR, J.; PEREIRA, G. T. Variabilidade espacial de atributos químicos de um Argissolo para aplicação de insumos à taxa variável em diferentes formas de relevo. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 28, p. 645-653, out./dez. 2008.

CASCAVEL. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. . Produção agrícola - Cereais, leguminosas e oleaginosas. 2010. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/cascavel/pesquisa/31/29644?tipo=ranking&indicador=2 9715>. Acesso em: 8 out. 2018.

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CAPELLI, N.L. Agricultura de precisão - Novas tecnologias para o processo produtivo. LIE/DMAQAG/FEAGRI/UNICAMP, 1999.

COELHO, A. M. Agricultura de precisão: manejo da variabilidade espacial e temporal dos solos e culturas. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2005.

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PARANÁ. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. (Comp.). Produção agrícola - Cereais, leguminosas e oleaginosas. 2010. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/pesquisa/31/29644?tipo=ranking&indicador=29687>. Acesso em: 05 out. 2018.

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PITANGA. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. . Produção agrícola - Cereais, leguminosas e oleaginosas. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/pitanga/panorama>. Acesso em: 08 out. 2018.

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SOUSA, Rafael Vieira de et al. Redes Embarcadas em Máquinas e Implementos Agrícolas: o Protocolo CAN (Controller Area Network) e a ISO11783 (ISOBUS). Empresa Brasileira de

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