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Aline Bazenga*, Catarina Andrade* e Lorena Rodrigues** (UMa, Portugal*; UFC-CAPES/PDSE, Brasil**) IV CIDS - SORBONNE, PARIS

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(1)

VARIANTES SINTÁTICAS (PADRÃO E NÃO-PADRÃO)

EM CONSTRUÇÕES PRONOMINAIS DO PORTUGUÊS:

USOS, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ATITUDES

LINGUÍSTICAS DE FALANTES MADEIRENSES

Aline Bazenga*, Catarina Andrade* e Lorena Rodrigues**

(2)

INTRODUÇÃO

Mudança e Variação nas construções pronominais em

variedades do português:

1.

Variação e mudança em PE

2.

Variação dialetal em PE

3.

Variação em variedades não europeias do

português: variedades do PB e Africanas (Angola e

Moçambique)

(3)

INTRODUÇÃO

Etapas de uma investigação ainda em curso sobre

Variantes não-padrão de OD em variedades do PE

na Madeira (usos e perceção)

1.

Dados atestados em falantes madeirenses

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal); BAZENGA (2011)

Primeiros resultados quantitativos - trabalhos de mestrado de 2014

2.

Dados da perceção de falantes madeirenses

ANDRADE (2014); BAZENGA e ANDRADE (2015)

(4)

VARIAÇÃO E MUDANÇA NA SINTAXE

PRONOMINAL EM PE

(MARTINS, 1994)

Século XIII

(1) a. (Lx, 1290) presente fuy e esta procuraçõ cõ

mha mãão propria escreuy e rapeyaa e emmendeya na oytaua regra no logo que diz Achelas

b. (NO, 1277) e o dito Steuã díaz u octorgou

Século XV

(2) a. (NO, 1408) e façouos della doaçom Antre vjuos b. (NO, 1414) e xe lho obrigem A lhas defender

e lhas Asy darem desëbargadas

Século XVI

(3) a. (Lx, 1544 e desta maneira os ha ella dita

senhora dona guyomar por Reçebidos em sy

Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/gramhist/sxgenerativa.html ordem 1250-99 1300-49 1350-99 1400-49 1450-99 1500-49 cl V 7.1% (4/56) 24.6% (15/61) 41.9% (18/43) 78.9% (30/38) 92.7% (38/41) 98.8% (80/81 ) V-cl 92.9% (52/56) 75.4% (46/61) 58.1% (25/43) 21.1% (8/38) 7.3% (3/41) 1.2% (1/81)

(5)

VARIAÇÃO E MUDANÇA NA SINTAXE

PRONOMINAL EM PE

(MARTINS, 1994)

AUTORES PRÓCLISE ÊNCLISE INTERPOLAÇÃO

Afonso de Albuquerque (1462-1515) 73.5% (119) 26.5% (43) sim

Damião de Góis (1502-1574) 97.1% (130) 2.9% (4) sim

Fernão Mendes Pinto (1510?-1583) 98.1% (102) 1.9% (2) sim

Diogo do Couto (1542-1616) 72.5% (74) 27.5% (28) sim

Francisco M.de Mello (1608-1666) 92.3% (36) 7.7% (3) sim

(residual)

António Vieira (1608-1697) 31.6% (117) 68.4% (248) não

António Verney (1713-1792) 27.3% (18) 72.7% (48) não

Almeida Garrett (1799-1854) 19.3% (11) 80.7% (46) não

Oliveira Martins (1845-1894) 2.4% (2) 97.6% (80) não

Fonte: disponível em : http://www.clul.ul.pt/files/ana_maria_martins/MartinsFromUnity.pdf

(6)

VARIAÇÃO E MUDANÇA NA SINTAXE

PRONOMINAL EM PE

(Português Arcaico)

Nunes, José Joaquim Nunes, Compêndio de Gramática

histórica, 1989: 235 (pronomes)

ele ou el acusativo (ou OD): exemplos publicados por Pedro D’Azevedo

(Revista Lusitana, VIII, 39)

(4)

Séc. XIII

(1270) a. “(...) faredes senpre per tal preeto que uos

tenades

ele

em uossa uida”

Séc. XIV (1311) b. “(...) que esta carta mandamos fazer

ela

per

dante homees “

(7)

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

– PE dialetal

(5)

a velha onti à nõiti dê

Ø

uma pazada (Odeleite – p. 125)

(6)

começa

Ø

só com duas ripas tambéim (Odeleite – p. 128)

(7)

Eu não quero

ele

cá dentro (Ericeira – p. 180)

(8)

Molhómos

elas

todas (Ericeira – p. 180)

(9)

dá para

mim

guardari (Odeleite – p. 153)

(GUEDES E BERLINCK, 2006: 1476)

(10)

apenas eu

lhe

boto no forno (Ajuda da Bretanha/Açores)

(8)

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

- PB

Pessoa

Português brasileiro formal Português brasileiro informal Sujeito Complemento Sujeito Complemento 1ª pessoa singular Eu Me, mim, comigo Eu, a gente Eu, me, mim, Prep + eu,

mim 2ª pessoa singular Tu, você, o senhor, a

senhora

Te, ti, contigo, (preposição +)

o senhor, com a senhora Você/ocê, tu

Você/ ocê/ cê, te, Preposição + você/ocê (= docê, cocê)

3ª pessoa singular Ele, ela 0/a (em desaparecimento), lhe, se, si, consigo

Ele/ei Ele, ela, lhe, Prep + a gente

1ª pessoa plural Nós Nos, conosco A gente A gente, Prep + a gente 2ª pessoa plural Vós (de uso restrito),

os senhores, as senhoras, vocês

(preposição +)

os senhores, as senhoras Vocês/ ocês/ cês

Vocês/ ocês/ cês, Preposição + Vocês/ vocês

3ª pessoa plural Eles, elas Os/as (em

desaparecimento), lhes, se, si, Eles/eis, elas

Eles/eis, elas, Preposição + eles/eis, elas

(9)

IV CIDS - SORBONNE, PARIS - 2016 10

21 Por esse motivo, Cyrino (1997), utilizando a teoria para elipses de Fiengo & May (1994), propõe que, devido a fatores históricos que descreveremos abaixo, o objeto nulo é um fenômeno de elipse em Forma Fonética e reconstrução em Forma Lógica, nos moldes das elipses de sintagma verbal.

Essa proposta tenta resgatar a idéia avançada em Kato (1993) de que o objeto nulo em Português Brasileiro é a contraparte nula do pronome neutro o, o primeiro pronome clítico de terceira pessoa a desaparecer nessa língua. Como veremos abaixo, o objeto nulo parece ter surgido a partir da queda desse pronome, em construções em que a elipse também era permitida pela gramática.

Os resultados do estudo diacrônico em Cyrino (1997) mostram vários fatos acerca do Português Brasileiro:

a) um decréscimo de posições preenchidas para o objeto direto - veja a tabela 1. posições nulas posições

preenchidas TOTAL Século n. % n. % n. % XVI 31 11 259 89 290 100 XVII 37 13 256 87 293 100 XVIII 53 19 234 81 287 100 XIX 122 45 149 55 271 100 XX 193 79 51 21 244 100

Tabela 1. Distribuição de posições nulas vs. preenchidas, em Cyrino (1997).

b) o primeiro objeto nulo a aparecer é aquele cujo antecedente é proposicional, isto é, o objeto que poderia ser realizado pela clítico neutro o:37

Século NP[+específico] NP[-específico] proposicional genérico XVI 3 % (4/139) 9% (3/34) 23% (23/99) 50% (1/2) XVII 4% (4/100) 18% 16/90) 21% (14/68) 33% (3/12) XVIII 8% (9/120) 6% (2/33) 45% (41/90) 25% (1/4) XIX 31%(38/121) 4% (1/24) 83% (81/98) 33% (1/3) XX 67% (64/95) 86% (31/36) 91% (97/107) 0

Tabela 2. Objetos nulos de acordo com o tipo de antecedente, adaptado de (Cyrino1997) - excluídos: elipse de VP e objeto nulo dêitico

1.2 O trabalho de Duarte

Duarte (1987 e 1989), trabalhando principalmente com corpus de língua falada da cidade de São Paulo, identifica um processo de mudança lingüística em curso com relação à realização do objeto direto anafórico, com a substituição do clítico acusativo de 3ª pessoa (o/a/os/as) pela categoria vazia [cv] e, em menor escala, pelo pronome lexical na forma nominativa (ele[s]/ela[s]). De um total de 1.974 ocorrências, o clítico só representa 4,9% dos dados, conforme a tabela:

Tabela 1: Realização do objeto direto anafórico em Duarte (1987)

Variante Ocorrências % Clítico 97 4,9 Pronome lexical 304 15,4 Categorial vazia 1235 62,6 SNs anafóricos 338 17,1 Total 1974 100,0

Fonte: Duarte (1989, p. 21), adaptado.

Note-se que o uso de SNs anafóricos não se constitui exatamente como uma variante lingüística, mas sim pode ser visto como um processo de esquiva diante da avaliação social da variação.

Com efeito, Duarte busca identificar os valores sociais adquiridos pelas variantes. Embora seja a forma conservadora e investida de prestígio pela tradição gramatical, o uso do clítico não tem boa aceitação social entre os informantes, por ser considerado “pedante”, sendo pouco apropriado para a fala natural e a conversação espontânea. Já o pronome lexical, que passa a ocupar “naturalmente” a função do clítico, sofre uma forte estigmatização social, ao ser identificado como característico de classes baixas, e é evitado. Diante desse quadro, desponta o uso da categoria vazia como estratégia neutra, não marcada socialmente. Entretanto, há também vários fatores de ordem estrutural que entram em jogo no uso das variantes.

Tabela 4. Variação OD nulo / realizado no PB (CYRINO, 1997;

2002)

Tabela 5. Variantes OD em PB, num corpus de língua falada em S. Paulo (Duarte, 1986; 1989)

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

(10)

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

- PB

• uso do clítico o

(11)

A- Meu filho estava no shopping.

B- a. Eu vi seu filho lá.

[estr. SN pleno – muito frequente]

b. Eu vi ele lá.

[estr. ‘ele acusativo’, estigmatizado]

c. Eu vi-o lá.

[estr. Clítico o – Norma culta]

d. Eu vi [ ] lá.

[estr. Omissão ]

• uso do clítico lhe (perda da sua função como dativo e uso crescente como

acusativo em alternância com te (mesmo se o falante trata o interlocutor por

você)

(12)

a. Você gosta mesmo de golfe! Eu lhe vejo sempre no clube. [estr. ‘lhe

acusativo’]

b. Você gosta mesmo de golfe! Eu te vejo sempre no clube. [estr.

(11)

Gráfico1.Resultados globais: Distribuição  das  variantes  segundo  a  variedade  do  português  (PE  e  PB)  in  FREIRE,  2005:  106) 47% 8% 14% 31% 77% 0% 11% 12%

Clítico Pronome ele SNanafórico Objeto Nulo

Freire (2005), A realização do acusativo e do dativo anafóricos de

Terceira pessoa na escrita brasileira e lusitana

PB PE

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

(12)

(13)

PM: Levam a miúda para o quarto, vestem-

lhe.

PA: minha mãe diz que lhe vão buscar e

lhe

vão levar

todos os dias.

(GONÇALVES, 2015: 175 )

VARIAÇÃO NA

SINTAXE PRONOMINAL

– PM e PA

Uso de

lhe

como OD, o fenómeno mais frequente em PA

(13)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

FALADO NO FUNCHAL

(BAZENGA, 2011)

o

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal)

– 0

(14)

a. […] jogava-

o

po chão (FNC11_MA1:032)

b. […] é normal que a seguir prevaleça e

os

corrija

de com maior cuidado do que corrija o meu teste.

(FNC-MA3.1:101)

(14)

o

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal)

objeto nulo [ ]

(15)

a. […] faço o jantar sirvo

[ ]

[sirvo-o] à família

(FNC11_MA1:010)

b. o meu pai falava comuigue e eu ouvuia

[ ]

[ouvia-o]

logue (FNC11_MA1:082)

c. a minha licenciatura termina-se antes do tempo

pretendido_ tive que me enquadrar no bolonha e

tive que

[ ]

[a] acabar mais cedo – (FNC-MA3.1:013)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(15)

o

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal)

repetição lexical

(16)

a. gostava de comprar

uma mota

_ e os meus pais

detestam

motas

[detestam-nas] (FNC-HA1:004)

b. queria

a minha roupa

vestia

a minha roupa

[vestia-a] (FNC11_MA1:067)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(16)

o

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal)

ELE

(17)

a. ponho

ele

a ver boneques [bonecos] (FNC11_MA1

243)

b. mete [meto]

ele

andar de bicicleta (FNC11_MA1 243)

c. vi

ele

a passar ao pé dela (FNC11_MA1 270)

d. e depois o maride deixou

ela

e ficou na na quinta

(FNC11_MC1.1 453)

e. e então _devorava logo

eles

todos (FNC11_MA2.2 31)

f. levou

ele

à cozinha (FNC-MB1: 344)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(17)

o

Amostra do CSF (Corpus Sociolinguístico do Funchal)

LHE

(18)

a. tento-lhe explicar e

lhe

informar [informá-lo] sobre

as coisas (

FNC11_HA1426)

b. levo-

lhe

[levo-o] a escola (FNC11_MA1 006)

c. eu não gostava dele nem

lhe

[nem o podia] podia

ver a frente (FNC11_MA1 204-5)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(18)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 NÍV EL 1 NÍV EL 2 NÍV EL 3

OD NÃO-PADRÃO

(FUNCHAL ,2011)

OD- ele OD-Lhe

5 0 0 0 2 4 6 8 10 12 (18-35) (36-55) (56-75)

OD NÃO-PADRÃO

(FUNCHAL, 2011)

OD- ele OD-Lhe

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(19)

32,70% 18,20% 30,90% 16,40% 1,80% Repetição Padrão OD Nulo Ele Lhe 36,10% 5,60% 33,30% 22,20% 2,80% 27,30% 36,40% 27,30% 9,10% 0% 25% 25% 50% 0% 0%

Repetição Padrão OD Nulo Ele Lhe

Nível 1

Nivel 2

Nível 3

Gráfico 4

.

Realização OD, 6 informantes mais velhos do Funchal(CAIRES e LUIS, 2014).

Gráfico 5

.

Realização OD, 6 informantes mais velhos do Funchal(CAIRES e LUIS, 2014).

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(20)

Repetição 29% Padrão 16% Nulo; 30; 37% Lhe; 7; 9% Ele 9%

Repetição Padrão Nulo Lhe Ele 0

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

nivel 1 nivel 2 nivel 3

Repetição (R) Padrão (O) Nulo (Z) Lhe (L) Ele (E)

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(21)

37,1%

36,4% 4,2%

2,8%

19,6%

SNRep OD Nulo Lhe Padrão Ele

23, 30% 46, 50% 11, 60% 2, 30% 16, 30% 34% 22% 1, 90% 0% 22, 60% 53, 20% 21, 30% 0% 6, 40% 19, 10%

SNREP OD NU LO LH E PAD RÃO ELE

Faixa A Faixa B Faixa C

Gráfico 8. Variação na realização OD, 6 informantes com

escolaridade básica (nível 1) do Funchal(AVEIRO e SOUSA, 2014). Gráfico 9. Variação na realização OD, 6 informantes com escolaridade básica(nível 1) e por faixa etária do Funchal(AVEIRO e SOUSA, 2014).

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(22)

4, 9 15, 4 62, 6 17, 1 16 9 37 29 18, 2 16, 4 30, 9 32, 7

CLÍTICO PRO-ELE VAZIO/NU LO REPETIÇÃO SN

PB (S.Paulo) PE (Funchal)A PE (Funchal)C

VARIANTES DE OD NO PORTUGUÊS

(23)

Pontos de Inquérito

(6)

Funchal, Santa Cruz, Machico, Câmara

de Lobos, Santana e S. Vicente

Figura 1. Pontos de Inquérito (Andrade, 2014)

Idade Escolaridade Sexo

A 18 - 35

anos 1 > Básico H

Homem

B 36 - 55

anos 2 > Secundário M Mulher C 56 - 75

anos 3 > Superior

Tabela 6.Amoststra estratificada (18 informantes p/ ponto de inquérito) num total de 126 (Andrade, 2014)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

(24)

A

B

B1

C

Variantes sintáticas (escala de Lickert)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

(25)

65% 16% 7% 8% 4% 10% 6% 7% 13% 63% 54% 17% 11% 9% 10% 33% 11% 9% 18% 29%

1- very bad 2- bad 3-average 4- good 5- very good

Sim, eu sei, eu vi-lhe ontem Sim, eu sei, eu vi-o ontem sim, eu sei, eu o vi ontem sim, eu sei, eu vi ele ontem

O namorado da Carolina estava na praia

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

FUNCHAL

(ANDRADE, 2014)

(26)

50% 17% 0% 22% 11% 61% 0% 0% 6% 33%

1-Very Bad 2- Bad 3- Average% 4- Good 5- Very Good

Sim, eu vi ele ontem

Calheta Câmara de Lobos

11% 22% 17% 28% 22% 0% 0% 17% 39% 44%

1-Very Bad 2- Bad 3- Average% 4- Good 5- Very Good

Sim, eu vi ele ontem

Funchal Machico

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

FUNCHAL

(ANDRADE, 2014)

(27)

58% 48% 33% 17% 12% “Porque estava

chovendo” “Sim, eu sei, eu vi ele ontem.” “Tem muito trânsito nas ruas.” Porque só no verão é que a gente vai-se à praia.” “Sim, eu sei, eu vi-lhe ontem.”

Perceção de construções não-padrão no PE insular (ilha da Madeira)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

FUNCHAL

(ANDRADE, 2014)

(28)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

FUNCHAL

(RODRIGUES, 2015)

• 412 estudantes da Universidade

da Madeira;

• De ambos os sexos;

• Das áreas de Humanidades,

psicologia, engenharia,

educação física e gestão

(29)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

FUNCHAL

(RODRIGUES, 2015)

Avaliação dada a cada forma

Sexo do informante

Curso

Viveu fora da ilha

Traço [± humano] do OD

Género do OD

Forma do verbo (simples ou

composta)

Posição do pronome

(30)

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

(31)

Gráfico 16. Resultados da avaliação das variantes OD ele e -lhe por estudantes da UMa (RODRIGUES, 2015; RODRIGUES e BAZENGA, 2016): fator social (género dos inquiridos).

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

(32)

Gráfico 17. Resultados da avaliação das variantes OD ele e -lhe por estudantes da UMa (RODRIGUES, 2015; RODRIGUES e BAZENGA,

PERCEÇAO / AVALIAÇÃO - VARIANTES

DE OD NO PORTUGUÊS FALADO NO

(33)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema pronominal da Língua Portuguesa está

em processo de mudança avançado nas variedades

brasileira, africanas e madeirense, em comparação

com o PE continental.

A não distinção de formas entre nominativo,

acusativo e dativo, na terceira pessoa, aponta para

uma mudança em que o sistema de casos passa a

um sistema referencial (FREIRE, 2005; RODRIGUES

(no prelo)).

(34)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fatores cognitivos e culturais (LABOV, 2010)

estariam no centro dessas mudanças, uma vez

que ocorrem de modo semelhante em

diversas variantes geográficas do português

“pós-colonial”.

(35)
(36)

Referências bibliográficas

ANDRADE, Catarina Graça Gonçalves, Crenças, Perceção e Atitudes Linguísticas de Falantes Madeirenses, Dissertação de Mestrado em Estudos Linguísticos e Culturais apresentada à Universidade da Madeira, Funchal, texto policopiado, 2014

BAZENGA, Aline, Aspectos do português falado no Funchal e Variedades do Português, III SIMELP

(Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa), Universidade de Macau. Macau, China. 31de

Agosto-3 de Setembro de 2011.

BAZENGA, Aline e ANDRADE, Catarina, Evaluating The Continuum Of Syntactic Variability In Spoken European Portuguese (Madeira Island), World Conference on Pluricentric languages and their

non-dominant varieties, University of Graz, Austria, 8-11 de Julho de 2015.

CÂMARA JR., J. Mattoso. Ele como acusativo no português do Brasil. In: CÂMARA JR., J. Mattoso; UCHÔA, C. E. Falcão (org.). Dispersos. Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1975, p.47- 53.

CASTILHO, Ataliba T. de; ELIAS, Vanda Maria. Pequena gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2012.

CYRINO, Sônia Maria Lazzarini. Observações sobre a mudança diacrônica no português do Brasil: objeto nulo e clíticos. In: ROBERTS, Ian; KATO, Mary A. (orgs.). Português Brasileiro: uma viagem diacrônica.

(37)

Referências bibliográficas

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européenne du portugais, Université de Lyon 2, Tese de Doutoramento, 2005.

DUARTE, M.E.L. Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil. In: TARALLO, Fernando (org.). Fotografias sociolingüísticas. Campinas, SP: Pontes, UNICAMP, 1989, p.19-34.

FREIRE, Gilson Costa. A realização do acusativo e do dativo anafóricos de terceira pessoa na escrita

brasileira e lusitana. Tese de Doutorado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras,

UFRJ, 2005.

FIGUEIREDO, Maria Cristina Vieira de. O objeto anafórico no dialeto rural afro-brasileiro. 2004. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

GONÇALVES, Perpétua, A Génese do Português de Moçambique, Lisboa: IN-CM, 2010.

GONÇALVES, Perpétua. O português em África. In: RAPOSO, Eduardo B. P. et al.(Org.) Gramática do

(38)

Referências bibliográficas

GONÇALVES, Perpétua, Albertina MORENO, António TUZINE, Maria João DINIZ e Marisa MENDONÇA. Estruturas gramaticais do português: Problemas e exercícios, em P. GONÇALVES e C. STROUD (Orgs.),

Panorama do Português Oral de Maputo - Vol. III: Estruturas gramaticais do português: Problemas e exercícios, Maputo, Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, 1998, pp. 35-163. Disponível

em http://cvc.institutocamoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/explorar-por-autor.html?aut=133 INVERNO, Liliana, Português vernáculo do Brasil e português vernáculo de Angola: reestruturação parcial vs. mudança linguística. In Mauro Fernández, M. Fernández-Ferreiro e Nancy Vázquez Veiga (eds.) Los Criollos de base ibérica: ACBLPE, Madrid: Iberoamericana/Frankfurt am Main: Vervuert, 2004, pp. 201-213.

INVERNO, Liliana, A transição de Angola para o português vernáculo: estudo morfossintático do sintagma nominal, In Ana M. Carvalho (ed.) Português em contato, Madrid, Frankfurt: Iberoamericana, Editorial Vervuert, 2009, pp. 87-106

LABOV, William Padrões sociolingüísticos. Trad. Marcos Bagno; Ma. Marta Pereira Scherre; Caroline Cardoso. São Paulo: Parábola, 2008.

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Wiley-Referências bibliográficas

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