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Volume 5 Edição ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA DOR LOMBAR CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

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Academic year: 2021

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA DOR LOMBAR CRÔNICA:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Edina Custódio Santos Moreira¹; Nazareti Pereira Ferreira Alves²; Ricardo Lobão Pinheiro Alves³; Silvia Cristina Martini4; Lucyana de Miranda Moreira5

¹ Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Discente do curso de Fisioterapia. edcustodio2016@gmail.com.

² Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Discente de Doutorado do Programa de Pós Graduação Strictu Senso em Engenharia Biomédica, Universidade Ribeirão Preto (UNAERP) Guarujá e Faculdade do Clube Náutico Mogiano. Docente do curso de Fisioterapia. nalves@unaerp.br

³Universidade Paulista (UNIP) - Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFIT). São Paulo, Brasil. Programa de pós graduação latu senso em Medicina do esporte. ricolobao@gmail.com

4 Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Docente

do curso de Fisioterapia.

4 Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Pesquisadora

do Programa de Pós Graduação Strictu Senso em Engenharia Biomédica. silviacmr.rodrigues@gmail.com

5 Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Docente

do curso de Fisioterapia.

5 Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Discente de

Doutorado do Programa de Pós Graduação Strictu Senso em Engenharia Biomédica. lucyanamoreira@hotmail.com.

Seção: Saúde.

Formato: Pesquisa tecnológica (desenvolvimento experimental).

Resumo

O objetivo desse estudo foi de realizar revisão integrativa da literatura acerca das publicações sobre a atuação da fisioterapia na dor lombar crônica. A dor lombar é um dos mais frequentes e caros distúrbios da saúde pública que acomete o mundo atual, pois manifesta níveis epidêmicos na população, sobretudo em países desenvolvidos. Para realização desse estudo foram utilizados artigos pesquisados na base de dados PEDro, utilizando as palavras chaves em português e inglês: dor lombar crônica (chronic low back pain), tratamento (treatment) e fisioterapia (physiotherapy). 17 artigos foram selecionados para este estudo, onde a utilização da cinesioterapia na dor lombar crônica, incluindo um programa com alongamento, fortalecimento, controle motor e mobilização, mostrou efeitos clínicos importantes. Além da cinesioterapia, outras técnicas foram usadas. Independente da escolha da técnica como

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tratamento da dor lombar crônica, a fisioterapia foi significantemente eficaz, apresentando redução da dor e melhora da funcionalidade, oferecendo ao paciente melhor independência na realização de suas atividades de vida diária. Palavras chave: dor, coluna lombar, conduta fisioterapêutica.

Área de conhecimento: Saúde.

Tipo de trabalho: Revisão Integrativa da Literatura.

1. INTRODUÇÃO

O papel biológico da dor crônica é definido e pode ser considerado como algo que persiste após a cura da lesão que a originou. De modo geral, a dor crônica é tida como patológica, que está associada à incapacidade e estresse físico, econômico e emocional. É uma queixa habitual em pacientes portadores de diversas doenças e seu tratamento é um desafio para os profissionais da saúde, que vão em busca de novas estratégias terapêuticas. Há indícios de que a dor crônica tem repercussão negativa na qualidade de vida, na saúde em geral e no bem-estar social e psicológico, tornando-se um problema multidimensional. (RUBIRA, 2015).

Neto, Sampaio e Santos (2016) relataram que 70% da população mundial em certo momento de sua vida apresentará dor lombar transformando este doloroso processo num acometimento comum. O sedentarismo e má postura do indivíduo são fatores bastante prejudiciais ao sistema muscular e além de causar instabilidade da coluna, também causará dor. Essas dores se tornam mais frequentes em ambientes ocupacionais e acadêmicos em conjunto com os hábitos de vida do aluno.

A dor lombar crônica é considerada a segunda maior queixa no mundo. Lombalgia se refere à dor na região lombar da coluna vertebral e seus sintomas podem ser apresentados como agudos com duração de até 3 meses; e na forma crônica que pode se prolongar por mais de 3 meses (SANTOS, LUNA, COUTINHO, 2019).

A lombalgia é explicada como uma dor regional anatomicamente distribuída entre o último arco costal e a prega glútea, geralmente acompanhada por uma irritante dor e limitação de movimento, de etiologia variada, complexa e

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elevadamente discutida, que pode ser provocada por fatores biológicos, mecânicos e cognitivos (SOUZA, JÚNIOR, 2010).

A dor lombar é um dos mais frequentes e caros distúrbios da saúde pública que acomete o mundo atual, pois manifesta níveis epidêmicos na população, sobretudo em países desenvolvidos. É definida como uma dor regional distribuída anatomicamente entre o último arco costal e a prega glútea, com dor mencionada a um ou dois membros inferiores, que pode permanecer ao menos um dia, regularmente conduzida por exacerbação da dor e limitação do movimento. Apontada como patologia pela 10ª revisão do código internacional das doenças pela organização mundial da saúde, e por ser o sintoma musculoesquelético mais recorrente, a dor lombar tem desfechos socioeconômicos importantes e é a maior motivação para buscas a profissionais da saúde. (RUBIRA, 2015).

Na fase aguda da dor lombar, recomenda-se o uso prescrito de medicamentos, terapia manual e instrução ao paciente sobre a necessidade de se manter ativo o máximo possível para um retorno rápido às atividades normais e de trabalho. Na fase subaguda é indicado acompanhamento multidisciplinar, exercícios, terapia cognitivo-comportamental e orientações sobre a dor lombar, com a finalidade de quebrar mitos sobre esta condição. (MAGALHÃES, 2016).

A fisioterapia na dor lombar crônica busca atuar por meio de seus recursos terapêuticos, proporcionando alívio dos sintomas, prevenção de agravamento pela doença, além de assegurar bem-estar e melhora na qualidade de vida. Dessa forma, a fisioterapia, em longo prazo, oferece efeitos significativos na dor lombar crônica, como redução no uso de fármacos contínuos e sua adesão ao programa de reabilitação é importante para a melhora da funcionalidade através de recursos como a cinesioterapia, a eletroterapia e a hidroterapia. (JORGE et al., 2015)

2. OBJETIVOS

Realizar revisão bibliográfica integrativa acerca das publicações sobre a atuação da fisioterapia na dor lombar crônica.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa com critérios de busca e análise estabelecidos a partir da escolha de base de dados e as diferentes combinações de descritores booleanos.

A revisão integrativa pode ser considerada como uma ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado, além da combinação de dados da literatura teórica e empírica, a fim de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de um determinado tópico (SILVEIRA,2005).

3.1 Procedimentos

Para realização desse estudo foram utilizados artigos pesquisados na base de dados PEDro, utilizando as palavras chaves em português e inglês: dor lombar crônica (chronic low back pain), tratamento (treatment) e fisioterapia (physiotherapy).

A base de dados PEDro foi selecionada por ser específica para estudos que investigam a eficácia de intervenções em fisioterapia, podendo ser acessada gratuitamente por meio do site http://www.pedro.org.au. Essa base de dados foi criada em 1999, por um grupo de fisioterapeutas australianos do Centro de Fisioterapia Baseada em Evidências da Universidade de Sydney, com a missão de maximizar a eficácia dos serviços de fisioterapia e facilitar a aplicação prática da melhor evidência existente, com o lema principal "a fisioterapia eficaz deve ser centrada no paciente, focado na prevenção, baseada na melhor evidência existente e gerenciada de forma eficiente" (SHIWA, 2011).

Após leitura inicial, houve o processo de exclusão apresentado no fluxograma com as justificativas apresentando um total final de 17 artigos, que foram analisados e expostos de acordo com o PICOT, orientado pela Cochrane, que leva em consideração: amostra, intervenção, comparador, desfechos e

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tempo de aplicação da intervenção, e exposta a partir do score da escala PEDro em cada um dos ensaios clínicos.

3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão

Foram incluídos estudos que apresentam publicação em idioma português ou inglês; ensaios clínicos randomizados e aleatorizados e pesquisas que relacionem a dor crônica da coluna lombar. Foram excluídos artigos de revisão bibliográfica; artigos não condizentes com os objetivos da pesquisa, bem como as publicações em livros, resumos ou anais de congresso, publicações duplicadas e com texto em idioma diverso dos pesquisados.

Quadro 1: Fluxograma do processo de escolha dos artigos para revisão.

65 (100%) artigos encontrados 48 (74%) estudos excluídos 17 (26%) selecionados

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3.3 Plano de Análise de Dados

Seguindo os critérios de inclusão e exclusão, um total de 17 artigos foram selecionados. Com a leitura e análise dos títulos e resumos, uma nova triagem foi realizada com assuntos voltados aos objetivos da pesquisa e, por último os que tivessem o conteúdo condizente com o tema foram lidos na integra, e separados para discussão e resultados da presente revisão bibliográfica.

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4. DESENVOLVIMENTO

Os dados obtidos neste estudo foram submetidos à avaliação da escala PEDro cujo objetivo é auxiliar os usuários da base de dados PEDro quanto à qualidade metodológica dos ensaios clínicos randomizados e aleatorizados (validade interna, critérios 2 a 9 da escala), bem como avaliar a descrição estatística, isto é, se o estudo contém informações estatísticas mínimas para que os resultados possam ser interpretáveis (critérios 10 e 11 da escala). Não são avaliadas a validade externa do estudo, generalização dos resultados, nem a magnitude do efeito de tratamento (isto é, se os resultados são clinicamente relevantes ou não).

Através da classificação, a escala descreve 11 critérios, os quais os artigos devem contemplar. Quanto maior o número de critérios contemplados pelo artigo, maior a qualidade metodológica o mesmo possui, pois maior é o número de informações estatísticas para interpretação dos resultados.

Sendo esses os critérios: Os critérios de elegibilidade foram especificados, os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por grupos (num estudo cruzado, os sujeitos foram colocados em grupos de forma aleatória de acordo com o tratamento recebido), a alocação dos sujeitos foi secreta, inicialmente, os grupos eram semelhantes no que diz respeito aos indicadores de prognóstico mais importantes, todos os sujeitos participaram de forma cega no estudo, todos os terapeutas que administraram a terapia fizeram-no de forma cega, todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de forma cega, mensurações de pelo menos um resultado-chave foram obtidas em mais de 85% dos sujeitos inicialmente distribuídos pelos grupos, todos os sujeitos a partir dos quais se apresentaram mensurações de resultados receberam o tratamento ou a condição de controle conforme a alocação ou, quando não foi esse o caso, fez-se a análise dos dados para pelo menos um dos resultados-chave por “intenção de tratamento”, os resultados das comparações estatísticas inter-grupos foram descritos para pelo menos um resultado-chave e o estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade para pelo menos um resultado-chave. Após aplicação da escala os artigos podem ser classificados em aleatorizado ou quase-aleatorizado,

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podendo ser validade interna, informações estatística e critérios adicionais. Por fim, a escala apresenta uma soma que se dá a partir do critério 2 ao 11, o critério 1 não é considerado para a pontuação final por tratar-se de um item que avalia a validade externa do estudo.

Foram analisados 17 (dezessete) artigos para a revisão interativa da literatura, conforme Quadro 1.

Autor e ano Objetivo Resultados Escala PEDro Local da dor, gênero e faixa etária Tratamento fisioterapêutico CIPRIANO, P; OLIVEIRA, C. (2017). Verificar a influência da bandagem elástica no tratamento da dor pélvica posterior e na funcionalidade nas atividades de vida diária das gestantes. Os dois tratamentos mostraram melhora em relação à dor e à funcionalidade das atividades rotineiras das gestantes. Entretanto, o Grupo de Estudo obteve índices melhores do que o Grupo Comparativo. 7 Dor lombar; gestantes, com idade entre 18 e 39 anos. Bandagem elástica e hidroterapia. MAGALHÃES , MO. (2016). Comparar a efetividade da atividade gradual versus programa de exercícios supervisionado s em pacientes com dor lombar crônica não específica. Após seis meses, ambos os grupos melhoraram, porém não houve diferença significante entre os grupos para intensidade da dor. 7 Dor lombar crônica não específica; ambos os sexos, com idade de 18 a 65 anos. Alongamento, fortalecimento e controle motor.

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NASCIMENT O, PRC. et al. (2014). Averiguar a ocorrência de uma associação entre a formação de um vínculo positivo entre paciente e terapeuta, avaliada por meio do inventário de aliança terapêutica. O protocolo proposto foi eficaz na redução dos níveis de dor e incapacidade; no entanto, o recrutamento dos músculos transverso abdominal e oblíquo interno não apresentou nenhuma alteração significativa ao final da intervenção. 7 Dor lombar crônica; ambos os sexos com idade média de 37,2 anos. Exercícios de controle motor. RIBEIRO, IA; OLIVEIRA, TD; BLOIS, CR. (2015). Verificar os efeitos da aplicação do Método Pilates e da Cinesioterapia Clássica no tratamento dos sintomas de pacientes com lombalgia crônica. Houve redução significativa da dor e do Índice de Incapacidade Funcional com a aplicação de ambos os protocolos. 7 Lombalgia crônica e idade média de 32,4, de ambos os sexos. Método Pilates e a Cinesioterapia Clássica. RUBIRA, APFA. (2015). Verificar o efeito do laser e do ultrassom contínuo e pulsátil na dor e na incapacidade funcional de mulheres com lombalgia crônica não específica. A avaliação da dor e incapacidade no momento pré e pós entre os grupos não apresentou diferença estatística significativa. 7 Lombalgia crônica não específica; mulheres com idade entre 18 e 40 anos. Eletroterapia.

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CAMILOTTI, BM. et al. (2015). Comparar os efeitos de um programa de atividade física aquática (AI CHI) e cranioacupuntu ra de Yamamoto (YNSA) na intensidade da dor e função em obrigação com dor lombar crônica. Houve redução significativa da dor e melhora da capacidade funcional em YNSA e AI CHI e quando comparado ao grupo controle. 6 Dor lombar crônica; ambos os sexos com idade entre 33 e 77 anos. Acupuntura e fisioterapia aquática. FRANÇA, VL; KOERICH, MHAL; NUNES, GS. (2015). Identificar a prevalência de distúrbios do sono em indivíduos com DLC e verificar se há a associação destes distúrbios com a incapacidade funcional percebida. Os indivíduos pesquisados apresentaram nível alto de incapacidade funcional e má qualidade do sono. 6 Dor lombar crônica; ambos os sexos com idade entre 30 e 65 anos.

Não foi realizado.

SILVA, PHB. et al. (2018). Avaliar o efeito do método Pilates no tratamento da lombalgia crônica. A avaliação da dor e incapacidade no momento pré e pós entre os grupos não apresentou diferença estatística significativa. 6 Lombalgia crônica, de ambos os sexos, com idade entre 30 e 60 anos. Pilates.

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BONETTI, A. et al. (2018). Avaliar a eficácia do tratamento com ondas curtas por método indutivo em indivíduos sedentários com lombalgia crônica inespecífica. Para a ODI houve redução dos valores de incapacidade ao longo da semana de tratamento, com retorno aos valores iniciais na semana placebo; já para o QIRM não houve diferenças entre o tratamento e o placebo. Pela EVA, houve redução na intensidade da dor ao longo dos três dias de terapia, fato que ocorreu apenas no segundo dia do placebo. 5 Dor lombar de origem postural não traumática; ambos os sexos com faixa etária entre 18 e 25 anos. O protocolo de intervenção consistiu na aplicação de ondas curtas por método indutivo por 15 minutos, uma vez ao dia, três vezes por semana, com intervalo de um dia entre cada aplicação. BOTTAMEDI, X. et al. (2016). Analisar os efeitos de um programa de tratamento para DL crônica baseado nos princípios da Estabilização Segmentar (ES) e na Escola de Coluna (EC). Ambos os grupos apresentaram melhora em todas as variáveis controladas no estudo. Não houve diferença entre os grupos. 5 Dor lombar crônica; ambos os sexos, com idade média 51,2 anos. Estabilização segmentar e escola da coluna.

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CORRÊA, CPS. et al. (2015). Comparar dois protocolos de intervenção para o manejo da dor lombar crônica não- específica em mulheres de 25 a 50 anos quanto à dor, à funcionalidade e à qualidade de vida dos indivíduos. O grupo tratado com a Escola de Postura obteve resultados melhores quando comparados com os resultados do grupo tratado com o método Pilates. 5 Dor lombar crônica; mulheres de 25 a 50 anos. Pilates e escola da coluna. OGUNDIPE, AO; OGUNDIRAN, OO (2018). Investigar e comparar a eficácia relativa da Pressão Oscilatória Vertical (POV) e da Pressão Oscilatória Transversal (POT) no manejo da Dor Lombar Crônica (DLC) de origem mecânica. Os resultados do estudo mostraram uma diferença significativa em cada uma das medidas de desfecho para ambos os grupos. 5 Dor lombar crônica de origem mecânica; ambos os sexos, com idade média de 49,4 anos. Pressão Oscilatória Vertical (POV) e Pressão Oscilatória Transversal (POT). ARINS, MP. et al. (2016). O objetivo principal deste estudo foi avaliar os efeitos de um programa de tratamento para dor lombar crônica com base nos princípios da estabilidade segmentar. Ao final do tratamento todos os pacientes apresentaram melhora significativa nas variáveis controladas no estudo. 4 Dor lombar crônica; ambos os gêneros com idade média de 50,5 anos. Exercícios visando alongamentos e fortalecimento isométrico.

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CHACÓN, MCT. et al. (2015). Comparar os critérios que orientam a tomada de decisão de um grupo de fisioterapeutas. 56% dos entrevistados tinham algum tipo de treinamento para o tratamento da dor lombar crônica não específica (DLCI). 4 Dor lombar inespecífica; com idade entre 40 e 59 anos, com predomínio do sexo feminino.

Não foi realizado.

DESCONSI, MB. et al. (2019). Descrever atitudes e crenças dos fisioterapeutas que atuam no SUS no tratamento de pacientes com dor lombar inespecífica e identificar a relação entre suas características demográficas e profissionais e as orientações de tratamento. Os resultados evidenciaram maior concordância com crenças e atitudes relacionadas à orientação biomédica. 4 Dor lombar crônica inespecífica.

Não foi realizado.

DOHNERT, MB; BAUER, JP; PAVÃO, TS. (2015). Comparar os efeitos analgésicos da estimulação elétrica transcutânea e da Corrente interferencial em pacientes com lombalgia crônica. Encontrou-se melhora significativa em ambos os grupos na dor pela escala analógica visual e funcionalidade. 4 Lombalgia crônica; Eletroterapia.

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FEITOSA, ASA. et al. (2016). Identificar os fatores prognósticos para a fisioterapia convencional em pacientes com lombalgia mecânica comum crônica. Os resultados estiveram independente mente associados a uma diminuição na resposta à fisioterapia convencional para a lombalgia crônica. 4 Lombalgia crônica; maior predominânci a em mulheres, idade de 18 a 80 anos. Fortalecimento do tronco (core).

O presente estudo vem como forma de demonstração, apresentar argumentos que identifiquem qual a atuação da fisioterapia na dor lombar crônica.

A dor lombar é uma das principais causas de doenças e interfere na habilidade, qualidade de vida e produção do trabalho do indivíduo, e é a causa mais comum de consulta. Segundo França, Koerich e Nunes (2015), o sono desempenha uma função restauradora para o corpo e, quando se torna ineficaz, pode causar mudanças fisiológicas e psicológicas. Seu tratamento inclui a interdisciplina, reabilitação, exercícios (incluindo hidroterapia), acupuntura, manipulação, ioga e reeducação postural (CAMILOTTI et al., 2015).

A utilização da cinesioterapia na dor lombar crônica através de 20 sessões, mostrou efeitos clínicos importantes. A primeira variável avaliada foi a intensidade da dor (no início e pós-tratamento), onde o resultado foi 100% significativo quanto aos níveis de dor. Outra variável avaliada foi a incapacidade funcional, na qual também houve uma melhora significativa em pacientes que apresentavam dor lombar crônica (RIBEIRO; OLIVEIRA; BLOIS, 2015).

A prática regular de exercícios ativos tem sido recomendada a pacientes com dor lombar crônica, incluindo um programa com alongamento, fortalecimento, controle motor e mobilização. Foi observado melhora do quadro álgico após uso de cinesioterapia na dor lombar crônica, porém houve melhores resultados na estabilização (MAGALHÃES, 2016).

A hidroterapia é um recurso comum para tratamento da dor lombar, onde os exercícios são realizados em uma piscina aquecida para fins terapêuticos. O

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AI CHI é um método fisioterapêutico desenvolvido a partir dos princípios dos métodos de Tai Chi e Qigong associados as técnicas Shiatsu e Watsu. Esse recurso é realizado com a água no nível do ombro, com movimentos lentos e largos dos braços, pernas e tronco, associados a uma respiração profunda e calma. Os benefícios estão associados à estabilização do tronco, controle e melhora da dor e do fluxo sanguíneo (CAMILOTTI et al., 2015).

Os exercícios aquáticos têm mostrado resultados positivos no que diz respeito aos sintomas de dor lombar. Pesquisas mostram redução da dor e incremento da funcionalidade em tratamentos feitos em ambiente aquático devido a ação das propriedades físicas e térmicas da água. A água aquecida tem efeito relaxante que pode contribuir na redução da ativação de músculos paravertebrais, que consequentemente reduzem a dor lombar e oferece melhora da funcionalidade (CAMILOTTI et al., 2015).

O uso do Pilates na dor lombar crônica através de 20 sessões mostrou resultados satisfatórios. A intensidade da dor foi 100% reduzida pós intervenção, demonstrando que o método Pilates é benéfico para a restauração da capacidade funcional aumentada e dependência dos pacientes. Os exercícios ofereceram ao paciente melhora do tronco, controle postural e estabilização através do fortalecimento muscular, podendo ser considerada uma terapia alternativa para redução dos sintomas da dor lombar crônica (RIBEIRO; OLIVEIRA; BLOIS, 2015).

O método Pilates é capaz de reduzir o quadro álgico lombar e proporcionar reeducação funcional dessa disfunção, na qual pode promover bem estar físico, mental e social, também favorece ao retorno das atividades de vida diária. Os métodos de tratamento consistiram em trabalho resistido e alongamento dinâmico, associados com a respiração, realizados durante a execução dos exercícios promovem um fortalecimento uniforme aos músculos do centro de força proporcionando maior estabilidade ao segmento lombar, podendo assim ser eficaz na eliminação do distúrbio doloroso da região lombar (SILVA et al., 2018)

Outro recurso que pode ser utilizado no tratamento da dor lombar é a acupuntura, onde as agulhas são inseridas em pontos específicos da pele, com objetivo de tratar, prevenir e reduzir a dor. YNSA é uma técnica da acupuntura

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que pode ser utilizada no tratamento da dor e consiste em um microssistema que a estimulação ou punção de pontos no couro cabeludo causa efeitos em outra região do corpo, contribuindo para o tratamento de doenças dolorosas e neurológicas (CAMILOTTI et al., 2015).

A eletroterapia também desempenha papel importante no que diz respeito ao alívio da dor. Rubira (2015) relata que o efeito do laser pulsátil de baixa intensidade, do ultrassom 3 MHz (modo pulsátil) e 1 MHz (modo contínuo) na dor e incapacidade funcional em portadoras de lombalgia crônica mostraram melhoras em relação à intensidade e qualidade da dor e na incapacidade funcional, com maior ganho relativo em pacientes que utilizaram o laser pulsátil.0 Desta forma, é possível dizer que, pacientes com dor lombar crônica que mantêm uma aliança terapêutica positiva é capaz de promover um recrutamento muscular adequado, contribuindo assim, para o sucesso da reabilitação física. Nascimento et al. (2014), explica que uma aplicação de exercícios de controle motor durante oito semanas é capaz de reduzir a incapacidade e a dor a curto prazo sem necessariamente produzir mudanças no recrutamento dos músculos abdominais profundos.

De acordo com dados obtidos através da escala metodológica PEDro, os autores Cipriano; Oliveira, (2017); Magalhães, (2016); Nascimento et al. (2014); Ribeiro; Oliveira; Blois, (2015) alcançaram melhora da dor e funcionalidade através dos recursos e exercícios fisioterapêuticos, que são eles, bandagem elástica, hidroterapia, alongamento, fortalecimento, controle motor, método Pilates e cinesioterapia clássica. Porém a autora Rubira, (2015), não apresentou diferença pré e pós intervenção através de eletroterapia.

Nos estudos de Camilotti, et al. (2015) e Silva, et al. (2018), os recursos utilizados foram a acupuntura, hidroterapia e o método Pilates. Seus resultados foram redução da dor e incapacidade funcional. No artigo de França; Koerich; Nunes, (2015) não foi realizada nenhuma intervenção.

Com base nos dados dos artigos de Bonetti, et al. (2018), Bottamedi, et al. (2016), Corrêa, et al. (2015), Ogundipe; Ogundiran, (2018), o tratamento fisioterapêutico obteve redução da dor e redução da incapacidade funcional. Dentre os recursos utilizados estão as ondas curtas, escola da coluna, método Pilates, pressão oscilatória vertical e pressão oscilatória transversal.

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Os autores Arins, et al. (2016); Dohnert; Bauer; Pavão, (2015); Feitosa, et al. (2016) apresentaram resultados significativos como melhora da dor e funcionalidade através de exercícios como alongamento, fortalecimento isométrico e recurso eletrotermofototerapêutico. Os autores Chacón, et al. (2015) e Desconsi, et al. (2019) não realizaram intervenções.

Embora, o presente estudo tenha encontrado resultados significativos em relação a intervenção fisioterapêutica na dor lombar crônica, a possibilidade de um maior número de produções atuais com ensaios clínicos randomizados voltados a pacientes com lombalgia associado a reabilitação, poderia favorecer um melhor entendimento sobre os melhores recursos para esse comprometimento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término dessa pesquisa, observou-se que os tratamentos propostos pelos autores dos artigos incluídos, caracterizou-se por inúmeros recursos, sendo que a cinesioterapia, acupuntura, bandagem elástica, hidroterapia, alongamento, fortalecimento, controle motor, método Pilates, eletroterapia, escola da coluna, pressão oscilatória vertical e pressão oscilatória transversal obtiveram bons resultados quanto a melhora da dor e funcionalidade do indivíduo.

Já quanto ao resultado apresentado através do tratamento por eletroterapia, não houve diferença pré e pós intervenção.

De acordo com a escala PEDro, os artigos foram considerados com qualidade metodológica dentro da média.

Contudo, o uso da fisioterapia como tratamento da dor lombar crônica foi significantemente eficaz, apresentando redução da dor e melhora da funcionalidade, oferecendo ao paciente melhor independência na realização de suas atividades de vida diária.

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