PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO
CURSO COMPLETO DE A a Z
AULA 09
Professor Cláudio José Vistue Rios
www.iapajus.com.brPROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
RECURSO ESPECIAL
A interposição tempestiva suspende os efeitos da decisão de primeira instância e devolve à instância superior o conhecimento integral da causa (efeito suspensivo e devolutivo).
Todavia, caso a JR conceda medida acauteladora, o Recurso Especial do INSS será recebido apenas no efeito devolutivo.
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O INSS só poderá recorrer à CAJ em alguns casos, veja-se o disposto no artigo 540 da IN 77/2015:
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Art. 540. Observadas as competências previstas no Regimento Interno do INSS, cabe ao Serviço e à
Seção de Reconhecimento de Direitos das
Gerências-Executivas interpor recurso especial e oferecer as contrarrazões às Câmaras de Julgamento do CRPS.
§ 1º Nos termos do parágrafo único do art. 16 do Regimento Interno do CRPS, o recurso especial somente será interposto pelo INSS quando as decisões das Juntas de Recursos:
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Art. 540. §1º
I - violarem disposição de lei, decreto ou portaria ministerial;
II - divergirem de súmula ou de parecer do Advogado Geral da União, editado na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993;
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Art. 540. §1º
III - divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MPS, aprovado pelo Ministro de Estado da Previdência Social; ou da Procuradoria Federal Especializada - INSS, aprovado pelo Procurador-Chefe da Procuradoria Federal Especializada - INSS;
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Art. 540. §1º
IV - divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS;
V - tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes emitidos pela Assessoria Técnico Médica da Junta de Recursos e pelos Médicos peritos do INSS;
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Art. 540.
§ 2º Não cabe interposição de recurso especial por parte do INSS por motivo diferente daqueles citados no parágrafo anterior.
§ 3º O recurso especial interposto pelo interessado e apresentado na APS deverá ser imediatamente encaminhado ao Serviço e à Seção de Reconhecimento de Direitos das Gerências-Executivas para contrarrazões.
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No mesmo sentido é o disposto no § 1º do artigo 30 do Regimento Interno do CRSS, portaria 116 de 20 de março de 2017.
§ 1º O INSS recorrerá das decisões das Juntas de Recurso quando: I - violarem disposição de lei, de decreto ou de portaria ministerial;
II - divergirem de Súmula ou de Parecer do Advogado Geral da União, editado na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.
III - divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA, dos extintos MTPS e MPS ou da Procuradoria Federal Especializada - INSS, aprovado pelo Procurador-Chefe;
IV - divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRSS e do antigo CRPS;
V - tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes emitidos pela Assessoria Técnico-Médica no âmbito do CRSS e pelos Médicos peritos do INSS, ressalvados os benefícios de auxílio-doença e assistenciais nos termos do inciso I do § 2º deste artigo; e
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Caso contrário, não cabe recurso especial por parte do INSS.
•Analisando o processo, verifica-se a impossibilidade de conhecimento do recurso
interposto pelo INSS.
•Isto porque a alteração regimental que devolveu à Autarquia Previdenciária a faculdade
de interposição de recurso especial contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos determinou que fossem atendidos alguns pressupostos específicos de admissibilidade. Confira-se o disposto no artigo 16 do Regimento Interno do CRPS
(Portaria 548/2011): •(...)
•Analisando o caso em apreço, verifica-se que o acórdão proferido pela 24ª JR/CRPS, em
relação a prorrogação do benefício, não afronta dispositivo de lei, decreto ou portaria e não diverge de súmula ou parecer da Advocacia Geral da União, nem tampouco da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social. Além disso, não foi constatada a existência de vício insanável capaz de macular o aresto ora questionado.
•Ao contrário, o reconhecimento da prorrogação é medida que se impõe, tendo em vista o disposto no Parágrafo 3º, artigo 75 do Decreto nº 3.048/99.
•CONCLUSÃO: Pelo exposto, VOTO NO SENTIDO DE NÃO CONHECER DO RECURSO
INTERPOSTO pelo INSS, mantendo na íntegra a decisão proferida em primeira instância.
•(Processo: 35764.000106/2014-60 – Órgão Julgador: 1ª Composição Adjunta da 2ª
PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO Decisão do CAJ
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Decisão da conversão em diligência
As decisões que convertem os processos em diligências, deverão ser cumpridas no prazo
máximo de 30 dias, sob pena de
responsabilização do servidor que der causa ao seu cumprimento.
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Decisão da conversão em diligência
• Art. 549 (IN 77). É vedado ao INSS escusar-se de cumprir diligências solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar efetivo cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o seu evidente sentido. • § 1º É de trinta dias, contados a partir da data de
recebimento do processo na origem, o prazo para cumprimento das decisões do CRPS, sob pena de responsabilização funcional do servidor que der causa ao retardamento.
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Conselho Pleno do CRSS
Última instância Administrativa
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Conselho Pleno do CRSS
Art. 3º. Compete ao Conselho Pleno: (RICRSS – PORTARIA 116/2017)
I - uniformizar, em tese, a jurisprudência administrativa previdenciária e assistencial, mediante emissão de Enunciados;
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ÓRGÃO JULGADORES – COMPETÊNCIA Compete ao Conselho Pleno do CRSS
• II - uniformizar, no caso concreto, as divergências jurisprudenciais entre as Juntas de Recursos nas matérias de sua alçada ou entre as Câmaras de julgamento em sede de Recurso Especial, mediante a emissão de Resolução; e
• III - decidir, no caso concreto, as Reclamações ao Conselho Pleno, mediante a emissão de Resolução.
DAS DECISÕES DO CRSS
VINCULAÇÃO DO INSS
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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO Recursos – Do Julgamento
Lei 9.784/99
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
Do cumprimento dos acórdão pelo INSS
Do cumprimento das decisões – Regras
• É de 30 dias, contados a partir da data do
recebimento do processo na origem, o prazo
para o cumprimento das decisões do CRPS,
sob pena de responsabilização funcional do
servidor que der causa ao retardamento. (art.
549 da IN 77/2015)
Do cumprimento das decisões – Regras
• Art. 56. (RICRSS) É vedado ao INSS escusar-se de cumprir, no prazo regimental, as diligências solicitadas pelas unidades julgadoras do CRSS, bem como deixar de dar cumprimento às decisões do Conselho Pleno e acórdãos definitivos dos órgãos colegiados, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executá-lo de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido.
• § 1º É de trinta dias, contados a partir da data do recebimento do processo na origem, o prazo para o cumprimento das decisões do CRSS, sob pena de responsabilização funcional do servidor que der causa ao retardamento.