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Desigualdades socioeconómicas no tabagismo em jovens dos 15 aos 17 anos

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w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Artigo

original

Desigualdades

socioeconómicas

no

tabagismo

em

jovens

dos

15

aos

17

anos

Andreia

Cristina

a,∗

,

Joana

Alves

b

e

Julian

Perelman

b,c

aNeurologiaA,CentroHospitalareUniversitáriodeCoimbra,Coimbra,Portugal bEscolaNacionaldeSaúdePública,UniversidadeNOVAdeLisboa,Lisboa,Portugal cCentrodeInvestigac¸ãoemSaúdePública,Lisboa,Portugal

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo: Recebidoa15dejaneirode2015 Aceitea22desetembrode2015 On-linea30denovembrode2015 Palavras-chave: Desigualdades Tabagismo Adolescência Estatutosocioeconómico Fatoressocioeconómicos

r

e

s

u

m

o

Asdesigualdadessocioeconómicas(SE)notabagismonaadolescênciacontribuemparaas desigualdadesemsaúdenosadultos.Estetrabalhomediuaassociac¸ãoentreestatutoSE etabagismoemPortugal,atravésdeumgrupode1.900adolescentesentre14-17anosde 6escolas.Aprobabilidadedefumarregularmentefoiestatisticamentemaiselevadaem filhosdepaidesempregado,nosalunoscompiordesempenhoescolaremaiorsemanada.O estatutoSEdopróprioadolescentetemmaiorinfluênciaqueascondic¸õesSEdasuafamília. Aspolíticasdevemfocar-senasituac¸ãodoadolescente,promovendoobem-estarnaescola eintegrac¸ãonosistemaeducativo.

©2016TheAuthors.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.emnomedaEscolaNacional deSaúdePública.EsteéumartigoOpenAccesssobalicençadeCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Socioeconomic

inequalities

in

smoking

among

adolescents

aged

from

15-17

Keywords: Inequality Smoking Adolescence Socioeconomicstatus Socioeconomicfactors

a

b

s

t

r

a

c

t

Thesocioeconomic(SE)inequalitiesinsmokingamongadolescentscontributetohealth inequalitiesinadulthood.ThisstudyaimsatverifyingtheassociationbetweenSEstatus andsmokinginPortugal,usingagroupof1,900studentsagedbetween14and17from6 schools.Thelikelihoodofsmokingwassignificantlygreateramongchildrenofunemployed fathers,andamongstudentswithaloweracademicperformanceandahigherpersonal income.Theadolescent’sownSEstatusismoreinfluentialthanherfamily’sSEcondition. Policiesmustfocustheadolescent’ssituation,bypromotingthewell-beingatschooland theintegrationintheeducationsystem.

©2016TheAuthors.PublishedbyElsevierEspaña,S.L.U.onbehalfofEscolaNacionalde SaúdePública.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:a.s.cristina@hotmail.com(A.Cristina).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2015.09.002

0870-9025/©2016TheAuthors.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.emnomedaEscolaNacionaldeSaúdePública.EsteéumartigoOpen AccesssobalicençadeCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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Introduc¸ão

As desigualdades em saúde estão relacionadas com as condic¸õesemqueaspessoassedesenvolvem.Estascondic¸ões relacionam-se,essencialmente,com o background socioeco-nómico e os estilos de vida1,2. De facto, estudos recentes

demonstram que os estilos de vida contribuem para as desigualdades socioeconómicas em saúde, sugerindo que as desigualdades nos comportamentos de saúde expli-cam uma parte substancial das desigualdades sociais na mortalidade3.

Aadolescênciaéumafasedemudanc¸a,comnovas expe-riências, onde podem estar incluídos comportamentos de risco4. Éneste períodoque os adolescentesdefinem o seu

estilodevidaepodeminiciaroconsumoregulardetabaco atéà idade adulta5.Nesta transic¸ão,os adolescentesestão

expostosafasesderisco,inadaptac¸ãoeprovac¸ão6.Aadoc¸ão

decomportamentosderiscopodesernormaldentrodo desen-volvimentosocialdoadolescente, visto esteestar apassar porumperíododetransic¸õesemudanc¸aspessoaisesociais7,

quefazemmanifestarnojovemumanecessidadede expe-riênciasnovas,envolvendocomportamentosderiscocomo objetivodealcanc¸aremnovassensac¸ões8.Noentanto,as

cara-terísticassocioeconómicasdocontextodevidadoadolescente podeminfluenciaresteperíododedesenvolvimento.Defacto, osadolescentesprovenientesdefamíliascommenorestatuto socioeconómico(ESE)podemestarexpostosabairros insegu-ros,atrabalhosprecáriosafim deganharemdinheiropara contribuir para o rendimento da família ou para gastarem consigo.Logo,podemtermenostempoparaparticiparem ati-vidadesextracurriculareseestaremsujeitosamaioresníveis destress9.

EstudosinternacionaiscomprovamqueumbaixoESEpode colocarosadolescentesemriscoporinúmerasrazões,como termenosacessoacuidadosdesaúde,piorescondic¸õesde vida,menorníveldeconhecimentosobreasconsequências negativasdecomportamentosquecomprometemasaúdee maiorstress psicológico10. Existe de facto bastante evidên-ciana literaturasobre aassociac¸ão entre tabagismoe ESE naadolescência,comodemonstradonumacomparac¸ão inter-nacionalmuitoalargada,ondeseobservou,noentanto,que esta associac¸ãonãoera significativapara Portugal.Por um lado,estudosdocumentamarelac¸ãoentretabagismodo ado-lescenteecondic¸õessocioeconómicasdafamília,apontando paraainfluêncianegativadeterpaisquenãotrabalham11–13,

da pobreza e privac¸ão material14,15 e do baixo nível de

educac¸ãodospais11,16,17.Poroutrolado,osestudostambém

apontam para a influênciado ESE dopróprio adolescente, representadopeloseudesempenhoescolar18eoseu

rendi-mentopróprio10,19.Existetambémevidênciadequeoestatuto

escolartemmaiorinfluênciaqueascondic¸ões socioeconómi-casdafamília10.

EmPortugal,aformacomoasdesigualdadessociaisafetam oconsumodetabaconosadolescenteséumapreocupac¸ão crescente,vistoqueotabagismonaadolescênciaimpactano tabagismona idade adulta20 aumentando a mortalidade21,

e consequentemente contribui para as desigualdades da mortalidade22.Noentanto,poucosestudosexistemsobreeste

tema.Estetrabalhocontribuiparaestaliteraturaatravésda

medic¸ão dasdesigualdades no tabagismonosadolescentes emPortugal.

Métodos

Oestudo

Este estudo enquadrou-se no projeto europeu Smoking Inequalities–LearningfromNaturalExperiments(SILNE).Foi rea-lizado um inquérito escolar a adolescentes em 6 cidades europeias(parainformac¸õesdetalhadassobreaformacomo foiconduzidooestudo,inclusivamenteosprocedimentospara garantiraconfidencialidade,verreferência23)23.Emcadapaís

foi selecionada umacidadeque fosse comparávelàmédia dopaísemtermosdetamanhodapopulac¸ão,rendimentoe ataxadedesemprego,excluindoascapitais.EmPortugal,a cidadeescolhidafoiCoimbra.Foramselecionadas6escolas, medianteumprocessodeamostragem,enestasescolasforam convidadososalunosdo10.◦ edo11.◦ ano18.Numtotalde

2.409alunos,1.900aceitaramparticiparnoestudo,obtendo-se umataxaderespostade78,87%,comparávelàstaxasobtidas emoutrascidadeseuropeias23.Oestudofoiaprovadopara

Por-tugalpelaDirec¸ãoGeraldoEnsino(processo00338600001),no dia2denovembrode2012.

Variáveis

FoiavaliadooconsumoregulardetabacoeoESE.Esteúltimo foi medidoporumacombinac¸ãode indicadoresobjetivose subjetivos,cominformac¸õesfamiliares(nívelocupacionaldos pais,escolaridadedospais,FamilyAffluenceScale(FAS),posic¸ão socialsubjetivadafamília,avaliadapelaescaladeMcArthur,

privac¸ão material) epessoais(rendimento semanal adoles-centeeodesempenhoescolar).

Avariávelconsumoregulardetabaco,retratandoaqueles quefumamdiariamenteouregularmente24,foidivididaem duascategorias:não,sim.

AFamilyAffluenceScale(FAS)estáconceptualmente relaci-onadacomoconsumocomumeíndicesdeprivac¸ãomaterial habitacional. Écompostaporquatroitens: “possede carro, carrinhaoucamioneta” (Sim,1;Não,2;Sim,2oumais,3); “existênciadequartopróprio”(Sim,1;Não,2);“viagenscoma famílianos12mesesanteriores”(Nunca,0;1vez,1,2vezes, 2;maisde2vezes,3);e“númerodecomputadores existen-tes na família”(Nenhum, 1; Um, 2; 2,3; Maisde 2, 4). Na base destes itens, écalculado umscore que correspondeà somadosvaloresdecadaresposta.Paraamaioriadas aná-liseséutilizadaumaescalaordinalcompostaportrêspontos principais,ondenacategoria“FASnívelbaixo”seincluemos alunoscomscorede0-1-2;“FASnívelmediano”apresenta umscorede3-4-5e“FASnívelalto”correspondeaosscores 6-7-8-925.

A variável educac¸ão dos pais foi construída pela res-postaàpergunta:«Qualomaiorníveldeescolaridadedoseu pai/mãe?».AtendendoàLeideBasesdoSistemaEducativo41

queestabeleceoquadrogeraldosistemaeducativoem3níveis –básico,secundárioesuperior–procedeu-seàcategorizac¸ão davariávelem3categorias,porníveldeensino.

(3)

Asvariáveisquedizemrespeitoàocupac¸ãodospaisforam transformadasnumanovavariávelcategórica,com3 catego-rias:paistrabalham,nãotrabalhamounãosabe.

O estatuto social subjetivo foi mensurado pela escala

McArthur, composta por uma escada com 10 níveis. Foi solicitadoaos participantes para se alocarem ao nívelque consideravamquerepresentavaaposic¸ãodasuafamíliana sociedade.Avariávelfoiagrupadanosníveis:baixo,mediano ealto.Nonívelbaixoforamincluídasasclasses«worstoff»até aovalorintermédio5,nonívelmedianofoiabrangidaaclasse referenteaonívelintermédio6,aonívelaltocorrespondemas classesintermédias7,8,9e«bestoff»26.

No que concerne à privac¸ão material, no âmbito deste estudofoiutilizadaacaracterizac¸ãocombaseem8itens,que foram adaptados ao indicadorutilizado normalmentepelo InstitutoNacionaldeEstatística27.Os8itenscorrespondentes

àprivac¸ãomaterialforam:nãoteracapacidadeparapagar umasemanadeférias,nãoconseguirfazer faceadespesas inesperadas,nãoconseguirevitarpagamentosematraso,não terrecursosparamanteracasaadequadamentequente,não possuircasaprópria,nãotercarropróprio,nãoterinternet, nãotercomputador/portátil/tabletpróprio.Aintensidadede privac¸ãomaterialcorrespondeà proporc¸ãode pessoasque vivememfamíliasquenãopodempagarpelomenos3dos 9itensapresentados27.

NoquerespeitaaoESEdoadolescente,estesforam con-vidados a indicar o dinheiro que receberam por trabalhos realizadosouquerecebemporsemana,originandoa variá-velsemanada.Paraaconstruc¸ãodestavariável,foiavaliada apergunta«quantodinheirorecebesporsemanaparagastar contigo,pouparouemtrabalhoscomobaby-sitting?».Foi efetu-adoumagrupamentoem3categorias:0-5D;6-10D;11-100D. Avariável desempenho escolar foi avaliadapelas notas quantitativasequalitativas,doanoanterior,reportadaspelo próprio. A variável foi categorizada em 5 classes: 1=mais de 85% (melhores notas);2=70-84%;3=60-69%; 4=50-59%; 5=menosde50%(notasmaisbaixas).

Análiseestatística

Procedeu-se à realizac¸ão de uma análise logística multi-variada, para a associac¸ão entre ser fumador regular e caraterizac¸ãosocioeconómicaajustadaspelaidadee estrati-ficadaporsexo.Paraaanálisedomodeloforamestudadosos valoresdeoddsratio(OR)eosintervalosdeconfianc¸aa95%. AsanálisesforamrealizadascomrecursoaoSPSS,versão20.

Resultados

Atabela1apresentaascaraterísticasdosparticipantes.Mais de metade dos participantes já experimentou fumar, pelo menosumas passas (raparigas:52,8%; rapazes:56,6%), e a idademédiadeiníciodeconsumodetabacocorrespondeaos 15anosdeidade.

Constatou-sequeasraparigasfumam,emmédia,menos queosrapazes(17,1versus22,1%).

Noquerespeitaàsvariáveissocioeconómicasfamiliares, verificou-seque,noqueconcerneàposic¸ãosocialsubjetiva, apercentagemmaiselevadanasraparigascorrespondeuao

Tabela1–Caraterizac¸ãodaamostrafaceàsvariáveis (n=1.900) Raparigasn=942 Rapazesn=958 n(%) n(%) Idade 14-15anos 367(39) 299(31,6) 16anos 379(40,3) 381(40,3) 17anosoumais 194(20,6) 265(28) Fumadorregular Não 772(82,2) 733(77,9) Sim 191(17,1) 208(22,1)

FamilyAffluenceScale

Nívelbaixo 389(41,3) 405(42,3) Nívelmediano 328(34,8) 299(31,2) Nívelalto 225(23,9) 254(26,5) Educac¸ãomãe Ensinobásico 114(12,5) 94(10,4) Ensinosecundário 390(42,7) 429(47,5) Ensinosuperior 409(44,8) 380(42,1) Educac¸ãopai Ensinobásico 137(15,4) 133(14,9) Ensinosecundário 426(48) 472(53) Ensinosuperior 325(36,6) 286(32,1)

Posic¸ãosocialsubjetiva

Nívelbaixo 340(36,6) 341(36,3) Nívelmediano 229(24,6) 262(27,9) Nívelalto 361(38,8) 337(35,9) Semanada 0-5D 283(30,4) 302(31,9) 6-10D 337(36) 308(32,6) 11-100D 312(33,5) 336(35,5)

Situac¸ãodopaifaceaoemprego

Não 82(9,4) 109(12,3)

Sim 795(90,6) 780(87,7)

Situac¸ãodamãefaceaoemprego

Não 111(12,1) 107(11,6) Sim 809(87,9) 819(88,4) Privac¸ãomaterial Não 858(91,1) 870(90,8) Sim 54(8,9) 88(9,2) Desempenhoescolar >85 115(12,3) 91(9,6) 70-84%; 278(29,7) 233(24,7) 60-69%; 358(38,3) 359(38) 50-59%; 169(18,1) 228(24,1) <50% 15(1,6) 34(3,6) n=1.900adolescentes.

nívelmaisalto(38,8%). Noentanto,adiferenc¸afoi mínima emcomparac¸ãocomapercentagemobtidaparaonívelmais baixo(36,6%).Osrapazeslocalizaram-semais(36,3%)nonível maisbaixodaposic¸ãosocialsubjetiva.

Verificou-seque41,3%dasraparigase42,3%dosrapazes seencontravamno“nívelbaixo”daFAS.Quantoaonívelde educac¸ãodopai,paraambosossexos,onívelacadémicomais prevalente foio secundário.Jáemtermos desituac¸ão face aoempregodospais,constatou-sequeestesseencontram, maioritariamenteempregados.Nasraparigas,90,6%dospais estavamatrabalhare,nosrapazes,87,7%.Nasituac¸ãofaceao

(4)

Tabela2–Associac¸ãoentreconsumodetabacoregular,estatutosocioeconómicofamiliarepróprio:oddsratio(95%IC)

Raparigas n=942 Rapazes n=958

Variáveis Oddsratio ICa95% Valorp Oddsratio ICa95% Valorp

Idade(17anosoumais)

14-15anos 0,21 0,11;0,35 0,00 0,24 0,14;0,39 0,00

16anos 0,42 0,27;0,68 0,00 0,43 0,28;0,67 0,00

Posic¸ãosocialsubjetiva(nívelsuperior)

Nívelbaixo 0,86 0,51;1,43 0,55 1,20 0,73;1,98 0,47

Nívelmédio 0,67 0,39;1,14 0,14 0,94 0,58;1,52 0,80

FamilyAffluenceScale(nívelsuperior)

Nívelbaixo 0,96 0,56;1,68 0,89 1,01 0,62;1,62 0,98

Nívelmédio 1,19 0,71;1,98 0,51 0,66 0,40;1,09 0,10

Educac¸ãomãe(nívelterciário)

Nívelbásico 1,02 0,49;2,15 0,95 0,71 0,31;1,64 0,42

Nívelsecundário 0,99 0,58;1,69 0,98 1,48 0,91;2,42 0,11

Educac¸ãopai(nívelterciário)

Nívelbásico 1,32 0,63;2,77 0,46 0,74 0,34;1,61 0,45

Nívelsecundário 1,05 0,61;1,80 0,85 0,94 0,55;1,59 0,80

Semanada(11-100D)

0-5D 0,29 0,16;0,51 0,00 0,35 0,22;0,59 0,00

6-10D 0,64 0,41;0,99 0,05 0,63 0,40;0,98 0,04

Privac¸ãomaterial(sim)

Não 1,20 0,51;2,83 0,68 0,72 0,37;1,42 0,35

Situac¸ãofaceaotrabalhomãe(sim)

Não 1,42 0,79;2,54 0,24 0,97 0,52;1,80 0,92

Situac¸ãofaceaotrabalhopai(sim)

Não 1,66 0,89;3,08 0,11 1,85 1,05;3,24 0,03 Desempenhoescolar(<50%) >85% 0,07 0,02;0,32 0,01 0,06 0,02;0,22 0,00 70-84% 0,19 0,05;0,67 0,01 0,14 0,05;0,35 0,00 60-69% 0,28 0,08;0,98 0,05 0,25 0,11;0,60 0,01 50-59% 0,41 0,12;1,44 0,17 0,44 0,18;1,06 0,07 n=1.900adolescentes.

empregodasmães,verificou-seque,paraasraparigas,87,9% dasmãestrabalhavame88,4%dasmãesdosrapazes trabalha-vam.Pelaanálisedeprivac¸ãomaterialrealizadaficapresente que8,9%dasraparigase9,2%dosrapazesseencontravam numasituac¸ãodeprivac¸ãomaterial.

NoESEprópriodoadolescente,traduzidopelasemanada, foiaveriguadoqueaclassemaisprevalentefoiadosque rece-bemde11-100D,com34,4%dasrespostas.Foramosrapazes quereceberammaisdinheirodesemanada:35,5%refere rece-berentre11-100D,jáentreas raparigas36,2% recebemno nível6-10D.Amaioriadosadolescentestemnotasentre 60-69%.

Aanálisemultivariada (tabela2)indicaqueasraparigas commenosde17anostêm menorprobabilidadedeserem fumadoras regulares doque as raparigascom mais de 17 anos(OR14-15anos=0,20;p<0,01;OR16anos=0,42,p<0,01).Os

rapazescommenosde17anosapresentarammenor probabi-lidadedefumarqueaquelesquetêmumaidadesuperior(OR

14-15 anos=0,24,p<0,01eOR16anos=0,43,p<0,01).Nosrapazes,

têmmaioresprobabilidadesdeviremaserfumadores regula-resaquelescujopainãotrabalha(OR=1,85,p=0,03).Nãose verificouimpactoestatisticamentesignificativonasrestantes variáveisSE.

As raparigasque recebiam de 0-10D de semanada têm menor probabilidade de serem fumadoras regulares do que aquelas que recebiam 11-100D (OR0-5D=0,29, p<0,01;

OR6-10D=0,64,p=0,05).Omesmoseverificaparaosrapazes

(OR0-5D=0,35,p<0,01;OR6-10D=0,63,p=0,04).

Os dados obtidos permitiram aferir que existe uma associac¸ão entre consumo regular de tabaco e desempe-nho escolar. Nos rapazes, ter uma classificac¸ão escolar inferior a 50% aumenta a probabilidade de ser fuma-dor regular (OR maisde85%=0,06, p<0,01; OR70-84%=0,14,

p<0,01; OR60-69%=0,25, p<0,01). Nas raparigas o mesmo

sepassa(ORmaisde85%=0,07,p<0,01;OR70-84%=0,19,p=0,01;

OR60-69%=0,128,p=0,05).

Discussão

dos

resultados

Oestudodasdesigualdadessocioeconómicasnaadolescência écrucialumavezqueaadolescênciaéumperíodochavepara osurgimentodedesigualdadesdesaúdequepodempersistir navidaadulta5.Estetrabalhotevecomoobjetivoverificara

associac¸ãoentreESEeconsumodetabaconosadolescentes emPortugal.

(5)

Constatou-sequeasraparigasfumamemmédiamenos queosrapazesequeosadolescentescommenosde17anos têmmenorprobabilidadedeseremfumadoresregularesdo queosquetêmmaisde17anos.Aocontráriodosresultados dopresenteestudo,oHealthBehaviourinSchoolAgedChildren

(HBSC)28revelaqueaprevalênciadefumadoresregulares,com

15anos,erasuperiornasraparigas(12%),emrelac¸ãoaos rapa-zes(9%),sendoasprevalênciasmaisbaixasquenopresente estudo.Noentanto,aamostraconsideradanesteestudoera maisvelhaqueadoHBSC28,oquepodeexplicaramaior

pre-valência.

Noquerespeitaàposic¸ãosocioeconómicafamiliar,serfilho depaisquenãotrabalhavamaumentaoriscodeserfumador regularemambosossexos,sendoestefactoestatisticamente significativoapenasnosexomasculino.Outrosestudos con-cluemqueserfilhodepaisquenãotrabalhamaumentaorisco defumarprecocemente11–13.Noentanto,nãoforam

encon-tradasrelac¸õesestatísticasentreaFASeserfumadorregular. Estesresultadosconfirmamumestudorealizadoem28 paí-sesqueconcluiuqueaFASnãoapresentaefeitosignificativo sobreaprobabilidadedefumarregularmente13.

Também não foi encontrada diferenc¸a estatisticamente significativaentreserfumadorregulareposic¸ãosocial subje-tiva.Umestudorealizadocomumgrupode1.021adolescentes encontroudiferenc¸asestatisticamentesignificativasparaeste indicador,ondeumapiorpercec¸ãodeposic¸ãosocial influen-ciaoconsumoinicialdetabaco.Noentanto,nesteestudo,tal comononosso,foioestatutosocialescolarqueinfluenciou maiso consumo detabaco10. Finalmente,não observamos

nenhuma relac¸ão entre privac¸ão material e consumo de tabaconosadolescentes.Estaconclusãoestáemcontradic¸ão comosresultadosdeumestudode2012,queindicaramquea pobrezadasfamíliasaumentaaprobabilidadedeconsumode tabacodosadolescentes14.Umestudorealizadoem2006

tam-bémconcluiuqueaquelesqueseencontramnumasituac¸ãode privac¸ãomaterialsãomaispropensosaseremfumadores15.

Noentanto,nanossaamostra,apenas10%dosadolescentes seencontravam numasituac¸ãodeprivac¸ãomaterial,oque podeexplicaraausênciaderesultadossignificativosparaeste indicador.

Quantoàrelac¸ãoentreotabagismoeaprópriasituac¸ão económica,avaliadapelodinheiroquecadaalunorecebede semanada,estamosperanteumaassociac¸ãoestatisticamente significativa.Osalunosquerecebemmaisdinheirode sema-nadasãoosquetêmmaiorprobabilidadedeseremfumadores regulares.Esteachadoécorroboradoporoutrosestudosem que o consumo de tabaco na adolescência foi fortemente associadocomoprópriorendimentodisponível10.Os

adoles-centesqueapresentarammaiorrendimentosemanalmédio, emcomparac¸ãocomoutrosjovensde15anos,sãomais pro-pensosaserfumadoresdiários.Estefatofoitransversala6 países19.Aprópriasituac¸ãosocioeconómicadosjovens

adul-toséumdoscontribuintesmaisimportantesparaoconsumo detabaconaadolescência16.

Os alunos que recebem menos dinheiro de semanada podemnecessitar dinheiropara situac¸õesbásicas como as despesasemtransportes,comidaedespesasescolares,oque oslevaanãogastaressedinheiroemsubstânciasderisco. Estudosinternacionaisdemonstramqueosadolescentescom 17-18anostendemasermaissensíveisaoaumentodosprec¸os

doscigarros.Logo,oaumentodaprec¸osdiminuiroconsumo decigarros12,29,30.Finalmente,verificamosqueodesempenho

escolarafetaotabagismo.Osalunoscommelhoresresultados fumammenostalvezporteremmaisemelhorinformac¸ão, valorizandocomportamentoscomoaaversãoaoriscoeovalor dofuturo.Alguns estudosdemonstraram quedesempenho académico e aspirac¸ões académicas superiores são fatores protetores contra o tabagismo10. Também, os adolescentes

maissatisfeitoscomaescolaestãomaisatentose precepti-vosàmudanc¸a,àinformac¸ãosobreestilosdevidasaudáveis, têmmelhoresexpectativas,easatisfac¸ãoescolarpodealterar comportamentosaprendidosemcasa.

Paraconcluir,asdesigualdadessocioeconómicasno con-sumodetabaconosadolescentesestãorelacionadascomo próprioESEdoadolescente,traduzidopelasemanadaqueeste recebe, maisdoquepeloESEfamiliar. Arelac¸ãoobservada entre tabagismo eestatuto social doadolescente confirma as conclusõesde outrosestudos. Koivusilta et al.18

sugeri-ramqueasnotasescolaressãoumindicadormaissensível de estratificac¸ão social e de desigualdades em saúde nos adolescentesqueoindicadordeESEparental.Yangetal.16

encontraram desigualdades socioeconómicas no consumo de tabaco relacionadas com o próprio ESEem jovens com 20 anos, independentemente dos antecedentes familiares e do consumo de tabaco durante a adolescência. Tam-bém o ESE familiar não foi associado com o consumo de tabaconaadolescência.Outrosestudosencontramos mes-mos resultados31. OESEfamiliar éimportanteno inícioda

vidadacrianc¸a.Àmedidaqueoadolescenteseaproximada vida adulta,o ESEpróprio tomamaiorrelevância. As desi-gualdadessocioeconómicassãomaisevidentesnoiníciodos «vintes»16,31.

Defacto,nainfânciaenaadolescênciaexistemregrasa cumprir, aplicadas emcasa, pelos pais, e na escola, pelos professores.Emboraosadolescentescresc¸amdeformamais independentequenainfância,estescontinuamafazerparte de umsistema que estabelece normas e padrões a serem cumpridos32.Noiníciodaidadeadulta,porvoltados20anos,

surgeummomentocrucialdeentradanomercadode traba-lho,independênciafinanceirae/ousaídadecasaparatrabalho ouestudo16.Essaliberdadeparaexplorardiferentesopc¸ões

podeser,paraosadolescentes,emocionante,noentanto,pode ser traduzida emansiedade e incerteza, que pode levar à adoc¸ão de estilos de vida de risco32. Um estudo realizado

durante10anos,comumgrupode1.520adolescentesentre os 14-15 anos, demonstrou que50% dos participantes que iniciaram o consumo detabaco naadolescência se manti-veramfumadoresnaidadeadulta33.Parketal.34concluíram

queotabagismoeadependênciadanicotinaseiniciamaos 20anos.

Este estudotemalgumaslimitac¸ões. Emprimeirolugar, uma vezque os dados são colhidos pelo autorreporte dos indivíduos,poderãoadmitir-seimprecisõesnessasrespostas, especialmente noque concerneaoreporte doconsumo de tabaco.Averacidadeeaexatidãodosautorrelatospodemser comprometidas,vistoqueosadolescentespodemnão que-rerrelatarcomportamentosderisco.Todavia,Brener,Billye Gradydefendemqueaprecisãodoautorrelatodeconsumode tabacoémaioremquestionáriosescolareseemquestionários autoadministrados,devidoaoanonimatoderesposta35.Além

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disso,osadolescentespodempropositadamenterelatardados errados,conformeoqueachamsersocialmentedesejávelou indesejável36.Emsegundolugar,paraoreportedoESEdo

ado-lescentenãofoiavaliadoorendimentofamiliar,vistoquea maioriadosadolescentesnãosabeespecificarcomprecisão orendimentodospais,comoconfirmamoutrosautores37.Os

adolescentesapresentampoucopodereconómico,são estu-dantes,normalmentenãoparticipamnomercadodetrabalho, sendoutilizadasmedidasdeESEdospais.Noentanto,dados sobreoESEfamíliapodemserdifíceisdecolher,porquenão sabem ou não estão dispostos a revelar tais informac¸ões, resultandonanãorespostasobreaocupac¸ãodospais, vari-ando de 20-45% segundo diversos estudos28. No presente

estudoforamutilizadasasvariáveisFAS,posic¸ãosocial subje-tivaepobrezaparaatenuarestalimitac¸ão.Emterceirolugar,5 das6escolasestudadasapresentamumalocalizac¸ãourbana. Asdesigualdadespodemsermaisevidentesemmeiosmenos urbanoseemgruposmaisheterogéneos38,oquepoderá

expli-car,emparte,osresultadosencontrados.

Porúltimo,nãofoiincluídonestetrabalhooimpactodo grupode pares,o quepodetambémexplicar,emparte,os resultadosobtidos.Paraosadolescentes,ainfluênciade ami-gosegruposaumentaàmedidaqueainfluênciadafamília diminui39.Borsari eCarey40 salientam queosadolescentes

rodeadosporpareseafastadosdecasaestãomenossujeitos aocontroloparental e,consequentemente,maispropensos aoconsumodesubstâncias.Aolongodoprocessode ajusta-mentoaoambienteescolar,osjovensdesenvolvemumanova identidadepsicológica, ospares funcionamcomo modelos, constituindoumaoportunidadedesocializac¸ão.Como con-sequência,asatitudesecomportamentosdeconsumosdos paressãofrequentementerelacionadoscomoatitudese com-portamentosindividuais.

Conclusão

Asdesigualdadessocioeconómicasnoconsumodetabaconos adolescentesestãorelacionadascomopróprioESEdo adoles-cente,traduzidopelasemanadaqueesterecebeepelasnotas escolares.Osalunosquetêmmelhordesempenhonaescola, apesardepoderempertenceragrupossocioeconómicosmais baixos,fumammenos.

Osresultadosobtidos permitemumaanáliseestratégica emtermosdesaúdepública.Deveserfocadaasituac¸ãodo adolescente,atravésdobem-estarnaescolaeinclusãono sis-temaeducativo.Osmaiseducadospodemtermaioracessoà informac¸ão,sabendomaissobreoimpactodosestilosdevida nasaúdeindividuale,poressemotivo,fumaremmenos.

Também foi observada uma elevada prevalência de iniciac¸ão ao consumo de tabaco em idades mais jovens. Devem,porisso,serintroduzidasmedidascontínuase pro-gressivasdepolíticasdeprevenc¸ãodeconsumodirecionadas aosjovens.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

Agradecimentos

Esteestudoinsere-senoprojetoTacklingSocio-Economic Inequa-litiesinSmoking(SILNE),financiadopelaUniãoEuropeiaatravés doprogramaFP7-Health-2011(Grant278273).Agradecemosa todososmembrosdoprojeto,semoqualesteinquéritonão teriasidopossível,emparticularaocoordenadordoprojeto, AntonE.Kunst,aocoordenadordoinquérito,VincentLorant,e àresponsávelpelaaplicac¸ãodoinquérito,VictoriaSotoRojas. Em segundo lugar, gostaríamos de agradecer a todos os alunos e professores das escolas participantes pelasua colaborac¸ão,comumagradecimentoparticularaosdiretores: AugustoNogueira,JuditeAlmeida(EscolaD.Dinis),IrmãMaria daGlória,AnaIsabelAthayde(ColégioRainhaSantaIsabel), FranciscoSobralHenriques,AnaMargaridaMarques(Escola QuintadasFlores),AntónioJoséFranco,AnaCardoso(Colégio daImaculadaConceic¸ão),MariaFátimaValente(EscolaAvelar Brotero)ePauloFerreira(EscolaJoséFalcão).

Por último, um agradecimento à Margarida Gaspar de Matos, pelos seus comentários,queajudaram na melhoria desteestudo.

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