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Os Grandes Desafios na História da Associação de Educação Católica no Brasil

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Academic year: 2021

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Terezinha Sueli de Jesus Rocha** Sérgio Rogério Azevedo Junqueira***

OS GRANDES DESAFIOS NA HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO

CATÓLICA NO BRASIL*

Resumo: este artigo quer fazer memória da história da Associação de Educação Católica do Brasil, entidade que assumiu diligentemente durante muitos anos, a grande missão de promover a educação católica em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A AEC, entendeu a educação como a busca da formação integral da Pessoa Humana, sujeito e agente na construção de uma sociedade Justa, Fraterna e Solidária, por isso, assumiu o compro-misso de ser uma instância crítica na realidade educacional, sendo presença evangelizadora nos sistemas educativos, articulando-se com entidades semelhantes e com movimentos comprometidos com a justiça social. Propiciou lugar de encontro entre educandos e edu-cadores, congregando e unindo forças para assumir uma educação libertadora e dinamizando a Pastoral da Educação.

Palavras-chave: Missão. Associação. Educação Católica. AEC.

A

educação de um modo geral, sempre foi pensada com muito cari-nho e seriedade pela Igreja Católica, que vê nesse setor um espaço privilegiado para se trabalhar com o ser humano em sua integridade e dignidade. Em todas as reflexões dos Religiosos do Brasil, o tema educação recebe destaque, ficando sempre como um dos pontos mais importantes da missão de evangelizar. Motivados pela preocupação de uma autêntica evangelização no campo educacional, foi que surgiu a ideia de se criar um órgão cuja função principal fosse a articulação

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entre os diversos segmentos educacionais, mantendo a unidade e a partilha de experiências como enriquecimento de todos os profis-sionais que atuam nas diversas áreas educacionais, estendendo-se também para os educandos, os efeitos dessa riqueza na fé.

Com esse objetivo foi criada a AEC, Associação de Educação Católica do Brasil, a fim de suprir a necessidade sentida pelas escolas católicas de um espaço confessional específico onde seus educa-dores e educandos pudessem partilhar seus anseios, expectativas, sonhos e esperanças como comunidade educacional, tendo um objetivo comum dentro da fé professada. A AEC trabalhou sempre em unidade com a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e foi aos poucos ganhando espaço e credibilidade junto aos órgãos públicos, responsáveis pelos setores da educação nacional. Também atuou junto ao SINEP, Sindicato Nacional das Escolas Particulares, tornando-se referência nacional no que diz respeito aos temas educacionais, ao processo de escolarização, legislação e fundamentos do Ensino Religioso, Educação Popular aspectos pastorais de um modo geral.

No documento: Educação Igreja e Sociedade, da CNBB n. 99, os Bispos do Brasil reforçam e defendem a educação de qualidade para todos, a elaboração participativa de políticas educacionais onde se situe a cidadania como meta e método educativo, a valorização da memó-ria cultural, a capacidade cmemó-riativa do povo e o desenvolvimento da consciência crítica, com a revisão do processo de intervenção nos movimentos e serviços junto às minorias. A AEC assumiu com a Igreja todos estes compromissos e cumpriu com sua missão, sendo força e suporte junto às instituições de ensino, com a finalidade de alcançar os objetivos propostos em vista do Reino de Deus. A Associação de Educação Católica foi sempre lugar de encontro, instância

crítica da realidade educativa, presença evangelizadora no sistema educacional e promotora da pastoral da educação, integrada na pas-toral de conjunto da Igreja. O princípio enfatizado na organização da AEC marcou participação, em suas dimensões de representatividade autêntica, de partilha do saber, de amplo envolvimento das bases e do planejamento participativo. “A AEC pretende ser um local de estudo, de consciência crítica e debate sobre a educação nacional, onde os educadores das escolas públicas, particulares e católicas, a partir do Evangelho, possam criticar e analisar a situação educa-cional brasileira” (CASTEJÓN, 200, p. 126).

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Esta entidade começou a ser pensada e idealizada durante a realização do I Congresso Nacional de Estabelecimentos Particulares de Ensino em 1944, no Rio de Janeiro. A data em que a AEC se instalou como instituição, foi precisamente no dia 24 de novembro de 1945, em sessão solene presidida pelo Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de janeiro e o local da solenidade foi o Palácio São Joaquim. Desde essa data a AEC se constituiu em ponto de união entre os educadores católicos e suas instituições, dando-lhes apoio e coesão. “A AEC foi criada para reunir pessoas, em defesa da escola católica e aumentar a força das instituições escolares em vista da promoção da educação, à luz dos valores evangélicos que caracterizam um tipo de sociedade” (FÁVERO, 1995, p. 48). Neste contexto de esperança e de fraternidade, estava fundada a

Asso-ciação de Educação Católica do Brasil a AEC, que assumiu a edu-cação na linha de trabalho que tem como referência o projeto que entende o educando como sujeito de seu próprio desenvolvimento pessoal, comunitário e social, numa crescente compreensão crítica da realidade, no compromisso com a transformação social, dentro da justiça e na apropriação de instrumentos de participação. Essa educação requer participação ativa e crítica de toda a comunidade educacional e órgãos afins, no diálogo permanente, no processo contínuo de aprendizagem, no esforço constante de pensar, planejar e viver a ação educativa a partir da escala de valores fundamentados no Evangelho de Jesus Cristo.

Com certeza, podemos aplicar na história da AEC as palavras de Nach-namovich (1993) quando diz que “o mundo é uma constante sur-presa, é movimento, é um convite à criação, é luta, é dinamismo.” E também são muito próprias para a AEC, as palavras de Dassoler (2005) “O movimento da vida e do percurso histórico da AEC dão consistência, dignidade e fecundidade às ações que a mantém firme na caminhada.”

Em sua ação a AEC teve sempre o compromisso de orientar-se pela causa e ótica do oprimido, pelo trabalho de equipe, pela dinâmica da ação-reflexão, pela democratização do ensino e pela promoção do caráter comunitário. A AEC articulou-se e se fortaleceu como centro de reflexão e de ação, no campo da educação, através de publicações: Revistas, Boletins, Cadernos, Livros em co-edição, Cursos, Seminários, Projetos de Educação Popular, Assessoria e outras formas de servir. Procurou estar presente na problemática

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educacional brasileira, dialogando, discutindo e somando forças com quem sistematicamente também buscou soluções sensatas para a educação cristã.

HISTÓRIA ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO CATÓLICA DO BRASIL (AEC/BR)

“Historiar a vida de uma pessoa ou de uma entidade não é apenas rela-tar fatos ou acontecimentos, mas também interpretá-los, porque a história se faz no encontro entre subjetividade e objetividade” (ROSSA, 2005).

A história da Associação de Educação Católica do Brasil AEC / BR, uma sociedade civil de direito privado, com fins educacionais e culturais, composta por vinte e sete associações dos estados brasileiros e do Distrito Federal, cuja finalidade, em sua essência é promover a edu-cação como evangelização para todos, começa a funcionar, partir do I Congresso Nacional de Estabelecimentos Particulares de Ensino, em 1944, realizado no Rio de Janeiro. Nesse período iniciou-se o processo de criação da Associação de Educação Católica do Brasil. Sua fundação ocorreu em 24 de novembro de 1945 e até 1954 teve como sede o Rio de Janeiro, à rua São Clemente, 117. Ocupava uma sala nas dependências do Colégio Jacobina, cuja proprietária era Laura Jacobina Lacombe, na época Secretária da AEC.

Em 1952 foram aprovados seus estatutos e a AEC ganhou personalidade jurídica, sendo uma entidade de direito privado. De 1954 até 1981, a AEC teve sua sede à rua Martins Ferreira, 23 em Botafogo/ Rio de Janeiro, onde a AEC adquiriu uma casa. Durante muitos anos, da fundação até o ano de 1983, foi sede da AEC/RJ - Guanabara. Em 1981 a sede da AEC do Brasil foi transferida para Brasília

funcio-nando no mesmo prédio que o MEB. Inicialmente sua organização era muito centralizada na figura do presidente, embora sempre houvesse um colegiado. Aos poucos, a administração foi sendo descentralizada e regionalizada, chegando a possuir regionais em vinte e seis estados da federação. Com sede nacional em Brasília, a AEC se torna membro do Conselho da Confederação Interamericana de Educação Católica (CIEC) e da Organização Internacional de Educação Católica (OIEC).

Durante todos esses anos, a AEC buscou construir um espaço de reflexão e apoio ao Educador, na descoberta conjunta de pistas e caminhos

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para sua ação. Detentora de uma proposta pedagógica filosófico--pedagógica bem definida orienta-se na linha da educação evangé-lico-libertadora. A Associação de Educação Católica compreende que está dentro da sociedade e, portanto sofre todas as suas crises, assim assume um projeto pedagógico que foi se tornando mais consistente e claro no decorrer dos anos, buscando respostas dentro dos princípios do Evangelho.

Neste posicionamento está a educação libertadora, de acordo com a Conferência dos Bispos em Medellín, de que a educação tem um relacionamento com o fazer cultural e político e de que na América Latina, a educação muitas vezes confirma e até justifica a desigual-dade social, é necessário fazer com que a educação libertadora possa nascer, crescer e se sustentar, na justiça e equidade entre todos os povos e na sociedade em geral. A realidade educacional deve ajudar a discernir o que nos processos educativos contribui para a humanização e personalização, tomando posições coerentes com as exigências do Evangelho, comprometendo-se com a transformação social e sendo elemento de articulação com as entidades congêne-res. Isto significa uma educação que requer o desenvolvimento das pessoas através do pensar, planejar e viver a ação educativa com os valores fundamentados no Evangelho.

Do início dos anos setenta até final dos anos noventa, a educação liberta-dora e o planejamento participativo caminharam juntos na AEC do Brasil, por conta da convicção de ser o planejamento participativo uma das melhores formas de se vivenciar o compromisso libertador. A ação educativa deve partir e conduzir a uma visão implícita e ex-plícita de mundo, de pessoa, de sociedade e de história, destacando a centralidade da comunhão social. Esta comunhão social entendida como critério fundamental e objetivo a ser alcançado na história e a ser perseguido na luta por uma sociedade justa, solidária, a serviço da vida e da esperança. “Hoje, os que optam por um compromisso libertador experimentam o político como uma dimensão que abran-ge e condiciona de forma exiabran-gente toda a ocupação humana. É o condicionamento global e o terreno coletivo da realização humana” (Gutiérrez).

Na história das instituições educacionais sempre se observou o pouco tempo dedicado ao estudo e reflexão dos problemas centrais da educação brasileira. As pessoas estão sempre envolvidas com os mesmos problemas e não encontram soluções adequadas por

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não se identificarem com as situações da área social. As ações educativas e as iniciativas acontecem a partir dos problemas do momento, do imediato, do emergencial, do circunstancial e não conseguem responder ao real de necessidades da educação e da sociedade. Tudo isso gera insatisfação, frustração e ineficácia na atuação dos educadores.

Vivemos em um tempo de mudanças profundas e precisamos assumir o desafio de procurar ações democráticas, participativas, cons-cientizadoras, que possam abrir caminhos e possibilidades para se construir a civilização da comunhão social, solidária e fraterna. Esta possibilidade é a que vem do envolvimento com a libertação do ser humano e neste contexto, cabe muito bem a questão impor-tante da capacidade de responder de forma adequada e consciente aos desafios que surgem na caminhada, reagindo com flexibili-dade e mantendo o equilíbrio dinâmico, diante das dificulflexibili-dades e das circunstâncias desfavoráveis, dentro desta realidade nas palavras de Rossa (1993), compromisso libertador fundamentado numa tensão utópica, entendida como hipótese histórica fecunda, que não está segura da possibilidade de realizar o que procura, mas que está segura sim de que este horizonte, este sonho, esta perspectiva é uma fonte de inspiração, constantemente renovada para buscar cominhos novos, para inventar formas de convivência humana mais fraternas e para estimular a imaginação criadora e a sensibilidade histórica.

A AEC E OS SINAIS DOS TEMPOS

Em uma época que as escolas particulares eram predominantemente ca-tólicas, a AEC sustentada pela Igreja, teve que defender a escola privada, pois se envolveu na luta entre os liberais e os católicos, uma batalha entre escola pública e escola privada, e defendeu a liberdade de ensino e o direito da família de escolher a escola para seus filhos. A AEC assumiu com muito ardor a tarefa de melhorar e de aperfeiçoar a escola católica, com a finalidade de preparar pes-soas com sensibilidades e possibilidades de influir na sociedade que vinha desembocando para o caos. A caminhada da AEC aconteceu em unidade com a CNBB e em 1962 atendendo ao apelo do Papa João XXIII, iniciou um processo de planejamento de pastoral de conjunto, através do Plano de Emergência. O sopro de renovação

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pré-concílio Vaticano II, os movimentos litúrgicos, bíblicos e mis-sionários marcaram a elaboração deste Plano.

Esses movimentos dão ênfase ao sujeito histórico, enquanto joga papel decisivo, até mesmo no ato de compreender o objeto. Valorizam-se os aspectos ligados à liberdade, à autenticidade, à livre aceitação e à vivência comunitária. Todas as atitudes e ações propostas pelo Plano de Emergência da CNBB, traziam a ideia do novo, da mu-dança. Enfatizava-se que era necessária uma mudança de atitude e de ideias. Naturalmente houve reações da parte e alguns grupos da AEC que por não conseguir superar o momento do objeto viu com desconfiança essas propostas. Por outro lado, muitos outros grupos aderiram plenamente a nova visão e se empenharam em dar vida ao movimento de renovação da escola católica.

Perceberam a necessidade de uma escola mais aberta, mais coerente com os valores evangélicos, lidos no esquema mental do sujeito. O obje-tivo era fazer da escola católica uma comunidade escolar animada pelo espírito evangélico de liberdade e caridade, como disse poucos anos depois o Concílio Vaticano II. Esta posição foi avançando até que na Assembleia Geral da AEC Nacional, em 1965, passou a ser hegemônica.

Não querendo reproduzir o que é dominante na sociedade, por saber que a sociedade é injustamente organizada, a AEC faz a opção por uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa, escolhe o cami-nho e o processo de libertação, reconhecendo o pequeno, o fraco e o excluído para sua ação. Vê o educando como sujeito da própria história e de seu desenvolvimento social. Faz também opção por uma sociedade justa, fraterna, solidária, democrática, a serviço da vida e da esperança.

O Concílio Vaticano II em 1962 a 1965, celebrado na expressão de Paulo VI, como um despertar para renovar, para modernizar, para inten-sificar, para debater a vida da Igreja e assim consegue ampliar as visões de todos e novas frentes se abrem. Em 1968, a 2ª Conferência Episcopal Latino-Americana, em Medellín, abriu caminhos novos para a educação católica. A AEC opta por uma ação que percebe nas pessoas, a Pessoa de Jesus Cristo, no qual todos somos irmãos. Em Jesus Cristo, Deus se revelou como trindade, comunhão e unidade. “A educação à luz dos valores evangélicos, é a utopia, o horizonte, o que há de comum em todos os momentos, em todas as pessoas e grupos ligados à AEC” (FÁVERO, 1995, p. 48).

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MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO CATÓLICA

“Toda organização/associação sobrevive, hoje, com dignidade e fecundi-dade se, entre os seus membros, existir um nexo de sentido e um vínculo de fraternidade” (VALLE, 2005).

A AEC do Brasil, cuja missão de promover a Educação Católica em co-munhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entende a educação como a busca da formação integral da Pessoa Humana, sujeito e agente na construção de uma sociedade Justa, Fraterna e Solidária. Com a consciência Desta missão, a AEC as-sume as seguintes linhas de ação:

- Ser uma instância crítica na realidade educacional; - Ser presença evangelizadora nos sistemas educativos;

- Ser lugar de encontro, congregando e unindo forças para assumir uma educação libertadora;

- Articular-se com entidades semelhantes e com movimentos comprometidos com a justiça social;

- Dinamizar a Pastoral da Educação.

A escola para cumprir o seu aspecto de ser missionária deva estar aberta à realidade social e aos problemas da Igreja. Deve ser pensada e orientada para encarnar a mensagem do Evangelho na sociedade, isto porque pelo o fato de estar em estado de missão adquire uma visão dinâmica da realidade, procurando despertar a confiança em cada pessoa da comunidade, mantendo profundo respeito para com a diversidade de crenças e buscando viver ecumenicamente o projeto de Jesus Cristo para a humanidade.

Como atividade necessária para cumprir sua missão, a AEC do Brasil desenvolve estudos e pesquisas em educação, coloca-se na dispo-nibilidade de assessoria ampla, em nível nacional, às iniciativas das Associadas, facilitando-lhes a reflexão, a conscientização e a ação educativa.

A AEC articulada com as forças educativas e com a Igreja, estando sempre em comunhão com todos os segmentos educacionais, foi construindo e visualizando o projeto educativo católico, tendo a identidade definida e reconhecida como tal, pela sua opção evangélico-libertadora e conservando um projeto organizado e em unidade com toda a sociedade, a fim de ter, ao mesmo tempo, força

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e poder para transformar esta sociedade para o bem, com uma vi-vência fraterna, justa e solidária, dentro do projeto de Deus. “Que tal projeto, Senhor, se transforme depois missionariamente, num projeto católico de educação, a fim de atingir o mundo amplo da educação, articulando-se com as demais forças educativas que se identificam com sua proposta evangélico-libertadora. Que Maria, a Virgem Aparecida e padroeira do Brasil, nos ajude a realizar esses propósitos” (PANINI, 1995, p. 15).

AEC – PRESENÇA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

A AEC é uma organização humana com uma cultura organizacional as-sociativa do Brasil, em sua qualidade de pioneira deste segmento, soube somar-se generosamente com os demais setores da sociedade, dialogando com os movimentos da sociedade civil e do governo, sobretudo como intérprete do pensamento e posições da Igreja, sempre em constante unidade com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB. Assim a AEC vivenciou a experiência de ser uma associação comprometida com os valores evangélicos, com a educação libertadora e com a opção preferencial pelos pobres, com a justiça, a participação, a cidadania, a história e o compromisso social, objetivando o assumir com plena consciência e responsabi-lidade, os desafios que a educação brasileira viveu e está vivendo. É fascinante ver como a AEC foi captando passo a passo, o nervo das questões e propostas que iam emergindo, mantendo-se ao mesmo tempo, fiel aos valores e objetivos cristãos que a norteiam. Foi precisamente esta sensibilidade que lhe permitiu exercer uma lúcida função de liderança junto aos educadores cristãos, malgra-do as inumeráveis dificuldades de percurso (ALMEIDA, 1995). A caminhada complexa da AEC procura não cair no risco de ler o passado

com os olhos de hoje, pois tudo o que acontece precisa se contex-tualizado e ter o seu significado próprio, abrindo caminhos para os passos posteriores. Cada momento da caminhada da AEC trouxe consigo fluxos históricos que se entrecruzam em seu espaço cultu-ral, educacional e de convivência. Na sua história como entidade católica estão contidos aspectos da evangelização e da comunhão fraterna desejada por Jesus Cristo para os seus.

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A AEC fazendo a opção por uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa humana e tendo como meta a comunhão social, escolheu como sua postura e caminho o processo de libertação e reconhece o fraco, o excluído, o pequeno e desprovido como sujeito de seu próprio desenvolvimento e de seu processo histórico. A AEC so-nha com uma sociedade justa, fraterna solidária, democrática, a serviço da vida e da esperança. “A AEC opta por uma pessoa, cuja compreensão passa necessariamente, pela pessoa de Jesus Cristo, no qual somos imagem e semelhança de Deus e irmãos uns dos outros. Em Cristo Deus se revelou como Trindade, por isso, como relação, comunhão, autodoação na diferença” (MOREIRA, 1995). A opção da AEC, fundamentada na pessoa de Jesus Cristo que “veio para

que todos tenham vida e vida em plenitude” (João, 10, 10) faz com que a educação popular seja a menina dos olhos da Associação de Educação Católica, que a partir da década de 1970 vai tomando bastante espaço, como um trabalho bem consistente nas periferias da sociedade. Havendo necessidade de um local específico para se tratar do assunto que ganhava enorme proporção, foram criados espaços tanto na sede Nacional, como em várias afiliadas, o setor de educação popular que trouxe consigo muitas riquezas para a área educacional.

Então surgiu a necessidade de se constituir um elo de ligação entre a educação formal e a educação popular, sendo este um dos sonhos mais acalentados pela AEC. Mas infelizmente este sonho não foi plenamente realizado devido aos entraves que vinham de alguns segmentos da própria área educacional. Mesmo assim muitos educadores assumiram essa causa, sem muito sucesso. Não foi suficiente o envolvimento, embora o empenho de alguns tenha sido muito grande. Na sociedade de classes a educação desempenha, na maioria das vezes, função diferenciadora. Esta é a outra luta que a AEC enfrentou e o seu maior sonho foi sempre superar essa fase, que por diversas razões não conseguiu realizar.

O ponto crucial deve-se ao fato de a educação popular ter como caracte-rística o estar comprometida com a elevação da consciência crítica dos segmentos populares da sociedade, com suas potencialidades transformadas no sentido de fazer sujeitos hegemônicos na condução da história. E não podia ser diferente, pois é da sua natureza essa característica e veio então a pressão por parte de alguns segmentos da sociedade que se sentiram ameaçados. Mesmo assim a AEC

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bus-cou clarear sempre mais os pontos fundamentais de sua política de educação popular, na certeza de que a educação formal tem muito que aprender da popular e a popular tem muito que aprender com a formal.

A AEC quis sempre com construir uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa humana tendo como meta a comunhão social. Uma sociedade sem classes se constrói aproveitando as riquezas materiais e espirituais acumuladas pela humanidade, como um todo ao longo de sua história. Esta construção será mais perfeita se soubermos aproveitar o saber gerado, tanto na educação formal quanto na popular.

A realidade das desigualdades sociais de nosso país pode ser vista a partir de duas perspectivas: uma a da modernidade que detêm o controle econômico, político e cultural e outra da maioria marginalizada, sem acesso às conquistas abertas pela modernização da sociedade. Existe uma perplexidade muito grande no período de transição, inovação e transformação social. Transição que vem carregada de potencialidades positivas para a sociedade porém, caracterizada por tensões, rupturas e quedas de valores, o que pode trazer inse-gurança, por se fazer presente em todas as áreas da sociedade e até transformar a concepção de vida de algumas pessoas. O interessante é que a sociedade toda face a estas dificuldades, possa construir novas formas de relação, mais verdadeiras, mais solidárias, mais participativas e de maior qualidade, no sentido da fraternidade. O ENSINO RELIGIOSO NA AEC

Outro aspecto importante dentro do grande desafio da AEC é a questão do Ensino Religioso nas escolas, tendo como princípio a religiosidade natural de todas as pessoas, o respeito à todas as crenças e religiões e principalmente o resgate do verdadeiro sentido da vida. A proposta da Associação de Educação Católica para o Ensino Religioso tem como ponto de referência a Palavra de Deus e especialmente o Evangelho de Jesus Cristo, que traz a vida e a dignidade a cada ser humano. Dentro desta proposta, o método a ser aplicado deve ser de um planejamento onde a interdisciplinaridade seja trabalhada no processo pedagógico, todas as disciplinas trazem a possibilidade de se reforças o sentido da vida, e é na riqueza da especificidade do ensino religioso que acontece e se percebe o específico como componente do todo.

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A compreensão da globalidade do processo pedagógico, é uma das condições essenciais para se dinamizar o ensino religioso, numa dimensão interdisciplinar. A especificidade do Ensino Religioso vai permitindo a abordagem da realidade e trabalhando dentro de uma crítica que sendo também criativa, possibilitará o diálogo com todas as outras disciplinas, tornando a aprendizagem muito mais rica. Propicia o desenvolvimento do senso crítico, aumenta a capacidade de reflexão e o processo de um juízo de valor sobre determinada questão facilitada.

O Ensino Religioso é compreendido como forma de manifestação da necessidade de todo o ser humano, em realizar-se a sua relação com o Transcendente. “O ser humano carrega em si o desejo de ser feliz, transcendendo ao tempo e espaço. Por isso, a proposta do Ensino Religioso Humanista coloca como centro a pessoa humana, na busca por um sentido para a vida” (CATÃO, 2000).

Mais um aspecto em que vemos a grande responsabilidade no papel do educador, que tem em suas mãos a sublime tarefa de provocar a manifestação desta dimensão transcendente, já existente em cada ser humano. Assim, a compreensão dos fatos da vida com suas causas e consequências, vai permitindo a apreensão da realidade em sua múltipla dimensionalidade cabendo ao professor e educador a missão da articulação e veiculação de todas estas implicações.

Ao assumir o ensino religioso na perspectiva da formação, da busca de um significado de vida, do desenvolvimento da personalidade com critérios seguros, do compromisso com a plena realização, tem-se implicações com os conteúdos e as metodologias veicula-das. Isto é, exige-se a consciência e a consistência entre teoria e prática, intenções e ações o que perpassa pela transformação de seu articulador, de seu interlocutor, de mediador que é a pessoa do educador, o professor de ensino religioso como catalisador pela sua sensibilidade,perspicácia e criatividade (JUNQUEIRA, ALVES, 2005).

No documento n. 47 da CNBB, Educação, Igreja e Sociedade, os Bis-pos buscaram na Bis-postura pedagógica de Jesus Cristo, o exemplo de atuação para os educadores pois o Mestre, tanto com seus discípulos, quanto com o povo em geral procurou ensinar sem-pre a partir da realidade do grupo. Nas parábolas de Jesus estão

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presentes, de forma muito peculiar, maneiras e formas de falar do Reino de Deus, de acordo com a situação de quem o ouvia. Há sempre no Mestre, muito respeito com quem o escuta e ma-neiras diferenciadas e progressivas de apresentar as propostas do Reino. Ao mesmo tempo o Mestre com muita coragem propõe os compromissos e as exigências da missão. Tem todo o cuidado de quem escuta com reverência e quer chegar em cada pessoa dentro do que ela pode absorver naquele momento. É compassivo e mise-ricordioso, mas não deixa de falar a verdade, pois é só a verdade que liberta e o objetivo maior da missão educativa é fazer dos educandos verdadeiros construtores da experiência de cidadania, na sociedade e na comunidade de fé cristã, fazendo a descoberta de uma espiritualidade que possa estabelecer a conexão entre a fé e a vida quotidiana.

CONGRESSOS NACIONAIS NA VIDA DA AEC DO BRASIL

Os Congressos da AEC foram sempre preparados com muito esmero e carinho, sendo que essas atividades deram o ritmo e o tom da vida da Associação. Foram oportunidades ricas para perceber e discernir os rumos da educação brasileira e ouvir as grandes aspirações dos educadores. Estas foram também ocasiões para uma análise séria e sistemática da conjuntura educacional brasileira. Desses encontros com os educadores que tinham sua ação nas bases do processo edu-cativo foi que se buscaram os caminhos e as grandes orientações para a ação educacional.

O interessante é que a AEC foi fundada em 1945 sob a inspiração do 1º Congresso Interamericano de Educação Católica, realizado em Bogotá e no mês de julho do mesmo ano passou a realizar anualmente, até 1951, um Congresso Nacional, por ocasião das Assembleias Gerais e Ordinárias. A partir de 1952 tais acontecimentos passaram a se realizar de três em três anos.

Esses Congressos são um verdadeiro processo de mobilização educacio-nal e espaço de conscientização social, ao mesmo tempo em que são um encontro festivo para os educadores. Mas não é suficiente somente a mobilização e o encontro. Faz-se necessário uma opção explícita pelo projeto histórico e uma organização para torná-lo viável através das práticas coerentes. Os Congressos assim como a vida da AEC vão sendo construídos conjuntamente, desdobrando-se

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no tempo, na esperança de responder às aspirações e necessidades da educação brasileira.

Durante os Congressos da AEC, os Educadores discutem sobre os inúmeros desafios que a educação, compromisso, propõe para a comunidade em geral. Desafios de novos tempos, novos métodos, novas des-cobertas, mentalidades e ideias diferentes, contextos em transição, oportunidades e riscos. E ao lado de tudo isso, o desafio e o com-promisso de educar para uma sociedade mais fraterna, assumindo a opção de resgatar a dignidade da pessoa nessa sociedade, o que ela não vem oferecendo e que no momento ainda não tem ou não quer ter condições de oferecer.

O importante nas ações educativas é sempre o diálogo entre todas as ins-tâncias da sociedade, a fim de que com a reflexão de importantes assuntos, especialmente os que ferem mais a comunidade educa-cional, possam ser dados os primeiros passos na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.

A educação e o desenvolvimento do ser humano é a busca que as pessoas e os grupos fazem sua identidade e a educação evangélico-libertadora é a busca da verdadeira identidade. Por isso, é nesse processo o ser humano e os grupos vão se humanizando, se personalizando e crescendo no compromisso e na aquisição de meios para atuar na construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna na sua essência. O ponto de referência da educação evangélico-libertadora é a transformação de todos em alguém novo, imagem de Jesus Cristo, o homem perfeito. É a nova e verdadeira sociedade, permeada de valores evangélicos. A AEC do Brasil, publicou em agosto de 1998 o documento, A Escola

Católica no Limiar do Terceiro Milênio, extraído do Osservatore Romano, n. 16, de 18/04/98, com uma exposição extremamente lúcida sobre os desafios que precisariam ser enfrentados, pois reconhece que a Educação Católica está a cada dia diante de novos desafios, que se acentuam, pois são fruto dos contextos sociopolítico e cul-tural. “Trata-se especialmente da crise de valores que sobretudo nas sociedades ricas e desenvolvidas, assume muitas vezes as formas de subjetivismo difuso, de relativismo moral e de niilismo, exal-tados pelos meios de comunicação social” (Osservatore Romano, 18/04/98, n. 16).

Assumir esta educação é assumir uma proposta político-pedagógica gerada nos valores evangélicos e geradora de valores de acordo com a proposta de Jesus Cristo. A compreensão das exigências da

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educação evangélico-libertadora vai se ampliando, na medida em que avança num processo de ação-reflexão-ação, assumindo todas as consequência da própria prática de ação evangélico-libertadora. CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Se vocês guardarem minha palavra, vocês, de fato, serão meus discípulos; conhecerão a verdade e a verdade vos libertará” (JOÃO 8, 31-32). A verdade da qual Jesus fala, é o seu mandamento de amor. Por isso a

verdade pode encontrar resistência de nossa parte. Mas só quem sabe amar saberá o que é a verdade e conhecerá a verdade. É ela o caminho da nossa própria libertação e da libertação de toda a sociedade. Para buscá-la é preciso ter coragem e ter claro qual é o nosso objetivo na vida. Tem também outro aspecto, que é o aspecto do sofrimento. Essa verdade muitas vezes poderá ser fruto de sofri-mento, porém no processo de libertação a dimensão do sofrimento é algo muito sublime. Grandes opções exigem grandes renúncias e só haverá verdadeira libertação se houver algumas renúncias. Todas as pessoas são responsáveis por si mesmas e pelo mundo. A cultura,

a sociedade, o ambiente em que vivemos não nos são fatalmente impostos. A raiz da responsabilidade pela qualidade da vida e da história pessoal está na liberdade. A educação deve estar a serviço do aprender a ser na liberdade e culminar na abertura a uma ação humanizadora. Mesmo que seja marcada pela contradição, a pessoa é eticamente orientada para a justiça e a fraternidade, portanto tem uma dimensão política, pois em cada pessoa geralmente existe a busca do bem comum. Vamos apostar na criação de uma cultura da solidariedade, da justiça e da paz!

A AEC do Brasil, em toda a sua história viveu alegrias e esperanças e isso se deve a todos os que participaram ativamente para que acontecessem esses sucessos. Os diversos presidentes, secretários, assessores e todos os funcionários que diretamente contribuíram para que a AEC cumprisse a sua missão. Que Deus seja louvado por eles e por todos aqueles que deram de si participando da dire-toria nacional como das diredire-torias regionais. É bom enfatizar que muitos funcionários fizeram parte da história da AEC e segura-mente também são responsáveis pelos avanços da Associação. Ao coração de Deus nada escapa. Que Deus seja a recompensa pelo esforço de cada um!

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MAJOR CHALLENGES IN THE HISTORY OF THE ASSOCIATION OF CATHOLIC EDUCATION IN BRAZIL

Abstract: this article wants to commemorate the history of Catholic

Education Association of Brazil, an entity that has taken diligently for many years, the great mission of promoting education in the Catholic communion with the National Conference of Bishops of Brazil. The AEC, understood education as the pursuit of integral formation of the Human Person, subject and agent in building a just society, brotherhood and solidarity, so committed to being a critical instance in the educational reality, and evangelizing presence in the systems education, linking up with similar organizations and movements committed to social justice. Favored meeting place for students and educators, bringing together and joining forces to take on a liberating education and boosting the Ministry of Education.

Keywords: Mission Association. Catholic Education. AEC.

Referências

AEC, Revista de Educação. AEC 50 Anos Educação: Compromisso Social. AEC do Brasil,

Ano 24, n. 95, abril/junho de 1995.

AEC, Revista de Educação. Educação Libertadora, Participação e Justiça. AEC do Brasil,

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* Recebido em: 30/04/2011. Aprovado em: 22/06/2011.

** Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Teologia da PUCPR –

E-mail: terezinhasuelirocha@yahoo.com.br

*** Doutor em Ciência da Religião – Programa de Pós-Graduação pela Universidade Ponti-fícia Salesiana de Roma (Itália) Professor do Programa de Pós-Graduação em Teologia da PUCPR. Líder do grupo de Pesquisa Educação e Religião. E-mail: srjunq@uol.

Referências

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