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Processos de criação e estratégias de comunicação do design têxtil – G Sport

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Academic year: 2021

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Processos de criação e estratégias de comunicação do

Design Têxtil

– G Sport

Relatório de estágio de Mestrado em Comunicação e Multimédia

NUNO MIGUEL NOGUEIRA SOARES CORREIA

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iii

Processos de criação e estratégias de comunicação do

Design Têxtil

– G Sport

Por

Nuno Miguel Nogueira Soares Correia

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v

Agradecimentos

É com enorme satisfação que expresso o meu agradecimento a todos aqueles que tornaram possível a realização deste trabalho.

Gostaria antes de tudo começar por agradecer à minha mãe pelo apoio incondicional em todas as fases da minha vida. Por me ter feito o possível e impossível para sempre dar a oportunidade de crescer quer a nível profissional, quer a nível pessoal. A ela devo tudo.

A minha família em geral (salientando o meu tio Filipe e Avó Lurdes e Avô Fernando), que são e sempre serão a minha âncora, e que abriram caminho para que eu pudesse crescer.

Aos meus grandes amigos Tiago, Sérgio, Gonçalo, Rodrigo e Jorge pelo companheirismo e pela irmandade que demonstraram ao longo dos anos e às minhas enormes amigas Carina Souto e Filipa Simão que nunca desistiram de mim e me ajudaram muito a completar o curso.

À Professora Doutora Rute Bastardo, orientadora desta dissertação, pelo apoio, pelos conselhos, disponibilidade e paciência demonstrada em todas as fases que levaram a realização deste trabalho.

A Empresa GSport por me ter dado a oportunidade de crescer a nível profissional e pessoal.

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vii

R

ESUMO

Neste relatório de final de estágio estará relatado o trabalho desenvolvido, a experiência e competências adquiridas durante seis meses na empresa “GSPORT” sediada em Fafe, especializada em têxtil desportivo. Ao longo do estágio profissional foram aplicadas e desenvolvidas técnicas de design de moda, design têxtil e design gráfico. Esta última, design gráfico, competência que já tinha sido adquirida ao longo da Licenciatura em Comunicação e Multimédia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Desta forma, pretende-se demonstrar com este relatório, a importância da vertente prática que foi o estágio profissional, para a formação profissional e como consequência para a obtenção do grau de mestrado.

Palavras-chave:

(8)

Resumo

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ix

A

BSTRACT

In this final internship report I will not only report all the work done by me but also the experience and skills I acquired during the six months I spent in the sports design specialized firm "GSport" with headquarters in Fafe. Throughout this traineeship I applied and developed fashion design, textile design and graphic design techniques. This last technique, graphic design, was a competence previously acquired during my Degree in Communication and Multimedia at the University of Trás-os-Montes and Alto Douro. Thus, with this report, I intend to demonstrate the importance of the practical traineeship to professional qualification and as a result to obtain the

master's degree.

Keywords:

(10)

Abstract

(11)

xi

Í

NDICE

G

ERAL RESUMO ... VII ABSTRACT ... IX ÍNDICE GERAL ... XI ÍNDICE DE FIGURAS ... 13 1 INTRODUÇÃO ... 17 1.1 OBJETIVOS DO ESTÁGIO ... 18 1.2 MOTIVAÇÕES ... 18 1.3 METODOLOGIAS ... 19

1.3.1 Análise Diacrónica em Design Têxtil ... 19

1.3.2 Análise Sincrónica em Design de Produto Têxtil ... 20

2 A EMPRESA DE ACOLHIMENTO ... 23

2.1 APRESENTAÇÃO E EVOLUÇÃO DA EMPRESA ... 23

2.2 INTEGRAÇÃO NA EMPRESA GSPORT ... 24

2.3 OS VALORES DA GSPORT ... 26

2.4 PRINCIPAIS CLIENTES ... 26

2.5 PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DO PRODUTO ... 28

3 O ESTADO DA ARTE ... 33

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL DESPORTIVA ... 34

3.2 ENQUADRAMENTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM PORTUGAL ... 36

3.2.1 Contextualização no Grupo de Mercado ... 38

3.3 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO ... 38

3.3.1 Comunicação da Marca... 39

4 FUNÇÃO DE UM DESIGNER NO DESENVOLVIMENTO DE UMA COLEÇÃO ... 43

4.1 DESIGNER DE MODA DESPORTIVA ... 43

4.2 DESENVOLVIMENTO DE UMA COLEÇÃO ... 45

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Índice Geral

xii

5.1 PROJETO I: EQUIPAMENTO DESPORTIVO PARA ÉPOCA 2016/2017 DA

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE FAFE ... 51

5.1.1 Projeto ... 51

5.2 PROJETO II:CRIAÇÃO DE TODO O EQUIPAMENTO DE TREINO, JOGO E SAÍDA DA EQUIPA “CAFÉ ZINDE”... 58

5.2.1 Projeto ... 58

5.3 PROJETO III:CRIAÇÃO DE UM CATÁLOGO COM OS PRODUTOS GSPORT. .... 65

5.3.1 Projeto ... 65

5.4 PROJETO IV:CRIAÇÃO DE MATERIAL PUBLICITÁRIO PARA A EMPRESA GSPORT 74 5.4.1 Projeto ... 74

5.5 PROJETO V: CRIAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE JOGO PARA A EQUIPA “ASES DE S.JORGE”……… ... 80

5.5.1 Projeto ... 80

5.6 PROJETO VI: OUTRO PROJETOS. ... 82

6 CONCLUSÃO ... 85

7 BIBLIOGRAFIA ... 87

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13

Í

NDICE DE FIGURAS

Fig.1: Elemento ilustrativo proveniente da pesquisa para análise diacrónica…20

Fig.2: Elemento ilustrativo proveniente da pesquisa para análise sincrónica....21

Fig.3: Página de impressão da primeira proposta……...………...24

Fig.4: Produtos para Gambozinos – moda infantil……….….27

Fig.5: Equipamento de Futsal A.D.Fafe………...27

Fig.6: Esquema representativo da elaboração do produto………...30

Fig.7: Principais fornecedores e clientes da ITP..………...…..36

Fig.8: Pesquisa de equipamentos utilizados pela A.D.Fafe.………..….52

Fig.9: Primeiras abordagens gráficas para eq. da A.D.Fafe………...53

Fig.10: Primeira proposta aprovada de equipamento principal da A.D.Fafe….54 Fig.11: Equipamento final da A.D.Fafe 2016/2017…..……….55

Fig.12: Equipamento alternativo A.D.Fafe 2016/2017…….………....56

Fig.13: Campanha publicitária nº1……….……….….57

Fig.14: Campanha publicitária nº2………..…….57

Fig.15: Proposta gráfica de eq. de jogo para equipa do Café Zinde…….…....59

Fig.16: Proposta gráfica nº1 de Pólo para Café Zind………..…….60

Fig.17: Proposta gráfica nº2 de Pólo para Café Zinde….………...….60

Fig.18: Proposta gráfica nº1 de Fato de Treino para equipa do Café Zinde....61

Fig.19: Proposta gráfica nº2 de Fato de Treino para equipa do Café Zinde....62

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Índice de figuras

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Fig.21: Proposta gráfica de Sweatshirt para Café Zinde………...63

Fig.22: Exemplos de Sweatshirts……….….64

Fig.23: Exemplos de pesquisa de catálogos……….….….66

Fig.24: Primeira proposta de capa de Catálogo GSport 2016………..67

Fig.25: Primeira proposta de indice para Catálogo………....68

Fig.26: Primeira proposta para página padrão do catálogo…...………...65

Fig.27: Segunda proposta de capa para catálogo GSport 2016 …………...…..66

Fig.28: Segunda proposta de página padrão de Catálogo GSport 2016……....69

Fig.29: Exemplo de página de catálogo………..….70

Fig.30: Segundo exemplo de página de catálogo………..73

Fig.31: Alguns exemplos de pesquisa de viaturas e de desdobráveis..……….75

Fig.32: Maqueta viatura 1……….……….75

Fig.33: Maqueta viatura 2……….…....76

Fig.34: Imagem real de uma das viaturas GSport………....76

Fig.35: Primeira proposta gráfica de desdobrável……….77

Fig.36: Segunda proposta gráfica de desdobrável………....78

Fig.37: Imagem real dos desdobráveis………...79

Fig.38: Proposta gráfica para cartões de visita GSport………....79

Fig.39: Elemento ilustrativo da maquete da 1ª proposta da Ases de S.Jorge...81

Fig.40: Página principal da GSport………...82

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15

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Índice de figuras

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17

1 I

NTRODUÇÃO

Ao longo do segundo ano do mestrado em Comunicação e Multimédia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro é proposto uma de três opções: Projeto, Dissertação ou Estágio Curricular. Tendo em conta a enorme vontade de começar a desenvolver competências reais perante os conhecimentos adquiridos ao longo de todo curso em Comunicação e Multimédia, o mestrando optou pelo Projeto.

A oportunidade de um estágio curricular surgiu após uma recomendação por parte da Câmara Municipal de Fafe. A empresa em questão cria equipamentos desportivos, encontrando-se em rápido crescimento, com necessidade de ideias novas perante tanta procura. Foram proporcionadas várias experiencias, começando pela ferramenta de edição, Corel Draw. A adaptação foi facilitada muito graças aos conhecimentos adquiridos na licenciatura em Comunicação e Multimédia.

A empresa sempre foi bastante prestável, inicialmente tendo uma carga horária variável conforme as necessidades da empresa, com a obrigatoriedade de ser diária, mas sem espaço de tempo determinado, e ao fim de 2 meses, com o crescimento de encomendas, tornou-se de 8 horas diárias. O acompanhamento por superiores foi praticamente constante, não ficando nenhuma dúvida por esclarecer.

Na prossecução deste relatório de estágio vão sendo apresentados algumas das centenas de propostas feitas, as metodologias de desenvolvimento, assim como os resultados finais de forma a ser totalmente compreensível como foi o desenvolvimento de cada projeto e da importância de cada um.

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Introdução

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1.1 Objetivos do Estágio

O objetivo principal do estágio foi, sem dúvida, a integração e desenvolvimento quer a nível pessoal como profissional na realidade do mercado de trabalho. Foi essencial uma integração neste processo de pesquisa e aprendizagem, o contacto com o contexto profissional, assim como a realidade do mercado da moda têxtil e das estratégias de comunicação.

Para além de tudo isto, o ponto essencial incidiu no desenvolvimento de um modo de perceção daquilo que o cliente pretendia, tornando isso realidade incutindo também a possibilidade de mais e novos produtos de modo a um maior número de venda. Esta foi sem qualquer tipo de dúvida uma importante oportunidade de aliar o desenvolvimento de conhecimentos previamente adquiridos, tornando-os realidades físicas, mas também de conhecimento de estratégias de branding de modo a expandir para o mais vasto leque de clientes a utilizar a nova marca GSport.

1.2 Motivações

As motivações deste estágio curricular em Design Têxtil Desportivo foram motivadas pelo fascínio pelas duas vertentes: o design e o desporto em si. A forma como as equipas e atletas de renome se destacam e representam as suas cores e o seu clube, sempre foi algo que o orientando quis participar e chegar a patamares de visibilidade internacional, como foi o caso nas transmissões televisivas e capas de jornais com equipamentos elaborados.

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1.3 Metodologias

Para identificar e solucionar problemas é importante haver uma metodologia no desenvolvimento de projetos de design. Assim sendo, durante o estágio foi posto em prática a metodologia típica utilizada num projeto de

design têxtil: um briefing preliminar com a participação do orientando e o

departamento comercial, no qual, o departamento comercial apresentou os aspetos relevantes (requisitos, condicionantes, prazos, etc.) para o planeamento e execução dos projetos. Após esta fase, iniciava-se a fase de pesquisa baseada na análise diacrónica e sincrónica da solução ou soluções, existentes e em desenvolvimento, para o produto proposto. De seguida, era dado início à fase criativa (brainstorming individual) criação e exploração de ideias, que culminava na execução de vários esboços respeitantes às soluções encontradas. A fase seguinte à criativa consistia na seleção da solução final, que expunha à empresa e posteriormente ao cliente, à qual recebia, uma resposta positiva ou negativa, podendo assim avançar para a próxima fase: a execução.

1.3.1 Análise Diacrónica em Design Têxtil

A análise diacrónica é um trabalho de pesquisa que tem como finalidade a análise de um variado leque de soluções desenvolvidas previamente para solucionar problemas semelhantes no presente. É acompanhada toda a história percorrida no passado para chegar a uma solução de modo que se possa chegar a um novo resultado adaptando-se às novas exigências no presente. Esta análise foi sempre feita em base a pesquisa bibliográficas (história do clube, etc.), conversas com responsáveis pela equipa, internet e mesmo a base de dados da empresa. (fig. 1)

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Introdução

20 Figura 1 - Elemento ilustrativo proveniente da pesquisa para a Análise

Diacrónica.

1.3.2 Análise Sincrónica em Design de Produto Têxtil

A análise sincrónica baseia-se na análise e comparação de soluções existentes atualmente no mercado. O principal objetivo é reconhecer o atual universo das soluções semelhantes às que são requisitadas e posteriormente desenvolvidas. Os principais elementos de análise foram recolhidos principalmente através da internet, especificamente marcas específicos de venda de equipamentos desportivos (Nike, Adidas, Lacatoni). Essa análise permitiu muitas das vezes a ajuda para criação de novas ideias com base nas novas tendências, mas acima de tudo a satisfação de certos clientes que querem para os seus clubes equipamentos semelhantes aos grandes a nível internacional. (fig. 2)

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21 Figura 2 - Elemento Ilustrativo Proveniente da Pesquisa para a Análise

(22)

Introdução

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23

2 A

EMPRESA DE ACOLHIMENTO

2.1 Apresentação e Evolução da Empresa

A empresa de acolhimento para a unidade curricular de Projeto/Dissertação do 2º ano de mestrado em Comunicação e Multimédia foi a GSport, que se dedica à criação de equipamentos desportivos. Uma marca jovem na criação e desenvolvimento de equipamentos desportivos, GSport alia a tradição à modernização, nascendo de uma vontade de inovar e acompanhar o mercado. A empresa GSport – equipamentos desportivos, faz parte do grupo Gambozinos – moda infantil, que é desde há mais de 45 anos especializada em confeção de vestuário. A marca Gambozinos é direcionada para a confeção de roupas para marcas como “Mayoral”, “Tuctuc” e “Girandola”, mas também para a marca registada “Açores”.

No ano de 2010 decidiu expandir-se e aliar o saber tradicional têxtil às mais modernas tecnologias e criar a marca de roupa desportiva “GSport”. Com dois elementos no departamento de desenvolvimento gráfico, dois elementos no departamento comercial e um elemento no departamento financeiro, a GSport destaca-se no mercado pela personalização total dos equipamentos mantendo preços extremamente reduzidos, isto porque, utiliza uma técnica inovadora de impressão por sublimação, o que permite o design gráfico idealizado no computador, sair diretamente para o tecido com a máxima qualidade e vivacidade de cores. O grupo tem o perfil da pequena parte das empresas têxteis portuguesas. Segundo estes mesmos, exportam somente 10 a 15% da sua produção, estando presente em mercados como Brasil, França, Suíça e Andorra. De facto, a salva de falência da Gambozinos – moda infantil foi a criação da marca GSport que está a chegar a vários pontos de norte a sul do país devido a campanhas de marketing e branding extremamente eficazes e qualidade a baixo custo, devido muito à adoção de novas tecnologias de confeção.

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A empresa de acolhimento

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2.2 Integração na Empresa GSport

O estágio na GSport – equipamentos desportivos teve início no dia 27 de outubro de 2015, com uma pequena visita guiada pelas instalações da empresa, sendo apresentado todas as fases de produção desde o contacto com o cliente até à entrega do produto final, assim como, todos os intervenientes nas várias áreas. Foram apresentados também os métodos de trabalho e o novo programa que devia desenvolver o trabalho específico – o

software Corel. Os métodos de trabalho passavam pela pesquisa e

desenvolvimento daquilo que o cliente pretendia, a criação de maquetas de modo a ilustrar o produto, e aquando a aprovação por parte do cliente, era feita a impressão dos equipamentos em papel específico, dentro de moldes específicos (fig.3).

Figura 3 - Elemento ilustrativo da página de impressão da primeira proposta desenvolvida para a equipa Ases de S. Jorge.

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Foram sendo feitos novos e melhores projetos, de tal modo que a revisão da pré-proposta ao cliente por parte do chefe da produção gráfica, deixou de ser necessária. O contacto passou a ser direto com o cliente, possibilitando tratar de todo o processo de modo autónomo, excetuando a parte financeira.

A recetividade e integração por parte de todos os colaboradores da empresa não foi fácil. Houve necessidade de haver uma afirmação pela qualidade de trabalho e desembaraço a dar resposta aos problemas, assim superou-se as adversidades e um aglomerado de encomendas foi crescendo.

Há uma enorme falta de pesquisa e apresentação por parte de toda a equipa, excetuando o bordador que aposta muito na “antiga” arte de bordar logótipos e símbolos relevantes às equipas, especialmente em pequenos detalhes, o que muitas vezes, era o que diferenciava a GSport das muitas outras empresas de moda desportiva e facilitava o crescimento no mundo do mercado. Como dizia o jornalista Cubano José Julián Martí Pérez: “O sucesso ou o insucesso de um grande empreendimento é decidido pela capacidade de dar atenção aos pequenos detalhes “(in Selected Writings, 2002, p.156)

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A empresa de acolhimento

26

2.3 Os Valores da GSport

A Gsport valoriza quatro grandes valores que a levam ao enorme sucesso e rápido crescimento:

 Inovação, apostando no processo de sublimação na confeção do produto e numa linha gráfica elaborada por profissionais certificados;  Credibilidade, tendo como principal princípio valores em outrora

valorizados e hoje em dia banalizados, a GSport garante um produto de qualidade e que vá de encontro a todos os requisitos do cliente;  Competitividade, tendo como adversário direto a marca portuguesa

Lacatoni que equipa grandes formações dos escalões principais de

várias modalidades do mundo e que ultimamente, mais a nível nacional, tem vindo a perder várias equipas para a GSport, o que demonstra a competitividade entre as duas marcas;

 Satisfação, sendo que nenhum produto é entregue ou finalizado sequer se um cliente não estiver 100% satisfeito.

2.4 Principais Clientes

Sendo a GSport parte integrante da empresa “Gambozinos – moda infantil”, há um vasto leque de clientes da empresa mãe, destacando-se marcas como a “Mayoral”, “Tuctuc” e “Girandola” às quais não estão ligadas ao meu trabalho especifico que era moda desportiva, mas que cheguei a desenvolver alguns produtos vendidos em lojas por todo o país (fig. 5).

Os principais clientes GSport são as equipas de futebol e formações completas num variado leque de desportos, destacando-se a Associação Desportiva de Fafe que engloba futebol, futsal, karaté, atletismo e vólei, nas quais se equipavam crianças dos 2 anos aos escalões máximos com idades até 50 anos; a equipa da Maria da Fonte que engloba futebol, basquetebol e desportos de combate, e a equipa do Arões Futebol Clube, a equipa da terra da sede da GSport, mas que tem várias formações futebolísticas que equipam todas GSport. (fig. 6)

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Figura 4: Elemento ilustrativo de produtos desenvolvidos para a

Gambozinos – moda infantil.

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A empresa de acolhimento

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2.5 Processos de Elaboração do Produto

Para se obter um maior conhecimento de como se processa todo o desenvolvimento de um produto antes de chegar a um cliente, é necessário procurar compreender o significado de produto.

“Produto é o objeto principal de comercialização. Ele é desenvolvido para satisfazer os desejos ou a necessidade de determinados grupos de consumidores”. (LAS CASAS, 2006, p.255)

Já Kotler, um distinto professor de Marketing Americano, diz que “um produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo” (2000, p.416).

É de assinalar que para os autores supracitados os conceitos não se diferenciam muito um do outro, e desta forma, digamos que se entende que um produto é um bem palpável que é oferecido para satisfazer determinado desejo ou necessidade em determinado público.

“A base de qualquer negócio é um produto ou serviço. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor, para que o mercado-alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um preço mais alto por ele” (KOTLER, 1999, p.126). É a partir daqui que a GSport tira partido das suas estratégias de branding. A marca GSport possui características tangíveis e não tangíveis materializadas no logo e no grafismo dos seus produtos. Quando é gerenciada adequadamente, chega a públicos de maior renome o que traz valor à marca devido à “influência” causada na decisão de compra. A GSport, embora seja uma marca que ainda tenha muito caminho pela frente para crescer, sintetiza todos os valores e soluções para as possíveis necessidades dos seus consumidores. A GSport faz uma pesquisa do seu público-alvo, segmenta ao máximo e anota detalhes e características desse grupo de clientes, descobrindo qual a melhor identidade da marca e aí sim, por fim, constrói o produto final.

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No caso da GSport, o seu público-alvo, desde os seus primórdios até à atualidade, são as equipas das freguesias de Fafe, na qual teve um enorme sucesso. A Gsport, das 36 freguesias de Fafe, equipa 34 equipas. Na grande maioria deles foi feito um estudo histórico de grafismo, cores e, porque há várias equipas supersticiosas, o estudo de como era a linha do equipamento quando as equipas têm melhores épocas para se elaborar algo relativamente parecido.

Aliando a um interesse por parte da empresa nas equipas, um preço extremamente reduzido com uma qualidade idêntica aos melhores, a GSport cresce arrebatadamente a cada ano que passa.

O presente esquema exemplifica como é feito todo o processo de elaboração do produto desde o contacto até à entrega do produto final.

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A empresa de acolhimento

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31

Resumidamente, quando uma equipa contacta o departamento comercial da GSport e diz especificamente ou, na grande maioria das vezes, vagamente o que pretende, o departamento comercial informa o departamento de design. Era dito o que se pretendia, eram feitas várias propostas e era dada uma “liberdade” para surpreender o cliente pela positiva numa proposta pessoal por parte do designer. Quando a proposta era aceite e era efetuado o pagamento inicial, eram feitos os moldes (fig. 3) que eram impressos em papel específico para ser feito o produto físico através de um método chamado “sublimação”. Este processo de sublimação é nada mais que uma técnica utilizada para imprimir diretamente em fibras têxteis e que tem como a maior supremacia o facto de ser mais resistente a lavagens, mantendo as cores vivas e brilhantes, que é o que se pretende visto que a GSport se dedica maioritariamente à criação de equipamentos desportivos, que são lavados muitas das vezes diariamente pelos atletas. O design de cada camisola é impresso em papel que é posteriormente utilizado para decalcar numa base têxtil. O papel e a base têxtil são sobrepostos um sobre o outro e prensados por um cilindro quente por um determinado período de tempo. A pressão aplicada e o calor irradiado pelo cilindro transferem a tinta impressão no papel para as fibras têxteis e o resultado final é uma impressão sólida e vibrante. Quando todo este processo era efetuado, era enviado para costureiras próprias da empresa e o produto final era entregue ao cliente.

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A empresa de acolhimento

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3 O

ESTADO DA ARTE

O Estado da Arte é o nível mais elevado de desenvolvimento seja ele de um aparelho, de uma técnica ou de uma área científica alcançado durante um determinado espaço de tempo, isto porque, faz referência a toda a investigação já realizada em torno do assunto em questão.

É uma atividade árdua por ser crítica e reflexiva. Sem a devida referência, as informações geradas por outros autores não podem ser copiadas, assim como, não se deve principiar uma colocação de dados sem que seja feita uma devida reflexão sobre os mesmos sem antes os relacionar com a temática desenvolvida, não interagindo com o autor, apresentando um novo texto, com força argumentativa e conclusões obtidas pela reflexão.

Para Salomon há dois momentos que podemos verificar numa atuação cientifica: “o pesquisador, ao desenvolver para o leitor o assunto, deixa de ser por um momento investigador, para se tornar o filósofo do seu trabalho. Abandona as técnicas de pesquisa com que já se habituara, para usar os recursos da lógica da demonstração”. (1991: 239)

No âmbito do estágio na empresa GSport – equipamentos desportivos, este projeto de dissertação visa compreender quais os processos de criação de um produto desportivo e quais as estratégias de comunicação com os clientes. Ao mesmo tempo, há a necessidade de compreensão do panorama da moda desportiva em Portugal e a função de um designer no desenvolvimento de um produto.

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O estado da arte

34

3.1 Caracterização da Indústria Têxtil Desportiva

A indústria têxtil tem uma vasta história e tradição em Portugal desde o início do século XX, sendo um dos setores industriais com maior grau de representação na economia portuguesa e, sem qualquer tipo de dúvida, associado maioritariamente à região do norte do país.

A vigorosa presença industrial no Norte do país é reconhecida como um dos aspetos mais caracterizadores da realidade social e económica.

Estando nós num mundo pautado por enormes constantes mudanças no paradigma industrial e pela globalização e liberalização do comércio mundial, a indústria têxtil portuguesa não pode ser vista como um caso isolado relativamente à União Europeia.

Considerando a importância da Industria têxtil em Portugal, o seu posicionamento competitivo em relação ao mundo sempre foi um pouco desequilibrado e pouco estruturado, isto porque, Portugal não estava ligado a mercados sofisticados e exigentes. A indústria têxtil portuguesa não fazia qualquer tipo de interligação entre as atividades de indústria transformadora, não tendo um domínio da fabricação de um produto, da tecnologia e nem de evolução em relação aos canais de distribuição. A indústria têxtil portuguesa desempenhava um papel de mão-de-obra barata.

Nos últimos 6 anos, a indústria têxtil portuguesa está em elevado crescimento e desenvolvimento, sendo mesmo considerada segundo o jornal

Expresso como “O Pódio da fileira têxtil “. Existem empresas em Portugal que

apostam com sucesso na construção de vantagens competitivas, na criatividade, inovação e flexibilidade. Estas empresas, todas sediadas no norte do país equipam atletas olímpicos como Usain Bolt, Michael Phelps e Nelson Évora. São apenas 3 nomes que ajudam a demonstrar como as empresas portuguesas têxteis estão a crescer e a triunfar num admirável mundo novo de têxteis técnicos, sendo um universo avaliado já em 230 mil milhões de euros.( Cardoso Margarida, Os têxteis que estão a mudar o mundo, in Exame Expresso,2015)

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Segundo Paulo Vaz, diretor-geral da associação Têxtil e Vestuário de Portugal, “A espectativa é de que esta área dos têxteis de alta tecnicidade venha a ter um crescimento exponencial pelas aplicações no vestuário clássico e, em especial, no desporto”, isto porque, a indústria têxtil Portuguesa em 6 anos conseguiu igualar e superiorizar-se aos melhores do mundo, apostando em malhas técnicas de alta performance que permitem a transmissão de ar, e uma solução final mais fina e leve, confortável, de alta respirabilidade, pronta a fazer a gestão da humidade do corpo, sendo o que os atletas de alta performance utilizam quando são os melhores do mundo. .( Cardoso Margarida, Os têxteis que estão a mudar o mundo, in Exame Expresso,2015)

Porém, o mundo em geral não é feito só de atletas de alta performance, e produtos de qualidade como os que são feitos em Portugal e que têm custos elevados, o que, havendo uma liberalização de mercados e havendo uma enorme discrepância de valores entre os produtos oriundos de países terceiros, provoca sérios impactos no número de empresas e na taxa de empregabilidade em Portugal, onde o mercado, embora em elevado crescimento, ainda não tem força nem dimensão suficientes para gerar constantes oportunidades no sector.

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O estado da arte

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3.2 Enquadramento da Indústria Têxtil em Portugal

Segundo os dados disponibilizados no site da Associação têxtil e do vestuário, dados relativos ao ano de 2015, a fileira têxtil portuguesa é composta por cerca de 6353 empresas em que cerca de 95% a 97% são pequenas e médias empresas e 90% localizam-se no norte de Portugal. Compõe 10% das exportações nacionais, 19% do emprego na Indústria Transformadora, 8% no volume de Negócios da Industria Transformadora e 8% da produção da mesma. (fig.8)

Figura 7 - Principais fornecedores e Clientes da Industria Têxtil Portuguesa, retirado do site da Associação do Têxtil e Vestuário de Portugal.

A exportação e a abertura com o exterior desde sempre foi uma característica do sector têxtil. O grande desafio atual é a reestruturação empresarial, a terciarização das atividades e a racionalização e profissionalização da gestão empresarial, isto segundo, a Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal. Até há pouco mais de 6 anos, a grande maioria das empresas têxteis em Portugal dedicava-se somente a satisfazer as necessidades mais básicas dos seus clientes, e isto notava-se a partir do momento em que os clientes é que

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procuravam as empresas, poupando nos custos operativos e não acrescentando qualquer valor aos produtos e serviços.

Hoje em dia, muito devido também à globalização da economia e da vinda de novos e mais agressivos concorrentes, levou a que as empresas portuguesas se afirmassem e alterassem a sua maneira de atuar. Figuram assim novas competências, acrescendo valor aos produtos e aos serviços. Exemplos disso mesmo são os elementos críticos de competitividade como a moda, design, marketing e inovação.

As empresas portuguesas passaram a ter estratégias direcionadas para cada mercado, reunindo estes elementos e destacando-se categoricamente num mercado saturado de indiferenciação. As empresas portuguesas adotaram estratégias, deixaram de ser somente um ponto de receção de encomendas e passaram a ser vendedoras do produto final, e ao mesmo tempo, tornaram-se vendedoras de soluções que satisfazem as necessidades do cliente.

A nível internacional, Portugal é caracterizado como fabricante de matérias-primas e intermediárias de alta qualidade, mas também há a adoção de estratégias elaboradas no que diz respeito ao domínio de pontos de venda e na aproximação ao consumidor final.

Resumidamente, o sector têxtil em Portugal apresenta fraquezas, forças, oportunidades e ameaças, segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Há ainda um enorme caminho a percorrer. Caminho esse que obriga a um trabalho de colaboração entre empresas, centros tecnológicos e universidades como nunca houve no passado, tentando dar resposta não só às cada vez maiores exigências dos diferentes projetos ao nível do investimento, mas também para viabilizar o cruzamento de competências vitais para o sucesso. Para muitos empresários no sector têxtil desportivo, a maior certeza é que a curva ascendente dos têxteis portugueses, a evolução dos produtos na cadeia de valor, passa por parcerias com laboratórios do mundo na análise dos têxteis, o que levará empresas com elevados conhecimentos em bases tradicionais a abrir portas à tecnicidade e acelerar o crescimento dos negócios.

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O estado da arte

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3.2.1 Contextualização no Grupo de Mercado

O principal concorrente da marca GSport é a “Lacatoni”, cuja estrutura e história são muito diferentes da GSport. Fundada em 1988, cerca de 22 anos antes da GSport, é uma empresa multinacional de vestuário e materiais desportivos fundada em Braga. Tanto a GSport como a Lacatoni partilham a mesma premissa e preocupação em estabelecer e manter uma relação de confiança com cada cliente, de forma a satisfazer as suas necessidades e espectativas, embora o sucesso da Lacatoni ainda não possa ser comparado ao da GSport. A Lacatoni equipa mais de 500 equipas, destacando-se as da primeira liga de futebol Português e o facto de equipar a Federação Portuguesa de Futebol, enquanto que a GSport chegou neste último ano às 200 equipas, sendo a de maior relevo a Associação Desportiva de Fafe. Embora a Lacatoni tenha estagnado o seu crescimento ao atingir o futebol profissional e a GSport continue a crescer, ambas enfrentam como ameaças a crise económica nacional e os grandes nomes mundiais de equipamentos desportivos (“Nike”,

”Adidas”, “New Balance”).

3.3 A importância da Comunicação

“Tudo o que uma marca faz é comunicação”. Conforme afirma Paul Watzlawick, “é impossível não comunicar”(Watzlawick P. 1967 in Clifton R. et al., 2005 p.149). Tudo aquilo que faz parte de uma marca, todos os seus constituintes, as palavras que usa, o nome que dá aos produtos, as próprias lojas, podem-nos dizer muitas coisas. A identidade visual e psicológica, normalmente, são os aspetos mais importantes sobre a comunicação, embora a grande maioria das marcas invista numa comunicação mais direta. Segundo Paul Feldwick, desde o início do séc. XIX que as marcas e a publicidade têm evoluído de mãos dadas, e mesmo hoje em dia, muito raramente se descobre uma marca importante ou bem-sucedida que não continue a investir fortemente na comunicação (Clifton R. et al.2005 p. 149).

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“As marcas apoiadas por uma comunicação eficaz são mais rentáveis, daí a sua importância. Esta pode comandar tanto uma subida de preços como rapidamente reagir às catividades da concorrência” (Doyle P., 2000 in Clifton Rita et al., 2010 p.152). Na grande maioria das marcas, o investimento em comunicação a um nível comparável ao da concorrência é visto como um custo contínuo do negócio e para o negócio, de modo a assegurar o futuro. A longo prazo, os efeitos de uma comunicação contínua de uma marca revelam uma solidez da marca em questão, e que pode observar-se nas questões de atitude e desempenho da marca no mercado. Assim sendo, é muito importante uma marca ter uma comunicação ampla. Uma comunicação direcionada para a mesma enquanto negócio, utilizada por quem gere e outra direcionada para o consumidor. Para uma estabilidade maior de uma marca, ambas são bastante importantes.

3.3.1 Comunicação da Marca

O modo como uma marca comunica pode ser visto num prisma de várias formas. Uma marca pode comunicar de forma a que o consumidor a deseje de tal modo que todos os atributos negativos à marca sejam bloqueados, podendo ainda destacar-se pelo aspeto físico da mesma, através da sua simples comunicação, transmitindo uma mensagem que esteja ligada a uma história ou tradição importante para o consumidor. Habitualmente, esta é a evolução normal de uma marca, e que é chamada de “relógio da marca”. A evolução de uma marca deve ser constante e nunca estagnar, posicionando-se e relacionando-se com as várias facetas da marca sejam elas de expetativa, necessidade ou desejo. Assim sendo, a expressão de uma marca deve evidenciar-se e evoluir o mais rapidamente possível, utilizando novas linguagens, modernizando-se e manifestando nova aparência (Kapferer J., 2000). Mas, uma marca não é somente atualizada pela publicidade. A marca deve passar pela produção de atos com sentidos, ou seja, tem a missão de

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O estado da arte

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passar uma mensagem. É através da mensagem que uma marca passa a ser memorável.

A primeira impressão é sempre a mais importante. A transmissão da imagem pretendida que seja distinguida tornou-se crucial no mercado atual. “A comunicação de imagem é precisamente o pôr em comum realidades, pensamentos, informações ou ideias, no sentido de promover uma dada perceção” (Ruão T., 2000 p.3). Quando se toca no tema “Comunicação da imagem”, esta é quase sempre articulada a uma identidade.

Em termos de imagem, uma marca deve conservar uma direção, dando continuidade, sendo esta fundamental para a construção de uma marca sólida, principalmente quando toca à moda em si onde a imagem é tudo. A identidade de uma marca deve passar por um processo de escolha, porém deve obrigatoriamente revelar a existência de um fio condutor para que a marca tenha identidade própria (Kapferer J., 2000). O posicionamento no mercado e mesmo o estilo da marca podem e devem evoluir, devem explorar potencialidades em aberto, mas nunca esquecendo a imagem inicial, porque esta irá sempre ser relembrada. Deve haver sempre um respeito pela identidade da marca. Quando a identidade de uma marca não é reconhecida, não se torna possível definir o princípio central da mesma, tomando-se a aparência pela realidade, e certas conotações podem fazer ou não crescer a marca.

Para que uma iniciativa de comunicação resulte, uma marca deve ter os objetivos de uma estratégia de comunicação bem assentes. Havendo um infinito leque de meios de comunicação, as marcas, principalmente as ligadas à moda, adotam tipos de campanha bastante diversificados. Antes de ser posta em prática qualquer estratégia/plano para que uma campanha seja eficaz e seja considerada um sucesso, é necessário haver uma boa análise do mercado por parte da empresa (Roxo F.V., 2000). Antes da criação de qualquer novo plano de uma marca, há necessidade de perceber que tipo de comunicação é utilizada pela concorrência e quais os efeitos por ela obtidos. É necessário o conhecimento e uma boa análise da concorrência de uma forma genérica. Deve inicialmente identificar-se quais as marcas disponíveis no mercado com

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valor idêntico à que será atualizada, e depois, saber como essas marcas tiram partido da comunicação de forma vantajosa. Tudo isto, porque aos olhos do mercado, o fator comunicação é talvez o que se torna mais importante, quando se fala em concorrência entre marcas.

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O estado da arte

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4 F

UNÇÃO DE UM DESIGNER NO DESENVOLVIMENTO DE UMA COLEÇÃO

4.1 Designer de Moda Desportiva

É preciso ter uma personalidade artística e criativa, ter a capacidade de combinar tons, cores e sombras para ser um bom designer de moda desportiva. Mas, a criatividade não é tudo, e a falha de consciência das necessidades do mercado nesta área pode ser fatal. As duas vertentes têm de estar de acordo com o tipo de público-alvo a que se dedica e as possibilidades financeiras do mesmo.

O designer é aquele que consegue perceber qual o perfil do consumidor, qual o produto a projetar e em que situação é que vai ser utilizado, para deste modo passar de um conceito bidimensional para um objeto tridimensional. Na grande maioria das vezes, o trabalho destes profissionais é subvalorizado, isto porque não é dado o devido valor à complexidade do seu trabalho. O designer tem de ter a capacidade de antever as necessidades do consumidor e ainda de inovar a cada coleção lançada. De outro modo falando, o Designer de Moda tem de construir algo que alie a funcionalidade e a estética. E ainda mais, “o

designer tem de compreender a forma do corpo humano para conseguir chegar

ao consumidor, e por vezes criar a ilusão de um corpo ideal através da roupa que desenha.” (Jones, 2005; Sarger, 2006; Udule, 2008). Como escreveu a Bloomberg depois de um desfile da Versace em janeiro de 2016, a moda atlética tornou-se demasiado popular para ser ignorada até pela alta-costura. (Bhasin Kim, Sportswear is officially too Popular for Haute Couture to Ignore, in Bloomberg Pursuits, 2016)

Falar de uma linguagem internacional é falar de moda. Falar de moda desportiva é aliar moda e movimento. Esta baseia-se na elegância, conforto e versatilidade. Ao estudarmos a história do mundo, e das sociedades, é incontornável a presença da moda, pois é ela que dita usos e costumes das diferentes culturas e as suas tradições. Da mesma maneira que um individuo é reconhecido pelas suas expressões faciais, consegue-se também, através da linguagem não-verbal que é a moda, perceber a que sociedade pertence e até

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mesmo seu status, e ainda alguns traços da sua personalidade. Dentro da vertente do desporto propriamente dita, a moda desportiva revela-se muito importante na medida em que esta funcionará como uma referência e como consequência disso, esta passará a transformar-se numa tendência de consumo da atualidade. As linhas simples e confortáveis de um look desportivo transita para um look mais casual e urbano de forma a estar na moda conciliando roupa e calçado. As grandes marcas de desporto caraterizam-se pela sua originalidade, conforto e pelas suas linhas de produção próprias, fáceis de identificar e distinguir no universo da moda desportiva conferindo assim uma adesão por parte de outros consumidores que não desportistas, originando uma moda fitness. A autora de “O Manual do Estilista”, Sue Jenkyn Jones, afirma que “compramos e usamos roupas em combinações que são concebidas, deliberada ou inconscientemente, para transmitir às outras pessoas, emoções falsas ou verdadeiras sobre nos mesmos. Algumas das características pessoais que desejamos revelar ou ocultar incluem a nossa idade, orientação sexual, tamanho, formas, estado civil, status económico, ocupação, filiação religiosa, autoestima, atitudes e importância.”(Jones, Sue Jenkyn. Fashion Design: Manual do Estilista. São Paulo: Cosac Naify, 2005.)

Pode-se assim concluir que a moda não é uma questão meramente de imagem ou daquilo que está na cabeça de cada um, mas sim um empreendimento global que move a sociedade. Por conseguinte, cabe a um

designer procurar e estudar todas as pessoas e sociedades que giram à sua

volta, de moda a que consiga transmitir através do seu trabalho alguma informação, seja ela real ou pura ilusão.

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4.2 Desenvolvimento de uma Coleção

Quando é dado o inicio de um coleção de moda é feita uma pesquisa referencial, ou seja, procura-se por tudo o que possa se tornar referência para a criação, como arte, musica, história, literatura, arquitetura, cinema, tecnologia e etc. O processo de desenvolvimento de uma coleção não tem “receita” e nem acontece sequer de uma forma linear. Desta forma, nem todos os profissionais seguem o mesmo caminho. Para o maior sucesso de uma coleção, ela é pensada até ao ínfimo detalhe, para que haja coesão, ou seja, existe sempre um plano de coleção. Ao fazer-se um plano de coleção, o trabalho do designer é altamente facilitado, isto porque ajuda no processo criativo. O plano é constituído essencialmente por informações recolhidas a partir pesquisas, previamente realizadas, havendo uma incidência nas tendências, no tema, na palete de cores e materiais, nos pormenores, que mais tarde irão dar origem a esboços, croquis, desenhos técnicos, sublimados e bordados, protótipos, culminando na escolha de modelos, na fichas técnicas finais e no custo das peças. A pesquisa de tendências é uma etapa extremamente importante no desenvolvimento de uma coleção e deve ser uma atividade constante para quem trabalha no mundo do design de moda, visto ser o princípio de qualquer processo criativo. Para uma atualização constante, um designer deve consultar regularmente revistas e sites especializados, e mesmo no mundo da moda desportiva, deve frequentar muitas das vezes desfiles e feiras, entre outros eventos, embora no momento em que for desenvolver a sua própria coleção, seja necessária uma pesquisa mais específica, levando em conta o mercado comercial e o comportamento do seu público-alvo. O designer precisa de ter a sensibilidade para descobrir o que vê e a partir desse momento, partir para algo novo, algo que seja seu. Existem Fashion Weeks que acontecem pelo mundo, em que cada vez mais marcas que o público não está habituado a ver (marcas como Vogue e Versace) participam, trazem muita inspiração e referência para desenvolver uma coleção.

Com a pesquisa feita e os dados de público-alvo e dos concorrentes nas mãos, é o momento da escolha de um tema que vai representar o conceito principal da coleção. Nesta fase, não há regras rígidas e o tema escolhido pode

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variar muito, podendo ser livre, escolhido pela própria empresa ou mesmo definido pelas tendências. A inspiração pode vir de uma fonte inesgotável de momentos ou locais. Desde uma fotografia, uma memória marcável ou mesmo a natureza em redor, tudo pode ser uma inspiração para algo brilhante. O que nunca pode ser deixado de parte é o facto de o tema ter uma ligação com as tendências da estação. A cor exerce uma atração psicológica no ser humano. Está muito além de assumir apenas um papel estético ou decorativo, está ligado “à expressão de valores sensuais e espirituais”(FARINA, 1982). Através de uma simples maneira simbólica ou até mesmo como forma de estímulo, a cor pode ser usada, isto porque, é o elemento que mais impacto proporciona e predomina numa imagem. A utilização de uma cor pode não ser feita arbitrariamente numa coleção, isto porque é preciso atingir os objetivos desejados junto ao público-alvo encontrando uma linguagem específica. Uma simples pesquisa das tendências atuais de moda pode não bastar para definir a palete de cores de uma coleção, pois é necessário levar em conta o público e as suas particularidades, a personalidade da marca e o tema predominante na coleção. Um pequeno exemplo é o predomínio de cores fortes se o público for jovem. Isto acontece porque se tratam de pessoas mais abertas a estímulos externos e mais propensas às influências da moda. A reação corporal em relação às cores fortes é mais recorrente nos jovens, podendo esta ser muitas vezes um fator decisivo no momento de compra. “Pelas próprias exigências da idade e porque sabe que poderá substituir os objetos dentro de um prazo relativamente curto, ele inclina-se para o uso de cores vivas” (FARINA, 1982). Se o público for do sexo feminino, a tendência acentua-se, isto porque, segundo pesquisas elaboradas ao longo de anos, as mulheres são mais recetivas às mudanças, o que explica as mudanças radicais e rápidas na moda feminina.

Na elaboração de uma coleção, normalmente trabalha-se com 8 cores, dentro das quais estão subdivididas em quatro tons frios e quatro tons quentes, podendo acrescentar-se o preto e o branco. Porém, o número de cores não é fixo, o que depende muitas vezes da proposta em si. Os tecidos são a principal matéria-prima utilizada na indústria da confeção. Os tecidos são escolhidos geralmente pelo designer, embora estes mesmos tenham de seguir as

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tendências. Esta escolha do designer deve levar em conta o público-alvo, o segmento, o estilo, a viabilidade de utilização e principalmente a facilidade com que os materiais possam ser encontrados no mercado. Os tecidos precisam de atender às exigências do consumidor, e ao mesmo tempo, aos padrões de qualidade da empresa. As matérias-primas são normalmente escolhidas e especificadas na fase de desenvolvimento do produto, durante a confeção dos protótipos, de uma maneira clara e em linguagem escrita, contendo sempre amostras. No painel de pormenores, a informação contida representa os pormenores essenciais da construção da peça, para que esta seja bem contruída (desde as linhas, as etiquetas, os fechos, os botões, os elásticos,…) assim como os materiais decorativos (fechos decorativos, bolsos falsos, franjas,…). Este painel tem de conter obrigatoriamente em todos os objetos as informações básicas, como a descrição, o fornecedor, as cores e o preço por metro. Depois de se passar por todos os passos anteriormente referidos, são efetuados esboços, que assim como a palavra indica, não se trata do artigo final em questão, mas sim de uma base para os croquis finais. Os esboços são considerados como auxiliares para o desenvolvimento de uma ideia final e resultam muitas vezes de um brainstorming efetuado pelo designer que traduz o pensamento em algo para algo visual. Chamam-se de croquis todos os desenhos de peças de uma coleção. Estes mesmos desenhos da coleção devem ser claros e de fácil compreensão, de modo que contenha toda a indicação de costuras, detalhes, aviamentos, etc. O conjunto de croquis pode ser uma enorme ajuda, pois estes permitem visualizar antecipadamente a coleção que daí irá surgir.

A visão de um designer é explicada através dos desenhos técnicos. Estes desenhos técnicos normalmente são desenvolvidos em softwares específicos (Corel, no caso do caso do orientando) mas, numa maior generalidade em Adobe Illustrator, que são softwares mais em conta, geralmente devido à falta de orçamento para os especializados. Os bustos ou corpos, nos desenhos técnicos, não são visíveis, sendo apenas representado a peça e as informações necessárias para a sua elaboração. Especificações de construção como posições de botões e todo o tipo de informação necessária dar à confeção, devem estar obrigatoriamente presentes. Habitualmente, os

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desenhos técnicos não têm cor, dando-se principal importância aos pormenores necessários e que farão com que peça se destaque.

Com a inovação nas tecnologias, o estampado é cada vez menos utilizado, dando lugar à sublimação que é uma técnica utilizada por impressão direta nos tecidos, mantendo cores mais vivas e com uma qualidade ainda superior. Os bordados são muitas das vezes adicionados a estes bordados de modo a que haja um enriquecimento de qualidade e pormenor na peça. Estes podem ser processos mecânicos e muitas das vezes feitos de forma artesanal, mas que têm a sua própria ficha técnica onde está mencionado as medidas, cores, linhas, composição do material, entre outras. Os sublimados podem nem sempre ser feitos pelo designer, mas sim em conjunto com ilustradores. Um protótipo é o primeiro exemplar, o primeiro teste da coleção. Esta peça é a cobaia, onde são analisadas as características das peças, definindo o que funciona e não funciona em cada roupa da coleção. Após realizados os devidos testes, e caso haja alguma falha, este é o momento de a corrigir e aperfeiçoar o

design. É necessário sempre que o protótipo seja aprovado para que as peças

comecem a ser confecionadas em grandes quantidades. Para a escolha de um modelo, normalmente é feita uma reunião de grupo onde se discutem as várias opiniões de modo que de forma unânime se decida quanto às peças a aprovar e confecionar. Este facto de ser feita uma reunião de grupo é bastante benévolo no aspeto de tornar a visão mais ampla do potencial de cada peça, o que poderá abonar que o produto venha a corresponder às necessidades do consumidor, nunca esquecendo o valor de mercado, o público-alvo, a criatividade e a modernidade. Para uma melhor orientação na produção de protótipos, é necessário fazer-se uma ficha técnica para cada peça da coleção. Esta ficha técnica é muito importante para criar um arquivo de peças confecionadas e proporcionar fidelidade nos modelos já elaborados. Por isso mesmo, na ficha técnica está contido todos os detalhes, como de linhas, cor, aviamentos e tecidos, dimensões, etc. Uma ficha técnica só se torna eficaz quando é utilizada na prática, isto porque, pode acontecer que sejam necessárias algumas alterações para que esta atente melhor o seu objetivo. O custo de uma peça poderá variar de peça para peça. Este mesmo custo engloba todas as despesas associadas ao produto, desde os materiais,

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de-obra até à embalagem. Dependendo da sua constituição, se tem sublimados mais elaborados, mais trabalhosos, se tem bordados, levando a um preço final tornar-se mais elevado em comparação a um produto base mais simples.

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Função de um designer no desenvolvimento de uma coleção

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ARTICIPAÇÃO EM PROJETOS

5.1 Projeto I: Equipamento desportivo para época 2016/2017

da Associação Desportiva de Fafe

A Associação Desportiva de Fafe surgiu em 1958 através da fusão de duas equipas da cidade de Fafe, o Sporting Clube de Fafe e o Futebol Clube de Fafe. É uma equipa modesta que se manteve ao longo dos anos pela 2ª divisão B e neste ultimo ano ascendeu à II Liga de futebol profissional, a qual lhe trouxe bastante prestígio e uma visibilidade a nível nacional. A ADFafe é constituída por modalidades como Futebol, Atletismo, Natação, Desportos de Combate e Futsal. Todos eles equipam GSport, à exceção da Natação. Desde sempre a ADFafe equipou de Amarelo e Preto, o qual foi tornado obrigatório ser sempre as cores do equipamento principal.

Para a época 2016/2017, desde cedo foi proposto uma nova linha de equipamentos em que a cor amarela e negra no equipamento principal fosse do equipamento principal, como referido anteriormente, e no equipamento alternativo ficaria à escolha da GSport.

5.1.1 Projeto

Num ano em que estava prevista a subida da ADFafe de divisão, como já desde o ano de 1989 não se verificava, principiou-se por fazer uma pesquisa da linha dos equipamentos que o Fafe equipava nessas alturas. Esse estudo foi feito através da internet e com diálogos com o presidente da equipa que é amigo pessoal de longa data do orientando e que tem algumas imagens em arquivo no seu escritório (fig. 9).

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Participação em projetos

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Figura 8 - Alguns dos resultados da pesquisa de equipamentos usados pela

A.D. Fafe no passado.

Como foi incumbido ao orientando assumir o domínio total em todas as fases do processo do trabalho, após a pesquisa, começou-se a elaborar diversas abordagens gráficas para perceber qual o caminho a seguir e, por outro lado, evitar (fig. 10).

Sendo o Fafe um caso especial, à medida que ia elaborando material da realidade gráfica, ia-se contactando o departamento comercial e até mesmo, por vezes, o cliente.

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53 Figura 9 - Primeiras abordagens gráficas ao equipamento principal da A.D.

Fafe.

Nesta primeira fase, o cliente demonstrou que era uma linha que gostaria que eu seguisse mas ainda não era exatamente o que pretendia.

Como, felizmente, a GSport é uma empresa que gosta de satisfazer todos os seus clientes, foi “convidado” o presidente desta mesma a vir junto ao orientando para discutir pessoalmente o que realmente mais lhe agradava, tendo-se rapidamente chegado à seguinte proposta:

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Participação em projetos

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Figura 10 - primeira proposta aprovada do equipamento principal da ADFafe.

O equipamento foi imediatamente aprovado como o principal, embora ainda tenha sido dado um certo toque pessoal em alguns pormenores que lhe davam um certo requinte e que relembrasse a cidade e o seu lema (fig.12).

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Figura 11 - Equipamento principal final da A.D. Fafe época 2016/2017

Como anteriormente referido, foi dada ao orientando a liberdade total de escolha para o equipamento alternativo. Somente foi pedido algo diferente do usual, visto que ao longo das últimas épocas, o equipamento alternativo foi sempre todo negro.

Recorrendo novamente à história do clube, e relembrando a enorme afinidade do antigo jogador profissional internacional português Rui Costa para com o clube Fafense, onde começou a carreira e tornada público no final da passada época na televisão portuguesa, fez-se uma pesquisa às cores do equipamento alternativo naquela época, que era na totalidade branco. Assim sendo, a seguinte proposta que foi imediatamente aprovada:

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Participação em projetos

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Figura 12 - Proposta de equipamento alternativo para a A.D. Fafe época

2016/2017.

Dos vários projetos realizados pelo orientando, este foi sem dúvida o que deu mais gosto e um sentimento de realização pessoal, primeiro porque é o clube da cidade Natal, e segundo porque foi confiado somente a ele a idealização e elaboração do novo equipamento do clube mais importante que a GSport equipa. Foram feitas posteriormente campanhas publicitárias (fig. 14 e 15) capturadas pelo orientando, mas já não ao serviço da GSport, pois o estágio já tinha acabado.

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Figura 13 - Campanha publicitária nº 1.

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Participação em projetos

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5.2 Projeto II: Criação de todo o equipamento de treino, jogo e

saída da equipa “Café Zinde”

O “Café Zinde” é um pequeno café em Ermesinde que decidiu criar uma pequena equipa de futebol que participa em torneiros municipais e intermunicipais. É constituída apenas por 15 jogadores e vários admiradores, principalmente clientes do café. Foi proposto à GSport a criação de um equipamento de jogo, pólos de saída, sweatshirts e fatos de treino para a equipa. A única exigência que nos foi feita era que as cores fossem verde e branco e que fosse algo relativamente simples. O encargo para desenvolver todos esses produtos ficou destinado ao orientando.

5.2.1 Projeto

Como foi dada a liberdade de criação, embora fosse algo relativamente simples, foi a primeira vez que foi imposta a responsabilidade total por uma equipa. Indagou factos históricos e equipamentos usados no passado, mas nunca houve um equipamento oficial nem nada relativo à equipa. Assim sendo, usou a sua criatividade. Começando pelo equipamento de jogo, ao qual foi feita a proposta da seguinte figura:

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Figura 15 - Proposta gráfica de equipamento de jogo para equipa do café

Zinde.

Embora seja uma abordagem gráfica bastante simples, um equipamento branco, com listas frontais na diagonal a verde, gola verde e fim da manga a verde, o pormenor a dourado na gola e na parte frontal conquistou por completo o cliente que, após ver a maqueta, admitiu ser admirador do Real Madrid e dos pormenores a dourado nos seus equipamentos. Ficou automaticamente aprovado o equipamento.

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Participação em projetos

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Seguiu-se o Pólo de saída, que por falta de recursos da equipa, foi-nos pedido o mais económico e simples, visto não ser algo de muita relevância para a equipa. Foram feitas duas propostas:

Figura 16 - Proposta gráfica nº1 para Pólo de Café Zinde.

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Embora as opiniões tenham ficado divididas, a proposta aprovada foi a nº1 de forma democrática. Para o fato de treino a proposta foi alvo de várias discussões isto porque os jogadores propuseram uma cor contrária a todo o equipamento aprovado até agora, o que não ia de acordo com a vontade do presidente da equipa. Para tal, foram feitas três propostas em busca da aprovação das duas partes:

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Participação em projetos

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Figura 19 - Proposta nº 2 de Fato de Treino para equipa Café Zinde.

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A discussão foi acérrima, ao ponto de terem que chegar a um consenso por votação por parte de toda a equipa e direção, mas a proposta nº1 foi a aceite visto ter linhas gráficas parecidas à marca não menos conhecida “Adidas” e que suscitou a maior atenção por parte da equipa.

Por fim, a sweatshirt (fig. 22). A sweatshirt do Café Zinde foi uma proposta única, elaborada totalmente pelo orientando e aceite imediatamente. A sweat foi um sucesso tão grande que todas as semanas eram feitas dezenas de encomendas. Ganhou de tal modo reconhecimento que várias equipas vieram propositadamente à GSport encomendar para as suas equipas a mesma sweatshirt, só que com cores diferentes (fig.23).

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Figura 22 - Exemplos de várias maquetes aprovadas de Sweatshirts para o

mais variado número de equipas, utilizando sempre a linha gráfica da original

do Café Zinde.

Dos vários projetos idealizados, este foi o que trouxe mais fama e reconhecimento para a GSport, que conseguiu um aumento enorme de encomendas e uma visibilidade para além fronteiras.

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5.3 Projeto III: Criação de um catálogo com os produtos

GSport.

Com o acentuado crescimento tanto de variedade de produtos como de encomendas, a GSport sentiu necessidade de criar um catálogo de produtos disponíveis. Foi feita a proposta, com um design simples, mais do carácter desportivo, que contivesse o produto, o preço, os tamanhos, uma breve descrição e referência. O objetivo era distribuir pelos vários clientes e fornecedores o catálogo da empresa em modo físico para que todos aqueles que não tivessem acesso online ou simplesmente não soubessem, pudessem de um modo físico fazê-lo.

5.3.1 Projeto

O primeiro passo a dar é saber qual a linha gráfica seguir. Foi feito um estudo no mercado desportivo nacional e internacional (fig. 23) para saber qual a abordagem que outras marcas de renome fazem.

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Figura 23 - Exemplos de pesquisas catálogos.

A linha do catálogo da GSport foi baseada nas linhas das marcas “Adidas” e “Nike”, que são as marcas com maior sucesso internacional.

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Figura 26 - Primeira proposta para página padrão do catálogo

Após a visualização destas primeiras propostas, foi feita uma pequena reunião com o departamento comercial da GSport e o chefe desta mesma, e ficou acordado que em relação à capa, gostariam mais que incidisse nos equipamentos de futebol e não de futebol americano, e que tivesse uma linha gráfica parecida com a “Nike”.

Em relação ao índice, foi unanime a opinião e ficou rapidamente aprovado.

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No que toca à página padrão, embora tenha sido pedido um ajuste de modo a que houvesse o máximo de aproveitamento de papel, não era de todo o pretendido apresentado na figura 26.

Assim sendo, foi feita uma segunda proposta ilustrada nas seguintes figuras:

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Figura 28 - Segunda proposta de página padrão de catálogo GSport 2016.

Aquando a apresentação destas segundas propostas, a reação foi unanime: totalmente aceite. Era exatamente o pretendido e foi nesta linha que todo o catálogo foi desenvolvido (fig. 30 e 31).

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Figura 30 - segundo exemplo de página de catálogo.

Infelizmente os recursos financeiros escassearam e este mesmo catálogo não passou do digital, estando somente disponível no site da GSport neste link: http://media.wix.com/ugd/c31446_1fc88f5145534056a5af51559933bd48.pdf

Imagem

Figura 3 - Elemento ilustrativo da página de impressão da primeira proposta  desenvolvida para a equipa Ases de S
Figura  4:   Elemento  ilustrativo  de  produtos  desenvolvidos  para  a  Gambozinos – moda infantil.
Figura 6  – esquema representativo da elaboração do produto.
Figura 8 -  Alguns dos resultados da pesquisa de equipamentos usados pela  A.D. Fafe no passado
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