UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO-ECONÓMICO
DEPARTAIVIENTO
DE
CIÊNCIAS
DA
ADMINISTRAÇÃO
COORDENADORIA
DE
ESTÁGIOS
QUALIDADE
DE
VIDA
NO
TRABALHO:
UM
ESTUDO DE CASO
NA
DELEGACIA
DE
POLÍCIA
CIVIL
DA
COMARCA
DE BIGUAÇU
ATRABALHO
DE CONCLUSÃO
DE
ESTÁGIO
CLÁUDIO
LEONARDO DE
FIGUEIREDO
Florianópolis, 2002.
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO-ECONÓMICO
DEPARTAMENTO
DE
c1;ENcrAS
DA
ADMINISTRAÇÃO
COORDENADORIA
DE
ESTÁGIOS
QUALIDADE
DE
VIDA
NO
TRABALHO:
UM
ESTUDO DE CASO
NA
DELEGACIA
DE
POLÍCIA
CIVIL
DA
COMARCA
DE
BIGUAÇU
Aluno:
Cláudio
Leonardo
de FigueiredoProfessor Orientador:
Gerson
RizzattiÁrea de
Concentração:Administração de Recursos
Humanos
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi apresentado perante a
Banca
Examinadora que
atribuiu a nota 10 ao alunoCláudio
Leonardo
de
Figueiredona
disciplinaEstágio Supervisionado -
CAD
5236.Banca
Examinadora:D
“lt“ ×* Lu .=`Í=`I”É'›---* ~ \_ "/' 1 z .rsn
'-:‹ 0 ' tea l 1 lf
flíe/f
Profa-:/Áleissáddra de Linhares Jacobse
Membro
Prof.
Pedro
a Costa Araújo“E
mesmo
quando
você estiverno
frioE
sentir-se sozinhoNão
tenhamedo
de encarar omundo
Lute contra todos os imprevistosMantenha o
sonho vivo, nãoo
deixe morrerExiste algo dentro de
você
Que
fazcom
que
possa tentarde
novo
Não
pareNunca
desista, nunca desistade
você,nu
desistade
nada...” 'Yolanda
Adams
AGRADECIMENTOS
'
A
Deus,que
me
dotou de inteligência, perseverança e otimismo, para viver e trabalhar pelosmeus
objetivos.À
minha
mãe, a qual criou' quatro filhos sozinha,em
meio
à grandes dificuldades,e jamais nos deixou faltar nada.
Ao
orientador deste trabalho,Gerson
Rizzatti, responsável pela “direção” deste estudo, e pela amizadeao
longodo
períodoacadêmico.-i
Aos
Delegados de Polícia, Claudinei Churkin, Edilsemar Busanello e Paulo Roberto Neves, os quais propiciaram todas as condições para desenvolvimento deste estudo.Aos
policiaisda
Delegaciade
Políciada
Comarca
de Biguaçu,que
me
apoiaramneste trabalho e participaram efetivamente
no
desenvolvimento desta pesquisa.Ao
grande companheiro Rafael Braguini Bevacqua,que
sempre esteve aomeu
lado nos
momentos
mais dificeis,dando
todo e qualquer apoio necessário._Aos
amigos
acadêmicos Danielle Schmidt Foletto, Aline Torres Nicolini e DanielCarlos Stange,
que
me
auxiliaram na confecção deste trabalho, muitas vezescedendo
material para pesquisa.Aos
amigos de vida,Ângelo
Andrei Pereira da Silva, FranciscoKoch,
MaurícioAndré
Forster,que sempre
estiveram à disposiçãoquando
eu precisasse de algo, esempre
entenderam a
minha
ausênciaem
eventospromovidos
por nós. _À
“mae
adotiva”, Luiza Helena Pereirada
Silva, a qual sempre estevecom
suas portas abertas amim,
e auxiliou-me na redação final deste trabalho.RESUMO
O
objetivo principal deste trabalho de conclusão de estágio foi a análiseda
Qualidadede
Vida
no
Trabalhona
percepção dos servidores estaduais da Delegacia de Políciada
Comarca
de Biguaçu.A
opção
pelotema
foi motivada pelo interessedo
autorem
verificar a Qualidade deVida no
Trabalho existente naquela unidade administrativa. Identificou-se a percepção dospoliciais civis sobre Qualidade de
Vida
no
Trabalho. Elaborou-seuma
análise sobre a atualQVT
existentena
DPCO.
de Biguaçu. Propuseram-se ações baseadasno
diagnósticoda
QVT
encontrada na unidade administrativa.
A
metodologia utilizadano
referido estudo foi predominantemente qualitativa. Este estudo teveum
caráterdo
tipo descritivo,dando
aotrabalho
uma
conotação de estudo de caso,como
forma
de pesquisade
campo.O
instrumentoadotado para a coleta de dados foi a entrevista padronizada
ou não
estruturada,do
tiponão
dirigida.
Na
pesquisa, foi utilizadoo modelo
de questionário desenvolvido pelaProfa
Carla Cristina Búrigo,que
se baseou nas oito categorias deWalton
(1973) para aferiçãoda
QVT,
sendo
que
tal roteiro de entrevistas foi adaptado aos objetivosda
pesquisanum
ambiente policial.O
resultado da pesquisa concluiuque
a Qualidade deVida
no
Trabalho existenteno
ambiente estudado não é satisfatória na percepção dos servidores, mas, se
comparada
aoque
omercado
privado oferece, a situação atual é mais confortante.SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO
... .._. ... .. 1.1 Caracterizaçãoda
organização ... _. 1.2Tema
e problema ... ._ 1.3 Justificativa ... _. 1.3.1 Importância ... ._ 1 .3 _ 2 Oportunidade ... ._ 2OBJETIVOS
... .. 2.1 Objetivo geral ... __ 2.2 Objetivos específicos ... ._ 3FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRIÇA
... ._3.1
Breve
histórico de Qualidade ... ._3.2 Histórico
da
Qualidade deVida no
Trabalho ... _.3.3 Qualidade
de Vida no
Trabalho: conceitos ... ._3.4 Qualidade
de Vida no
Trabalho: abordagens ... _.3.4.1
Walton
(1973) ... _.3.4.2 Westley (1979) ... ._
3.4.3 K. Davis
&
Werther (1983) ... _.3.4.4 Nadler
&
Lawler
(1983) ... __3.4.5
Huse
&
Cummings
(1985) ... ._3.5 Qualidade
de Vida no
Trabalho e O serviço público4
METODOLOGIA
DE
PESQUISA
... .. 4. 1Abordagem
da
pesquisa ... _. 4.2 Tipo de pesquisa ... ._ 4.3 Delimitação da pesquisa ... _. 4.3.1 População ... _. 4.3.2Amostra
... _.4.3.3 Técnica de coleta de dados ... ._
4.3.4 Instrumento de coleta de dados ... _.
4.4 Técnica de análise de dados ... _.
4.5 Limitações
da
pesquisa ... _.5.1
Dados
pessoais ... .. 5.1.1Sexo
... .. 5.1.2 Faixa etária ... .. 5.1.3 Escolaridade ... .. 5.2Dados
da
pesquisa ... .. 5.2.1 Conceito ... .. V 5.2.2 Condições de trabalho ... ._5 2.3
Compensação
justa eadequada
... ..5.2.4
Uso
e desenvolvimento de capacidades 5.2.5Chances
de crescimento e segurança5.2.6 Integração social ... ._
5.2.7 Constitucionalismo ... ..
5.2.8 Trabalho e espaço total de vida ... ..
5
2.9
Relevância socialdo
trabalho ... ..ó
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... .. 6.1 Conclusão ... ._ 6.2Recomendaçoes
... .. 6.3 Sugestões ... .. 7REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ._ANEXO
... ..LISTA
DE
SIGLAS
QVT
-
Qualidade deVida
no
Trabalho -DPCo. -
Delegaciade
Políciada
Comarca
1
rN:rRo1›UÇÃo
O
presente trabalho consisteno
relatóriode
uma
pesquisa desenvolvidaem
janeirode
2002
com
os policiais civis estaduaisque
prestam serviçona
Delegacia de Políciada
Comarca
de Biguaçu,com
0
objetivo principal de analisar a qualidadede
vidano
trabalhona
percepção desses policiais. V
1.1 Caracterização
da
Organização
A
Delegacia de Políciada
Comarca
de Biguaçu, localizada à ruaHermógenes
Prazeres, 49, bairro Centro, município de Biguaçu, Estado de Santa Catarina, é
uma
unidade de prestaçãode
serviços, pertencente à administração pública estadual, integrantedo quadro
administrativoda
Secretaria de Estadoda
Segurança Pública. Foi constituídaem
meados
dos anos 70, atravésdo
Decreto 66.862/70 e Decretos-Lei n.°667
e 1.072/69,que impuseram
a formação deuma
polícia civil e deuma
polícia militar; a primeiracom
função de polícia judiciária e a segunda, fardada e reservado
Exército, para exercer o policiamento ostensivo.Surgiu, através
da
Secretaria de Segurança Pública juntamentecom
outrasunidades de prestação de serviços policiais,
da
necessidade de oferecer àcomunidade
osserviços públicos de segurança e identificação civil, primeiramente.
Na
Constituiçãoda
República Federativa
do
Brasilde
ç 1988, artigo 144,ficou
estabelecidoque
a segurançapública e' dever
do
Estado, direito e responsabilidade de todos. .No
finalda
década de 70, a Delegacia deBiguaçu
foi transferida definitivamente para seu atual prédio,no
bairro Centro de Biguaçu.Contava
com
uma
sala para o Delegado,uma
sala para registrode
ocorrências,um
cartório,uma
sala para despacho dedocumentos
deexpediente e distribuição, e setor de veículos.
Através
do
plano de governo estabelecido pela administração PauloAfonso
Evangelista Vieira (1996
-
1999) para a Secretária de Segurança Pública,em
1996
aDPCo.
foi totalmente reformada,
ganhando
salas amplas e contandocom
um
andar superior.Na
época
da
reforma, os serviços da Delegaciaeram
prestadosnuma
residência alugada, esta localizadano
bairro Rio Caveiras, sendoque
lápermaneceu
por seis meses.Anexo
ao prédioda
Delegacia funciona o Presídio Masculinode
Biguaçu,que
9
Os
policiais da Delegacia de Biguaçu, assimcomo
todos os outros policiais civisdo
Estadode
Santa Catarina, são regidos pelo Estatutoda
Polícia Civildo
Estadode
SantaCatarina, de acordo
com
a Lei n.° 6.834, de28
de julho de 1986.A
Delegacia de Polícia daComarca
deBiguaçu
contacom
um
efetivode
vinte e sete filncionários, sendo vinte e quatro policiais civis, concursados, subordinados à Secretariade Segurança Pública
do
Estado de Santa Catarina, dois fiincionários cedidos pela PrefeituraMunicipal de Biguaçu, e
um
funcionário responsável pela digitação dedocumentos do
setorde trânsito subordinado à Cooperativa de Serviços e Informática
COOSERVI.
De
acordocom
a carreira dos policiais civis que prestam serviçosna
DPCo
de Biguaçu,em
ordem
hierárquica, temos:2 Delegados de Polícia;
1 Escrivã de Polícia;
1 Inspetor
de
Polícia7 Comissários de Polícia (antiga carreira
de
Detetive de Polícia); 7 Investigadores Policiais;3 Escreventes Policiais, e 3 Agentes Administrativos.
A
DPCo.
deBiguaçu
está disponibilizadaem
um
prédio de dois andares,da
seguinte forma:
Andar
TérreoComissariado de Polícia: local
onde
são atendidas as ocorrências assimque
chegam
à Delegacia. Efetuam-se registros e atendimentos de ocorrências.Conta
com
o
efetivo dedoze
funcionários, intercaladosem
equipesde
quatro,que
trabalham
em
plantõescom
carga horária de vinte e quatro horasde
trabalho, por quarenta e oito horas de descanso.Setor de Identificação:
onde
são confeccionadas as carteirasde
identidade.Conta
com
o
efetivode
um
fimcionário.Setor de Transito: regulamentação De confecção de
documentações
referentes aosveículos registrados
no
município de Biguaçu, além de realizar transferências de10
- 'Setor de Atendimentos Preliminares:
onde
são encaminhadas as ocorrênciasregistradas
no
Comissariado de Polícia, após conhecimento me despachodo
Delegado, para tentar solucionar
o
problema registrado, evitando assim aconfecção de processos policiais. Efetivo de
um
funcionário.S
Primeiro
Andar
-
Dois
Gabinetes de Delegado: pelo fato de existir dois Delegadosde
Políciana
organização
em
questão, cadaum
possui sua sala, para atendimentos deocorrências, assim
como
despachode
documentos, entre outras atividades.- Setor
de
Expediente: localonde
é realizado o atendimentoao
públicoem
geral,não
sendo utilizado para atendimento preliminar e registro de ocorrências. Pode-sedizer
que
o setor de expediente deuma
Delegacia é a basedo
processo deorganização das tarefas.
É
onde
estão arquivados todos osdocumentos da
unidadeadministrativa, assim
como
éo
local para expediçãode documentos não
mencionados
anteriormente, taiscomo
alvarás de autorização, certidões dos maisdiversos tipos, confecção de comunicações internas, oficios, pedido de material,
estatísticas mensais, entre outros.
Conta
com
um
efetivo de cinco funcionários,sendo quatro
fixos no
setor, eum
para trabalhos decampo,
como
entrega dedocumentações
expedidas pela Delegacia.u
-
Dois
cartórios:onde
são lavrados os processos instaurados na Delegacia.Cada
cartório conta
com
um
fimcionário.Na
hierarquia organizacional, a Delegacia de Polícia daComarca
deBiguaçu
ésubordinada diretamente à Delegacia Regional de Polícia de
São
José, sendoque
esta, por suavez, é subordinada à Secretaria de Estado
da
Segurança Pública. Subordinadas àDPCo.
deBiguaçu
estão as Delegacias de Polícia dos Municípios de Antonio Carlos eGovernador
Celso
Ramos.
Como
órgãos auxiliares ao trabalhoda
Secretaria de Segurança Pública catarinense, estão a Delegacia Geralda
Polícia Civil, órgão responsável pela administração defilncionários pertencentes ao quadro da Polícia Civil
do
Estadode
Santa Catarina, e aCorregedoria Geral da Polícia Civil, órgão de correição responsavel pela
boa
administração das unidades policiais e apuração de delitos e desrespeito ao Estatuto por parte dos policiais1 1
1.2
Tema
eproblema
Normalmente,
quando ouvimos
falarem
melhoria da Qualidade deVida no
Trabalho
(QVT), temos
a idéia deque
seja amudança
em
tomo
de melhores salários emelhores condições fisicas
de
trabalho.Na
realidade, aQVT
abrange tudo isso, e muito mais.Através
da
Qualidade deVida
no
Trabalho, as organizaçõespodem
sertomadas
maishumanas, fazendo
com
que
o trabalho envolva responsabilidade a autonomiano
desenvolvimento das tarefas, sendo
que
o
foco estáno
desenvolvimento pessoal,o que
resultanum
ambiente confortável para realização das atividades; os funcionários teriam realmentequalidade para desenvolvimento de suas tarefas. Qualidade de
Vida
no
Trabalho .nada mais éque
um
conjunto de atitudesque
tem
como
objetivotomar
o trabalho maispróximo da
capacidade humana, desenvolvido
em
condições realmente adequadas,com
remuneraçãode
acordo
com
esse trabalho, utilizando e aprimorando as habilidades dos funcionários,com
oportunidades de crescimento e aprendizado por parte dos empregados, fazendo a integração entre fimcionários e empresa,
além
do
equilíbriocom
a vida social. eGeralmente,
quando
nos referimos àQVT,
é inegável dizer que a satisfação dosfuncionários
da
empresa éum
pré-requisito para a satisfação de seus clientes.A
maioria dosempregados
não executarábem
suas tarefas,ou
não atenderábem
os clientes senão
estiveremsatisfeitos
com
a qualidade de vidano
seu trabalho.O
bom
relacionamento social dentroda
organização, a atenção,
o
reconhecimento pelo desenvolvimento deuma
atividade,o
elogio,o
tratamento cordial eo
interesse pelos problemas pessoaispodem
ser alguns dos elementosque
propiciem satisfação para o funcionário, sendo
que
muitos desses fatoresnão
significamnecessariamente desembolso de recursos financeiros por parte
da
organizaçao,mas
podem
facilmente aumentar seus lucrosou
a qualidade na prestação de serviços.Por
estes motivos, pergunta-se neste trabalho:Qual
a percepção
dos servidores estaduaisque
prestam
serviçosna
Delegaciade
Políciada
Comarca
de
Biguaçu
sobreQualidade de
Vidano
T
rabalho?1.3 Justificativa
Sao
apresentadas a seguir, a importância e oportunidadede
desenvolvimento deste12
1.3.1
Importância
Através de diversas pesquisas desenvolvidas por estudiosos
da
ciênciada
Administração,
tomou-se
de conhecimento geralque
as pessoasem
fase produtivaocupam
cercade
um
terço de seutempo
com
o
trabalho, sendo que, muitas vezes, essetempo pode
sermaior
do que o tempo
despendido por elascom
lazer, descansoou
outras atividades.Nos
diasde hoje,
o
trabalhoocupa
um
espaço muito importante na vida de todos, pois grande parte de nossa vida é passada dentro das organizações,De
acordocom
Rodrigues (2000), a relação das pessoascom
o
trabalho é algo ainda bastante conflitante, sendo ele inúmeras vezes percebidocomo
indesejado,como
um
fardo pesado,queacaba
nos impedindo de viver.Mas
freqüentemente ele étambém
percebidocomo
algo que dá sentido à vida, eleva status,define
identidade pessoal e impulsiona ocrescimento
do
serhumano.
O
funcionário só poderá ser realmente útil parauma
organização caso sinta prazerem
realizar suas atividades.É
papel das organizações proporcionar as devidas condiçõesque
permitam
queo
trabalhador realize suas atividades deforma
prazerosa, desenvolvendotambém
seu potencial e criatividade.Quando
os firncionários deuma
organizaçao se sentem satisfeitosem
relaçao aosfatores de Qualidade de
Vida
no
Trabalho praticados namesma,
vários beneficiospodem
surgir para a própria organização,
como
aumento
de produtividade, de eficácia, melhoriada
imagem
da
organização, diminuição de rotatividade e faltas, entre outros.E
geralmente,muitos desses beneficios não estão relacionados ao dispêndio de capital, e sim
ao ganho do
mesmo.
Issotoma
aQVT
um
bom
investimento organizacional.A
partirdo
momento
em
que
os administradores de empresas perceberam que, ao valorizarem seus empregados, estarão valorizando a sua empresa,o
tema
“Qualidadede Vida
no
Trabalho”vem
ganhando
destaque, sendo cada vez maisamplamente
consideradocomo
objeto
de
inúmeras pesquisas.O
desenvolvimento deste trabalho de conclusão de estagio será de grandeimportância principalmente para:
- Funcionários
da
Delegacia: atravésdo
conhecimento da percepção dos fimcionáriosda
Delegacia de
Biguaçu
referente àQVT,
será possíveltomar
decisões para seumelhoramento
ou
adaptaçoes;- Organização policial civil
em
geral:um
estudo sobre Qualidadede Vida no
Trabalho13
relação à
QVT,
fazendocom
que mudanças possam
ocorrerem
toda a organização, eotrabalho ser desenvolvido mais eficientemente,
podendo
ser adaptado as necessidadesde cada unidade administrativa;
- Delegacia de Polícia da
Comarca
de Biguaçu: os relacionamentos na organização, odesenvolvimento das atividades, a organização das tarefas de
modo
que
a qualidade seja primordial e a própria motivação dos funcionários são aspectos essenciais paraque
o trabalho na Delegacia deBiguaçu
seja prazeroso aos funcionários, e eficientepara seus clientes; -
- Sociedade:
como
cliente principal dos serviços prestados pela polícia civil catarinense,a sociedade só
tem
a ganharcom
um
estudoque
demonstra a percepção dos policiaisem
relação àQVT,
pois suas atividades deverão ser revistas, fazendocom
que
aprestação dos serviços seja
adequada
às necessidades das pessoas.A
escolhado tema
partiu deum
desafiodo
autor visando analisar a percepção dos servidores estaduaisque
prestam serviçoda
Delegacia de Biguaçuem
relação à Qualidade deVida
no
Trabalho, jáque
grande parte dosmesmos
não
considera suas atividades agradáveis,que
lhesdêem
dignidade e prazer, e de certaforma
insistem paraque
aQVT
seja trazida paraa organização,
com
o intuito de satisfaze-losna
realizaçãode
suas tarefas, econseqüentemente, motiva-los para
o
trabalho e vida pessoal.O
estudoda
Qualidade deVida no
Trabalhoem
um
ambiente policial faz-se necessário por vários fatores, sendo o principal o desenvolvimento da atividade de segurança da nação, necessitando de pessoas preparadas para tal.Muitas vezes, pessoas insatisfeitas
com
seu trabalho são capazesde
praticar loucuras inimagináveis; nos ambientes policiais, devido à pressão de prazode
entregas de processos aos juizados, ao constante perigo de exposição da vida, à corrupção existenteno
meio
em
buscade
posição social confortável, eo
próprio stress social, são motivos paraque
aqualidade de vida das pessoas seja afetada diretamente, prejudicando assim toda
uma
sociedade.
O
estudo da Qualidade deVida
no
Trabalho na Delegacia de Policiada
Comarca
de
Biguaçu
foi realizadocom
o intuito de saber a percepção de seus filncionários sobre tal,analisando-a, para
que
estudos futuros propiciem ações diretas para melhoria dessas14
1.3.2
Oportunidade
O
presente trabalho 'terá a oportunidade de identificar os pontos fracosda
organização para
que
se efetuem as devidas mudanças, se necessárias, desdeque
haja aautorização dos dirigentes, além
de
melhorar aQVT
já existente, adaptando-a as necessidadesdos fimcionários.
Através desses atos, os funcionários poderão criar conscientização da necessidade
ou não
da melhoria daQVT
desenvolvidana
organização, e assim, prestarum
serviçoeficiente e
de
qualidade, de acordocom
a necessidade e expectativa dos seus clientes externos, a sociedade.A
Delegacia de Polícia daComarca
deBiguaçu
foi escolhidacomo
campo
deestudo devido
o
autor deste trabalho de conclusão de estágio desenvolver suas atividadesnaquela unidade administrativa, e ter a aprovação e interesse dos chefes imediatos para
o
2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
- Analisar a Qualidade de
Vida no
Trabalhona
Delegacia de Políciada
Comarca
deBiguaçu, na percepçao de seus servidores.
2.2 Objetivos específicos
1. Identificar a percepção dos policiais civis
que
prestam serviçona
Delegacia dePolícia da
Comarca
deBiguaçu
sobre Qualidade deVida no
Trabalho;2. Analisar a atual Qualidade de
Vida no
Trabalho existenteno
ambienteda
organização estudada;
3.
Propor
açoes através da análiseda
Qualidade deVida no
Trabalhona
Delegacia dePolícia da
Comarca
de Biguaçu.3
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
3.1
Breve
históricode
Qualidade
Qualidade, s.f 1. Propriedade específica, condição natural de
um
ser vivo ou inanimado. 2. Dote; atributo; predicado. 3. Casta; espécie. (LUFT, 1991, p. 512).Conceituar qualidade exige
tomar
um
pontocomo
referência. Entretanto, oimportante é ter
sempre
em
mente que
existem diversas formas de enfocar a qualidade, e oque não
sepode
fazer é referir-se aum
determinado enfoque e esquecerque
existem outros.Assimilar a diversidade de enfoques a
que
esta sujeita a qualidade, é frisarque
qualquer definição
tem
seu lugar reservado,no
intuito deque
secompreenda melhor
a qualidadeno
contextodo
produto e da empresa.O
termo qualidade é utilizado por vários setores deuma
empresa e pelo público deuma
forma
geral. Fica evidente esta diversidade de significados, de acordocom
o
ponto devista
de
quem
dele faz uso.Pode-se dizer
que
qualidadeno
nivel de empresa/organização, é a caracteristica deum
produtoou
serviço prestado que não apresente defeitosou
falhasem
suacomposição
edesempenho
final. Este conceito éo
mais antigo evem
atravessando anos, sendopacificamente aceito.. Pode-se dizer,
também, que
qualidade é a capacidadede
um
produto realizar, plenamente, as funções para as quais foi fabricado.Campos
(1992, p.2),no
entanto, ressaltaque o
grande objetivo das organizaçõeshumanas
é atender as necessidadesdo
serhumano
na sua luta pela sobrevivênciana
Terra.Diante disto
podemos
definir mais facilmente qualidadecomo
produtoou
serviço prestado que atenda perfeitamente,de forma
confiável, defonna
acessível, deforma
segura eno
tempo
certo, às necessidades
do
cliente, seja ele intemoou
externo. Qualidadenão
ésomente
a ausência de defeitos.Moller, citado por Fernandes (1996, p.l2), diz
que
não é possível descrever qualidadede forma
clara e objetiva. 11
A
razão éque
muitos fatoresdevem
ser levadosem
consideração, ao se julgar aqualidade de qualquer desempenho:
-
Um
produtocom
amesma
qualidade,no
mesmo
paísou
namesma
cultura,pode
serjulgado
de forma
diversa por pessoascom
experiência, educação, idade eformação
17
-
Um
produtoou
serviçocom
amesma
qualidadepode
ser percebido de formas diversaspela 'mesma pessoa
em
épocas diferentes,dependendo da
situação edo
humor
e das atividades da pessoa;'
-
O
mesmo
produtoou
serviçopode
satisfazer necessidades bastante diversas. Assim, aspessoas irão julgar a qualidade de
um
produtoou
serviçode
acordocom
suas necessidadesem
uma
dada
situação;-
As
pessoastêm
diferentes padrões de qualidade;-
As
qualidadesque
as pessoas esperam das outrasdepende
dequem
são essas outraspessoas,
nem
sempre é amesma
que
elas esperam de simesmas.
De
certomodo,
qualidade é a baseque
valorizaum
produto e/ou serviço, sendoque
a decisão pela escolha é de responsabilidadedo
cliente; cabe às organizações produzirou
prestar serviços
que tenham algum
diferencial para queo
encantamentodo
cliente seja regra,~ ~
e
nao
exceçao.3.2 Histórico
da
Qualidade de
Vida
no Trabalho
(QVT)
V
A
origemdo
termo Qualidade deVida no
Trabalho(QVT)
datado
inícioda
década
de
50,na
Inglaterra,quando
cientistas desenvolveramuma
abordagem
sócio-técnicapara agrupar o trinômio pessoa, trabalho e organização. Essa
abordagem
tinhacomo
finalidade orientar esforços parauma
melhor forma de organizaçãodo
trabalho, a partirda
análise e reestruturação
da
tarefa tendocomo
base a satisfação eo
bem-estardo
trabalhador.Na
décadade
60, a preocupaçãocom
aQVT
foi impulsionada através dasiniciativas de cientistas sociais, líderes sindicais, -empresários e governantes,
que buscaram
melhores formas de organizar o trabalho.
O
objetivo daqueles profissionais visava, principalmente, a minimização dos efeitos negativosdo emprego
sobre a saúde, a segurança e a satisfação dos trabalhadores.O
tema
qualidade de vidano
trabalhonão
resistiu à criseda
década de70
e foicolocado
em
segundo plano pelas empresas, denotando a inconsistênciade
sua adoção. Vieira (1996, p. 37) relataque
`“
(..) 0 movimento pela
QVT
estendeu-se até 1974, quando a crise energética eaalta inflação atingiram os países do ocidente,
em
particular os Estados Unidos,l8
atenção das empresas para
uma
forma de sobrevivência, passando os interesses dos funcionários paraum
segundo plano.”Observa-se nesta colocação
do
autor que,em
virtude da crise,houve
uma
importante
mudança
de foco para análise: aQVT
não era fundamental para a sobrevivência das empresasou
as empresasnão
tinhamtempo
para adotá-la.No
finalda
décadade
70, talvez peloabandono
de políticasde
recursoshumanos
que valorizassem a qualidade de vida
no
trabalho, constatou-seuma
diminuiçãodo
compromisso
dos trabalhadorescom
suas atividades profissionais. Desta constatação ressurge,principalmente nos Estados Unidos, a preocupação
com
aQVT.
Além
da
falta decomprometimento
dos trabalhadorescom
as empresas,o
aumento da
competitividadeinternacional levou os americanos a pesquisarem
novos
estilos gerenciaisem
paísescomo
Japão, centrados na produtividade dosempregados
e nos esforços de melhoriade
qualidade devida
no
trabalho.A
partirde
então, aQVT
passou a terum
sentido mais amplo, direcionadasem
favorda
produtividade e qualidade e neste caso as necessidades e aspiraçõesdo
trabalhador são vistascomo
parte da responsabilidade socialda
organização.Nos
anos 80, o interesse voltou-se para a participação dos trabalhadores nas decisões organizacionais e, na década presente, aQVT
é focalizada mais seriamente,deixando de ser tratada
como
um
modismo
administrativo para incorporar-se às organizações.Neste sentido, Búrigo (1997, p. 38) acrescenta
que
“(Ç..) para a mudança organizacional e' necessário
uma
intervenção global,interativa e simultânea ao nível de cultura e sistema de valores da organização, pois
acredita-se que não se obtém
QVT
com a introdução de iniciativas isoladas.Para se chegar ao
movimento
deQVT
utilizado atualmente, segundo Vieira (1996,p. 38) destacam-se quatro estágios anteriores.
O
primeiro caracteriza-se pelas condiçõesde
subsistência proporcionados por salários compativeis
com
afimção,
segurança, prevenção deacidentes, seguridade social e aposentadoria
que
data demeados
do
séculoXIX,
fundamentado
no
marxismo
e nas políticas trabalhistas e sociais.O
segundo movimento, através dos incentivos salariais, participação nos lucros e eficiência administrativaque ganharam
forçacom
as teorias de Taylor e Fayol, por volta de1890, nos
EUA,
no movimento
de produtividade e de engenharia industrial.Em
seguida, apartir dos trabalhos
da
Escola de RelaçõesHumanas,
em
1930, destacou-seo
reconhecimento social, a liderança democrática, o treinamento, a participação e a moralde
grupo,com
19
dimensões
da
qualidade de vidano
trabalho. E, por último, a auto-realização,que
surge porvolta
de
1960com
as teorias comportamentais eo movimento
deQVT,
desenvolvendo as teses de autodesenvolvimento, criatividade, flexibilidadeno
horário de trabalho,pequenos
grupos e preocupaçao
com
omeio
ambiente.i
No
contexto atual, aQVT
vem
se apresentandocomo
elementofimdamental
para o alcancedo
objetivo de competitividade empresarial, atravésdo
reconhecimento de sua importânciacomo
instrumento de valorização dos trabalhadores.A
preocupaçãocom
aQVT,
porém, nãopode
restringir-se aos resultados deaumento
de produtividadeou
eficácia organizacional.A
QVT
deve ser vista sobuma
ótica maishumana
na
qual a valorizaçãodo
indivíduo ultrapassa os limites organizacionais e
onde
a qualidade de vidado
trabalhador seja interpretadaem
um
contexto social mais amplo.A
Um
dos mais importantes objetivosque
uma
empresa moderna
poderia adotar atualmente seria propiciar melhores condições de trabalho, humanizar oemprego
e conciliar interesses dosempregados
com
os das organizações, gerandouma
verdadeira relaçãoonde
ambos
saem
ganhando, apesar de necessitar deum
esforço concentrado deambas
as partes,devido à complexidade desta transformação. Neste sentido, Vieira e Hanashiro (apud Vieira, 1996, p.39)
afinnam
que
“(..) a melhoria nas condiçoes de trabalho com extensao a todas as funçoes de
qua/quer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientaise
organizações que venham juntamente com políticas de Recursos
Humanos
condizentes, humanizar 0 emprego de forma a obter-se
um
resultado satisfatório,tanto para os empregados como para a organização. Isto significa atenuar 0
conflito entre to capital e 0 trabalho ”.
3.3
Qualidade de
Vida
no Trabalho:
conceitos ~Ao
observar os conceitos deQVT,
nota-seque há alguma
controvérsia ainda entre os autores; muitos restringem-se a conceituá-la de acordocom
condições fisicas, salários,*melhoria de instalações, redução
de
jomada, plano de beneficios, mas, apesarde
sereconhecer
que
são condições e necessidades essenciais para amanutenção da
QVT,
não
são os únicos fatoresque
merecem
destaque para análise ecompreensão
realdo
tema.Davis, citado por Vieira (1996, p. 38), apresenta a
QVT
de
maneira simplóriademais para sua definição: “condições favoráveis
ou
desfavoráveis deum
ambientede
20
A
expressão Qualidadede Vida no
Trabalhopode
sertambém
utilizada paradesignar
o
conjunto de fatores que,quando
presentesnuma
situação de trabalho,tomam
oscargos mais satisfatórios e produtivos.
Na
prática organizacional,QVT
consiste, nareformulação
do
desenho de cargos e postos de trabalho,na
criação de equipesde
trabalho, melhoriasno
ambientecom
reflexosna
produtividade ena
satisfação dosempregados
daempresa. Para
Wether
e Davis (apud Vieira 1996, 39),“os esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho procuram nos dar os cargos mais produtivos e satisfatório. Embora sejam usadas muitas técnicas
diferentes sob o título 'qualidade de vida no trabalho ', a maioria dos métodos
acarreta a reformulação de cargos, com a participação dos trabalhadores
afetados”. ,
Deve-se destacar a exigência de outros elementos sócio-psicológicos embutidos
no
estilo gerencial,no
clima, na cultura da empresa e nas formas de organizaro
trabalhoque
podem
afetar, igualmente, o nível de qualidade de vida dos trabalhadoresde
uma
empresa.Não
sepode
falarem
QVT
sem
considerar a existência deum
ambiente fisicoseguro e saudável,
com
a garantia deemprego
e de outros fatores essenciais, e basear-seapenas
no
atendimento dos fatores voltados para necessidades psicossociais.No
entanto, existem indicadores de qualidade de vida, taiscomo,
celta autonomiaem
níveldo
próprio cargo, possibilidade de avanço profissional, direito a liberdade de expressão, relacionamento chefia-subordinado, participação nas decisões, incentivo às idéias criativas,que
são fatoresque
contribuem para a satisfaçãodo
trabalhador, refletindono
seucomportamento
com
a qualidade de seu próprio desempenho.Neste sentido, a
QVT
para Guest, citado por Vieira (1996, p. 38) foi conceituada COIIIO)
um
processo pelo qualuma
organização tenta revelar o potencial criativo deseu pessoal, envolvendo~os
em
decisões que afetam suas vidas no trabalho.Uma
característica marcante do processo é que seus objetivos não são simplesmente
extrinsecos, focando melhoria da produtividade e eficiência em si; eles também são
intrínsecos no que diz respeito ao que to trabalhador vê com fins de auto-realização e auto-engrandecimento
A
abordagem
mais humanistade
QVT
associa-se ao atendimento dasnecessidades e aspirações
do
trabalhador, juntamentecom
a idéias dehumanização do
21
ambientais e comportamentais,
devem
serbem
administrados afim
de gerar maior satisfação e motivação para os trabalhadores.Búrigo (1997, p. 37), através
da
sintetizaçãoda
opinião deLima
(1994), associaQVT
à produtividade, colocando que “na busca de humanizar as relações de trabalho,QVT
deve estar associada tanto à satisfação dos trabalhadores quanto ao desenvolvimento
da
organização, considerando a expectativa de
que
as pessoas serão mais produtivas quanto mais satisfeitas e envolvidas estiveremcom
o próprio trabalho”.Walton
(1973) por sua vez,ressalta,
que programas
de melhoria deQVT
nem
sempre
estão relacionados aoaumento
deprodutividade. 1
As
dificuldades para melhoriada
QVT
nas organizações brasileiras estão associadas, segundo Golbert (apud Bernardi 1997, p. 88), à falta deuma
culturaque
dêliberdade de ação às pessoas e que as permita inovar. Persiste ainda,
uma
mentalidadeque
teme o novo
eo
desconhecido e que, segundoLima,
citado por Bernardi (1997, p. 91), sejustifica 'pelas “leis trabalhistas
que
beneficiam tanto osempregados que
as empresasnão
seaventuram muito a inovar” e por isso
não adotam
sistemas de gestão voltados para melhoria dos níveis de qualidade de vidano
trabalho.Outro
indicativoda
baixaQVT
no
Brasil seria a alta rotatividade existente nasempresas, causadas pela falta de valorização' da mão-de-obra,
onde
seria mais fácil contratarnovos
funcionáriosdo
que investirem
parceriacom
funcionários mais antigos; muitosempresários ainda
possuem
intrínsecoem
suas idéiaso
fato deque
um
funcionáriobem
desenvolvido dentro deuma
organizaçãopode
passar de inovação à ameaça. ParaLima
(ibid.), existe a mentalidade de redução de custos através de
um
grandenúmero de
demissões,incentivado pela quantidade de pessoas interessadas
em
arrumarum
emprego
e a sujeitarem- se a práticas ultrapassadas de gestão."
Albuquerque
e França (1998, p. 41) interpretamQVT
como “um
conjunto deações
de
uma
empresa que envolve diagnóstico e implantaçãode
melhorias e inovaçõesgerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora
do
ambiente de trabalho, visando propiciarcondições plenas de desenvolvimento
humano
para e durante a realizaçãodo
trabalho”.Ja
na
definição deBowditch
eBuono
(apudLima
1994, p. 52)expõem
que
“existeQualidade
de Vida no
Trabalhoquando
osmembros
deuma
organização são capazes de satisfazer -necessidades pessoais importantes através de sua vivência namesma, o que
engloba, portanto, a preocupação
com
o efeitodo
trabalho nas pessoas,com
a eficiência dos22
Para Fernandes, citado por Araújo (1996, ,p. 390) a
adoção de programas
demelhorias
de
QVT
não
podem
ser tratados de maneira manipulativa e transitória e sim, atravésde esforços orientados para
mudanças
verdadeiramente mais significativas. Assim, inclui aadoção
de“um
novo
conceito das pessoas, baseadoem
um
amplo
conhecimentode
suascomplexas e dinâmicas necessidades;
um
novo
conceito de poder, baseadona
colaboração e entendimento; eum
novo
conceito de valoresda
organização, baseadoem
idéias humanísticas e democráticas”.à Dentro de
uma
concepção humanística mais ampla,crítica e melhor desenvolvida,
proposta por Guimarães (1995), a
QVT
inclui, obrigatoriamente,uma
interpretação sócio-política,
além
dos demais aspectos já mencionados. Assim, a autora relaciona aQVT
com
“qualidade de vida'
em
geral,o que
inclui a conquistada
cidadania por partedo
trabalhador,mantendo
uma
relação »direta e ativa
com
a democratização industrial, enquanto compartilhamentodo
poder de decisão entre gerências e trabalhadores, assurnindo-seuma
forma
de participação plena de todos os niveis decisórios”.Na
busca poruma
definição mais apropriada ao estudoem
questão, Cascio (in:Neri, 1990, p. 2) enfoca a
QVT
de duas formas:como
(1)um
conjuntode
condições organizacionais objetivas, práticas e princípios administrativos, e (2)como
um
conjunto de percepções dos trabalhadoresem
relação às condições oferecidas.Na
falta deuma
definiçao consensual sobre o tema,pode
secompreender
aQVT
no
sentido de tornaro
trabalho nas organizações maishumanos
e melhores,na
busca dasatisfaçao
do
trabalhador enquanto indivíduocomponente
inseridono
contextoorganizacional.
3.4
Qualidade de
Vida
no
Trabalho:abordagens
No
estudoda
QVT,
vários autores desenvolveram formulários e linhas de análise. Dentre as abordagens existentes e consideradas por vários autorescomo
principais, destacam-se as desenvolvidas por
Walton
(1973), Westley (1979), K. Davis&
Werther (1983), Nadler&
Lawler
(1983) eHuse
&
Cummings
(1985). 3.4.1 Wa1i‹›n(1973)Este autor desenvolveu
um
modelo
de avaliaçãoda
QVT
composto
por oito "categorias conceituais",no
intuito defomecer
uma
estrutura para analisar as características23
notáveis
da
Qualidade de 'Vidano
Trabalho.O
autor ainda considera que,dependendo do
contexto, novas categorias, indicadores
ou
dimensõespodem
ser gerados.i
As
oito "categorias conceituais" desenvolvidas porWalton
podem
ser identificadasno
quadro que segue: -QUADRO
1 -Modelo
deWalton
para Aferiçãoda
QVT
Compensação
justa e adequada .Renda
adequada
ao trabalho7
Eqüidade
intemaEqüidade
externa1
Condições de trabalho Jornada de trabalho
_
'
Ambiente
fisico seguro e saudávelR
Autonomia
.
Uso
e desenvolvimento de capacidades Significadoda
tarefa Identidade da tarefa Variedadeda
habilidade Retroinformação Possibilidadede
carreira l Crescimento profissional V Segurança deemprego
Integração social
na
empresa Igualdade de oportunidades-
Relacionamento Senso comunitário
Constitucionalismo Respeito às leis e direitos trabalhistas l
r A Prívêsídflde pessoal « R ~ Liberdade deexpressão - '
Normas
e rotinas ' zTrabalho e espaço total
da
vida Papel balanceadodo
trabalhoChances
de crescimento e segurançaRelevância social
da
vidano
trabalhoA
Responsabilidade social elos serviços
, Responsabilidade social elos produtos
Responsabilidade social I elos
empregados
Imagem
da empresa 'P
P
P
(Fome
WALTON
(1973) (apud vieira, 1996, p. 44)-
Compensação
justa e adequada: refere-se a justiçada compensação
pelo trabalhorealizado por
um
empregado, baseando-se na eqüidade intema e eqüidade externa,~
equiparaçao dos níveis salariais na própria empresa e
da
empresacom
o mercado
detrabalho, respectivamente; V
- Condições de trabalho: considera as condições de segurança e saúde
do
trabalhador,24
-
Uso
e desenvolvimento de capacidades: refere-se ao atendimento das necessidades deautonomia
no
trabalho, múltiplas habilidades, infonnação e perspectivas, tarefascompletas e planejamento; . `
-
Chances
de crescimento e segurança: relaciona-secom
as chancesde
crescimentooferecidas
na
empresa, oportunidade de carreira, desenvolvimento pessoaldo empregado,
estabilidade
no
emprego;- Integração social na empresa: é determinado pelo
número
de níveis hierárquicos, apoio,colaboração e franqueza interpessoal, além
de
aspectos relacionados a preconceitossociais.
_ Constitucionalismo: o estabelecimento de
normas
e regras organizacionais, direitos edeveres
do
trabalhador e recursos contra decisões arbitrárias são necessários paraque
se estabeleçaum
clima de democracia;(VIEIRA,
1996, p_45)- Trabalho e espaço total
da
vida: diz respeito à disponibilidade detempo
e energiado
trabalhador para atividades
com
a famíliaou
de lazer;- Relevância social
da
vidano
trabalho: refere-se a atuação da empresa perante a sociedadee ao
comprometimento
com
o trabalhadorno
sentido deque
a organização não favoreça adepreciaçao
do
seu trabalho.3.4.2 Westley (1979)
Este autor classifica e analisa quatro problemas
que
afetam diretamente e tornam-se obstáculos à
QVT:
to político,o
econômico, o psicológico e o sociológico,que
por sua vezsão causas de injustiça, insegurança, alienação e
anomia
(ausência de leis e regulamentos), respectivamente.(RODRIGUES,
1994, p. 85).Para Westley (1979) (apud Rodrigues 1994, p. 86) “a insegurança e a justiça são
provavelmente os problemas mais antigos.
A
concentraçãode
poder, segundoo
autor, seria amaior responsável pela insegurança, enquanto
que
a concentração dos lucros e a exploração dos trabalhadores seriam as responsáveis pela injustiça”.Para tentar resolver esses quatro problemas e melhorar a
QVT,
Westley citado porLima
(1994) “propõe ações cooperativas através da participação dos trabalhadores nas decisões e na divisão dos lucros,da adoção
deum
trabalho auto supervisionado,do
enriquecimento de tarefas eda
aplicação dos princípios sócio-técnicos”.25
3.4.3 K. Davis
&
Werther
(1983)De
acordocom
estes autores, aQVT
é “afetada por muitos fatores: supervisão,condições de trabalho, pagamento, beneficios e projetos de cargo. Porem, é a natureza
do
cargo
que
envolve mais intimamente 0 trabalhador”(RODRIGUES,
1994, p. 87).Mesmo
através dessa definição, nãopodemos
afirmar que
toda a insatisfaçãodo
empregado
seja resolvida pela reformulação dos cargos;mesmo
assim, os autores dededicam
à analisar seu conteúdo e designação.
Rodrigues (1994, p. 87) mostra
que
K. Davis&
Werther
(1983)vêem
o
projeto decargos
em
três níveis: organizacional, ambiental e comportamental.Na
figura a seguir, sao representados os níveiscom
seus respectivos componentes:FIGURA
1: Fatores que influenciam o projeto de cargo e a qualidade de vida no trabalhoFarma
Fnrumz.
cmmmnmemâis,
~ ~ l*‹zE«e§›feâsÍflâa¡d`àE1
~= dia
ma.
ãmmmamâufâ- = - - ~
fäfverflameiaätãíâ
Ê
FAT~
-z Pfapüsiíiizü =- = fiür-granšifzaçäu - DëzpâfitLfifl›e1aãt0 z-»26
K. Davis
&
Werther
(1983) (apud Rodrigues, 1994, p. 87)definem
que
no
nível organizacional, “aabordagem
é feita principalmente levando-seem
consideração a eficiência.Para esta eficiência, a racionalização
da produção
é trabalhada, principalmente, a partirda
especialização”.Os
autores analisam a especialização através de três métodos: aabordagem
mecanicista,
o
fluxo de
trabalho e as práticasde
trabalho.A
abordagem
mecanicista procura identificar cada tarefaem
um
cargo,de
modo
que as tarefas
possam
ser dispostas para minimizaro tempo
eo
esforço dos trabalhadores,enquanto
que
ofluxo
de trabalhotem
sua definição “influenciada pela naturezado
produtoou
serviço”, e as práticas de trabalho são as maneiras
firmadas
dedesempenhar o
trabalho.(RODRIGUES,
1994, p. 88).No
nível ambiental, dois pontos são desuma
importância: a habilidade e disponibilidade deempregados
e as expectativas sociais.Quanto
ao primeiro, éde
vitalimportância
uma
análise das habilidades e competências dos trabalhadoresdo
universoconsiderado para
que
o cargo não seja dimensionado acimaou
abaixo das aspirações profissionaisdo
trabalhador; as expectativas sociais precisamtambém
de
criteriosa pesquisa.De
acordocom
Rodrigues (1994, p. 89),“a parte mais sensível para o êxito de
um
cargo está no nível comportamental. Estaidéia diferencia dos conceitos do início do século.
As
pesquisas comportamentais são ferramentas importantes para a confecção deum
cargo. Quatro dimensões são destacadas neste nível: autonomia, variedade, identidade de tarefa eretroinformação ”.
Rodrigues (1994, p. 89) mostra que, para K. Davis
&
Werther
(1983), a autonomia seria a “responsabilidade pelo trabalho; a variedade, o uso de diferentes peripécias e capacidades; a identidade de tarefa seria fazer o tododa
peça de trabalho, e a retroinformação, a informação sobre desempenho”.Conforme
verifica-se, os autores destacam a autonomia e variedadecomo
fatorescomportamentais
que
influenciamno
projeto deum
cargo satisfatório.Por
outro lado,temos
eficiência inversamente proporcional aosmesmos.
De
acordocom
K. Davis&
Werther
(1983) (apud Rodrigues, 1994, p. 89),
podemos,
em uma
analise parcial, dizerque
“cargos mais eficientespodem
fazercom
que sejammenos
satisfatórios e cargos satisfatóriospodem
27
Segundo
Rodrigues (1994, p. 90), K. Davis&
Werther
(1983)vêem
que
“algumasbarreiras à implantação
podem
erodir o sucesso de qualquerprograma
de Qualidade deVida
no
Trabalho”. 'Numa
breve análise, poderiamos identificarcomo
barreiras os própriosempregados, dirigentes
ou
sindicatos, unicamente pelo fato deum
programa
deQVT
possuirem
seu significado a propensão àmudanças
organizacionais, o que, deuma
maneiraou
deoutra, acaba por chegar aos
componentes
deuma
organizaçãocomo
ameaça
disfarçada dealguma
forma.Mas,
na concepção de K. Davis&
Werther
(1983), citados por Rodrigues(1994, p. 90), faz-se necessário vencer o desafio,
“afim
de conseguiruma
vidano
trabalho de alta qualidade pormeio de
cargos produtivos e satisfatórios”.3.4.4 Nadler
&
Lawler
(1983)Búrigo (1997, p. 36) mostra a visão de Nadler e Lawler (1983) sobre
QVT
como
“uma
maneirade
pensar sobre as pessoas, trabalho e as organizações. Seus elementos distintos são (1)uma
preocupação sobre o impactodo
trabalho sobre as pessoasbem como
sobre a efetividade organizacional, e (2) a idéia de participação na soluçãode
problemas etomada
de decisões organizacionais”.Para esses autores, a
QVT
pode
ser definida através das seguintes atividades representativas(VIEIRA,
1996, p. 40):- Participação nas decisões;
- Reestruturação
do
trabalho através de enriquecimentode
tarefas e grupos detrabalho autônomos;
- Inovação
no
sistema de recompensascom
influênciano
clima organizacional;-
Melhora do
ambiente de trabalhono que
se refere a horasde
trabalho,condições, regras e
meio
ambiente fisico, entre outros.3.4.5
Huse
&
Cummings
(1985)Para esses autores, a
QVT
pode
ser definidacomo
uma
forma
depensamento que
envolve pessoas, trabalho e organização, destacando dois aspectos principais
que
são “(1) apreocupação
com
o
bem-estardo
trabalhador ecom
a eficácia organizacional, e (2) a participação nas decisões e problemasdo
trabalho”.G{ODR1GUES,
1994, p. 90)28
Estes autores definiram quatro aspectos para operacionalizar
um
programa
deQVT:
- Participação
do
trabalhador:no
processo detomada
de decisãoem
váriosníveis organizacionais.
- Projeto de cargos:
com
a reestruturação de cargos parao
enriquecimentodo
trabalho aliado a maior variedade
da
tarefa e feedback.- Inovação
no
sistema de recompensa: através deum
plano de cargos e saláriosda
organização._ Melhoria
no
ambientede
trabalho: quanto às condições fisicasou
tangíveisdo
trabalho. '
A
maioria dos autores apresentados associam aimagem
deQVT
ao seu objetivo intrínseco,que
seria agrupar o trinômio pessoa, trabalho eorganização. Nota-seque
muitosautores estabeleciam essa relação entre pessoa, trabalho e organização baseados
em
diferentes aspectos; unsdavam
mais ênfase a organização propriamente dita, outros nos colaboradores da organizaçao. 'Nota-se
também
que
a grande preocupaçãodo
desenvolvimento dos estudos deQVT
foi justamente tornar o ambiente de trabalho mais propício paraque o
trabalhador possadesenvolver de
forma adequada
sua tarefa, e sinta-senum
ambienteque
não apenas lhe cobre prazos e lhe repasse trabalho,mas também
que
o valorizacomo
serhumano
e possuipreocupações
com
relação a sua qualidade de vida.3.5
Qualidade de
vidano
trabalho e o serviço públicoA
cultura organizacional éo
ingrediente basico para incrementarprogramas
dequalidade
com
qualidade de vidano
trabalho.Muitos
administradores seesquecem que o
sucesso dos programasdepende do
esforço dos trabalhadores, que, para seempenharem,
necessitam de qualidade de vidano
trabalho.(BÚRIGO,
1997)De
acordocom
Búrigo (1997, p. 46),9
“Seja na organizaçao pública, seja na privada, qualidade de vida no trabalho é necessário e relevante. Pressupõem sigmficativas mudanças nos padrões culturais
da organização, objetivando a priori a satisfação das necessidades do trabalhador
em
seu ambiente de trabalho, relações de trabalho mais humanizadas, práticas detrabalho mais eficientes, modelos de gestão mais democráticos e maior produtividade e desenvolvimento organizacional
29
Todos
nós já nos deparamos, vezou
outra,com
um
serviço público e suaconseqüente prestação de serviço,
nada
promissora,tampouco
satisfatória.Investe-se
pouco no
preparo dos servidores, faltando iniciativasque
venham
a comprometer-secom
a elevação dos padrões hoje oferecidos para a qualidade de vidano
trabalho, já
no
limiardo
novo
século,onde
ainda sãoempregados métodos
arcaicos.A
busca de qualidade de vidano
trabalho constituitambém
um
traço de maturidade profissional, poiscom
sucateamentodo
serviço público brasileiro, a qualidade passa a serum
pilar básico para a necessidade deum
esforço sistemático de melhoria desse serviço(BÚRIGO,
19.97).4
METODOLOGIA
DE
PESQUISA
Neste capítulo abordar-se-á aspectos metodológicos
do
estudo,como
abordagem
e tipo de pesquisa, as fontes dos dados obtidos e as formas utilizadas para a obtenção desses dados.4.1
Abordagem
da
pesquisaNo
intuito de alcançar os objetivos propostos, utilizou-se aabordagem
qualitativa,pois esta possibilita a análise
em
maior profundidade das particularidades das informações eda interação das variáveis a' serem encontradas, principalmente
quando
se tratade
um
tema
complexo., sobre
o
qual inexistem conclusões definitivas(LAKATOS,
1997).De
acordocom
que
Godoy
(1995) preconizaque
na pesquisa qualitativao
pesquisador parte de focos de interesse amplos,que vão
sendo definidos àmedida que
oestudo avança. “Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos
interativos pelo contato direto
do
pesquisadorcom
a situação estudada, procurando entendero
fenômeno
segundo a perspectiva dos sujeitos (...)”.Para
Merriam
(1998), a pesquisa qualitativa apresenta algumas características centraisque
são inerentes à maioria das suas tradições, das quaismerecem
destaque: (1) a pesquisa qualitativa é comparável aum
guarda-chuva, cobrindo várias tradiçõesde
pesquisa; (2) baseia-se na Ótica da realidade construída por individuos interagindo nos seusmundos
sociais; (3) é
um
esforço para entender situações únicascomo
parte deum
contexto particular e suas interações; (4) a preocupação básica é entendero fenômeno
sob a perspectiva dosatores e
não
do
pesquisador; (5)o
pesquisador éo
instrumento primário de coletade
dados, ao invés de inventários e questionários inanimados,com
larga aplicaçãodo
computador; (6)usualmente envolve pesquisa de
campo;
(7)emprega
estratégia indutiva de pesquisa; e (8) é ricamente descritiva, pois enfoca processos, sentidos e conhecimentos.Pode-se
também
caracterizar a presente pesquisacomo
ocasional transversal.Segundo
Mattar (1999), na pesquisa ocasional transversal, os elementosda
população sãomedidos
uma
única vezno
tempo, visando atender aum
objetivo específico.O
projetoocasional proporciona
uma
visão das variáveisem
estudoem
determinadomomento.
No
caso da presente pesquisa, as opiniões referem-se a percepção dos fiincionáriosda
Delegacia dePolícia