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Aulas de direito civil II (completo) 1°-2012

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1 AULA – 07/02/2012 DIREITO CIVIL II - CONTRATOS PROFESSOR: JOAO GUILHERME ASSAFIM JGASSAFIM@GMAIL.COM

CONCEITO DE NEGOCIO JURIDICO

Acordo de vontades que gera efeitos jurídicos, queridos pelo agente. (Caio Mário).

Conceito de contrato:

Clovis Bevilaqua - Acordo de vontade que tem por fim adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. (baseado no código modificado de 1916, art. 81, 82).

Agente Capaz → Contrato Paritário → Art. 104 → CC art. 427, 428 → CDC art. 30, 31, 35 Princípios → etapas pré-contratuais

Obs: as pessoas têm como um objetivo de celebrar contrato para auferir patrimônio. O objetivo principal de um contrato é cumprir seu objeto.

Trabalhar o contrato da seguinte ordem:

- Agente capaz – a partir daí utiliza-se a formação contratual (art. 104, CC) e princípios. Se houve o aceite do contrato e todos estão cumprindo sua obrigação acontece a função social.

POTHIER:

PRINCÍPIOS DOS CONTRATOS:CAI NA INSTITUCIONAL

1. Autonomia da vontade:limitado pela ordem pública que gera a liberdade de contratar ou de não contratar e a liberdade de contratar somente aquilo que não eu entender.

2. Força vinculante 3. Relatividade 4. Boa fé 5. Função social

6. Supremacia da ordem pública: o Estado edita lei como objetivo de limitar liberdade do cidadão prevenindo supostos abusos e garantindo a harmonia no Estado Democrático de Direito.

Contrato Paritário – contrato pelo qual as partes negociam de igual forma tendo sempre o mesmo poder de informação econômico e de barganha

Contrato de adesão – (página 393) relação de consumo. Não é negociado de igual forma. Art. 39 e 51 do CDC.

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PRINCÍPIOS

Parte da doutrina somente trabalha os quatro primeiros princípios e pouca parte da doutrina trabalha a supremacia da ordem pública

1. Autonomiada vontade

Limitado pela ordem pública que gera a liberdade de contratar ou de não contratar e a liberdade de contratar somente aquilo que eu entender.

A doutrina contratual entende que a vontade ou o consentimento muito antes de ser um elemento trata-se de um pressuposto de todo e qualquer contrato que afeta diretamente a sua validade e eficácia. OBS: As duas formas de manifestação de vontade são a manifestação direta ou expressa e a manifestação direta ou tácita.

Sendo que a direta ou expressa é aquela proferida por sinais externos inequívocos, como fala gestos e escrita que não suscitam dúvidas, ligado diretamente ao consentimento

A outra forma de manifestação de vontade é direta ou tácita é um silêncio ligado a um comportamento negocial que pode gerar uma aceitação ou se vc se comprometeu tem que cumprir. recusa. O silêncio é um fato ambíguo no direito, não diz nem que sim nem que não.

2. Força vinculante – força obrigatória das convenções (alguns doutrinadores). Uma vez estabelecido o contrato ele gera lei entre partes, isto é, Uma vez estabelecido vínculo entre as partes gera necessidade do cumprimento da obrigação. Um contrato válido eficaz deve ser cumprido pelas partes: pacta sunt servanda

3. Relatividade – o efeito do contrato só recai a parte, não recaindo a terceiro.

Parte é a pessoa humana que utiliza do seu consentimento para celebrar um negócio e ser beneficiado pela prestação e contraprestação do objeto do contrato, terceiro não é parte, não é beneficiado pelo objeto da contratação.

Existem obrigações que comportam algumas exceções e que estendem seus efeitos a terceiros. São os efeitos externos arts. 436 a 438.

Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.

Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.

Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.

Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.

Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. 4. Boa-fé – (art. 113, 187 e 422 todos esses artigos falam da boa- fé). Boa fé objetiva ou concepção

ética de boa fé – para o STJ é Boa-fé pura, impar e inequívoca. Por outro lado, tem-se a boa fé subjetiva – para o STJ, considera situação citológica de boa-fé. Boa-fé objetiva – trata-se da boa fé pura, impar e inequívoca que nenhum momento o agente irá acarretar prejuízo ou obscuridade a outro agente.

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A boa-fé além de regra de conduta pelo Código de 1916 passou a ser considerado princípio a partir da vigência dos artigos 113, 187 e 422 do CC.

Art. 113 – função interpretativa. “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”.

Art.187- função de controle dos limites do exercício de um direito. “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.

Art. 422 – função de integração do negócio jurídico. “os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.

Boa-Fé objetiva ou concepção ética de boa-fé trata-se da boa-fé pura, ímpar e inequívoca que em nenhum momento irá acarretar prejuízo ou obscuridade para as partes.

Boa-Fé subjetiva ou concepção psicológica de boa-fé, não se trata do princípio em questão, uma vez que o

agente acha que tem um direito que não possui, baseado em um entendimento equivocado ignorando o fato de estar prejudicando até certo ponto direito de terceiro. Segundo Venosa, o manifestante de vontade crê que sua conduta é correta, tendo em vista o grau de conhecimento que possui de um negócio. Para ele há um estado de consciência ou patológico que deve ser considerado.

5. Função social - art. 421 CC - A função social verifica a harmonia dos interesses de todos os envolvidos na relação contratual, reciprocidade instantânea (caráter individual). Na cadeira de contratos o aspecto é individual.

6. Supremacia da ordem pública - Inserido dentro da autonomia da vontade.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS (natureza jurídica)

- bilateral/unilateral

Contrato bilateral– os direitos e deveres são distribuídos de igual forma quanto ao cumprimento do objeto principal. (ART. 481). Ex.: compra e venda

Contrato unilateral – a carga contratual não é igualmente distribuída quanto ao cumprimento do objeto principal. Ex.: doação pura e simples

- oneroso/ gratuito

Contrato oneroso– ambas as partes vão auferir vantagens econômicas. (art. 481). Deve o credor prejudicado, quando do ajuizamento da ação pauliana

Contrato gratuito -apenas uma das partes irá auferir vantagem econômica, sendo totalmente beneficiado com o cumprimento contratual. Ex.: doação (art. 538 )

Troca de uma coisa por dinheiro –????? Contrato comutativo/ aleatório

[M1] Comentário: Quanto a produção de efeitos

[M2] Comentário: EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS – EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO, APLICADO NOS CONTRATOS BILATERAIS, SEGUNDO O QUAL NÃO É DADO A QUALQUER DAS PARTES, ANTES DE DAR CUMPRIMENTO AS SUAS OBRIGAÇÕES, EXIGIR DO OUTRO CONTRATANTE O ADIMPLEENTO DE SUA PRESTAÇÃO (ART. 476)

[M3] Comentário: DEVE O CREDOR PREJUDICADO, QUANDO DO

AJUIZAMENTO DA AÇÃO PAULIANA, FAZER PROVA DA INSOLVÊNCIA E DA MÁ-FE [M4] Comentário: POR SUA VEZ,MOSTRA-SE SUFICIENTE APENAS A DEMONSTRAÇÃO DA INSOLVENCIA HAJA VISTA SER A M-FÉ PRESUMIDA. OS CONTRATOS GRATUITOS GERALMENTE SÃO PERSONALISSIMOS

[M5] Comentário: QUANTO OS RISCOS QUE ENVOLVEM A PRESTAÇÃO

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Contrato comutativo – São ajustes onerosos e bilaterais em que ambos os agentes tem pleno conhecimento do conteúdo do contrato, quanto ao cumprimento imediato do objeto principal. Prestações são certas e determinadas, atendidas, in casu, a segurança jurídica.

Contrato aleatório - Um dos agentes cumpre a prestação do objeto principal e em contrapartida apenas terá ciência das possíveis contra prestações que pode vir a receber. Depende de um evento futuro e incerto, e caso este ocorra, o agente pode receber a contraprestação total, parcial ou nenhuma delas. Ex.: contrato de seguro em relação à seguradora.

3 AULA – 14/02/2011

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: (continuação)

-típico /atípico

Típico - também chamado de nominado (nome) . É o descrito e conceituado pela lei. Todo contrato que houver legislação especifica. Ex.: compra e venda.

Atípico – também chamado inominado. Não pode possuir referencia direta da lei. Surge com o costume da população e para que tenha validade deverá apenas prestigiar os requisitos de validade do negócio jurídico. Ex.: art. 104 CC dá base aos contratos atípicos. Ex.: contrato de garagem, o qual não é tratado pela lei, muito embora tal denominação conste do art. 1º da lei de locações.

Deve-se observar:

a- seja firmado por pessoas livres e capazes;

b- seu objeto seja lícito, possível , determinado ou determinável e suscetível de apreciação econômica

c- não contrarie a lei e os bons costumes (forma não defesa em lei). - CONSENSUAL -(consentimento)

Apenas se aperfeiçoa com a vontade das partes, vinculado com contratos com pequenos valores econômicos. Aperfeiçoa-se com o consentimento das partes.

- REAL (aceite)

São aqueles que exigem, para o seu aperfeiçoamento, não só o acordo de vontades, como também a entrega da coisa por uma das partes à outra. Via de regra são unilaterais.

Todo o contrato que terá eficácia plena quando entrega-se as chaves no contrato de compra e venda. Ligado aos modos de aquisição de propriedade com também dos contratos que apenas repassam a posse direta de bens suscetíveis de transcrição de títulos. Perfaz com a tradição do objeto. Tem eficácia plena a partir da tradição.

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Ligado aos modos de aquisição de propriedade como também aos contratos que apenas repassam a pose direta de bens suscetíveis de transcrição de título. Se faz necessário a tradição, ou seja, a entrega simbólica das chaves.

- SOLENE/NÃO SOLENE Solene(formal)

Deverá cumprir todos os requisitos de forma pré-estabelecidos na lei para que tenha validade e eficácia plena.

Não solene

Possui forma livre para sua elaboração, dependendo inicialmente do consentimento das partes. - PRINCIPAL/ACESSÓRIA

Principal - É o contrato que depende dele mesmo para sobreviver no mundo negocial.

Acessória - Depende exclusivamente da existência de um contrato principal para ter validade e eficácia. - EXECUÇÃO INSTANTÂNEA/ POR DURAÇÃO

Execução Instantânea ou automática

Vulgarmente chamada de forma à vista. As partes cumprem suas obrigações do objeto principal de forma integral e independente do lapso de tempo. EX.: Compra e venda

Execução continuada/ Por duração

Um dos agentes cumpre a sua obrigação do objeto principal de forma de fracionada ao longo do tempo. Ex.: contrato de compra e venda à prazo

- PRAZO DETERMINADO/ INDETERMINADO Prazo Determinado:

O contrato pelo qual os direitos e deveres devem ser cumpridos em um prazo previamente estabelecido até que seja dada a quitação.

Prazo Indeterminado

Os direitos e deveres vão sendo cumpridos ao longo do tempo sem qualquer vinculação direta à prazo. - PESSOAL / IMPESSOAL

Pessoal

O agente que escolheu a parte que irá cumprir a obrigação de fazer teve fundamento no entendimento que o prestador seria o único com condições técnicas de cumprir a obrigação com base no seu direito personalíssimo.

[M6] Comentário: QUANTO AO MOMENTO DO CUMPRIMENTO [M7] Comentário: Exceção de contratos não cumpridos. NÃO SE APLICA O PRINCIPIO DA ONEROSIDADE EXCESSIVA E DA IMPREVISÃO. SE APLICA O PRINCÍPIO DA SIMULTANEIDADE DAS PRESTAÇÕES.

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Impessoal

Pouco importa quem efetua a obrigação de fazer, basta que a mesma seja cumprida no prazo pactuado.

- PRELIMINAR

Promessa de contratar. As partes se vinculam com adiantamento de valor denominado sinal, tendo ainda em sua força vinculante a possibilidade de celebração em data certa e futura de um contrato principal. Caso este contrato não seja celebrado, não há que se falar em ato ilícito, uma vez da existência das clausulas de arrependimentos.

Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.

Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.

Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.

Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação. Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos.

Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor. (não se refere propriamente ao contrato preliminar, mas à promessa unilateral de contratar).

- AUTOCONTRATO

É o contrato consigo mesmo. Devedor e credor. Está nos dois polos da contratação. - PARITÁRIO/ ADESÃO

Paritário - contrato pelo qual as partes negociam de igual forma todo o período de formação contratual, utilizando o mesmo poder de informação econômico e de barganha.

Adesão - apenas um dos agentes elabora o contrato, cabendo à outra parte apenas aceitar ou recusar. 4 AULA - 17/02/2012

ELEMENTOS DOS CONTRATOS: (Venosa)

Elemento é tudo aquilo que está inserido no contrato de acordo com o consentimento das partes.

- Essenciais – art. 104, CC , são os chamados requisitos de validade do negócio jurídico e na falta de um destes elementos o negócio será considerado nulo. Venosa menciona que existem outros requisitos nos elementos específicos da compra e venda:

[M8] Comentário: PARA O CDC, ART 54, CONTRATO DE ADESÃOÉ AQUELE CUJAS CLÁUSULAS TENHAM SIDO APROVADAS PELA AUTORIDADE COMPETENTE OU ESTABELECIDAS UNILATERALMENTE PELO FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS, SEM QUE O CONSUMIDOR POSSA DISCUTIR OU MODIFICAR SUBSTANCIALMENTE SEU CONTEÚDO.

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 Consentimento 

 Coisa  Preço

- Naturais – são modalidades de garantia dos contratos paritários (pessoa física para pessoa física). Inicialmente as modalidades de garantia apenas recaem aos contratos onerosos, não recaindo assim aos contratos gratuitos, uma vez que o agente beneficiado não teve prejuízo, apenas deixando de ter um suposto ganho. Elementos naturais decorrem da própria natureza do contrato, não havendo necessidade de menção expressa no corpo de texto contratual e basta que ocorra o fato para que sejam aplicados as modalidades de garantia, são elas: evicção e vício redibitório (vício grave que recai sobre a destinação do bem ???). verificar venosa

Vício oculto ou defeito grave que afeta a destinação do bem ocorrendo ao tempo da transmissão independentemente de culpa – vício redibitório.

É a perda de um título oneroso de propriedade por força de uma decisão judicial ou administrativa – evicção. Ex.: carro clonado.

- vontade no plano contratual – consentimento está vinculado a toda formação contratual e obrigação contratual.

- Partes/ Terceiros -parte (definição) ???? terceiro (definição)???

Nem sempre o desaparecimento do titular faz extinguir a relação de direito. Uma vez da existência das regras sucessórias e de espólio. CAI NA INSTITUCIONAL

- Formas de Manifestação de vontade:

As formas de manifestação de vontade são divididas em manifestação direta ou expressa e indireta ou tácita

Direta ou expressa – é aquela proferida por sinais externos inequívocos como: fala, gestos e escrita que não suscitam dúvidas.

Indireta ou Tácita – aqui trata-se de um silencio ligado a um comportamento negocial que confirma uma aceitação ou recusa.

- Capacidade das partes - - Objeto – justifica o art. 104 CC

- Apreciação pecuniária - todo contrato, objeto principal, cláusula e cumprimento obrigacional sempre serão equiparados a um valor em dinheiro, não só para justificar o preço total do contrato, como também quantificar perdas e danos nos casos de inadimplemento.

- forma - justifica o art. 104 CC

- vícios no CDC – art. 39 e art. 51 do CDC são cláusulas abusivas. Art. 39, IV, CDC – lesão

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INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS (Silvio Rodrigues)

Se apresenta quando surgir a necessidade de esclarecer o exato sentido de uma norma jurídica. Através da hermenêutica procura o intérprete não apenas descobrir qual a vontade do legislador, mas a vontade concreta da lei. Como ato jurídico que é, o contrato tem por mola propulsora a vontade das partes, de maneira que, para descobrir o exato sentido de uma disposição contratual, faz-se mister, em primeiro lugar, verificar qual a intenção comum dos contratantes.

Art. 112 – Nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem

- art 112 – Não é visto como regra de interpretação na parte contratual.

A interpretação dos contratos faz-se necessário sempre que ocorra divergência entre as partes sobre o efetivo sentido de uma cláusula. Por vezes ocorre entre os contratantes, disparidade de opiniões acerca do alcance de uma cláusula determinada. Neste caso, existe um conflito que a solução depende de interpretação do ajuste, a ser realizada pelo juiz. A interpretação dos contratos implica em esclarecer a vontade concreta das partes. Primeiro, num análise de caráter meramente objetivo (exame da lei) e em segundo o intérprete exerce uma função a um tempo objetiva (exame do contrato) e subjetiva (exame da intenção comum dos contratantes).

REGRAS DE CARATER SUBJETIVO - referem-se a verificação da efetiva vontade das partes. O preceito fundamental, já apontado, é o que determina a prevalência da intenção dos contratantes sobre o sentido literal da linguagem. Por mais gerais que sejam as expressões usadas no contrato, ele só compreende coisas que as partes tinham em vista contratar, e não aquelas que não foram objeto de sua cogitação.

Quando determinado contrato, há referencia a um caso a título de esclarecimento, não se presumem excluídos os casos não expressos, os quais podem ser abrangidos pela convenção.

REGRAS DE CARATER OBJETIVO – aqui não ocorre análise sobre a vontade dos participantes e sim dúvidas e ambiguidade possibilitando conflito entre os contratantes. Aqui o Juiz examinará o contra in abstrato, verificando as decorrências ordinárias de cláusulas avençadas naquelas condições. Principais regras:

1. Quando cláusula ou contrato apresentam duplo sentido, a interpretação deverá ser feita de modo que possa gerar algum efeito, e não de modo que não produza nenhum;

2. Cláusulas ambíguas - se interpretam de acordo com o costume do lugar em que foram estipuladas. 3. Expressões com mais de um sentido – interpreta-se de maneira mais conforme com a natureza e ao

objeto do contrato.

4. Cláusulas inscritas nas condições gerais do contrato, impressas ou formuladas por um dos contratantes, interpretação, na dúvida, em favor do outro. Isto ganhou importância com a difusão dos contratos de adesão, pois estes são impostos por um das partes a outra, é em favor desta quem, em caso de dúvida, se interpreta;

5. Distingue contratos onerosos de contrato gratuitos - na interpretação gratuitos, deve proceder no sentido de fazer o menos pesado possível para o devedor e o onerosos, no de alcançar um equilíbrio equitativo entre os interesses das partes.

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- Interpretação

Lei – interpretação objetiva

Contrato – segue de forma objetiva (exame do contrato) e subjetiva (a intenção das partes).

REGRAS DE CARÁTER OBJETIVO:

1. Duplo sentido de cláusula : se interpreta de forma que possa gerar algum efeito 2. Expressões de duplo sentido: conforme natureza e objeto

3. Cláusulas redigidas por apenas um dos agentes: se interpreta a favor de quem não as redigiu 4. Cláusulas ambíguas: de acordo com os costumes.

- Novo papel do Juiz na ordem contratual: também chamada de crise de autonomia de vontade ( Nelson Neri Jr)

Inicialmente, vale a força vinculante, se confirmar um desequilíbrio que afete a dignidade da pessoa humana, o juiz poderá reformar a sentença, apenas se for provado o fato que afete o desequilíbrio, utilizando valores morais (boa fé), sociais(regras de função social) e econômicos (regras de apreciação pecuniária). Decisão conforme o STJ.

5 AULA – 24/02/2012

FORMAÇÃO E CONCLUSÃO CONTRATUAL

1. Introdução Consentimento

Paritário- apenas para colher informação

Um período de formação contratual pode ser mais ou menos longo, cumprindo todas as etapas ou apenas algumas delas dependendo exclusivamente do consentimento das partes. As etapas abaixo descritas tratam da formação de um contrato paritário , contrato este de regra geral no qual as partes negociam de igual forma a formação do negócio jurídico prestigiando requisitos de validade e princípios de contrato utilizando o mesmo poder de informação econômico e de barganha. (contrato de adesão é exceção na regra geral civilista)

FASES PRÉ-CONTRATUAIS

1. PERÍODO PRÉ-CONTRATUAL: é o período de maturação de ideias dos agentes no sentindo de começar a negociar uma formação contratual. Somente coleta de informação. Nesta etapa não existe força vinculante entre as partes sendo a responsabilidade extracontratual. Nesta etapa de colheita de informações as partes utilizam de pronunciamento de palavras, telefonemas, envio de fax e email podendo ainda ser analisado uma minuta de contrato denominada de pontuação. Esta última não gera força vinculante entre as partes e apenas serve de subsídios para formar a etapa posterior denominada de oferta.

Não é promessa de compra e venda, período pré- contratual, preliminar. QUESTÃO INSTITUCIONAL:

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PERIODO PRÉ CONTRATUAL (FASE DE INFORMAÇÃO E PRE-CONTRATO É PERIODO PRELIMINAR E JÁ TEVE ACEITE E JÁ TEM CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO

Etapas contratuais:

a) Oferta, proposta ou policitação – pode ser obrigatória art.427 CC ou não obrigatória art. 428 CC, I; art. 29, 30,31 e 35. OBLATO = suj. passivo. Oblante é quem recebe a proposta.

Alguns doutrinadores chamam o oblato de aceitante, mas é uma doutrina totalmente minoritária. Normalmente aceitante é uma etapa posterior.

Joao Guilherme – a oferta não possui o mesmo tratamento jurídico que o período pré-contratual , uma vez que no primeiro já existe possibilidade real de contratação podendo ainda ter força vinculante dependendo do consentimento das partes. O ofertante proponente ou policitante celebra uma oferta a outro agente denominado de oblato cabendo a este aceitar, recusar ou contra ofertar e caso ocorra esta última hipótese o agente deixa de ser oblato passando a ser considerado proponente.

Contrato de adesão não tem etapa pré-contratual. Tipos de oferta:

 Oferta obrigatória – art. 427CC  Oferta não obrigatória – art. 428,I,

7 AULA - 28/02/2012 QUESTÕES DA PROVA:

 Qual a regra de contrato paritário e regra de contrato de adesão  Princípios e classificação dos contratos.

 Requisitos de validade  Regra de oferta

 Validade e eficácia do contrato. Existem duas formas/espécies de contrato paritário: 1 - OFERTA OBRIGATÓRIA –art. 427 CC art. 35 CDC

Art. 427 - A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.

Para que a oferta tenha força vinculante para as partes esta etapa deverá seguir três requisitos: a) Demonstração, ou propósito em que querer contratar.

b) Que a proposta seja clara e objetiva contendo todas as condições do negócio sem qualquer tipo de lacuna ou obscuridade que possa suscitar dúvida e

c) prazo determinado de resposta para as partes.

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Art. 428, I, CC

Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:

I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;

Para que esta etapa de formação de contrato paritário não tenha força vinculante, basta que a mesma não tenha prazo determinado de resposta para as partes.

b) Aceitação – aderência a proposta formulada do mesmo jeito em que foi apresentada. Regras de desvínculo:

c) Distrato (art. 472) –ato de distratar, rescisão ou anulação de contrato; d) Rescisão – anulação de um contrato;

e) Resilição (art. 478) – rescisão de contrato efetuado por acordo de todos os contratantes ou em razão de cláusulas de antemão estipulada;

f) Quitação – quando direitos e deveres são cumpridos pelas partes;

3 – ACEITAÇÃO

Alguma parte da doutrina chama o oblato de aceitante, mas isso deve ter cuidado, pois aceitante é aquele que já aceitou a proposta.

É a aderência à proposta formulada nos mesmos termos em que foi apresentada.

Exemplo: “A” celebra um contrato paritário com “B”. supor que dia 10/02 foi celebrado uma oferta obrigatória pelo prazo de X dias. E dia 28/02 foi celebrado o aceite. No dia 06/03 foi efetuado a execução da obrigação. Havendo aceitação de nova cláusula entre o lapso temporal(do dia 28 até o dia 06/03) então ocorre aceitação de oferta nova. Depois do lapso de tempo ocorre o aditivo considerando que o contrato aditivado.

Formação e Conclusão contratual

●DISTRATO – 472 CC

É feito sempre da mesma forma que o contrato, sempre em comum acordo das partes, geralmente,em período que ainda não ocorreu nenhum cumprimento ou execução obrigacional.

O distrato é um contrato que tem por objeto extinguir as obrigações estabelecidas em um contrato anterior, que ainda não foi executado na sua totalidade.

Distrato é em comum acordo. Normalmente não tem cláusula penal.

RECISÃO

Ocorre em um momento que já houve cumprimento de execução obrigacional do contrato supostamente por força de cláusulas contratuais podendo ser de forma impositiva (unilateral) ou em comum acordo tendo ou não pagamento de cláusula penal.

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Pode ocorrer em comum acordo, de forma unilateral ou impositiva tendo ou não pagamento de cláusula penal como regra de desvinculo contratual. Ocorre baseado em contrato que utiliza forma de manifestação expressa no qual as partes pactuam pagamento de multa em caso de não cumprimento de contrato.

RESILIÇÃO – Art.473

É a forma de desvinculo das partes do contrato apenas se baseando em artigos de lei. Quando a denúncia do contrato se baseia unicamente em artigo de lei.

Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.

Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.

Troca é o art. 533 CC é o art. 104

Denúncia não tem interesse em seguir o contrato. Denúncia vazia é muito usada na Resilição.

QUITAÇÃO

Documento pelo qual as partes confirmam o cumprimento pleno de todos os direitos e deveres e função social plena. Os tribunais superiores e a doutrina entendem que os documentos de quitação também podem servir como carta de recomendação para celebração de futuros contratos ou também chamam de contrato findu.

REGRAS GERAIS DE EXECUÇÃO CONTRATUAL

QUESTÃO DA PROVA:

1. Para efeitos de cumprimento de obrigação pq seria mais fácil classificar o contrato como bilateral? Pq os direitos e deveres são de forma mais equilibrada

2. Comente as teorias a cerca do art. 476 ao que tange a obrigação de qq contrato não somente no direito material como ????não consegui pegar totalmente a questão

Art. 476→ 1ª teoria- Reciprocidade instantânea ou automática no cumprimento das obrigações → 2ª teoria - Exception non AdimpletContractus - exceção de contrato não cumprido

A primeira teoria existente do art.476doCC está vinculada ao cumprimento do objeto principal. Inicialmente o contrato deverá ter a reciprocidade obrigacional de forma instantânea ou automática, ou seja, cada parte cumpre sua prestação do objeto principal de forma integral para que o contrato tenha o quanto antes o cumprimento pleno de função social. Por outro lado, se as partes assim quiserem, elas

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podem celebrar a reciprocidade continuada ou por duração fracionando o cumprimento do objeto principal ao longo do tempo. Neste caso, a doutrina e a jurisprudência apenas destacam um suposto aumento do risco de inadimplemento ou de inexecução contratual.

2 teoria: Exception non AdimpletContractus também denominada de exceção de contrato não cumprido. Inicialmente nenhuma parte poderá exigir a execução forçada do cumprimento da prestação de forma antecipada se o agente ainda se encontra dentro do prazo de vencimento para cumprir a obrigação uma vez que neste momento ainda não podemos mencionar inexecução, inadimplemento ou fraude no cumprimento da obrigação. Art.477 CC.

8 Aula – 02/03/2012

Regras Gerais de Execução Contratual

Art.475 – condição resoluta da obrigação

Para utilizarmos da condição resoluta de obrigação o requisito preliminar seria a existência de um ato ilícito. Independentemente do caráter redacional do art.475 a doutrina majoritária sustenta que inicialmente o agente pontual deverá exigir a reexecução do contrato e apenas quando não for possível a rescisão e em ambos os casos acrescidos de perdas e danos. Esta teoria é baseada na idéia de que todo contrato deverá ser cumprido pelas partes para que atenda sua validade e eficácia plena prestigiando por completo a chamada função social.

O art. 475 trabalha teoria denominada que condição resolutade obrigação. Esta teoria já parte do princípio que um dos agentes não cumpriu sua obrigaçãocometendo assim ato ilícito (arts. 186 e 389 CC). O agente lesado pelo não cumprimento de obrigação (agente pontual) poderá segundo artigo exigir a resolução do contrato ou o seu cumprimentoe em ambos os casos acrescidos de perdas e danos. Alguns doutrinadores questionam o caráter reda cional do art. 475 uma vez que interpretação objetivasupostamente estaria contra ao cumprimento de todo e qualquer contrato que seria atendimento pleno de função social devendo primeiramente constar a possibilidade de cumprimento ao invés da resolução.

Art.476

 Reciprocidade- instantânea ou automática -

Exceptio non adimpleticontractus – a segunda teoria a cerca do artigo 476, CC, é denominadade exceção de contrato não cumprido ou exceptio non adimpleticontractus, esta teoria parte do princípio que nenhum agente poderá exigir a execução forçada ou impositiva de cumprimento de obrigação a outro agente quando este ainda se encontra dentro do seu prazo de vencimento. Esta teoria é o meio de defesa do agente que é questionado. A regra de exceção não discuti o mérito do contrato apenas se trata de um meio de defesa no sentido confirmar que um agente ainda está no seu prazo de vencimento.

Art.477- artigo mais dificultoso de contrato (cuidadoso)

Suspeita ou Diminuição de patrimônio que possa tornar duvidosa o cumprimento adensa ou contrato.

(14)

Combinar o art. 477 com art. 333. O art. 477 na esfera prática é bem questionável. Suspeita não quer dizer mora, insolvência, falência ou fraude.

Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.

Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:

I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;

II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes

Art.478\ 479

Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos

extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.

Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.

onerosidade excessiva Doutrina: teoria da imprevisão STJ: crise da autonomia da vontade

Inicialmente até que se prove o contrário vale à aplicação do princípio da força vinculante. Por outro lado, se um agente confirma por meio de prova em uma ação judicial onerosidade que afeta diretamente o princípio da dignidade da pessoa humana esta cláusula poderá ser reformada por meio de sentença.

Obs fora do conteúdo: anatosidio – juros sobre juros Obs: ver art. 52 e 53 do CDC.

8 AULA - 06/03/2012

ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO – Art.436 CC →importante

(15)

Estipulante→ promitente devedor→ terceiro (parte no contrato uma vez que é beneficiado pelo cumprimento do objeto contratado).

Estipulação em favor de terceiro está dentro da seção de contrato em geral, por isso que os doutrinadores dizem que faz parte do contrato em espécie.

Parte da doutrina defende a ideia que a estipulação em favor de terceiro seria considerado um contrato em espécie, este entendimento se baseia no fato que a estipulação em favor de terceiro estaria dentro da seção do código civil denominado “dos contratos em geral” todavia se verificarmos a aplicação da estipulação em favor de terceiro este ´poderá ser considerado um efeito ou cumprimento obrigacional dentro de um contrato em espécie uma vez que a estipulação poderá estar vinculado a tipicidade ou objetos principais considerados diferenciados.

Ex,: locação – espitulante é o principal pagador, promitente devedor é o locador e terceiro seria o filho. Compra e venda – estipulanteé o noivo, promitente devedor: loja e terceiro noiva

Empréstimo(comodato) - estipulante é jonatas, promitente devedor é o proprietário e terceiro o primo do jonatas

PROMESSA DE FATO A TERCEIRO – Art. 439

Seção IV

Da Promessa de Fato de Terceiro

Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.

Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.

Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. ( não está vinculado este artigo a regra de mandato)

Promessa → adquirente

→ 3º responde a obrigação também Vinculado a contratos presos a direito personalíssimos.

Ex.: atleta profissional de futebol. Caso do Ronaldinho com o grêmio, quando o grêmio disse que iria contratar o Ronaldinho. Pode ter multa, no caso em questão, o grêmio renunciou o direito da multa alegando que para jogar lá, o atleta deveria ter prazer em jogar.

PROMESSA DE COMPRA E VENDA - Art. 417, 419, 420 CC

CAPÍTULO VI Das Arras ou Sinal

Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel,deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.

(16)

Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.

Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.

Conceito:contrato pelo qual as partes se vinculam com um pagamento ou adiantamento de valor denominado de sinal tendo ainda em uma força vinculante a possibilidade de celebração em data certa e futura de um contrato principal de compra e venda. Caso o contrato principal não seja celebrado não há que se falar em ato ilícito uma vez da existênciadas chamadas clausulas de arrependimento.

Não existe valor pré- determinado para sinal.

Quando o contrato de promessa de compra e venda utiliza classificação plena de contrato preliminar a doutrinamenciona a aplicação ou existência de dois princípios:

1 – princípio do pagamento e adiantamento do preço 2 – princípio da faculdade do arrependimento

Obs.: o código civil não estabeleceu valor pré-determinado para o sinal cabendo a definição do valor para as partes quando da celebração do contrato de promessa. Todavia se o valor do sinalestiver muito próximo do montante principal este pagamento de valor deixa de ser considerado sinal sendo equiparado a primeira parcela de um contrato principal.

Existem dois entendimentos sobre a interpretação objetiva do art. 417, quando considerado efeito do contrato de promessa compra e venda. A primeira observação,seria o fato do sinal não ser necessariamente pago em dinheiro e o segundo ponto a cerca do artigo, possibilidade do sinal estar preso a um contrato preliminar ou ser considerado primeira parcela de um contrato principal e no caso deste último poderá a parte supostamente lesada requerer a chamada indenização suplementar sendo equiparado a perdas e danos.

09/03/2012

VÍCIO REDIBITÓRIO

-Conceito:vício oculto ou defeito grave que afeta a destinação do bem ocorrendo ao tempo da transmissão independentemente de culpa. Art. 443 CC

Trata-se de elemento natural de contrato paritário não havendo necessidade de menção expressa no corpo de texto contratual e basta que ocorra o fato para que sejam aplicadas as modalidades de garantia. A doutrina majoritária sustenta que as modalidades de garantias se aplicam apenas aos contratos onerosos o que justifica o preço que foi pago no contrato. Já nos contratos gratuitos não há que se falar em modalidade garantia uma vez que a doutrina entende que ele não teve prejuízo e o fato realizado apenas lhe obsta um ganho.

(17)

-contratos onerosos\ comutativos –art. 441 -as modalidades de garantia só recaem a contratos onerosos como objetivo de justificar o preço que foi pago, uma vez que nos contratos gratuitos o adquirente não tem prejuízo e apenas lhe obsta um ganho quando da configuração do vício

Caráter comutativo ambos os agentes tem pleno conhecimento quanto ao cumprimento do contrato e também da obrigação.

O art. 441é considerado conceito de vício redibitório no CC. Todavia, o legislador optou em constar na redação do referido artigo, a classificação ou aspectos de comutatividade sem mencionar o aspecto oneroso vinculando esta opção para ressaltar que a modalidade de garantia está vinculada ao conceito o instituto da destinação que seria utilizar do bem da forma como foi apresentada desde de o período da contratação.

Art. 443 CC , destaca oprincípio do equilíbrio das relações negociais , caso o vendedor primitivo ou imediato tente ocultar vício aparente como se fosse vício oculto ou vício redibitório e caso tal ato seja comprovado o comprador além de poder exigir a modalidade de garantia poderá de forma conjunta requerer perdas e danos

Requisitos:

 vício oculto – as partes não tinham como ter conhecimento do vício  defeito grave - onerosidade

● ocorrendo ao tempo da transmissão; ● independentemente de culpa; ● afeta a destinação do bem; EFEITOS

A doutrina trabalha com as ações judiciais:

1. A ação redibitória põe fim aos contratos com o adquirente recebendo o preço que foi pago apenas acrescido de juros legais.

2. Quanti minoris (estimatória) – já ação quanti minoris está vinculado ao abatimento proporcional do preço baseado no valor do dano, gerado pelo vício redibitório.

Prazos – art.445 e art. 445 § 1º

Obs.: CDC – Responsabilidade Fato – art. 12 - Vício do produto /serviço art. 18

EVICÇÃO

CONCEITO: é a perda de um título oneroso de propriedadepor força de uma decisão judicial.

A fundamentação para a presente modalidade de garantia seria o fato de que a pessoa que repassa um título oneroso de propriedade tem que garantir que este título é tão bom o suficiente que não poderá ser objeto de ameaçaou perda do direito. (turbação ou esbulho)

(18)

O art. 447 conceitua evicção no CC e inclusive a sua redação fez com que as modalidades de garantia fossem aplicadas aos bens vendidos em Hasta pública, ou seja, leilão.

2.026 – recai a linha sucessória.

REQUISITOS QUE CONFIGURAM A DISCUSSÃO DA EVICÇÃO: ● Tentativa de ameaça ou perda de direito;

● Pretensão de defesa em juízo por meio de ação judicial. ● Prova pericial nas linhas dominiais

● Sentença que determina a aplicação dos efeitos da evicção a umas das linhas dominiais

OBS: qualquer cláusula que aumente, diminua estenda ou venha extinguir direito ou garantia é amplamente questionada no judiciário uma vez que pode gerar desequilíbrio na força vinculante pactuada. Art.447 (seguintes) – além de conceituar as regras de evicção o referido artigo trouxe ao direito brasileiro a possibilidade de aplicar modalidades de garantia a bens vendidos em hasta pública.

Aula do dia 13/03/2012

Silvio Rodrigues

Bilateral, solene, oneroso, real, comutativo, reciprocidade instantânea, típico e nominado. ●COMPRA E VENDA – troca de uma coisa por dinheiro.

Para a doutrina inexiste contrato mais importante que a compra e venda uma vez que de sua relevância econômica.

Art. 481 - CARÁTER OBRIGACIONAL DA COMPRA E VENDA:

Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.

O art. 481, CC é considerado um possível conceito do contrato de compra e venda, uma vez que inexiste contrato mais importante em nosso ordenamento dado sua relevância econômica, uma vez que a pessoa humana equiparada a comprador ou adquirente irá auferir patrimônio. Com base no referido artigo,surge a teoria denominada de caráter obrigacional da compra e venda, segundo Silvio Rodrigues, também mencionada pelo doutrinador Venosa que ressalta que os efeitos preliminares do contrato de compra e venda são meramente obrigacionais. Ou seja, o primeiro ato decumprimento de obrigação de acordo com a força vinculante pactuada deverá ser o repasse ou transcrição do título com consequente pagamento integral do preço do dinheiro por força da reciprocidade instantânea e somente após o cumprimento de tais etapa deverá ocorrer a tradição por meio da entrega simbólica das chaves.

(19)

Quando o contrato de compra e venda estiver vinculada a objeto de grande relevância econômica neste caso, o agente irá auferir patrimônio e segundo a presente teoria, isto somente ocorrerá com a aplicação do caráter preventivo da lei, ou seja, transcrição do título, como respectivo pagamento do preço, para somente após ocorrer a tradição por meio da entrega simbólica das chaves e somente com a conclusão de cada etapa o referido contrato de compra e venda atenderá de forma plena sua função social. Art. 481 CC, inicialmente esta teoria está vinculada a contrato paritário de relevância econômica. Ver art. 484 CC.

CLASSIFICAÇÃO OU NATUREZA JURÍDICA: (DEMAIS EFEITOS DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA PARITÁRIO)

●CONSENSUAL – o contrato se aperfeiçoa com o consentimento das partes, incluindo inclusive nos demais cumprimentos de obrigações.

●BILATERAL – porque os direitos e deveres são distribuídos de igual forma quando ao cumprimento do objeto principal.

●FORMAL OU SOLENE –(TRANSLATIVO- Para confirmar que o objeto principal é o título) - ocorre somente o repasse da transcrição do título do alienante para o adquirente se cumprido de forma imediata todos os requisitos de forma pré- estabelecidos pela lei.

●Oneroso – ambos os agentes vão auferir vantagens econômicas neste caso o alienante que recebe o preço em dinheiro enquanto o adquirente recebe o título de domínio equivalente a este mesmo valor para efeitos de apreciação pecuniária.

●Real - inicialmente após o cumprimento de todas as etapas acima descritas deverá ocorrer a tradição por meio da entrega simbólica das chaves.

●Comutativos – ambos os agentes tem pleno conhecimento do conteúdo contratual quanto ao cumprimento do objeto principal. Se não cumprir as etapas pactuadas não estará cumprindo a finalidade do contrato

●Execução Instantânea – Com base na regra geral da primeira teoria do artigo 476 CC deverá ocorrer inicialmente a reciprocidade instantânea ou automática no cumprimento do objeto principal para que se atenda por completo a função social. Por outro lado não existe nenhum obstáculo para as partes se optarem pela execução continuada ou por duração, trata-se de contrato descrito e conceituado pelo Código Civil, inicialmente paritário uma vez que as regras gerais da compra e venda, estão previstas no Código Civil.

 Típico nominado –São aqueles descritos e conceituados na lei  Paritário

ART. 484 CC – VENDA POR AMOSTRA – vinculado ao CDC por oferta. Este artigo pode estar vinculado a venda de propriedades intelectuais, como marca, patentes, protótipo e etc...

Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.

Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.

(20)

Art. 487

Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.

Art. 489

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.

Pq ele parte para que o negócio seja paritário, ou seja, as partes negociam de igual forma, isto é valido. O que não é valido é uma das partes fixar o preço, se a outra não aceitou é inválido.

Ex.: é o caso de alguém questionar que pagou um preço muito acima do valor do mercado, mas seria caso de anulabilidade, quero dizer estaria sujeito,não seria nulo de pleno direito, mas sim questionar a anulação no judiciário.

Consequências subsidiárias

● Responsabilidade nos casos de vício redibitório e evicção – justificar o aspecto de onerosidade da compra e venda;

● Despesas do contrato, art.490 do CC.Equiparado todo agente de compra e venda que terá que honrar as despesas;

●Teoria do Risco – art. 492 CC –fica por conta e risco de cada parte, o cumprimento de suas obrigações nos respectivos prazos acordados prevalecendo a força vinculante não havendo neste caso que se falar nas chamadas excludente de responsabilidade.

ANOTAÇÕES FRAN:

Pra prestigiar a força vinculante inicialmente não se aplicam as excludentes de responsabilidades, caso fortuito ou força maior, somente serão aplicados em caráter de exceção quando da análise de cada caso. Inicialmente sempre vai valer a força vinculante do contrato e apenas em caráter de exceção quando analisado cada caso serão verificados as excludentes de responsabilidade.

●Regras gerais de execução De garantia contratual,art. 491 CC;

Em caráter de exceção, as partes podem fazer um contrato de compra e venda à prazo.

Garantia de cumprimento da força vinculante se as pessoas fugiram da reciprocidade instantânea. Este artigo é o que vincula a existência dos demais contratos e que pode ser equiparado a compra e venda no seu avaliar de força vinculante, leasing, consórcio e venda a crédito direta ao consumidor.

●Limitações das liberdades de contratar tendo em vista a falta de legitimação das partes – Não se trata de solenidade.

(21)

A teoria contratual parte do princípio que todos os agentes possuem capacidade plena quando de uma celebração contratual, todavia, as partes podem ter algum tipo de impedimento.

Primeira regra de limitação – art. 496 CC;

Segunda regra de limitação– art. 497 – Compra por pessoa encarregada de zelar pelo direito do vendedor.

Terceira regra de limitação – art. 504 CC- regra de condomínio indivisível. Quarta limitação – art.1647 CC – falta de legitimação decorrente do casamento.

Tanto as regras subsidiárias da compra e vendacomo também as respectivas regras de limitação tem como objetivo evitar ato ilícito e fraude de qualquer natureza como por exemplo contra credores, casamento e linha sucessória.

Ação exempto

Conceito – trata-se de uma ação nascida da compra e venda que tem por fim forçar a entrega da falta de metragem constante na escritura.

Ler art.500, § 1º, 501CC

Vendaadmensuram – o adquirente paga pela exata medida de extensão constante de forma inequívoca e enunciativa na escritura vinculando uma média de valor para cada metro quadrado de acordo com a especulação imobiliária.

Venda ad corpus – também denominada de venda por corpo certo no qual o adquirente paga pelo que viu e conheceu uma vez que na referida escritura não discrimina a exata medida de extensão sendo as medidas consideradas exemplificativas e não enunciativas. A ação exempto só recai sobre escritura ou ad mesuram.

O objetivo do Código de 2002 ao tratar o prazo da ação exempto como decadencial de um ano seria evitar uma instabilidade nos contratos de compra e venda imobiliário. Art. 501 CC.

Cláusulas Especiais de compra e venda

Conceito – pactoadjetoouacessórioacompraevenda que uma vez estabelecido no contrato em comum acordo das partes irá alterar por completo as regras de força vinculante da compra e venda típica.

● Retrovenda, art. 505, 506 – (só recai a bens imóveis);

A doutrina e a jurisprudência defendem a ideia que durante o prazo decadencial de três anos da cláusula de retrovenda apenas gera um direito potestativo(direito subjetivo que não admite contestação) do vendedor primitivo de reaver o bem sem q haja oposição do comprador imediato, bastando apenas que pague o preço do contrato acrescido de juros legais. Esgotado o prazo da cláusula de retrovenda o referido contrato passa a ser considerado juridicamente perfeito. Se for estipulado prazo a maior, do que é previsto na lei o referido prazo excedente é considerado ineficaz.

(22)

1 – a retrovenda só recai a bens imóveis enquanto o direito de preferência recai a bens móveis e imóveis.

2 – quando a cláusula de retrovenda é utilizada parte do princípio que o contrato não existiu por conta do direito potestativo. Já na preferência ocorre a celebração de um novo contrato de compra venda.

3 – na retrovenda, o vendedor imediato apenas paga o preço de contratos acrescidos de juros legais para reaver o bem. Já na preferência este mesmo vendedor se torna comprador pagando o preço de mercado baseado na especulação imobiliária.

4 – Art. 509, 511 – Pacto de melhor comprador – recai a bens imóveis e em um prazo decadencial de até um ano pode o vendedor primitivo reaver o bem pagando apenas opreço de contrato, desde que, terceiro durante este mesmo prazo venha oferecer melhores condições de compra.

5 – Pactocomissionário – dado o inadimplemento o agente pontual poderá pedir a re-execução do contrato ou a rescisão e em ambos os casos acrescidos de perdas e danos.

● Venda a contento. art. 509 ● Perempção ou preferência, art. 513

- VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO – arts. 521/ 528 → lesing -

- ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - Lei 11.715/2008 → Consórcio

- VENDA A CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – súmula 284 STJ → Empréstimo

VENDA SOBRE DOCUMENTOS

Tem origem nos contratos de direito comercial e o comprador assume sempre maior risco uma vez que não poderá alegar defeito.

VENDA MEDIANTE POUPANÇA Ex: baú da felicidade

CONTRATO ESTIMATÓRIO art. 534 CC e seguintes Ex: contrato de consignação

23/03/2012

(23)

Para o contrato de troca ou permuta o legislador entendeu por bem em tratar o referido contrato em apenas um único artigo (art. 533 – troca ou permuta), uma vez que são aplicadas todas as regras de compra e venda, como por exemplo, caráter obrigacional, consequência subsidiárias e regras de limitação.

Quando caiu em prova institucional, foi o valor do bem. Por exemplo, troca uma moto por outro valor, não será considerado troca ou permuta. Vai depender do valor do bem, se for muito alto o investimento de uma das partes não caberá esse artigo, e estará no artigo de compra e venda.

Contrato estimatorio: 534 CC

Famoso contrato de consignação, mas o legislador optou por não chamarde consignação porque não gerar confusão com a consignação vista em civil I – obrigação.

Geralmente cai na prova institucional

CONTRATO DE LOCAÇÃO:

LOCATIO CONDUCTIO Locare – colocar no lugar Conducere – levar consigo Locatioconductio:

 Rei – coisas

 Operarum – locação de serviços – eu com ex escravos pagava com meu trabalho desde que??? – prestação de serviço

 Operis – contrato de empreitada CORRETO AMBITO DE APLICAÇÃO DA NORMA LEGAL:

ART. 2036 CC - - C/C ART. 90, ART.1º DA Lei 8245/91 – art.206, §3º.I C/C art. 90 e 1º Lei 8245/91

Art. 206, § 3º, I → 3 anos para cobrar os alugueis

CF, art. 6º - por contado direito social que todo mundo tem direito a moradia. Objetivo é deixar o locatário mais tempo possível no imóvel.

Principais artigos da lei de locação de imóvel urbano: Art. 1º -

Art 2º prestigia o consentimento como também todos os princípios dos contratos destaca o princípio da solidariedade e ainda confirma prerrogativa constitucional de direito social à moradia.

Tem aplicação de todos os princípios dos contratos como também do princípio da solidariedade com o objetivo de configurar quando possível a chamada locação multifamiliar.

(24)

Clausula arraio – ocorre uma porcentagem acima do valor do aluguel. Ex.: shopping center.

O art.4º confirma a aplicação da teoria denominada de apreciação pecuniária para justificar a aplicação e pagamento de cláusula penal proporcional ao tempo de contrato.

Art. 5º combinado com 59

Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a ação de despejo.

Art. 8º – regras de direito de preferência de acordo com os artigos 27 e 28 da própria Lei de Locações. Art. 9º caput com os artigos de ato ilícito 186, 389, 475 ( art. 475 - condição resoluta de obrigação). Art. 9 , I c/c art. 421 CC que é função social

421 do CC art. 1º. Todos os artigos de Boa - Fé, 113, 187 e 422 do CC.

Artigos 10 e 11 – nem sempre o desaparecimento do titular faz extinguir a relação de direito. Art. 65, §2ºdeve-se respeitar o luto de 30 dias.

Art. 12: artigo que sofreu mudança no seu caput por meio da lei 12.112/2009. Inclui a União Estável no caput deste artigo com a mudança da nova lei. E prazo de 120 dias nos parágrafos subsequentes.

27/03/2012

Art. 13 : único artigo da lei de locações que não admite modalidade tácita de aceitação.

Na sublocação se aplicam todas as regras da locação. Responde de forma imediata ao objeto principal embora tenha caráter acessório.

O art. 13 não admitemodalidade tácita de aceitação, havendo que se falar em autorização expressa redigida da autorização de sublocação. Ainda com base na interpretação objetiva do art. 13 surge discussão doutrinária se contrato de locação poderia se enquadrar como contrato solene. O entendimento supostamente majoritário menciona que o contrato de locação se enquadra na classificação não solene justificando tal entendimento com a possibilidade de renovaçãopor meio de modalidade tácita de aceitação, justificando inclusive um dos objetivos da lei de manter o locatário o máximo de tempo possível com a posse direta do bem.

Art. 17– é livre a convenção do aluguel vedada a sua estipulação em moeda estrangeira ou aumento de salário mínimo.

Teoria da autonomia da vontade. Regras de oferta e função social do contrato.

Não pode moeda estrangeira por conta da variação de valor e o salario mínimo por conta da inflação. Artigo 21é exatamente a discussão entre contrato principal e acessório.

Artigo 22 e 23 doCC – inicialmente a doutrina e a jurisprudência até certo ponto, sugerem que as partes ao redigirem um contrato de locação devem discriminar de forma supostamente mais detalhada as despesas

(25)

ordinárias e extraordinárias no contrato de locação, uma vez que são similares até certo ponto apenas se diferenciando quando forem despesas de manutenção e de uso comum.

Artigo22Caput, referência ao artigo 421, doCC de função social, artigos de boa fé 113doCC, 187, 422doCC, e também ao artigo 476doCC que é o artigo de reciprocidade obrigacional.

Inciso I, II, III está vinculado à destinação do imóvel.

Artigo 23 – O locador tem que entregar os documentos comprobatórios de cobrança, tirar cópias dos documentos.

Art. 27 e art. 28

Modalidade de garantias: Artigo 37 da Lei 8245

Caput e incisos I a IV e parágrafo único. Caução pode ser por bens, valores ou títulos. Artigo 38 – Caução

OBS artigo 39- PROVA – volta a ratificar a situação do fiador. Os últimos 30 dias de termino do contrato é interessante o fiador avisar que não quer seguir no contrato, pois se fizer depois destes 30 dias ficará preso ao contrato por pelo menos 120 dias.

Artigo 40 – substituição das modalidades de garantias, ver 41, 42 e 43. Artigo 44- modalidades penais de aplicação

Artigo 45 – observar bem, das nulidades. Possibilidade de utilizar o CDC junto com a lei de inquilinato. Artigo 46, § 1º não condiz para cláusulas penais. Locação residencial pode entender duas funções sociais: de pagar o aluguel e ???

Pode ser renovado pela modalidade tácita de locação.

Artigo 48 – locação para Temporada -considerada de curto prazo, até de 90 dias. Lazer, férias, obras de locação do imóvel de um proprietário.

Importante laudo de avaliação (termo de vistoria) no imóvel.

Art. 51 – Residencial não residencial (comercial) -contratos de 12 meses que não tem termo aditivo após os 12 meses não tem direito ao ponto.

Artigos 57 – modalidade tácita. Artigo 59 trata da ação de despejo.

Artigo 67 – ação de consignação de aluguel e acessórios da locação, até o artigo 75.

(26)

Conceito de doação: trata-se do ato de liberalidade de alguém ter diminuído o seu patrimônio em benefício de terceiro sem receber qualquer contraprestação. Existem supostas divergências no entendimento de classificação ou natureza jurídica do contrato de doação. O STJ classifica o contrato como sendo unilateral, gratuito e solene. Uma vez que o objetivo do órgão judicante seria evitar fraudes de qualquer ordem como por exemplo: fraude contra credores, fraude contra comunhão do casamento e fraude contra linha sucessória, já o entendimento da doutrina classifica o contrato de doação na maioria dos casos como sendo consensual, unilateral e gratuito flexibilizando o contrato podendo ser não solene e solene podemos apenas utilizar dos requisitos de forma quando a doação tiver como objeto título de domínio.

Segundo Paulo Geraldo de Oliveira Medina ao tratar o contrato de doação nos tribunais superiores cujo objetivo seria evitar fraude, classifica o referido contrato como unilateral gratuito e solene. Por outro lado, a doutrina de graduação na grande maioria dos casos classifica o contrato de doação como: consensual unilateral e gratuito uma vez que poderá ser celebrado por instrumento público ou particular.

Traço característico é:

 Natureza contratual – a necessidade de aceitação.

 Animus donandi, ou seja, a intenção de fazer uma liberalidade. É elemento essencial para configuração da doações, tendo o significado de ação desinteressada de dar a outrem, sem ser obrigado, parte do próprio patrimônio. Alguns doutrinadores, consideramque a verdadeira caracterísitica da doação é gratuidade, e não a liberalidade.

 Transferência de bens para o patrimônio do donatário – vantagem de natureza patrimonial, bem como aumento de patrimônio a custa de outro. É necessário que haja uma relação de causalidade entre o empobrecimento por liberalidade e o enriquecimento. O essencial éa existência de atribuição patrimonial. A transferência do bem é feito por escritura públicae registro. O título endossável pode ser transferido mediante endosso e entrega ao donatário.

 Aceitação é indispensável e pode ser: expressa, tácita, presumida ou ficta. Aceitação expressa vem no próprio documento; tácita revelada por um comportamento. Presumida é pela lei

Requisitos que configuram a existência do contrato de doação: 1 – oferta do ato de liberalidade

2 – aceitação do ato de liberalidade pelo oblato passando a ser consideradodonatário; 3 – Cumprimento das formalidades legais, por força do art. 541 CC.

ESPÉCIES:

1 - PURA E SIMPLES – (VERA ET ABSOLUTA)utiliza do ato de liberalidade da forma mais tradicional.

[M9] Comentário: PODE SER ONEROSO SE HOUVER IMPOSIÇÃO. SERÁ BILATERAL QUANDO MODAL OU COM ENCARGO. POUCOS DOUTRINADORES CONSIDERAM REAL POIS SUSTENTAM QUE SE APERFEIÇOA COM A ACEITAÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DA ENTREGA DA COISA.

[M10] Comentário: O ATO DE LIBERALIDADE É PLENO

(27)

O DOADOR NÃO IMPÕE NENHUMA RESTRIÇÃO OU ENCARGO AO BENEFICIÁRIO, NEM SUBORDINA A SUA EFICÁCIA A QUALQUER CONDIÇÃO.

2 - DOAÇÃO REMUNERATÓRIA – o ato de liberalidade surge por força de uma prestação de serviços devidamente cumprida. Ex.: paga-se por uma prestação de serviço e dá-se tipo uma gorjeta.

É motivada na prestação de serviço, embora não pague diretamente a prestação.

NA DOAÇÃO REMUNERATÓRIA NÃO HÁ, ASSIM, DEVER JURÍDICO EXIGÍVEL PELO DONATÁRIO. TODAVIA,O DOADOR SENTE-SE NO DEVER MORAL DE REUMNERÁ-LO EM VIRTUDE DA PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO QUE AQUELE LHE PRESTOU E POR ALGUMA RAZAO PESSOAL, NÃO EXIGIU O CORRESPECTIVO OU A ELE RENUNCIOU.

3 - DOAÇÃO MODAL (STJ ) OU COM ENGARGO(DOUTRINA) - DONATIONE SUB MODO

Gera a contraprestação pra terceiro. QUANDOO AUTOR DA LIBERALIDADE SUJEITA O MUNICIPIO DONATÁRIO A CONSTRUIR UMA CRECHE OU ESCOLA NA AREA URBANA DOADA.

Art. 550 CC- a doação pode ser anulada com prazo de até 2 anos e esta vinculada ao art. 1645 CC. Art. 538 CC – conceito genérico de doação

Art. 59 CC – confirma a necessidade de aceitação pelo donatário do ato de liberalidade.

Art. 543 – se trata de dispensa, o judiciário defende a tese de presunção de aceitação caso contrário o contrato não será formalizado.

Art. 544 CC Art.553 CC CARLOS ROBERTO:

DOAÇÃO MISTA:beneficia por meio de um contrato de caráter oneroso. Decorre da inserção de liberalidade em alguma modalidade diversa de contrato. Ex.:venda a preço vil ou irrisório (venda mista) que é a venda de aparência pq na verdade é uma doação).

17/04/2012

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:

Existe entendimento preliminar que os artigos593 e 594 CC de forma conjunta supostamente fundamentam o conceito do contrato de prestação de serviços utilizando apenas o âmbito de aplicação civilista desde que preenchidos os seguintes requisitos:

1 – Pessoalidade do prestador com base no seu direito personalíssimo por entenderem que somente este tem condições técnica de efetuar a obrigação;

Referências

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