fz'
«vo li
“FLEE
I-CHING
QUAL 0
SIGNIFICADO
CLÍNICO
DA
ATIPIA
CELULAR
DE
CARÁTER
INDETERMINADO Nos
EXAMES
DE
PAPANICOLAOU?
ESTUDO
DE
119
CASOS
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para
conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
FLDRIANÓPDLIS
AGRADECIMENTOS
A
Deus,em
primeiro lugar... ./"' "'É
l
À
Dra. Bia,>pela propostado tema
e pela disponibilida:Íeem
elucidar"n1icroscop'i'can/1'ente"
cada
uma
das dúvidasna
elaboração deste t abalho.\\À
Dra. Liõa, pelamaneira
gentilde
compartilhar as experiências~ ~
profissionais, pelas sugestoes e correçoes.
À
ProfessoraClamir
Regis, pela revisão gramaticaldo
texto final.4-)
Ao
Serviçode
Anatomia
Patológicíajš: ao Serviçodo Arquivo
Médico
do
HU-UFSC,
pelo acesso ao material para este estudo.Àqueles
que
diariamente trabalham pela saúdeda mulher
nos Ambulatóriosde
Ginecologia e Obstetrícia, cujos feitos estão registradosem
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO
... ...ó
2.OBJETIVOS
... ... ... .. 10 3.MÉTODO...
... ... ... .. 11 4.RESULTADOS
... ... .. 14 5.DISCUSSÃO
... ... ... ..2ó 5.1.NÚMERO
ABSOLUTO E RELATIVO DE ATIPIA CELULAR DECARÁTER
INDETERMINADONO
SERVIÇO DEANATOMIA
PATOLÓGICA ... ._ 26 5.2. IDADE ... .. 275.3.
GRUPOS
CLÍNICOS ... .. 275.4. INFLAMAÇÃO CELULAR E PROCESSO INFECCIOSO ... .. 30
5.5. DIAGNÓSTICO
DO
FOLLOW-UP ... .. 32_/
5.6.A
CONDUTA
INVESTIGATÓRIA DE ATIPIA CELULAR DECARÁTER
INDETERMINADO .... ._ 34 C.. 5.7. ATIPLACELULAR
DECARÁTER
INDETRMINDO DE ORIGEMGLANDULAR
... .. 355.8.
COMENTÁRIO
FINAL ... .. 37ó.
CONCLUSOES
... .... ... ..3s 7.REFERÊNCIAS
... ... ... ..39
ÍNDICE
DE
TABELAS
TABELA
I. DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DOS CASOS DE ATIPIA CELULAR DECARÁTER
INDETERMINADO (ACCI), LESÃO INTRAEPITELIAL
ESCAMOSA
(LIE) E RELAÇÃO ACCI/LIENO
SERVIÇO DE
ANATOMIA
PATOLÓGICA ... .. 14TABELA
II. Distribuição das pacientes segundo grupo clínico e diagnóstico final ... .. 21TABELA
III.CORRELAÇÃO
ENTRE PROCESSO INFLAMATÓRIO SEVERO, PRESENÇA DE AGENTESINPECCIOSOS E DIAGNÓSTICOS CLINICOS DAS PACIENTES
COM ACCI
... .. 22TABELA
IV. ESTUDOS DEACCI
EACHADOS DO
POLLOW-UP ... .. 32ÍNDICE
DE FIGURAS
FIGURA
1. DISTRIBUIÇÃO DEACCI
CONFORME A
FAIXA ETÁRIA ... .. 15FIGURA
2.MOTIVO DA
CONSULTA INICIAL DAS 119 PACIENTESCOM ACCI
... .. 16FIGURA
3.CORRELAÇÃO DO PADRÃO
DEACCI
COM
PROCESSOS INFLAMATÓRIOSDESCRITOS NOS ESFREGAÇOS CERVICAIS ... .. 17
FIGURA
4.CORRELAÇÃO
ENTRE OsACHADOS
DEACCI
E AGENTES INPECCIOSOSENCONTRADOS
NO
ESFREGAÇO CÉRVICO-VAGINAL INICIAL ... .. 18FIGURA
5. DISTRIBUIÇÃO DAS PACIENTESQUANTO À CONDUTA
DE INVESTIGAÇÃO DIANTEDO EXAME
DE PAPANICOLAOUCOM ACCI
... .. 19FIGURA
6.ACHADOS
HISTOLÓGICOS DAS PACIENTESCOM ACCI
... .. 20FIGURA
7. ACCI: ATIPIAS CELULARESEM
ESEREGAÇO RICOEM
CÉLULASMETAPLÁSICAS ... .. 23
FIGURA
8. ACCI: ESPREGAÇOCOM
REAÇÃO
INFLAMATÓRIA PROEMINENTE, EXIBII×IDOFIGURA
9. ACCI: ESFREOAÇO EX1E1NDO CÉLULAS DISCERATÓTICASCOM
HALO
CITOPLASMÁTICO
Pouco
DEFINIDO,ALÉM
DE E1NUCLEAçÃO ... .. 24FIGURA10.
ACCI: CÉLULAS EP1TEL1A1s EsCAMOsAsCOM
DISCRETOAUMENTO
NUCLEAR,PROVAVELMENTE RELACIONADO
À
INFECÇÃO POR CANDIDA SP ... _. 24FIGURA11.
ACCI
GLANDULAR: ESFREGAÇOCOM
GRUPAMENTOS DE CÉLULAS DEPADRÃO
GLANDULAR
COM
NÚCLEOS HIPERCROMÁTICOS EVOLUMOSOS
... .. 251.
INTRoDUÇAo
O
exame
de
Papanicolaoupode
ser consideradocomo
o
procedimento detriagem oncológica
de
maior
sucessona
históriada
Medicina] .A
possibilidade-` _ ,- ¿.._ -Ú ^_._ _;_ __,__,`
de
tratamento das lesões precursorasdo
câncer de colo uterino, associada àampla
cobertura populacional por essemétodo
proporcionou a redução de70%
da
taxade
mortalidade porcarcinoma
cervicaldo
úteroem
paísescomo
osEstados Unidos.2`4
No
Brasil, o câncerde
colo uterino continuasendo
um
dos maisfreqüentes entre as mulheres.
Segundo
as estimativasdo
Instituto Nacionalde
Câncers para 1998, deverá ocupar
o
29 lugar entre as neoplasias mais incidentesna população
feminina brasileira,com
aproximadamente
21.725 casosnovos
(29,2 casos/ 100.000 mulheres), e cerca
de
6.815 óbitos,mantendo
asegunda
colocaçãoem
mortalidade feminina por neoplasia maligna.Segundo
o
registrode
câncerdo
Centro de Pesquisas Oncológicasde
Santa Catarinado ano
de 1996, observou-setambém
no
Estado amesma
tendência nacional, totalizando16%
das neoplasiasda população
femininacatarinenseó.
A
deficiênciade
programas de
prevenção e orientação populacionalconcorrem
para a realidade brasileira.Os
dados da
Campanha
de
Combate
aoCâncer de Colo
Uterinode 1988 do
Ministérioda Saúde do
Brasil7 relataram que:V
1.
Aproximadamente
40%
das mulheres brasileirasde
35 a49
anosnunca
haviam
realizado oexame
de
Papanicolaou.7
2.
Cerca de
4%
do
totalde
mulheres, aoserem
examinadas, apresentaramCitopatologia positiva,
de
neoplasia intraepitelial cervical(NIC)
acarcinoma
invasivo.
3. Dentre os diagnósticos
de
citologia positiva:0
64,4%
diagnósticosde
Papilomavírushumano
(HPV),
Atipiasde
Significado Indetenninado
ou
NIC
I; 031,6%
diagnósticosde
NIC
II eNIC
III;0 4,()% diagnósticos
de
carcinoma
invasivo.Historicamente, a falta
de
uniformidadena
descrição das anonnalidadesmenores do
exame
de
Papanicolaou geravaproblemas
de interpretação para aclasse médica. Diversos sistemas
de
nonnatizaçãoforam
criados,na
tentativade
uniformizar a terminologia colpocitológica, tais
como:
a Classificaçãode
Papanicolaou; OrganizaçãoMundial
deSaúde/Academia
Internacionalde
Citologia (Displasias); Richart (Neoplasia Intraepitelial Cervical - NIC); e, por último,
o
Sistemade Bethesda
8.O
Sistemade
Bethesda foi criado,em
1988, pela Divisão dePrevenção
eControle
de Doenças do
NationalCancer
Institute dos Estados Unidos. Talprotocolo enfatiza a caracterização
do
material processado,bem
como
daslesões benignas, e introduz
o termo de Lesão
IntraepitelialEscamosa
(LIE) de
alto e baixo grau nos
exames
de
Papanicolaou 9.Uma
atenção particular foidada
ao termo atipia, até entãoempregado
indiscriminadamente, tanto para alterações reacionais benignas
como
para asanormalidades neoplásicas.
O
Sistema deBethesda
introduziu os termosASCUS
(AtypicalSquamous
Cellsof
Undeterminea' Signzficance) eAGUS
(AtypicalGlandular
Cellsof
Undeterminea' Significance).O
Ministérioda
Saúde do
Brasil adotou,em
seu protocolo para a descriçãodo
resultadodo
8
exame
colpocitopatológico, o termo Atipiasde
SignificadoIndeterminado7,
atipias essas
que
podem
corresponder a célulasescamosas
ou
célulasglandulares.
No
presente estudo, será utilizada a siglaACCI
(Atipia Celularde
,___-_.%.____.._›-_ .
Caráter Indeterminado),
em
conformidade
com
a nomenclatura adotada peloServiço
de
Anatomia
Patológica(SAP) do
Hospital Universitário Polydoro Ernani deSão Thiago da
Universidade Federalde
Santa Catarina(HU/UFSC).
As
ACCI
não deveriam
constituiruma
entidade diagnósticam, pois secaracterizam pela ausência
de
diagnóstico.São
conceituadascomo
"anormalidades celularesmarcadas
por alterações atribuíveis a processosreacionais,
mas
que
são qualitativamenteou
quantitativamente insuficientespara diagnóstico definitivo
de
lesões intraepiteliaisde
colo uterino".9Os
problemas de
interpretação sãocomuns
e usualmenteenvolvem
um
ou
mais dositens relacionados:
0 Alterações reacionais
ou
reparativas, incluindo efeitos terapêuticos; 0 Características sugestivas,mas
não
conclusivas de infecção porHPV
eLIE;
0 Processo atrófico
com
características atípicas; 0 Artefatos;0 Metaplasia
escamosa
atípica;0 Disceratose, paraceratose atípica;
0
Tecido
de
granulação;~
0
Reaçao
decidualna
gravidez; 0 Deficiênciade
ácido fólico.Na
revisãodo
Sistemade
Bethesda,de
1991,houve
arecomendação
deque
aACCI
fosse qualificadacomo
“favorável a processo reacional"ou
"favorável aLIE".“'
12Em
termos práticospouco
significou, pois nesta9
categoria, a distinção entre as lesões precursoras de
carcinoma
e processos benignos éde
ampla
subjetividade e difícil de ser realizadamesmo
entre oscitopatologistas
mais
experientes.Atualmente, ocorre
um
crescente interesse a respeitode
ACCI,
em
partedevido à recente introdução
de
sistemas automatizadosde
leiturado
esfregaçocervical aos testes
de detenninaçãoe subtipagem do
Papílomavírushumano
(HPV),
bem como
ãpreocupação
dos citopatologistas norte-americanosem
relação ao uso excessivo
da
terminologia”. Muitas lesõesminimamente
duvidosas
passaram
a receber descriçãode
ACCI,
em
virtudeda
práticade
“medicina defensiva”.3'l3 Tal fato aliado à disponibilidadede
múltiplasmodalidades
de
investigação ginecológica, passou a representarum
elevadocusto de
seguimento
das pacientes para o sistemade
saúde norte-americano. “'15Diante
do
panorama
apresentado eda
variedade de diagnósticos benignosa malignos associados à presença de
ACCI,
surguiu o interesseem
conhecer-sea atual situação dos casos
de
ACCI
provenientesdo
HU/UFSC.
Assim, a proposta
do
presente trabalho foi verificaro
número
absoluto erelativo
de
ACCI
entre osexames
de Papanicolaou realizados peloSAP-
HU/UFSC,
descrevero
perfil clínico das pacientes e os principais diagnósticosencontrados
no
seguimento. Secundariamente, conhecer as condutasde
investigaçao adotadas pelo Serviço
de
Ginecologia e Obstetríciado
HU/UFSC,
2.
OBJETIVOS
Verificar o
número
absoluto e relativo dos casos deACCI
nosexames de
Papanicolaoudo
Serviçode
Anatomia
Patológicado
HU/UFSC.
~
Descrever as condiçoes clínicas e os diagnósticos associados a
ACCI
na
população
atendida pelosAmbulatórios de
Ginecologia e Obstetríciado
HU/UFSC.
Descrever as condutas adotadas
no
seguimento dos casos deACCI
no
Serviçode
Ginecologia e Obstetríciado
HU/UFSC.
3.
MÉTODO
Realizou-se
um
estudo retrospectivo transversalno
Serviçode
Anatomia
Patológica e Serviço(SAP) de Arquivo
Médico
(SAME)
do
HU/UFSC,
no
períodode
janeirode 1994
anovembro
de
1997.A
partirdo
registrode
12.982esfregaços cérvico-vaginais,
foram
levantados todos os casos deACCI
relatados pelo
SAP-HU/UFSC,
excluídas as pacientes atendidas inicialmentenos Postos
de
Saúde
conveniados àUFSC,
Serviço deAtendimento
aos Servidoresda
Comunidade
(SASC),
e os casos cujos prontuáriosnão
seencontravam no
SAME. Ao
todo, 119 pacientesforam
incluídasno
estudo.Todas foram
assistidas pelo Serviçode
Ginecologia e Obstetríciado
HU/UFSC.
A
idade, a raça,o
intervalo detempo
de
seguimento das pacientes e os antecedentes ginecológicos/obstétricosnão foram
utilizadoscomo
critériosde
exclusão das pacientes.
O
método
de
obtençãodo
esfregaço,conforme
a rotinado
Serviçode
Ginecologia e Obstetríciado
HU/UFSC,
compreendia
a coletade
célulasdo
fómix
vaginal e ectocérvix, associadoou não
à coletade
célulasdo
endocérvix,utilizando, respectivamente, espátula
de Ayre
e escova endocervical.Os
esfregaçosque
apresentaram suspeitade
ACCI
foram
analisados por maisde
um
patologistado
SAP
na
ocasiãodo
laudo,conforme
prática usual nos casosde
ACCI,
eencaminhados
os laudoscom
informação complementar, sugerindoa possível
origem
atribuída àACCI,
ou
acrescentando observações quanto à12
Os
critérios citológicosde
ACCI
adotadosno
SAP-HU/UFSC
seguem
aqueles propostos pelo Sistema
de
Bethesdag: 1) alargamento nuclear 2 a 3vezes
maior
que
uma
célulaescamosa
intermediária normal,com
discretoaumento da
razão núcleo/citoplasma; 2) variação nuclearem
tamanho
e forma,ou
binucleação; 3) hipercromasia nuclear leve a moderada,porém
mantendo
obom
padrãode
distribuição,sem
granulosidades; 4) contornos perinuclearesclaros e regulares, por vezes
com
irregularidades limítrofes.A
partir dos laudos de colpocitologia oncótica, obtiveram-sedados
referentes à identificação
da
paciente, sexo, idade,número
do
prontuário, datada
coleta, queixa clínica, graude
inflamação
(discreta,moderada,
severa eausente),
flora
microbiana, trofismo epitelial e comentáriosdo
citopatologistaem
relação àACCI.
As
infonnações quanto aoseguimento
das pacientesforam
obtidas pormeio
de consulta aos prontuáriosdo
SAME-HU/UFSC,
cujosdados
correspondem
às consultas ambulatoriais e/ou internações das pacientescom
ACCI
realizadasno
Serviçode
Ginecologia e Obstetríciado
HU
atéo
mês
demaio
de 1998.Foram
coletadosdados
referentes aomotivo da
consulta inicial,ao
tempo
de seguimento
das pacientes, aos diagnósticos ginecológicos prévios,ao uso
de
medicação, aosmétodos de
investigaçãodo
ACCI
(citologia,colposcopia, e/ou histologia), e às respectivas conclusões diagnósticas relacionadas
com
a presença deACCI.
O
motivo da
consulta inicial foi agrupadoem
seis grupos clínicos,conforme
a descrição dos achados encontrados nos prontuários: 1) ciclográvido-puerperal, 2) controle
de
lesão cervical, 3) climatéricas, 4)vulvovaginites, 5)
miscelânea
e 6) rotina. __Os
diagnósticos quanto a vulvovaginiteforam
baseadossomente
na13
bacterioscopia
de
secreção vaginal,ou
cultura de secreção vaginal.As
hipóteses diagnósticas baseadas isoladamenteem
anamnese
eexame
a fresconão foram
consideradas para essa informação.
As
pacientesque
apresentaram queixasde
sangramento
indevidamente caracterizadas nos prontuáriosforam
agrupadasno
grupo
miscelânea.Além
das pacientes assintomáticas, aquelas portadorasde
queixasmamárias ou
anatômicas perineaisforam
também
incluídasno grupo
rotina.
O
conjunto controlede
lesão cervical foiformado
pelas pacientescom
antecedentesde
lesão intraepitelialque haviam
sido submetidas a tratamento prévio e encontravam-seem
co,ntrole ambulatorial.Os
dados
obtidosforam
protocoladosconforme anexo
I e quantificados4.
RESULTADOS
No
períodode
janeirode
1994
anovembro
de 1997,foram
analisadas12.982 esfregaços cervicais
no
SAP-HU/UFSC,
referentes à população assistidapela instituição.
O
levantamento dos laudosde
citologia cervicaldemonstrou
119 (O,9%) casos
de
ACCI,
dos quais 113tinham
origem
em
células escamosas,5
em
células glandulares e 1em
ambos
os tiposde
células.A
LIE
ocorreuem
102
(O,8%)exames
realizadosno
mesmo
período, levando auma
relaçãoACCI/LIE
de
1,2.A
distribuição temporal dosdados
encontra-sena
Tabela I.TABELA
I. Distribuição temporal dos casos'de ACCI, LIE
e relaçãoACCI/LIE
no
Serviço deAnatomia
Patológicado
HU-UFSC:
Ano
ACCI
LIERelação
ACCI/LIEPAP
1994 55 `(1,7%),-~
46
(1,4%) = 1,2 3.227 1995 21 (0,ô%)' '27(03%)
0,3 3.303 1993 17 (0,ô°/0)29'
(1,0%) 0,5 2.944 1997*26
_(O,8°/0) 12 (O,3°/›) 2,2 3.443sem
119(09%)
102(03%)
1,2 12.932ACCI=Atipia Celular de Caráter Indeterminado, LIE=Lesão Intraepitelial Escamosa,
PAP=Exame
de Papanicolaou.*Dados Disponíveis
em
30/11/97. -'Fonte:
SAP-HU/UFSC
'. A
l5
A
idade das pacientes variou entre I4 e69
anos.com
média
de 24,6 anos.A
distribuição de acordocom
a faixa etária se encontra na Figura l.A
maioria situou-se entre ló e45
anos,com
99
(815%)
pacientes.O
tempo
de seguimento médio, excluindo as 2l (l7.6%) pacientesque não
retornaram após a coletainicial
do
esfregaço cervical, foi de 9,8meses
(variação de 3 a46
meses).liontci S/\i\ll i- HU/U l "S(`
0,8%
<15
16-25 35›3°/° (anos) 26_35 31,1% I' se-45 16,8% Fa xa Etar a '_ 46-55 9,2% 56-ss 5'°%>65
O 10 20 30 40 50 No. de Pacientesló
O
motivo
da consulta inicial foi divididoem
seis grupos,conforme
arepresentação da Figura 2.
No
conjunto ciclo grávido-puerperal estãocompreendidas
23 gestantes e 9 puérperas,num
total de 32(269%)
casos.As
pacientes climatéricas
formaram o
grupocom
l5 (l2,ó%) pacientes. ()grupo
vulvovaginites apresentou 19 (ló,O%) casos.
Houve
26 (21,8%) pacientesno
grupo rotina, incluindo 3 pacientesque
foram a consulta por alteraçõesmamárias.
4
por alterações anatômicas perineais e 2 para orientação para anticoncepção.O
grupo
miscelânea teve 7(59%)
pacientes.Houve
20
(16,8%)casos
no
grupo de controlede
lesão cervical.Rotina Ciclo grávido-
21,8% pueperal Miscelânea 25›9°/° 5,9% Cervicitese vulvovaginite 16% ClÍmâtëI'Í0 Controle de lesão 12'6% cervical 16,8% lfuntc: S./\l\1l~L‹HU/lll›S(`
I7
A
correlação entreACCI
eo
graudo
processo inflamatório descritos noslaudos de citologia oncótica está
demonstrado
na Figura 3.Houve
34 (28,6%)casos
com
inflamação
discreta,43
(3Ó,l%)com
inflamação
moderada
e34
(
28,6%)
com
inflamação acentuada.9'= `
Ausente
"'28,6%
Discreta de nf amação SegundoC
to o36,1%
Moderada
:
Acentuada
Grau InformaçãoOmissa
,, ,. 0 10 20 ao 40 50 No. de Pacientes SAP-HU/Ul"S(.`FIGURA
3. Correlaçãodo
padrão deACCI
com
processos inflamatóriosdescritos nos esfregaços cervicais.
As
alterações hipo-atróficas foram encontradasem
10 das l5 pacientes climatéricas e l entre as 9 pacientes puérperas.Não
foram
encontradasl8
Nos
achados quanto à flora microbiana.conforme demonstrado
na Figura4, observou-se
que
a flora Döderlein esteve presenteem
4l(345%)
dosesfregaços iniciais
com
ACCI
eque
ól (5l,3%) apresentaram agentesinfecciosos.
A
flora mista ocorreuem
46 (39%) do
total de casos;Candida
sp.em
IO(8%)
eTrichomonas
vagina/isem
3 (2,5%), alterações sugestivas deinfecção por Gardnerella sp.
em
2 (l,7%) casos.Fi ora
D"a
o er I'em
- ~.'
34,5% __.QQEÉ
38,7% Candida sp. f - 8,4% I Flora mista raM
crob ana"
Trichomonas
.zw
vaginalisw
25%
_. Sugestivo deGa
rdnerella sp. Fo4*
1 ,7%Ȓ
Flora ausente 3,4%Informaçãoomissa
4.-_:
ç1°›'9°/É vç ç_ ç ç "l I I I I I I I I I 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 No. de Pacientes ima; s,\|>-Hu/Ui-s‹`FIGURA
4. Correlação entre os achados deACCI
e agentes infecciososl9
A
conduta ambulatorial adotada diante deACC!
encontra-se representada na Figura 5.Das
1 19 pacientes,34
(286%)
não
prosseguiramcom
a investigação de
ACCI,
e 85 (7I,4%) coletaramnovo
exame
de Papanicolaounofol/011'-up.
Nemwm
Tratamento 21 17 6°/o ~ ( ¬ ) Medtcamentoso Exclusivo`
13 (1 O.9°/0) PAP‹ 28 (235%) PAP PAP+Tratamento 23 (19,3°,;,) Medicamentoso 34 (28,6°/ó)PAP=Exame
de Papanicolaou FONTE SAME-HU/UFSÚFIGURA
5. Distribuição das pacientes quanto à conduta de investigação diantedo
exame
de Papanicolaoucom
ACC]
Entre as 85 (71,4%) pacientes que realizaram colpocitologia de controle,
34
(286%)
receberam
tratamentomedicamentoso
para as alteraçõesdo
trofismoepitelial
ou
processo infeccioso, 28 (23,5%)submeteram-se
a colposcopia e 22(,18,5%) realizaram biópsia /curetagem uterina.
Das
34
(28_.ó%) pacientesque não
prosseguiramcom
a investigação deACCI,
21 (l7.ó%)não
retornaram após a consulta inicial e 13(109%)
20
Estudos histológicos foram obtidas
em
22 das pacientes, a partir de 2lbiópsias e I curetagem uterina, e suplementados pelos resultados de
4
conizações, 3 histerectomias simples, e 2 cirurgias de
Wertheim-Meigs.
Conforme
a representação da Figura 6, foram encontrados 2 (9,0%) casos decarcinoma
microinvasor de colo uterino, 2 (9,()%)adenocarcinoma
endocervical, 2 (9,0%)
carcinoma
in situdo
colo uterino, 3 (l3,6%)NIC
I. 3(l3,6%)
NIC
II e l (4,5%)NIC
III entre as achados histopatológicos.A
descrição compatível
com
normalidade ocorreuem
2 (9.0%) casos. Lesões decaráter benigna
foram
encontradosem
7 (3l,8%) pacientes, a saber 5 (22,7%)casos de cervicite crônica, l (4,5%) pólipo escamo-colunar e l (4,5%)
hiperplasia endometrial simples.
Fonte: S/\P~HU/Ul¡S(` Ca microinvasor 2 (9.0%) Adenocarcinoma NICI 2 (9.0%) 3 (13.6%) NIC II Ca in situ 3 (13.6%) 2 (9.0%) (1s,s°/0) NIC III 1 (4,5°/›) Lesõs benignas 2 (9-0°/°> 7 (s1.e%)
NIC=Ncoplasia Inlracpilclial Cervical. C/\=(`arcinoma dc colo uterino. NM=Ncgalivo para Malignidadc
21
Diagnósticos
do
seguimento distribuídosem
grupos clínicos, incluindo pacientescom
ou
sem
citologia/histologia de controle, até o período demaio/ 1998,
foram
resumidos na Tabela II.TABELA
II. Distribuição das pacientessegundo
grupo clínico e diagnósticofinal.
~
Achados de A B C D E FFollow-up
Geral
fl °/0 N O/o I1 °/o fl °/o n °/o n °/0 n °/zz
LIE de baixo grau
LIE de alto grau
Adenocarcinoma CA microinvasor 5 4,2 7 5,9 2 1,7 2 1,7 6,2 _ 6,2 1 - 1 6,7 6,7 1 2 1 5,0 10,0 5,0 10,6 - - 5,3 1 3,8 5,3 - -1 14,2 Su btotal ACCI NM Não investigou 16 13,5 4 3,4 65 54,6 34 28,5 12,4 2 3,2 1 53,1 10 31,2 2 13,4 6,7 66,7 13,3 4 2 11 3 20,0 10,0 55,0 15,0 21,2 1 3,8 57,8 13 50,0 21,1 12 46,2 1 3 3 14,2 42,9 42,9 Total 119 100,0 100,0 15 100,0 20 100,0 100,0 26 100,0 7 100,0
A=Ciclo grávido-pueperal, B=Climatéricas, C=Controle de lesão cervical,
D=
Vulvovaginites,E=Rotina, F=Miscelânea, LIE=Lesão Intraepitelial Escamosa, CA=Carcinoma de colo
uterino, ACCI=Atipia Celular de Caráter Indeterminado, NM=Negativo para Malignidade
Fonte:
SAME-HU/UFSC
Das
119 pacientes,34
(28,6%)não
realizaram investigação deACCI.
Ao
todo, 65 (54,6%) apresentaramexame
de controle negativo para amalignidade, e 16 (13,5%) pacientes apresentaram lesões significativas. a saber 5 (4,2%) casos de
LIE
de
baixo grau, 7 (5,9%)LIE
de
alto grau, 2 (l,7%)adenocarcinoma
endocervical e 2 (1,7%) carcinoma microinvasor de colo22
Na
amostra estudada, entre os 6(5%)
casos deACCI
do
subtipo glandularforam
encontrados 2 casos deadenocarcinoma
endocervical. Trêscasos
eram
negativos para malignidade na colpocitologia de controle, e lpaciente não retornou para investigação
no
follow-up.A
tabela III mostra os principais achados entre os diagnósticos clínicosdo
seguimento,inflamação
celular e agente infeccioso.A
presença deinflamação
severa foi encontradaem
18 (27,7%) casos negativos paramalignidade, 6 (37,5%) casos de lesão cervical e 3
(75%)
casos deACCI,
enquanto a presençade
agente infeccioso ocorreuem
36
(55,4%) casos negativos para malignidade, IO (62,5%) dos casos de lesão cervical e todos os4
(100%)
casosde
ACCI.
TABELA
III. Correlação entre processo inflamatório severo, presença deagentes infecciosos e diagnósticos clínicos das pacientes
com
ACCI
Achados No. de casos
%
Inflamaçao%
Agente °/‹›Dofollow-up severa infeccioso
-TJE de baixo grau 5 4.2 Il-_ 20.0 2 40,0
LIE de alto grau 7 5.9 3 42.9 6 35.7
Adcnocarcinoma 2 1.7 - - - - Carcinoma microinvasor 2 1.7 2 l00.0 2 100.0 I šubmúzi ' 'ló 13.5 ó ' 37.5 10 (ÉS ACCI 4 3.4 3 75.0 -1 l()()_()
NM
65 54.6 18 27.7 36 55.4 Não investigou 34 28.6 7 301* 18 52.9mai
119 ioo,o 34 28.6 ' 'Es' 51.1LIE=Lesão lntraepitelial Escamosa, ACCI=Atipia Celular de Caráter Indeterminado,
NM=Negativo para Malignidade
Fonte:
SAP
eSAME-HU/UFSC
Nas
Figuras 7, 8, 9, 10 e ll, encontram-seexemplos
deACCI,
encontradostl \:.
h.
fl1
cnFIGURA
7.ACCI:
Atipias celularesem
esfiegaço
ricoem
célulasmetaplásicas (Papamcolaou. 400X).
il-
'mf
4
FIGURA
8.ACCI:
Esfregaçocom
reaçãoinflamatóna proemmente,
exibindo célulascom
núcleosvolumosos
e às vezes binucleação (Papanicolaou. 40OX).FIGURA
9.ACCI:
Esfregaçoí-
disceratoticas
com
citoplasmático
pouco
definido,além
de binucleação (Papanicolaou. 400X).I
..‹-,. . . '› 78 lj ' ._ - V `. ;.~ ' "‹$§Â ñf E _› ""Í~; Q -. ._ 1.. 'FIGURA
10.ACCI:
Células epiteliaisescamosas
com
discretoaumento
nuclear, provavelmente relacionado à infecção porCandida
sp25
gr
fifi.
IQ'9
¬ *l'2
.z '\›»
-.‹b"
l "À,
FIGURA
ll.ACCI
glandular: Esfregaçocom
grupamentos de células de padrão glandularcom
núcleos hipercromáticos evolumosos
(Papanicolaou.5.
DISCUSSÃO
5.1.
NÚMERO
ABSOLUTO
E
RELATIVO
DE
ACCI
No
SAP
Segundo
O InterlaboratoryPAP
Program
de 1993,do
College ofAmerican
PathOlogists,16 amédia
deACCI
em
900
laboratórios americanos pesquisados foide
2,9%, variandode
1,6 a 9,2%,com
a razão entreACCI
eLIE
de
1,3.Uma
incidênciamaior
deACCI
eLIE
foi encontrada nos hospitais universitários americanos, os quais apresentarammédias
de6%
paraACCI,
4,7%
paraLIE
de
baixograu
e1,7%
paraLIE
de
alto grau, e relação entreACCI
eLIE
de
1,1.17.O
Interim Guidelines paramanejo de
anormalidadesmenores de
esfregaçode
Papanicolaoude
1992,promovido
pelo NationalCancer
Institute, concluiuque
até5%
dos achados de Papanicolaoupoderiam
pertencer a categoria
de ACCI12.
A
taxa geralde
0,9%
de
ACCI
e0,8%
de
LIE
detectadosno
SAP-
HU/UFSC
é, assim inferior, à apresentadana
literatura citada.Na
análiseda
freqüência anual
de
ACCI
nesta Instituição (Tabela. I, p.14), verificou-seuma
nítida reduçãoda
taxade
ACCI
a partirde
1995,com
manutenção da
relaçãode
ACCI/LIE
menor
que
1.Em
1997, ocorreuaumento
desta relaçãoem
razãodo
excepcional
número
baixode
casosde
LIE
naquele ano, atingindo O valor de2,2.
A
razão entreACCI
eLIE
constituium
parâmetro para verificar sehaveria uso excessivo
do
termoACCI
pelos laboratóriosde
citologia, servindotambém
paramonitoramento
individual dos patologistaslg.É
recomendado
que
27
ACCI/LIE
encontrada nesta investigação apresentou-se dentro dos valores~
recomendados,
com
variaçoes anuaisde
0,6 2,2,média de
1,2.5.2.
IDADE
A
idademédia
das pacientescom
ACCI
variou de25
a32
anos nas publicações pesquisadas,“' 20'”com uma
distribuição uniforme nas faixasetárias abaixo
de
40
anos,porém
com
notada reduçãoacima
dos50
anos 23.Os
resultados aqui encontrados revelaramque
a idademédia
das pacientes foide
24,6 anos.A
maioria situou-se entre 16 e45
anos,com
99
(83,5%) pacientes. Esta faixa etária está abaixoda
idademédia
de
46
anos das portadorasde carcinoma de
colo de útero registradasem
Santa Catarina7,porém
compatível
com
a população,mais jovem,
acometida porLIE.
5.3.
GRUPOS
cLÍNICos
Os
resultadosdemonstraram
uma
distribuição relativamente uniforme das pacientes entre os 6 grupos clínicos propostos,com
achadosde
ACCI
em
diferentes condições clínicas.
O
maior grupo
clínicocom
ACCI
foi das pacientesdo
ciclo grávido-puerperal,
com
26,9%
dos casos.Embora
a presençade
pacientes dos gruposclínicos controle
de
lesão cervical edo grupo
vulvovaginite sedessem
em
menor
número,
revelou-seserem
os mais importantes quanto ao percentilde
casos positivos para lesão cervical. Apresentaram, respectivamente,
20%,
e28
5.3.1.
Grupo
ClínicoControle de
Lesão
Cervical eGrupo
VulvovaginiteSegundo
Gonzalez
et al.“, os casosde
ACCI
favoráveis aLIE
apresentariam cerca
de
2 vezesmaior
a ocorrênciade LIE,
em
relação aos casosde
ACCI
favoráveis a processo reacional. Contudo, nos casos estudados,verificou-se
que o grupo
clínico vulvovaginite eo grupo de
controlede
lesão cervical apresentaramnúmero
semelhante entre side
casos positivosno
follow-up, respectivamente,
21,2%
e20,0%
das pacientes (Tabela II, p.21). Estudos a respeitode
ACCI
correlacionadacom
as pacientescom
antecedentes deLIE
ainda necessitam ser realizados,
uma
vezque
a maioria dos trabalhosexcluem
as portadoras prévias
de
LIE
na
casuística.K5.3.2.
Grupo
CicloGrávido-Puerperal
K
'\. V ...--Sabe-se
que
durante a gestaçãoocorrem
alterações cervicais semelhantesàquelas ocorridas
no
endométrio uterino.O
processode
hiperplasia glandularcervical, associado ao processo
de
hipersecreção, deixaria os lábios cervicaisedemaciados
e capazesde
tomar 0
endocérvix evertido, seguidode
metaplasiaescamosa
imatura (Figura 8, p.23)que
levariam à descriçãode
ACCI.
Segundo
Michael
e Esfahani,24foram
encontrados16,7%
casos deLIE
de
baixograu
e1,6%
deLIE
de
altograu
associados aACCI
nessegrupo de
população. Entre as32
pacientesdo
ciclo grávido-pueperal estudadas ocorreram, respectivamente,6,2%
casos deLIE
de
baixograu
e6,2%
LIE
de
alto grau, totalizando
12,4%
de
lesões cervicais. (Tabela II, p.21).O
achado de
lesões significativas nestas pacientes foipróximo
ao valor de13,5%
obtidodo
grupo
geral.29
Neste grupo,
31,2%
pacientesnão
realizaram investigaçãoda
ACCI,
percentil preocupante,
em
virtudeda
possibilidadede
haver lesões significativas~
entre as pacientes
que nao foram
advertidas parao
risco.5.3.3.
Grupo
ClínicoClimatério
Poucos
são osdados
disponíveis a respeito de alteraçõesmenores de
colpocitologia
em
pacientes climatéricas.Segundo
Kaminski
et al.25,ocorrem
58,3%
de
lesões atróficas associados aACCI
nesta população.O
esfregaçohipo-atrófico associa-se a importante processo inflamatório nas pacientes
perimenopausadas, evidenciando elementos parabasais,
com
citoplasmas eosinofflicos, núcleos picnóticos eum
notávelnúmero
de granulócitos, que,quando
exuberantes,não permitem
uma
avaliaçãoadequada do
material.Os
poucos
estudos existentesrecomendam
que
a citologia isolada seriameio
suficiente parao
controle dos casoszô* 27, apesardo
relato de2,4%
-3,4%
de
achados neoplásicos
no
seguimento das pacientes.26'25Os mesmos
achadospodem
também
ser encontrados nas pacientes puérperas, cujo epitélio seencontra
semelhantemente
hipotróficona
fase pueperal.Na
nossa amostra as alterações hipo-atróficasforam
encontradasem
10 das 15 pacientes climatéricas eem
1 entre as 9 pacientes puérperas.As
pacientes climatéricascorrespondem
a12,6%
do
totalde
casosde
ACCI.
Foram
encontrados 1LIE
e 1adenocarcinoma no
seguimento deste30
5.3.4.
Grupo
Miscelânea
O
grupo
das pacientescom
sangramentospouco
caracterizados, recebeu adenominação de
miscelânea.Embora
sejauma
queixa semiológica importantepara processos neoplásicos, apenas l caso
de
carcinoma
microinvasor foiencontrado entre as
4
pacientesque
seguiramcom
follow-up neste grupo.5.3.5.
Grupo
Rotina
O
grupo
rotina apresentou apenasum
casode
LIE
de
altograu
entre as14 pacientes
que
prosseguiramcom
follow-up. Ressalta-se a falta de seguimentoneste
grupo de
paciente, as quais l2 (46,2%) entre26
selecionadasnão
prosseguiramcom
a investigaçãode
ACCI.
5.4.
INFLAMAÇÃO CELULAR
E
PROCESSO
INFECCIOSO
~
A
presençade
agente infeccioso einflamaçao
celular acentuada foiencontrada, respectivamente,
em
57,1%
e28,6%
das pacientescom
ACCI
e62,5%
e37,5%
dos casos que, posteriormente, revelaram ser positivos paralesão
do
colo uterino.O
percentilmaior de
infecção e processo inflamatóriosevero entre os
ACCI com
lesão cervical, reforça a constataçãoda
dificuldadede
interpretação dos esfregaços acometidos por processos reparativos, levando à descrição colpocitológica inconclusiva,mesmo
os casosonde
haveria alterações celulares importantes,como
o carcinoma
de colo uterino (Tabela III, p.22).31
Segundo' Miguel
e cols3], existiriaum
over diagnósticode
ACCI
associado à presençade
infecção porCândida
sp.As
alteraçõescomo
alargamento e hipercromasia focal nuclear, halos perinucleares e vacúolos
citoplasmáticos
em
célulasescamosas
e metaplásicas presentesna
monilíaseforam
associados a tal possibilidade (Figura 7, p.23).Houve
o diagnósticode
8(6,7%) casos de candidíase vaginal
na
presente amostra enenhuma
lesãosignificativa foi verificada
no seguimento
dos casos.Segundo
asrecomendações de
Interin Guidelines de1992
12, a presençade
inflamação acentuada nos esfregaçoscom
ACCI
requernova
coletasomente
após4
a 6 meses.A
citologiade
controle realizadaem
período inferior poderiaassociar-se à baixa sensibilidade diagnóstica.1°”32
Sub-Burgmann
et tal.”relataram
uma
discrepância entre a conduta ambulatorial e os guidelinesl2'l7'34,com
58%
das pacientessendo
submetidas a procedimentosde
investigaçãoem
período inferior a
4
meses.No
serviço aqui relatada, muitas pacientes realizaramnova
coletaimediatamente após
o
retornoda
consulta inicial, independentementeda
vigência
de
processo inflamatório intenso.No
futuro, faz-se necessáriauma
preparação para
que
as pacientessejam
orientadas a retornarem
períodoacima
de 4
meses. Existe aqui, a particularidadede que
nem
todos osexames
são realizados atravésda
coleta tríplice, devido à faltade
disponibilidadeda
escovaendocervical para todas as pacientes
em
HU-UFSC.
Tornar-se-ia necessária, poresta razão, a realização
de
nova
coleta tríplice imediatamente, paramelhor
32
5.5.
DIAGNÓSTICO
DO
FOLLOW-UP
Na
Tabela IV, estão listados os estudos encontradosna
literatura,correlacionando os achados clínicos
de
pacientescom ACCI.
Embora
oscritérios
de
inclusão adotados para as pacientestenham
variado entre as~
amostras, os
números
permitiram acomparaçao
de alguns itens.Tabela IV. Estudos
de
ACCI
e achadosdo
follow-upResultados do seguimento de pacientes com ACCI
Autores ANO No. de Tx. De LIE de LIE de
ACCI ACCI Baixo grau Alto grau
CA
Perda do Método de Follow-up Investigação* Davis et al..35 Siptzer et al. 2° Kaminslci et al.” Lindheim et al. 22 Montz et al.” Slawson et al.” Selvaggi et al.” Cox et al.” Ryan et al.” Mancini ei al.” Kaufman et al. '7 Gonzalez et al.” Yang et al.” Sheils et al.” cecchini em ar" Auger et al.” Stanstny et al.” Wulizm ez ai.” Ghoussoud et al.“ Alanen et al.” Presente estudo 1987 1987 1989 1990 1992 1993 1994 1995 1996 1996 1996 1996 1997 1997 1997 1997 1997 1997 1997 1998 1998 400 97 115 101 91 159 114 217 101 162 118 118 372 296 303 52 116 668 235 136 119 1,8% >1,5% 6% 1,8% 1,6% 6,36% 3,7% 1,3% 4,5% 2,0% 0,9% 10,0% 7,2% 1,7% 12,9% 25,7% 25,0% 23% 28% 8% 9,3% 43,3% 8,4% 14,0% 13,0% 13,0% 1 1,4% 4,0% 4,2% 2,5% 7,2% 2,6% 19,7% 9% 13,0% 6,9% 8% 1,2% 9,0% 2,5% 3% 5% 5,9% 10% 4% 9% 5,1% 8,0% 5,9% 1,0% 1,0% 1,2% 1,7% 0,3% 4% 7% 3,4% 31,3% 13,8% 17% 66% 2,8% 19% 39% 45% 28,6% C, CP, H C, CP, H, CG C, CP, H C, CP C, CP C, CP C,H C, CP, H, HC H,P C, CP, H C,H C,H C C,H C, CP,H C,H C, H,P C, CP,H C,H C, CP C,HC=citologia, CG=cervicografia, CP=colposcopia, H=histologia,
HC=Hybríd
capture paradetecção de
HPV,
P=PAPNET
Cytological Screeníg System,, LIE=Lesão Intraepitelial33
O
presente estudo apresentouLIE
de
baixograu
(4,2%) inferior àmaioria dos estudos relacionados
(4%-43,3%),
enquantoque
os percentisde
LIE
de
altograu
(5,9%) ecarcinoma/adenocarcinoma
(3,4%)foram
compatíveiscom
os estudos relacionados, respectivamente entre1,2%
-19,7%
e1,0%
-7,0%.
A
divergência dos estudos quanto à incidênciade
ACCI
entre osdiferentes laboratórios
de
citologiaspode
ser explicado pelo caráter subjetivodos critérios citológicos
de
ACCI.1°'28Nos
estudosdo
Collegeof American
Pathologists, a taxa de concordância de
ACCI
entreum
grupo
decitopatologistas experientes atingiu apenas
de
23%
a 29%.17°19Segundo Ghoussoub
et al.44, os levantamentos retrospectivosde
seguimento
de
ACCI
baseadosem
exames
histopatológicos relataram duas vezesmais o achado de
LIE
do que
os estudos baseadosem
citologia cervical.Uma
adequada
análise de fatorACCI
como
predictorde
LIE
deveria incluir osdados
clínicos (p.ex idade, antecedentes ginecológicos, classe sócio-econômica,e
método
de
investigação).No
estudo realizado, verificou-se que, entre as22
pacientesque
sesubmeterame
a biópsia,9
(40,9%) casoseram
negativos para malignidade e 13(59,l%) casos
apresentavam
LIE
acarcinoma
microinvasorde
colo uterino.A
presença
de
maior
número
de
lesões cervicais entre as pacientesque
sesubmeteram
a estudo histopatológico se explica pela indicação de realizarinvestigação mais agressiva naquelas
que
apresentavam fatores de risco,havendo,
conseqüentemente
detecçãode
maior
número
de
lesões significativas34
5.6.
A
CONDUTA
INVESTIGATÓRIA
DE
ACCI
A
taxa de pacientesque não mantiveram o
seguimentode
ACCI
foide
28,6%,
incluindo as 13 pacientesque
retornaram para controlede
outrascondições (p.ex. pré-natal),
mas
que não
realizaram investigaçãodo
colouterino. Este percentil
de
perdade
follow-upde
ACCI
situa-se entre a variaçãode
2,8%
a66%
encontradana
literatura.17”21'25”26'36'37”39A
possibilidadede
haver lesões letais entreo grupo que não
investigouACCI
deve
constituirmotivo de
alerta para a classe médica.As
gestantes e aspacientes
do grupo
rotinada
presente amostraforam
aquelasque
apresentarammenor
índicede
investigaçãode
ACCI.
Questiona-se se estas pacientesforam
adequadamente
orientadas para a necessidadede
verificar o resultadoda
colpocitologia
na
consulta inicial.Segundo
aAmerican
Collegeof
Obstetriciansand
Gynec0l0gists34, aACCI
foi representada peloCID-9-CM
código 795.0.Pode
ser determinada pormeio
de citologia cervical e requer notificação à pacienteda
citologiaanormal
erecomendações de
acompanhamento
freqüente,com
realização de: 0 Biópsiade
quaisquer lesões suspeitas cervicaisou
vaginais;0 Tratamento
de
infecções específicas;0 Colposcopia e biópsia, nos casos de: a) dois
ou
mais laudosde
ACCI;
b) fatores de alto risco para neoplasia cervical (p.ex. infecção porHPV,
portadoresdo
vírusda
imunodeficiência adquirida, tabagismo,ou
múltiplos parceirossexuais).
A
normativa brasileirado Programa
Nacionalde
Combate
aoCâncer do
Colo
Uterinode 1998
orientaque
se realize a repetiçãodo
exame
de
Papanicolaou 6meses
após a deteção deACCI,
LIE
de baixo grau eHPV.
A
35
recomendação,
seria a maisadequada
para as pacientessem
outros fatoresde
risco.7
Há
defensores deque
uma
avaliação colposcópicadeva
ser imperativa,46”22 para evitar retardono
diagnóstico e tratamento das lesõesintraepiteliais e lesões malignas.”
Os
testes para detecçãode
HPV
por captura híbridademonstraram
uma
sensibilidade
de 74
a86%
para detecçãode
LIE
em
ACCI
contra60%
da
citologia convencional.29'48 Infelizmente, tal
método
não se encontra disponívelpara a
população
alvodo
presente serviço.Verificou-se
que não
existeuma
padronização para seguimento dos casosde
ACCI
no
presente Serviçode
Ginecologia e Obstetrícia.Na
maioria (7l,4%) dos casos realizou-seo
acompanhamento
com
colpocitologia.Em
23,5%
doscasos foi investigado
com
colposcopia e18,5%
com
estudo histopatológico.5.7.
ACCI
DE
ORIGEM
GLANDULAR
As
lesões cervicais glandularesdo
colo uterino sãomenos
freqüentesque
as lesões escamosas49.
A
taxade
ACCI
de origem
glandular foi descritaem
0,2%, ocorrendo
em
populaçãocom
idadeacima da
quarta décadag.Segundo
estudo
de
Eddy
et also,em 34%
dos
casosde
ACCI
de
origem
glandular
associaram-se a lesões cervicais significativas
(83%
de
caráter pré-invasiva e17%
invasiva).Cerca de
75%
tinham
como
diagnóstico final lesões escamosas,apesar
da
morfologia glandular sugerida.Assim,
diferentementeda
categoria deACCI
de
origem
escamosa, as pacientescom
ACCI
de
origem
glandularapresentariam risco significativo para lesões malignas, quer
de origem
glandularou
escamosa.Uma
investigaçãocompleta
através de colposcopia, biópsia e36
recomendado
na
literatura,embora
não
hajaum
consenso a esse respeito.8” 1°” 22Na
amostra estudada,o achado
de 2 casosde
adenocarcinoma
em
6(5%)
casosde
ACCI
de
origem
glandular
ressalta a necessidade completa investigação para estes casos.5.8.
COMENTÁRIO
FINAL
Este estudo
não
se propôs a discorrer sobre a significância estatística dosdados
analisados,mas
a importânciada
realização deuma
adequada
investigação e
acompanhamento
das pacientescom ACCI,
em
virtudeda ampla
variedade de situações clínicas associadas a esta condição.Segundo
recomendações do
InternacionalAcademy
of
Cytologylo publicadasem
1997, os laudos deACCI
deveria ser qualificadade maneira
que
defina
o
riscoaumentado
de
a paciente apresentar lesões.Dados
estatísticosrelativos aos diagnósticos
mais
comumente
associados, provenientesdo
próprio serviçode
citopatologia,poderiam acompanhar
os laudos citológicos.Estudos futuros51”52”53
poderão
prover bases morfológicasou
talvezmoleculares para distinção dos verdadeiros precursores de neoplasias entre as
~
alteraçoes colpocitológicas menores.
Está
em
andamento o
ASC
US/LSIL
Triage Study 51,um
estudo orçadoem
20
milhõesde
dólares,que
pretende avaliar nospróximos
três anos, formasde
tratamento e
acompanhamento
de
lesõesmenores de
colpocitologia. Esse estudotem
ênfasena
relação custo-benefício entre osmétodos
tradicionais, os testesde
~
detecçao
de
HPV
(HibridCapture
MicrotiterDNA)
e os sistemascomputadorizados
de
leiturade
esfregaço cervical (p.eX.PAP-NET®).
O
manejo do
ACCI,
no
momento,
requer julgamento clínico eacompanhamento
dirigido para circunstâncias individuais.Devido
às condições~ ~
sócio
econômicas
da populaçao
assistida peloHU/UFSC
e a alta taxade
evasao das pacientes,uma
conduta investigatóriamais
apurada,com
colposcopia e biópsiade
lesões suspeitas é apoiada pelo presente estudo.~
6.
CoNcLUsoEs
A
incidênciade
ACCI
no
SAP-
HU
éde
0,9%
e a razão dentreACCI
eLIE
é de 1,2.A
ACCI
está associada ao ciclo grávido-puerperal, a pacientesda
rotinaclínica, às portadoras
de
antecedentesde
lesão cervicaldo
colo uterino, e,à presença
de
vulvovaginites.Os
processos infecciosos são encontradosem
57,1%
dos casosde
ACCI.
Verifica-se a negatividade
para
lesão cervicalem
54,6%
das pacientescom ACCI.
Observa-se a existência de
4,2%
de
LIE
de
baixo grau,5,9%
deLIE
de
alto grau,
1,7% de
adenocarcinoma
endocervical e1,7%
decarcinoma
de
colo uterino,num
totalde
13,5%
das pacientescom ACCI.
O
acompanhamento
das pacientecom
ACCI,
no
Serviçode
Ginecologia eObstetrícia
do
HU/UFSC,
é realizadocom
colpocitologia oncóticaem
71,4%,
colposcopiaem
23,5%
e avaliação histopatológicaem18,5%.
A
taxade
pacientesque não prosseguem
com
a investigaçãode
ACCI
no
7.
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