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Amido e sua inter-relação com o desenvolvimento e ponto de colheita de mangas (Manguifera indica L.) cv. Tommy Atkins

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO. AMIDO E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO E PONTO DE COLHEITA DE MANGAS ( Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins.. PAULO RICARDO SANTOS DUTRA. Recife -PE 200 4.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO. AMIDO E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO E PONTO DE COLHEITA DE MANGAS ( Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins.. PAULO RICARDO SANTOS DUTRA. Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós- graduação em Nutrição, Área de Concentração em Ciências dos Alimentos, como parte das exigências para a obtenção do Título de MESTRE .. Orientadora: Dra. Nonete Barbosa Guerra - UFPE. Co- orientador: Dr. Joston Simão de Assis – FAMESF e EMBRAPA Semi-árido.. Recife -PE 2004.

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(5) DEDICATÓRIA. À divindade existente em cada um e entre nós, DEDICO. Com toda honra aos meus pais, Vicente (in m e mor i an) e Nena, e aos meus avós, OFEREÇO. À minha e sposa Tereza, a os meus filhos Paula, Isabela e Ricardo, e aos irmãos Ângela e José Antônio , COMPARTILHO.

(6) AGRADECIMENTOS. À professora Nonete Barbosa Guerra pela orientação, confiança e amizade; Ao pesquisador Joston Simão de Assis pela orientação e apoio na realização da pesquisa; À Universidade Federal de Pernambuco- UFPE e a todos que contribuíram para a realização do Programa de Pós- graduação em Petrolina, em especial ao então Magnífico Reitor Mozart Ramos Neves, às p rofessoras Anita Aline , Tânia Stamford e Nonete Guerra; Aos amigos do Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET Petrolina : Valderi, Aidran e Cícero Antônio pelo apoio à realização do Programa de Pós graduação e pela amizade; À F undação de Amparo financiamento da pesquisa;. à. Pesquisa. de. Pernambuco- F A C E P E. pelo. Aos integrantes da equipe que participaram do Projeto de Pesquisa: Luciana, Jorge , Lílian, Amielthon, Vanessa e Ana Paula por toda dedicação ; Ao s colegas dos Laboratórios do CEFET Petrolina , d a EM BRAPA Se mi- árido e do LEAAL/ UFPE por apoiarem as análises; À Fazenda Timbaúba Agrícola que cedeu os frutos e ao técnico Regivandro que colaboro u na escolha dos frutos por ponto de colheita; Às professora s Silvana Magalhães Salgado e Zelyta Pinheiro de Faro e a Arthur Bibiano de Melo Filho pelo apoio , incentivo e amizade ; A Sâmara Alvachian Cardoso Andrade; Eulálio Cabral e Cícero Antônio de Souza Araújo pelas orientações nas análises estatísticas ; Aos colegas do Mestrado pelo convívio e apoio, assim como a todos que , de alguma forma , contribuíram para a realização deste trabalho ..

(7) EPÍGRAFE. “AMOR como intelecto é VERDADE; AMOR. como. AMOR. ação. é. RETIDÃO;. como sentimento é PAZ;. AMOR como discernimento é NÃO-VIOLÊNCIA ”. Sathya. Sai. Baba.

(8) LISTA D E. ABREVIATURAS. ATT. Acidez titulável total. CV. Cultivar. DDV. Diâmetro dorso-ventral. DL. Diâmetro longitudinal. Dlat. Diâmetro lateral. DAF. Dias após florada. GD. Graus-dia. GL. Grau de liberdade. GR. ESP.. Gravidade específica. PC 1. Componente principal 1. PC 2. Componente principal 2. PCA. Análise de componente principal. PD. Produto dos diâmetros. P. Precipitação pluviométrica. QM. Quadrado médio. R. Radiação solar global. SST. Sólidos solúveis totais. SST/ATT. Relação sólidos solúveis totais e acidez titulável total. TCA. Ciclo do ácido tricarboxílico. t. Temperatura média. tM. Temperatura máxima. tm. Temperatura mínima. UR. Umidade relativa do ar. VOL. Volume.

(9) LISTA DE FIGURAS. Páginas. 01 Aspecto geral do fruto de manga. 1: depressão em torno do pedúnculo; 2: diâmetro lateral (espessura); 3: espádua dorsal; 4: espádua ventral; 5: diâmetro dorso- ventral (largura); 6: face dorsal; 7: diâmetro longitudinal (comprimento); 8: ponto estigmático; 9: “nak” sobre bico bem formado; 10 ápice; 11: sinus. Fonte: Adaptado de Medina et al. (1981).. 25. 02 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir do peso e do volume, em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 30. 03 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir dos diâmetros, em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 31. 04 Diferenças morfológicas entre os frutos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 32. 05 Correlações do peso com volume e produto dos diâmetros de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 33. 06 Teores de amido e sólidos solúveis totais (SST) de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 36. 07 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores físicos e do amido de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 39. 08 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores químicos de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 40. 09 Pontos de colheita em mangas Tommy Atkins. Petrolina-PE, 2002.. 42.

(10) LISTA DE QUADRO E TABELAS Páginas. QUADRO 01 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga.. 15. TABELAS 01 Indicadores físicos de manga Tommy Atkins desenvolvidas em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 29. 02 Evolução dos indicadores físico-químicos e químicos de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 35. 03 Relação entre o teor de amido e os indicadores físicos de manga s Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 41. 04 Relação entre o teor de amido e os indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. 41. 05 Indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas safras e em diferentes pontos de colheita. Petrolina-PE, 2002.. 44.

(11) RESUMO. Problemas relativos à determinação do ponto ótimo de colheita da manga Tommy Atkins produzidas no Vale do São Francisco, Nordeste do Brasil, motivaram esta pesquisa para avaliar a evolução do amido e de outros indicadores envolvidos no desenvolvimento do fruto, tendo em vista estabelecer o ponto de colheita comercial. A pesquisa abrangeu períodos de março a julho (safra 1) e de julho a novembro (safra 2) de 2002, onde foram analisados 270 frutos coletados aleatoriamente aos 50, 64, 78, 85, 92, 99, 106, 113 e 120 dias após a florada (DAF) e 40 frutos colhidos segundo a coloração interna. Os dados resultantes dos ensaios físicos, físico-químicos e químicos foram submetidos a ANOVA, análise de componentes principais e a regressão linear. Os resultados, independentemente das safras, demonstraram a existência de correlações entre o teor de amido (2,53 a 8,68 g% - safra 1 e 2,23 a 9,77 g% safra 2) e a maioria dos indicadores analisados, principalmente com a gravidade específica e pH, evidenciando a importância deste polissacarídeo como indicador do ponto ótimo de colheita. Diante da influência das condições climáticas sobre o desenvolvimento dos frutos, a maioria dos indicadores analisados, na safra 2 (produção principal), evidenciam uma antecipação da época de colheita. Considerando os pontos de colheita 1 e 2 é lícito determinar 106 DAF e 92 DAF como épocas de colheita para as safras 1 e 2, respectivamente..

(12) ABSTRACT. Problems related to the determination of the best maturity index for the mango Tommy Atkins produced in the São Francisco Valley in Brazilian Northeast. motivated this research, it. aimed to evaluate starch evolution and other indicators involved on fruit ripening to establish the best commercial harvest index. The research covered two harvest periods (march to july safra 1 e july to november - safra 2) de 2002, in which 270 randomly picked fruits were analyzed at 50, 64, 78, 85, 92, 99, 106, 113 and 120 days after fruit set (DAF) from panicles previously assigned and 40 fruits picked according to internal maturity color. The data obtained by, physical, physical-chemical and chemical analysis were submitted to ANOVA, Principal Components Analysis, and Linear Regression. The results independent of the harvest period, demonstrated the existence of correlation among starch content ( 2,53 to 8, 68% crop 1 and 2,23 to 9,77 crop 2) and the majority of the analyzed indicators, specially the specific gravity and pH, making it evident the importance of this parameter as an indicator of the ideal harvest index. So considering the influence of climatic conditions on fruit developing, as showed on harvest period 2 (the main harvest period) on which most of the analyzed parameters reached the major percentage, we can determine that 106 DAF and 92 DAF are harvest times for crops 1 and 2 respectively..

(13) SUMÁRIO Páginas. 1 INTRODUÇÃO. 11. 2 REVISÃO DE LITERATURA. 13. 2.1 Aspectos gerais. 13. 2.2 Estabelecimento do ponto de colheita. 14. 2.3 Indicadores cronológicos e meteorológicos. 17. 2.4 Indicadores físicos. 17. 2.5 Indicadores físico-químicos e químicos. 19. 3 OBJETIVOS. 23. 3.1 Objetivo geral. 23. 3.2 Objetivos específicos. 23. 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Coleta de amostra. 24 24. 4.2 Análises físicas, físico-químicas e químicas.. 25. 4.3 Dados meteorológicos e cálculo da unidade de calor. 26. 4.3 Análises estatísticas. 27. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Indicadores físicos. 28 28. 5.2 Indicadores físico-químicos e químicos. 34. 5.3 Análise de componentes principais. 38. 5.4 Correlações entre os parâmetros analisados e o amido. 41. 5.5 Ponto de colheita para exportação.. 42. 6 CONCLUSÕES. 46. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 47. APÊNDICES. 56. ANEXOS. 58.

(14) 11. 1 INTRODUÇÃO. Entre os principais produtores de manga ( Mangifera indica L.) no ano de 2002, Índia, China, México, Tailândia, Paquistão, Indonésia, Filipinas, Nigéria, encontra-se o Brasil em nono lugar ( FAO, 2003) com uma produção de 800.000 toneladas das quais 270.000 foram produzidas na Região do Vale do São Francisco que contribuiu com 90% das exportações, destinadas para os Estados Unidos e à Europa ( BELIG et al., 2003; BRASIL, 2003). A principal cultivar comercializada para o mercado externo, é a Tommy Atkins, com participação de 80% da produção que tem apresentado um significativo aumento nos últimos anos: 1.350 toneladas em 1980 para 104.000 toneladas em 2002, das quais 93.500 toneladas são originadas da Região do Vale do São Francisco, cuja área plantada apresentou evolução de 7.000 ha (1992) a 20.000ha (2001). Atualmente, esta Região que abrange parte dos estados da Bahia e de Pernambuco concentra dezesseis dos dezenove Packing- house autorizados pelos Estados Unidos da América e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, para exportações de mangas. Estes valores expressam o crescimento da cultura no Brasil e principalmente no nordeste, atingindo a primeira colocação em exportações de frutas frescas em 2001 com faturamento acima de 50 milhões de dólares ( BELIG et al., 2003; SOUZA et al., 2002). Por essa razão a cada safra, novos investimentos vêm sendo feitos no sentido de introduzir tecnologias agrícolas e agroindustriais que otimizem as condições de desenvolvimento, a definição do ponto de colheita, o transporte e armazenamento, a vida de prateleira e comercialização dos frutos. No entanto, de acordo com Botton (1992), foram constantes as reclamações dos importadores europeus quanto à falta de uniformidade no amadurecimento dos frutos e dos consumidores quanto à variabilidade da relação sabor/firmeza..

(15) 12 Estes problemas que podem comprometer a qualidade dos frutos e gerar prejuízos econômicos aos produtores, segundo Bleinroth (1988) decorrem das dificuldades encontradas na padronização do ponto de colheita, que geralmente é determinado pelo aspecto visual do fruto: forma, tamanho, brilho e cor da casca, aspecto das lenticelas ( MEDLICOTT et al., 1988) e número de dias após florada ou pegamento ( LEDERMAN et al., 1998), com a vantagem de serem não destrutivas, outras formas de determinação é pela firmeza da polpa, conteúdo de amido, sólidos solúveis, acidez titulável, taxa respiratória e de produção de etileno ( SAUCEDO & AREVALO, 1994). O ideal seria que o ponto de colheita coincidisse com o desenvolvimento fisiológico satisfatório de forma a proporcionar um tempo de vida de prateleira suficiente para sua comercialização sem alterações de qualidade. Para tanto, os indicadores de colheita precisam ser objetivos, de fácil determinação a fim de serem aplicados no campo de modo a permitir um melhor gerenciamento da produção, plano de mercado e manejo pós-colheita do fruto, principalmente em relação ao tratamento térmico e armazenamento refrigerado. Atualmente, na Região do Vale do São Francisco, os principais indicadores de colheita são: aspecto externo do fruto (lenticelas, ombro, casca), coloração da polpa, determinação dos sólidos solúveis totais (°Brix) e firmeza ( ALVES et al., 2002). Pesquisas recentes têm enfatizado a importância do metabolismo dos carboidratos sobre as mudanças bioquímicas que ocorrem no fruto após a colheita, principalmente a conversão do amido a açúcares solúveis. Esta transformação, altamente desejável em termos de amadurecimento, pode ser prejudicada, caso o fruto seja colhido antes de alcançar o teor máximo de amido (ARRIOLA et al., 1976 apud BLEINROTH, 1988), o que também afeta a textura, por perda da firmeza, antes do fruto completar a maturação (UEDA et al., 2001; LIZADA, 1993). Diante da importância do metabolismo do amido no amadurecimento da manga, foi realizado este estudo sobre o comportamento dos indicadores físicos e bioquímicos do fruto de manga, durante o seu desenvolvimento, tendo em vista obter possíveis correlações entre o conteúdo deste polissacarídeo e os demais indicadores, que permitam definir o ponto ideal de colheita de mangas Tommy Atkins, como forma de melhorar a seleção dos frutos, manter sua qualidade e projetá-los ainda mais no mercado internacional..

(16) 13. 2 REVISÃO DE LITERATURA. 2.1 Aspectos gerais. A Mangueira ( Mangifera indica L.), originária da região ‘Indo-Burmese’, na Índia, é uma das espécies mais importantes e disseminadas da família Anacardiaceae, sendo cultivada em oitenta e sete países ( HULME, 1971; FAO, 2003). As melhores regiões produtoras de manga têm temperaturas média de 30°C a 33°C durante o desenvolvimento do fruto ( LIMA FILHO et al., 2002) que abrange os seguintes estádios: juvenil; crescimento máximo; maturação; senescência. ( HULME, 1971). Na juvenilidade, os frutos apresentam crescimento lento, acúmulo de matéria fresca e seca, taxa de transpiração elevada e um pequeno embrião ( GUARINONI, 2000; SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975). O estádio de crescimento máximo se caracteriza pelo aumento do volume do fruto, inclusive da semente ( SAINI; SINGH; PALIWAL, 1971). O fruto de mangueira, por ser climatérico, quando atinge este estádio se encontra fisiologicamente maduro e em condições de colheita. O tempo para atingilo, no entanto, varia de cultivar para cultivar conforme segue : 80 dias para a manga Irwin ( WANG & SHIESH, 1990), 90 dias para as cultivares Langra, Krishnabhog, Alphonso, Dashehari e Fazli Zafrani ( SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975) e de 90 a 150 dias na cultivar Tommy Atkins ( MEDINA, 1992 ). A fase de maturação é caracterizada por grandes mudanças químicas na casca e na polpa do fruto: alta relação carbono / nitrogênio (C/N), acumulação do teor de amido, pico climatérico, início do amadurecimento propriamente dito, acúmulo de matéria seca, paralisação do crescimento da semente e pequeno aumento do volume e do peso ( MEDINA, 1995; SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975; MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000; WANG & SHIESH, 1990). De acordo com Reid (1985) apud Harvey (1987), fruto maturo é aquele que atinge um estádio de desenvolvimento que permite amadurecer após ser colhido, atendendo às.

(17) 14 exigências do mercado consumidor. Durante a Senescência, última etapa do desenvolvimento, a taxa respiratória aumenta, com rápido declínio no teor de sacarose e aumento no teor de glicose ( HULME, 1971) que caracterizam o início da quebra da organização celular. O padrão de qualidade para consumo da manga depende, portanto, da maturidade do fruto no momento da colheita ( HULME, 1971; LAKSHMINARAYANA, 1973; SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975) que também exerce influência nos aspectos fitossanitários ( GUARINONI, 2000), na resposta do fruto ao tratamento térmico ( JACOBI; MACRAE; HETHERINGTON, 2001) e na sua conservação pós-colheita (atmosfera, tempo e temperatura de armazenamento), pois no fruto imaturo ocorre maior perda de água e danos pelo frio ( GUARINONI, 2000).. 2.2 Estabelecimento do ponto de colheita. Tendo em vista uma maior precisão para estabelecer o ponto ideal de colheita para manga, vários indicadores são estudados pelos pesquisadores: Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975) e O’hare (1995) preconizam que devem ser colhidas verdes e com consistência firme no estádio pré-climatérico; Harvey (1987) além da cor da casca considera a cor da polpa, gravidade específica, peso, textura, amido, acidez titulável totais e sólidos solúveis totais. Medilicott et al. (1988) se referem ainda aos aspectos morfológicos que em mangas Tommy Atkins completamente maduras se apresentam bem definidos. Para determinar o ponto de colheita, o produtor depara-se com outros complicadores, tais como: a variação entre a floração e o pegamento na mesma planta ao longo de algumas semanas e conseqüentemente maturidades fisiológicas diferentes dos frutos no momento da colheita ( LAKSHMINARAYANA, 1973; MEDLICOTT et al., 1988); a aplicação de hormônios vegetais para induzir a floração da planta, prática utilizada na Região do Vale do São Francisco, provoca emissões de inflorescências em épocas diferentes que produz frutos com vários estádios de desenvolvimento na mesma planta, dificultando o manejo de colheita. De acordo com a literatura, os indicadores utilizados para determinar o ponto de colheita da manga podem ser agrupados em três categorias: indicadores cronológicos, indicadores físicos, físico-químicos e químicos que em alguns casos apresentam-se contraditórios, conforme disposto no Quadro 1..

(18) Quadro 1 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga. Indicadores. Índices. Unidades de calor (graus centígrados - dia) 710 a 858. Cultivares. Referências Bibliográficas. 1426 1000 110-134. Alphonso, Kesar, Burondkar et al. ( 2000) Ratna; Banganapalle Rao & Srinath (1967) Carabao Bugante (1985) apud Lizada (1991) Carabao Bugante (1985) apud Lizada (1991). 96 105 90 6,92 a 7,56 7,20 2,0 a 4,0. Tommy Atkins Tommy Atkins Irwin Kesington Tommy Atkins Ataulfo. Morais (2001) Lederman et al, ( 1998) Wang & Shiesh (1990) Jacobi, MacRae, Hetherington (2001) Lederman et al.(1998) Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997a). 0,85 % a 1,7 %. Lederman et al. (1998), Báez-Sañudo et al. (1993). 4,0 %. Tommy Atkins, Haden, Kent, Keitt Ataulfo. Teor de açucares (sacarose). 2,85 %. Kent. Hulme (1971). Relação amido / acidez. 4,0. Langra. Pantástico & Lodh (1975). Conteúdo de amido (%). 4,33 a 6,81 10,0 a 11,0 13,0 5,0. Tommy Atkins Kent Alphonso Zill, Haden. Morais (2001), Rocha et al. (2001) Hulme (1971) Hulme (1971) Popenoe, Hatton, Harding,(1958). Número de dias após indução floral Número de dias após florada (pegamento). Sólidos solúveis totais (°Brix). Acidez titulável total (% ác.cítrico). Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997a). 15.

(19) Quadro 1 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga. Indicadores. Índices. Cultivares. Referências Bibliográficas. O crescimento do ombro, tamanho e forma do fruto; .. Ombro cheio e definição Tommy Atkins do bico Ombro cheio e definição Julie do bico. Filgueiras et al.( 2000), Medlicott et al.( 1988). Forma arredondada. Irwin. Wang & Shiesh (1990). Cor interna do fruto. Creme,Amarela a alaranjada. Haden,Tommy Atkins, Kent, Keitt. Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997b), Malevski et al. (1977), Alves et al. (2002). Firmeza (Kg/cm ²). 13,2. Tommy Atkins. Alves et al. ( 2002). Aspecto das lenticelas.. Fechamento Aumento no tamanho. Tommy Atkins. Filgueiras et al.( 2000) Molina (1997). Látex. Leitoso. Gravidade específica (g/ cm³). 1,00 - 1,02. Dashehari, Langra e Fazri Zafrani. Mukherjee (1972), Tandon, Kalra, Singh (1988). 1,01 - 1,02 1,00 - 1,02 1,01 – 1,02. Kesington Alphonso Haden. Jacobi, Wong, Giles (1995); Subramanyam, Gouri, Krishnamurthy (1976) Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975). Wardlaw & Leonard (1936) apud Medlicott et al. (1988). Medina (1995). 16.

(20) 17 2.3 Indicadores cronológicos e meteorológicos.. O número de dias após pegamento, após florada plena ou indução floral para a manga atingir a maturação comercial geralmente ocorre entre 93 e 115 dias, dependendo da variedade e região produtora ( MOLINA, 1997), também sendo eficaz na determinação do ponto de colheita do abacaxi ( GUERRA, 1979), mas não constitui um bom indicador para graviola ( LIVERA, 1992). A maturação de frutas como: pêra, nectarina e manga também podem ser estimadas pela unidade de calor (graus-dia) entre o pegamento e a colheita, conforme realizado por Burondkar et al. (2000) que ao estudar o período de maturação de três cultivares de manga constatou período mais curto em uma localidade por apresentar maior unidade de calor por dia em relação ao outro local de produção. De acordo com Wills et al. (1989) o número de graus-dia é baseado na temperatura média e de base do local de produção, determinados ao longo de vários anos. A este indicador encontra-se associado o número de dias após o pegamento ou indução floral, necessária para o acúmulo de unidades de calor. Segundo Lima Filho et al. (2002), a fotossíntese e o crescimento da mangueira são favorecidos pela temperatura entre 24°C e 30°C. Na Região do Vale do São Francisco, as temperaturas dia/ noite, entre maio e agosto ocorrem a 28°C/ 18°C o que favorece a floração da mangueira nas condições ambientais da região, contribuindo para a produção de manga cuja safra principal ocorre no período de outubro a dezembro.. 2.4 Indicadores físicos. O crescimento da manga segue na maioria das cultivares, um padrão em curva sigmóide simples ( HULME, 1971; TANDON & KALRA, 1983; WANG & SHIESH, 1990; SAINI; SINGH; PALIWAL, 1971), com algumas exceções, como nas cultivares Ubá e Alphonso que apresentaram curva sigmóide dupla ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000; LAKSHMINARAYANA; SUBHADRA; SUBRAMANYAM, 1970). A determinação desta curva pode ser obtida pelas medidas dos diâmetros ou do peso dos frutos ao longo do desenvolvimento. Embora variações, quanto ao peso de mangas Tommy Atkins, 412g e 545,73g, também tenham sido constatados por Siqueira et al. (1988) e Bleinroth et al. (1985), respectivamente..

(21) 18 Castro Neto et al. ( 2001) e Morais (2001) ao avaliarem os diâmetros do fruto, representados na Figura 1, e sua correlação com o peso da matéria fresca e seca, encontraram que ambos apresentaram alta correlação com o volume e o produto dos diâmetros nas cultivares Haden e Tommy Atkins. O desenvolvimento do fruto é influenciado pelo crescimento da semente ( SAINI; SINGH; PALIWAL, 1971) e por fatores climáticos ( RAO & SRINATH, 1967) que são determinantes das características de qualidade. Outro indicador que pode ser utilizado para acompanhar o desenvolvimento do fruto é a gravidade específica, que nos últimos estádios de maturação, apresenta uma elevação conforme registrado para mangas Carabao. Esse comportamento pode ser atribuído à acumulação contínua de amido, matéria seca e de sólidos solúveis ( LIZADA, 1991). Kapse & Katrodia (1997) também se referem à existência de uma relação entre a gravidade específica e o amadurecimento em mangas Kesar sob armazenamento que apresentaram melhores características de qua lidade com frutos colhidos com gravidade específica entre 1,00 g/cm³ e 1,02 g/cm³. Estes autores também referem uma correlação positiva deste indicador com sólidos solúveis totais e açúcares e de forma negativa com a acidez. De acordo com Lizada (1991), os frutos apresentam maior perda de água quando a gravidade específica se encontra reduzida. No México e no Brasil, a determinação da coloração da polpa por meio de escala de notas é um dos indicadores de maturação em manga Tommy Atkins ( ALVES et al, 2002 e BAEZ-SAÑUDO et al., 1998), podendo ser também determinada por pigmentos ou uso de colorímetro. Segundo Medlicott et al. (1992), as clorofilas, os carotenóides e os flavonóides constituem os principais pigmentos que participam nos processos de mudanças de cor que sofrem influência da posição do fruto na planta em relação à insolação durante a fase de maturação, o que justifica a inclusão desta variável como requisito de qualidade de mangas ( MEDLICOTT et al.,1988). Esta classificação baseada na cor do mesocarpo correlaciona o início de amadurecimento com a coloração amarela ( CHAPLIN, 1987) que na cultivar Tommy Atkins de acordo com Medlicott et al. (1988) constitui-se uma das características de qualidade para esta cultivar quando madura. Outro aspecto a ser considerado diz respeito à rapidez e a segurança das determinações não-destrutivas que podem promover desse modo, uma nova dinâmica ao manejo pós-colheita de frutos. Neste contexto a ultra-sonografia tem gerado dados que permitem correlacionar a ma turidade com a firmeza do fruto, com o conteúdo de açúcar e.

(22) 19 com teor de acidez ( MIZRACH et al., 1999). O emprego de colorímetros para determinação da maturidade de manga é recomendado tanto no campo como no packing- house por Malevski et al.(1977). Resultados satisfatórios são referidos por Schmilovitch et al. ( 2000) com o uso do infravermelho próximo (NIR) para estimar o teor de sólidos solúveis totais e a firmeza em mangas Tommy Atkins. Não obstante a vantagem apresentada pelos pesquisadores trata-se de técnica, cujo emprego é limitado pelo elevado custo dos equipamentos e por exigir recursos humanos qualificados para executá-los.. 2.5 Indicadores físico-químicos e químicos. A manga se caracteriza pelo rápido crescimento das células, pela elevada atividade respiratória e pela grande capacidade de acumular reservas nutricionais na forma de amido ( CHOUDHURY, 1995). O amido encontra-se confinado nos plastídios do fruto, onde também ocorre sua degradação ( TUCKER, 1993), acarretando uma progressiva redução dos seus grânulos durante o processo de amadurecimento, até atingirem níveis insignificantes ( MORGA et al., 1979) ou desaparecerem completamente no fruto maduro ( MEDLICOTT; BHOGAL; REYNOLDS, 1986; CASTRILLO; KRUGER; WHATLEY, 1992). Uma vez no citoplasma, os produtos da hidrólise do amido (glicose, glicose-1-fosfato ou glicose-6-fosfato) são utilizados pela glicólise para produção de energia ou convertidos à glicose fosfato e frutose para síntese de sacarose ( TUCKER, 1993). Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975) observaram aumento de 1 a 13% de amido durante o desenvolvimento da cultivar Alphonso, enquanto Morga et al. (1979) encontraram ao comparar mangas Carabao imaturas com maduras que os teores de amido foram reduzidos de 11,38 g a 0,00 g de amido / 100g de peso fresco do fruto. Dessa forma um dos principais fenômenos bioquímicos que ocorrem durante o crescimento do fruto diz respeito ao aumento e posterior redução do teor de amido ( SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975). O decréscimo dos valores deste polissacarídeo é acompanhado por um rápido acúmulo de açúcares, principalmente sacarose em diferentes variedades de manga ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000, SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989). Esta redução é atribuída ao aumento da atividade das amilases (á e â) e amido fosforilase na glicogênese que ocorre quando o amadurecimento é completado ( LIZADA, 1993; SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989). Pesquisa desenvolvida por Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) demonstra, entretanto, que a síntese de sacarose nas mangas Haden e Tommy Atkins não se encontra necessariamente correlacionada com a degradação do amido.

(23) 20 o que ratifica Hubbard, Pharr, Huber (1991) e Castrillo, Kruger, Whatley (1992) quanto à insuficiência da degradação do amido para suprir o carbono necessário à formação da sacarose. Os frutos, cujo desenvolvimento não se completou, perdem a capacidade de amadurecer fora da planta, pois segundo Bleinroth (1980) o amido ainda se encontra em formação. Enquanto Brookfield et al. (1997) afirmam que o fruto quando não dispõe de reservas não permite seu armazenamento por longos períodos, nem tampouco “flavour” e textura característicos. Os açúcares constituem 91% dos sólidos solúveis totais do mesocarpo da manga Ngowe madura ( BRINSON et al., 1988). Este percentual é, no entanto, variável por depender das condições de cultivo e estádio de maturação ( SIQUEIRA et al., 1988). Segundo Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975), na manga os açúcares redutores predominam durante o crescimento, enquanto que no estádio maduro prevalece a sacarose, no que foi ratificado por Castrillo, Kruger, Whatley (1992) em pesquisa com a manga Haden e por Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) em mangas Tommy Atkins, Palmer e Haden. O incremento dos teores de sacarose ocorre, principalmente, no final do amadurecimento ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989; SUBRAMANYAM; GOURI; KRISHNAMURTHY, 1976), alcançando na cultivar Irwin valores 5-6 vezes superiores aos encontrados em frutos com 17 semanas após florada ( UEDA et al., 2001). Este comportamento sugere que o catabolismo dos polissacarídeos encontra-se associado à diminuição do conteúdo de amido. Para Hubbard, Pharr, Huber (1991) e Castrillo, Kruger, Whatley (1992), no entanto, a síntese de sacarose é o principal fluxo metabólico. do. amadurecimento da manga uma vez que o teor de amido não é suficiente para fornecer mais que 7% do carbono requerido à sua produção. A sacarose contribui com 57% dos açúcares totais da manga Keitt madura, seguida da frutose e glicose com 28% e 15%, respectivamente ( MEDLICOTT & THOMPSON, 1985). Estes açúcares, sacarose, frutose e glicose apresentam, durante o amadurecimento, um aumento da ordem de 3,5, 2,5 e 2,7 vezes. Recentemente Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) afirmaram, baseados no perfil cromatográfico, que estes são os “únicos sólidos solúveis encontrados durante as fases de desenvolvimento e amadurecimento” de mangas. Quanto aos açúcares redutores, Hulme (1971) e Medina (1995) referem que se mantêm constantes durante o desenvolvimento de manga, mostrando uma desprezível diminuição no amadurecimento e no pós-climatérico. O amadurecimento da manga também é caracterizado pela diminuição da firmeza devido a alterações dos constituintes da parede celular, por aumento da atividade das enzimas.

(24) 21 pécticas que resulta da despolimerização da protopectina da parede celular ( ROE & BRUMMER, 1981; BRINSON et al.,1988; GOWDA & HUDDAR, 2001). Esta diminuição da resistência à compressão apresenta correlação significativa com o aumento da atividade enzimática da poligacturonase e celulase e diminuição da pectinesterase ( GOMEZ- LIM, 1997; ROE & BRUMMER, 1981; ABU-SARRA & ABUGOUKH, 1992). A atuação destas enzimas sobre a protopectina e as ligações da estrutura da pectina foi conferida por Faria et al. (1994) em mangas Haden. De acordo com Mitcham & Mcdonald (1992) nas mangas Tommy Atkins a redução da hemicelulose da parede celular é associada ao amadurecimento e à atividade da enzima celulase. Assim sendo, o amaciamento da polpa é, portanto, irreversível e encontra-se estritamente ligado ao estádio de maturação do fruto ( GUARINONI, 2000). Segundo Tandon & Kalra (1984) o conteúdo máximo de pectina solúvel em água ocorre na maturidade, justo o inverso do teor de protopectina que aumenta até o crescimento máximo do fruto. Em mangas Dashehari maturas foi constatado uma redução do teor de substâncias pécticas totais de 1,58% a 1,46% nos frutos maduros. Em mangas Tommy Atkins em diferentes estádios de maturação o percentual de substâncias pécticas foi superior ao encontrado na manga Keitt ( MITCHAM & McDONALD, 1992). Estas diferenças são explicadas em função das mudanças que ocorrem na parede celular que permitem considerar a manga Tommy Atkins com boa capacidade de armazenamento ( TUCKER & SEYMOUR, 1991). Segundo Salles & Tavares (1999), a manga que tem como principal ácido orgânico, o cítrico, apresenta teor variável de 0,13 a 0,71% e de 0,67 a 3,66% em frutos maduros e verdes, respectivamente. Esta redução da acidez durante a maturação do fruto é atribuída ao aumento da atividade de citratoliase ( UEDA et al., 2001), da sua conversão a açucares, bem como da sua utilização no processo metabólico ( GOWDA & HUDDAR, 2001), como substrato para a respiração e reserva energética ( HULME, 1971; TUCKER, 1993; MOSCA & FILGUEIRAS, 1997). Este comportamento tem sido registrado para diversos frutos de mangas: Ubá ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000), Espada, Itamaracá, Rosa, Jasmim e Coité ( MAIA et al., 1986) e Alphonso, Banganapali, Dasheri, Fazli, Langra, Suvarnarekha, Totapuri ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989). Em manga Tommy Atkins madura foram determinados níveis de acidez titulável total (ATT) de 0,38% ( BLEINROTH et al., 1985) e 0,21% ( SIQUEIRA, et al., 1988), valores que podem variar conforme as condições climáticas da região ( ZANINI JUNIOR; OGATA; LINS, 1987). Além dos fatores climáticos, deve-se ainda considerar a fisiologia do próprio fruto a exemplo.

(25) 22 de manga Harumanis que apresenta uma diminuição da acidez mais rápida no mesocarpo interno, sugerindo que o amadurecimento progride do interior para o exterior do fruto ( LAZAN et al., 1993). De acordo com Jacobi, Macrae, Hetherington (2001) o menor teor de acidez titulável total encontra-se correlacionado com o estádio de maturação mais avançado e, conseqüentemente, com o menor tempo de vida de prateleira ( SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975). Por meio do cálculo da relação sólido solúvel total / acidez titulável total ( SST/ATT) é possível avaliar o sabor, um dos mais importantes fatores de qualidade dos frutos. Valores de 41,00 a 64,10 determinados para mangas Tommy Atkins completamente maduras, demonstram a predominância do sabor doce ( BLEINROTH et al., 1985, SIQUEIRA et al.,1988 ) tão apreciado pelo consumidor. Quanto à elevação nos níveis de pH que, de acordo com Medilicott & Jeger (1987) apud Melo Neto (1999), encontra-se associada com o excesso de utilização dos ácidos orgânicos armazenados nos vacúolos como substratos respiratórios, atingindo valores de 4,29 e 4,24, determinados por Bleinroth et al.(1985) e Siqueira et al.(1988), respectivamente para mangas Tommy Atkins maduras. Verifica-se por meio desta revisão que a importância do teor máximo de amido como indicador do ponto de colheita e do tempo de vida de prateleira de mangas vem sendo evidenciada ao longo do tempo desde Popenoe, Hatton, Harding,(1958); Pantastico & Lodh (1975) e Medlicott, Bhogal, Reynolds (1986), Lederman et al.(1998), Morais (2001), Rocha et al. (2001) até Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) em mangas Tommy Atkins. Essa constatação justifica a avaliação da eficácia deste indicador para as mangas produzidas no Vale do São Francisco, dadas as peculiaridades desta Região..

(26) 23. 3 OBJETIVOS. 3.1 Objetivo geral. Avaliar a relação do teor de amido com o desenvolvimento do fruto e sua influência na determinação do ponto de colheita de manga Tommy Atkins produzidas no Vale do São Francisco.. 3.2 Objetivos específicos. Estabelecer associações entre o teor de amido e outros indicadores da maturação; Oferecer indicadores que facilitem a colheita de frutos com o padrão exigido para exportação; Verificar a influência dos períodos de safra sobre os indicadores de desenvolvimento..

(27) 24. 4 MATERIAL E MÉTODOS. 4.1 Coleta de amostra. O material utilizado nesta pesquisa foi constituído por mangas Tommy Atkins produzidas na Fazenda Timbaúba Agrícola(1), no Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho N-11, no município de Petrolina-PE que está localizada na latitude 09°13’ S e na longitude 40°29’ W com altitude média de 365,5 m (EMBRAPA, 2002). As principais variáveis ambientais da Região do Vale do São Francisco são: temperatura mínima (18,2°C a 22°C), temperatura máxima (29,5°C a 33,9°C), temperatura média (24,2°C a 28,2°C), radiação solar (363cal/cm²/dia a 528cal/cm²/dia), umidade relativa do ar (54% a 71,5%) e pluviosidade (400 mm) ( LIMA FILHO et al., 2002;). Foram coletados de 42 plantas, aleatoriamente, quinze frutos por vez aos 50, 64, 78, 85, 92, 99, 106, 113 e 120 dias após a florada (DAF) em duas épocas do ano a partir de trezentas panículas marcadas no primeiro dia de pegamento. Na safra 1 compreendida entre 18 de março e 16 de julho de 2002 com temperatura média 23,37°C e plantas com quatro anos, enquanto que a safra 2 compreendida de 10 de julho a 07 novembro de 2002 com temperatura média 25,98°C e plantas com cinco anos. Paralelamente foram colhidos cinco frutos, ao acaso, para cada ponto de colheita no mesmo pomar e época de produção com auxílio de funcionários da Fazenda, segundo classificação descrita por Alves et al. (2002) baseada na cor interna do fruto: ponto 1- a polpa de cor creme; ponto 2 - mudança de até 30% da cor creme para a amarela, iniciando do centro do fruto; ponto 3 - polpa de 30 a 60% de cor amarela; ponto 4 - cor amarelo- laranja superior a 60% da parte central do fruto.. _______________ (1) irrigadas por microaspersão.

(28) 25 4.2 Análises físicas, físico-química e químicas. Após a colheita, os frutos foram imediatamente conduzidos ao Laboratório de Pós-colheita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Semi-árido, onde foram lavados, secados e avaliados individualmente, quanto aos seguintes indicadores: - peso obtido em balança semi-analítica MARTE, Modelo: AS-1000 C com escala de +- 0,01g; - volume determinado pelo método de deslocamento de água, em cm³; - gravidade específica aplicando a relação entre peso e volume, em g/cm³; - firmeza obtida pela compressão média de duas medidas, em lados opostos, na região equatorial do fruto, após o corte da casca, através de um penetrômetro Fruit Pressure Tester modelo FT 327, marca Wagner com punção 5/16” e leitura máxima de 13 Kg/cm²; - diâmetros medidos por paquímetro digital MITUTOYO/ Corporation – Modelo Cd 6”0CS com leituras em mm e transformadas em cm. O diâmetro longitudinal (DL ou comprimento) medido da cavidade basal ao ápice. A medida obtida entre a espádua dorsal e ventral corresponde ao diâmetro dorso-ventral (DDV ou largura) que corresponde ao maior diâmetro transversal do fruto, enquanto que. o diâme tro lateral (Dlat ou espessura) é. perpendicular ao dorso-ventral (Figura 1).. Figura 1 Aspecto geral do fruto de manga. 1: depressão em torno do pedúnculo; 2: diâmetro lateral (espessura); 3: espádua dorsal; 4: espádua ventral; 5: diâmetro dorsoventral (largura); 6: face dorsal; 7: diâmetro longitudinal (comprimento); 8: ponto estigmático; 9: “nak” sobre bico bem formado; 10: ápice; 11: sinus. Fonte: Adaptado de Medina et al. (1981)..

(29) 26 Em seguida foi procedida a retirada da polpa das unidades coletadas que após trituração, homogeneização e filtração foram submetidas aos seguintes ensaios analíticos realizados no Laboratório de Físico-Química do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) de Petrolina: - sólidos solúveis totais (SST) por meio de um refratômetro digital de bancada marca Abbe, modelo Mark II, com divisões de 0,1ºBrix, sob temperatura auto-compensada; - açúcares não redutores (sacarose) e redutores por técnica descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (1985), baseada na redução ácida da solução e caracterização pelos reagentes de Fehling A e B, utilizando-se o azul de metileno como indicador na titulação, expressos em g%; - acidez titulável total (ATT) por técnica descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (1985), utilizando-se uma solução com NaOH 0,1N, calculada em % de ácido cítrico; - pH por meio de potenciômetro marca MICRONAL, Modelo B474 com leituras em 0,01; - teor de amido(1) determinado por técnica descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (1985), baseada na redução ácida do amido a glicose e caracterização desta última pelos reagentes de Fehling A e B, utilizando-se o azul de metileno como indicador na titulação, calculado em g%; - substâncias pécticas totais de acordo com a metodologia descrita por Rangana (1997), expressas em g%. Procedimento similar foi desenvolvido com os frutos colhidos nos quatro pontos de colheita que foram submetidos aos mesmos ensaios analíticos com exceção da pectina, sacarose, açúcares redutores e diâmetros. Nestes frutos foi realizado corte transversal próximo ao caroço e foram escolhidos os três com cor interna mais padronizada que foram submetidos às análises físico -químicas.. 4.3 Dados meteorológicos e cálculo da unidade de calor. Para o cálculo de unidade de calor, expressa em graus–dia ou GD, somatório da diferença entre temperatura média do dia e a temperatura base (17,9°C) segundo Burondkar et al. (2000), os dados meteorológicos diários foram obtidos da Estação Experimental do Bebedouro (EMBRAPA, 2002), município de Petrolina. _______________ (1) Validado conforme NBR 14597 (2000).

(30) 27 4.4 Análises estatísticas. Os dados obtidos foram submetidos a um delineamento experimental inteiramente casualizado com dois fatores, considerando-se 9 coletas e 2 safras (18 tratamentos) durante o desenvolvimento do fruto e no outro delineamento com 4 pontos de colheita e 2 safras (8 tratamentos) para cada indicador estudado. Foi aplicado a análise de variância ( ANOVA) e o teste de Tukey ao nível de 5% de significância para comparação entre as médias que foram obtidas de três repetições. Para averiguar a relação entre o teor de amido e os demais indicadores foi realizada a análise de componentes principais ( PCA), utilizando dados autoescalonados seguida do coeficiente de correlação de Pearson e regressão linear entre os indicadores. As análises foram realizadas pelo software Programa Statistica 6.0 for Windows (STATSOFT, 2000)..

(31) 28. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO. Considerando que a qualidade desejável para o estabelecimento do ponto ótimo de colheita de frutos e hortaliças não se encontra associado a uma mudança universal, foram monitorados vários indicadores, envolvidos nos diferentes estádios de desenvolvimento da manga Tommy Atkins, produzida em Petrolina, tendo em vista obter parâmetros que o caracterizem.. 5.1 Indicadores físicos. Para avaliar o desenvolvimento dos frutos foram procedidas medições de diversos indicadores físicos, conforme Tabela 1 e APÊNDICE C. No que diz respeito ao peso e ao volume, além da semelhança entre os valores, independentemente das safras, os resultados ratificam aqueles apresentados por Morais (2001) em trabalho realizado com a cultivar em estudo. As curvas resultantes, na Figura 2, demonstram um padrão de crescimento semelhante ao relatado por Saini, Singh, Paliwal (1971) e Wang & Shiesh (1990) em outras cultivares..

(32) Tabela 1 Indicadores físicos de mangas Tommy Atkins desenvolvidas em duas safras. Petrolina, 2002. Coletas (DAF) 50 64 78 85 92 99 106 113 120. Coletas (DAF) 50 64 78 85 92 99 106 113 120. Peso (g) Safra 1* Safra 2* 188,09+-6,32 eA 293,13+-15,10 dA 346,16 +-28,18cdA 415,58+-9,85 abcA 401,02+-45,57 bcA 437,18+-69,83 abcA 426,71+-56,98 abcA 487,27 +-29,24abA 509,46+-19,92 aA. 110,99+-9,10dA 333,37+-17,44 cA 419,72+-11,97 bcA 444,96+-24,01 abA 468,30+-49,43 abA 517,71+-29,15 aA 461,78+-8,86 abA 476,50+-10,99 abA 509,97+-21,95 abA. Diâmetro longitudinal(cm) Safra 1* Safra 2* 9,13+-0,08 cA 10,02+-0,33 cbA 10,18+-0,44 abA 10,81+-0,23 abA 10,63+-0,45 abA 10,78+-0,43 abA 10,65+-0,60 abA 11,11+-0,37 aA 10,73+-0,20 abA. Volume (cm³) Safra 1 Safra 2. 7,94+-0,28 cB 11,04+-0,24 bB 11,48+-0,40 abB 11,86+-0,23 abB 11,81+-0,33 abB 12,23+-0,09 aB 11,48+-0,23 abA 11,71+-0,12 abA 11,93+-0,03 abB. 198,33+-10,50 dA 294,13+-7,50 cdA 348,60+-29,82 bcA 408,73+-9,59 abA 395,80+-46,44 abA 430,92+-81,58 abA 415,00+-54,24 abA 472,00+-26,81 aA 494,87+-17,41 aA. 111,00+-10,57 cA 327,27+-16,11 bA 411,00+-9,93 abA 437,27+-19 aA 435,20+-59,92 aA 501,27+-27,36 aA 447,44+-5,15 aA 455,67+-8,51 aA 472,88 +-21,23aA. Diâmetro lateral (cm) Safra 1 Safra 2 5,99+-0,34 eA 7,04+-0,22 dA 7,58+-0,09 cdA 8,01+-0,11 bcA 8,01+-0,24bcA 8,28+-0,43abA 8,30+-0,34 abA 8,86+-0,16 aA 8,85+-0,11aA. 4,85+-0,15dB 7,30+-0,24 cA 8,13+-0,06 bA 8,22+-0,18 abA 8,43+-0,38 abA 8,88+-0,18 aA 8,52+-0,16 abA 8,49+-0,12 abA 8,76+-0,13 abA. Gravidade específica(g/cm³) Firmeza (Kg/cm²) Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 0,95+-0,02 bA 1,00+-0,02 cB >13,00 ** >13,00 ** 1,00+-0,02 aA 0,99+-0,00 abA 1,02+-0,00 aA 1,01+-0,01 aA 1,02+-0,03aA 1,03+-0,00 aA 1,03+-0,00 aA 1,03+-0,01 aA. 1,02+-0,00 bcA 1,02+-0,01 bcA 1,02+-0,01 bcA 1,08+-0,03 aB 1,03+-0,01 bcA 1,03+-0,01 bcA 1,05+-0,01 abA 1,08+-0,00 aB. Diâmetro dorso -ventral (cm) Safra 1 Safra 2 7,08+-0,10dA 8,12+-0,16cA 8,32+-0,11 cA 8,66+-0,03 bcA 8,53+-0,26 cA 8,64+-0,38 bcA 8,47+-0,22 cA 9,43+-0,19 aA 9,16+-0,22 abA. 5,76+-0,21 dB 7,97+-0,04 cA 8,56+-0,17 bcA 8,86+-0,29 abA 9,08+-0,36 abA 9,32+-0,23 aB 8,91+-0,04 abA 9,05+-0,11 abA 9,06+-0,12 abA. >13,00 >13,00 >13,00 12,66+-0,56 aA 13,00+-1,27 aA 12,22+-0,41 abA 11,47+-1,23 abA 9,50+-2,76 bA. 12,50+-0,35 a 12,67+-0,14 a 12,65+-0,17a 12,20+-0,62 aA 12,37+-0,40 aA 12,38+-0,29 aA 12,47+-0,32 aA 12,58+-0,11 aB. Produto dos diâmetros(cm³) Safra 1 Safra 2 386,81+-24,77 eA 573,09+-29,15 dA 642,59+-43,06 cdA 750,12+-17,78 bcA 727,75+-73,63 bcdA 774,60+-101,62 abcA 750,36+-91,16 bcA 929,22+-59,65 aA 869,92+-36,44 abA. 222,24+-22,37 dB 641,94+-22,52 cA 799,07+-38,48 bcA 863,92+-33,73 abA 906,62+-99,68 abB 1012,29+-50,27 aA 871,00+-14,92 abA 898,92+-31,34 abA 946,71+-19,69 abA. Médias com mesma letra maiúscula não diferem entre safras e com mesma letra minúscula não diferem entre coletas (p<0,05). Comparação múltipla de médias pelo Teste de Tukey. *Médias de três repetições +- desvio padrão **Medidas acima da capacidade máxima do aparelho (13 Kg/cm²) DAF: dias após florada. 29.

(33) Peso (g). 50. 64. 78 85 92 99 106 113 120 Dias após florada. Safra 2. 600 500 400 300 200 100 0 50. 64. 600 500 400 300 200 100 0. Volume (cm³). Safra 1. 600 500 400 300 200 100 0. 600 500 400 300 200 100 0. Volume (cm³). Peso (g). 30. 78 85 92 99 106 113 120 Dias após florada Peso Volume. Figura 2 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir do peso e do volume, em duas safras. Petrolina - PE, 2002.. Com relação aos diâmetros lateral (Dlat), longitudinal (DL) e dorso ventral (DDV), a Figura 3, demonstra que o crescimento máximo, alcançado aos 85 DAF, para ambas as safras, foi seguido por uma fase estacionária entre 85 e 120 DAF com oscilações, na sua maioria não significativa entre as coletas. Convém ressaltar que as medidas obtidas aos 120 DAF são comparáveis às citadas por Bleinroth et al. (1985), para a mesma cultivar. Comportamento similar foi referido por Moraes, Puchman, Lopes (2000) em mangas Ubá, cuja fase estacionária ocorrida entre os 105 e 168 DAF, coincidiu com o alcance do comprimento definitivo e enchimento do mesocarpo do fruto..

(34) 31. Convém ressaltar que entre 50 e 85 DAF, os diâmetros lateral, longitudinal e dorso-ventral apresentaram um crescimento médio de 1,24 e 1,57 vez, o peso de 2,21 e 4,00 vezes e o volume de 2,06 e 3,94 vezes nas safra 1 e 2, respectivamente, demonstrando um crescimento mais int enso dos frutos da última safra.. Safra 1 Diâmetro (cm). 12 10 8 6 4 2 0. Diâmetro (cm). 50 57 64 71 78 85 92 99 106 113 120 Dias após florada Diâmetro longitudinal Diâmetro lateral Safra 2 Diâmetro dorso-ventral 12 10 8 6 4 2 0 50. 57. 64. 71. 78. 85. 92. 99 106 113 120. Dias após florada Diâmetro longitudinal Diâmetro lateral Diâmetro dorso-ventral. Figura 3 Curva de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir dos diâmetros, em duas safras. Petrolina- PE, 2002..

(35) 32 Uma análise acurada dos dados permite constatar que os frutos da safra 2 apresentaram diâmetros longitudinal superiores (p < 0,05) aos da safra 1, principalmente no período que antecedeu os 106 DAF. Estes resultados bem como a relação DL/ DDV explicam para as diferenças morfológicas, forma mais oblonga dos frutos da safra 2 registradas na Figura 4, cujas médias foram 1,23 e 1,33 para as safras 1 e 2, respectivamente. Safra 1. Safra 2. Figura 4 Diferenças morfológicas entre os frutos de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002..

(36) 33 Entre os indicadores de crescimento analisados, as melhores correlações foram obtidas entre peso e volume, peso e produto dos diâmetros ( Figura 5). Esta constatação ratifica pesquisa realizada por Castro Neto et al. ( 2001) com mangas Haden e por Morais (2001) com mangas Tommy Atkins. Desse modo, a medição do volume e do produto dos diâmetros permite a estimativa do peso fresco do fruto, indicador importante para determinação do ponto de colheita, sem retirá- lo da planta.. 600 500 400 300 200 100 0. Safra 2. y = 0,9191x + 26,379 2. R = 0,9993 Peso (g). Peso (g). Safra 1. 0. 100. 200. 300. 400. 500. 600 500 400 300 200 100 0. 600. y = 0,9333x + 11,727 R2 = 0,9941. 0. 100. Volume(cm3). Peso (g). Peso (g). R2 = 0,9719. 200. 400. 600. 400. 500. 600. Safra 2. y = 0,6116x - 45,266. 0. 300. Volume (cm³). Safra 1 600 500 400 300 200 100 0. 200. 800. Produto dos diâmetros (cm³). 1000. 600 500 400 300 200 100 0. y = 1,8795x + 13,755 R2 = 0,996. 0. 200. 400. 600. 800. 1000 1200. Produto dos diâmetros (cm³). Figura 5 Correlações do peso com volume e produto dos diâmetros de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina- PE, 2002. Segundo Choudhury (1995), a firmeza ideal para a colheita da Tommy Atkins se encontra na faixa de 10 a 12 kg/cm², valores (Tabela 1) que foram alcançados aos 106 DAF da safra 1 embora os da safra 2 tenham permanecidos praticamente inalterados ao longo do tempo. A despeito da utilização deste indicador para determinação do ponto de colheita pelos produtores, os resultados obtidos demonstram a inadequação deste procedimento e ratificam Lederman et al. (1998) ao recomendar a utilização de mais de um indicador para este fim. Com relação à firmeza, observa -se a partir dos 92 DAF uma redução que embora mais pronunciada na safra 1, não foi significativa em relação a 2, com exceção da última coleta..

(37) 34 Este abrandamento da textura, característico do amadurecimento, é resultante da transformação de polissacarídeos insolúveis da parede celular e do amido por ação de enzimas específicas. Outro indicador físico que apresentou diferença entre as safras foi à gravidade específica, considerada por diversos autores ( KAPSE & KATRODIA, 1997; MUKHERJEE, 1972) como um bom indicador de maturidade para mangas, quando se encontra entre 1,00 g/cm³ e 1,02 g/cm³. Valores superiores como os detectados em mangas Dashehari, encontravam-se associados ao início do amadurecimento, a menor teor de amido, a elevado teor de SST e curta vida de prateleira ( TANDON; KALRA; SINGH, 1988). Os frutos colhidos na safra 1 enquadram-se no referido intervalo (1,01g/cm³ a 1,03 g/cm³) nas coletas realizadas entre os 85 DAF a 120 DAF, diferentemente dos da safra 2 que aos 64 DAF, já exibiam valores superiores aos referidos por Mukherjee (1972), sem contudo, apresentarem a correspondente elevação do teor de SST ( Tabela 2).. 5.2 Indicadores físico-químicos e químicos. Os indicadores físicos apontam 85 DAF como o ponto de crescimento máximo, para ambas as safras, significando que os frutos encontram-se aptos a promoverem as modificações bioquímicas que caracterizam o amadurecimento. Estas modificações que abrangem dentre outros, síntese e degradação de carboidratos: açúcares de baixo peso molecular e polímeros de elevado peso molecular, como o amido, repercutem sobre a textura, uma das mais significantes alterações do fruto e sobre o seu “flavor”. As substâncias pécticas constituem um bom indicador destas mudanças conforme demonstrado por Tandon & Kalra (1984). Os percentuais deste constituinte ( Tabela 2 e APÊNDICE B), na safra 1 são similares aos determinados por estes autores em mangas Dashehari, isto é, evoluíram gradativamente até alcançarem um máximo 1,09 g%, aos 106 DAF, caracterizando o estádio de maturação. Durante este estádio ocorre, mediada por enzimas específicas, a hidrólise ou simplesmente a quebra gradual das ligações entre as moléculas da protopectina, dando lugar à formação de moléculas de menor peso molecular ( pectinas) que são. mais solúveis em água.. Embora os dados obtidos não apresentem. diferenças, do ponto de vista estatístico, entre as safras para a maioria das coletas, constata-se que os resultados da safra 2 além de variados apresentam um comportamento diferenciado, entretanto comparável, ao detectado para a firmeza..

(38) Tabela 2 Evolução dos indicadores físico-químico e bioquímico durante o desenvolvimento de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002 Coletas (DAF) 50 64 78 85 92 99 106 113 120. Sólido solúveis Safra 1* 7,36+-0,28 aA 6,86+-0,13 aA 7,37+-0,26 aA 7,81+-0,20 aA 7,98+-0,30 aA 7,99+-0,70 aA 7,60+-0,17 aA 8,23+-0,91 aA 8,28+-3,22 aA. totais (°Brix) Safra 2* 7,81+-0,20 bA 7,77+-0,15 bA 7,34+-0,24 bA 7,28+-0,20 bA 8,18+-0,19 abA 9,07+-0,26 abA 9,16+-0,05 abA 9,41+-0,45 abA 10,46+-0,14 aA. pH Safra 1 3,02+-0,03 cA 3,21+-0,08 cdA 3,42+-0,06 bdA 3,47+-0,02 bA 3,51+-0,01 bA 3,77+-0,01 aA 3,75+-0,04 aA 3,81+-0,05 aA 3,87+-0,04 aA. Safra 2 3,47+-0,01 Eb 3,55+-0,18 deB 3,66+-0,15 deB 3,59+-0,02 deA 3,71+-0,08 cdA 3,92+-0,08 acA 3,89+-0,02 acA 3,87+-0,01 bcA 4,09+-0,05 aB. Acidez titulável Safra 1 1,68+-0,15 abA 1,88+-0,23 aA 1,39+-0,12 bcA 1,38+-0,00 bcA 1,09+-0,07 cdA 0,92+-0,07 deA 0,84+-0,01 deA 0,71+-0,08 eA 0,75+-0,00 eA. total (%ácido cítrico) Safra 2 1,40+-0,08 aA 1,36+-0,25 abB 1,03+-0,08 cB 1,12+-0,09 abcA 1,07+-0,08 bcA 0,90+-0,07 cdA 0,99+-0,00 cdA 0,95+-0,07 cdA 0,70+-0,07 dA. SST Safra 1 4,39+-0,38 dA 3,68+-0,47 dA 5,33+-0,29 cdA 5,66+-0,16 cdA 7,36+-0,24 bcdA 8,73+-1,32 abcA 9,09+-0,26 abcA 11,63+-1,48 aA 10,99+-4,33 abA. /ATT Safra 2 5,58+-0,41 cA 5,82+-0,98 cA 7,14+-0,69 bcA 6,53+-0,62 bcA 7,70+-0,75 bcA 10,09+-0,99 bA 9,25+-0,05 bcA 9,93+-0,66 bA 15,10+-1,50 aB. Coletas Amido (%) Sacarose (g%) Açucares redutores(g%) Pectina total (%) (DAF) Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 50 2,53+-0,12 fA 2,23+-0,02 eA 3,06+-0,01 bA 3,47+-0,13 dA 3,10+-0,04 bA 3,05+-0,02 acA 00,33+-0,05 dA 1,05+-0,04 aB 64 4,12+-0,31 eA 5,20+-0,53 cdA 3,68+-0,11 bA 3,38+-0,14 dA 3,44+-0,05 bA 2,33+-0,37 bB 00,76+-0,26 cA 1,06+-0,05 aB 78 4,99+-0,09 deA 4,53+-0,55 dA 3,65+-0,14 bA 2,52+-0,09 eB 4,63+-0,10 aA 2,74+-0,10 bcB 11,05+-0,11 abA 1,08+-0,04 aA 85 6,62+-0,40 bcA 5,23+-0,05 cdB 3,25+-0,62 bA 3,84+-0,58 cdA 2,19+-0,32 cA 3,23+-0,08 aB 00,98+-0,07 acA 1,15+-0,09 aA 92 6,97+-0,36 bA 6,83+-0,43 bA 3,61+-0,19 bA 4,23+-0,46 bcA 2,09+-0,23 ceA 3,11+-0,16 acB 00,96+-0,05 abcA 1,10+-0,25 aA aaaaabcAabcA 99 6,22+-0,36 bcdA 6,48+-0,45 bcA 3,12+-0,15 bA 4,81.+0,23 abB 2,15+-0,06 ceA 2,93+-0,07 acB 00,97+-0,11 abcA 0,97+-0,14 aA 106 8,68+-0,72 aA 6,48+-0,08 bcB 4,91+-0,07 aA 4,62+-0,35 abA 2,24+-0,03 cA 2,99+-0,28 acB 11,09+-0,04 aA 0,65+-0,06 bB 113 5,58+-0,79 cdA 7,44+-0,25 bB 3,58+-0,15 bA 4,22+-0,09 bcA 1,21+-0,05 dA 2,92+-0,09 acB 00,97+-0,09 abcA 1,10+-0,06 aA 120 5,71+-0,64 bcdA 9,77+-0,31 aB 4,71+-0,09 aA 5,09+-0,25 aA 1,62+-0,06 deA 2,94+-0,17 acB 00,79+-0,07 bcA 1,05+-0,02 aA Médias com mesma letra maiúscula não diferem entre safras com mesma letra minúscula não diferem entre coletas (p< 0,05). Comparações múltiplas das médias ( Teste de Tukey) *Médias de três repetições +- desvio padrão DAF: dias após florada SST: sólidos solúveis totais ATT : acidez titulável total 35.

(39) 36 Enquanto os demais frutos climatéricos apresentam um declínio do teor de amido, acompanhado da evolução dos açúcares no amadurecimento, este fruto, conforme Figura 6, alcançou o valor máximo deste constituinte, 8,68 g% e 9,77 g%, aos 106 DAF e 120 DAF, nas safras 1 e 2, respectivamente, sem contudo apresentar uma relação inversa com a sacarose, demonstrando que o teor de amido durante o desenvolvimento da manga, evolui de modo peculiar. Estes achados comprovam os de Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) que referem um intervalo de tempo entre a degradação do amido e a síntese de sacarose. No período abrangido os percentuais de amido ( Tabela 2 e APÊNDICE D) foram superiores aos obtidos por Morais (2001) e Rocha et al. (2001) para esta mesma cultivar. Considerando que o teor máximo de amido é indicado como bom índice de maturidade para mangas ( POPENOE; HATTON; HARDING, 1958) e os resultados desta pesquisa demonstram a. 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2. 12 10 8 6 4 2. Sólidos solúveis totais (°Brix). Teor de amido (g%). existência de comportamentos distintos dos teores de amido para as safras em estudo.. 0 50. 64. 78. 85. 92. 99. 106. 113. 120. Dias após florada amido - safra 1 sólidos solúveis totais - safra 1. amido - safra 2 sólidos solúveis totais - safra 2. Figura 6 Teores de amido e sólidos solúveis totais de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.. O teor de açúcares redutores ( Tabela 2) na safra 1 apresentou um declínio a partir dos 106 DAF, enquanto na safra 2 permaneceu sem diferença significativa ao longo do período. A redução observada na safra 1 coincidiu com a elevação da sacarose, confirmando que os açúcares são interconversíveis. O valor máximo de sacarose aos 106 DAF na safra 1 é considerado indicativo do início de amadurecimento por Ta ndon & Kalra (1983), estádio no qual predomina este açúcar que corresponde a 2,12 e 1,49 vezes aos açucares redutores nas.

(40) 37 safras 1 e 2, respectivamente. Estas diferenças entre safras comprovam que os tecidos das plantas são unidades autocontroladas, cujas características dependem essencialmente da forma como as células respondem as diferentes condições de cultivo. Os teores de SST em mangas são geralmente variáveis, face à influência de fatores exógenos ( clima, tratos culturais ) e endógenos ( cultivar, estádio de maturação). Os resultados da Tabela 2, demonstram um aumento deste indicador em ambas as safras, com ligeira superioridade da safra 2 a partir dos 92 DAF até atingir 10,46° Brix, seu valor máximo. Comportamento análogo foi seguido pela sacarose (Tabela 2), açúcar predominante na manga madura ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989), justo o inverso do exibido pelos açúcares redutores a partir dos 85 DAF, resultados que confirmam os achados de Vasquez-Salinas & Lakshminarayana (1985) e Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975). Quanto à correspondência entre os valores dos SST e ponto de colheita ideal para mangas Tommy Atkins, existe uma controvérsia entre os autores, conforme segue: 8% A 10% para Medlicott et al. (1988); 12° Brix segundo Salunke & Desai (1984); 6 a 7° Brix conforme Choudhury (1995) e 7,5° Brix de acordo com Filgueiras et al. (2000) para mangas destinadas aos mercados distantes e 10°Brix para consumo imediato. Estes últimos valores foram inferiores aos obtidos neste experimento, sendo provavelmente associados a mangas coletadas no ponto de colheita 1 ( ALVES et al., 2002), que nos últimos anos vem sendo substituído, em Petrolina, pelos pontos 2 e 2,5, considerando as exigências do mercado externo. Os resultados demonstram que aos 92 DAF o teor médio dos SST é de aproximadamente 8° Brix para ambas as safras, superando, portanto, o requisito de maturidade estabelecido Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997b), 6,8° Brix para esta cultivar. Embora a maioria dos frutos contenha ácidos orgânicos em nível superior ao requerido pelas operações do ciclo dos ácidos tricarboxílicos (TCA) e de outras vias metabólicas ( KAYS, 1991), estas reservas são utilizadas durante o amadurecimento o que explica o declínio da ATT, registrado na Tabela 2, para ambas as safras o que também foi constatado por Moraes, Puschmann, Lopes (2000). Os valores obtidos aos 85 DAF da safra 1, encontram-se próximos ao estabelecido para o ponto de colheita das mangas produzidas no México, por Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997b), os quais também, constataram redução da vida de prateleira da Tommy Atkins, em valores inferiores a 1,22 %. Esta observação, não se aplica aos frutos produzidos em Petrolina que a partir dos 92 DAF, que coincide com as características de maturação, apresentam percentual inferior, ao referido acima, nas duas safras conforme Tabela 2..

(41) 38 A elevação do pH durante o amadurecimento, registrada na Tabela 2, também foi evidenciado por Maia et al. (1986) em outras cultivares: espada, Itamaracá, rosa, jasmim e coité. De acordo com Medlicott & Jeger (1987) apud Melo Neto ( 1999) este comportamento pode encontrar-se associado ao excesso de utilização dos ácidos orgânicos estocados nos vacúolos, como substrato da respiração. Considerando o pH (aproximadamente igual a 3,5) recomendado por Choudhury (1995) para a colheita de mangas Tommy Atkins, verifica-se que coincide com os valores obtidos aos 85 DAF em ambas as safras, época na qual os frutos atingiram o crescimento máximo. Neste experimento, a relação SST/ATT máxima foi alcançada aos 113 DAF para a safra 1 e aos 120 DAF na 2 ( Tabela 2), inferiores ao relatado por Siqueira et al.(1989) e Bleinroth et al.(1985) para mangas Tommy Atkins fisiologicamente maduras (41,05 a 64,10) e superiores aos utilizados normalmente para colheita de frutos para exportação. Essa diferença decorrente do teor de acidez que nos frutos do Vale do São Francisco foi inferior aos citados pela literatura ( BÁEZ-SAÑUDO; BRINGAS; OJEDA, 1997b; MEDLICOTT; BHOGAL; REYNOLDS, 1986) e pelas condições de amadurecimento dos frutos após a colheita.. 5.3 Análise de componentes principais. Com o objetivo de reduzir a dimensionalidade dos dados para melhor avaliá- los, bem como detectar padrões de associação entre os indicadores físicos, físico-químicos e químicos, foi aplicada a Análise de Componentes Principais - PCA (Principal Component Analysis), cujos resultados encontam-se dispostos nas Figuras 7 e 8. Com relação aos indicadores físicos ( Figura 7 e APÊNDICE A), constata-se que a PC 1, explica a variância dos dados; em quase sua totalidade com 91,72% e 88,47% para as safras 1 e 2, respectivamente. A maioria das amostras das coletas aos 92, 99, 106 e 113 DAF formou um grupo distinto, considerando os diversos indicadores analisados em estreita associação com o amido. Ao aplicar a PCA aos dados dos ensaios químicos, na Figura 8 e APÊNDICE B verifica-se uma boa construção das informações em duas componentes principais ( PC 1 e PC 2) que totalizaram 77,98% e 78,66%, no que concerne às safras 1 e 2. A primeira componente da safra 1 separou as amostras em dois grupos: um em função das variáveis glicose e acidez e outro do pH, amido e pectina. Observa-se que associada às amostras colhidas aos 106 DAF encontram-se elevados valores de pH, amido e.

(42) 39 pectina em contraposição a menores teores de glicose e acidez. Esta relação inversa, entre os referidos indicadores, é coerente com os fenômenos bioquímicos do amadurecimento de frutos climatéricos. A PC 2 encontra-se relacionada aos SST, evidenciando que os frutos colhidos a partir da coleta 92 DAF apresentam-se superior aos demais quanto ao “flavor”. Safra 1 Bi-plot 2,0. 113 120. 1,5 1,0. PC2(6,65%). 0,5. 64. 50. DLAT PD VOL PESO DDV DL GRESP. 78 99. 0,0. 85 -0,5. AMIDO. 92. -1,0 -1,5. 106 -2,0 -2,5 -2,5. -2,0. -1,5. -1,0. -0,5. 0,0. 0,5. 1,0. 1,5. PC1(91,72%). Safra 2 Bi-plot 1,6. 78. 85 99. 1,0. 106. PC2(9,70%). 0,4. DL VOL DLAT DDV PD PESO. 64 113. -0,2. AMIDO GRESP. 50 -0,8. 92 -1,4. -2,0 -3,0. 120. -2,5. -2,0. -1,5. -1,0. -0,5. 0,0. 0,5. 1,0. 1,5. PC1(88,47%). Figura 7 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores físicos e do amido de mangas Tommy Atkins cole tadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002..

(43) 40. Safra 1 Bi-plot 2,2. 120. 1,6. PC2(21,34%). 1,0. SACAROSE. 64. 0,4. 78 GLICOSE ACIDEZ. 50. 106. PH AMIDO PECTINA. -0,2 85 -0,8. -1,4 -2,5. -2,0. -1,5. -1,0. -0,5. 92 BRIX 99. 0,0. 113. 0,5. 1,0. 1,5. PC1(56,64%). Safra 2 Bi-plot 2,5. 64. 2,0 1,5. 106. PC2(15,09%). 1,0 0,5. 78 ACIDEZ. BRIX PH 99 AMIDO SACAROSE 113. 120 0,0. PECTINA -0,5. 50. GLICOSE 92. -1,0. 85. -1,5 -2,0 -2,0. -1,4. -0,8. -0,2. 0,4. 1,0. 1,6. PC1(63,57%). Figura 8 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores químicos de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina- PE, 2002..

(44) 41 Quanto à safra 2, embora apresente comportamento similar, As associações entre os indicadores, ocorreram a partir da coleta 99 DAF, indicando. um. retardo. do. amadurecimento. destes. frutos.. A. segunda. componente além do SST, encontra- se também relacionada à sacarose. 5.4 Correlações entre os indicadores analisados e o amido Considerando o destaque que tem sido dado ao amido como indicador do ponto de colheita de mangas e um melhor ente ndimento dos fenômenos envolvidos no desenvolvimento destes frutos foram estabelecidas as possíveis correlações entre os teores deste polissacarídeo e os demais indicadores analisados, pelos respectivos coeficientes de correlação de Pearson e de determinação, Tabelas 3 e 4. Tabela 3 Relação entre o teor de amido e os indicadores físicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina- PE, 2002. Variáveis Peso Volume Diâmetro Longitudinal Diâmetro Lateral Diâmetro Dorso-ventral Gravidade específica Produto dos diâmetros S ignificância com p ns: não significativo. Safra 1 r R² Equaç ão 0,70* 0,72 y= 0,016x0,9822 0,70* 0,71 y= 0,0104x1,0579 0,76* 0,72 y= 0,0273e0,5066x 0,72* 0,69 y= 0,0402x2,3838 0,57 0,51 y= 0,0067x3,1355 0,79* 0,74 y= 3E-05e11,874x 0,65 ns < 0,05. Safra 2 r R² Equação 0,82* 0,84 y= 1,6128e0,003x 0,78* 0,80 y = 1,6112e0,0031x 0,74* 0,77 y= 0,2367e0,2811x 0,80* 0,82 y= 0,5127e0,3013x 0,78* 0,81 y = 0,3164e0,3385x 0,86* 0,86 y= -222x2 +2620,2x-1396,2 0,80* 0,81 y = 1,6216e0,0016x. Tabela 4 Relação entre o teor de amido e os indicadores físico- químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina- PE, 2002. Variáveis. Safra 1 r R² Equação SST 0,35 ns * pH 0,70 0,71 y=-11,48x² + 83,85x -146,35 ATT(% ác.cítrico) -0,66 ns 1,36x * Pectina 0,82 0,80 y= 1,64 e Sacarose 0,53 ns Açúcares redutores -0,45 ns * Significância com p < 0,05 ns : não significativo. Safra 2 r R² Equação * 0,82 0,71 y= 0,40x²-5,36 + 22,46 0,89* 0,79 y = 34,48ln(x) - 39,52 -0,86* 0,76 y= -8,60 ln(x) + 6,33 -0,09 ns 0,75* 0,66 y= 1,03x² - 5,98x + 12,79 0,07 ns.

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