x
\
DANIELA
SALVADOR
ALVES
~
iro
oe?
TFEOCROMOCITOMA
RECIDIVANTE
EM
GESTAÇÃO:
RELATO DE CASO
E
REVISÃO
DA
LITERATURA
Trabalho apresentado à. Universidade
Federal
De
Santa Catarina, para aConclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPQLIS
ro
DANIELA
SALVADOR
ALVES
FEOCROMOCITOMA
RECIDIVANTE
IEM
GÍESTAÇÃO
RELATO DE CASO
E
REVISÃO
DA
LITERATURA
_Trabalho apresentado à Universidade
Federal
De
Santa Catarina, para aConclusão no Curso de Graduação
em
Medicina. -
Presidente do Colegiado 'do Curso de Graduação
em
Medicina: Dr. Edson J osé CardosoOrientadora: Dra. Marisa Helena Cesar Coral e
FLoRrANÓPoL1s
Alves, Daniela Salvador.
Feocromocitoma recidívante em gestação: relato decaso e revisão da
literatura. Florianópolis, 1998. .
29p. V
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina, - Universidade
Federal de Santa Catalina.
AGRADECIMENTOS
Ao
meu
pai, pela qualidadedo
tempo
que passamos
juntos e por terme
ensinado que
não
se deve desistir.À
minha
mãe,
por serexemplo
de força e porter a serenidade e a
calma
por nós duas - e por ter nosdado
um
computador,senão as coisas seriam realmente complicadas.
Às
minhas
irmãs, pela paciênciado
último ano.À
Dra. Marisa, por serminha
professora,amiga
eexemplo
a serseguido.
Ao
Dr.Fernando Osni
Machado,
por facilitaro
contatocom
o
HospitalRegional de Chapecó.
E
aosmeus
amigos, e_ elessabem
quem
o
são, porserem
simplesmentemeus
amigos
- apesar de tudo.Introdução Objetivos
Método
Revisão da literatura Discussão ReferênciasNormas
adotadasResumo
Summary
Apêndice
ÍNDICE
1 -
INTRODUÇÃO
Os
tecidos derivados embriologicamenteda
crista neural sãochamados
de tecidoscromafins
devido à sua coloraçãomarrom
após o preparo histológicocom
sais decromo
L2. Esses tecidos localizam-sena
medula
adrenal, ao longodo
nervo vago, nos gânglios simpáticos para vertebrais e nos paragânglios dos grandes vasos, particularmenteno Órgão
de Zuckerkandl 23.Os
tumores dessestecidos
recebem denominações
diferentes,conforme
suaorigem
:feocromocítomas, se são funcionantes e derivados
da
medula
das supra-renais,feocromocítomas
extra adrenaísou paragangliomas
funcionais seforem
tumores secretantes provenientes de outros tecidos
cromafins
e paraganglíomas,se
forem
trmioresnão
secretantes extra adrenais 4.O
feocromocitoma
e'um
tumor
raro,
com
incidênciamenor
que
0.l%1'2=4”7entre os pacientes
com
hipertensão diastólica. Incideem
todas as idadesmas
e geralmente diagnosticado por voltada
43ou
5”década
de vida,sem
predominância por sexo l'4*7.
A
incidênciana
população geral é de 2/
1000000
2 .Ainda
em
termos de incidência, segue achamada
regra dos l0%1°4°5 :10%
sãobilaterais,
10%
são malignos,10%
são extra-adrenais e desses10%
são extra-abdominais,
10%
ocorrem
em
crianças,10%
dos pacientesnão
possuem
o
seu sintoma cardinal, a hipertensão sustentadaou
paroxística e10%
dos casos sãofamiliares
em
associaçãocom
síndromescomo
l'4*7: neoplasia endócrina
múltipla
(NEM)
do
tipo Ilaou
síndrome de Sipple (carcinomamedular
detiróide,
adenoma
de paratiróide e feocromocitoma),NEM
do
tipo Ilbou HI
(carcinoma
medular
de tiróide,neuromas
mucosos
múltiplos e feocromocitoma), sindrome devon
Recklinghausen (feocromocitomaem 1%
dos pacientes) 1 ,'
3
Êiiiiâ ir izimáâ ii šaiièÍi|iit 5
c C s -
M
a\suOjECA
síndrome de Carney, síndrome de Sturge-Weber, esclerose tuberosa e,
mais
raramente, associados à
APUDomas
- tumores endocrinologicamente ativosque
são caracterizados pela sua capacidade de descarboxilação e captação de
precursores de
aminas
-como
o gastrinoma da sindrome de Zollinger-Ellison 73 _Os
feocromocitomas liberam basicamente adrenalina, noradrenalina -ou
ambos
- eem
alguns casos dopamína.Porem
varios outros peptídeos ativostem
sido descritos, o que explica a
ampla
variedadedo
seu quadro clínico.São
eles:somatomedina,
substância P,hormônio
liberador de corticotrofina,adrenocorticotropina, B-endorffina, lipotropina, polipeptídeo intestinal vasoativo, interleucina 6, proteína relacionada ao paratonnônio, neuropeptídeo Y,
calcitonina, peptídeo relacionado ao gene
da
calcitonina, serotonina, gastrina,neurotensina, fator de crescimento semelhante à insulina, entre outros 2.
O
sintoma característico e' a hipertensão diastólica, quepode
ser: (a)
sustentada,
em 20%
dos casos, e é produzida pela noradrenalinaem
níveisplasmáticos de 10 vezes o normal, (b) paroxística,
em 25%
dos casos, eproduzida pela adrenalina
em
níveis de 5 vezes o seu valor plasmático normal, e(c)
em 50%
dos casos a hipertensão é sustentadacom
picos paroxísticos 135.Porém convêm
lembrar queem
5 al0%
dos pacientes adoença
cursasem
hipertensão 1.
Além
da
hipertensãohá
a tríade clássica constituída por1 cefaléia
severa, taquicardia e sudorese , sendo
que
a ausência dos três sintomas exclui acondição
em 99%
dos casos l'5”6 e a presença é altamente específica(94%)
e sensível (9l%)5”6 .Pode
ainda fazer partedo
quadro clínico,mbor
facial,irritabilidade, dor pré cordial
ou
abdominal,aumento do
apetite, perda de peso,hipotensão postural e constipação.
Mais
raramente, encontramos psicoseou
confusão, crises epilépticas, parestesias e «
fenômeno
deReynaud.
Outrospacientes são
completamente
assintomáticosou
referem apenasum
desconfortoabdominal devido à
massa
tumoral 2 _6
catecolaminas liberadas - .vida
média
plasmática. de l a 2 minutos 4 - econsequentemente
do tamanho do
tumor.Com
o passardo
tempo
as crisesficam
mais freqüentes,
mantendo normahnente
amesma
intensidade.As
crisespodem
ser precipitadas pela
compressão
do
tumor, ansiedadeou
estresse emocional 2 _Além
do
quadro clínico, o diagnóstico é confirmado por testes laboratoriais e por imagens.A
dosagem
das catecolaminas livres e seus metabólitosna
amostrade urina de
24
horaspermanece
como
o
teste laboratorialde
escolha 1'2”4”7.Se
os
valores são limítrofes, existem testes de estimulação
como
oda
histamina,tiramina
ou
glucagon 239 e de supressãocomo
oda
clonidina 25ou
fentolaminag,
porém
atualmente sãopouco
utilizados por apresentarem riscos.O
diagnóstico por
imagem
pode
ser realizado por ultra-sonografia(U
SG),tomografia
computadorizada(TC) ou
ressonância nuclearmagnética
(RNM)3
e,mais
recentemente, atravésda
cintilografiacom
iodom
-meta
iodobenziiguzmâina (iv11BG).2=3
Como
referido acima, os feocromocitomas são tumores raros e decaracterísticas freqüentemente benignas,
mas
seu diagnósticos éextremamente
importante
uma
vez que são fataisem
pacientesnão
diagnosticadas submetidosà cirurgias, e
em
gestantes durante o período pré natal eno
decorrerdo
trabalhode parto.
O
feocromocitoma
associado à gestação é consideradouma
emergência
obstétrica e endocrinológica,
uma
vez que está relacionadocom
altos índices demortalidade
materna
e fetal 10 .'
O
principalproblema
é a necessidadeda
realizaçãodo
diagnóstico diferencial entrefeocromocitoma
e adoença
hipertensiva específicada
gestação(DHEG)9"'°.
O
quadro clínicona
gestante é semelhante aoda
não-gestante,porém
já foidemonstrado
mz
que tanto a hipertensão quanto a tríade clássicasão
menos
freqüentesem
gestantes.A
gestaçãopode
precipitar as manifestações7
contrações uterinas, força expulsiva durante o trabalho de parto e,
ocasionalmente, por
movimentos
fetais 1°.Tem-se que
estar atento para odiagnóstico de
feocromocitoma complicando
a gravidezuma
vez que omesmo
pode
ser confundidocom
(a) toxemia,quando
a hipertensão sustentada éapresentada durante os estágios precoces
da
gestação, (b) pré-eclâmpsia,quando
cefaléia, edema, taquicardia e hipertensão são observados
mais
tardena
gestaçãoe, (c)ruptura uterina
ou
choque, duranteou
imediatamente apóso
parto 9.O
feocromocitoma complicando
a gravidez éincomum. Até
l989, apenas180 casos
tinham
sido relatadosna
literaturamundial
9.Porém
sua evolução é detal
forma
grave que deve-se pensarna
situaçãosempre
que gestantes seapresentarem
com
hipertensão severaou
intermitente associada à sintomas paroxísticos, principalmentena
primeirametade da
gestação 13.Neste trabalho, é apresentado e discutido,
um
caso defeocromocitoma
complicando
gestação de 25 semanas, dando-se ênfase ao diagnóstico,manejo
e~
8
2
-()B.n‹:TIVOs
Este trabalho
tem
por objetivos:relatar
um
caso defeocromocitoma
de supra-renal esquerdacomplicando
gestação de 25 semanas; `
revisar a literatura sobre
o
assunto.9
3
-MÉTODO
M.N`.P.,
20
anos, gesta 1/para 0/aborto 0, idade gestacional de25 semanas
e3 dias, foi
encaminhada do
Hospital Regional de Chapecó, portumor
de suprarenal esquerda, detectada por
USG,
associada à hipertensão sustentadacom
episódios paroxisticos de picos hipertensivos, taquicardia e rubor facial.
Há
5meses
inicioucom
cefaléia severa e escotomas.Há
2meses
evoluiucom
taquicardia, vertigem, anorexia e astenia.
Desde
o
inicioda
gestação observou-se hipertensão arterial mantida,
com
picos hipertensivos ocasionais.A
pacienteinformou
queem
1994
foi submetida à adrenalectoinfia direita porfeocromocitoma,
dado que
foiconfirmado
por registrosdo
hospital de origem.Em
01/11/96, foi internadana Unidade
de Gestação de Alto Risco,da
Maternidade
do
Hospital Universitário -UFSC,
e iniciada a investigação.Em
02/11/96, foi solicitada rotina para pré-eclâmpsia, cujos valores
estavam
dentrodos limites
da
nonnalidade.Em
07/11/96, a ultra-sonografiamostrou
lesãoexpansiva sólida, hipoecogênica, de contornos
bem
definidos, dimensões de 9,0X
5,3 cm, localizadaem
loja adrenal esquerda e estendendo-se atéo
hilo renal.Em
08/11/96 foi solicitadauma
curva glicêmicaque
teve os valoresde 60
e 120 minutos alterados, respectivamente170
e 178 mg/dl.Em
13/11/96, aRNM
(figura 1)
mostrou
massa
adrenal esquerda de 10,0X
6,0X
5,0cm
de3
dimensões,
bem
delimitada,sem
invasão de tecidos vizinhos,sem
metástasesabdominais, compativel
com
feocromocitoma,
e a supra-renal direitanão
foilocalizada.
Em
13/11/96, obteve-seem
amostra de urina de24
horas as dosagens das catecolaminas urinárias (quadro 1),edo
acido vanilmandélicol__._._a ;..¬;,...-'. _, I 12511119 11; liš-:artzas sm áãüüit-UÍSÊ 10 C C S -
M
BIBLIOTECA zQuadrof“1 »-¬'Va1,‹í)res fdasveateerrlaminas
em
amostra de -urina. de 24 horas,em
ag, ne pré e pós!__-_._._..._._š.._«›... ro
G
1 1 \c i, , _*É
V O0 -_ UJ , M i ‹ 1... F , l lepezârórirzifip Í fi , Í ip ' VW
V- .Í ~Cateeol.ami.na . Wllp`Í1*fššorac1ren.aE::ra Adrenalina Dopamina ~Pré-Qperatërri-oe, z , _ 8
2747
‹ ¬P‹fis~‹›p‹zfz.~lózâz›l,r.. 1 52,60 515,55 lazfzzêzâazz ~ ~15-mo
2-24
52-480
Figura 1 - Imagem da
RNM
em
T2, mostrando massa hiperintensaem
região adrenalesquerda, compatível
com
feocromocitoma.Em
14/11/96,em
reunião conjunta dos serviços de endocrinologia,anestesiologia, obstetrícia e pediatria, decidiu-se pela conduta: cesárea eletiva
com
concomitante ressecçãodo
tumor,com
a data determinada pelamaturidade
ou
sinais de sofrimento fetal.O
manejo
clínico foi realizadocom
11
propranolol
40
mg
via oral de 12/12 horas e nifedipina 10mg
sublingual sepressão arterial diastólica
2
110mmHg
-que
foi necessária várias vezesdurante a intemação.
A
maturidade fetal foi aceleradacom
o uso debetametasona
como
de rotina.A
paciente evoluiubem,
cursando apenascom
hipertensãomantida
deaproximadamente
140/110mmHg
com
alguns picos hipertensivos deno
máximo
180/150mmHg
e cefaléia ocasional.Em
03/12/96, a pacienteapresentou quadro de lipotímia, sudorese profusa, e vômitos
com
estrias desangue, associado à pressão arterial
(PA)
de 180/ 150mmHg.
Em
15 minutos,houve
piorado
quadrocom
cianose e vasoconstrição intensa,não
sendopossível verificar a
PA.
Foi instalado cateter deOz
eem
20
minutos a pacienteestava
com
PA
de 80/60mmHg,
pulso de 120bpm
e freqüência respiratória de48
MR/min
eem
melhor
estado, foi transferida ao Centro Obstétrico paramelhor
controleda
PA
e dos batimentos cardiofetais.Em
05/11/96, foi submetida à cirurgia: cesárea eletiva e adrenalectorniaesquerda.
A
cesárea transcorreu ser intercorrências, tendo a pacientedado
à luza
um
RN
masculino,com
Apgar
4
e 7 (anóxia perinatal moderada),1500g
(muito baixo peso), idade gestacional pelo
Capmro
somático de 31 semanas, sendo o pesoadequado
para idade gestacional.E
que foimantido
na Unidade
de Terapia Intensiva Neonatal por
39
dias, recebendo alta hospitalarem
boas condições ecom
peso de2050
g.Durante a excisão
do tumor
a hipertensão foi controladacom
nitropmssiatoe nitroglicerina e após, a hipotensão foi controlada
com
noradrenalina e dopamina. Duranteo
ato cirúrgico a paciente recebeu 3 unidades depapa
dehemaceas
e7500
ml
de soro fisiológico.O
anátomo
patológicoda
peça(registro 96-3196)
confinnou
o
diagnóstico de feocromocitoma.No
pós operatório a pacientepermaneceu
estável por dois diasna Unidade
12
hidrocortisona intramuscular a cada 8 horas e prednisona 10
mg
pelamanhã.
No
3° pós operatório, foiencaminhada
aoAlojamento
Conjunto,onde
permaneceu
estável, recebendo 5mg
de prednisona pelamanhã,
a partirdo
7°pós operatório. Foi solicitada
nova
dosagem
de catecolaminasno
13°pós operatório (quadro I). Evoluiu
com
puerpério normal, aguardando a altado
RN
e a obtenção de fludocortisona paracomplementar
com
prednisonano
tratamento domiciliar
da
insuficiência adrenal. Altacom
orientação de13
4
-REVISÃO
DA
LITERATURA
A
primeira associação entrefeocromocitoma
e gravidez foi relatadaem
1911por
Kawashima
em uma
pacientena
qual 0 diagnóstico foi feito apósautópsiams
.O
primeiro diagnóstico pré-natal foi feitoem
1955 12.Antes
de1969
apenas25%
dos casostinham
diagnóstico pré-natal, entre1969
e1979
esteíndice subiu para
52%
eem
1989
era de53%
13 .A
não
realizaçãodo
diagnóstico pré natal implica
numa
mortalidadematema
e fetal superior a50%”.
Em
1971,numa
revisão de 189 casos, a mortalidadematema
e fetal foide
54% em
pacientessem
diagnóstico pré-natal 9 _A
mortalidadematema
antes de 1969 era de48%,
entre1969
e1979
de26%
e entre
1980
e 1987 caiu para17%
B
. Estatísticasmostram
que o
diagnósticoprecoce
pode
reduzir a mortalidadematema
de17%
para0%
e a perda fetal de26%
para15%
11°”.Em
1993, foidemonstrada
uma
mortalidadematema
de10.6%
quando
com
diagnóstico precoce e40.3%
sem
diagnóstico precoce 17.A
causa
mortismatema
é decorrentedo
excesso de catecolarninas circulantese das suas implicações
hemodinâmicas.
Jáno
feto, as catecolaminas maternasnão atuam
diretamente, jáque não
atravessam a barreira placentária, pois aplacenta é rica
em
catecol-O-metiltransferase(COMT)
emonoaminoxidase
(MAO)
16as suas principais
enzimas
de degradação.As
catecolaminasatuam
indiretamente por isquemia
da
circulação útero-placentária 18que
resultaráem
efeitos sobre a oxigenação e nutrição fetal a longo prazo Ig, levando ao retardo
do
crescimento intra-uterino(RCIU)
e aborto espontâneo ;ou ainda,morte
súbitafetal durante
uma
crisematema
grave 18.Há
apenasum
casorelatado
na
literatura, de
um
recém-nascido de 21 diasque morreu
de falência cardíacaph! _i`_._,.›~V|' z,`__ §¡_. › › _ _ -_ . _ _, V \ › no `, 0, " .` _ VV -' .
%fl%fifi%ÉJ?Hfi%ä%W%i »~j ás. \` »o¢o « 'T 7~Í",iV› 7~f"*~
l 0 "b¬Í ia"-«~ _ - r A -- . r J . za f i. i o o V 5 f: . 'lol'-Í-ilgz z V1-5ofl2XQfl0.1,1flflí z 69 -901% » -93
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da
mao, diminui amodaiidado
fotai do50%
para30%
'ÂO
diagnóstico defeocromocitoma
é realizado por forte suspeita clínica econfirmado por testes laboratoriais.
O
teste de escolha é adosagem
dascatecolaminas urinárias e seus metabólitos
em
amostra de urina de24
horas 73°.Devido
a episódica secreção de catecolaminas por alguns tumores, a análise deamostra de urina coletada logo após
um
episódio de hipertensãopode
também
ser útil 21.
Os
valores normais e os respetivos indices de sensibilidade e especificidadesão demonstrados
no
quadro II 7 .Amedida da
noradrenalina livrena
un`na de24
horas é relatada
como
o
melhor
indice de catecolaminas parao feocromocitoma
com
90%
de sensibilidade e100%
de especificidade 522.O
AVM
éo
principalmetabólito
da
adrenalina e noradrenalina.Antes
da
coletada
amostra de urina, éimportante observar
o
uso de substânciasque
influeneiam
na
dosagem
do
mesmo,
como
por exemplo: lítio, salicilatos, ácido nalidíxico, sulfonamidas,acentuada ingesta de chocolate, chás e café 1 -
que
aumentam
a sua secreção e,etanol, inibidores
da
MAO,
dissulfiram, clofibrato 1e cx meti]
dopa
15 - quereduzem
a sua quantidade.-â u1íi‹¬'.-E ;§.zz¿_‹; 1 _ 1 g' t' _ [mg mg __ Lil] _;-= 'À '_1_r¡ gi Tñš-V,; ;¡ z_¡¡¡ i¡_~;¿‹_¿¿_ I nl, ll › 1ÊL}i!l~; fia fl i ä I* '~ L =Í Q
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' :§zÍÊi'¡ê *= 'z-Y' “ ' ` ' ' ' 'ff !Êz“*" Em z;!¿¿ 1 mi lili il ir lia* ii 1 i ilãi §¿¿fizi¡¡i*¡¡¡ qi .iniwgmilaigâásëtihifrzalw =z¶:¿d¬':»‹‹¡,i.._:,.iilfl`=iz4| ||‹||‹:b|m_.;zê3,:àm›=››li‹itizi›ÃaV¡¿;1.LViillioâldivi=a|ë&a;íli=az*É=â;.:§vš§;|a4ti›‹lv¡i iiirêiijluéliziuâaalsizaëtglágáinigi mi" 'hwnl wo lblããlfldífififišäšäfiflän É z «zz .K z R . , e z=,lf¡@lt=tf.', '
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terem
mente que
a gestaçãonormal
eleva ligeiramente os níveis decatecolaminas urinárias,
mas
nunca
nos seus níveis diagnósticos 14 .Se
os15
ou
estimulação, já citados,mas
que estão cada vezmais
em
desuso.Há
casosem
que os valores são limítrofes e os testes de supressãoou
estimulação são utilizados e ainda assim inconclusivos.
Nesta
situação deve-seinstituir
o
tratamentoadequado
por 1 a 2meses
e se a resposta à hipertensão forpositiva deve-se insistir
na
investigação defeocromocitoma
2 _Há
apenasum
caso relatado defeocromocitoma
com
análises urinárias repetidamente negativas, sendo esses resultados atribuídos à insuficiência renalrelacionada aos efeitos
da
hipertensão arterial crônicaem
pacientecom
o
tumorls .
Uma
terceira catecolamina dosada é adopamina
e seu metabólito,o
ácidohomovanílico
(AHV)
que,em
excesso são sinais demau
prognóstico e de malignidadedo feocromocitoma
8 .Outro teste laboratorial recentemente relatado é a
dosagem
plasmáticada
Cromogranina A,
uma
proteína ácidamonomérica
coarmazenada
e coliberadacom
as catecolaminas por exocitose das vesículas deestocagem na
medula
adrenal,
com'
83%
de sensibilidade e96%
de especificidade.Essa
substânciasugere
o
tamanho
do tumor
e a produção total de catecolaminas.Sua
dosagem
não
é afetada pelas drogas utilizadasno
tratamentodo feocromocitoma
7.Após
confirmadoo
diagnóstico, procede-se à localizaçãodo
tumor, e osmétodos
disponíveis são: aUSG,
aTC,
aRNM
e a cintilografiacom
iodo uz.ou
ÍOd0 131 -
A
USG
tem
sensibilidade de84-97%
paramassa
adrenais ,porém
em
gestantes a partirdo segundo
trimestre sua eficáciafica
prejudicada devido aotamanho do
útero 15 .A
TC
pode
detectaro
tumor
com
ou
sem
o
uso de contraste endovenoso.Nos
tumores grandes
o
uso de contraste é desnecessário,em
tumoresmenores onde o
contraste se faz necessário,
recomenda-se
o uso prévio de ot e B bloqueadores,16
oral para opacificar o trato gastrointestinal está indicado para a detecção de tumores para aórticos
no
retroperitônio, devido ao fato deo
intestinonão
opacificado
poder, ás vezes, pareceruma
massa
tumoral 3.A
TC
não
é ométodo
de escolha
em
gestantes devido à radiação ionizante a qualo
feto ésubmetido3°l5”l8 _
A
RNM
éuma
excelenteopção
nas seguintes situações: durante a gestação, jáque
não expõe
o feto à radiação 921 e paraquando
é necessário ouso
de contrastena TC.
Há
uma
imagem
hipoou
isointensaem
T1
emarcadamente
hiperintensaem
T2, eo
tempo
deT2
é longo, devido à grande quantidade deágua na
estmtura
do
tumor
23 .A
RNM
mostra as relaçõesdo
tumor
com
órgãosadjacentes e a presença
ou
ausência de extensão intracava dos tumores adrenais3,e é especialmente superior à
TC
na
detecção de feocromocitomas extra-adrenais e intratorácicos 25 .Na
RNM
asimagens
sãoem
múltiplos planos e pode-sediferenciar
feocromocitoma
de outros tumores adrenaisou
carcinomas.Devido
àdiferente
composição
hídrica e lipídica entre eles pode-se distinguir metástases,carcinomas,
adenomas,
linfomas e cistos 7.O
usoda
TC
eda
RNM
para a localizaçãodo tumor
está indicada apenas após a confirmação diagnóstica.No
entanto,uma
vezque
essas ferramentastem
sido
empregadas amplamente
em
várias investigações diagnósticas,massas
nasadrenais
tem
sido detectadascomo
achados incidentaisem
2%
de tais métodos.Essas
massas
podem
ser cistos, lipomas,adenomas
não
funcionantes,hemangiomas,
metástases ,bem
como
feocromocitomas. Nesses casos ospacientes
devem
ser investigados parafeocromocitoma
clínica elaboratorialmente 2.
A
cintilografiacom
Im
MIBG
-um
álcali derivadoda
guanitidina eque
écapaz de impregnar tecidos adrenérgicos -
tem
sidousada
nos últimos 15 anos 3.
Deve-se administrar o iodo
endovenoso
após bloqueio tiroidianoda
captaçãodo
17
útil para detectar metástases e tumores extra adrenais e os tumores
pequenos
sãosegura e convenientemente localizados 2 _
A
cintilografiacom
MIBG
tem
demonstrado
que
as lesões extra adrenaisocorrem
com
freqüênciamaior do que
a prevista, cerca de
38%,
eque aproximadamente
deum
terço desses são extraabdominais 534
.Porém
não
existem estudos sobre o seu usoem
gestantes 3 _Para a detecção de tumores adrenais primários, a
TC,
RNM
e a cintilografiacom
MIBG
são equivalentes.O
quadro III mostra as suas respectivas sensibilidade e especificidade 3_.'.
¡ilÉ¡*¡ ¡¡ iu f lili 1 llI âštfí ii ti» fi* filíí lššii êštl ii tl!! Ê'ršâââ I it' L 'Iii Eli!! “! ¡,¡¡ ¡_,,i"i,l ~ ›z~ g =_=~=,._, _=z_.=_._._, _ i ' _ .*'~“*= . _. _ . .- .V _ _. _ __ _. _ ‹, êzêâfri-«f f - “ A- * ¿ 'I _- j V' _, .,¡ , _
73%
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tratamento defmitivodo feocromocitoma
é cirúrgico.Apenas
em uma
minoria de pacientes
em
que o
tumor
é recorrente, irressecávelou
metastáticoo
tratamento clínico
fica
como
terapia primária 3”4 _Antes da
ressecção é preciso estabilizaro
paciente paraque
a cirurgiaproceda
com
menores
riscos.O
primeiro objetivono
manejo
éo
bloqueio otadrenérgico 18 para prevenir
uma
crise hipertensiva durante a cirurgia e ahipotensão
no
pós-operatório 5.O
tempo
de terapia pré operatória é depoucos
dias.
A
terapia prolongada, duas a três semanas, é indicada para pacientescom
infarto
agudo do
miocárdio recente, evidência clínica e eletrocardiográfica decardiomiopatia por catecolaminas e
no
último trimestre de gestação 2 _O
oz bloqueador de escolha é a fenoxibenzamina,um
antagonista oc, pós-sináptico e ot; pré- sináptico, irreversível e de
meia
vida longa (36 horas) 2,que
protege contra
o
colapso súbito de catecolaminasmaciçamente
liberadas pelotumor
14.A
doseusada
é de 10mg
18
dia até o
máximo
de 100mg
ao diaou
até o controle clínico da pressão arterial 5_Cerca
de três dias antesda
cirurgia substitui-se porum
ot bloqueador demeia
vida
mais
curta,como
o prazosinum
bloqueador oq seletivo, tão efetivo quantoa fenoxibenzamina,
usado
na
dose de lmg
três vezes ao dia, atéum
máximo
de5
mg
três vezes ao diaU5
,ou
o labetololum
oc eB
bloqueador combinado.O
uso de B bloqueador está indicado apenas parao
controle de arritmias etaquicardias 1
,porém deve ser
usado
após efetivo controle cx adrenérgico devidoà sua atividade oposta oc agonista
que
pode
levar à vasoconstrição generalizada econsequentemente precipitar crises hipertensivas 1° .
A
escolha é pelopropranolol
em
doses de80
mg
duas vezes ao dia 4.Os
bloqueadoresdo
canal decálcio
também podem
ser usados.No
pré-operatório imediato usa-se a fentolamina eno
trans-operatório,o
nitroprussiato 5 _Em
gestantes pode-se usar todas as drogas referidas porém,devemos
lembrarque
tanto a fenoxibenzamina quantoo
prazosinfazem
parteda
classeC
da
FDA
(Food and
Drug
Administration) - "os riscos de efeitos teratogênicosnão foram
detenninados por estudos
em
humanos,
mas
os potenciais beneficios justificamos potenciais riscos" 1. Já os
[3 bloqueadores
foram
descritoscomo
causadores deRCIU,
hipoglicemia, bradicardia, depressão respiratória e diminuiçãoda
capacidade
do
feto de responder à breve hipóxia, que ocorrenormalmente
durante
o
parto 11°”.O
uso dos ou eB
bloqueadores diminuiu a mortalidade fetalde
50%
para30%,
em
estudos de 198215 .O
tratamento cirúrgico nas gestantescom
feocromocitoma
engloba algimsdetalhes, e é dividido pela
marca
de24 semanas
de gestação.A
ressecçãocirúrgica pós estabilização adrenérgica
no
primeiro trimestre está associadacom
80%
de perda fetalM7
.Até
1979, apenas 1 de 5 fetos sobreviveram àintervenção cirúrgica antes de
24 semanas
13”.Desde
1988,o
tratamento de19
maturidade
puhnonar
com
concomitante ressecçãodo tumor
13 .A
mortalidadematema
associada ao partonormal
era de31%
e à cesáreaeletiva de
19%
antes de1982
12.Em
uma
revisãoentre 1980 e 1987,
na
qualtodas as pacientes
foram
submetidas à cesáreas eletivas ,não
houveram
mortesmatemas
15.Até
1984,haviam
apenas 12 casos relatadosna
literatura de ressecçãodo
tumor
concomitante à cesárea.As
demais,ou
eram
realizadasno
primeirotrimestre,
com
o
prosseguimentoda
gestação apesarda
mortalidade fetal,ou
eram
realizadas após o parto 14.Antes dos agentes ot e
B
bloqueadores a taxa de mortalidade cirúrgica era de30%.
Com
os fármacos e omanejo
multidisciplinar - endócrino, cirúrgico,anestésico e obstétrico - a taxa caiu para
3%
1.No
caso de feocromocitomas extra-adrenaisnão há
necessidade de reposiçãohormonal
após a ressecção,porém
nas adrenalectomias bilaterais é preciso areposição
com
glicocorticóide e mineralocorticóide, quenão
parecem
produzircomplicações sobre urna
nova
gestaçãoou
efeitos sobreo
próximo
feto 16 _O
feocromocitoma
éum
tumor
a princípio, benigno.A
sua malignidade édeterminada apenas pelas metástases, recidivas
ou
invasão local.Pode
ainda sersugerido nas seguintes situações: altos níveis de
dopamina
plasmática e urináriaou
valores atunentadosdo
seu metabólito, idade precoce de início dos sintomas (< 25 anos), resistência à terapia convencional,tumor
de localização extra-adrenal e associação
com
Diabetes Mellitusou
hipermetabolismocom
perda depeso 4.
Uma
vezque
a histopatologianão
difere os tumores benignos dosmalignos L2.
Uma
característicaque
está sendo estudada para determinar a malignidadedo
tumor
é o estudodo
seuDNA.
Através de colorações específicas,tem
sidoencontrados pacientes
com
tumores cujas célulascontém
quantidades20
que
são tetraplóidesou
aneuplóides 27.Devem
ser estudadosem
intervalos regulares após a cirurgia aqueles cujoo
tumor
primário era extra-adrenal jáque
estespossuem
indice de malignidade de30%
45.O
seguimento básico é dedosagem
das catecolaminas por 6 a12
meses
24.O
periodo de latência para ofeocromocitoma
recorrenteou maligno pode
variar de 2 a 12 anos 15 *lg , e se detectada a malignidade
há
uma
taxa desobrevida de
40%
em
5 anos 15 .A
recidiva tumoralpode
ser precipitada pela gestação devido ao estado hipennetabólico 16.Em
1984, 14 feocromocitomas malignosou
recidivantesforam
encontrados entre pacientescom
diagnóstico durante a gravidez 18 .No
tumor
inoperável, utiliza-se a fenoxibenzaminacomo
tratamento crônico.No
tumor
metastático, faz-se quimioterapiacombinada
- ciclofosfamida,vincristina e dacarbazina -
ou
altas doses de iodo121,
No
tumor maligno
pode-se21
5
-DISCUSSÃO
Numa
primeira análise, este caso foi diagnosticadocomo
DHEG, uma
vezque a paciente estava entrando
no
último trimestre de gestação.A
mesma
foitransferida devido ao
tumor
de supra renal e aos níveis pressóricosque
complicavam
a gestação. Tal quadro clínico exigiu cuidados de alto risco.Num
primeiro
momento,
foi solicitada rotina laboratorial paraDHEG,
que
foi normal.A
suspeita diagnóstica foi feita partindo-seda
hipertensão mantida, associada àpicos hipertensivos e à dois dos sintomas básicos: cefaléia e taquicardia.
Além
disto apresentava
imagem
tumoral àUSG.
A
paciente infonnava,na
sua históriapregressa
a
ocorrência defeocromocitoma
em
supra renal direita,com
cirurgiarealizada dois anos antes desta gestação.
O
diagnóstico defmitivo foi feitocom
as dosagens das catecolaminas e seusmetabólitos,
em
amostra de urina de24
horas.A
localizaçãodo tumor
foiconfirmada
com
RNM.
É
importante salientar neste caso os dados sugestivos de malignidadedo
tumor: idade de diagnóstico
do
primeirofeocromocitoma
- l7 anos, recidivatumoral - após dois anos e níveis elevados de dopamina.
Não
foram
observadasmetástases abdominais à
RNM
e a cintilografiacom
MIBG
não
foi realizadadevido à gestação.
O
manejo da
pacientenão
foi realizado pela droga de primeira linha,preconizada pela literatura, a fenoxibenzamina,
uma
vezque
este ot bloqueadornão
está disponivel para comercializaçãono
Brasil. Utilizou-seo
prazosin e ahidralazina -
um
vasodilatadoramplamente usado na
DHEG.
Nesta
pacientefoi
necessário
o uso
de B bloqueadores (propranolol)para controlar a taquicardia.22
paciente apresentou dois dias antes.
O
bem
estar e a maturidade fetalforam
considerados, já que a paciente estava
na
6”semana
de tratamentocom
betametazona.
O
manejo
anestésicono
intra-operatório foiextremamente
importante.Durante a
manipulação do tumor houve
elevação dos níveis pressóricos -utilizou-se para
o
controle nutroprussiato e nitroglicerina.Após
a retiradado
tumor, ocorreu hipotensão severa -
que
foi controladacom
dopamina
enoradrenalina - já que a paciente tinha sido previamente adrenalectomizada à
direita.
A
paciente recebeu altacom
reposiçãohonnonal
com
glicocorticóide(prednisona) e mineralocoiticóide (fludocortizona), e
com
orientação paraacompanhamento
ambulatorialno
hospital de origem.O
feocromocitoma, apesar de rarocomplicando
uma
gestação, deve sersempre lembrado
poiso
prognósticomatemo
e fetal está diretamente23
7
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NORMAS
ADOTADAS
As
normas
para a digitaçãodo
trabalhoseguem
a resolução n° 001/97do
Colegiado
do Curso
deGraduação
em
Medicina.As
referências bibliográficasseguem
o
Estilo de Vancouver,conforme
a 56edição dos “Requisitos
Uniformes
para Originais submetidos a RevistasBiomédicas”, publicado pelo
Comitê
Internacional de Editores de Revistas27
RESUMO
O
feocromocitoma
éum
tumor
de célulascromafins,
produtor decatecolaminas.
É
raro, incidindoem
0,l%
dos pacientescom
hipertensãodiastólica superior a 110 mml-lg.
A
clínica básica de: hipertensãomantida
e/ouparoxística, associado á cefaléia severa, taquicardia e sudorese é fortemente
sugestivo desta doença,
com
94%
de especificidade e91%
de sensibilidade.O
seu diagnóstico é feito pela
dosagem
das catecolaminas e seus metabólitosem
amostra de urina de
24
horas, vistoque
ameia
vida plasmática dasmesmas
émuito
curta.O
método
deimagem
mais adequado
para a sua localização éa
ressonância nuclear magnética,
com 100%
de sensibilidade.O
seu tratamentodefinitivo é cirúrgico,
porém
há
necessidade de estabilizaçãodo
quadrohipertensivo
com
o uso de bloqueadores adrenérgicos.A
droga de escolha é afenoxibenzatina
um
oc bloqueador irreversível demeia
vida longa. Nestetrabalho, apresentamos
um
caso defeocromocitoma complicando
gestação de 25semanas, confrontando-ocom
o seu principal diagnóstico diferencial nas gestantes, adoença
hipertensiva específicada
gestação. Observou-seque
embora
rara, éuma
condiçãoque
deve ser lembrada,uma
vezque 0
prognóstico28
SUMMARY
Pheochromocytoma
is atumor
that arisesfrom
thechromaffm
cells,and
produces catecholamines. It is rare, with
an
incidenceof
0,1%
among
the patients with diastolic hypertension higher than 110mmHg.
The
basicsymptoms:
hypertension, either sustained or paroxysmal, in association withsevere headache, palpitations
and
sweating is highly suggestive of this illness,with
94%
specificityand
91%
sensitivity.Measuring
urinaiy catecholaminesand
its metabolites, in a24
- hour urine collectionmakes
the diagnosis, once itsplasma
half - time is very short.The
bestimaging
method
for its localization ismagnetic resonance, with
100%
sensitivity.The
defmitive treatment is surgical,but is necessary the hypertension clinic stabilisation with adrenergic blocking
agents.
The
chosen drug isphexoybenzamine an
irreversible oi blocker withlonger half - time. ln this paper,
We
presented apheochromocytoma
case reportcomplicating
an 25
weeks
pregnancy, facing it with themain
differentialdiagnosis,