Relatório de Prática de Ensino de Língua Alemã

Este relatório faz parte do acervo da Coordenadoria de Estágios do Departamento de Metodologia de Ensino e pode ter sido alterado para que nomes e imagens de alunos e alunas não estejam disponíveis na versão digitalizada do repositório da UFSC. A versão integral, no entanto,

encontra-se disponível para consulta na Coordenadoria de Estágios, localizada no Centro de Ciências da Educação, Departamento de Metodologia.

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UNIVERSIDADE FEDERal DE SANTA CATARltJA

CENTRO Dt EBUCêÇãO

CENTRO DE COMUNICêC30 E EXPRESSÃO

HEN-5225 PRATICA DE ENSINO DE LÍNGUA âLEM3

RELATÓRIO Dt PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA ALEMÃ

Estagiária : ALINE PORTO QUITES

Professora da prática de ensino : ELISâBETH M TRAUER

3

No documento quc segue pretendo dci>(ar relatada toda manha experiência de estágio no Colégio de Êplicaç:ão da Universidade Federal de Santa Catarina., exigido. na disciplznü Prática de Ensine) dc alemão - MEN 52a5 - do curso de Letras.Licenciaturas em Língua e Literatura rtlemã c Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira c Por t ug uc sa

O colégio de â plicação é parte da únx\.'cr'cidade Fedeal dc Santa Catarina e Funciona cama escola experimental, servindo como campo dc estágio para o'u estudantes de licenciatura. Ocurso de âlernão oz implantado em 1988, com função de dar mais opções aos alunos na escolha da língua c?strangeira (a escola já c)fenecia Inglês t: FrQnci3s} e valclrizar a cultura catarinc'ue, nü qual o elemento alemão está muito presente, e ampliar os horizontes dos alunos, i'vestindo em sua

formação intercultural. Para tais fins , o pr9rama vcm sendo dcscn volvido atràó.pés do rí:étodo comunicativa - ativo

O primeiro ano de alemão no Colégio d= rlplicaç:ãa teve as aulas ministradas pela pro fessov-a l.ngcburg Dekkcr, qu= fc3i substituída nos anãs seguintes pc!!a prclfessora Elisabcth M. Traucr.[c3mo o nt3mero dc c:danças que optam pelo estuda da língua alemã vem crescendo a cada ano, foi realizado um concurso público. através do qual teve ingressa

a prclfessara Marise J. Kacri'uch, com dedicação exclusiva

Hoje a escola apresenta turmas de êlcmão , de quinta a oitava

séries do primeiro grau t? dd primeira série do segundo grau. Como sc vê , surge a cada ano uma série nova, por isso o programa de cnszno da língua. juntamente com c] müterzal didátic:o,ainda vem serldt} constantemente elaborado pelos pra'Passares rc':Jpan3ávci= ,quc contam também com a ajuda dos estudantes dc Letras da UFSC,quando este'u curvam as disciplinas de Metodologia e Prática dc Ensino.Desta maneira a estagiário da curso de Letras não está sendc} apenas avaliado quanto a suas habilidades em sala de aula. mas também deixando uma grande contribuir:ão para a continuidade do ensino dc alemão no colégio de aplicação da UFSC

assim sendo, -fica aqui rcgistrada minha cc)laboração para ü cns ino

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO DE aLEMÃo

2-COLETE DE DADOS

2.!--Pro.Passara: Harzse Jc)nck 2 . 2--Turmas : Oi t ava séri c do

men mas -- 13 meninos )

Primeira s!ária do segundo grau 5 alunos (í mc?nana -przmezro grau -í8 alunos (5

4 men idos )

2.3-Descriç:ão do ambiente: a escola está situada dentro do c:anTpus universitário, entre o Centro de Ciências B].ológzcas e ü bosque onde se pretende construir a moradia estudantil

O colégio se divide em três edz-ficaçõcs. íl mais antiga t.uportü asclassesde primeiro c segundo gt"üus, a biblzotecü ca

inspetoria de alunos. Outro, posteriormente construído, abriga as salas de primário, dos professor"es e a admznzstracão. O mais novc] prédio contém laboratórios, salas de vídeo, de atendimento, etc

Na escola nâo há muros nem portões, ao contrário düs outras müi.s

t rad ic zonais

2.4-Sala: a oitava série tinha aula na sala de atcndimc.nto,qup fica no primeiro andar do prédio novo, recém construído. â sala é pouco espaçc3sa, a que obriga os alunos a se sentarem muito próximos um do outro. Tem.paredes brancas, um quadro na frente (ao lado da porta), uma janela grande na parede oposta e um forte cheiro de tinta que nos causa ma! - estar quando lá. estamos

A primeira série do segundo grau tinha aula numa sala min1llscula, no prédio da adminzstrac3a da escola, ao lado do consultório médico. Quando começaram a ser ministradas as aulas de estágio os alunos faltam trens-feridos para outra salinha no mesmo

corredor. Mas foram de novo deslocados, para a mcsmt\ sala da oitava série, no momento em que começei a ministrar minhas aulas. Isto os alunos tiveram que trocar três vezes de sala de aula durante tempo em que as estagiários estiveram presentes

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2.5- Conteúdo cm desenvolvimento: na ozt=va sõric estava -se estudando a Lição 7 do livra ''Her,wie.Has'',g'J' Os alunos não possuem

li\.'ros didáticos. Quando estes são usados, pegam-seosda biblioteca Nás prosseguimos então com a Lição 8, tema ''Hohnen'' (morar)

Na primeira série do segundo grau,estava -se estudando a unidade elaborada por nós, alunas de estágio, durante o curso de Metodologia

O tema era ''Umweltschutz'' ( protecão ao meio ambiente). Esta turma

nã.o utiliza livro dxdático. Todo material é elaborado pelos

professores. O está.gzo introduziu o tema ''Rezscn'' (viagem)

2.6- Classe social dos alunos: tanto na oitava série coma nü

przmexrc3 ano do segundo grau, os alunos são de classe média. Na maioria sãa {'ilhas de professor"es da UF5C. a rni.vcl intülc?c:tuül deles. é alto

a.7--Epclca: s assistências de aula tiverünl inÍci.o nü di=i 18/05/92. As aulas de estágio no pr'imexro grau eram começadas no dia 8/06/92 e terminadas no dia 13/06/9?. No segundograu tiveram início no dia

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5 . 1 --Pr i. me i ro g rau Primeira au l a

Nesta aula tive uma grande surpresa . Já tendo consciência de minhas de fia.ências como professora e observado o c:omportamcnto dos alunos durante as obsservações das aulas da professora Marzsc, âchcx que esta turma seria de di.fácil manejo. Por incrível que pareça a turma se manteve atenta e interessada com uma participação bem atava â tens:o que eu carregava momentos antes da aula desapareceu por completo jogo que comecei. Quando a aula terminou percebi que tinha conseguido da turma um resultado que até então nãc} se tinha visto em nenhum d ia de ob

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Segunda au l a

Quanto à execução da aula . tudo ocorreu muito bem, !.em quc nada precisasse ser alterada. O único problema foi que grande nlumpfo de alunos faltou aula naquele dia, com petcxto de participarem dc? uma passeata. Êté hoje não se sabe quc passeata cra aquela ncm quem a comandou. A verdade é quc o colégio estava Pt-eticamente vazio apesar dos alunos não terem sido liberados pela direçãa Devido ü este fato, muitas alunos perderam o contendo desta aula, que erü base para as at ividades

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Terceira au l a

Esta aula se deu num sábado. Como consequência da última greve deflagrada na UFSC , a escola procurou recuperar o tempo perdido com

aulas nos sábados. ê aula, por sua vez, foi muito gratificante!,pois saiu da forma rotineira. Os alunos utilizaram materiais diversos e muita criati.vzdade. Quando Q último sinal bateu, todos, em mutirão, ajudaram a cole)car. o ambiente cm ordem antes de irem

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Quart a au l a

Esta aula foi um tanto problemática porque havia atividades cm demasia para um espaçc} de tempo de apenas quarenta e cinco minutos [Jutro motivo foi que esta aula dava continuidade ao assunto da de quinta feira, dia em que ocorreram muit:a faltas. Mesmo tendo sida feita uma revisão dos verbos estudados, muitos não chegaram a conseguir aplica-los. O tempo reservado para a prc'Furacão da apresentam:o das maquetes -foi muita curto e, a última taro.fa não pode ser aproveitada coma avaliam:ão porque os alunos que tinham perdido conteúdo e aqueles quc. mesmo tendo comparecido a todas as aulas, ainda traziam dúvidas, desenharam conforme os desenho'J dos col egos

Mesmo com todos os problemas acama citados, notou-se que os alunas, em sua. maio)ria , tentaram ccJm es'forço exec:utar todas as etapas

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1 . aula

Esta aula ocorreu per feitamente como havia sido PlanCJada. Mesmo

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Esta aula -foi modificada pela'J circunstâncias Eu havia planejado uma atividade oral antes da explicação da gramática , que 'veria sc'cuida de uma produz:o textual Como os alunos ainda nào estavam seguros no vocabulário, pa'usaram dirctamcntc para a tarefa c?scrita, tendo como base o texto lido. Além disto o tempo nào .foz suficiente para que cu esquematizassc pat-a eles a assunto gramatical Poréma aula adquiriu um resultado mais satisfatório da qu= o esperado porque a produz:o dc tento sc deu dc maneira cpepantânea e

Ditava ;érre do primeiro grau

Ao contrário do quc se pensava anteriormente, os cxeçãode ajguns que tiveram muitas faltas, sc mostraram interessadcls t? estimulados durante minhas aulas de

produzindo e se corrigindo constantemente. Seu rendimento -foi muito

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h3 Primeira série do segundo grau

Esta turma, ao contrário da oitava série é heterogénea. Cada aluno tem um grau de conhecimento e dc interesse diferente. Para cnseguir um bom resultado o pro fessor deve saber levar cm conta. e explorar as diferenças de maneira que se tire o melhor proveito delas,isto é,que cada aluno tenha algo a acrescentar. Isto signo.-fica

que o método mais adequado). Para se trabalhar com eles)é o Comunicativo em sua íntegra, rretodo este que vem-sc procurando

aplicar em todas as turmas do cc)jégio de êplzcaçSo. embora c} número de alunos em sala de aula obrigue o pro+essclr a bu-ficar t8HbE$m recursos de outras abordagen'a

Na primeira série do segundo grau há dois alunos mais in(bressadc)s, enquanto que outros três são mais lente)s e permanecem

mais tampa calados. Apesar disto o rendimento geral deles também foi muito bom, causando-me satis

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q Tanto na alta'./a série do primcxro grau como na primeira do segundo, posso verificar quc todos os obJetxvos propostos em meu estági.o .foram concretizados. Eu consegui ser clara e acessível e os alunos , de maneira geral, assimilaram bem o conteúdo

O que me causa tamanha satisfaz:3o é que o resultado que obtive foi muito maior que o anteriormente imaginado. Atd então eu não tinha a menor experiência de accionar cm escola dc primeiro e/ou segundo grau, por isto achava que minha atuaç3o vi.ria a scr deficiente. considerando que teria dificuldades para me impor, falar alto, ser dinâmica e despertar - lhes infere'Jse. O que ocorreu foi. Q contrário Elu consegui dos alunos melhor participação e respeito do que os outros estagiários Não sei dizer ao certo o motivo. Talvez isso tenhaocarridoporeujá ter sido aluna da escala e, então, já conhecer a pc?rsonalidade dos alunos, tendo sentido o quc eles llo.]c sentem. Talvez também por eu ainda mc achar uma pessoa igual a eles. com quase todos cls mesmos anseios e con feitos. Outra hipótese é qua mi.nuas aulas tenham lhes permitido uma pürticipaç:a mais ativü e mais

livre que as do= clutros cstagiárzos

Reconheço que minhas aulas nào +'coram per feitas, aliás tiveram muitos pontos a serem corrigidas, mas, para a primeira c)(periência com alunas de primeiro e segundo graus, posso garantir que obtive um

Os conhecimentos teóricos adquiridos no curso dc Letras -foram bem aproveitados na prática dc cnsi.no de {)limão. Toda metodologia utilizada, 'foz coscquância dc tudo quc discutimos .przncipalmcntc nas disciplinas voltadas à educação Porém não foram apenas estes conhecimentos que me ajudaram no estágio. Devo a firmar também

quc a anterior prática de accionar alemão para adultos e a fluência na língua alemã, adquirida fora do c.urso dc Letras, permitiram que cu at:fiasse no estágio com maxi segurança e autocon fiança que um est ag bário norma l

Náo encontrei nenhuma dificuldade durante o estágic]. Os alunos procuraram sempre colaborar. Tanto a professora supervisora como a pro fessora das turmas estiveram sempre presentes acompanhando no:.se trabalho e trocando idéias conosco

D fato da professora -uu.p=rvisora já ter sido , há u.m tampa atroz, prc)'fessora do Colégio de óplicaç:ão, tüMbE$H nos ajudou muito.Através das in formações quc ela nos passava sobre cada aluno, tínhamos mais facilidade cm sclecionar temas c atividades nuc fossem de encontro com os intclresses deles- lstc} nos ajudou muito, já que am situação de estágio o aluno - mestre não tcm o tempo su ficicntc para conhecer melhor os alunos, o que di-faculta a execução de t.XH trabalho E?nrriquecedor. além dc tudo os alunos sc relaciona'-'am hcm entre si tornando a amb icnt e agradável

Como disse. não econtrei di faculdades no estágio,c sim. encntrE?z uma situam:o favorável que fez do estágio dc alemão uma experêc:ia rica e criat iva .

A experiência realizada possibilitou-me novas pcrspcc=tivas dc atuação. Pois saio dela com uma visão muito mais ampla do que iá tinha em relaç:o ao ensino c às técnicas que se pode usar em sala dc aula. Saio também com muito mais segurança para enfrentar novas turmas como também novos desci fios da vida que exijam dc nós sensibilidade, inteligência e crl-atividade

O -fato de tcr sido observada c avaliada, trcJ.nou-mc para mclhol' saber c)uvir críticas, rc flctir sobre meus fitos, para assim poder c:rcscer sempre mais como pessoa

g)

Por tudo acima citado posso a firmar quc a experiência aqui relatada me foi muito positiva. sendo que alcancei muito mais do que prtendia, já quc!, como relatei, comhccenda minhas de+zcié'ncias como pra fessora. pensada que alas podésscm \.'ir ü tona du.rente o estágio,náo permitindo um resultado positivo. Pelo contrário, muitas destas tais de-ficiências puderam scr sanadas durante o processo pe l o qual passei

Para finalizar. sugiro que o currículo do curso dc Letras, que até o penúltimo semestre é totalmente teórico ,'Jóia revisto dc maneira que o estudante também pc)ssa .desde as przmczras fases . aplicar processos pedagógicos c estar por dentro da realidade do

ens ino

aqui concluo ,então . o relato de toda uma experiência vivida .que foi a prática de ensino dc língua alemã no Cc3lópio dc üplicüç:o da Universidade Federal de Santa Catarina

ac, ã6Õ-

nT[VERS[J}AJn...]:::=)REAL.DE .S2N]A. C.AnARINA

3aÍTRO ]E C:EÊNCI.AS DA EDUCAÇÃO - COOR:lEN.ADERIA DE ESTÁGIOS DO b@N

IEb-ética

de Úlsíno de

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