UNIVERSIDADE FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
~
CURSO
DE
GRADUAÇAO EM
MEDICINA
'
DEPARTAMENTO
DE
CLÍNICA
CIRÚRGICA
" f ._
CC
2119
FIXAÇÃO
PERCUTÂNEA NAS FRATURAS
SUPRACONDILIANAS'
DE
ÚMERO EM
CRIANÇAS
ANÁLISE
ESTATÍSTICA
DE
zooCASoS
BÓRIS CÁSS1o
DE
SoUzA
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
~
CURSO
DE
CRADUAÇAO EM
MEDICINA
DEPARTAMENTO
DE
CLÍNICA
CIRÚRGICA
~ A
I=IxAçAO
PERCUTANEA NAS FRATURAS SUPRACONDILIANAS
DE
ÚMERO
EM
CRIANÇAS
ANÁLISE
ESTATÍSTICA
DE
zooCASOS
EÓRIS
CÁSSIO
DE
SOUZA
OTrabalho
deConclusão
deCurso de
Medicina da
Universidade Federalde Santa Catarina
AGRADECIMENTOS.
Ao
Dr. AriDigiácomo
Ocampo
Morê
pela sua maneira acessível,sincera e fraterna
de
ceder seutempo
e conhecimento,sem
os quaisnão
Á
INTRODUÇAO
... .. ~^'<\33P\5§ ›4>o›|×J›-A ~ÍNDICE
. . ó ¢ . . . ¢ c › . ¢ ¢ › à .. -REVISÃO EIBLIOGRÁEICA
... .. -MÉTODO
... .. -RESULTADOS
... .. - . . z ‹ ú ø ~ . ¢ ú ú ¢ ou . ó ó ó n ¢ ‹ ~ ~ ¢ ¢ ú o .- -DISCUSSÃO
... ..CONCLUSÕES
... .. (0 % ... .. 0 'WREFERÊNCIAS
BIBLIOORÁEICAS
... ..Í
SUMMARY
... .. ... . . . ¢ - . ó ¢ ~ z « Q . - ¢ ‹ .- ¢ o a - ú ‹ ú ‹ ‹ ¢ ‹ ‹ ‹ ¢ 4. - ¢ . › ú ø o ~ ú ¢ z ø o ¢. - - ¢ z . . . o ~ - . . ú « › . « ¢ ó z . . . « ¢ às › - - ~ » . . . - . . . - . . z z ‹ ú . . .~ . ¢ ¢ ~ . . . z z . . . « - › . . .z . . . ¢ ¢ - « . . . . ¢ . . . ‹ . . nz . . ‹ . . . « . . .. â « ~ ~ . ¢ › ø ~ . . . . ó ó . . . « - . . . o . . nó ¢ « « « ¢ n ‹ ‹ ø ‹ ¢ ¢ ¢ ‹ ø ‹ ‹ ¢ ú ¢ ¢ ¢ ¢ ¢¢ z ó ú ‹ . . . ¢ ¢ . . ¢ . . ¢ . . . z o ú ¢ u u o ~ Q - zu .Eme ix' _Tabela Tabela III .. Tabela
IV
. TabelaV
TabelaVI
Tabela VII. Tabela VIII Tabela IX .. n . . . ú ú . . . . - ú . . - Q à ‹ . . « Q.ÍNDICE
DE TABELAS
à I 'fl _.»-«f-="“"“"""¬ 'TIM , . ... Tabela ... ... .. ... .... ... .. ... ... ... .. ... I' ICO ... ... .. 1' ICO ... ... ... 9 I'â ECO ... ... ... .. fã ICO ... ... ... .. If'GIã1CO
G
I'â If' ICO 6 .....
¢ ¢ ¢ ¢ o ¢ ú Q ø ‹ ¢ . ¢ ¢ ¢ ú ¢ ¢ | ú ø ø . ¢ ¢ u ¢ u . ¢ ¢ ú ¢ ø . ¢ ¢ ó ¢ o ¢ ¢ Q ú u o . - ú ú ø ¢ . › ¢ ú ø Q ‹ - ¢ ¢ ø › ¢ . ¢ ú ú . z . ¢ ¢ u ¢ ¢ « ú ¢ ú . ¢ - uz
t
INTRODUÇÃO
Desde
ostempos
antigos as fraturas supracondilianastêm
merecido
atenção da medicina,foram
descritasnos
primeiros trabalhosde
Hipócrates,que
jáadvogava
a colocaçãodo
braçona
"posiçãotomada
durante o usodo
arco", flexão,como
posiçãoadequada
para~
imobilizaçao,
embora
este assunto tenha sidomotivo de
controvérsiaentre autores antigos. ( 18 )'
As
fraturas supracondilianas estão entre o 2:/e\10° lugarna
freqüência ,global das fraturas
em
crianças,sendo
a principal causade
internação
em
crianças portadorasde
lesãodo
cotovelo (60%
). ( 3 ) ( 16 )N./` ~
/na
Í
(18)(21)
ny
8 ¿_3@z‹×C¿‹/,{/Â/“M
\//«
/«fe
-gm
ser t- Ocorre
mais
em
meninos do que
em
meninas;mais
do
ladoJ,
. . . . \ 4
esquerdo
do
que
no
d1re1to;mais
entre 3-10 anos,com
p1co aos 7,5amb
7
Quanto
ao tratamento, aindanão há
um
consenso.Enquanto
alguns autores preferem o tratamento ortopédico
por
tração trans- olecraniana seguidade
imobilização gessada, outros preferem redução fechadacom
fixação percutâneacom
fiosde
Kirschnerou
Steinmann,
eeste
tem
sido o tratamento de escolha paraquase
todas as fraturassupracondilianas
na
maioria das revisões. Ficando a redução abertacom
fixação interna reservada para
quando
houver: redução fechada difícil,fraturas expostas, fraturas
com
grande deslocamento e ,sofrimentoVascular.(2)(3)(15)(21)_
Quanto
às complicações, a fraturas supracondiliana deúmero
tem
sido o objeto de várias publicações devido àsua
alta incidênciade
complicaçõesiNo
passado a contratura isquêmicade
Volkmann
era a~“
×mais
comum
das complicações,nos
.últirnos anoscom
a fixaçãopercutânea os índices de incidência
da síndrome
deVolkmann
muito.
A
deformidade
e amanutenção
daboa
função são~ ~
agora os principais motivos de preocupação.
As
outras complicaçoesincluem, principalmente lesões dos nervos radial, ulnar e
mediano
e consolidação viciosa (com
desvioem
varoou
valgo ). ( 2 ) ( 11 ) ( 19 )(21)
_
`
8 Este trabalho
tem
por objetivo,não
só alertar os profissionaisda
\2
áre~umto
à existência e os riscosque
esta fratura oferece aopaciente,
bem
como
avaliar estatisticamente aincidênciaquanto
à idade,sexo, raça, lado acometido, lesões associadas, complicações,
tempo
de
internação e resultado final
do
tratamento, me compará-lacom
dados
da
literatura afim de obter parâmetros para
novos
trabalhos e estatísticaslocais.
1 -
REv1sAo
BIBLIQGRÁFICA
CASAGRANDE
"et al" ( 1.955 )afirmam que
as complicaçõescirculatórias são freqüentes neste tipo de fratura, e
por
isso deve-seavaliar a função circulatória
do
membro
afetado antes e depoisda
manipulação,
sendo que
a complicação vascularmais
comum
é a contraturade
Volkmann, podendo
também
haver lesão primáriados
nervos mediano, cubital e radial.
Outra
complicação é a consolidaçãoviciosa.( cúbito varo
ou
valgo ).WATSON
"et al" ( 1.978 )afirmam que
a fratura supracondíliana éa lesão
mais
comum
no
cotovelode
crianças, tornando-seprogressivamente
menos
freqüente ãmedida
que
a criança seaproxima
da
adolescência ecom
idademédia
de
incidênciaem
torno de 7,5 anos; eclassificam as complicações das fraturas supracondilianas
em
primárias10
( evitáveis ); as priinárias seriam basicamente a contratura isquêmica
de
Volkmann
e lesões primárias dos nervosmediano,
radial e ulnar, nestaordem
de
freqüência; as secundárias seriam decorrentesde
manipulações inadequadas e são basicamente lesões neuro-vasculares, miosite ossificante, consolidação viciosa e rigidez articular.
CANALE
"et al" ( 1.989 )afirmam que
a maioria das fraturasocorre
em
meninos
entre 5 ei8 anos, a contratura isquêmica
de
Volkmann
ocorreem
0,5% dos casos e os nervos ulnar, radial emediano
foram
envolvidos nessaordem
de freqüência.Afirmam
também
que
aredução fechada
com
fixação percutânea é ométodo
de
escolha parao
tratamento para a maioria das fraturas supracondilianas e
que
uma
consolidação viciosa resulta basicamentede
uma
reduçãoinadequada
no
momento
da
fixação.UCHIDA
“et al” ( 1.990 ) revisam 6 casos de fraturassupracondilares
em
crianças entre 3-14 anosque
resultaramem
”cubitusvarus” e
em
todos os 6 casos havia paralisiado
nervo ulnar 7 anos após a11
CULP
“et al" ( 1.990 )afirmam
qua
as injúrias nervosasem
fraturas supracondilianas de
úmero
em
crianças sãocomuns
( até9%
), eapós revisão
de
101 casos de fratura supracondilianacom
lesão nervosaconcluiu
que
amelhor
abordagem
para fratura supracondiliana fechada,com
deslocamento ecom
lesão nervosa é, após redução e fixação,expectante, e se
não houver
evidências clínicasou
eletromiográficasde
recuperação nervosa após 5
meses
de lesão, deve-se fazer a exploração cirúrgicado
nervo
lesado§I,
'RODRIGUEZ
"et al" ( 1.990 )
estudam
120 casos de fratura supra-condiliana
com
desvio sevrosem
comprometimento
vascular tratadoscom
tração trans-esquelética e acreditaque
estemétodo
é ~maissatisfatório
do
que
aabordagem
cirúrgica.URLUS
"et al" ( 1.991 )afirmam
que
a fratura supracondilianade
úmero
é a fraturade
cotovelomais
comum
em
crianças e adolescentes,ocorrendo principalmente entre 3-10 anos
de
idade,mais
em
meninos
do
que
em
meninas
emais
no
lado esquerdodo
que
no
direito.Afirmam
ÊEnÍ¡`¡.`â".:'^°.***'f-‹-7-.._..
Hüen
d _ z 12C ê Saude Ufä
msuorsêit '
BOYD
"et al"( 1.992 ) após estudo prospectivocom
71 pacientes,concluem que
a redução fechadacom
fixação percutânea possui váriasvantagens
em
relação aos outros tratamentos propostos.O
tempo
de
intemação
é curto.Se
a redução for “gentil” zotrauma
intra-operatório émínimo,
poisnão há
necessidadede
aberturado
fococom
pouco
riscode
miosite ossificante ediminuição
da
mobilidade.Diminui
o riscode
síndrome
compartimental.Mas
tem
algumas
desvantagens,como
risco anestésico, injúria nervosa durante a colocaçãodos
fios,ou
infecçãono
focodos
fios.V
'
MILLER
( 1.992 ) afirmaque
as complicaçõesmais
comuns
na
fratura .supra-condiliana são lesões nervosas ( radial>mediano ), lesões
vasculares (
aguda>Volkmann
), rniosite ossificante e cúbito varo.SUTTON
"et al” ( 1.992 )afirmam
que
60%
das injúriasortopédicas
em
cotovelode
crianças sãopor
fratura supracondiliana, ecompara
resultados e custosda
fixação percutâneacom
osda
traçãotrans-esquelética
no
tratamentode
fraturas supracondilianascom
deslocamento, e afirma
que
os resultados são basicamente osmesmos
para os dois tipos de
abordagem
eque
o custo chega a ser100%
inferior13
no
caso da fixação percutânea.SETTON
"et al" ( 1.992 ) apósestudarem
11 casosde
paralisiado
nervo radial associadas a fratura supra-condiliana de úinero
em
crianças,afirmam que
a indicaçãoda
abordagem
depende
do
grau de paralisia: sea paralisia fé incompleta, a terapêutica indicada é a redução fechada,
seguida
de
redução cirúrgica se va primeira tentativade
redução fechadanão
for satisfatória.A
abordagem
inicialmente cruenta fica reservada para os casosem
que
a paralisia é completa, sensorial e motora.PRINCHASUK
( 1.992 ) afirmaque
uma
complicaçãoincomum
pode
ocorrerem
decorrência da fixaçãocom
fiosde
Kirschnerpor
um
tempo
maior
que
o necessário: Paralisiado
nervo ulnar.»
CRAMER
“et a1" ( 1.992 )afirmam que
areduçãoanatômica
éo
objetivo inicial
do
tratamento, se istonão
pode
ser alcançadocom
uma
redução fechada, a redução abertadeve
ser realizada.FRANCE
"et al"concluem que
a redução fechada e fixação14
melhores
resultados clínicos.ALBURGER
"et al" ( 1.992 )afirmam que
urna redução fechadaretardada guiada
por
radioscópio após 3-5 diasde
tração traz ótimosresultados.
WILKINS
"et a1" ( 1.993 )afirmam que
o fator-chavena
incidênciadas fraturas supracondilianas' de
úmero
é a idade, quaseque
exclusivamente são fraturas de esqueletos imaturos,
com
pico entre 5-8anos.
Quanto
a incidênciapor
sexo, oshomens
sofrem quase
2 vezesmais
fraturasque
ias mulheres. Dois terços (2/3
)de
todas asinternações de .crianças
com
lesãono
cotovelo são por fraturas supracondilianas.O
ladoesquerdo
ê afetadoem
cerca de 62,8%; lesões neuraisocorrem
em
7,7%
das fraturas;onervo
mais
lesado é o radial(
41,2%
), seguidodo
mediano
(36%
) e ulnar (22,8%
); fraturasda
extremidade homolateral «ocorrem
em
1%;
a contraturade
Volkmann
ocorre
em
0,5% dos casos.Os
autores relacionam aanatomia da
parte distaldo
úmero
15 óssea ocasionada pela fossa olecriana; pela frouxidão ligamentar
com
hiperextensão,que
énormal
nas crianças; e pelo fatoda
área envolvidasofrer constante remodelação óssea nesta faixa etária.
MERENSTEIN
"et al" ( 1.994 )afirmam que
o pico etáriona
fraturasupracondiliana é entre 3-6 anos.
LORRAINE
"et al" ( 1.994 )afirmam que
fraturassupracondilianas são emergências
médicas
que
requerem
tratamento imediato para evitarou
mesmo
tratarde
complicações, principalmente neurovasculares.VILLEGAS
"et al” ( 1.994 )afirmam
que
o tratamento de escolhapara a fratura supracondiliana é a redução fechada
com
fixação percutânea, pois estatem
melhores
resultados emenores
índicesde
~
complicaçoes.
SOBANIA
"et col" ( 1.995 )afirmam que
52,4% das fraturasde
cotovelo são supracondilianas; ocorrendo principalmenteem
meninos
entre 3-10 anoscom
pico entre 4-7 anos.J
2 -
MÉTODO
O
autor realizouum
estudo retrospectivo,onde foram
selecionados e revisados 200 prontuáriosmédicos de
crianças internadasno
H.I.].G.durante o período entre janeiro/ 88 à
março/
94,com
diagnósticode
fratura supracondiliana
de úmero,
tratadascom
redução fechada e~
fixaçao
percutânea.Foram
analisados estatisticamente a idade dos pacientes,o
sexo, araça, o lado acometido, as lesões associadas, as complicações, o
tempo
de
internação e os resultados finais.
Os
dados
obtidosforam
distribuídosem
tabelascom
números
reaise percentuais e gráficos para
melhor
percepção estatística.Os
resultadosobtidos
foram
analisados ecomparados
com
a literatura existente sobre oassunto. '
I
‹ l
\
3 -
RESULTADOS
Quanto
ao sexo, o sexo masculino representou a grande maioria dos casos, perfazendoum
totalde
135 casos ( 62,5% ) deum
universode
200 casos,
enquanto
asmeninas foram
acometidas por 75 Vezes›(37,5%
)., .
Tabela - I/ Gráfico - 1. ' ~‹
TABELA
I~
_
.
DISTRIBUIÇAO
QUANTO
Ao
.SExoSEXO
N
/°DE
CAsos
%
z zMAscUL1No
N
125 62,5%FEMININO
75 37,5%ToTAL
V 200100%
\ N18
¬
GRÁFICO
1'
DISTRIBUIÇÃO
QUANTO
AO
SEXO
140 125 120 *S 10° rs 80 * 60 I » A . 40 __ 20 z/” O ~ I O I I z: | Casos Feminino Masculino Sexo
\
, \Quanto
ao lado acometido, o lado esquerdo foi omais
X freqüentemente atingido, atingindo
um
total de 122 casos (61%
)de
um
O
universo
de 200 casos,enquanto
o lado direito foi acometidopor
78vezes (
39%
). Tabela -II / Gráfico - 2TABELA
IIDISTRIBUIÇÃO
QUANTO
AO LADO
ACOMETIDOV
1
LADO
ACOMEIIDO
F 'N
°DE
CASOS
1%
IDIREITO
7839%
AEsQLIERDOc.IIcc.,1,_ .Aim O AA
122m
61%
TOTAL
200100%
'\19
GRÁFICO2
A ADISTRIBUIÇÃO
QUANTO
Ao LADO
ACOMETIDO
« ^140 122 120 100 73 ~ 80 60 40 20 ' Ú ' ' I '| | I Direito Esquerdo Casos 8 Lado Acúmetido v
Enquanto
ao lado esquerdo foi acometido 86 Vezes (68%
)nos
meninos,
num
universo de 125 casos; representou apenas 26 casos(48%
) nasmeninas
num
universode
75 casos.Complementarmente
o lado direito representou 39 casos (31,2%
)nos
meninos,enquanto
nasmeninas
representou 39 casos (52%
)invertendo a relação de freqüência
do
lado acometidoem
comparação
com
os meninos. Tabela -III / Gráfico '- 3TABELA
IIID1sTRIIsUIçÃo
Dos
LADOS
QUANTO
Ao
.SEXO .H
LADO
DIREITO
|]LADoEsQUERDO[|
TOTAL
FEMININO
A39 casos =
52%_
36 casos =48%
75 casos= 100%
20
GRÁFICO
3DISTRIBUIÇÃO
Dos
LADOS
QUANTO
AO
SEXO
O so 86 80 ' 70 60 5° 39 39 40 36 30 20 10 0 ' I
Direito Esquerdo Direito Esquerdo
9
Feminino Masculino
Quanto
à raça, amais
acometida nesta casuística foi a raça branca,. Q.
'
prefazendo
um
total de 197 casos ( 98,5% ) dos 200 analizados;enquanto
a raça negra foi acometida
em
apenas 3 vezes ( 1,5% ).Tabela -
IV
/ Gráfico - 4 9TABELA IV
DISTRIBUIÇÃO
QUANTO
À
RAÇA
RAÇA
N°
DE
CASOS
%
BRANCOS
197 casos 98,5%NEGROS
3 casos 1,5%21
"
GRÁFICO
4'
DISTRIBUIÇÃO
QUANTO
À RAÇA
197 200 ¬ 150 ‹ so ` 1 ` 3 Ú l I '===` I I I Branca Negra Casos :JQO Raça
As
lesões traumáticas associadasmais
comumente
encontradasforam,
em
ordem
de freqüência, as seguintes: Fraturados
ossosdo
antebraço, 3 casos representando 1,5%
do
totalde
pacientes,sendo
acomplicação
mais
freqüêntena
nossa casuística; lesãodo
nervo radial, 2casos, representando
1%
do
total de pacientes; seguidos por lesãodo
nervo
ulnar, fraturade punho,
fraturade
olécrano e fraturado
côndilo externo, todoscom
1 caso. Tabela -V
TABELA
V
'
LEsöE§
AssocIADAs
MAIS
CoMUNs
LEsÃo H ä I
N
° DE CAsos
%
LEsÃo
Do
NERvo
RADIAL '2 casos ' '
1%
LEsÃo
Do
NERvo ULNAR
11 caso 0,5%
FRATURA Dos Ossos
Do
ANTIIBRAÇO 3 casos - 1,5%FRATURA DE
PuNHo
'1 caso | 0,5%
FRATURA DE
OLÉCRANO
1 caso Í 0,5%FRATURA DE (IôNI)ILo ExTERNo 1 caso 0,5%
TOTAL 9 caso
_
122
Quanto
às complicações, elas ocorreramem
8 pacientes (4%
),sendo
que
as complicações primárias foram: lesãodo
nervo radialcom
2 casos (1%
) e lesãodo
nervo ulnarcom
1 caso ( 0,5% ); e as lesõessecundárias foram: infecção
com
2 casos ( 1%
), consolidação viciosa 1caso ( 0,5% ), refratura
com
1 caso ( 0,5% ) ecomprometimento
vascularcom
1 caso ( 0,5% ). Tabela -VI
TABELA VI
_CoMPL1cAçÕEs
MAIS
CoMUNs
CoM1=L1cAçÃo I
N° DE CAsos
I%
PRIMÁRIAS: 2 casos
1%
LEsÃo
Do
NERvo
RADIAL
ACOMPROMETIMENTO
1 caso 0,5%a
VASCULAR
-LEsÃo
Do
N
Elwo
ULNAR
11 caso ` 0,5% SECUNDÁRIAS: 1 caso 0,5%
CoNsoL1DAçÃoV1c1osA
REFRATURA
- 1 caso 0,5%TOTAL
- 1 8 casos 04%
Com
a idade dos pacientes, a idademédia
dos
pacientes ficouem
tornode
6,75 anos,com
picode
incidência entre 7-8 anos. Tabela - VII / Gráfico - 5ç
INFECÇÃO
2 casos|
1°/›
TABELA
VII'IDADE
Dos
PACIENTES
IDADE
EM ANos
iN°
DE CAsos%
0-1 ~ 4
2%
._ 1-2 63%
p 2-3 84%
3-4 19 9,5% p 4-5 17 8,5% A 5-ó 27 - 12,5% 1 ó-729'
14,5% _ 7-8 31 __ 15,5% E s-9 19 * 9,5% : 9-1o | 168%
_1o-11 Í 147%
11-12 63%
12-13 3 1,5% 13-14 3 . 1,5% TOTAL 200 100%internação ficou
em
tomo
de
1,8 dias,sendo
112 pacientes (56/
)permaneceram
internados durante apenas 1 dia, 48 pacientes (24/
)/
,A
GRAHCO
5IDADE
Dos
PACIENTES
35 30 25 31 27 29 19 .. 17 19 16 Casos emäää -›-as Nim ¿_ ›1 um mm' wm í E A 8 9 10 Idade ~
O
tempo
de ínternaçao variou entre 1 13 dias, otempo med1o
de
24
permaneceram
internadospor
2 dias, 22 pacientes (11%
)permaneceram
internados
por
3 dias, 8 pacientes (4%
)permaneceram
internadospor
4días, 3 pacientes ( 1,5% )
permaneceram
internadospor
5 dias, 2pacientes (
1%
) por 6 dias, 1 paciente ( 0,5% ) por 7 dias, 2 pacientes(
1%
)por
9 dias, 1 paciente ( 0,5% )por
10 dias e 1 paciente ( 0,5% )por
13 dias. Tabela - VIII / Gráfico - 6
.TABELA VIII
TEMPO
DE INTERNAÇÃO
Dos
PAc1ENTEs
.¬ \
D1As
N
° DE'PAc1ENT_Es%
I-\ 112_
só, Ê) I\) 48 ' G 24, DJ ` C9 22 11, 4:. ÊTÊ Ê' U1 Éíš I | ~ 1,5 o\ . Í5 il 1 - 1,0 \1 C1m Í 0,5 | ~ ,. Mp 4 O,L| __ - O0 (IJO _. ,` \\ 1 \ I 1,‹_› 1, xo 10 01 A I* ` 0 C* Li (-1 `_ U1 11*~e
0 ~' f:1 G › Í *I Í_3 «Í 12 __, P ,Ê 1:1É Í:L r ) 531 1-› / TozrAL_100%
«N
13 , . .L :›,5 ~ zooGRÁFICO
6TE1vu=o
DE
INTERNAÇÃO
Dos
PACIENTES
120 112 100 Casos O O
s
é
°° àQ NN * os 2° I I os oz o1 oo oz o1 oo oo o1 ° I _ n Í12345678910111213
Tempo de Internação dos Pacientes
25
Oa
resultadosforam bons
em
99%
dos casos, ocorrendo 1 casode
consolidação viciosa e 1 “caso
de
refratura. Tabela - IXTABELA
IX
lRESULTADOS
FINAISDo
TRATAMENTO
í
~ 7 z Azzz z ~z f "fñ * " "WÍ ~ L /lJ»
fÍ/z
// V z.REsUL'rADos
N°
DE
CAsos
%
/7
z"B}»z/
198 E 99°/OW”
021%
TQTAL
zoo100%
4
-DISCUSSÃO
Em
relação ao sexo, o masculino foi omais
afetado ( Tab. I )provavelmente, isto deveu-se a
uma
maior
atividade dos meninos,em
relação à brincadeiras
com
perigode
trauma.A
literatura encontrada foiunânime
quanto a freqüência por sexo.(3)
( 10 ) ( 15) ( 18) (21 )A
idade das crianças ( Tab. VII ) teve a vercom
fatores anatômicosfacilitadores já citados, a
uma
menor
capacidadede
se defenderde
traumas
e a urnamaior
exposição a traumas relativos a esta faixa etária.Também
houve
uma
unanimidade quanto
ao pico etário. ( 2 ) ( 10 ) ( 15 )(13)(20)(21)
_
Quanto
ao lado acometido, o esquerdo foi omais
afetado. ( Tab. Il ),provavelmente
por
existiremmais
destrosdo que
sinistros,sendo
27
assim, o braço esquerdo,
por
uma
menor
habilidade, estaria exposto a. `“'*`\
H
uma
queda
com
fratura. Existiu absoluta concordânciacom
a literatura\ ›
em
reiaçâø ao iaâómais
afefza0.(3) ( 10) ( 15) ( 18)(20)
(21 ›t
i 4
'
,
Quanto
amaior
freqüência de fraturasno
braço direito nas zmeninas
( Tab. III ),uma
vezque
nada
foi encontradona
literaturaque
_ _,___
‹
._ \ `
enfocasse este assunto, i só
me
resta especular a respeito: istopode
se\ .
._ '
-_
devera
vários fatores,como
por
exemplo,umaamostragem
viciosa nestacasuística; a causa
da
fratura nas meninas,que por serem
menos
ativasJ
Í
-.
estariam mais expostas a traumas diretos
do
que quedas
em
extensão, .'›\` H] _ .
que
ocorreriammais nos
meninos
pela suamaior
atividadeem
~ I Í Í " I I 0 .
recreaçoes traumaticas.
Outra
hipotese,menos
provavel, seria apossibilidade de,
em
um
dado
momento
do
desenvolvimentomotor
dasmeninas, estas tivessem urna
maior
habilidadecom
o braço esquerdodo
que
os meninos, oque
equilibraria a incidência dos lados acometidos nas/meninas.
~
Em
relaçao à raçamais
.acometida ( Tab.IV
),nada
foi encontradona
literaturaque
evidenciasse a predisposiçãode
urnaou
outra raça paraesta fratura, portanto,
embora
sem
estatísticasque
enfoquem
o assunto,'
28
não
é temeroso afirmarque
a alta incidênciada
raça branca nestaestatística deveu-se a
maior
prevalênciada
raça brancaem
nosso meio.Em
relação às lesões associadas ( Tab.V
),foram
lesões decorrentesde
traumas acessórios,ou
mesmo
por
uma
gravidademaior
da
fratura,em
certos casos.Quanto
ao tratamento,embora
não
hajaum
consenso totalquanto
aomais
indicado, os resultados desteestudo corroboram
a tendência geralem
tratar a fratura supracondilianade
úmero
com
redução fechadaefixação percutânea, devido aos baixos níveis de complicações,
mínimo
tempo
de
internação e custos, e ao alto nívelde bons
resultados. ( 1 ) ( 2 )(3)'(5)(7)(9)”(13)l(16)(13)(19)
Quanto
as complicações ( Tab.VI
),foram
encontradascomplicações
que
ocorreramde forma
priinária ( inevitáveis ),como
comprometimentos
neuro-vasculares; ~ e complicações secundárias( evitáveis ),
como
consolidação viciosa, refratura e infecção,mas
todasnos
limites aceitáveis das estatísticasda
revisão bibliográfica.Não
houve
\
29
" \-.
_
a prevensão ideal para esta complicação. ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 11 ) ( 12 )
(14
)(17)(19)(20)(21)
`v
Quanto
aotempo
de internação dos pacientes( Tab. VIII ), o
tempo
de internação
médio
dos pacientes foide
1,8 dias, a literatura relaciona o baixotempo
de internaçãocom
o tratamento aplicado.Os
que
ficarampor mais
tempo, ficarampor
complicações ortopédicasou
não, lesõesassociadas,
ou
problemas
desaúde
prévioscomo
por exemplo, crianças'
desnutridas,
que acabaminternadas
em
caráter socialou
contraindouma
infecção nosocomial. (Ê )z
7
Quanto
aos resultados finaisdo
tratamento ( Tab. IX ),,em
nossacasuística .-a grande maioria dos pacientes obteve
bons
resultadoscirúrgicos (
99%
), isto deveu-seprovavelmente
auma
boa
indicaçãocirúrgica, urna
boa
técnica cirúrgica e`bons
cuidados pré e pós-coNcLUsÕEs
1. Afeta
predominantemente
o sexo masculinoem
relação ao feminino.2.
Predomina
no
lado esquerdoem
relação ao direito.ç 4.- _ - .¬, ,V A iv _ .. f
T3
Í" , . . .~‹mm-or
1nc1denc1ade
fraturasdo
lado direitoem
meninaã
merece
H
uma
melhor
avaliação,que busque
as causas desteachado
em
nossa casuística.
4.
Quanto
à raçamais
acometida a branca foi amais
freqüente,por
ser a raça predorninante
em
nosso meio.5.
A
faixa etáriapredomina
entre 3-10 anos,com
o pico entre 6-7anos.
6.
As
complicações vásculo-nervosas sãocomuns,
mas
com
bom
V prognóstico.
31
empregado.
A
consolidação Viciosa éuma
complicaçãonão
rara e o ortopedistadeve
estar atento, principalmenteno
momento
de
redução, pois~
esta é
uma
complicaçao evitável.f°""""""'e`__-vlqrarf
ãx
O
tempo médio
depermanência dos
pacientes foi IríJ'1ÍiTn“o,\e ospacientes
que
fugiramda
estatística, provavelmente,em
suagrande
maioria, o fizerampor
motivos extra-ortopédicos,ou
por
~ ~
.ofivos_orto~sociados
à fraturaem
questao.Ocorreram
altas taxas debons
resultadosÍfin
o
tratamento'por
~ ~
reduçao incruenta e fixaçao percutânea
no
H.I.].G.,provando que
esta técnica é apropriada para o tratamento desta afecção,
além de
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regiãodo
cotovelo. In:3 ed. v. I. cap. 6 - parte II. 1.993. p.
RESUMO
O
autor revisou 200 prontuáriosde
-crianças internadasno
H.I.].G.em
Florianópolis,no
período de Janeiro/ 88 .àMarço/
94, por fratura supracondilianade úmero,
submetidas a redução incruentacom
fixação percutânea.Os
dados
estatisticamente viáveisforam
analisados eSUMMARY
The
autorreviwed
200handbooks
of intern children in the ].G.Childlinl<e Hospital in Florianopolis, 'from january/ 88 until
march/
94,by
supracondylar fracture of thehumerus,
treatedby
closed reductionand
percutaneous fixation.The
data statisticaly passablewas
analysedTCC
UFSCCC
0219 Ex.-l ú UFSC CC 0219Autor: Souza, Bóris Cássi _
C
972806834 'Ac. 253041
Em UFSC Bsccsm ~