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Celebração das Exéquias A PASCALIDADE DA MORTE DOS CRISTÃOS

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Celebração das Exéquias

(2)

INTRODUÇÃO

• A

celebração

das

exéquias

recupera

a

índole

pascal

da

morte cristã, expressa no atual

Ritual de Exéquias, reformado

por ordem do Concílio Vaticano II.

(3)

• A morte sempre foi celebrada na tradição cristã como passagem para a vida eterna, chegando o Apóstolo a desejá-la: “o viver para mim é

Cristo é o morrer é lucro”

(Fl 1,21).

• Por isso mesmo, seu aspecto pascal sempre prevaleceu na liturgia, sobretudo no culto aos mártires.

• O Concílio Vaticano II recuperou a força da expressão “o mistério pascal de Jesus Cristo” para significar o ser e a missão do Filho de Deus no mundo e a continuação da sua obra através da Igreja.

(4)

• Na sociedade atual a morte não é vista como uma “passagem”, mas como um “fim tenebroso”.

• De um lado, há uma negação da morte. Por isso, tentam torná-la o mais ausente possível dos olhos de toda a sociedade.

• De outro lado, ela é vista como um espetáculo de curiosidade, um show para expectadores.

• Neste contexto, reconhecer e assumir a morte é admitir os limites da própria existência, bem como a falência do sistema contemporâneo, incapaz de saciar uma civilização desejosa de felicidade e vida sem limites.

(5)

• Para muitas pessoas, experiência da morte continua sendo uma ameaça e um extremo desconforto, um atentado à auto-suficiência pretendida pela sociedade moderna.

• Assim, torna-se difícil conceber a própria morte. Ainda mais, a morte dos outros é apenas tolerada e não há muito espaço para manifestações que exprimam os sentimentos de luto.

(6)

• Por causa da banalização da morte,

perderam-se muitas atitudes rituais

que ajudavam a enfrentá-la.

• Julga-se que dela é preciso livrar-se

o quanto antes, para se retomar as

atividades

rotineiras,

que,

muitas

vezes, mascaram um sistema que

provoca

mortes

prematuras

e

violentas.

(7)

• De uma forma ou de outra a

morte

é

um

dos

grandes

desafios a serem enfrentados

na cultura atual.

(8)

• Uma

das

propostas

mais

brilhantes

veio

da

reforma

litúrgica do Concílio Vaticano II:

“exprimir mais claramente a

índole pascal da morte

cristã”

(SC 81).

(9)

• Recuperar na prática celebrativa a índole pascal da morte cristã é um processo lento, seja pela falta de formação, seja pelo despreparo dos ministros, seja, ainda, pelos resquícios da antiga mentalidade e as dificuldades apresentadas na pós-modernidade.

• Numa sociedade que perdeu a ritualidade frente à morte, o tema permanece um tabu, porque traz à tona a impotência da humanidade diante da própria finitude.

(10)

• A dimensão pascal da morte

permeia

toda

a

celebração

exequial,

suscitando,

além

da

esperança

da

vida

eterna,

o

compromisso solidário, sobretudo

para com as vítimas da violência,

opressão e exclusão.

(11)

• A morte do cristão precisa ser

entendida como páscoa para a

vida em plenitude.

• Libertado dos laços da morte

pelo

sacrifício

do

Cordeiro

imolado

na

cruz,

o

cristão

participa do mistério de Cristo.

(12)

• O dia da morte inaugura para o

cristão a consumação de seu

novo

nascimento,

iniciado

no

Batismo, conferida na unção do

Espírito Santo e antecipada na

Eucaristia (CIC, 1683).

(13)

• Temos uma convicção de fé: O

cristão que morre em Cristo Jesus

“deixa este corpo para ir morar

junto do

Senhor”(2Cor 5,8).

(14)

• As primeiras comunidades cristãs nos

apontam para uma compreensão positiva

da morte, entendida como participação no

mistério de Cristo.

• O sentido pascal da morte era claro, como

podemos ver a partir do testemunho dos

mártires. Estavam certas que as portas da

vida plena foram abertas exatamente pela

vitória de Cristo sobre a morte violenta na

cruz.

(15)

• Assim como Jesus fora glorificado

pela sua fidelidade ao projeto do Pai,

também

o

cristão,

pela

fiel

perseverança

no

seguimento

de

Cristo

até

o

fim,

torna-se

co-participante da mesma herança que o

Filho de Deus conquistou ao preço de

seu Sangue Redentor.

(16)

• Portanto, a experiência da morte e

ressurreição em Cristo, antecipada

misticamente no batismo,

completa-se na morte real de cada cristão. A

partir disso, pode-se afirmar que a

morte do cristão é a sua derradeira

páscoa, na páscoa de seu Deus e

Senhor.

(17)

RITUAL DAS EXÉQUIAS

• O ritual de exéquias solicitado

pelo

Concílio

Vaticano

II

recuperou a índole pascal da

morte cristã (SC 81).

(18)

• O caminho e os métodos percorridos pela reforma litúrgica (SC), colaboraram para que a mentalidade pascal fosse ressaltada no ritual das exéquias.

• “Os funerais cristãos não conferem ao defunto nem sacramento nem sacramental, pois ele ‘passou’ para além da economia sacramental”(CIC, 1684).

(19)

• Estamos convencidos de que é

necessária dar atenção à preparação

da celebração das exéquias, a fim de

que ela expresse a relação entre o

Mistério Pascal do Senhor e a índole

pascal da morte cristã.

• Não podemos deixar a preparação

para uma celebrações de exéquias

depois informados sobre a morte de

alguém.

(20)

• A Eucaristia é a mais elevado ação

onde professamos nossa fé na

vida

eterna,

enquanto

se

aguardamos

a

vinda

gloriosa

do

Senhor Ressuscitado.

(21)

• A exéquia celebrada, na missa ou

fora da missa, permite

viver a vida

presente com os olhos fixos na

eternidade, considerando a finitude

de nossa existência terrena como um

passo importante neste caminho para

o futuro.

(22)

• Celebramos os funerais em três lugares: casa, igreja ou cemitério. Merece atenção a realidade da família, os costumes locais, a cultura e a piedade popular, a composição da assembléia (católicos, evangélicos...). Merece importância o ministério da presidência, seja de do ministro ordenado ou de leigos e leigas.

• É necessário exercer bem o ministério, pois celebrarmos a morte como um evento pascal.

(23)

Esquema comum para

celebrações de um funeral

1. Acolhimento da comunidade 2. Liturgia da Palavra

3. Sacrifício eucarístico (quando posível) 4. Ritos finais (adeus)

(24)

SUBSÍDIO NOSSA PÁSCOA

No subsídio “NOSSA PÁSCOA” oferece uma riqueza de celebrações para:

VELÓRIOS:

• Em forma de celebração da palavra; • Em forma de ofício divino;

(25)

ENCOMENDAÇÕES:

É a celebração que acontece antes de iniciar a procisão de enterro.

SEPULTAMENTO:

É a celebração própria para a hora em que o corpo é depositado na sepultura.

(26)

• ORIENTAÇÕES:

Exéquias com crianças;

Para quem escolheu a cremação;

• APÊNDICE:

A apêndice 1 apresenta diversos textos bíblicos apropriados para a celebração das exéquias. O apêndice 2 alguns cânticos apropriados, tirados do Hinário Litúrgico da CNBB e do Ofício

(27)

• Ainda

que

marcadas

pela

dor

humana da separação, as lágrimas

dos cristãos são consoladas pela fé e

a celebração litúrgica, especialmente

a missa de 7º dia, auxilia os cristãos

a viverem o luto como um elemento

salutar e necessário no processo da

caminhada da fé.

(28)

• Hoje, na celebração das exéquias é

possível conciliar a dimensão da

intercessão (sufrágio) pelos defuntos

e a dimensão do consolo diante da

separação

de

entes

queridos,

justamente por causa da esperança

na vida eterna.

(29)

• Assim, a celebração das exéquias, em suas diversas etapas, é marcada pela acolhida fraterna de irmãos, pela escuta orante da Palavra de Deus e, quando possível, culminada com a celebração eucarística.

• A visibilidade dos sinais sensíveis e das ações simbólico-rituais da liturgia são auxilio eficaz para se celebrar a esperança na páscoa definitiva.

(30)

• Um fator a ser recuperado é o

sentido

do

luto

e

nossa

presença eclesial, sobretudo,

ao longo dos 7 dias.

(31)

• Outro problema é a cremação,

para a qual não estamos bem

preparados

liturgicamente,

até

porque já houve muita resistência

da Igreja a isto.

(32)

• Estamos conscientes da necessidade de recuperar a pascalidade da morte cristã. Desta forma, os cristãos enlutados podem professar a fé, celebrando no mistério da páscoa de Cristo a páscoa dos que partem deste mundo para a casa do Pai. Escolher e preparar bem o roteiro celebrativo é fundamental para que se atinja os objetivos de uma celebração conforme a Igreja orienta.

(33)

• Resta-nos a esperança de que possamos aprofundar estas e outras dimensões, sempre em função de celebrarmos melhor o mistério de Cristo que “participou da

nossa condição, a fim de destruir pela morte o dominador da morte, e libertar os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte” (Hb 2,14).

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