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4. Pós - enquanto forma farmacêutica e em uso intermédio

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Academic year: 2021

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4. Pós - enquanto forma farmacêutica e em uso intermédio

4.7. Identificar e descrever sumariamente os ensaios de verificação de pós…

• De identificação

– Características organoléticas (cor/aspeto, cheiro, sabor*) – indicativas da identidade e estado de conservação

– testes de sedimentação (pós usados para adulterar podem ter densidades/tensão superficial diferente e um comportamento específico quando lançados na água) – exame microscópico,

– reações de coloração e precipitação características,

– ponto de fusão (pós cristalinos quimicamente definidos como uma única substância) – espectros de absorção (ultravioleta e infravermelho)

– solubilidade,

– Determinação da densidade,

– cromatografia de papel (implicando extracção)....

• De pureza

(2)

• Apreciação da tenuidade (granulometria) dos pós

– por tamisação - a seco, a húmido, sob fluxo de ar (~ tamanhos > 75µm) – por microscopia optica (geralmente tamanhos > 1 µm)

– por adsorção de gás; (medição da diminuição da pressão proporcional à quantidade de ar absorvido em camada monomolecular - sensibilidade para tamanhos 0,002-20 µm)

– Por sedimentação/centrifugação (medição do tempo de sedimentação num fluido, geralmente um líquido não solvente, em levigadores ou centrífugas -geralmente para tamanhos < 30 µm)

– por extinção de um feixe de radiação;

– por determinação eletrónica (contador de Coulter – medição da resistência provocada pela passagem da partícula no orifício por onde passa a corrente elétrica entre 2 eletródos)

(3)

• Apreciação da tenuidade (granulometria) dos pós

FP9 2.9.12. Classificação granulométrica dos pós por tamisação

A tenuidade de um pó pode exprimir-se em relação aos tamises que cumprem as especificações dos tamises não analíticos (2.1.4).

(…) definida em função do ou dos números do ou dos tamises utilizado(s)

Pó grosso. Pó em que, no mínimo, 95 por cento da massa do pó passa através de um tamis número 1400 e em que não mais de 40 por cento em massa passa através de um tamis número 355.

Pó medianamente fino. Pó em que, no mínimo, 95 por cento da massa do pó passa através de um tamis número 355 e em que não mais de 40 por cento da massa passa através de um tamis número 180.

Pó fino. Pó em que, no mínimo, 95 por cento da massa do pó passa através de um tamis número 180 e em que não mais de 40 por cento da massa passa através de um tamis número 125.

Pó muito fino. Pó em que, no mínimo, 95 por cento da massa do pó passa através de um tamis número 125 e em que não mais de 40 por cento da massa passa através de um tamis número 90.

Quando o pó é caracterizado por um número de tamis, o tamis com esse número deixa passar, no mínimo, 97 por cento do pó, salvo indicação em contrário.

(4)

• Apreciação da tenuidade (granulometria) dos pós

FP9 2.9.38. Estimativa da distribuição granulométrica por tamisação analítica – preferencialmente a seco – com agitação mecânica, ou com corrente forçada de ar “O princípio do método é o seguinte:

os tamises são empilhados uns sobre os outros por ordem decrescente de malha e a amostra do pó é colocada no tamis superior; após agitação da coluna de tamises

durante um período indicado, pesa-se a quantidade da amostra retida em cada tamis. O ensaio indica a percentagem em massa de partículas compreendidas em cada

intervalo granulométrico.”

• use uma amostra compreendida entre 25 g e 100 g

• O ponto final da análise por tamisação é atingido quando a massa retida em cada tamis não varia mais do que 5 por cento ou cerca de 0,1 g

Métodos farmacopeicos

TAMISES ANALÍTICOS

(5)

• Apreciação da tenuidade (granulometria) dos pós

FP9 2.9.37. Microscopia óptica (subsecção: Caracterização do tamanho das partículas) • Caracterização do tamanho das partículas.

– Para as partículas esféricas, o tamanho é definido pelo diâmetro.

– Para as partículas irregulares pode ser definido de diversos modos. Regra geral, (…) deve compreender informações sobre o tipo de diâmetro determinado, bem como sobre a forma da partícula.

(6)

• Apreciação da tenuidade (granulometria) dos pós

FP9 2.9.31. Determinação do tamanho das partículas por difração dos raios laser (análise do perfil de difração obtido quando as partículas são expostas a um feixe de luz monocromática.)

“PRINCÍPIO

Uma amostra representativa, dispersa em concentração adequada num líquido ou num gás apropriado, é atravessada por um feixe de luz monocromática, geralmente laser. A luz difundida pelas partículas em diferentes ângulos é determinada por meio de um multidetector e os dados numéricos representando o perfil de difusão são registados para a análise. Esses dados de difusão são então transformados por intermédio de um modelo óptico e de um algoritmo matemático apropriados, obtendo-se uma partilha do volume total num pequeno número de classes de dimensões, isto é, uma distribuição granulométrica em volume.”

(7)

• Determinação do “volume aparente” (volume do pó mais ar) – sem compactação: volume bruto

– depois de compactar: volume reduzido

FP_9 2.9.15 Volume aparente a) Volumes aparentes:

V0 ml, V1250 ml, ou V2500 ml. b) Capacidade de compactação:

diferença V10 ml – V500 ml. c) Massas volúmicas aparentes:

–antes de compactação (ou do produto em bruto): m/ V0 (gramas por mililitro),

–após compactação (ou do produto reduzido): m/ V1250 ou m/ V2500 (gramas por mililitro).

(8)

• Determinação do ângulo de repouso

(resistência ao movimento relativo das partículas

– caracterização do comportamento em fluxo: Reometria) _ estático ou cinético “O ângulo de repouso não é uma propriedade intrínseca do pó;

é dependente do método utilizado para formar o cone.” FP_9

FP_9 2.9.16 Escoamento (para pós e granulados) – medição do tempo de escoamento por um funil, sob acção da gravidade)

(9)

FP_9 2.9.36. Escoamento de pós - 4 métodos: • (1) Ângulo de repouso (estático ou dinâmico)

(10)

FP_9 2.9.36. Escoamento de pós - 4 métodos:

– (2) Índice de compressibilidade ou índice de Carr (acrónimo inglês = IC) e razão de Housner HR (acrónimo inglês = HR)

IC=100*(V

0

-V

f

)/V

f

HR=V

0

/V

f

(11)

FP_9 2.9.36. Escoamento de pós - 4 métodos: – (3) Escoamento através de um orifício

“Está desaconselhado usar um funil com haste porque a velocidade de escoamento será condicionada pelo diâmetro e pelo comprimento da haste e também pelas fricções haste-pó.”

(12)

FP_9 2.9.36. Escoamento de pós - 4 métodos:

– (4) Célula de deslocamento (Shear cell methods)

“(…)têm sido desenvolvidos diversos dispositivos e métodos de ensaio de deslocamento, … avaliação mais completa e precisa das propriedades de escoamento de pós. (…) Tem sido aplicada com sucesso para determinar os parâmetros críticos de concepção de tremonhas e silos.”

O primeiro tipo : célula cilíndrica; (…) determina--se a força necessária para o escoar (o pó) pondo em movimento a parte superior

do segundo tipo: chamadas anulares

Um terceiro tipo : do tipo plano - fina camada de pó colocada entre duas superfícies rugosas, sendo móvel a inferior

(13)

Manual Powder Flow Tester NATOLI

Features

• European Pharmacopoeia compliant

• Provides repeatable flowability index of powders and granules • Easy calculation of angle of repose

• Outflow openings: 10 mm, 15 mm and 25 mm

http://www.natoli.com/product/cat1320/11259/Manual-Powder-Flow-Tester.aspx http://www.dissolutiontester.com/powder-flow-testers.html

Manual Powder Flow Tester (EFT) Electrolab

Avaliação de pós automatizada:

(14)

• Determinação do grau de humidade

– perda de massa por secagem … FP_9 2.2.32 Perda por secagem (% m/m)

Em recipiente tarado e seco, à temperatura prescrita pela monografia específica, até massa constante.

Vários métodos:

• No exsicador (com pentóxido de difósforo R* = anidrido fosfórico = pentóxido de fósforo), P e T ambiente ou controladas;

• em estufa à temp. prescrita

(15)

• Determinação do grau de humidade

– método de Karl-Fisher: reação quantitativa (titulação) da água com iodo e dióxido de enxofre

FP_9 2.5.12 Doseamento da água pelo semi-micrométodo

FP_9 2.5.32. MICROMÉTODO – TITULAÇÃO COULOMÉTRICA DA ÁGUA

Ao contrário do método volumétrico descrito em (2.5.12), o iodo é produzido

electroquimicamente, na célula de reacção, por oxidação do iodeto. O iodo produzido no ânodo reage imediatamente com a água e o dióxido de enxofre contido na célula de reacção. A quantidade de água na substância é directamente proporcional à

quantidade de electricidade até ao ponto de equivalência da titulação.

– infra-tester (evaporação da água por radiação Infravermelha)

Coulometro Compact KF C20/C30 Titulador Volumétrico Compact KF V20 /V30 http://pt.mt.com/eur/pt/home/produ cts/Laboratory_Analytics_Browse/Pro duct_Family_Browse_titrators_main/ Product_Family_KF_Titrators_main.ht ml?sem=03010922&bookedkeyword= karl%20fisher&matchtype=e&adtext= 27664100831&placement=&adpositio n=1t1&sitelink=[name]&network=g 1 mol de I2 equivale a 1 mol de H2O

(16)

• Verificação de medicamentos na forma farmacêutica pó

Manipulados:

• caracteres organoléticos

• concordância com a definição da forma farmacêutica inscrita na farmacopeia • massa final dispensada (tolerância de ± 5%)

• uniformidade de massa

– os ensaios a realizar devem adequar-se dimensão do lote! – os resultados são registados na Ficha de Preparação

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• Verificação de medicamentos na forma farmacêutica pó

Ensaios exigidos/descritos pela farmacopeia no fabrico (industrial) de pós…

Pós cutâneos

– Granulometria - quando a tenuidade do pó cutâneo é descrita

– Uniformidade das preparações unitárias (FP_9 2.9.40 UNIFORMIDADE DE

DOSAGEM DAS FORMAS FARMACÊUTICAS UNITÁRIAS) - não aplicável a fármacos vegetais–método harmonizado, não existe na FP_8! Apenas nos casos justificados e

autorizados, os ensaios “antigos”.

• ´não tendo adicionadas substâncias activas ou inactivas’ ou mono-composto: Variação da massa – expressa em variação de teor

• multicomposto (não resultando da liofilização de soluções verdadeiras): uniformidade de teor (para cada substância ativa)

– Esterilidade (FP_9 2.6.1) – quando o rótulo do pó cutâneo indicar que a preparação é estéril

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Pós orais

– Uniformidade das preparações unitárias (FP_9 2.9.40 UNIFORMIDADE DE

DOSAGEM DAS FORMAS FARMACÊUTICAS UNITÁRIAS) - não aplicável a fármacos vegetais –método harmonizado. Apenas nos casos justificados e autorizados, os ensaios “antigos”.

– Uniformidade de massa da dose dispensada pelos recipientes multidose (FP_9 2.9.27 ) - apenas pós orais em recipientes multidose

(19)

4.8. Descrever o acondicionamento dos pós…

• Multidose (polvilhadores nos pós cutâneos, com dispositivo de medida nos orais) • Unidose (eg. papeis medicamentos, saquetas, frascos)

• Conservação em estanque/impermeável nos pós voláteis ou efervescentes segundo o FGP, papeis de quantidades < 100 mg, necessitam diluição com manitol, celulose microcristalina, amido, ou lactose*

*apenas a diluição de especialidades farmacêuticas que já contenham lactose como diluente

e já agora… Rotulagem

– Manipulados: seguir as boas práticas – (FGP inclui modelos!) – Medicamentos especializados?

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FT4 Powder Rheometer

universal powder tester - three instruments in one (Freeman patented blade methodology) Measurement of:

• Flow energy in relation to many variables and all packing states • Shear properties of consolidated and unconsolidated powders

• Bulk properties – precision bulk density, compressibility and permeability • Process variables such as moisture, attrition and segregation

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M ic ro n iz e d a ce ta m in o p h e n A sc o rb ic a ci d fi n e C o a rs e a ce ta m in o fe n Ib u p ro fe n “ “ Asc o rb ic a ci d cr is ta li n e Angle of repose

A massa volúmica aparente bruta e o coeficiente da função de fluxo aumentam com o revestimento, enquanto que o anglo de repouso diminui -> melhores propriedades de fluxo/escoamento -> melhoria do processo de produção de comprimidos

Referências

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