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BRUNA PASINI MANUELA BALESTRERI

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

BRUNA PASINI

MANUELA BALESTRERI

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS GÊNERO, ESCOLARIDADE E

FAIXA ETÁRIA SOBRE O NÍVEL DE ANSIEDADE AO

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO:

ESTUDO COM ADULTOS EM SITUAÇÃO NÃO CLÍNICA.

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BRUNA PASINI

MANUELA BALESTRERI

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS GÊNERO, ESCOLARIDADE E

FAIXA ETÁRIA SOBRE O NÍVEL DE ANSIEDADE AO

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO:

ESTUDO COM ADULTOS EM SITUAÇÃO NÃO CLÍNICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista pelo Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientadora: Profª. Elisabete Rabaldo Bottan.

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BRUNA PASINI

MANUELA BALESTRERI

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS GÊNERO, ESCOLARIDADE E

FAIXA ETÁRIA SOBRE O NÍVEL DE ANSIEDADE AO

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO:

ESTUDO COM ADULTOS EM SITUAÇÃO NÃO CLÍNICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista, Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí, aos XX dias do mês de setembro do ano de dois mil e onze, é considerado aprovado.

Profª MSc Elisabete Rabaldo Bottan (Presidente)______________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Profª Dra. Silvana Marchiori Araújo _______________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Prof. Dr. Fabiano Rodrigues Palma __________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

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DEDICATÓRIA

Primeiramente dedico este trabalho a Deus por sempre me guiar e me iluminar a cada decisão a ser tomada.

À minha mãe e meu pai, os quais amo muito e me apoiaram em todos os momentos da minha vida.

Aos meus irmãos por tudo que me ajudaram até hoje.

Ao meu namorado, pelo carinho, compreensão e companheirismo. À Daiane Rostirola, minha irmã do coração.

Bruna Pasini

Dedico este trabalho aos meus pais, Nilson e Neiva e meus irmãos Eduardo e Marina pelo apoio e por acreditarem em minhas escolhas, ao meu namorado Renan pela dedicação e companheirismo em todo momento.

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AGRADECIMENTOS

É difícil agradecer todas as pessoas que, de algum modo, nos momentos serenos e ou apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso primeiramente agradeço a todos de coração.

Agradecimento em especial a nossa orientadora Prof ª Elisabete Rabaldo Bottan por toda dedicação, sempre estando pronta para nos atender, pelo carinho, incentivo e apoio no desenvolvimento e conclusão desde projeto. Obrigada, acima de tudo por acreditar em nossa capacidade.

Agradeço a Profª Silvana Marchiori Araújo, que com muita paciência nos incentivou no inicio do projeto.

Agradeço ao meu pai, Cleri Antônio Pasini, e minha mãe, Ivete Maria Zardo Pasini, por dedicarem boa parte do seu tempo para auxiliarem na minha pesquisa, o que foi fundamental. Obrigada por serem a minha referência de tantas maneiras e estarem sempre presentes na minha vida de uma forma indispensável, mesmo separados por alguns quilômetros. E, também, por muitas vezes terem deixado de lado seus sonhos para acreditarem nos meus. Vocês são os responsáveis por essa conquista, e eu os amo muito. Obrigada pela confiança e pelo amor em mim depositados.

Aos meus queridos irmãos que mesmo distantes se fizeram presentes a todos os instantes, um muito obrigada, vocês que aliviaram minhas horas difíceis, me alimentando de certezas, força e alegria. A lembrança afetuosa de vocês e o abraço carinhoso a cada reencontro fizeram com que eu chegasse ate aqui. Eu amo vocês.

De forma especial, agradeço a meus avos, pelas orações e pelo amor que sempre me dedicam.

Ao meu amigo e namorado, Gustavo Fernando Pisetta Rudeck, por toda caminhada que fizemos juntos até o dia de hoje, e as pelas próximas que virão. Por me apoiar incondicionalmente em cada momento preciso, sempre disposto a ajudar, me dando forças quando minha vontade era desistir de tudo. Foi com você que aprendi que com perseverança e confiança se chega ao topo da montanha, muito obrigada meu amor pelas palavras de estímulo.

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Agradeço à Iara Teresinha Pisetta Rudeck, ao incentivo, apoio e estímulo para enfrentar as barreiras da vida. Você é uma pessoa iluminada, obrigada pela simpatia e felicidade que me transmite.

Não poderia deixar de agradecer pelo companheirismo, dignidade, carinho e amizade, da minha irmãzinha do coração Daiane Rostirola, que sempre esteve ao meu lado nos momentos engraçados, tristes, alegres, e mesmo a distância sempre pude contar com sua amizade. Você é uma pessoa maravilhosa.

À Manuela Balestreri, minha querida amiga que também participou da realização deste trabalho.

Agradeço ao meu tio Ernani Tadeu Rizzi, Ana Paula Pontel, Maria Helena Sigaleski que colaboraram para o desenvolvimento da pesquisa.

Ao Renan Bet Rodrigues, sua ajuda foi de muita importância para a elaboração deste trabalho de conclusão.

Ás minhas gatinhas Sophia e Nina minhas companheirinhas.

Agradeço a todas as pessoas que por livre e espontânea vontade aceitaram a participar da entrevista.

Aos meus amigos pelo convívio e amizade, compreensão e estudos.

Agradeço aos professores que desempenharam com dedicação as aulas ministradas. E a todos os funcionários da Universidade do Vale do Itajaí que de uma forma ou de outra contribuíram na minha vida acadêmica.

Muito obrigada, sem todos vocês esta pesquisa não poderia ser concluída.

Bruna Pasini

Meu sincero agradecimento a minha amiga Tahiana Zorzii e ao Clair Lorenzet pela amizade, colaboração e dedicação nas semanas de pesquisa.

A Rosangela e João Batista Lajus, pela hospitalidade e atenção de forma tão carinhosa e dedicada.

A Renan Bet Rodrigues, por desenvolver um software para auxílio enriquecedor a este trabalho e pela paciência na minha caminhada.

Aos meus professores, pelo carinho, apoio e ensinamentos que levarei para toda a vida.

As minhas amigas Raquel, Manú e Giulia que tiveram muita importância na minha jornada acadêmica e pessoal.

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Agradeço especialmente a minha dupla querida Bruna Pasini e a nossa orientadora Elisabete R. Bottan pela dedicação, ensinamentos, disposição e convívio, e por me fazerem acreditar sempre, tornando esse trabalho possível.

À Profª Silvana Marchiori Araújo, por nos direcionar no princípio e pelos ensinamentos em aula.

Aos meus amigos de Joinville que sempre estiveram presentes, karina, Dani, Tiago e Petula, agradeço sempre.

Muito obrigada às pessoas que aceitaram participar da pesquisa e a todos que dedicaram um tempo especial a essa execução, em especial William, Leão, Daniel e Cristiano, com muito carinho agradeço a vocês.

A essas pessoas muito obrigada.

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INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS GÊNERO, ESCOLARIDADE E FAIXA ETÁRIA SOBRE O NÍVEL DE ANSIEDADE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: ESTUDO COM ADULTOS EM SITUAÇÃO NÃO CLÍNICA.

Acadêmicas: Bruna PASINI; Manuela BALESTRERI

Orientadora: Profa. Elisabete Rabaldo BOTTAN

Defesa: setembro de 2011

Resumo

Objetivo: Identificar o grau de ansiedade ao tratamento odontológico e a influência do gênero, da idade e do nível de escolaridade na sua determinação, entre adultos. Materiais e métodos: pesquisa descritiva, do tipo transversal, mediante o levantamento de dados primários. A população-alvo foi constituída por sujeitos adultos, residentes em uma cidade de Santa Catarina (Brasil). O plano amostral foi não probabilístico e a obtenção da amostra deu-se por conveniência. O instrumento de coleta de dados foi a Dental Anxiety Scale (DAS) modificada. Os dados foram tabulados e organizados, com o auxilio de uma ferramenta implementada nas linguagens: HTML (HyperText Markup

Language), PHP (Hypertext Preprocessor) e banco de dados MySQL (Structured Query Language). Resultados: 259 pessoas integraram a pesquisa; 50,6% eram do

gênero masculino e 49,4% do feminino. Quanto à faixa etária, 49,6% tinham de 18 a 24 anos e 50,4% estavam com 50 ou mais anos. E, 52,7% possuíam ensino fundamental e 47,3% ensino superior. A maioria (75%) apresentou ansiedade; 55% em grau baixo. A maior frequência de portadores de ansiedade ficou entre as mulheres, os sujeitos de 18 a 24 anos e portadores de ensino superior. A maioria (86,5%) afirmou ter efetivado consulta odontológica nos dois últimos anos; para 52% os motivos foram preventivos. Nos graus mais elevados, a fequência da consulta foi menor e a percentagem dos motivos curativos foi maior do que os preventivos. Conclusão: As variáveis faixa etária, nível de escolaridade e gênero, pelo teste do qui-quadrado, não influenciaram significativamente sobre o grau de ansiedade.

Palavras-chave: Ansiedade ao Tratamento Odontológico; Relações Dentista-Paciente; Saúde Bucal.

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SUMÁRIO

1 ARTIGO... 09 2 REVISÃO DE LITERATURA ... 25 APÊNDICE ... 50

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INFLUÊNCIA DOS FATORES GÊNERO, ESCOLARIDADE E IDADE NO NÍVEL DE ANSIEDADE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: ESTUDO COM ADULTOS EM SITUAÇÃO NÃO CLÍNICA.

INFLUENCE OF THE FACTORS SORT, EDUCATIONAL LEVELAND AGE ON

THE LEVEL OF DENTAL ANXIETY: STUDY WITH ADULTS IN NOT CLINICAL SITUATION.

Bruna Pasini

Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí Manuela Balestreri

Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí

Elisabete Rabaldo Bottan

Mestre em Educação e Ciências; Professora do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí; Integrante do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde Individual e Coletiva em Odontologia.

Silvana Marchiori Araújo

Dra. Em Oodntopediatria; Professora do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí; Integrante do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde Individual e Coletiva em Odontologia.

Endereço para Correspondência

Elisabete Rabaldo Bottan

Rua Uruguai, 458 – Bloco 14, sala 202 - UNIVALI - Campus de Itajaí. Itajaí/SC - CEP: 88302-202

E-mail: erabaldo@univali.br Fone/Fax: 47-33417564

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Introdução

A ansiedade é uma resposta do ser humano quando exposto a alguma situação de perigo real ou imaginário. As principais características do quadro de ansiedade são algumas sensações desagradáveis, como transpiração, dor no estômago, batimentos cardíacos acelerados, medo intenso e tremores. A ansiedade tem uma origem multifatorial, no entanto, geralmente, surge após alguma experiência dolorosa vivida na infância ou por idéias negativas que outras pessoas repassam.16,22,30,31

A ansiedade não ocorre, exclusivamente, em situações relacionadas ao tratamento odontológico; ela, também, é comum em muitas outras áreas relacionadas à saúde em geral, especialmente quando falamos em procedimentos invasivos. Quando relacionada à Odontologia, a ansiedade pode ser atribuída às grandes mutilações que ocorriam na antiguidade, quando os barbeiros arrancavam os dentes de uma forma dolorosa e sem nenhuma técnica. Hoje em dia, apesar de todos os avanços tecnológicos, a consulta odontológica, por si só, ainda é uma condição estressante. E, muitas vezes, o nível de ansiedade pode contribuir para a não efetivação rotineira da consulta, acarretando uma precária condição de saúde bucal.1,16,17,23,28,29,31

Portanto, a atenção à saúde bucal de pacientes temerosos continua sendo um grande desafio para os cirurgiões-dentistas. E, provavelmente, por isto se constitua numa constante preocupação das pesquisas, na área odontológica. Os cursos de graduação em Odontologia e os de educação continuada, mais recentemente, têm destacado a importância do ensinamento de técnicas e/ou estratégias que favoreçam a redução dos índices de ansiedade e medo ao tratamento odontológico, na população em geral.

A proposição desta investigação teve por objetivo avaliar o nível de ansiedade ao tratamento odontológico e a influência do gênero, da idade e do nível de escolaridade na determinação do nível de ansiedade, em uma população de adultos, residentes em um município do oeste de Santa Catarina.

Materiais e métodos

O estudo se caracteriza como uma pesquisa descritiva, do tipo transversal, mediante o levantamento de dados primários. A população-alvo foi constituída por

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sujeitos adultos, residentes na cidade de Chapecó (Santa Catarina). A escolha da cidade foi determinada por conveniência.

O município de Chapecó situa-se na região Oeste, distante 630 Km da capital do Estado; apresenta uma população de, aproximadamente, 180 mil habitantes. Sua colonização é italiana e as principais etnias são: italiana, alemã e polonesa.

O plano amostral foi não probabilístico e a obtenção da amostra deu-se por conveniência. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: a) ter entre 18 e 24 anos e 50 ou mais anos; b) possuir nível de escolaridade fundamental ou superior); c) aceitar, por livre e espontânea vontade, participar da pesquisa.

A seleção da faixa etária de 18 a 24 anos deve-se ao fato de que estes sujeitos vivenciaram na infância, predominantemente, o modelo de Odontologia Preventiva, cujos procedimentos são menos traumáticos, quando comparados àqueles da Odontologia Curativa. Já, os sujeitos de 50 ou mais anos conviveram, predominantemente, com procedimentos típicos da Odontologia Curativa.

Quanto ao nível de instrução, definido pelo número de anos de escolaridade, as duas classes (1º e 3º graus) expressam, respectivamente, o menor e o maior grau de informação adquirido através do ensino formal.

Para a coleta de dados, os sujeitos foram contatados em espaços públicos, no perímetro urbano da cidade selecionada, como: áreas de lazer de universidades, de shoppings, pontos de transporte coletivo, dentre outros. Estes locais foram selecionados por reunirem diversos grupos de pessoas, que refletem a população em geral.

As pesquisadoras abordavam as pessoas, apresentando-se e, posteriormente, informando sobre os objetivos e procedimentos da pesquisa. Após as explanações, era efetuado o convite para participarem da investigação. Àqueles que aceitavam era solicitada a leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

O instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A) foi um questionário dividido em três campos. No primeiro campo, constavam três questões para se obter informações sobre gênero, idade e escolaridade. No segundo campo, foram incluídas duas questões sobre periodicidade e motivos da consulta odontológica.

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O terceiro campo se constituiu de uma versão modificada da Dental Anxiety Scale (DAS) proposta por Corah.

A DAS é uma escala psicométrica que classifica os indivíduos em temerosos, ou não, em relação ao tratamento odontológico. A versão desta escala consta de quatro questões, cada uma com quatro alternativas de resposta. Para cada alternativa, é atribuído um valor, em ordem crescente, ou seja, a alternativa “A” vale 1,0 ponto, a “B” 2,0 pontos, a “C” 3,0 pontos e a “D” equivale 4,0 pontos. O somatório dos escores define o perfil dos sujeitos quanto à ansiedade ao tratamento odontológico, nos seguintes termos: Até 04 pontos - indivíduo não apresenta ansiedade; de 05 a 08 pontos - indivíduo apresenta baixo grau de ansiedade; de 09 a 12 pontos - indivíduo apresenta moderado grau de ansiedade; de 13 a 16 pontos - indivíduo apresenta exacerbado grau de ansiedade.

Os dados coletados foram tabulados e organizados conforme o perfil dos oito grupos preestabelecidos, com o auxilio de uma ferramenta implementada nas linguagens: HTML (HyperText Markup Language), PHP (Hypertext Preprocessor) e banco de dados MySQL (Structured Query Language). Foi calculada a frequência relativa de cada nível de ansiedade ao tratamento odontológico, segundo o gênero, faixa etária e grau de escolaridade.

Os dados foram submetidos ao teste não paramétrico do qui-quadrado (χ2),

para se determinar a significância da influência das variáveis gênero, faixa etária e grau de escolaridade na determinação do nível de ansiedade ao tratamento odontológico.

O projeto da pesquisa foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da UNIVALI, protocolado no SISNEP sob nº 0014.0.223.000-05.

Resultados

Participou da pesquisa um total de 259 pessoas, sendo que 50,6% eram do gênero masculino e 49,4% do feminino. A frequência sujeitos na faixa etária de 18 a 24 anos foi de 49,6% e no grupo de 50 ou mais anos foi de 50,4%. Quanto ao nível de escolaridade, 52,7% eram do nível fundamental e 47,3% do nível superior.

A maioria dos sujeitos pesquisados (75%) se classificou como portador de ansiedade. A pontuação média dos graus de ansiedade avaliados segundo os critérios da escala DAS modificada foi de 6,61 o que classifica o grupo investigado

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como portador de baixo grau de ansiedade, sendo que a pontuação média das mulheres foi de 7,00 e a dos homens foi de 6,22.

A frequência dos graus de ansiedade, de acordo com a escala DAS modificada, está disposta no gráfico 1.

25%

55%

16% 4%

Sem Baixo Moderado Exacerbado

Gráfico 1: Distribuição da frequência relativa das categorias que definem os graus de ansiedade do grupo investigado.

A distribuição dos graus de ansiedade segundo o gênero está representada no gráfico 2. A frequência de mulheres com ansiedade é 1,2 vezes maior do que a dos homens. 31 69 19 81 0 20 40 60 80 100

sem ansiedade com ansiedade

masculino feminino %

Gráfico 2: Distribuição da frequência relativa de sujeitos com e sem ansiedade, segundo o gênero.

Os dados referentes ao número de sujeitos classificados segundo os graus de ansiedade definidos pela escala DAS modificada encontram-se no gráfico 3. Destaca-se que, entre os sujeitos portadores de ansiedade, para ambos os gêneros, a maior frequência é para o baixo grau de ansiedade, com percentuais muito próximos (1,1:1,0). No entanto, para o grau exacerbado, a diferença se amplia, havendo uma proporção de 2,4 mulheres para 1 homem (2,4:1,0).

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31,3 52,7 13,7 2,3 18,8 57,8 18,0 5,5 0 10 20 30 40 50 60 70

Sem Baixo Moderado Exacerbado

Masculino Feminino %

Gráfico 3: Distribuição da frequência relativa das categorias que definem os graus de ansiedade do grupo investigado, segundo o gênero.

A frequência de sujeitos não ansiosos foi maior para o grupo dos mais velhos (50 ou mais anos de idade), quando comparada ao grupo dos mais jovens, como pode ser comprovado no gráfico 4.

21 79 30 70 0 20 40 60 80 100

sem ansiedade com ansiedade

18 a 24 anos 50 ou mais %

Gráfico 4: Distribuição da frequência relativa de sujeitos com e sem ansiedade, segundo os grupos etários.

O percentual de sujeitos em cada um dos graus de ansiedade, conforme critérios da escala DAS modificada, segundo os grupos etários, está descrito no gráfico 5. Nos graus moderado e exacerbado, há uma predominância dos sujeitos com mais idade, pois o somatório da frequência para estes dois graus foi 22%, enquanto que entre os mais jovens (18 a 24 anos) a frequência total foi de 16%. No grau exacerbado, esta diferença se acentua atingindo uma proporção de 2,5:1.

(17)

21 62 14 2 30 48 17 5 0 10 20 30 40 50 60 70

Sem Baixo Moderado Exacerbado

18 a 24 anos 50 ou mais

%

Gráfico 5: Distribuição da frequência relativa das categorias que definem os graus de ansiedade do grupo investigado, segundo os grupos etários.

A análise em função do nível de escolaridade evidencia que 80% dos sujeitos portadores de ensino superior apresentam algum grau de ansiedade, enquanto que no grupo de menos escolaridade (ensino fundamental) a frequência é de 70% (Gráfico 6). 30 70 20 80 0 20 40 60 80 100

sem ansiedade com ansiedade

Ens. Fund. Ens. Sup. %

Gráfico 6: Distribuição da frequência relativa de sujeitos com e sem ansiedade, segundo o nível de escolaridade.

Em todos os graus de ansiedade, a predominância foi dos portadores de ensino superior, exceto no grau exacerbado, em que os sujeitos com ensino fundamental superam os de ensino superior (Gráfico 7).

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30 50 13 7 20 61 19 1 0 10 20 30 40 50 60 70

Sem Baixo Moderado Exacerbado

E. Fund. E. Superior

%

Gráfico 7: Distribuição da frequência relativa das categorias que definem os graus de ansiedade do grupo investigado, segundo o nível de escolaridade.

Investigou-se, também, a frequência e os motivos da consulta odontológica. Expressivo número de sujeitos (86,5%) afirmou ter efetivado consulta odontológica no período referente aos dois últimos anos, dentre os quais 52% afirmaram que os motivos de suas consultas foram de caráter preventivo. Ao se analisar a frequência da consulta em função dos graus de ansiedade, verifica-se que o não comparecimento, neste período de tempo, é mais alto entre os sujeitos dos graus mais elevados de ansiedade (moderado e exacerbado), como se pode observar no gráfico 8. E, similar comportamento ocorre em relação aos motivos da consulta, pois, entre os portadores dos graus moderado e exacerbado a percentagem de motivos curativos é bem mais expressiva, enquanto que entre os sujeitos sem ansiedade ou de baixa ansiedade há um predomínio dos motivos preventivos (Gráfico 9). 25,9 55,4 15,1 3,6 20,0 54,3 20,0 5,7 0 20 40 60

Sem ansiedade Baixo Moderado Exacerbado

Sim Não %

Gráfico 8: Frequência das respostas à questão “Realizou consulta odontológica nos dois últimos anos?”

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28,0 60,1 10,2 1,7 23,9 48,6 20,2 7,3 0 20 40 60 80

Sem ansiedade Baixo Moderado Exacerbado Preventivo Curativo

%

Gráfico 9: Distribuição da frequência relativa das categorias que definem o motivo da consulta odontológica nos dois últimos anos.

A influência das variáveis gênero, faixa etária e grau de escolaridade sobre a determinação do nível de ansiedade ao tratamento odontológico foi verificada através do teste não paramétrico do qui-quadrado (χ2), cujos resultados indicaram não existir diferenças estatisticamente significantes para nenhuma das variáveis testadas.

Discussão

A ansiedade e o medo ao tratamento odontológico ainda persistem em boa parte da população e vem sendo uma das maiores dificuldades do cirurgião- dentista no atendimento destes pacientes. Pesquisas demonstram que a ansiedade ao tratamento odontológico é a principal razão para que muitas pessoas não procurem por atendimento odontológico o que, geralmente, leva a uma deterioração da qualidade da saúde bucal destas pessoas.4,8,9,21,28

A ansiedade ao tratamento odontológico é um sério problema que afeta grande parte da população. A prevalência deste comportamento tem sido bem estudada em diferentes populações e culturas, nos últimos trinta anos; e, as pesquisas indicam que ele é influenciado por fatores sócio-demográficos, comportamentais e físicos.3

A frequência de sujeitos que manifestam ansiedade ao tratamento odontológico varia entre 5% e 40% da população em geral.11,20,31 E, de acordo com Maniglia-Ferreira et al.25, a prevalência geral, em países com sistema de

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atenção à saúde bucal bem estruturado, é de mais de 20%, entre indivíduos adultos.

As variações nas pontuações podem ser explicadas por variáveis demográficas e por experiências relacionadas com o tratamento odontológico.2 Outro fator que pode interferir nos percentuais apresentados pelos diferentes estudos é a metodologia de coleta de dados, pois, muito embora a grande maioria dos trabalhos adote a escala de Corah (DAS), em muitos deles, inclusive nesta investigação, esta escala sofreu modificações. Portanto, fica o questionamento as diferenças encontradas devem-se aos grupos estudados ou aos instrumentos para determinar o nível de ansiedade.

Mesmo conscientes desta limitação, vamos tecer algumas comparações quanto às frequências dos graus de ansiedade detectadas neste estudo em relação a outros trabalhos. Em nosso estudo, 75% dos pesquisados apresentaram algum grau de ansiedade, muito embora a maioria deles em baixo grau. Ao se buscar os dados relatados em outros estudos, em âmbito nacional, percebe-se que esta frequência ficou próxima àquela relatada por dois trabalhos desenvolvidos em cidades de Santa Catarina (Brasil)14,26, todavia um pouco aquém daquela referida num estudo desenvolvido em São Paulo (Brasil).5

Em países mais desenvolvidos, como Alemanha, França e Noruega, os percentuais relatados em investigações recentes11,28,3 foram inferiores àqueles citados em diferentes contextos brasileiros. E, em países como Índia e Bulgária24,21, os percentuais foram superiores aos relatados para a Alemanha e França, porém, inferiores aos índices relatados por pesquisas brasileiras.

A predominância da ansiedade ao tratamento odontológico tem sido relacionada a fatores demográficos, como gênero, idade e condição sócio-econômica. Sobre a influência do grau de escolaridade, na população investigada, os sujeitos com maior grau de instrução formal (ensino superior), foram os mais ansiosos. Este comportamento difere daquele relatado em outros estudos14,11,28.

Porém, Chaves et al.5 não comprovaram uma relação significativa entre

ansiedade ao tratamento dentário e nível de escolaridade.

Quanto ao gênero, a literatura é consistente no que se refere ao fato de que as mulheres são mais ansiosas dos que os homens12,14,9,5,11,22,16,3,24. Situação

esta que, também, se confirmou em nosso estudo. Esse tipo de comportamento pode ser atribuído a fatores, tais como: as mulheres participam mais de pesquisas

(21)

do que os homens e, também, em decorrência de aspectos relativos a normas e condutas sociais que permitem às mulheres expressarem com mais liberdade seus anseios e expectativa.

Sobre a relação entre idade e ansiedade, alguns autores reportam que idosos são mais temerosos do que os jovens28,22. No entanto, de acordo com

outros pesquisadores, indivíduos mais jovens são mais temerosos em relação aos idosos10,11,16,27,3.

No grupo que investigamos, de modo geral, os sujeitos mais jovens demonstraram ser mais ansiosos do que os sujeitos mais velhos, porém, ao se efetuar a análise em função dos graus de ansiedade, observa-se que, para os graus mais elevados (moderado e exacerbado), há uma inversão uma vez que a frequência de mais idosos atinge uma proporção de 2,5:1.

Na tentativa de explicar este comportamento, levantamos duas hipóteses; uma relacionada à limitada amostra; e, outra, à possibilidade de que os mais velhos tenham vivenciado situações traumáticas ao longo de suas vidas as quais tendem a ficar registradas em seu imaginário. E, esta última explicação encontra reforço na identificação de que, entre os de mais idade, há um número expressivo de não comparecimento regular às consultas odontológicas e, entre os que efetivaram-na, os principais motivos estão relacionados aos aspectos clínico-curativos, os quais, geralmente, são mais invasivos e doloridos.

No entender de Enkling, Marwinski e Jöhren11, nem todos os grupos sociais temem o tratamento odontológico de modo semelhante. A idade, o sexo e o status social podem afetar o nível de ansiedade. Quanto à instrução, há estudos11,12,14,28 que apontam uma relação entre o ambiente sócio-econômico e o nível de ansiedade ao tratamento dental, destacando que quanto mais elevado for o nível instrucional menor a frequência de ansiedade. No entanto Chaves et al.5 não

encontraram influência significativa das variáveis renda e instrução na determinação do nível de ansiedade.

Uma experiência traumática em relação ao tratamento odontológico é a principal razão do aparecimento e do desenvolvimento do medo à consulta odontológica. O ambiente familiar (no sentido da teoria do modelo) e as histórias relatadas por outras pessoas do convívio social têm influência na emergência do medo e do seu desenvolvimento nos vários graus da ansiedade ao tratamento odontológico. Portanto, a fuga da consulta ao dentista pode ser desencadeada

(22)

por fatores como: experiência dolorosa prévia, ambiente do consultório, ideias negativas, histórias traumatizantes vividas ou repassadas por outras pessoas e o desconhecimento em relação aos procedimentos11,28,4,22,29,18.

Investigações recentes reportam que entre os indivíduos mais ansiosos estão aqueles que não realizam consultas com regularidade e quando a efetivavam o fazem motivados pela dor5,28,26,16. As pessoas, em geral, acreditam

que o tratamento odontológico gera algum desconforto o que conduz a comportamentos de medo e ansiedade, fazendo com que a ida ao consultório odontológico seja adiada para situações limítrofes. Deste modo, a ansiedade pode conduzir a condições de agravamento da saúde bucal 10,28,22,32,8,13,21,31,24.

O profissional, nestes casos, deverá conduzir o tratamento do modo mais agradável possível, para a adaptação do paciente, até que a situação se torne conhecida e não acarrete mais emoções negativas. Abordagens para o gerenciamento desse comportamento devem ser discutidas com o paciente; ele deve ser estimulado a efetivar visitas regulares ao dentista. A gestão eficiente da ansiedade ao tratamento odontológico é de suma importância e esta gestão deve consistir de uma abordagem multifacetada.

E, atualmente, há um leque de opções que podem ser empregadas para o controle da ansiedade; são elas: abordagens não farmacológicas (comunicação, gestão do comportamento) e anestesia local (controle da dor). Se estas abordagens não conseguem controlar a ansiedade de forma eficaz, ou se o clínico prevê que estas abordagens não serão suficientes, poderão ser utilizadas as abordagens farmacológicas, como sedação inalatória, sedação e anestesia geral 6,10,28,30,4,15,22,32,16,27,31.

Conclusão

Com base nos dados obtidos e de acordo com os critérios de análise

pré-estabelecidos, pode-se concluir com relação à ansiedade ao tratamento odontológico, para a população avaliada, que:

- o escore médio para o grupo foi de 6,61 o que o classifica como portador de baixo grau de ansiedade;

- o escore médio das mulheres (7,00) foi um pouco mais elevado do que o dos homens (6,22);

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- as variáveis faixa etária, nível de escolaridade e gênero, pelo teste do qui-quadrado, não influenciaram significativamente sobre o grau de ansiedade.

Referências

01.ACHARYA, S. Factors affecting dental anxiety and beliefs in an Indian population. J. oral rehabil., Oxford, v. 35, n. 4, p. 259-267, Apr. 2008.

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César et al. (1999) relataram que o medo é, frequentemente, referido como motivo para não realização de consulta odontológica. Os pacientes falam muitas vezes em pavor, horror e pânico para relatar sensações associadas à necessidade de buscar assistência odontológica. Não resta dúvida, portanto, quanto ao papel que o sentimento de medo relacionado aos procedimentos odontológicos exerce nos processos mentais. Este estudo abordou questões como: até que ponto o medo atua inibindo a busca do tratamento; o chamado medo do dentista ocorre igualmente em grupos com diferentes graus de escolaridade; o medo ao tratamento odontológico varia segundo o sexo e a idade. Estas questões foram estudadas junto a uma amostra composta por 10.199 indivíduos, de todas as idades, sorteada de uma população estimada em 552.674 habitantes, em janeiro de 1990, em municípios da zona oeste da região metropolitana de São Paulo, Brasil. O instrumento de coleta de dados foi um questionário organizado em quatorze blocos, contendo questões abertas e fechadas. Os resultados apresentados foram 31,8% das pessoas declararam ter consultado dentista no período de 12 meses anteriores à entrevista. Dentre os 68,2% que não o fizeram, apenas 3,2% alegaram medo de dentista para não fazê-lo.

Ekanayake e Dharmawardena (2003) determinaram a prevalência de fatores que afetam a ansiedade ao tratamento odontológico entre pacientes em tratamento dentário. O estudo foi realizado em 503 pacientes atendidos na University Dental Hospital, em Peradeniya, Sri Lanka. Utilizaram a Escala de Ansiedade Dentária (DAS-Corah). As mulheres foram consideradas extremamente mais ansiosas que os homens. O nível de educação foi associado com ansiedade dental. A análise estatística do tipo regressão logística revelou que gênero, nível de educação foram importantes preditores de ansiedade ao tratamento odontológico.

Kaán et al. (2003) investigaram os fatores desencadeadores de medo ao tratamento odontológico em um grupo de 362 pessoas de diferentes áreas geográficas de Budapeste, sendo: 253 mulheres e 109 homens, com idades que variavam entre 14 e 73 anos. A escala adotada para avaliar os escores de medo foi a Escala de Medo Dental (DFS). Os maiores escores em relação aos fatores desencadeadores de medo foram para broca e agulha de anestesia. Os

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pesquisadores, também, identificaram que idade, gênero e estado civil interferiram no grau de ansiedade ao tratamento odontológico.

Kanegane et al. (2003) avaliaram a frequência de pacientes que apresentam sintomas de ansiedade ou medo em relação ao tratamento de urgência, relacionam esta variável ao tempo desde a última visita ao dentista, tempo desde o inicio dos sintomas, história prévia de trauma e características socioeconômicas dos paciente. Participaram do estudo 252 pacientes da cidade de São Paulo, com 18 anos ou mais, de uma sala de emergência, entre agosto e novembro de 2001. A ansiedade dental foi medida por dois métodos: Modified Dental Anxety Scale (MDAS) e Escala de Medo de Gatchel. Os resultados foram analisados pelos testes estatísticos (א² e teste exato de Fisher). Foram entrevistadas 148 mulheres e 104 homens, a dor foi o motivo de procura ao atendimento para 61,5% do pacientes sem motivo associado. Ao utilizar a escala MDAS nesta amostra 28,2% (71/252) apresentaram alto grau de ansiedade. Houve diferenças quanto sexo, em questões como a ansiedade relacionada ao tempo da última consulta. Do total de 252 pacientes entrevistados, 55 relataram ter vivenciado experiência traumatizante (exodontia, anestesia, medo de broca). Os pesquisadores concluíram que é possível considerar um número maior de pacientes ansiosos do que a frequência encontrada, provavelmente, em função de dois fatores. Um se refere às escalas, pois elas avaliam a possibilidade de um paciente ficar ansioso e não a reação deste; outro pela dificuldade, que algumas pessoas têm em admitir a sua ansiedade.

O objetivo do trabalho de Locker (2003) foi verificar o impacto psicossocial negativo da ansiedade em indivíduos com medo do tratamento dental recrutados na população geral. Foi verificada também a associação entre o impacto psicossocial, os escores da escala de ansiedade dental (Dental Anxiety Scale) e outros receios com maior severidade. Cento e trinta e cinco indivíduos portadores de ansiedade e medo ao tratamento dental foram divididos em grupos com baixo e alto grau de temores. Os impactos psicossociais negativos foram calculados utilizando uma forma modificada da escala desenvolvida por Kent e colaboradores, em 1996, que consiste de três dimensões: reações psicológicas, relacionamentos sociais e anulação/inibição. Outras medidas adotadas foram autoavaliação da saúde oral, geral e emocional e escalas de avaliação de autoestima e moral. Noventa e três por cento dos sujeitos pesquisados relataram

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um ou mais impactos. O grupo dos que apresentaram maior medo relataram os mais altos escores de impacto psicossocial (médias de 4,19 contra 2,85; p<0.05). Foram encontradas diferenças marcantes com respeito às consequências psicológicas e inibição. O grupo representativo de maior medo apresentou escores de menor auto-estima. A análise de regressão logística indicou que tanto a ansiedade dental quanto o medo generalizado contribuíram para estes resultados negativos. No entanto, esse último (medo generalizado) foi o mais consistente preditor o qual apareceu em seis ou sete modelos gerados enquanto o primeiro (ansiedade dental) apareceu em apenas quatro. Esta pesquisa indicou que o medo ao tratamento dentário e a ansiedade têm profundas consequências psicossociais e que estas são mais acentuadas entre os sujeitos com altos níveis de medo generalizado.

Faria e Medeiros (2004) identificaram a relação entre o grau de ansiedade e as seguintes variáveis: sexo, faixa etária e grau de escolaridade. A população-alvo foi constituída por pacientes em atendimento nas clínicas dos diferentes cursos da área da saúde da UNIVALI (Campus I), pacientes das Unidades de Saúde de Itajaí e de Balnéario Camboriú, professores, acadêmicos e funcionários do Campus I. Os sujeitos da pesquisa foram distribuídos nas seguintes faixas etárias: de 18 a 34 anos; e de 50 ou mais anos. Também, foram classificados segundo o nível de escolaridade. Para a determinação do grau de ansiedade adotaram uma modificação da escala Dental Axiety Scale (DAS). A maioria (49,3%) se classificou no nível baixo de ansiedade ao tratamento odontológico. Com relação ao sexo, as mulheres foram mais ansiosas que os homens. Em relação à faixa etária, os indivíduos mais jovens eram mais ansiosos do que os mais velhos. Os resultados apontaram que 81,2% dos sujeitos afirmam ter consultado o dentista nos últimos dois anos. A consulta preventiva foi a mais freqüente em indivíduos mais jovens, independente do sexo e grau de escolaridade. Os autores concluíram que o percentual de sujeitos ansiosos ao tratamento odontológico obtido na investigação foi alto e que as variáveis estudadas (sexo, idade e nível de escolaridade) exerceram influência na determinação do grau de ansiedade. Os indivíduos do sexo feminino, os mais jovens e os de baixo nível de escolaridade foram os que mais evidenciaram ansiedade ao tratamento odontológico.

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D’el Rey et al. (2005) verificaram a presença de sintomas de ansiedade em uma população não clinica, em uma área definida de um bairro da cidade de São Paulo- SP. Desse estudo participaram pessoas de ambos os sexos e maiores de 18 anos, esse estudo foi realizado no bairro da Mooca, localizado na região leste da cidade de São Paulo, onde as classes econômicas que predominam são as mais baixas. Foi realizado um questionário com sete perguntas relacionadas ao sexo, idade, estado civil, escolaridade, ocupação e tratamentos atuais para a ansiedade. Foram selecionadas, aleatoriamente, sete ruas do bairro. O material de avaliação foi entregue em 10 casas selecionadas em casa uma das ruas, para que o morador da casa preenchesse os protocolos. Foi avaliado um total de 69 pessoas, sendo 30 homens e 39 mulheres. E foi relatado que atualmente 61 pessoas não estavam recebendo nenhum tipo de tratamento para a ansiedade e 08 estavam em tratamento para ansiedade. Neste estudo, 25 das pessoas avaliadas apresentaram sintomas de ansiedade moderados e graves, sendo mulheres mais afetadas do que os homens. Porém poucas pessoas afetadas estavam recebendo tratamento profissional para seus sintomas de ansiedade.

O objetivo do estudo de Chaves et al. (2006) foi estimar a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico entre pacientes da Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP. A amostra foi composta por 60 pacientes tomados de forma não-probabilística. Como instrumento de medida, foi utilizado um formulário com questões para avaliação da ansiedade segundo a escala proposta por Corah, traduzida para o português. Os dados foram descritos em forma de distribuição de frequências e as associações entre nível de ansiedade e sexo, idade, renda e educação foram analisadas pelo teste do qui-quadrado (χ2). A prevalência de ansiedade foi observada em 95% dos pacientes;

a maioria (53,3%) apresentou nível moderado, 25% ansiedade baixa e 16,7% exacerbada. Pelo teste do qui-quadrado, foi identificada associação significativa entre ansiedade e sexo e não-significativa para idade, renda e nível de instrução. O período de retorno ao tratamento odontológico a cada 6 meses foi observado em apenas 2 pacientes (3,3%), enquanto 40% dos pacientes procuraram por atendimento apenas em situações de dor. Entre os procedimentos que mais incomodaram os pacientes estão os que envolvem o motor de alta rotação e o cirurgião, correspondendo a 21,7% em cada situação. Vinte por cento da amostra não se sentiam incomodados com qualquer procedimento odontológico, enquanto

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10% referiram desconforto diante de qualquer procedimento a ser realizado. Os autores concluíram que a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico foi de 95% com predomínio do gênero feminino e que, entre pacientes ansiosos, o retorno ao consultório ocorreu por motivo de dor.

De acordo com Cogo et al. (2006), a ansiedade e o medo ao tratamento odontológico ainda persistem em boa parte da população, sendo fatores de fuga ao tratamento odontológico. Este estudo apresentou uma revisão de literatura sobre as características de alguns fármacos de maior interesse ao cirurgião-dentista para sedação de pacientes. Os fármacos analisados nesse estudo foram o diazepam, lorazepam, alprazolam, midazolam e triazolam. Os benzodiazepínicos constituem a principal modalidade terapêutica para tratamento de desordens relacionadas à ansiedade. O triazolam é mais indicado para pacientes idosos pela diminuição de metabolização e excreção, porém não é comercializado no Brasil, sendo o lorazepam a segunda escolha para esses pacientes por apresentar os menores efeitos paradoxais. O diazepam é mais indicado para obter-se sedação prolongada e o midazolam para um efeito mais rápido e para pacientes pediátricos.

Segundo Eitner et al. (2006), a ansiedade ao tratamento dental pode levar a criação de estratégias de fuga da consulta odontológica. O objetivo deste trabalho foi investigar a prevalência de ansiedade ao tratamento dental e as condições de saúde oral, junto a um grupo de militares jovens e adultos. A intensidade e a frequência da ansiedade ao tratamento dental foram correlacionadas com achados clínicos orais. Escolheram aleatoriamente trezentos e setenta e quatro militares que foram submetidos aos exames de condição dental e periodontal. Os parâmetros de ansiedade foram definidos com base no protocolo que integra a Escala de Ansiedade Dental (DAS) e a Escala de Ansiedade Gatchell (GaFS= Gatchell Fear Scale). Trinta e dois indivíduos (8,6%) apresentaram escores de DAS 13 e 14 (ansiosos) enquanto que 4,6% apresentaram escore maior ou igual a 15 (altamente ansiosos/fóbicos). Os mais altos valores de DAS foram encontrados entre os militares (262) com idade de 19 a 29 anos. Pacientes ansiosos apresentam significativamente mais lesões cariosas (p<0,001). Os valores referentes aos índices periodontais mostraram não haver diferenças significativas entre ambos os grupos: 89,2% dos indivíduos menos ansiosos e 79,6% dos pacientes ansiosos. A ansiedade resulta em uma

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anulação comportamental a qual somente pode ser descoberta após exames e que está associada com alta morbidade de lesões cariosas e necessidade de reabilitação oral. A ansiedade tem influência direta na saúde oral e pode ser detectada e, em seu tratamento, deve haver integração do tratamento dental com abordagem terapêutica cognitivo-comportamental.

Para Enkling, Marwinski e Jöhren (2006), o medo do tratamento dental é difundido entre a população e se manifesta em diferentes graus. Os termos “ansiedade dental” e “fobia dental” não são usados uniformemente na literatura e a diferença entre eles é confusa. A ansiedade dental é o termo usado para explicar variações psicológicas e físicas decorrentes de um ou mais sentimento não patológico de medo ao dentista ou a estímulos em relação ao tratamento dental. A fobia dental patológica é caracterizada pela fuga ao tratamento dental e a um de nível elevado de ansiedade. A fobia dental pode ser classificada como uma fobia específica de acordo com DSM IV porque demonstra as seguintes características: a pessoa está constante com medo do estímulo específico; no transcurso do dia, a confrontação com o estímulo específico provoca reação quase imediata e imprevisível de medo; o estímulo gerador é evitado geralmente; a rotina diária da pessoa é afetada extremamente pela ansiedade ou pela fuga ao tratamento; a pessoa com esta desordem reconhece que o medo é exagerado e ilógico. No consultório de um dentista, o medo normal e a fobia dental são onipresentes e exercem influência muito significativa no tratamento odontológico. Ansiedade à consulta odontológica é um obstáculo aos cuidados para com a saúde oral. Estudos indicam que nem todos os grupos sociais temem o tratamento odontológico de modo semelhante. A idade, o sexo e o status social podem afetar o nível de ansiedade; os jovens são mais receosos do que os mais idosos. As mulheres são mais ansiosas do que os homens. Quanto à instrução, há uma correlação entre o ambiente sócio-econômico e o nível de ansiedade ao tratamento dental. O medo do tratamento dental pode ter muitas causas diferentes. Uma experiência traumática em relação ao tratamento odontológico é a principal razão do seu aparecimento e do desenvolvimento de suas formas patológicas. O ambiente familiar (no sentido da teoria do modelo) e as histórias relatadas por outras pessoas do convívio social têm influência na emergência do medo e do seu desenvolvimento nos vários graus da ansiedade dental. A teoria da prontidão em que uma disposição biológica da pessoa afetada faz com que a

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pessoa reaja mais cedo com o medo, em determinadas situações, do que outros indivíduos. A ansiedade ao tratamento odontológico depende dos fatores etnológicos e a frequência das pessoas com altos níveis de ansiedade varia entre 4% e 20%, sendo que a maioria dos estudos relata valores abaixo de 10%. Na Alemanha, aproximadamente, 10% da população sofre da fobia dental e vai somente ao dentista quando a dor se torna insuportável. Há estimativas que entre 7 e 10% da população alemã não vai ao dentista e que 75% de todos os casos da doença dental estão concentrados em 25% da população. Os autores conduziram um levantamento prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico com 300 moradores de uma cidade alemã, que circulavam pelas ruas. Foi analisada a correlação entre o nível de ansiedade odontológica e idade, sexo e escolaridade dos sujeitos e foram levantadas as razões para evitar consultas ao dentista. Foi adotado o Questionário de Ansiedade Hierárquica (HAQ) para determinar o nível de ansiedade ao tratamento odontológico. O grupo ficou constituído por 144 sujeitos do gênero masculino (48,0%) e de 156 (52,0%) do gênero feminino. Quanto à faixa etária, 66 (22,0%) estavam entre 20 e 30 anos, 88 (29,3%) entre 31 e 40 anos, 80 (26,7%) entre 41 e 50 anos e 66 (22,0%) com idade entre 51 e 60 anos. Dos pesquisados, 8 (2,7%) não terminaram escola secundária, 110 (36,9%) tinham concluído a escola secundária, 100 (33,6%) tinham um certificado moderno da escola secundária e 80 (26,8%) tinham escola secundária sênior. O nível médio de ansiedade foi de 28,8, de acordo com o HAQ. Os jovens tinham mais medo do que as pessoas mais velhas e as mulheres eram mais ansiosas do que os homens. Dentre as mulheres, 72% vão ao dentista regularmente, mas apenas 60% dos homens fazem a consulta de modo regular. A experiência dolorosa durante o tratamento odontológico foi dada por 67% dos pesquisados como a principal razão para sua ansiedade, seguida por medo de agulhas (35%). A predominância elevada da fobia dental e do difundido o medo em relação ao tratamento dental demonstram a importância da realização de diagnósticos rotineiros. O uso de um questionário para avaliar ansiedade, durante a anamnese é um recurso importante para a obtenção do nível de medo do tratamento dental ou da presença de fobia dental.

Siqueira et al. (2006) avaliaram a dor e a ansiedade promovidas por anestesia local e raspagem periodontal, em duas situações, com e sem acesso cirúrgico associado. A pesquisa foi efetuada com um grupo de 21 voluntários,

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sendo 15 mulheres e 6 homens, com idade média de 43 a 44 anos, que necessitavam de tratamento periodontal em dois sítios distintos da boca. O grau de ansiedade destes pacientes foi avaliado pela Escala de Ansiedade Dental de Corah - DAS. Para avaliar a intensidade de dor foi adotada a Escala Analógica Visual – EAV. Os resultados demonstram que a maioria dos voluntários foi classificada como levemente ansiosa mantendo esse comportamento tanto na sessão de raspagem quanto na de cirurgia periodontal. Com relação à intensidade de dor, foi observada sensação dolorosa durante o procedimento de anestesia local, sem diferença significativa entre as suas sessões de atendimento. Em relação ao procedimento periodontal também não foi observada diferença significativa na sensibilidade dolorosa entre as sessões. Não houve correlação significativa entre o grau de ansiedade e a dor relatada nos procedimentos realizados. Os autores concluíram que o tipo de procedimento periodontal não influenciou no grau de ansiedade dos voluntários e manteve-se constante durante as duas sessões. A anestesia local provocou maior sensação dolorosa que os procedimentos de raspagem e cirurgia periodontal, no entanto para a ansiedade não houve correlação significativa com a intensidade de dor dos procedimentos periodontais e anestesia local.

Para Hiramatsu et al. (2007), dor e medo são sentimentos estritamente ligados à imagem do cirurgião-dentista, ainda que se reconheça uma evolução na Odontologia, tanto com relação aos equipamentos, materiais e técnicas utilizadas, quanto à formação e conduta do profissional. Visando verificar, na população idosa brasileira, de origem japonesa, as causas da perda dentária, foi conduzida uma pesquisa com quarenta indivíduos com critérios de inclusão a partir da geração (Issei e Nisei) e condição bucal (edêntulos e dentados). Entre os fatores apontados como responsáveis pela perda dentária estão: dificuldade de acesso ao tratamento odontológico, pela escassez de profissionais na época ou pelo fato de que muitos viviam na zona rural, o alto custo dos tratamentos, o medo, a dor e o cirurgião-dentista.

Nicolas et al. (2007) explicaram que pessoas ansiosas têm mais dentes danificados ou perdas dentárias e menos dentes restaurados. Foi identificado que o cuidado regular e convencional não é realizado por pessoas portadoras de ansiedade ao tratamento odontológico, portanto a saúde bucal e a qualidade de vida destas pessoas são afetadas. O atendimento de pacientes com ansiedade

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dental exige, geralmente, procedimentos de sedação e técnicas de manejo comportamental. Tais técnicas mostram, ao longo do tempo, que há uma melhora quanto à capacidade do paciente lidar com o cuidado de sua saúde dental. A predominância da ansiedade dental ocorre numa escala entre 4 e 20% na população em geral dos países industrializados. A ansiedade dental é um problema de saúde pública, mas nenhum estudo epidemiológico foi empreendido na França para avaliar a sua prevalência. O objetivo deste estudo foi estimar a predominância, a severidade e as associações da ansiedade ao tratamento odontológico, em uma amostra da população adulta francesa. A pesquisa foi conduzida durante um período de um ano (de Maio de 2004 a Maio de 2005). Cinco mil questionários foram emitidos aos integrantes da Soroptimist International Association. A cada membro da associação foi pedido para propor a pesquisa aos membros da sua família e/ou amigos com idade acima de 16 anos. A associação tem 49 filiais distribuídas em 31 departamentos administrativos e em territórios ultramarinos. Os questionários foram recolhidos localmente e remetidos pelo correio ao centro responsável para a análise de dados. O questionário estava estruturado em quatro partes. A primeira parte continha a informação sobre o estudo e um pedido de consentimento para a participação. Na segunda parte, estavam os dados demográficos, idade, categoria ocupacional e lugar de residência. A terceira parte incluiu a versão francesa da Dental Anxity Scale (DAS). O paciente foi considerado como não ansioso quando obtinha um escore inferior a 12 pontos; para escores entre 12 e 14 o paciente era classificado como ansioso; e escore igual ou maior que 15 indicava que a pessoa era severamente ansiosa. A quarta parte do questionário inquiria sobre utilização de serviços de saúde oral, incluindo a data da última consulta, número de consultas dentais desde a infância, e duas perguntas dicotômicas a respeito da fuga ao cuidado: "O medo do tratamento dentário nunca o atrasou ou impediu de fazer uma consulta?" e "O medo dental nunca o conduziu a cancelar uma consulta?". Houve o retorno de 2725 questionários, isto é, 54,5% de retorno. Análise dos dados revelou que 86,5% dos participantes não apresentaram ansiedade dental; 6,2% eram ansiosos e 7,3% eram severamente ansiosos. Isto dá a predominância para ansiedade dental de 13,5% para os participantes neste estudo. As idades variaram de 16 a 101 anos, sendo que a idade média foi de 47 anos. A predominância foi mais baixa proporcionalmente à idade. Os fazendeiros e os

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trabalhadores com baixa qualificação eram significativamente mais ansiosos do que executivos e comerciantes. A ansiedade foi associada com a falta do cuidado e falta de visitas regulares ao dentista. Os autores concluíram que a ansiedade dental na França apresenta uma prevalência similar à população de outros países europeus, australianos ou norte-americanos industrializados.

Pieterse et al. (2007) investigaram quais são as situações e os estímulos dentais que provocam temores em pacientes com ansiedade ao tratamento dental. Oitenta e um pacientes com alta ansiedade foram confrontados com uma lista de setenta e seis temores potencialmente provocados por objetos ou situações. Os resultados mostraram que procedimentos dentais invasivos são considerados como os mais aterradores pelos pacientes ansiosos e que os estímulos provocados pelo consultório (cadeira odontológica), pelo dentista e suas vestimentas protetoras (EPis) são consideradas as menos provocadoras de medo. Tratamentos de canal foram relatados como os maiores provocadores de temor. Os resultados enfatizam a importância da avaliação do grau pontecial de estímulo de medo de cada paciente ansioso. Somente a abordagem do paciente focada na tentativa de eliminação do seu medo ao tratamento dental pode ser bem sucedida.

No entender de Borreani, Wright e Scambler (2008), as pessoas mais idosas estão mantendo, cada vez mais, seus dentes naturais, mas estão expostas a um risco mais elevado de doença oral, com impacto sobre sua qualidade de vida. Os sujeitos com menor poder econômico estão mais expostos a estes riscos do que os mais favorecidos. As organizações de saúde na Inglaterra estão explorando novas maneiras de fornecer serviços de cuidado dental, em especial para grupos vulneráveis. Os fatores sociais, demográficos econômicos e políticos influenciam na demanda de serviços de cuidado à saúde. Este estudo foi empreendido com o objetivo de investigar as barreiras ao cuidado dental percebidas por pessoas idosas. A população-alvo foi formada por sujeitos com idade superior a 65 anos, residente nos centros urbanos de Lambeth, Southwark e Lewisham, no sul de Londres. A pesquisa foi do tipo qualitativo, utilizando a técnica de grupos focais e a entrevista individualizada, com auxílio de um roteiro de questões. Participaram da pesquisa 39 pessoas. As barreiras ao cuidado dental foram agrupadas em cinco categorias principais: custo, medo, disponibilidade, acessibilidade e características do dentista. O custo do

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tratamento dental, o medo da consulta odontológica e a disponibilidade dos serviços influenciaram significativamente no comparecimento ao tratamento odontológico. O medo da consulta odontológica representa o medo da dor ao tratamento dental. Este sentimento de ansiedade foi uma das barreiras mais mencionadas pelos pesquisados. Durante as atividades com os grupos focais, os participantes tentaram formular teorias explicativas sobre o porquê das pessoas sentirem-se amedrontados frente à possibilidade de ir ao dentista. Três categorias de fatores foram julgadas importantes. A primeira estava relacionada às experiências pessoais negativas com o tratamento odontológico, especialmente tratamentos recebidos na infância. A segunda decorria das percepções negativas sobre o tratamento, tais como: som da broca; desconhecimento de informações sobre o tratamento a que será submetido; longa espera pelo atendimento; e imagens negativas retratadas nos meios de comunicação. A terceira categoria referia-se ao caráter do dentista e sua habilidade para lidar com o paciente. Alguns sujeitos informaram que conseguiram superar o medo, em decorrência da introdução de modernos equipamentos e de técnicas, na odontologia. Alguns idosos deram maior importância ao sistema e à mudança social do que à ação pessoal. Os autores defendem a idéia de que a minimização das barreiras envolve três níveis: ações individuais (tais como a persistência em encontrar um serviço de cuidado disponível), mudanças de sistema (incluindo redução de custos, melhorando a informação, e ações sociais (tais como redução do isolamento social). Os pesquisadores concluíram que a melhora do acesso ao cuidado em saúde oral envolve ações a nível individual, social e do sistema. Este último inclui aspectos de gerenciamento.

Gaudereto et al. (2008) identificaram que dor e ansiedade estão diretamente relacionadas. Diante da ansiedade, a dor fica mais difícil de ser controlada, pois seu limiar está diminuído, podendo daí surgir o estresse. Vários meios estão disponíveis para controlar a ansiedade ou o estresse durante a visita ao dentista. Temos os meios farmacológicos e os não farmacológicos. Quando o cirurgião-dentista usa um destes meios para o controle da ansiedade, além de aumentar o limiar de dor do paciente, também estará prevenindo complicações gerais como: desmaio, alterações de pressão arterial, glicemia, dentre outras. Em odontologia se deve cuidar, simultaneamente, a dor e a ansiedade. O controle farmacológico do estresse e da ansiedade realizado através da sedação

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