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Dados coletados na internet, ordenados e revisados por Helio Clemente

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Academic year: 2021

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Dados coletados na internet, ordenados e revisados por Helio Clemente

Existem cinco grandes religiões em todo o mundo: Cristianismo, islamismo, hinduísmo, budismo e judaísmo. Não pretendemos apresentar um compêndio exaustivo de todas estas religiões, mas uma breve apresentação de cada uma para conhecimento geral.

AS GRANDES RELIGIÕES – 1

CRISTIANISMO (visão reformada geral)

O cristianismo tem hoje mais de dois bilhões de seguidores, o que o faz a maior religião do mundo. A religião surgiu em Israel no primeiro século de nossa era.

O cristianismo é baseado nos ensinamentos de Jesus Cristo (4 a.C - 29 d.C). Ao longo do tempo o cristianismo dividiu-se em ortodoxos, no oriente, e os cristãos do ocidente que também se dividiram em católicos e protestantes.

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O cristianismo é uma religião de vocação missionária, o cristão procura levar às pessoas a mensagem de Jesus Cristo.

A característica básica do cristianismo é o monoteísmo: Existe um só Deus, criador do mundo e tudo o que nele se contém e cujo poder continua se manifestando através da providência divina, ou seja, do cuidado eterno com as coisas criadas. Deus manifestou-se aos homens através de Jesus, que trouxe a mensagem de Deus e também a redenção da humanidade. Uma vez que o homem é imperfeito e finito, ele só poderia ser salvo pelo próprio Deus através do sacrifício, morte e ressurreição Jesus, o Cristo, quem crer está salvo, quem não crer já está condenado.

Os homens, segundo o cristianismo, são escolhidos por Deus para serem seus filhos eternos, através da fé e da crença em Jesus Cristo, ou seja: o evangelho.

O julgamento de Deus é perfeito, Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Deus continua ativo e provedor de todo o universo.

A santíssima trindade

Deus existe em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Estas três pessoas formam uma unidade conhecida com Trindade Divina. Alguns teólogos do cristianismo usam a metáfora da água para explicar a trindade. A água existe em três estados: sólido, líquido e gasoso, no entanto nunca deixa de ser água, mas todas as representações físicas da Trindade resultam falhas e levam a uma ideia de unitarismo ou de triteísmo e devem ser evitadas, as doutrinas cristãs são reveladas pelo Espírito e cabe ao cristão pregar a Palavra e nada mais que isto.

Os princípios básicos de uma religião chamam-se doutrinas. As bases do cristianismo são as seguintes:

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A suficiência de Deus;

A trindade Divina;

A salvação exclusivamente pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo;

A completa humanidade e divindade de Jesus;

Jesus nasceu de uma virgem, foi concebido pelo poder de Deus através do Espírito Santo.

Jesus foi morto na cruz e ressuscitou no terceiro dia;

A vida de Jesus foi impecável;

Jesus viveu uma vida de perfeita obediência e morreu uma morte vicária em lugar de seu povo que lhe foi dado por Deus Pai na eternidade.

Jesus nasceu em Belém por volta de quatro anos antes de nossa era, viveu na palestina e foi executado com 33 anos de idade. Jesus era judeu, descendente de Davi, mas não foi aceito pelos judeus que esperam o Messias até hoje. O ministério de Jesus durou três anos, dos 30 aos 33 anos. Durante este período pregou a Palavra de Deus, curou e realizou milagres.

Durante seu ministério, Jesus conseguiu muitos discípulos, dos quais escolheu doze que o seguiam e o ajudavam. Jesus falava com autoridade e em nome de Deus, o que deixava os príncipes e religiosos dos judeus irritados. Foi acusado de revolucionário pelos judeus que pediram sua execução aos romanos, que dominavam Israel na época. Poncio Pilatos, o

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governador Romano negou com veemência a execução de Jesus e só concordou após incitação do povo pelos religiosos judeus.

A morte na cruz era uma pena degradante reservada aos piores criminosos na época. Após a sua morte, Jesus ressuscitou no terceiro dia, após a ressurreição, Jesus permaneceu na terra por algum tempo antes de ascender ao céu.

Através de sua morte e ressurreição Jesus permanece com seus seguidores até o fim dos tempos e enviou após ele, o Consolador, que é o Espírito Santo de Deus, a fim de orientar os cristãos em todo o mundo.

GRANDES RELIGIÕES – 2 ISLAMISMO

Com cerca de 1,2 bilhão de seguidores, o islamismo, fundado pelo profeta Maomé há 1,4 mil anos no que hoje é a Arábia Saudita, é a segunda maior religião do mundo em número de fiéis. O termo "islã" vem do árabe e significa submissão. Uma pessoa se submete à vontade do deus conhecido no Islã como Alá, para viver e pensar como Alá deseja.

Islamismo é mais do que um mero conjunto de convicções religiosas. A fé islâmica proporciona um sistema social e legal e estabelece diretrizes para administrar a vida em família. O

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islamismo oferece ainda códigos de vestimenta, higiene e ética, lei e ordem, assim como rituais religiosos e devoção a Deus.

Os cinco pilares da fé islâmica:

1- A declaração da fé chamada de shahada:

"Confesso que não há outro deus a não ser Alá e que Maomé é o profeta de Alá".

Essa frase tem que ser dita pelo muçulmano ao levantar e antes de dormir.

2- O ritual de oração realizado cinco vezes por dia por todos os islâmicos acima de 10 anos. A oração é feita em direção à cidade de Meca, na Arábia Saudita.

3- Observar o jejum durante o mês sagrado do Ramadã (tempo especial para oração intensa e auto-exame), que ocorre no nono mês do calendário islâmico.

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4- Dar esmolas aos pobres, o equivalente a 2,5% das economias de um ano.

5- Pelo menos uma vez na vida , fazer o hajj, a peregrinação à cidade de Meca (durante o hajj, o islâmico se dedica inteiramente a Alá). Cada peregrinação costuma reunir dois milhões de muçulmanos de todo o mundo em Meca. O alvo da peregrinação é a caaba, construção em forma de cubo na qual se reverencia um meteorito negro que fica no centro da grande mesquita em Meca.

Na peregrinação, os islâmicos dão sete voltas ao redor da caaba, que acreditam tenha sido construída por Abraão (ou Ibrahim) que se tornou um lugar pagão repleto de ídolos. Maomé retirou as imagens do local após a conquista de Meca em 630, e hoje o local é o mais sagrado do mundo islâmico.

Para ir ao hajj, a pessoa tem que ser islâmica, entender o significado espiritual da jornada, estar fisicamente capaz, pagar sua própria viagem e sustentar a família enquanto estiver em Meca. Quando o Ramadã termina, os muçulmanos celebram o Eid Al Fitr, há troca de

presentes, orações, refeições especiais, e os fiéis vestem roupas novas.

Durante o Ramadã, os fiéis se abstêm dos prazeres do corpo desde o amanhecer até o anoitecer. Não se podem fazer refeições, fumar, mascar chicletes e manter relações sexuais. Os fiéis também devem se abster de maus pensamentos, fazer o bem e exercer o autocontrole.

Xiitas e sunitas

Os países com as maiores populações islâmicas não se encontram no Oriente Médio, onde a religião surgiu, mas em outras partes da Ásia. Com 170 milhões de muçulmanos, a Indonésia é o maior país islâmico do mundo, seguido do Paquistão (136 milhões), de Bangladesh (105 milhões) e da Índia (103 milhões).

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Os lugares considerados mais sagrados pelos muçulmanos são: as cidades de Meca, Medina e Jerusalém, todas localizadas no Oriente Médio. Há dois grupos de islâmicos: os sunitas que formam 90% de todos os fiéis, e os xiitas, que são a maioria em países como o Irã e o Iraque.

Os islâmicos acreditam que tudo na vida deve ser submetido a Alá. Por isso, muçulmanos têm dificuldade de entender a separação que ocidentais fazem entre a vida religiosa e a vida secular. Para os muçulmanos, está é uma atitude completamente errada, pois não somente indivíduos, mas as instituições de uma sociedade também devem servir a Alá.

GRANDES RELIGIÕES - 3 HINDUÍSMO

Hinduísmo é o nome dado a uma série de religiões e culturas que surgiram e ainda existem na Índia. A religião é abraçada hoje por 750 milhões de fiéis, e a maioria deles vive no país, onde o hinduísmo começou a florescer e se firmar durante o ano 1.000 d.C. No século 3 a.C, a religião nacional da Índia era o budismo. Durante os séculos 18 e 19, o hinduísmo sofreu influências externas, quando missionários ocidentais tentaram converter os hindus.

Como outras religiões orientais, o hinduísmo não é facilmente definido por padrões ocidentais. É uma religião sem fundador, sem código de fé ou fonte de autoridade. Os hinduístas não fazem separação entre religião e outros aspectos da vida. Para o hindu, Deus está em todas as coisas.

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Fundamentos do hinduísmo

No hinduísmo não há muitos aspectos comuns a todos os grupos de fiéis, mas os adeptos da religião compartilham um sentimento de solidariedade e identificação. As características mais comuns dos hinduístas são a fé em uma única divindade ou deus supremo que está presente em tudo.

Crê-se ainda em outros deuses que sejam ligados ao deus supremo e que a alma passa por um ciclo de nascimento e morte. Acredita-se no carma - uma força que determina a qualidade de cada vida dependendo de como se viveu na vida anterior. A maioria dos fiéis adora em casa, em um pequeno santuário. Os templos hindus são o foco da vida religiosa, mas não existe uma tradição de adoração em grupo.

O hinduísmo não procura converter pessoas, mas algumas seitas indianas modernas já começam a procurar novos adeptos. A religião pode ser definida mais como uma maneira de compreender o universo e como se viver neste universo.

Há muitas falsas concepções sobre hinduísmo que são resultado de uma tentativa do Ocidente de encaixá-lo dentro de uma espécie de sistema religioso.

Verdade e fé

O hinduísmo não insiste em ser a "única verdade religiosa" como outras religiões nem tem um código centralizado de fé. Não há uma forma "correta" de hinduísmo (embora textos antigos afirmem o contrário). Não existe também um livro equivalente à Bíblia ou ao Alcorão. O hinduísmo oferece mais importância à tradição oral, algo não muito bem aceito pelos estudiosos do Ocidente.

O hinduísmo continua se desenvolvendo através de ensinamentos de pessoas modernas sobre sabedoria. Para muitos hinduístas, religião é uma questão de prática não de credos. Ações

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valem mais que a fé. Por trás da prática do hinduísmo existe a convicção de que cada alma está presa ao ciclo do nascimento, morte e renascimento. E cada fiel quer escapar desse ciclo.

O objetivo dos hinduístas é viver de um modo que proporcione sempre melhorar para a vida seguinte. Viver e agir de maneira correta é conhecido como dharma, o nome indiano para religião é sanatana dharma, que significa "dharma eterno". Os hinduístas acreditam que o universo é um padrão cíclico, ou seja, não tem começo nem fim.

Samsara, o ciclo de vidas

Para os fiéis, a alma individual nasce em um corpo, morre e depois reencarna ou renasce em outro corpo. A qualidade da vida seguinte depende do carma da alma, da qualidade dos atos praticados durante a vida (bons ou ruins). Para nascer de novo com uma vida melhor, o indivíduo tem que estar atento a seus atos na vida atual.

Desta forma, quando alguém morre, a alma renasce em um novo corpo (não necessariamente um corpo humano, pode renascer em um animal). Esse ciclo de nascimento, morte e

renascimento é conhecido como samsara. Já o processo de a alma renascer em outro corpo é conhecido como reencarnação.

O último objetivo da alma é ser libertada deste ciclo, e a qualidade de vida em que essa alma renascerá dependerá do que a pessoa fez na vida anterior. Se alguém vai renascer para uma vida melhor, pior, ou até mesmo para viver como um animal, vai depender do carma, que, segundo os hinduístas é o valor que a alma recebe pelos atos bons ou ruins que praticou.

Carma não pode ser interpretado como o julgamento conhecido na religião cristã, ele é

automático e impessoal. Uma boa analogia para se entender o carma, seria força de gravidade. Os hinduístas almejam viver de uma maneira que lhes proporcionará uma vida melhor na

reencarnação.

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O hinduísta procura fugir do ciclo de nascimento, morte e renascimento e se libertar do carma, e isso é chamado de moshka. Cada vez que a alma renasce para uma vida melhor, surge com ela uma oportunidade de melhorar e ficar mais perto da liberação.

A pessoa consegue atingir o moshka quando "se liberta da ignorância" e não deseja mais nada, o que não é um estado de conhecimento, mas de existência. Paradoxalmente é

realmente um estado de não ser (não-existência), quando a alma alcança esse estado, a alma se torna consciente de que não é nada mais que parte de uma realidade, parte de "deus", parte de Brahman e perde sua identidade individual.

O hinduísmo visa uma qualidade de vida que leve a uma vida melhor na hora da reencarnação e que por último alcance a libertação.

GRANDES RELIGIÕES - 4 BUDISMO

O budismo é uma tradição religiosa que se concentra no desenvolvimento espiritual de cada pessoa e em um entendimento profundo da verdadeira natureza da vida. Esse conceito difere o budismo de qualquer outra religião, pois não se refere à relação do ser humano com Deus.

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O budismo, que atualmente tem de 350 a 500 milhões de seguidores em todo o mundo, não se encaixa em nenhum dos padrões de outras religiões. É uma religião sem conceito de céu, inferno ou salvador. O budismo não requer uma fé cega, mas ensina que seus fiéis devem testar os ensinamentos de Buda e suas experiências pessoais.

Ocidente e origens

O budismo é uma tradição religiosa e filosófica vasta e complexa que surgiu há mais de 2,5 mil anos. Nos últimos 30 anos, ele tem crescido no Ocidente. Seus maiores atrativos para uma sociedade pós-moderna são: a natureza não-dogmática da religião, sua racionalidade e a oportunidade de orientação espiritual.

A religião foi fundada por Sidarta Gautama, na Índia. Mais tarde, Gautama recebeu o nome de Buda, que significa esclarecido, iluminado, aquele que despertou.

Segundo o budismo, a maioria das pessoas ainda vive em um sono profundo, sem saber o que realmente é a vida. E essa ignorância seria a razão do sofrimento. O Buda é alguém que

acorda para o conhecimento do mundo como ele realmente é e encontra libertação do sofrimento. Para se chegar a esse ponto é preciso desenvolver a moral, a meditação e a sabedoria. Ele ensina simpatia e compaixão com relação ao sofrimento dos outros e para o benefício e bem-estar de todos.

O budismo, que pode coexistir com outros credos, não é uma religião missionária, à procura de convertidos, mas aqueles que querem se converter são bem recebidos.

Entendendo o budismo

O budismo não tem um credo único, nenhuma autoridade única, nenhum livro sagrado. E se concentra em cada indivíduo à procura de esclarecimento. Para o budista nada é permanente. O fiel defende a idéia de valores centrais que estariam contidos em "Quatro Verdades Nobres". As "verdades nobres" foram reveladas a Buda enquanto ele estava sentado embaixo da árvore bodi.

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A primeira, a dukka, toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento. A segunda, a trsna, a raiz do sofrimento pode ser definida como uma tendência a coisas erradas, a tentativa de achar estabilidade em um mundo mutante é o caminho errado. A terceira é o nirvana, segundo o qual é possível encontrar o fim do sofrimento. O Caminho do Meio ou Nobre Caminho do Óctuplo seria a maneira para encontrar uma solução para o sofrimento ou acabar com ele.

Deuses

Para o budista, não existe um deus criador do universo. Toda a existência se resume em Dukkha, que procura achar algo permanente em um mundo onde nada é permanente, mas a mudança e transformação são sempre possíveis.

O Dukkha pode terminar no esclarecimento ou estado conhecido como nirvana, onde todas as ações e interações deixam de existir. A vida é um processo contínuo de nascimento e morte, mas não existe nenhuma alma que renasça no processo contínuo de nascimento e morte, somente o processo de um momento dando início ao outro.

A forma em que uma pessoa renasce, como animal ou ser humano, depende da lei ética do carma impessoal. Pode-se escapar desse processo alcançando-se o nirvana ou

esclarecimento.

Nirvana

O Nirvana pode ser alcançado seguindo o caminho de oito princípios:

1 - Compreensão correta do estilo budista de vida;

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2 - Pensamento correto. O budista deve substituir a malícia e os pensamentos odiosos através de um estado mental de paz e boa vontade;

3 - Palavra correta (prática da comunicação generosa, prestativa e verdadeira);

4 - Ações corretas (viver de maneira honesta e assumir responsabilidade das próprias ações);

5 - Modo de vida correto (um budista não pode ter uma ocupação que seja prejudicial a outras pessoas);

6 - Esforço correto (se esforçar para vencer motivações que não sejam saudáveis e cultivar as saudáveis);

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8 – Meditação profunda de como se atingir os objetivos e ensinamentos do budismo. GRANDES RELIGIÕES - 5 JUDAÍSMO

O judaísmo é a mais antiga das religiões monoteístas do mundo e a que tem o menor número de fiéis. Ao todo são cerca de 12 a 15 milhões de seguidores. Segundo analistas, se não houvesse o Holocausto - matança em massa de judeus, ocorrida entre as décadas de 30 e 40 no século 20 -, o número de judeus seria de 25 a 35 milhões em todo o mundo. E muitos deles viveriam na Europa.

Atualmente, a maioria dos judeus vive em Israel e nos Estados Unidos. Na Europa, a maior comunidade judaica encontra-se na França. O judaísmo não é uma religião missionária, à procura de converter pessoas. Aqueles que se convertem, no entanto, devem observar os preceitos da Torá (a lei judaica), que incluem, entre outras coisas, a circuncisão masculina.

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O começo do judaísmo como uma religião estruturada acontece com a transformação dos judeus em um povo influente através de reis como Saul, Davi e Salomão, que construiu o primeiro templo em Jerusalém. Mas em cerca de 920 a.C, o reino de Israel se dissolve, e os judeus começam a se dividir em grupos. Essa foi a época chamada de Era dos Profetas. Em cerca de 600 a.C, o templo é destruído e a liderança israelita assassinada. Vários judeus foram enviados para a Babilônia. Apesar de alguns serem autorizados a retornar a casa, muitos permaneceram no exílio formando aí a primeira Diáspora, que significa viver afastado de Israel.

Os pilares da fé

Segundo os judeus, existe somente um Deus, todo-poderoso que criou o universo e tudo o que nele há. Os judeus acreditam que Deus tenha uma relação especial com o seu povo,

consolidada no pacto que fez com Moisés no Monte Sinai, 3,5 mil anos atrás.

O local de culto dos judeus é a sinagoga. O líder religioso de uma comunidade judaica é chamado de rabino. Ao contrário de líderes de outros credos religiosos, o rabino não é um sacerdote e não goza de status religioso especial.

O dia da semana sagrado para os judeus é o sábado, ou sabat, que começa com o pôr do sol na sexta-feira e termina com o pôr do sol no sábado. Durante esse dia, judeus ortodoxos tradicionais não fazem nada que possa ser considerado trabalho. Entre as atividades proibidas estão dirigir e cozinhar.

Fundamentos da Fé Judaica

Analistas definem a essência de ser judeu como participar de uma comunidade judaica e viver de acordo com as tradições e leis judaicas. O judaísmo é um modo de vida fortemente

associado a um sistema de fé e convicções religiosas.

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-até certo ponto - derivam do judaísmo. O judaísmo não estabelece doutrinas ou credos, mas é uma religião que segue a torá, interpretado como a orientação de Deus através das escrituras.

Os judeus vivem sob um pacto com Deus, segundo eles, não para benefício próprio, mas para o benefício de todo o mundo. O grande estudioso do judaísmo Hillel (que viveu entre 70 a.C e 10d.C) resumiu assim o significado da religião:

"Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria que fosse feito a você”.

Esse é o centro da lei judaica, o resto são meras observações.

Judeus e fé

Os judeus acreditam que os seres humanos foram feitos à semelhança de Deus. Obedecer a lei é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor por Deus. É por isso que judeus religiosos seguem certas práticas legais sem precisar de razões extra-religiosas para obedecer as regras.

Um exemplo para isso seria a obediência às leis gastronômicas do costume judaico. Todos os judeus têm uma forte ligação com Israel, que seria a terra prometida por Deus a Abraão, e à cidade considerada sagrada de Jerusalém.

Livros sagrados

A Torá, ou a Bíblia hebraica que é chamada pelos cristãos de Velho Testamento, reúne

especialmente os cinco primeiros livros da Bíblia cuja autoria é atribuída a Moisés, o chamado Pentateuco. Pelo menos uma cópia da Torá, em hebraico, é guardada em cada sinagoga em forma de pergaminho. O Talmude é um compêndio da lei e comentários sobre a Torá aplicado a situações contemporâneas e circunstâncias variadas.

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O símbolo do judaísmo é o magen chamado de estrela de Davi. Muitas pessoas se consideram judias sem tomar parte em nenhuma das práticas religiosas ou até mesmo sem aceitar os fundamentos do judaísmo, mas somente pelo fato de se identificarem com o povo judeu e por seguirem os costumes gerais de um estilo de vida judaico.

Festivais

No judaísmo, o Chanuká, o festival das luzes, é comemorado com a preparação de tradicionais bolos de batata e muitas velas acesas. O Chanuká é interpretado hoje em dia como um

símbolo da sobrevivência do povo judeu. Panquecas de batatas (Latkes) é um dos pratos preferidos para o Chanuká.

Em países cristãos onde o Natal é a festa mais importante no fim de ano, o Chanuká tornou-se uma espécie de equivalente judaico. É comum presentear as crianças nessa época.

Deus e o Messias

Os judeus acreditam na existência de somente um Deus que criou o universo e continua responsável pela sua manutenção. Segundo o judaísmo, Deus sempre existiu e sempre vai existir. Ele não pode ser visto ou tocado.

Entretanto, Deus pode ser conhecido através do louvor e se pode chegar mais perto de Deus através de estudos e a prática da fé. Deus separou os judeus como povo escolhido para servirem de exemplo para o resto da humanidade.

Deus deu a torá aos judeus como uma guia para obediência e uma vida santa que Ele quer que os judeus tenham. Os judeus acreditam que o Messias, que é uma pessoa especialmente ungida por Deus, (o que significa particularmente enviada) um dia virá ao mundo. A chegada do Messias vai trazer consigo uma era de paz.

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Definição de Deus

Para o judaísmo, Deus existe e é somente um. Ele não pode ser definido em diferentes pessoas, como se crê no cristianismo. Entre os outros princípios dos judeus em relação a Deus, estão:

Judeus devem adorar somente um Deus e não outros deuses.

Deus é transcendental, está acima de qualquer coisa.

Deus não tem um corpo, ou seja não é masculino, nem feminino.

Ele criou o universo sem ajuda.

Deus é onipresente e onipotente.

Deus é atemporal. Sempre existiu e sempre vai existir.

Deus é justo, mas também é misericordioso.

Ele é um Deus pessoal e acessível. Deus se interessa por cada um individualmente, ouve a todos individualmente e fala com as pessoas das mais diferentes e surpreendentes formas.

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O judaísmo é uma religião da família. Os judeus se consideram parte de uma comunidade global com laços estreitos com outros judeus. Grande parte da fé judaica é baseada nos ensinamentos recebidos no lar e nas atividades em família.

A cerimônia de circuncisão, por exemplo, acontece no oitavo dia de vida de um bebê do sexo masculino, seguindo assim as instruções que Deus deu a Abraão, 4 mil anos atrás. Um outro exemplo é a refeição do sabat celebrada em família.

Os vários tipos de judaísmo

Os judeus estão atualmente muito divididos de acordo com suas práticas religiosas e origens étnicas. Há dois grandes grupos de judeus, um originário da Europa Central, conhecido como Askenazi, e outro com raízes na Espanha e no Oriente Médio chamados de Sefarditas.

As principais divisões baseadas na fé e na prática religiosas são: Judeus ortodoxos, "ultra-ortodoxos" e conservadores.

Judeus ortodoxos acreditam que a torá e o talmud foram revelados por Deus diretamente ao povo israelita. Por isso, eles consideram estas escrituras a palavra de Deus e a autoridade máxima para estabelecer as diretrizes e tradições do judaísmo. Os judeus ortodoxos formam o maior grupo na maioria dos países com exceção dos Estados Unidos.

Já os judeus ultra-ortodoxos obedecem estritamente as leis religiosas. Eles vivem em

comunidades separadas e seguem seus próprios costumes. De uma certa forma, eles vivem isolados do mundo que os cerca. Os ultra-ortodoxos, um dos grupos que mais crescem entre os judeus, preferem o nome haredi, em vez de ultra-ortodoxos.

Os judeus conservadores se localizam em uma espécie de meio termo entre os ortodoxos e judeus renovados ou reformados. Os conservadores também são conhecidos como masorti.

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Judeus renovados e o judaísmo humanístico

Os judeus renovados adaptaram sua fé e costumes à vida moderna e incorporaram as

descobertas que estudiosos contemporâneos fizeram sobre os primeiros judeus. O movimento da reforma começou no início do século 19, na Alemanha.

Esse grupo não considera a torá e o talmud como a palavra real de Deus, mas como escrituras de seres humanos inspirados por Deus.

Judeus reformados

Esse grupo crê que os textos da torá e do talmud podem ser reinterpretados para adaptar-se a tempos e espaços diferentes. Com base nesta leitura, homens e mulheres podem sentar juntos em uma sinagoga reformada, ao contrário de uma sinagoga ortodoxa, onde seriam

segregados.

Mas há muitos elementos do judaísmo que são conservados como imutáveis pelos judeus reformados, ainda que eles não observem outros preceitos básicos em outras áreas da religião. Uma característica fundamental do judaísmo reformado é a justiça social, o que tem levado muitos judeus reformados a liderar movimentos ativistas políticos.

Os judeus reformados formam o maior grupo de fiéis do judaísmo nos Estados Unidos, onde também existe um movimento para resgatar as práticas tradicionais da adoração a Deus. O judaísmo reformado também é forte na Grã-Bretanha, onde existe uma versão mais tradicional que a praticada nos Estados Unidos. O equivalente britânico mais próximo do judaísmo

reformado é o movimento liberal.

A corrente reconstrucionista e judaísmo humanístico são movimentos modernos americanos que não aceitam os elementos sobrenaturais encontrados em outros tipos de judaísmo.

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