• Nenhum resultado encontrado

ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC"

Copied!
64
0
0

Texto

(1)

DE VIDA DO TRABALHADOR

DA INDÚSTRIA - SESI/SC

(2)
(3)

DE VIDA DO TRABALHADOR

DA INDÚSTRIA - SESI/SC

(4)

Presidente da FIESC e Diretor Regional do SESI/SC:

Glauco José Corte

Diretoria Executiva do SESI/SC

Superintendente: Fabrizio Machado Pereira Diretor Técnico: Eloir Edilson Simm

Equipe de Execução: Promoção da Saúde e Bem Estar

Responsabilidade Técnica

Evanely A. de Carvalho Junior Ronise Carla Gafski

Coordenador de Pesquisa

Prof. Markus Vinicius Nahas, PhD

Equipe de Pesquisa

Elusa Santina A. de Oliveira Mauro V. G. de Barros

Gerente de Qualidade de Vida

Jackes Martinho Heck

Florianópolis, maio de 2015.

2015 FIESC

Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Rodovia Admar Gonzaga, 2765 – Itacorubi – CEP 88034-001 – Florianópolis – SC

(5)

Mensagem do Presidente

...

07

Mensagem do Superintendente

...

09

1. Introdução

...

10

2. Métodos

...

14

3. Resultados

...

22

3.1 Características Sociodemográficas dos Sujeitos na Amostra ... 23

3.2 Percepção de Bem-estar ... 26

3.3 Índice de Qualidade de Vida do Trabalhador Catarinense ... 28

3.4 Perfil do Estilo de Vida ... 35

3.5 Perfil do Ambiente e Condições de Trabalho ... 40

4. Conclusões e Recomendações

...

46

Bibliografia

...

50

Anexos

1. Lista de Tabelas ... 52

2. Lista de Figuras ... 53

3. Instrumento de coleta de dados (Questionário) ... 54

4. Informações complementares ... 57

5. Pesos amostrais por Unidade Regional e porte da empresa ... 59

(6)
(7)

MENSAGEM

DO PRESIDENTE

A FIESC, por meio do SESI/SC, investe em ações de pro-moção da saúde e do bem-estar do trabalhador, visando alcançar um estilo de vida mais saudável e um ambiente de trabalho mais seguro, onde trabalhadores e emprega-dores cooperam para um processo de melhoria contínua. As ações, que atendem às diretrizes estratégicas da en-tidade, contribuem para uma indústria mais saudável e competitiva, na qual as pessoas são o principal ativo. Elas são um dos principais pilares da sustentabilidade empresarial. É preciso construir uma cultura de saúde e qualidade de vida nas empresas. Por isso, o SESI/SC con-centra seus esforços no oferecimento de soluções efica-zes e replica a pesquisa do Índice de Qualidade de Vida do Trabalhador da Indústria Catarinense – IQV SESI/SC em 2015.

Acreditamos que a adesão da indústria a esse estudo ge-rará resultados significativos e a melhoria gradual des-ses índices.

Glauco José Corte

(8)
(9)

MENSAGEM

DO SUPERINTENDENTE

Integrando a agenda mundial para a promoção da saúde e produtividade, o SESI Santa Catarina realizou em 2012 uma pesquisa com o objetivo de identificar o Índice de Qualidade de Vida (IQV SESI/SC) da Indústria Catarinen-se e de Catarinen-seus trabalhadores. O IQV repreCatarinen-sentou o passo inicial para a criação de soluções efetivas voltadas à re-solução de problemas dos trabalhadores catarinenses, nas dimensões individual (estilo de vida) e socioambien-tal (ambiente e condições de trabalho).

Em continuidade ao aperfeiçoamento deste modelo, a pesquisa foi realizada novamente nos meses de feve-reiro e março de 2015. A estratégia desta nova edição está fundamentada na necessidade de acompanhar os progressos alcançados neste período, bem como ampliar as oportunidades de melhoria.

Os resultados do IQV servem de base para que o SESI/SC estabeleça novas estratégias de atuação, pautadas na promoção e melhoria da qualidade de vida do trabalhador, oferecendo às indústrias e aos trabalhadores catarinenses serviços que promovam, respectivamente, ambientes de trabalho e comportamentos seguros e saudáveis.

Fabrizio Machado Pereira

(10)
(11)

1.1 Qualidade de Vida do

Trabalha-dor e competitividade da Indústria

Catarinense

Vivemos uma época em que muito se fala em saúde e qua-lidade de vida, e as pessoas parecem mais conscientes da importância de manter um estilo de vida saudável para ter mais disposição e prevenir doenças. No contexto empresa-rial, acumulam-se evidências da associação entre as condi-ções de trabalho e a percepção de bem-estar dos trabalha-dores com a competitividade e a própria sustentabilidade empresarial.

Investir em promoção da saúde e da qualidade de vida tem sido uma decisão que pode render dividendos para as pes-soas, para as empresas e para a sociedade em geral. Entre-tanto, para promover qualidade de vida, é necessário ter claros o modelo conceitual e a métrica para investigar tal constructo, de modo a se identificar necessidades específi-cas de um grupo e observar o impacto das ações propostas para melhorar tais indicadores.

O Índice de Qualidade de Vida (IQV SESI/SC) possibilita ao SESI/SC propor à indústria um diagnóstico e soluções em torno das questões relacionadas à qualidade de vida, nas dimensões individual (estilo de vida) e socioambiental (ambiente e condições de trabalho). Particular destaque é dado aos fatores que afetam a condição geral de saúde e a percepção de bem-estar de todos os trabalhadores, em todos os níveis de atuação, e que podem estar associadas à sustentabilidade da própria empresa.

O processo de mudança se fundamenta na conscientização e na criação de ambientes que favoreçam as escolhas por um estilo de vida saudável e que possam melhorar a qua-lidade de vida das pessoas numa organização ou na comu-nidade em geral.

(12)

1.2 Objetivos

a. Avaliar a percepção de qualidade de vida em trabalhado-res da indústria do Estado de Santa Catarina em 2015; b. Comparar as informações de 2015 com os dados de base

coletados no primeiro semestre de 2012.

1.3 Base Conceitual

Para discussão da base conceitual na proposição do IQV – SESI/SC, recomenda-se a leitura dos capítulos 1 e 9 do livro Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida (Nahas, 2013). Neste modelo, qualidade de vida é definida numa visão ho-lística como a percepção de bem-estar resultante de um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais, mo-dificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano (Nahas, 2013, p.16).

Componentes estruturais (dimensões) do Modelo adapta-dos para o IQV SESI/SC:

a. Fatores Pessoais Estilo de Vida • Atividade Física

• Alimentação

• Controle do estresse • Relacionamentos

• Comportamento preventivo

b. Fatores Socioambientais Ambiente e Condições de Tra-balho

• Ambiente físico • Ambiente social

• Desenvolvimento e realização profissional • Remuneração e Benefícios

(13)

Há muitas maneiras de abordar o tema qualidade de vida. Entretanto, para cada contexto, devem-se ter claros três aspectos: (a) qual o modelo utilizado; (b) como qualidade de vida é conceituada; e (c) como medir de forma simples, mas confiável, as diversas dimensões que compõem esse conceito. Isto é, o que se pretende com a adoção do concei-to de qualidade de vida e o modelo focado no trabalhador proposto por Nahas em 2010. Espera-se que o IQV SESI/SC represente o modelo e a métrica para avaliar a efetividade das ações de promoção do bem-estar do trabalhador da indústria catarinense.

(14)
(15)

2.1 Processo Amostral

e Coleta de Dados

A pesquisa “Índice de qualidade de vida do trabalhador da indústria – SESI/SC” é um estudo transversal realizado nos meses de fevereiro e março de 2015. A amostra no estudo é representativa do conjunto de trabalhadores das indús-trias de pequeno, médio e grande porte nas 12 regionais de atuação do SESI no Estado de Santa Catarina. Por ser uma repetição do levantamento de 2012, o estudo permi-te comparações dos dados levantados nas duas ocasiões e pode ser caracterizado como um painel (amostras indepen-dentes de uma mesma população em diferentes ocasiões). A exemplo de 2012, a amostra foi determinada em dois es-tágios. No primeiro estágio, recorreu-se à seleção aleatória de empresas de acordo com a distribuição dos trabalhado-res em indústrias de grande (≥ 500), médio (100 a 499) e pequeno porte (20 a 100). No segundo estágio, foram se-lecionados, também de forma aleatória, trabalhadores em número proporcional ao porte da empresa. A meta para a amostra foi estabelecida em, pelo menos, 30 empresas por região (360 no total) e 500 trabalhadores por região (6.000 no total). Esses números pré-estabelecidos foram, posteriormente ponderados, considerando o número total de trabalhadores, segundo o porte das empresas, em cada uma das 12 regionais do SESI/SC.

Visando a padronização dos procedimentos de contato com as empresas e de aplicação do questionário, os res-ponsáveis pela coleta de dados em cada Regional do Es-tado participaram de um treinamento presencial em duas ocasiões (novembro de 2014 e janeiro de 2015). Discutiu-se cada passo do processo da pesquisa, desde o contato com representantes das empresas selecionadas até a aplicação do instrumento de coleta àqueles trabalhadores que, após serem informados do propósito da pesquisa, concordassem em participar. A orientação foi de realizar a coleta de dados em pequenos grupos (de até 15 trabalhadores) mediante aplicação supervisionada do instrumento por pessoas de-vidamente capacitadas. Tal procedimento foi idêntico ao realizado na coleta de 2012 e possibilitou o esclarecimento de dúvidas dos participantes, reduzindo o número de ques-tionários incompletos ou inválidos.

(16)

2.2 Estrutura do Questionário

O questionário (Anexo 3) é composto de três partes prin-cipais, além dos dados das empresas:

a. Dados sociodemográficos (9 itens);

b. Perfil do Estilo de Vida (15 itens, adaptado de Nahas, 2010);

c. Perfil do Ambiente e das Condições de Trabalho (15 itens, adaptado de Nahas, 2010).

As questões foram construídas de forma a permitir res-postas diretas (objetivas), referentes à percepção do ava-liado quanto aos fatores indicativos da qualidade de vida, num tempo aproximado de 10 a 20 minutos. Cada um dos componentes principais (Estilo de vida e Ambiente e Con-dições de Trabalho) é composto por 15 itens, agrupados em cinco fatores (total de 30 itens utilizados na determi-nação do IQV).

Essas questões foram utilizadas em levantamentos rea-lizados anteriormente em estudos sobre o estilo de vida, bem-estar e qualidade de vida de adultos trabalhadores. Para pontuação de cada item propõe-se uma escala de 0 a 3, possibilitando uma amplitude de zero a 45 pontos em cada uma das duas dimensões (componentes principais do modelo) e um Índice de Qualidade de Vida que pode variar de zero a 90. Categorias classificatórias foram defi-nidas a partir desses escores e são apresentadas adiante neste relatório.

Além dos dados da própria empresa (nome, pessoa de contato, porte, ramo de atuação, existência de programas de promoção da saúde) e da percepção de bem-estar (no lar, no trabalho e no lazer), foram investigados os seguin-tes dados sociodemográficos: sexo, idade (<30; 30 a 39; 40 a 49 e ≥50), estado civil (solteiro; casado; viúvo e divorcia-do); escolaridade (ensino fundamental incompleto; ensino fundamental completo; ensino médio; ensino superior e pós-graduação), número de filhos (nenhum; 1 a 2 e ≥3) e local de residência (moradia própria; moradia alugada e moradia cedida).

(17)

2.3 Análise dos dados

A montagem do banco de dados foi realizada mediante leitura ótica dos questionários (software SPHINX). Para a análise estatística utilizou-se o programa estatístico SPSS for Windows versão 16.0. A estatística descritiva incluiu estimativas de prevalências para as variáveis categóricas e de médias, desvios-padrão (DP) e intervalos de con-fiança (95%) para variáveis contínuas. Comparações entre proporções foram realizadas mediante utilização do teste de Qui-quadrado para heterogeneidade enquanto as com-parações entre médias foram realizadas por meio do teste t de Student e, quando necessário, pelo seu equivalente não paramétrico.

Ponderação da amostra

Na análise dos dados do IQV foi utilizado cálculo de pe-sos amostrais por Unidade Regional e porte da empresa, para que a amostra selecionada representasse a popula-ção alvo da pesquisa. Tal procedimento foi necessário por dois motivos: primeiro, porque foi estabelecido, a priori, um número fixo de sujeitos e empresas para cada regio-nal (500 trabalhadores e 30 empresas) sendo necessário corrigir para a proporção real de trabalhadores em cada uma das 12 regionais em relação ao total do Estado; em segundo lugar, porque em algumas regionais a amostra alcançada não correspondeu ao estabelecido no planeja-mento amostral ou porque não se alcançou 100% de res-postas. Trata-se, portanto, de um procedimento que com-pensa as assimetrias entre as características da amostra em relação à população alvo do estudo, mediante ajuste na fase de tratamento dos dados. A população de referên-cia utilizada para cálculo dos pesos amostrais por Unida-de Regional e porte da empresa foi originada na Relação Anual de Informações Sociais de 2013 (www.rais.gov.br). Esses valores estão no Anexo 5.

(18)

2.4 Interpretação dos Resultados

Nas duas dimensões (componentes principais) do questio-nário, foi utilizada uma escala Likert de quatro categorias de resposta (0 a 3), pontuando-se conforme os quadros a seguir. Em cada item (são 15 itens em cada componente principal), escores 0 ou 1 indicam percepção negativa e 2 ou 3 percepção positiva.

A análise pode ser feita em cada componente principal e no geral, resultando em escores relativos ao Estilo de Vida, Ambiente e Condições de Trabalho, e ao IQV (soma dos dois últimos).

Instruções e categorias da Dimensão 1 do IQV

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL

Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a seguinte escala:

[ 0 ] nunca (não faz parte do seu estilo de vida)

[ 1 ] às vezes corresponde ao seu comportamento

[ 2 ] quase sempre verdadeiro no seu comportamento

(19)

Na avaliação dos resultados, podem ser utilizadas duas abordagens: (a) referenciada a um critério previamente definido (pontos de corte para um índice de qualidade de vida positivo ou negativo); ou (b) referenciada à norma, ou seja, separando-se os escores obtidos na população in-vestigada em quartis (25%) ou quintis (20%), consideran-do a amplitude consideran-do menor ao maior escore. Neste relatório, utilizam-se pontos de corte para composição de quatro categorias do IQV: Baixo, Intermediário baixo, Intermediá-rio alto e Alto, conforme detalhamento a seguir.

Instruções e categorias da Dimensão 2 do IQV

PERFIL DO AMBIENTE E CONDIÇÕES DE TRABALHO

Os itens abaixo representam características ambientais e das condições de trabalho relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afir-mação considerando a escala colocada abaixo de cada item.

[ 0 ] muito ruim

[ 1 ] ruim

[ 2 ] bom/boa

(20)

2.5 Categorias para interpretação

do IQV SESI/SC

Partindo-se da lógica de que escores 0 e 1 nos itens do

questionário representam uma percepção negativa,

tan-to para o perfil do estilo de vida como para o perfil do ambiente e condições de trabalho, estabeleceu-se o va-lor de 30 como ponto de corte para a categoria inferior da escala (uma vez que o instrumento é composto por 30 itens). As demais categorias foram determinadas por intervalos iguais, iniciando com o valor 31 para a catego-ria denominada Intermediária baixa, 51 para a categoria Intermediária alta e 71 para a categoria Alta. Esta escala também permite uma análise dicotômica, considerando escores mais baixos (0 a 50) e mais altos (51 a 90). Para facilitar a interpretação dos resultados, esses valores foram modificados para uma escala de 10 pontos, divi-dindo-se a pontuação original (0 a 90) por 9. Assim, 90 pontos = 10; 81 pontos = 9; 72 pontos = 8 etc. Sugere-se o arredondamento para duas casas após a vírgula (casa centesimal). A análise dos resultados neste relatório, por-tanto, utiliza a escala simplificada de 10 pontos, com ar-redondamento centesimal.

IQV SESI/SC* Escala de 0 a 90 Escala de 0 a 10

Baixo Até 30 Até 3,33

Intermediário baixo 31 a 50 3,34 a 5,56

Intermediário alto 51 a 70 5,57 a 7,78

Alto 71 a 90 7,79 a 10

Categorias para interpretação do IQV SESI/SC

(21)

Estudo Piloto

No processo de validação do questionário, realizou-se um estudo transversal na empresa Coteminas, localizada na cidade de Blumenau, Santa Catarina, nos meses de março e abril de 2012. Na amostra, selecionada por conveniên-cia, participaram 104 trabalhadores, de ambos os sexos, representantes de diversos níveis de escolaridade e se-tores da empresa. O Relatório deste estudo de validação encontra-se anexo do Relatório de 2012.

(22)
(23)

3.1 Características

dos sujeitos na amostra

O total de sujeitos na amostra foi de 6.044 (56% do sexo masculino), número próximo ao total esperado (6.000) para as 12 Regiões de Santa Catarina. A Tabela 1 apresenta as características sociodemográficas dos trabalhadores na amostra em 2012 e 2015, observando-se uma semelhança nos valores relativos nas duas ocasiões.

Variável 2012 2015 Total1 (n=5.859) %3 Homens (n=3.435) % Mulheres (n=2.408) % Total2 (n=6.044) % Homens (n=3.371) % Mulheres (n=2.648) % Idade (anos) ≤29 46,8 45,2 49,3 43,5 42,2 45,1 30 a 39 31,0 30,4 31,8 31,5 30,9 32,3 40 a 49 16,8 17,6 15,5 17,6 18,0 17,0 ≥50 5,4 6,8 3,4 7,4 8,8 5,6 Estado civil Solteiro 33,3 34,3 31,8 31,8 32,8 30,5 Casado 61,9 62,3 61,4 62,6 62,5 62,8 Viúvo 0,5 0,4 0,8 0,7 0,5 1,0 Divorciado 4,3 3,1 6,0 4,8 4,1 5,7 Escolaridade

Ensino fundam. Incompleto 15,4 17,2 12,6 15,5 15,6 15,3

Ensino fundam. Completo 13,7 13,7 13,6 14,1 14,3 13,7

Ensino médio 50,6 51,3 49,3 53,3 56,3 49,4 Ensino superior/pós-grad. 20,4 17,5 24,6 17,1 13,7 21,6 Número de filhos Nenhum 44,0 44,4 43,4 40,8 42,2 39,1 1 a 2 46,1 45,3 47,3 48,5 46,9 50,6 ≥3 9,9 10,3 9,3 10,7 10,9 10,3 Local de residência Moradia própria 73,0 73,3 72,7 70,6 71,5 69,8 Moradia alugada 19,5 19,2 19,8 21,8 21,0 22,7 Moradia cedida 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5

Tabela 1: Características sociodemográficas dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina na amostra. SESI/SC 2012 e 2015.

1 16 trabalhadores não informaram o sexo (2012).

2 25 trabalhadores não informaram o sexo (2015).

(24)

Na Tabela 2 encontram-se as proporções de trabalhadores conforme determinadas características das empresas in-dustriais participantes na pesquisa. Essas informações fo-ram fornecidas por representantes de cada empresa, sendo que apenas o porte foi considerado como fator de propor-cionalidade na seleção da amostra. É importante destacar que os valores percentuais nesta tabela correspondem aos valores naturais da amostra, sem ponderação.

Na Tabela 3 apresenta-se a distribuição dos trabalhado-res na amostra de acordo com as regiões (ordenadas al-fabeticamente). Pode-se observar que algumas Unidades Regionais não atingiram a meta de 500 questionários, es-tabelecida preliminarmente no plano amostral. A ponde-ração dos valores iniciais de acordo com o número total de trabalhadores em cada região foi feita para preservar a representatividade amostral no cálculo do IQV.

Variável n %1 Porte da empresa (n=6.044) 1. Pequeno (20 a 99) 1104 18,3 2. Médio (100 a 499) 1929 31,9 3. Grande (≥ 500) 3011 49,8 Ramo de atuação (n=6.044) 1. Alimentos 861 14,2 2. Bebidas 8 0,1 3. Construção civil 317 5,2 4. Eletroeletrônico 235 3,9 5. Extrativismo 136 2,3 6. Frigorífico e carnes 111 1,8 7. Fundição 25 0,4 8. Metalomecânico 370 6,1 9. Móveis/celulose 656 10,9 10. Plásticos 392 6,5 11. Têxtil 1427 23,6 12. Outro 1506 24,9

Tabela 2: Distribuição dos trabalhadores da amostra segundo porte e ramo de atuação das indústrias no Estado de Santa Catarina - 2015.

(25)

Os dados permitem observar que, nesta amostra, encontra-se um grupo predominantemente jovem (43,5% com menos de 30 anos), sendo que seis em cada dez são casados e apenas 10,9% têm três ou mais filhos – o que é uma tendência nas últimas décadas no Brasil. Três em cada quatro afirmaram re-sidir em moradia própria. O nível de escolaridade na amostra foi surpreendentemente alto, com apenas 15,6% reportando não ter concluído o ensino fundamental; 53,3% com ensino médio completo (12% desses cursando o ensino superior) e 17,2% com ensino superior completo ou pós-graduados. O perfil de escolaridade é melhor entre as mulheres. Observa-se que as características sociodemográficas dos trabalhadores que participaram desta pesquisa são semelhantes às infor-mações dos trabalhadores que participaram em 2012 (Tabela 1). Algumas mudanças nas proporções refletem a transição natural pela passagem do tempo (idade, filhos, etc.).

Quanto ao ramo de atuação (não considerado no plano amos-tral) observa-se que mais da metade (55,3%) dos trabalhado-res na amostra são oriundos das indústrias das áreas de ali-mentos, móveis/celulose, têxtil e de plásticos (Tabela 2).

Unidade Regional

Porte

Pequeno Médio Grande Total

n %1 n % n % n Blumenau 74 14,1 169 32,3 280 53,5 523 Brusque/Itajaí 95 19,2 211 42,5 190 38,3 496 Extremo Oeste 102 19,6 111 21,3 307 59,0 520 Grande Florianópolis 100 20,9 143 29,9 236 49,3 479 Jaraguá do Sul 62 12,4 87 17,3 353 70,3 502 Joinville 66 13,3 106 21,4 324 65,3 496 Meio-Oeste 51 9,8 134 25,8 335 64,4 520 Oeste 61 12,0 77 15,2 369 72,8 507 Planalto Norte 72 15,0 228 47,4 181 37,6 481 Rio do Sul 125 24,0 288 55,3 108 20,7 521 Serrana 191 38,2 213 42,6 96 19,2 500 Sul 105 21,0 162 32,5 232 46,5 499 Total 1104 18,3 1929 31,9 3011 49,8 6044

Tabela 3: Total de trabalhadores que participaram da pesquisa conforme a Unidade Regional e o porte das indústrias de Santa Catarina no ano de 2015.

(26)

3.2 Percepção de bem-estar

A percepção de bem-estar é um indicador importante do grau de satisfação com a vida e do ajustamento social das pessoas. Neste levantamento foram considerados três con-textos: a vida no lar, no trabalho e no lazer. As percepções individuais de bem-estar (“como você se sente?”) foram re-gistradas numa escala Likert, com cinco níveis: muito bem, bem, mais ou menos, mal e muito mal. Para análise dos da-dos, foram destacadas as prevalências de percepção positiva de bem-estar (sente-se muito bem ou bem) nos três contex-tos, e os resultados foram: no lar, 91%; no trabalho, 79,3% e no lazer, 78,1% referiram percepção positiva (Tabela 4).

Os valores percentuais da percepção positiva de bem-es-tar de 2012 e 2015 são semelhantes. Observa-se que em 2012 havia um percentual maior de mulheres que percebiam como positiva a condição de bem-estar no trabalho, o que é diferente em 2015, com os homens apresentando percen-tuais mais elevados nos três contextos (p<0,05).

Na Figura 1 são apresentadas as proporções de trabalhado-res com percepção positiva de bem-estar no lazer, no traba-lho e no lar, por idade. Verifica-se que os trabalhadores com 50 anos de idade ou mais apresentaram maiores percentuais de satisfação nos contextos do lar e trabalho, sendo que no lazer este percentual foi maior entre os trabalhadores mais jovens (< 30 anos). Variável 2012 2015 Total (n=5.843) %1 Homens (n=3.435) % Mulheres (n=2.408) % Total (n=6.019) % 1 Homens (n=3.371) % Mulheres (n=2.648) % Bem-estar no lar 91,7 92,9 90,0 91,0 91,5 90,5 Bem-estar no trabalho 80,0 78,9 81,8 79,3 79,7 78,9 Bem-estar no lazer 77,9 78,9 76,4 78,1 79,5 76,3

Tabela 4: Percepção positiva de bem-estar no lar, no trabalho e no lazer entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina - 2012 e 2015

(27)

77,3 87,2 94,2 74,0 82,0 90,5 76,4 79,1 90,8 81,1 76,9 90,9

Comparando-se os três contextos, pode-se confirmar o que estudos anteriores já haviam mostrado – é justamente no lazer que os trabalhadores têm uma percepção de bem-es-tar menos positiva, o que remete à necessidade de criação ou ampliação de oportunidades para ocupação do tempo li-vre com mais significado para pessoas.

Figura 1: Percentual de trabalhadores com percepção positiva de bem-estar no lazer, no trabalho e no lar, conforme a idade. SESI/SC, 2015.

Bem-estar no lazer Bem-estar no trabalho Bem-estar no lar

≥50 40 a 49 30 a 39 ≤29 Faixa Etária %

(28)

3.3 Índice de Qualidade de Vida

do trabalhador catarinense

O Índice foi calculado a partir da soma de escores nos 30 itens que compõem as duas dimensões do IQV SESI/SC: o Perfil do Estilo de Vida e o Perfil do Ambiente e Condições de Trabalho, seguindo o modelo proposto por Nahas (2010). Em cada item esses valores variavam entre 0 e 3 e, depois de somados, foram divididos por 9, chegando-se ao valor do IQV numa escala de 0 a 10, forma escolhida para a análise que segue neste relatório. O questionário aplicado, incluin-do uma página com daincluin-dos demográficos, os 15 itens incluin-do Per-fil do Estilo de Vida e os 15 itens do PerPer-fil do Ambiente e Condições de Trabalho, está no Anexo 3.

A análise do IQV pode ser feita a partir dos valores contí-nuos (como está nas tabelas 5 e 6 e figura 2) ou de forma categorizada, após classificação nos níveis: Baixo, Interme-diário Baixo, IntermeInterme-diário Alto e Alto, seguindo os pontos de corte sugeridos anteriormente (como se vê nas Tabelas 7 e 8). Outra maneira de interpretar os resultados é destacar o percentual de sujeitos com IQV positivo (Alto e Intermediário alto), como mostrado na Figura 3.

Em 2015, o IQV médio da amostra ficou em

6,36 (DP=1,05), com valores extremos

(am-plitude) iguais a 2,11 e 10, e com Intervalo

de Confiança (IC 95%) de 6,35 a 6,37. Em

2012, o valor médio era de 6,32 (DP=1,04),

IC 95% (6,31; 6,33), o que representa um

aumento estatisticamente significativo.

(29)

Nos dados de 2015, a análise dos valores contínuos reve-lou diferenças estatisticamente significativas do IQV em to-das as variáveis, observando-se valores mais altos entre as mulheres, trabalhadores com 50 anos ou mais, aqueles com ensino superior e nas empresas de pequeno porte. Esta ten-dência repete a análise de 2012, mas enquanto as mulheres mantiveram a média do IQV nas duas coletas, para os ho-mens esse valor teve um aumento significativo.

Quanto à escolaridade, maiores valores de IQV foram obser-vados nos extremos (baixa e alta escolaridade), sendo que, em 2015, os valores mais altos estão entre os trabalhadores com ensino superior/pós-graduação, que tiveram um aumen-to significativo em relação aos dados de 2012 (Tabela 5).

Tabela 5: Índice de Qualidade de Vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2015.

Variável 2012 2015

Média1 (DP)2 IC 95%3 Valor P4 Média(DP) IC 95% Valor P

Gênero <0,001 <0,001 Masculino 6,27 (1,06) 6,26; 6,29 6,35 (1,05) 6,33; 6,36 Feminino 6,40 (1,01) 6,39; 6,42 6,39 (1,03) 6,37; 6,40 Idade (anos) <0,001 <0,001 ≤29 6,27 (1,08) 6,26; 6,29 6,27 (1,06) 6,26; 6,29 30 a 39 6,30 (1,00) 6,28; 6,32 6,31 (1,02) 6,29; 6,32 40 a 49 6,42 (1,08) 6,38; 6,43 6,53 (0,98) 6,51; 6,55 ≥50 6,72 (0,96) 6,70; 6,79 6,77 (1,02) 6,74; 6,80 Escolaridade <0,001 <0,001

Ensino fund. incomp. 6,48 (1,02) 6,45; 6,51 6,40 (1,01) 6,38; 6,42 Ensino fund. comp. 6,23 (0,98) 6,21; 6,27 6,30 (1,03) 6,27; 6,32

Ensino médio 6,29 (1,07) 6,28; 6,31 6,28 (1,06) 6,26; 6,29 Ensino sup./pós-grad. 6,35 (1,01) 6,33; 6,37 6,60 (1,00) 6,58; 6,62 Porte da Empresa <0,001 <0,001 Pequeno 6,40 (1,05) 6,38; 6,43 6,53 (0,95) 6,52; 6,54 Médio 6,32 (1,03) 6,30; 6,33 6,35 (1,05) 6,34; 6,37 Grande 6,30 (1,04) 6,29; 6,31 6,19 (1,11) 6,17; 6,20 Geral 6,32 (1,04) 6,31; 6,33 6,36 (1,05) 6,35; 6,37

1 Escala de 0 a 10, valores ponderados.

2 DP= Desvio Padrão.

3 Intervalo de Confiança.

(30)

A tabela 6 apresenta os valores médios do IQV de 2012 e 2015 nas diversas regionais. Em 2015 os valores variaram de 6,12 (Regional Serrana) a 6,54 (Regional Brusque/Itajaí), e as diferenças são estatisticamente significativas (p<0,001). Comparados com dados de 2012, observa-se que os valo-res do IQV são maiovalo-res em seis das 12 Unidades Regionais analisadas (em verde na tabela), mantiveram-se estáveis em duas regiões (Planalto Norte e Serrana) e foram menores em quatro (em vermelho na Tabela).

Unidade Regional 2012 2015 Média1 (DP)2 IC 95%3 Média1 (DP) IC 95% Blumenau 6,26 (1,09) 6,24; 6,29 6,20 (0,99) 6,18; 6,23 Brusque/Itajaí 6,35 (1,05) 6,31; 6,38 6,54 (1,12) 6,52; 6,58 Extremo Oeste 6,26 (0,98) 6,23; 6,30 6,42 (0,97) 6,39; 6,44 Grande Florianópolis 6,23 (1,03) 6,20; 6,27 6,44 (1,08) 6,41; 6,47 Jaraguá do Sul 6,14 (1,09) 6,10; 6,17 6,36 (1,02) 6,33; 6,39 Joinville 6,28 (1,06) 6,26; 6,32 6,45 (1,11) 6,42; 6,47 Meio-Oeste 6,44 (1,03) 6,40; 6,48 6,27 (1,00) 6,22; 6,31 Oeste 6,61 (1,00) 6,57; 6,65 6,38 (1,11) 6,34; 6,42 Planalto Norte 6,38 (1,05) 6,34; 6,42 6,36 (1,06) 6,32; 6,40 Rio do Sul 6,26 (1,03) 6,20; 6,31 6,42 (0,99) 6,38; 6,47 Serrana 6,22 (1,06) 6,14; 6,29 6,12 (1,13) 6,06; 6,18 Sul 6,46 (0,94) 6,43; 6,49 6,27 (0,97) 6,24; 6,29 Geral 6,32 (1,04) (6,31; 6; 33) 6,36 (1,05) 6,35; 6,37

Tabela 6: Índice de Qualidade de Vida entre os trabalhadores

da indústria de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2015, por região.

1 Escala de 0 a 10, valores ponderados. 2 DP= Desvio Padrão.

(31)

Análise do IQV por Categorias

A análise do IQV por categorias (Tabela 7) mostra que a proporção dos trabalhadores com IQV positivo foi de 77,3% (69,0% - Intermediário alto; 8,3% - Alto) e indica que há diferenças significativas (p<0,05) nas proporções de sujei-tos nos diferentes subgrupos da população. Observa-se que a proporção de mulheres com IQV positivo (78,6%) é maior que a proporção de homens com essa característi-ca (76,2%); que o IQV positivo é mais prevalente para o grupo com 50 anos ou mais (87,0%) e trabalhadores com curso superior ou pós-graduação (84,5%), assim como para as empresas de pequeno porte (84,4%). Nas empresas de porte médio o percentual de IQV positivo foi de 76,1% e 77,3% para as de grande porte.

A figura 2 apresenta os resultados médios do IQV por Uni-dade Regional do SESI/SC. As setas indicam o comparativo entre os resultados de 2012 e 2015. Serrana Jaraguá do Sul Meio-Oest e Oest e

Rio do Sul Joinville

Blumenau Planalt o Nor te Sul Extremo Oest e Gde. Florianópolis Brusque/Itajaí 6,12 6,20 6,27 6,27 6,36 6,36 6,38 6,42 6,42 6,44 6,45 6,54 SC= 6,36

Figura 2: Índice de Qualidade de Vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região.

(32)

IQV SESI/SC 2015 Categorizado1

Baixo Intermediário baixo Intermediário alto Alto

Valor p2

IQV “negativo” IQV “positivo”

% % % % Gênero <0,001 Masculino 0,4 23,4 68,1 8,1 Feminino 0,3 21,1 70,1 8,5 Idade (anos) <0,001 ≤29 0,5 26,3 65,6 7,6 30 a 39 0,3 22,9 69,0 7,8 40 a 49 0,2 14,9 76,2 8,7 ≥50 0,0 13,0 73,2 13,8 Escolaridade <0,001

Ensino fundam. incompleto 0,2 21,4 68,8 9,5

Ensino fundam. completo 0,4 23,6 69,3 6,7

Ensino médio 0,4 25,2 67,1 7,2

Ensino superior / Pós-Grad. 0,1 15,3 73,7 10,8

Porte da Empresa <0,001

Pequeno 0,0 15,6 75,3 9,0

Médio 0,2 23,6 67,8 8,3

Grande 0,8 28,7 63,1 7,4

Geral 0,3 22,4 69,0 8,3

Tabela 7: Índice de Qualidade de Vida categorizado

entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015.

1 valores ponderados.

2 Diferenças são estatisticamente significativas se p≤0,05.

A proporção de trabalhadores com

percep-ção positiva de qualidade de vida em 2015

(77,3%) é superior ao valor de 2012 (75,9%).

(33)

Figura 3: Percentual de trabalhadores com percepção positiva de Qualidade de Vida conforme sexo e idade. SESI/SC, 2015 (valores ponderados).

Na Figura 3 são apresentadas as proporções de trabalhado-res, por idade e sexo, com IQV positivo (IQV≥5,57 na escala decimal). Assim como em 2012, observa-se uma tendência de maiores percentuais de sujeitos com percepção positiva de qualidade de vida nas faixas etárias mais altas, além de haver uma diferença em favor das mulheres (p<0,001).

Na Tabela 8 está a proporção de trabalhadores classifica-dos em cada uma das quatro categorias do IQV, por região. Verifica-se que há diferença entre as regiões do Estado (p≤0,05) quando se compara o percentual de sujeitos com percepção positiva (IQV Alto e Intermediário alto), com va-lores que variam de 68,7% (Serrana) a 80,6% (Extremo Oes-te). Os valores acima da média estão marcados em verde na Tabela 9. Nos dados de 2012 a proporção da percepção positiva do IQV nas 12 regiões variou de 67,7% (Jaraguá do Sul) a 85,5% (Oeste) (Tabela 9).

Homens Mulheres Faixa Etária 71,4 ≤29 30 a 39 40 a 49 ≥50 75,1 75,4 78,5 84,1 86,1 86,2 88,7

%

(34)

Unidade Regional IQV Baixo IQV Intermediário baixo IQV Intermediário

alto IQV Alto

%1 % % % Blumenau 0,2 25,8 68,2 5,8 Brusque/Itajaí 0,2 20,4 67,6 11,8 Extremo Oeste 0,3 19,1 74,0 6,6 Grande Florianópolis 0,3 22,1 65,8 11,9 Jaraguá do Sul 0,8 18,8 73,4 7,0 Joinville 0,4 20,4 68,0 11,2 Meio-Oeste 0,0 25,4 68,0 6,6 Oeste 0,7 22,4 67,4 9,5 Planalto Norte 0,5 24,6 66,1 8,8 Rio do Sul 0,3 21,1 71,1 7,5 Serrana 1,7 29,6 62,3 6,4 Sul 0,1 24,7 69,6 5,6 Geral 0,3 22,4 69,0 8,3

Tabela 8: Índice de Qualidade de Vida categorizado

entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015.

1 valores ponderados.

Figura 4: Percentual de trabalhadores com percepção positiva de Qualidade de Vida, conforme Unidade Regional - SESI/SC (valores ponderados).

Serrana Sul Meio-Oest e Gde. Florianópolis Joinville Jaraguá do Sul Blumenau Oest e Planalt o Nor te Rio do Sul

Brusque/Itajaí Extremo Oest

e

68,7 74,0 74,6 74,8 75,2 76,9 77,7 78,6 79,2 79,4 80,4 80,6

SC= 77,3%

%

Na figura 4 apresentam-se os dados percentuais da percepção positiva de qualidade de vida, por unidade regional. As setas indicam a variação de 2012 para 2015.

(35)

3.4 Perfil do Estilo de Vida

O perfil do estilo de vida individual representa uma das dimen-sões da qualidade de vida do trabalhador, conforme o mode-lo proposto por Nahas (2010). Nesta dimensão, são incluídos cinco componentes: atividade física, alimentação, controle do estresse, relacionamentos e comportamento preventivo. No anexo 5 encontra-se a análise das respostas em cada um dos 15 itens nesta dimensão.

A Tabela 9 apresenta os dados contínuos da avaliação da dimensão estilo de vida, cujos valores foram transformados numa escala de 0 a 10 (originalmente, os valores nessa escala podem variar de zero a 45 pontos – são 15 itens, com possibi-lidades de pontuação de 0 a 3 em cada item). Em geral, o valor médio do Perfil do Estilo de Vida ficou em 5,90 (DP=1,30) com Intervalo de Confiança (IC 95%) de 5,89 a 5,91, mostrando-se superior quando comparados aos dados do Perfil do Estilo de vida dos trabalhadores catarinenses de 2012 (5,77; DP=1,28).

Variável Média1 Desvio

Padrão Confiança 95%Intervalo de Valor p2

Gênero <0,001 Masculino 5,85 1,31 5,84; 5,86 Feminino 5,96 1,29 5,94; 5,97 Idade (anos) <0,001 ≤29 5,77 1,34 5,75; 5,79 30 a 39 5,84 1,27 5,82; 5,86 40 a 49 6,13 1,22 6,10; 6,15 ≥50 6,39 1,28 6,35; 6,43 Escolaridade <0,001

Ensino fundam. incompleto 5,83 1,24 5,81; 5,86

Ensino fundam. completo 5,81 1,29 5,78; 5,84

Ensino médio 5,84 1,31 5,82; 5,85

Ensino superior / Pós-Grad. 6,15 1,29 6,13; 6,17

Porte da Empresa <0,001

Pequeno 6,01 1,26 5,99; 6,02

Médio 5,91 1,29 5,90; 5,93

Grande 5,76 1,35 5,75; 5,78

Geral 5,90 1,30 5,88; 5,91

Tabela 9: Perfil do estilo de vida dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015.

1 valores ponderados.

(36)

Unidade Regional Média1 Desvio

Padrão Confiança 95%Intervalo de

Blumenau 5,76 1,30 5,74; 5,79 Brusque/Itajaí 6,14 1,26 6,12; 6,19 Extremo Oeste 5,89 1,27 5,86; 5,92 Grande Florianópolis 5,95 1,29 5,92; 5,98 Jaraguá do Sul 5,93 1,34 5,89; 5,97 Joinville 5,92 1,36 5,89; 5,95 Meio-Oeste 5,79 1,21 5,74; 5,84 Oeste 5,89 1,33 5,84; 5,94 Planalto Norte 5,93 1,34 5,88; 5,98 Rio do Sul 5,90 1,30 5,85; 5,96 Serrana 5,72 1,31 5,66; 5,79 Sul 5,83 1,28 5,80; 5,85 Geral 5,90 1,30 5,89; 5,91

Tabela 10: Perfil do estilo de vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região, no ano de 2015.

1 Escala de 0 a 10, valores ponderados.

A análise dos valores contínuos do Estilo de Vida revelou diferenças estatisticamente significativas em todas as va-riáveis, observando-se valores mais altos entre as mulhe-res, trabalhadores com 50 anos ou mais, trabalhadores com curso superior/pós-graduação e nas empresas pequenas. A Tabela 10 mostra esses dados por região, sendo que as di-ferenças foram estatisticamente significativas, com valores variando de 5,72 (Serrana) a 6,14 (Brusque/Itajaí). Em ver-de, os valores iguais ou superiores à média, considerando o intervalo de confiança (95%).

(37)

Análise do Perfil do Estilo de Vida por categorias

O percentual de trabalhadores com percepção positiva do estilo de vida foi de 56,3%, superior ao encontrado nos tra-balhadores da amostra em 2012 (52,8%). A Figura 5 desta-ca o percentual de trabalhadores, por sexo e faixa etária, com estilo de vida positivo. As mulheres (58,9%) tendem a ter melhores índices que os homens (54,2%) e, para ambos, o percentual tende a ser maior conforme aumenta a idade (Figura 5).

Figura 5: Percentual de trabalhadores com percepção positiva do estilo de vida conforme sexo e idade. SESI/SC, 2015 (valores ponderados).

Homens Mulheres Faixa Etária % 55,0 55,6 71,5 73,0 50,3 52,2 58,6 71,4 ≤29 30 a 39 40 a 49 ≥50 0

(38)

Figura 6: Percentual de trabalhadores com percepção positiva dos diferentes componentes do perfil estilo de vida. SESI/SC, 2015 (valores ponderados).

Homens Mulheres Comportamentos preventivos Estresse Relacionamentos Alimentação Atividade física 91,0 89,4 49,6 63,2 40,5 79,2 89,8 59,0 51,6 49,9

%

A Figura 6 permite analisar os cinco componentes do Perfil do Estilo de Vida, indicando que as mulheres têm melhor

desempenho nos aspectos comportamento preventivo e

alimentação, enquanto os homens se destacam na prá-tica de atividade física e controle do estresse. Em geral, apesar do aumento verificado nos indicadores desde 2012, observa-se um baixo percentual de comportamento sau-dável nos aspectos atividade física, alimentação e contro-le do estresse, com destaque positivo na prevalência de comportamento preventivo e relacionamentos. As análises das questões relativas a cada componente aqui discutido podem ser vistas no Anexo 4.

(39)

O ponto de corte para um estilo de vida positivo foi es-tabelecido em 26 pontos (a soma dos escores nos cinco componentes da escala pode variar de 0 a 45). Quando analisado individualmente cada componente da escala, foi estabelecido um ponto de corte no valor 5 (variação pos-sível de 0 a 9 em cada componente da escala), exceto para atividade física. Neste caso, o ponto de corte foi definido como sendo 4, levando em consideração as recomendações internacionais para a prática de atividades físicas visando a promoção da saúde.

Para saber mais sobre o desenvolvimento da escala Per-fil do Estilo de Vida Individual, sugerem-se os artigos de Nahas, Barros e Francalacci (2000) e Both et al. (2008), que descrevem o processo de construção e validação da escala.

Figura 7: Percentual do estilo de vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região (valores ponderados).

Na figura 7 apresentam-se os dados percentuais da dimensão Estilo de Vida, por unidade regional. As setas indicam a variação de 2012 para 2015.

Blumenau Oest e Serrana Rio do Sul Jaraguá do Sul Joinville Meio-Oest e Planalt o Nor te Sul Gde.

Florianópolis Extremo Oest

e

Brusque/Itajaí

51,8 52,1 52,1 52,5 52,8 56,3 56,5 57,2 57,5 57,9 58,0 63,2

SC= 56,3%

(40)

3.5 Perfil do Ambiente

e Condições de Trabalho

A escala que avalia a percepção do trabalhador quanto ao ambiente e as condições de trabalho foi proposta e validada por Nahas, Rabacow, Pereira e Borgatto em estudo publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (2009).

Os resultados, em escala contínua, derivam-se da transforma-ção dos escores originais (0 a 45, nos 15 itens da escala). A Ta-bela 11 apresenta os escores médios, segundo diversas variá-veis sociodemográficas, numa escala de 0 a 10 pontos. Uma análise mais detalhada, por item, encontra-se no Anexo 5. Em geral, o valor médio do Perfil do Ambiente e Condições de Trabalho ficou em 6,81 (DP= 1,28) com Intervalo de Confiança (IC 95%) de 6,80 a 6,82, mostrando-se inferior quando compa-rados aos dados do Perfil do Ambiente e Condições de traba-lho dos trabalhadores catarinenses de 2012 (6,88; DP= 1,30).

Variável Média1 Desvio

Padrão Confiança 95%Intervalo de Valor p2

Gênero 0,866 Masculino 6,82 1,29 6,80; 6,83 Feminino 6,81 1,26 6,80; 6,83 Idade (anos) <0,001 ≤29 6,76 1,30 6,75; 6,78 30 a 39 6,76 1,29 6,74; 6,78 40 a 49 6,92 1,21 6,90; 6,94 ≥50 7,09 1,23 7,06; 7,13 Escolaridade <0,001

Ensino fundam. incompleto 6,96 1,27 6,94; 6,99

Ensino fundam. completo 6,78 1,89 6,75; 6,80

Ensino médio 6,70 1,30 6,68; 6,71

Ensino superior / Pós-Grad. 7,05 1,25 7,02; 7,07

Porte da Empresa <0,001

Pequeno 7,05 1,18 7,03; 7,07

Médio 6,78 1,30 6,76; 6,79

Grande 6,59 1,32 6,57; 6,61

Geral 6,81 1,28 6,80; 6,82

Tabela 11: Perfil do ambiente e condições de trabalho

entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015.

1 valores ponderados.

(41)

A Tabela 12 apresenta os valores médios para a escala do ambiente e condições de trabalho para os trabalhadores das diversas regiões do Estado, variando de 6,50 (Regional Serrana) até 6,97 (Regional Rio do Sul). Essas diferenças são estatisticamente significantes (p≤0,001). Já em 2012, os valores variaram de 6,63 (Regional Jaraguá do Sul) até 7,38 (Regional Oeste). Em verde, os valores iguais ou superiores à média, considerando o intervalo de confiança (95%).

Tabela 12: Perfil do ambiente e condições de trabalho entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região, no ano de 2015.

Unidade Regional Média1 Desvio

Padrão Confiança 95%Intervalo de

Blumenau 6,66 1,24 6,63; 6,69 Brusque/Itajaí 6,96 1,45 6,92; 6,99 Extremo Oeste 6,91 1,15 6,88; 6,93 Grande Florianópolis 6,89 1,30 6,85; 6,92 Jaraguá do Sul 6,80 1,21 6,76; 6,83 Joinville 6,92 1,30 6,89; 6,95 Meio-Oeste 6,70 1,31 6,65; 6,75 Oeste 6,85 1,34 6,80; 6,90 Planalto Norte 6,81 1,30 6,76; 6,86 Rio do Sul 6,97 1,17 6,92; 7,02 Serrana 6,50 1,44 6,43; 6,57 Sul 6,67 1,22 6,64; 6,70 Geral 6,81 1,28 6,80; 6,82

(42)

Análise do Perfil do Ambiente e Condições de Trabalho por categorias

Neste levantamento, observa-se que 84,0% dos trabalha-dores (83,3% dos homens e 84,9% das mulheres) relataram uma percepção positiva do ambiente e das condições de trabalho, percentual inferior aos dados de 2012 dos traba-lhadores catarinenses (85,5%).

Na Figura 8 observa-se que as mulheres e aqueles traba-lhadores nas faixas etárias mais altas apresentam percen-tuais mais elevados na percepção positiva do ambiente e das condições de trabalho. Para todas as faixas etárias os percentuais nesta variável são elevados (>80% de percep-ção positiva), influenciando positivamente o IQV.

Figura 8: Percentual de trabalhadores com percepção positiva do perfil do ambiente e condições de trabalho conforme sexo e idade. SESI/SC, 2015 (valores ponderados).

90,8 90,1 87,8 86,9 84,8 82,5 83,3 81,0 Mulheres Homens Faixa Etária ≤29 30 a 39 40 a 49 ≥50

%

(43)

Figura 9: Percentual de trabalhadores com percepção positiva das diferentes dimensões do perfil do ambiente e condições de trabalho. SESI/SC, 2015 (valores ponderados).

Homens Mulheres 74,0 93,8 87,1 73,9 95,9 79,6 93,7 86,1 73,9 95,9 % Ambiente

físico Relevânciasocial da

empresa Ambiente

(44)

De modo similar ao que foi feito na análise da Dimensão 1 do IQV (Estilo de Vida), o ponto de corte para uma per-cepção positiva do ambiente e das condições de trabalho foi estabelecido em 26 pontos (a soma dos escores nos 5 componentes da escala pode variar de 0 a 45). Quando analisado individualmente cada componente da escala, foi estabelecido um ponto de corte no valor 5 (variação possí-vel de 0 a 9 em cada um dos 5 componentes desta escala). No caso da segunda dimensão do IQV (ambiente e condi-ções de trabalho), observaram-se escores mais elevados (valor médio de 6,81; 84% de trabalhadores com percep-ção positiva), em comparapercep-ção ao estilo de vida. Em 3 com-ponentes cabem recomendações pontuais:

a. Ambiente físico, em particular no item condições de ruído e temperatura, em que 42% dos trabalhadores têm uma percepção negativa neste item, tendo piorado

desde 2012, quando 37,3% consideravam ruim ou

mui-to ruim este quesimui-to;

Figura 10: Perfil do ambiente e condições de trabalho entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região.

Serrana Oest e Blumenau Planalt o Nor te Jaraguá do Sul Rio do Sul Sul Brusque/Itajaí Meio-Oest e Gde. Florianópolis Joinville Extremo Oest e 74,3 80,9 81,6 82,7 83,2 83,7 83,7 84,1 84,4 87,0 88,1 88,9 SC= 84,0%

%

Na figura 10 apresentam-se os dados percentuais da di-mensão Ambiente e Condições de Trabalho, por unidade regional. As setas indicam a variação de 2012 para 2015.

(45)

b. Desenvolvimento e realização pessoal, no item oportu-nidades de crescimento profissional (28,2% consideram ruim ou muito ruim), percentual semelhante à 2012 (27,6%);

c. Remuneração e benefícios, em particular nos itens: re-muneração em relação ao trabalho que realiza (28,2% consideram ruim ou muito ruim), tendo piorado desde 2012 quando 27,6% tinham essa percepção negativa neste quesito; e oportunidades de lazer e confraterni-zação entre trabalhadores e familiares (28,3% conside-ram ruim ou muito ruim), valor um pouco inferior ao percentual de 2012 neste item (29,9%).

Em síntese, os resultados mostram os valores apresenta-dos nas figuras a seguir.

Figura 11: Valores médios do IQV SESI/SC, 2015 e 2012 (valores ponderados).

Figura 12: Percentual de trabalhadores com percepção positiva, IQV SESI/SC (valores ponderados). 2012 2012 2015 2015 IQV IQV Estilo de Vida Estilo de Vida Ambiente e Condições de Trabalho Ambiente e Condições de Trabalho 6,36 77,3 5,90 56,3 6,81 84,0 6,32 75,9 5,77 52,8 6,88 85,4

%

(46)

5. CONCLUSÕES E

RECOMENDAÇÕES

(47)

Sobre a amostra

Nesta amostra (n=6.044; 56% homens), encontra-se um grupo de trabalhadores predominantemente jovem (43,5% com menos de 30 anos), sendo que seis em cada dez são casados, e apenas 11% têm três ou mais filhos – o que é uma tendência nas últimas décadas no Brasil. Três em cada quatro afirmaram residir em moradia própria. Assim como em 2012, o nível de escolaridade na amostra foi alto para os padrões nacionais, com apenas 15,6% reportando não ter concluído o ensino fundamental; 53,3% com ensi-no médio completo e 17,2% com ensiensi-no superior completo ou pós-graduados. O perfil de escolaridade é melhor entre as mulheres. Observa-se que as características sociodemo-gráficas dos trabalhadores que participaram desta pesqui-sa são semelhantes às informações dos trabalhadores que participaram do levantamento em 2012.

Quanto ao ramo de atuação (não considerado no plano amostral) observa-se que mais da metade (55,3%) dos tra-balhadores na amostra são oriundos das indústrias das áreas de alimentos, móveis/celulose, têxtil e de plásticos. IQV SESI/SC 2015

Em 2015, o IQV médio da amostra ficou em 6,36 (DP=1,05), valor maior que o correspondente em 2012 (6,32; DP=1,04), o que representa um aumento estatisticamente significativo. Quando colocados em categorias, os dados do IQV 2015 mostram uma proporção de trabalhadores com percepção positiva de qualidade de vida (IQV Alto + Intermediário alto) igual a 77,3% (em 2012, essa proporção era de 75,9%). A análise por idade e sexo, mostra uma tendência de au-mento no percentual de trabalhadores com percepção po-sitiva com a idade, além de uma diferença em favor das mulheres, como ocorrera em 2012. Há também diferenças nos valores percentuais do IQV positivo entre as regiões que devem ser consideradas.

Foi possível observar que o Estilo de Vida (Dimensão 1 do IQV) teve percentuais positivos mais baixos do que a Dimensão 2, Ambiente e Condições de Trabalho (IQV mé-dio de 5,90 e 6,81, respectivamente). Na comparação com 2012, observa-se um aumento significativo no indicador de estilo de vida e uma pequena redução nos valores

(48)

rela-tados para o ambiente e condições de trabalho. Atividade física, alimentação e controle do estresse são os fatores que merecem atenção nos programas de estilos de vida saudáveis. Já na dimensão do ambiente e condições de tra-balho, quatro itens merecem atenção: condições de ruído e temperatura, oportunidades de crescimento profissional, remuneração relativa ao trabalho realizado e oportunida-des de lazer para o trabalhador e familiares.

Em termos gerais, merecem atenção os trabalhadores mais jovens, aqueles do sexo masculino e de menor grau de escolaridade.

Além de possibilitar análises comparativas transversais, o IQV SESI/SC servirá para o estabelecimento de recomen-dações e o acompanhamento periódico da percepção de qualidade de vida dos trabalhadores, servindo como parâ-metro avaliativo da efetividade de muitas ações e serviços do SESI em Santa Catarina.

Sobre a relevância da pesquisa

A avaliação da percepção de qualidade de vida do trabalha-dor da indústria em Santa Catarina é um processo inovatrabalha-dor e bem fundamentado, uma vez que parte de um modelo próprio, focado em comportamentos e características am-bientais relacionados às ações específicas desenvolvidas pelo SESI e pelas empresas industriais. O IQV SESI/SC serve de instrumento balizador para avaliação da efetividade dos programas e serviços que visam a promoção do bem-estar e da qualidade de vida do trabalhador – entendido como recurso relevante para a competitividade empresarial.

(49)

Aspectos Metodológicos a considerar

Alguns aspectos, entretanto, devem ser apontados como possíveis limitações. Um deles diz respeito à amostra, que previa um mínimo de 500 trabalhadores e 30 empresas por região – número não alcançado em alguma delas –, assim como a alteração na proporção de empresas segun-do o porte – pela dificuldade de acesso ou negativa de participação na coleta de dados, segundo informação dos aplicadores. A negativa das empresas também levou a um número de substituições elevado (em torno de 50% das empresas originalmente selecionadas por processo aleató-rio proporcional (quanto à região do Estado e ao porte da empresa). Outro aspecto a considerar trata da escolaridade observada na amostra e aquela relatada como representa-tiva de toda a população industrial catarinense – há uma aparente participação de pessoas com mais escolaridade na pesquisa, tanto no levantamento de 2012 quanto em 2015. Certos aspectos metodológicos na aplicação dos questionários precisam ser melhor observados, para ga-rantir a plena representatividade da amostra e a certeza de que os trabalhadores não se sintam constrangidos, de maneira nenhuma, em responder as questões formuladas (consentimento livre e esclarecido).

Recomenda-se, a exemplo do que foi feito em 2012, que os indicadores sejam analisados na perspectiva de se elaborar propostas focadas nas prioridades identificadas nas duas dimensões do modelo de qualidade de vida utilizado nesta pesquisa. Práticas baseadas nas evidências aqui apresenta-das poderão ser efetivas para melhorar os indicadores com avaliação mais baixa, levando a uma melhoria global no índice de qualidade de vida do trabalhador. Tais ações pas-sam necessariamente por uma parceria entre SESI, empre-sas e trabalhadores, que deverão ser ouvidos quanto aos temas e formas de implementação dessas ações de promo-ção da saúde e qualidade de vida.

Externa-se, finalmente, agradecimento sincero às empresas e trabalhadores que participaram desta pesquisa, que en-tenderam como um investimento voltado ao bem-estar do trabalhador e a sustentabilidade das empresas industriais.

(50)

Bibliografia

ALDANA, S.G., MERRIL, R.M., PRICE, K. et al. Financial impact of a comprehensive mul-tisite workplace health promotion program. Preventive Medicine, 40(2), 131-137, 2005. BOTH, J., BORGATTO, A.F., NASCIMENTO, J.V., SONO, C.N., LEMOS, C.A.F., NAHAS, M.V. Validação da escala “Perfil do Estilo de Vida Individual”. Revista Brasileira de Atividade

Física e Saúde, 2008, 13(1), 4-13.

CRONBACH, L.J. Coefficient Alpha and the internal Structure of Tests. Psychometrika, v. 16, n. 3, p. 297-315, 1951.

DRUCKER, P. O Homem – o melhor de Peter Drucker. São Paulo: Livraria Nobel, 2001. FREITAS, A. L. P.; RODRIGUES, S. G. A avaliação da confiabilidade de questionários: uma análise utilizando o coeficiente alfa de Cronbach. In: SIMPEP, 12, ov. 2005, Bauru, São Paulo.

SILVA, S.G. Percepção de bem-estar e fatores associados em trabalhadores do setor industrial brasileiro. Dissertação de Mestrado, PPGEF/UFSC, 2011.

LANDIS, J.R.; KOCH, G.G. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, v.33, p. 159-174, 1977.

NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2010 (quin-ta edição).

NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2013 (sexta edição).

NAHAS, M.V., BARROS, M.V.G., FRANCALACCI, V.L. O Pentáculo do Bem-estar: base con-ceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 2000, 5(2), 48-59.

NAHAS, M.V., RABACOW, F.M., PEREIRA, S.V., BORGATTO, A. Reprodutibilidade de uma escala para avaliar a percepção dos trabalhadores quanto ao ambiente e às condições de trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v.34, p.179-183, 2009.

OGATA, A. (Org.). Profissionais saudáveis, empresas produtivas. São Paulo: Campus Else-vier, 2011.

OGATA, A. (Org.), Temas avançados em qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2014. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Preventing chronic diseases: a vital investiment. WHO Global Report 2005. Disponível em: www.who.org.

(51)

Anexos

1. Lista de Tabelas 2. Lista de Figuras

3. Instrumento de coleta de dados (Questionário) 4. Informações complementares

5. Pesos amostrais por Unidade Regional e porte de empresa 6. Lista de empresas participantes por Unidade Regional

(52)

Anexo 1: Lista de Tabelas

Tabela Título Página

1 Características sociodemográficas dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina na amostra. SESI/SC 2012 e 2015 23 2 Distribuição dos trabalhadores da amostra segundo porte e ramo de atuação das indústrias do Estado de Santa Catarina no ano de 2015 24 3 Total de trabalhadores que participaram da pesquisa conforme a Unidade Regional e o porte das indústrias de Santa Catarina no

ano de 2015 25

4 Percepção positiva de bem-estar no lar, no trabalho e no lazer en-tre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2012

e 2015 26

5 Índice de Qualidade de Vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2015 29 6 Índice de Qualidade de Vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2015, por região 30 7 Índice de Qualidade de Vida categorizado entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015 32 8 Índice de Qualidade de Vida categorizado entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015 34 9 Perfil do estilo de vida dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015 35 10 Perfil do estilo de vida entre os trabalhadores da indústria de San-ta Catarina, por região, no ano de 2015 36 11 Perfil do ambiente e condições de trabalho entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina no ano de 2015 40 12 Perfil do ambiente e condições de trabalho entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região, no ano de 2015 41

(53)

Anexo 2: Lista de Figuras

Figura Título Página

1 Percentual de trabalhadores com percepção positiva de bem-estar no lazer, no trabalho e no lar, conforme a idade. SESI/SC, 2015 27 2 Índice de qualidade de vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região 31 3 Percentual de trabalhadores com percepção positiva de qualidade de vida conforme sexo e idade. SESI/SC, 2015 (valores ponderados) 33

4 Percentual de trabalhadores com percepção positiva de Qualidade de Vida, conforme Unidade Regional - SESI/SC (valores ponderados) 34

5 Percentual de trabalhadores com percepção positiva do estilo de vida conforme sexo e idade. SESI/SC, 2015 (valores ponderados) 37

6 Percentual de trabalhadores com percepção positiva dos diferen-tes componentes do perfil estilo de vida. SESI/SC, 2015 (valores

ponderados) 38

7 Percentual do estilo de vida entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região (valores ponderados) 39

8 Percentual de trabalhadores com percepção positiva do perfil do ambiente e condições de trabalho conforme sexo e idade. SESI/SC,

2015 (valores ponderados) 42

9 Percentual de trabalhadores com percepção positiva das diferentes dimensões do perfil do ambiente e condições de trabalho. SESI /SC,

2015 (valores ponderados) 43

10 Perfil do ambiente e condições de trabalho entre os trabalhadores da indústria de Santa Catarina, por região 44

11 Valores médios do IQV SESI/SC, 2015 e 2012 (valores ponderados) 45

(54)

Anexo 3: Instrumento de coleta de dados (Questionário)

Índice de Qualidade de Vida do Trabalhador – SESI/SC LEIA COM ATENÇÃO E RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO.

Elas se referem a como você percebe seu estilo de vida e suas condições de trabalho. Suas respostas serão analisadas em grupo, sem identificação individual. O objetivo é conhecer os fatores que podem melhorar a qualidade de vida do trabalhador da in-dústria em Santa Catarina.

A - DADOS PESSOAIS

1. Qual o seu SEXO?

[ ] Masculino [ ] Feminino 2. Qual a sua IDADE?

[ ] Menos de 30 anos [ ] 30 a 39 anos

[ ] 40 a 49 anos [ ] 50 anos ou mais

3. Qual o seu ESTADO CIVIL?

[ ] Solteiro(a) [ ] Casado(a)/vivendo com parceiro(a)

[ ] Viúvo(a) [ ] Divorciado(a)/Separado(a)

4. Quantos FILHOS você tem?

[ ] Nenhum [ ] 1 ou 2 filhos

[ ] 3 ou 4 filhos [ ] mais de 4 filhos 5. Qual o seu nível de ESCOLARIZAÇÃO?

[ ] Fundamental incompleto (não concluiu a 4a série)

[ ] Fundamental incompleto (não concluiu a 8a série)

[ ] Fundamental completo(concluiu a 8a série)

[ ] Ensino Médio completo (concluiu o segundo grau) [ ] Cursando Ensino Superior

[ ] Ensino Superior completo [ ] Pós-graduação

6. Onde você RESIDE?

[ ] Moradia própria [ ] Moradia alugada [ ] Moradia cedida ou dividida com outros 7. Como você se sente, atualmente, em relação à sua vida NO LAR?

[ ] Muito bem [ ] Bem [ ] Mais ou menos [ ] Mal [ ] Muito mal 8. Como você se sente, atualmente, em relação à sua vida NO TRABALHO?

[ ] Muito bem [ ] Bem [ ] Mais ou menos [ ] Mal [ ] Muito mal 9. Como você se sente, atualmente, em relação à sua vida NO SEU LAZER?

(55)

B - PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL

Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a seguinte escala:

[ ] nunca (não faz parte do seu estilo de vida) [ ] às vezes corresponde ao seu comportamento [ ] quase sempre verdadeiro no seu comportamento [ ] sim, isso sempre faz parte do seu estilo de vida.

ATIVIDADE FÍSICA

10. Você caminha ou usa a bicicleta como meio de transporte

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 11. Você realiza atividades físicas moderadas no lazer (caminhar, pedalar, dançar)

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 12. Você pratica exercícios físicos ou esportes

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

ALIMENTAÇÃO

13. Você inclui frutas e verduras em sua alimentação diária

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 14. Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras, salgadinhos)

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 15. Você faz 4 a 5 refeições diárias, incluindo café da manhã

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

CONTROLE DO ESTRESSE

16. Você reserva tempo para relaxar (ao menos 5 minutos todos os dias) [ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 17. Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 18. Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

RELACIONAMENTOS

19. Você respeita a natureza e aprecia estar em ambientes ao ar livre

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 20. Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos sociais

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 21. Você procura ser ativo na comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social

[ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

COMPORTAMENTO PREVENTIVO

22. Você se abstém de fumar e ingere álcool com moderação (ou evita beber) [ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre 23. Você respeita as normas de trânsito (como pedestre, ciclista ou motorista) [ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

24. Você faz exames médicos preventivos e cuida do colesterol, glicose e da pressão sanguínea [ ] nunca [ ] às vezes [ ] quase sempre [ ] sempre

(56)

C - PERFIL DO AMBIENTE E CONDIÇÕES DE TRABALHO

Os itens abaixo representam características ambientais e das condições de trabalho re-lacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala colocada abaixo de cada item.

AMBIENTE FÍSICO

25. Condições de limpeza e iluminação no seu local de trabalho

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 26. Adequação ergonômica (conforto) dos móveis e equipamentos

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 27. Condições de ruído e temperatura

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa

AMBIENTE SOCIAL

28. Relacionamento com os demais trabalhadores

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 29. Relacionamento com seu(s) chefe(s) imediato(s)

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 30. Oportunidades para expressar suas opiniões relacionadas ao trabalho

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa

DESENVOLVIMENTO E REALIZAÇÃO PROFISSIONAL

31. Oportunidades de crescimento profissional oferecidas pela empresa [ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 32. Nível de conhecimento / habilidade para realizar suas tarefas

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 33. Grau de motivação e ânimo ao chegar para trabalhar

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa

REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

34. Remuneração em relação ao trabalho que realiza

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 35. Atenção à saúde oferecida pela Empresa aos trabalhadores

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 36. Oportunidades de lazer e confraternização entre trabalhadores e familiares

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa

RELEVÂNCIA SOCIAL DO TRABALHO

37. Imagem da Empresa perante a sociedade

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 38. Importância do seu trabalho para a empresa e a sociedade

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa 39. Relação das suas atividades profissionais com sua vida familiar

[ ] muito ruim [ ] ruim [ ]bom / boa [ ] muito bom / boa

Obrigado!

Sua participação é muito importante para melhorar a qualidade de vida do trabalhador da indústria em Santa Catarina.

Referências

Documentos relacionados

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

Sendo assim, esse trabalho é um estudo de caso cujo a finalidade é identificar os riscos dos principais processos de uma Indústria farmacêutica através do desenvolvimento

Como se pode perceber, ao final dessa apreciação do brincar como instrumento para o desenvolvimento sociocognitivo, os brinquedos e as brincadeiras são objetos e atividades

O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar a precisão do Modelo Digital de Terreno - MDT, gerado a partir dos dados obtidos por imagens digitais de um Veículo Aéreo

Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar a importância do brincar para o desenvolvimento afetivo da criança de 0 a 6 anos, como também identificar as concepções

Em relação ao Respondente4 ele já havia usado a ferramenta em outra instituição antes de iniciar suas atividades na UTFPR Campus Pato Branco e é possível creditar sua

Neste trabalho foram analisados os dados coletados em perímetro urbano e rural no município de Serranópolis do Iguaçu com a finalidade de investigar e avaliar o

Obtivemos as respostas listadas a seguir: Sujeito 1: “Brincar na educação infantil é muito importante para o desenvolvimento da criança que nessa fase tem o lúdico como elemento