Comunicação
Profª: Daniela Campos Bahia Moscon danielamoscon@yahoo.com.br
O que é Comunicação?
Comunicação, do latim “communicare” pôr em
comum, conviver. Transmissor e receptor dentro da mesma linguagem idéia de compreensão.
abraça os campos: lingüística, fonética, semântica,
psicologia, sociologia, matemática, métodos
quantitativos etc;
Dic. Aurelio “fazer saber, tornar comum,
participar”;
Envolve a transferência e compreensão de
significados emoções, valores, cultura, tecnologias;
Comunicação
O Processo de Comunicação
Mensagem a ser enviada
Codificação da
mensagem Canal Mensagem recebida
Mensagem decodificada Receptor Ruído Feedback Emissor
Emissor: Deve ser capaz de perceber e de
discernir quando, em que e como o outro lhe é
acessível. Se comportamento deve, durante a
comunicação, obedecer às leis psicológicas da
motivação, percepção e expressão;
Receptor: Captará a mensagem à medida em
que estiver sincronizado e sintonizado com o
emissor;
Mensagem: existe mensagem unicamente
ideacional, sem conteúdo afetivo?
Código: estão em constante evolução. Podem ser
públicos ou secretos;
Relatório s e boletins Discursos gravados Grupos de discussão Discursos
ao vivo Video-conferência
Canal pouco rico Canal muito rico
Cartas E-mails Correios
de voz Conversas telefônicas Conversas face a face
Comunicação
Ruídos:
Bloqueios
•Quando a comunicação
é totalmente
interrompida
Filtragens
•Quando apenas uma
parte é transmitida
Podem comprometer ainda mais a
comunicação do que os bloqueios
Causas dos ruídos:
Referentes ao emissor:
Inibições interiores: a mensagem evoca
lembranças não elaboradas de forma devida.
Razões extrínsecas: proibições coletivas,
censuras ou pressões do grupo, etc. – todo
ser humano tem seu próprio inventário do
que pode ser comunicado ao outro ou não.
Referentes ao código:
Diferenças culturais.
Causas dos ruídos:
Referentes ao receptor:
Percepção seletiva:
Captação apenas das mensagens que possuam ressonâncias
afetivas ou implicações pessoais. Em momentos de euforia as mensagens alegres são melhor captadas e o oposto ocorre
nos momentos de depressão;
Estado de alienação:
Quando está perturbado emocionalmente, o sujeito é incapaz
de absorver mensagens – nem mesmo consegue escutá-las;
Sensibilização para a comunicação verbal:
O sujeito, em razão da sua história, tem dificuldade com a
mensagem não verbal (falta inteligência emocional)
Comunicação
A comunicação envolve trocas de intenção de
comunicação: nem sempre pode-se interpretar de
modo literal o que se escuta.
A compreensão envolve uma inferência da
intenção do emissor.
A precisão da comunicação é portanto a precisão
do entendimento das intenções do emissor;
Ao inferir a intenção é necessário considerar o
contexto, especialmente:
O status ou a relação entre emissor e receptor O contexto social em que a comunicação ocorre
Comunicação
Para determinar que a
mensagem atingiu o objetivo
pretendido o emissor confia
Princípio da cooperação – espera-se que o
emissor se comporte de maneira cooperativa,
tentando ser informativo, assim como o receptor;
Os membros de um grupo compartilham um viés
lingüístico intergrupal;
A comunicação bem sucedida é uma tarefa
complexa
que
exige
uma
competência
sociolingüística.
A sobrecarga se refere a uma situação onde tenhamos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar.
Filtragem
É a manipulação de informações de um emissor para que elas sejam vistas mais favoravelmente pelo
receptor.
Um dos determinantes principais é o número de níveis na estrutura organizacional, pois quanto mais níveis
verticais na hierarquia da organização, mais oportunidades existem para a filtragem.
Quando o assunto nas conversas nem sempre é interessante as pessoas tendem a afastar-se ou mesmo a “desligar-se”, quando alguém está falando.
Mesmo que ouçam palavra por palavra, a retenção
será deficiente.
Desinteresse
Que conversa chata! Acho que quando sair vou pegar um filme... Não consigo me concentrar na reunião.
Normalmente as
comunicações requerem resposta imediata e
algumas pessoas
procuram, à medida que ouvem, ir preparando sua resposta.
Por estarem mais preocupadas com a
própria resposta, deixam de prestar atenção a
certas partes da mensagem...
Preocupação com a Resposta
Acho que a resposta é...
Um dos dificultadores na comunicação multicultural é a barreira semântica. Um coisa pode ter denominações bem diferentes à depender do local onde se esteja.
Diferenças Culturais
Abóbora
Os receptores do nosso processo de comunicação vêem e ouvem seletivamente, com base em suas
necessidades, motivações, experiência, formação e outras características pessoais.
E também projetamos nossos interesses e expectativas no momento da decodificação da mensagem.
“Não vemos a realidade; em vez disso, interpretamos o que vemos e chamamos de realidade.”
Diferenças de Percepção
TIPO DE
LINGUAGEM DESCRIÇÃO DA LINGUAGEM COMUNICAÇÃOIMPACTO NA
VERBAL
Conteúdo:palavras.NÃO
VERBAL
Elementos orais: tom, timbre, volume. Gestualidade: postura, respiração, movimentos.LINGUAGEM
7%
38%
55%
TIPOS DE COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Comunicação
Paralinguagem
• Todos os aspectos vocais da fala além das palavras: altura, som, inflexão, respiração, alongamento ou corte das palavras, pausas, etc.
Linguagem corporal ou cinésica Espaço interpessoal (proxêmica)
• Colocação a distância e ângulos diferentes em relação aos outros.
Escolha de efeitos pessoais:
MENSAGENS INCOERENTES:
Incoerência dos diversos canais –
Sinais faciais
Sinais paralinguísticos
Além disto as pessoas também usam o contexto
social – canal mais adequado ao contexto social
Comunicação
A IMPORTÂNCIA DO ROSTO:
Fisiognomia – arte de ler o rosto – crença de que traços
de personalidade podem ser inferidos pelas carcterísticas faciais;
Comunicação facial da emoção:
As pessoas exprimem suas emoções pelo rosto
Os outros são capazes de reconhecer nossas emoções pela
nossa expressão facial.
Comunicação
6 emoções diferentes são expressas pelo rosto:
Testes de universalidade do reconhecimento das emoções
básicas – bons resultados com pessoas de diferentes países
Nem tudo é universal: a cultura influencia em relação
aos estímulos que apresenta e também nas regras de exposição destas emoções (inclusive com relação à sua intensidade.
Só ocorre quando se dá um contato
psicológico;
A comunicação varia de acordo com:
Comunicação
OS
INSTRUMENTOS
•Verbal (oral ou escrita)
•Não verbal (gestos, expressões faciais, postura, etc.) •simbólica: moradia / roupas / decoração; •paralinguística: tom de voz / pausas. AS PESSOAS
•A dois (pessoais ou impessoais)
•De grupo (intra-grupo ou inter-grupo) OS OBJETIVOS •Consumatória (gratuidade e espontaneidade) •Instrumental (utilitária e comporta segundas intenções – o outro é um objeto a explorar, seduzir)
Algumas implicações:
Quanto mais profundo o contato psicológico,
maiores as chances de comunicação autêntica;
Quanto maior a integração entre o verbal e o
não verbal, maiores as chances da
comunicação ser autêntica;
Quanto mais a comunicação for consumatória,
menos ela será instrumental e maiores são as
chances de que ela seja autêntica;
Axiomas da pragmática da comunicação
(Bateson):
1. Não existe a não comunicação;
2. Toda comunicação tem aspectos referenciais (conteúdo) e
conativos (relacionais), de tal forma que os segundos classificam os primeiros e correspondem, por consequência, ao que chamamos de “metacomunicação”
3. A natureza de uma relação depende da pontuação das sequências
comunicacionais entre os indivíduos comunicantes (retroalimentação);
4. Os seres humanos se comunicam digital (expressões verbais) e
analogicamente (não-verbal);
5. Todos os intercâmbios comunicacionais são simétricos ou
complementares, conforme estejam baseados na igualdade ou diferença (a saúde comunicacional apoia-se na alternância de situações simétricas e complementares).
Axiomas da pragmática da comunicação
(Bateson):
1. Não existe a não comunicação;
2. Toda comunicação tem aspectos referenciais (conteúdo) e
conativos (relacionais), de tal forma que os segundos classificam os primeiros e correspondem, por consequência, ao que chamamos de “metacomunicação”
3. A natureza de uma relação depende da pontuação das sequências
comunicacionais entre os indivíduos comunicantes (retroalimentação);
4. Os seres humanos se comunicam digital (expressões verbais) e
analogicamente (não-verbal);
5. Todos os intercâmbios comunicacionais são simétricos ou
complementares, conforme estejam baseados na igualdade ou diferença (a saúde comunicacional apoia-se na alternância de situações simétricas e complementares).
As maneiras como nos comunicamos uns com os
outros refletem e influenciam as relações que
mantemos com eles;
A conversa fluente depende de regras de
conversação e de habilidades de comunicação que
geralmente são consideradas como garantidas;
As conversas são iniciadas por um convite à
interação, que ocorrem quando os potenciais
interlocutores dão sinais de disponibilidade,
geralmente por meio da reação visual ou verbal.
A
pessoas
que
estão
conversando
geralmente
evitam
colizões
verbais
alternado a vez de falar;
As pessoas que conversam com eficácia
avalia o entendimento e o interesse do
parceiro à medida que conversam por meio
de feedback visual e vocal;
Sem feedback a comunicação se deteriora.
Comunicação
•Cartwright, D. & Zander, A. (1975). Dinâmica de Grupo: pesquisa e teoria. São Paulo: EPU.
•Casado, Tania,(2002). “O Papel da Comunicação
Interpessoal”. In: As Pessoas na Organização – São Paulo: Ed. Gente.
•Osório, Luiz Carlos (2003). Psicologia Grupal: uma nova disciplina para o advento de uma era. Porto Alegre: ARTMED.
•Minicucci, A. (2007). Dinâmica de Grupo: teorias e sistemas. São Paulo: Atlas.
•Michener, H. A.; DeLamater, J.D. e Myers, D. J.. Psicologia Social. São Paulo: Pioneira. Thompson Learning, 2005