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4. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO

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Academic year: 2021

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proporcional ao número de inversões de subsidência, isto é no período de novembro a janeiro e de março a abril. No período

de janeiro a março ocorreu o contrário por exemplo: em março

houve um pequeno aumento na quantidade de inversões de

subsidência junto com um acentuado acréscimo de chuva. De um

certo modo, este fato pode ser justificado por ser março o período que ocorre mais precipitação; logicamente os dias em que ocorreram inversão não coincidem com os dias de maiores

intensidades de chuvas.

Com o auxílio das cartas sinóticas de superfície das fotos de satélites, bem como o uso de algumas fotos em forma de

filmes (movie-loops), pode se observar que as chuvas ocorridas

em dias que registraram inversão do tipo subsidência, foram

originadas da convergência de massas de ar vindas de N ou NE, como também das penetrações dos ventos alísios. A Figura 10a mostra uma subsidência entre as camadas de 900 a 850 mb, ocorrida no dia 18 de janeiro de 1972. Esta subsidência foi causada por uma forte convergência de massa de ar vinda de NE como mostra a Figura lObo Neste dia, a quantidade de chuva

registrada nos 27 postos próximo a Petrolina. foi em torno de

115,0 mm.

Quanto à origem das chuvas, no caso em que as inversões são do

tipo frontais conclui-se que: no período de janeiro a abril

estas são caracterizadas por situações pré-frontais, e por penetrações de aglomerados de nuvens vindos de NE, E e SE.

No período de novembro a dezembro há casos bem

característicos de penetrações de frente frias vindas do sul.

Na Figura 10a vê-se a inversão frontal, ocorrida em 25 de

março de 1971, entre o nível de 930 a 880 mb, causada por

penetração de aglomerados de nuvens, vindos de E, como pode-se ver na Figura 10d; o total de chuvas foi de 305,4 mm.

No dia 28 de dezembro de 1969, o total de chuva foi de 352,4 mm. Essa chuva foi proveniente de uma frente fria, localizada em Petrolina, Figura 10f. A Figura 10e mostra a

inversão frontal entre as camadas de 400 a 450 mb, para o

mesmo dia.

4. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO

Após um levantamento estatístico do comportamento dos

oarâmetros necessários ao estudo das inversões térmicas na ârea de Petrolina, PE, conforme apresentado neste estudo, pode-se chegar a conclusões que venham esclarecer algumas das

causas da pouca ocorrência da ~recipitação.

Desde a superfície até o nível de 300 mb (limite superior do

estudo), houve uma predominância de vento do quadrante Este. A umidade relativa abaixo do nível de 700 mb quase não varia durante o ano. Acima deste nível a umidade relativa sofre uma apreciável variabilidade anual, constituído o trimestre julho, agosto e setembro, o mais seco, chegando a atingir um valor médio mínimo de 11%.

O baixo índice de umidade observada em altura no semestre seco, pode ser justificado por uma predominância de situações de subsidência na troposfera média.

(2)

há maior frequência de inversões. De 342 casos de inversões estudadas nessa camada 76% foram do tipo subsidencia e 24% do tipo frontal.

A partir da média troposfera até o nível de 300 mb o~orreram

134 casos, sendo 81% de inversão de subsidência e 19% de

inversão frontal

Durante os meses de novembro a abril verificou-se maior

ocorrência de inversões e menor quantidade de chuva, isto no

período estudado, comprovando que a quantidade de precipitação

é inversamente proporcional à quantidade de inversão.

Quando ocorre chuva na área de Petrolina e está registrada no

diagrama adiabático ~ma inversão de subsidência, pode ser

justificada a ocorrencia da chuva, pela convergência de massas de ar vindas de N ou NE, com as massas provenientes de sudeste.

Pelo fato do radiossonda abranger um raio de 100 km, pode

estar acontecendo a precipitação em um determinado local

dentro desta área e também ocorrendo uma inversão de caracter seco.

-Quando as inversoes sao do tipo frontal, as chuvas registradas

no período de janeiro a abril são originárias de situações pré-frontais ou por penetração de aglomerados de nuvens de SE, E e NE. Enquanto nos meses de novembro e dezembro as chuvas ocorridas são também oriundas de penetração de frentes frias vindas do Sul.

REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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northeast Brazil dry region. Fort Collins, Colorado

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(Trabalho no prelo), 1978.

Fiqura 1 - - Variabilidade reldtiva (7.) d.J preci.pitação anual ;t.

período 1931/60. calculada por STRA~Gcom Ci. !-órrnUta: Vr = I'(Pi - p) xlOO/np. em que Pi é a prCClplt3,3" anual, pa precipitação mêdta anual e ~ .:> numero de anos.

(4)

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INVERSÕES ÚMIDAS INVERSÕES SECAS

FiÇfura 3 - Número total de casos de inversões (úmidas e secas) constatadas nas radiossondagens

de Petrolina. PE. nos períodos NOV.~8/ABR.69.NOV.69/ABR.70. NOV.70/ABR.71 e NOV.71/ ABR.72 para cada camada de 50 mb.

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NDV DEZ JAII FEV MAR A8R

Figura 4 - Media da quantidade de inversão de subsidência Media da quantidade de inversão frontal

Total de chuva média

(6)

Fi"ura 5 - lnversao- de subsidencla- . entre os níveis de 900 e 865 mb.

Em 18/01/72.

Figura 6 - Foto tirada pelo

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(7)

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Figura 7 - Inversão frontal entre os níveis de 930 e 880 mb. Em 25/03/71.

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(8)

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Figura 9 - Inversão frontal entre os níveis de 600 e 540 mb.

Em 28/12/69.

(9)

ESTUDO DE TEMPESTADES SEVERAS ASSOCIADAS

COM O JATO SUBTROPICAL NA AM~RICA DO SUL

Roberto Lage Guedes 1

Maria Assunção Paus da Silva Dias 2 RESUMO

Neste trabalho estudamos o comportamento de tempestades severas

que atingem a região norte da Argentina, Paraguai e sul do

Brasil, com grande intensidade durante a primavera.

Utilizando imagens de satélites e dados de radiossondagem fizemos uma composição de dados. Após computar vários parâmetros chegamos a resultados preliminares de que a

componente baroclinica que acompanha os S.C.M. é fraca, bem

como a advecção fria dando a entender que os fenômenos que ocorrem próximo a superficie são os principais responsáveis pelo surgimento e manutenção destes sistemas, bem como

favorecem a acoplagem dos sistemas da alta com os da baixa troposfera.

1. INTRODUÇÃO

A corrente de jato é um fenômeno atmosférico muito estudado desde sua descoberta durante a 2ª Grande Guerra. Estes estudos

foram desenvolvidos, entre outros, por Rossby (13), Riehl et.al

(11), que deduziu um modêlo de circulação vertical nas

vizinhanças de um jato. Beebe e Bates (2), com a introdução de

efeitos de curvatura. Reiter (12) restabelece o interêsse em

modêlos de tempo que se desenvolvem nas vizinhanças de um jato. Entretanto não.só um centro de velocidade máxima do vento

(C.V.M.) na alta troposfera contribui para a intensificacão de

tempestades na região norte da Argentina, Paraguai e sul>do

Brasil. ~ esperado que exista nesta área, assim como em regiões

semelhantes o sotavénto das montanhas rochosas nos E.U.A., um jato de baixos niveis, relacionado com a camada limite

planetária, depende dos processos de radiacão diurna e da

inclinação da superficie Peagle e Rasch (10). Este jato pode

ser o principal fornecedor de energia para a manutenção dos sistemas· ali presentes visto que, o contraste térmico naquela

região, durante a primavera, é pequeno.

Outro processo que pode contribuir para a intensificação ou não

de tempestades naquela área ê o processo de brisa

vale-montanha-vale como o descrito por Paegle e Paegle (9) 1 servindo

de gatilho para a convecção.

Portanto o objetivo deste trabalho é investigar a existência

dos C.V.M. da alta como os da baixa troposfera associados com

fenômenos frequentes naquela área do tipo sistema convectivo de

mesoescala (S.C.M.).

1) Divisão de Ciências Atmosféricas - IAE/CTA

(10)

2. METODOLOGIA

Usando o mesmo processo de Kelley e Mock (6) fizemos um

levantamento dos episódios de S.C.M. através de fotografia de

satélites geoestacionários.

Maddox (7) fez uma composição de dados baseados em centros

geométricos de superfícies, definidas pelas isolinhas de

temperatura de -320C do S.C.M., visto de satélite. Esta

superfície não está disponível para nós e optamos por usar o centro geométrico do S.C.M. Note-se que o centro do sistema em

níveis baixos pode estar em posição distinta (atrasado ou

adiantado) daquela definida pela cobertura de nuvens em altos

níveis (Cirrus). Esta composição foi executada com os dados de

12:GMT com uma grade de 30 lato ou longo A composição

justifica-se pela escasses de dados na América do Sul. Como a

grade se desloca com o centro do S. C. M. todos os pontos da grade

estão sob a mesma influência do sistema não importando onde esteja o mesmo.

Deste modo procedemos a análise em cartas isobáricas desde a

superfície até 100 mb, tentando caracterizar as condições

atmosféricas associadas a corrente de jato existente sobre aquela área e outros efeitos que passam a contribuir para uma intensificação ou não do S.C.M.

3. DADOS

Optou-se por estudar o período de setembro a dezembro de 1978 pelo fato de na primavera este fenômeno ser melhor identificado do ponto de vista das imagens de satélite. O ano de 1978 foi escolhido pela disponibilidade de dados de radiossondagem do Brasil, Argentina e Chile, cartas sinóticas e fotos de

satélites geoestacionários nas bandas de infravermelho e visível.

Os dados foram arquivados segundo o padrão "50" elaborado pela

diretoria de rotas (5) e passaram por uma análise de

consistêrtcia com a construcão de faixas horizontais de

validade, segundo Filippov' (4), com a utilização, em média de

2T de desvio. Os resultados apresentados neste trabalho estão

baseados na compósição de dados dos dias 25/10/78 e 28/10/78 às 12:GMT.

A figo I e tab. 1 mostram a trajetória e tamanhos dos S.C.M.

dos dias estudados, desde sua formação e primeira identificação

até seu estágio final de dissipação. O horário estudado precede

de aproximadamente 8 horas da dissipação do sistema. 4. M~TODO DE INTERPOLAÇÃO

Os dados das estações de radiossondagem foram interpolados

para os nós da grade. O método de interpolação é o descrito por

Barbes (1) e Doswell 111 (3) e consiste basicamente em definir

o valor da função g(x,y) no ponto da grade (x,y) como sendo uma

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