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Exma. S enhora Chefe do Gabinete de S ua Excelência a Pres idente da As s embleia da República Dra. Noémia Pizarro

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Exma. S enhora

Chefe do Gabinete de S ua Excelência a Pres idente da As s embleia da República Dra. Noémia Pizarro

SUA REFERÊNCIA SUA COMUNICAÇÃO DE NOSSA REFERÊNCIA

Nº: 5643 ENT.: 5309 PROC. Nº:

DATA

27/07/2012

ASSUNTO: RES POS TA À PER GUNTA N.º 3342/X II/1.ª

Encarrega-me a Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade de enviar cópia do ofício n.º 1611, de 26 de julho do Gabinete da Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o assunto supra mencionado.

Com os melhores cumprimentos, A Chefe do Gabinete

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Exma. Senhora

Chefe do Gabinete da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade

Dr.ª Marina Resende

SUA REFERÊNCIA SUA COMUNICAÇÃO DE NOSSA REFERÊNCIA Nº: 1611

ENT.: 5548

PROC. Nº: 57/2012

DATA 26-07-2012

ASSUNTO: Resposta à Pergunta n.º 3342/XII/1ª, de 27 de junho de 2012 – Preocupações quanto aos impactos da poluição na saúde pública em Sines, Distrito de Setúbal;

Em resposta à Pergunta n.º 3342/XII/1ª, de 27 de junho de 2012, encarrega-me Sua Excelência a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) de informar V. Exa. do seguinte:

Pergunta 1 - O Governo tem conhecimento das preocupações da população de Sines relativamente aos níveis de poluição? Qual o acompanhamento do Governo desta situação?

R: A qualidade do ar da região de Sines tem vindo a ser acompanhada através de uma rede fixa de estações de monitorização da qualidade do ar, da responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo) e das entidades que a antecederam em matéria de ambiente, cujo funcionamento se verifica em contínuo há mais de 20 anos.

A CCDR Alentejo participou, mais recentemente, em dois projectos consecutivos - o SinesBioAr e o GISA – Gestão integrada de Saúde e Ambiente no litoral alentejano - que permitiram um aprofundamento do conhecimento da qualidade do ar na zona envolvente de Sines. Os resultados destes estudos, bem como o histórico de dados dos poluentes atmosféricos monitorizados pelas estações de medição fixas, permitiram avaliar a evolução dos respectivos níveis ambientais, a qual não refletiu um agravamento dos últimos anos (pelo contrário, verificou-se uma redução significativa de dióxido de enxofre entre 2002 e 2009, como exemplo).

Nos meses de Verão de 2011, verificou-se em Sines um episódio prolongado de maus cheiros, com queixas constantes dos munícipes, que se concluiu, em reunião realizada em 21-10-2011 com todas as entidades eventualmente relacionadas com o assunto, estarem associados ao funcionamento da ETAR da Ribeira de Moinhos e do sistema de drenagem de esgotos a montante que lhe está associado.

GABINETE DA SECRETÁRIA DE ESTADO DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES E DA IGUALDADE ENTRADA N.º 5309

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Pergunta 2 – Quais as ações de fiscalização realizadas pelo Governo para avaliar os impactos dos poluentes no ar e na água? Quais os resultados e as conclusões decorrentes dessas ações de fiscalização?

R: Têm sido realizadas várias ações de inspeção na Zona Industrial e Logistica de Sines (ZILS).

Descrição sumária dos resultados e conclusões decorrentes das ações de inspeção:

1. ETAR de Ribeira de Moinhos / Águas de Santo André, S.A Última inspeção: 08/02/2011;

A ex- Inspeção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (ex-IGAOT) efetuou a última ação de inspeção em 8 de Fevereiro de 2011, tendo sido constatado o seguinte:

Na sequência da ação de inspeção, a ETAR de Ribeira de Moinhos foi objeto de um auto de notícia no âmbito da vertente águas residuais, devido ao não cumprimento dos Valores Limite de Emissão para os parâmetros Fenóis e Óleos e Gorduras, conforme resultados do autocontrolo realizado pela empresa no ano de 2010, e devido ao não cumprimento da percentagem mínima de redução da CQO, conforme resultado apurado no controlo analítico promovido pela ex- IGAOT, na data da ação de inspeção.

Ainda no âmbito do ato inspetivo em apreço, foram efetuadas recomendações técnicas no sentido de melhorar o sistema de gestão ambiental ao nível dos procedimentos de manutenção; da implementação do projeto de recepção dos lixiviados e do cumprimento dos valores limite de emissão para os diferentes parâmetros.

Face a duas denúncias posteriores feitas em maio de 2011, a primeira pela Câmara Municipal de Sines, relativa a poluição marítima na costa norte de Sines e a segunda através da Associação de Armadores de Pesca Artesanal e do Cerco do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, relativa à existência de manchas de hidrocarbonetos junto à ETAR de Ribeira de Moinhos, a ex-IGAOT notificou a Águas de Santo André (AdSA), a Petróleos de Portugal – Petrogal, S.A. e a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo (ARH-Alentejo), no sentido de serem analisadas as medidas tomadas no âmbito das responsabilidades de cada entidade. Na sequência das respostas ao solicitado, apurou-se que a ARH-Alentejo, na qualidade de entidade responsável pelo licenciamento da rejeição das águas residuais no meio hídrico, desencadeou os mecanismos necessários à verificação e resolução do incidente ocorrido nos dias 25 e 26 de Abril de 2011, no sentido de repor as condições normais de funcionamento e garantir o cumprimento integral das normas de descarga no meio hídrico da ETAR de Ribeira de Moinhos. Ao nível da ETAR foram implementadas diversas medidas corretivas e preventivas de forma a assegurar a não ocorrência de situações anómalas semelhantes às constatadas em 25 e 26 de Abril, designadamente:

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- Aumento da capacidade de armazenamento da bacia de retenção de efluentes com características desconformes;

- Definição de procedimentos operacionais para situações de emergência/anómala.

Por fim, na sequência de uma outra denúncia relativa a odores na área de Sines, a atual Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), solicitou pedidos de informação a várias entidades, nomeadamente à CCDR-Alentejo. Esta através de ofício remetido à IGAMAOT a 17 de janeiro de 2012, informou que a origem dos odores não se deve a emissões atmosféricas pontuais, tendo sido atribuída como maior probabilidade da origem dos maus cheiros as emissões difusas do sistema de drenagem e tratamento das águas residuais provenientes das indústrias localizadas na envolvente de Sines, sistema esse sob a gestão da AdSA. Por sua vez, no âmbito do Projeto GISA - Gestão Integrada Saúde e Ambiente (cujo âmbito é explanado na resposta à Pergunta 4), os resultados obtidos permitiram identificar um possível foco de benzeno na ETAR de Ribeira de Moinhos, pelo que a CCDR-Alentejo exigiu à AdSA - Águas de Santo André S.A, o início da monitorização das emissões atmosféricas difusas.

Ainda de acordo informações mais recentes disponibilizadas à IGAMAOT pela ARH-Alentejo, em ofício datado de 2 de fevereiro de 2012, foi referido que a AdSA tem em curso um programa de ações para combate à emissão de cheiros com origem nas infraestruturas de saneamento básico, que incluem a rede de drenagem e a infraestrutura da ETAR, nomeadamente:

1) Projeto de arquitetura paisagista para criação de uma barreira arbórea no interior da ETAR.

2) Realização da campanha de quantificação das emissões de odores e de alguns compostos odoríferos, emitidos pela ETAR e a campanha de caraterização de odores e de amostragem de alguns compostos odoríferos, na envolvente da ETAR.

3) Instalação de um sistema de tratamento de odores no edifício de desidratação de lamas. 4) Instalação de um novo sistema de neutralização de odores.

5) Incremento do número de horas de funcionamento dos sistemas de neutralização de odores.

2. Evonik Carbogal S.A.

Última inspeção: 21/12/2010;

A Evonik Carbogal S.A. foi objeto de um auto de notícia no âmbito da vertente emissões gasosas devido ao não cumprimento do Valor Limite de Emissão referente às partículas, na segunda campanha de monitorização de 2009.

3. APS-Administração do Porto de Sines, S.A.

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A APS - Administração do Porto de Sines, S.A., foi objeto de um auto de notícia no âmbito da vertente emissões gasosas, na ação de inspeção realizada em 17/04/2008.

Na ação de inspeção realizada em 09/02/2012 foi lavrado auto de notícia por terem sido verificados vários incumprimentos aos VLE - Valores Limites de Emissão - estipulados nas licenças de descarga de águas residuais, mantendo-se a situação de incumprimento na vertente emissões gasosas. Não se encontram a ser cumpridos os critérios de monitorização dos poluentes atmosféricos constantes no artigo 30º do Decreto-Lei nº 85/2005, de 28 de Abril.

4. Repsol – Polímeros Lda.

Últimas Inspeções: 17/08/2011, 28/09/2010, 29/01/2009, 24/03/2009 e 07/04/2009;

Na sequência da ação de inspeção realizada em 29/01/2009, a Repsol Polímeros foi objeto de um auto de notícia, no âmbito da vertente emissões gasosas, devido ao não cumprimento do VLE para o parâmetro COV e ainda no âmbito da descarga de substâncias potencialmente poluentes nas águas subterrâneas e nos terrenos englobados nos recursos hídricos.

Na sequência desta constatação, esta Inspeção-Geral levou a cabo várias ações no sentido da empresa proceder à implementação de medidas corretivas.

Na sequência da ação de inspeção realizada em 28/09/2010 a Repsol Polímeros foi novamente objeto de um auto de notícia no âmbito da vertente emissões gasosas, uma vez que no ano de 2009, constatou-se que não foram monitorizadas algumas fontes.

5. Repsol – Produção de Eletricidade e Calor, ACE Última inspeção: 28/09/2010;

A empresa foi objeto de um auto de notícia no âmbito das emissões gasosas, devido ao incumprimento das condições da Licença Ambiental n.º 5/2007.

6. CPPE – Central Termoelétrica de Sines /EDP S.A. Última inspeção: 14/04/2011;

A empresa foi objeto de um auto de notícia no âmbito das emissões gasosas devido ao não cumprimento do VLE do parâmetro SO2, no segundo trimestre de 2010. Também se constatou que a empresa não procedeu à instalação do equipamento necessário para a monitorização em contínuo de diversos parâmetros.

7. Metalsines – Companhia de Vagões de Sines S.A. Última inspeção em 2009;

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Na sequência da ação de inspeção realizada foi lavrado um auto de notícia por ausência de autocontrolo numa fonte fixa de emissões atmosféricas.

As ações de inspeção realizadas a empresas abrangidas pelo regime de Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP) que não foram objeto de qualquer infração, são as seguintes:

x Euroresinas – Indústrias Químicas S.A. Última inspeção: 18/06/2011

x Petrogal – Petróleos de Portugal S.A. – Refinaria de Sines Última inspeção: 26/11/2008

Em jeito de conclusão da presente resposta, as empresas localizadas na Zona Industrial e Logística de Sines têm sido objeto de diversas ações de inspeção, ao longo dos anos, das quais têm resultado processos de contraordenação e recomendações técnicas. Posteriormente foi sempre verificada a implementação das medidas corretivas, de forma a ser incrementada a melhoria do desempenho ambiental das empresas, metodologia de trabalho essa que se manterá nas ações de inspeção futuras, a realizar a estas e outras empresas.

Pergunta 3 – Que medidas vai o Governo tomar para fazer cumprir a lei em matéria de emissões gasosas que excedam os limites legais?

R: No que respeita a emissões de monitorização obrigatória e de carácter pontual (a única que é diretamente reportada à CCDR Alentejo), os limites legais não têm sido excedidos; no entanto, quando se verifica alguma queixa ou situação anormal (ver resposta anterior), são acionados os mecanismos da lei vigente em matéria de execução de medidas corretivas previstas nos regimes de licenciamento aplicáveis aos estabelecimentos industriais em causa.

Pergunta 4 – Face às preocupações da população quanto aos impactos dos poluentes na saúde pública, o Governo pretende avançar com um estudo epidemiológico? Quando pretende fazê-lo? R: O já referido Projeto GISA - Gestão Integrada Saúde e Ambiente iniciou-se em 2007, através da assinatura de um protocolo de cooperação entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, o município de Sines e um conjunto de mais 21 entidades (municípios, administrações regionais de saúde, instituições universitárias e empresas), nos Paços do Concelho de Sines.

Com uma duração inicialmente prevista de três anos, as principais tarefas do projeto GISA são a otimização da rede de monitorização da qualidade do ar, a utilização de bioindicadores de poluição atmosférica para avaliar o seu impacte na saúde pública, o desenvolvimento de um sistema de alerta da qualidade do ar, a concepção de uma metodologia para a monitorização de indicadores psicossociais e

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de saúde pública, a análise de risco do impacte da qualidade do ar na saúde pública, a criação de um sistema de informação espácio-temporal e trabalhos de comunicação.

Os parceiros públicos do projeto são a CCDR Alentejo, os municípios de Sines, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Odemira e, pela componente de saúde, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo. A parceria técnica do GISA é assegurada pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa (IST/UTL), pela Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL), pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE) e pelo Instituto de Estudos Superiores de Recursos Naturais (INESRE). A gestão técnica cabe ao Instituto Superior Técnico, enquanto que a gestão administrativa do projeto cabe ao INESRE. As entidades empresariais que, face à sua responsabilidade social, participam neste projeto são a Petróleos de Portugal - PETROGAL, a REPSOL Polímeros, a Administração do Porto de Sines, a Águas de Santo André, a Carbogal – Carbonos de Portugal, a EDP – Gestão da Produção de Energia, a EuroResinas - Indústrias Químicas, a Kimaxtra – Produtos de Construção, e a REN – Atlântico - Terminal de GNL.

O projeto encontra-se neste momento na sua fase final, sendo que os resultados já obtidos foram divulgados num seminário realizado em 15 de Dezembro de 2011, e estão neste momento, disponíveis na página oficial da internet da Câmara Municipal de Sines.

Pergunta 5 - Que medidas pretende adotar para recuperar e aproveitar os efluentes tratados, evitando assim a sua descarga para o mar?

R: Ver respostas às perguntas anteriores.

Com os melhores cumprimentos,

O Chefe do Gabinete

Duarte Bué Alves Duarte Falé Costa de Bué Alves

Assinado de forma digital por Duarte Falé Costa de Bué Alves DN: c=PT, o=Ministério da Agricultura do Mar do Ambiente e do Ordenamento do Território, ou=Gabinete da Ministra da Agricultura do Mar do Ambiente e do Ordenamento do Território, cn=Duarte Falé Costa de Bué Alves

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