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Perfil socio-econômico dos coletores de materiais recicláveis de Senhor Do Bonfim (BA) / Socio-economic profile of Senhor Do Bonfim, Brazil, Bahia recycling materials collectors

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Perfil socio-econômico dos coletores de materiais recicláveis de Senhor Do

Bonfim (BA)

Socio-economic profile of Senhor Do Bonfim, Brazil, Bahia recycling materials

collectors

Recebimento dos originais: 01/10/2019 Aceitação para publicação: 29/11/2019

Beatriz Hanna dos Santos Oliveira Graduanda do Curso de Ecologia pela UNIVASF

Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF/Campus de Senhor do Bonfim (BA)

Endereço: R. Tomás Guimarães - Tomaz Guimarães, Sr. do Bonfim - BA, 48970-000 E-mail: beatriz.hanna@hotmail.com

Edilane Silva Leite

Graduanda do Curso de Ecologia pela UNIVASF

Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF/Campus de Senhor do Bonfim (BA)

Endereço: R. Tomás Guimarães - Tomaz Guimarães, Sr. do Bonfim - BA, 48970-000 E-mail: edilane_leite@hotmail.com

Fabiano Costa de Sá

Graduanda do Curso de Ecologia pela UNIVASF

Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF/Campus de Senhor do Bonfim (BA)

Endereço: R. Tomás Guimarães - Tomaz Guimarães, Sr. do Bonfim - BA, 48970-000 E-mail: fabianocosttasa@hotmail.com

Emile Mena Lima Menezes Rios

Mestre em Ecologia humana e gestão socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB Instituição: Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Endereço: Av. Dr. Chastinet Guimarães, s/n, São Geraldo. CEP: 48.900-000 - Juazeiro - BA E-mail: emile.menezes@gmail.com

Claudine Gonçalves de Oliveira

Doutora em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF/Campus de Senhor do

Bonfim (BA)

Endereço: R. Tomás Guimarães - Tomaz Guimarães, Sr. do Bonfim - BA, 48970-000 E-mail: claudine.oliveira@univasf.edu.br

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi conhecer o perfil dos catadores de material reciclado de Senhor do Bonfim (BA), a fim de fornecer subsídios ao Poder Público, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e a sociedade civil para planejar estratégias e ações voltadas à criação de uma nova consciência ecológica entre os coletores. Inicialmente, foram feitas revisões bibliográficas relacionadas ao impacto ambiental

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provocado pelo descarte inadequado de resíduos sólidos, e sobre a saúde dos trabalhadores que tem contato direto com esse material. A pesquisa caracterizou-se como pesquisa de opinião quali-quantitativa e descritiva realizada na cidade Senhor do Bonfim (BA). A coleta dos dados foi realizada, através de um questionário estruturado composto por 15 perguntas abertas e fechadas, a respeito de questões sócio-econômicas e sobre a atuação dos catadores. Os dados foram analisados por amostragem e tabulação e permitiram elaborar o diagnóstico Social, identificando entre eles, baixa escolaridade e renda obtida pela informalidade de suas atividades laborais, que estão aquém do necessário para suprir as necessidades de uma vida digna, a ser utilizado para iniciar e ampliar as discussões e reflexões acerca da realidade e dificuldades vivenciadas pelos catadores do município.

Palavras-chave: Reciclagem, Lixões, aterro sanitário, resíduos sólidos. ABSTRACT

The objective of this work was to get to know the profile of waste pickers of Senhor do Bonfim (BA), a purpose of providing subsidies to the Government, Non-Governmental Organizations (NGOs) and a civil society to plan strategies and actions aimed at creating of a new ecological awareness among the collectors. Initially, bibliographic reviews were made related to the environmental impact caused by the disposal of waste and on the health of workers who have direct contact with this material. A research characterized as qualitative and descriptive opinion survey conducted in the city Senhor do Bonfim (BA). Data collection was performed through a structured questionnaire consisting of 15 open and closed questions, with respect to socioeconomic issues and the performance of waste pickers. The data were analyzed by sampling and tabulation and allowed the elaboration of the Social diagnosis, identifying among them, low education and income, based on the informality of their work activities, which are available to meet the needs of a dignified life, a being used. to start and broaden as discussions and reflections on the reality and the difficulties experienced by the municipal waste pickers.

Keywords: Recycling, Dumps, landfill, solid waste.

1 INTRODUÇÃO

A incessante busca por lucros cada vez maiores, sendo esse o fundamento do sistema capitalista, incentiva o consumo exacerbado de produtos cada vez mais diversos e impactantes negativamente sobre o meio ambiente. Mas cada sociedade se comporta de maneira diferente quanto ao consumo. Assim sendo, o consumismo é produto cultural, e é ele que um dos grandes responsáveis pela geração de resíduos sólidos em grande escala (Kirchner et al., 2009).

Dessa forma, é pertinente a ideia de Sauvè (2000) quando afirma que os resíduos sólidos são produtos culturais e estão relacionados à forma como o homem se relaciona com o meio ambiente. Nas sociedades de hoje, nem ao menos é possível uma tentativa de caracterização geral sem correr o risco de atropelar as diferenças existentes entre os próprios homens e suas formas de conceber o mundo (Albuquerque, 2007).

A produção descontrolada de resíduos sólidos nas sociedades atuais é fruto do processo de industrialização, tendo sido iniciada com a extração de matérias-primas e continuada pela produção de

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diferentes produtos, e aliado ao consumo e ao descarte de embalagens e sobras do que não tem mais serventia, consequentemente, instalou-se uma cadeia produtora de lixo, baseada nos modelos de desenvolvimento e organização social característicos de sociedades contemporâneas (Theis, 1996).

O problema relacionado à geração e destino dos resíduos sólidos passou a ser discutido pelos gestores públicos no final do século XX, pois, os resíduos produzidos, que eram compostos de material orgânico, passaram a ser composto por materiais inorgânicos e de difícil decomposição (Freitas e Ferreira, 2015).

Na medida em que a industrialização e os avanços tecnológicos tornaram os bens de consumo mais acessíveis à população, aumentou-se a produção de produtos de papéis, plásticos, metais, vidros e embalagens em geral. Além de mudanças nas composições químicas, físicas e biológicas dos resíduos. Consequentemente, o novo tipo de material que passou a ser descartado, tornou-se um grande desafio para o meio ambiente, a saúde e a sustentabilidade urbana (Oliveira, 2011). Assim, o tratamento e o destino deste lixo necessitaram de melhores cuidados.

Os catadores se tornaram no Brasil peças fundamentais no processo de reciclagem, pois, vendem sua produção para os sucateiros que as revendem para empresas ou centros de reciclagem. O comércio com o lixo é tão rentável que se estabeleceu uma cadeia produtiva formada pelos catadores, que são os responsáveis pela coleta dos materiais recicláveis; os sucateiros, que compram esses recicláveis e os armazenam, separam e revendem para as indústrias de reciclagem (IPEA (2016).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010 reconhece a importância desses trabalhadores para a realização da gestão integrada dos resíduos sólidos e determina a sua inclusão no processo, com incentivo à formação de Cooperativas e promoção de emancipação socioeconômica e inclusão social desses profissionais (Brasil, 2010).

O objetivo deste trabalho foi conhecer o perfil dos catadores de material reciclado de Senhor do Bonfim (BA), a fim de fornecer subsídios ao Poder Público, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e a sociedade civil para planejar estratégias e ações voltadas à criação de uma nova consciência ecológica entre os coletores.

2 METODOLOGIA Área de estudo

O presente trabalho foi realizado n município de Senhor do Bonfim (Latitude: 10º 27' 41" S Longitude: 40º 11' 22" W), que está localizado no Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, fazendo parte do Bioma Caatinga. Possui, atualmente, cerca de 81.218 habitantes (IBGE, 2017). As principais atividades econômicas são: agropecuária, com criação de gado e de corte e leite, caprino e

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ovino, merecendo destaque a agricultura familiar que produz alimento para seu próprio sustento e para comercio na feira livre.

Figura 1: Mapa de localização do município de Senhor do Bonfim – Bahia. Fonte: Google, 2018.

Inicialmente, foram feitas revisões bibliográficas relacionadas ao impacto ambiental provocado pelo descarte inadequado de resíduos sólidos, bem como, os impactos sobre a saúde dos trabalhadores que tem contato direto com esse material.

Também foram utilizados como referências textos que abordem sobre os catadores de materiais recicláveis, sendo consultados bancos de dados acadêmicos científicos como Scielo, Periódicos e Google Acadêmico. Livros, dissertações e teses que contemplem os temas centrais dessa pesquisa complementam as referências teóricas dessa pesquisa.

Para a coleta dos dados primários dessa pesquisa foram feitas três visitas em dias alternados e em diferentes horários, onde foram entrevistados 18 catadores de material reciclável que trabalham no lixão e nas ruas da referida cidade e que, voluntariamente, aceitaram participar da mesma.

Como não há nenhuma forma de registro dos catadores que frequentam o lixão municipal, é difícil definir um universo amostral, então, foram entrevistados todos os catadores que estavam nas referidas áreas no momento das visitas, sem repetição dos atores.

A coleta dos dados foi realizada, através de um questionário estruturado composto por 15 perguntas abertas e fechadas, a respeito de questões sócio-econômicas e sobre a atuação dos catadores (Tabela 1).

Com posse dos questionários respondidos, os dados foram analisados por amostragem e tabulação, sendo o grupo pesquisado dividido conforme o sexo feminino e masculino, portanto,

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divididos dois sub-grupos, respeitando a opção informada pelos entrevistados. Tanto o grupo masculino quanto o feminino foram considerados o total de membros como o universo da pesquisa para a definição em percentual dos valores obtidos. Para os dados que precisaram ser tratados sem qualquer divisão dos entrevistados foi considerado o total deles como o universo para cálculo percentual ou quantitativo.

Tabela 1 - Questionário aplicado para identificar o perfil dos catadores de material reciclado de Senhor do Bonfim – BA

Perfil dos catadores de material reciclado de Senhor do Bonfim – BA 1- Sexo : Masculino ( ) Feminino ( )

2- Faixa etária: até 29 anos ( ) 30 a 39 anos ( ) 40 a 49 anos ( ) 50 a 74 anos ( ) 3- Escolaridade: ( ) analfabeto ( ) fundamental incompleto ( ) médio incompleto ( ) médio completo ( ) superior incompleto ( ) superior completo 4- como é sua moradia: ( ) casa própria ( ) casa alugada

5- Qual a motivação que levou a ser catador?

6-Já trabalhou com carteira assinada? Sim ( ) não ( ) 7 - Qual a renda obtida com a venda do material separado? 8- Pra quem você vende o material separado?

9- Você sabe qual é o destino do material separado?

10- Você usa algum Equipamento de Proteção Individual (EPI)?

11- Já teve acidente de trabalho ou doença por causa do trabalho de catador? 12- Na sua opinião se trabalho é perigosos? Qual é om maior risco?

13- Tipo de relação de trabalho com outros catadores:

Companheirismo ( ) Competitividade ( ) Indiferença ( ) 14- Você participa de alguma associação de catadores?

15- Você considera seu trabalho importante para a sociedade ?

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme Tres et al. (2011) a crise da relação homem-natureza, vivenciada no processo histórico da evolução da humanidade, tem como pano de fundo a busca pelo sentido do vínculo e do limite. Segundo os mesmos autores a crise do vínculo ocorre, pois o homem perde a capacidade de identificar o que o liga ao animal, ao que é vivo, à natureza. Já a crise do limite é determinada pela incapacidade de percepção do que na natureza se diferencia dele (TRES et al., 2011).

Embora, cotidianamente, as relações conflituosas entre homem e natureza seja uma constante, Morin (2005) e Harari (2015) compreendem o homem como um pedaço da natureza, da qual é indissociável. Em contrapartida, a natureza produz a hominização - o homem guia e segue simultaneamente a natureza (Morin, 2005).

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Sobre essa ralação desarmoniosa entre homem e natureza, Harari (2015) afirma que, durante o seu processo evolutivo, o homem deixou de se reconhecer como animal pertencente ao meio ambiente que o cerca, estabelecendo uma postura predatória com os recursos naturais e demais espécies. Vista como meio de se obter lucros, a natureza tem sido apropriada pelo capital.

A sociedade atual adotou um modo de vida que vai além da capacidade de resiliência do meio ambiente, atendendo ao imediatismo humano. As questões socioambientais revelam um modo de produzir cada vez mais insustentável, que visa ao lucro sem medir consequências e é baseado na produção industrial ininterrupta e no consumo de massa (Rios et al., 2017).

Em dissonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010, o referido município não realizou a remediação e encerramento do lixão municipal e ainda descarta os resíduos sólidos nesse vazadouro a céu aberto (Figura 2).

Reconhecendo os múltiplos impactos negativos dos lixões sobre a saúde humana e a qualidade ambiental, conforme a referida Lei, até o ano de 2014 esses vazadouros deveriam ter sido extintos (Brasil, 2010). Esse prazo foi prorrogado, mas ainda assim muitos brasileiros não conseguiram atender à determinação da Política Nacional.

Da mesma forma, em desatendimento à mesma Lei Nacional – 12.305/2010, o município de Senhor do Bonfim não elaborou o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, documento que deveria nortear a gestão dos resíduos sólidos em âmbito municipal e amparar os catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis.

Em 2002, a profissão de catador foi normatizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e passou a compor a lista de ocupações brasileiras reconhecidas. No município de Senhor do Bonfim-Bahia, a inexistência de Cooperativa ou Associação desses trabalhadores os obriga a desempenhar as suas funções na área do lixão, em contato direto com os resíduos.

Segundo Rios et al., (2017, p. 421), quando retrata a realidade do município de Jacobina-Bahia, antes da remediação do lixão no referido município, “nesse mesmo espaço, coletavam não apenas a sua fonte de renda, mas também o seu sustento, uma vez que comiam, vestiam, calçavam e construíam suas moradias com o que retirava do lixo”.

A realidade apresentada acima não difere do cenário que se reproduz em Senhor do Bonfim, onde o dinheiro arrecadado com a venda do material coletado no lixão, para muitos catadores, é a única fonte de renda para o seu sustento e da sua família. Mais do que isso as áreas dos lixões confirmam-se “como território de identidade dos catadores de lixo, sendo estes o espaço onde eles moravam, de onde comiam, vestiam e garantiam o sustento das suas famílias” (Rios et al, 2017, p. 421).

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Nesse território de identidade, os trabalhadores desempenham as suas funções, mas também criam vínculos com o meio que o cerca, dando sentido à sua própria vida.

Figura 2: Vista Geral do Lixão de Senhor do Bonfim (BA).

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (2002), os resíduos produzidos diariamente em todo Brasil chegavam a 125.281 toneladas, sendo 47,1% descartado em aterros sanitários, 22,3 % descartado em aterros controlados e 30,5 % descartado em lixões, ou seja, mais de 69 % de todo o resíduo coletado estaria tendo um destino final adequado. Porém, esses valores caem quando se analisa o número de municípios que fazem corretamente tal descarte, 63,6 % fazem em lixões e 32,2 % em aterros adequados e 5% não informou para onde vão seus resíduos.

Em 2010, o número dos municípios brasileiros que descarta os resíduos sólidos em lixões caiu para 50,8% (IBGE, 2010), mesmo assim, a quantidade de resíduos encaminhados a lixões ainda permanece alta. Lixões são “locais utilizados para disposição do lixo, em bruto, sobre o terreno sem qualquer cuidado ou técnica especial, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública” (IBGE, 2010).

O Panorama dos resíduos sólidos no Brasil, publicado em 2016 pela Abrelpe, mostra um cenário de piora quanto à disposição final dos RSU coletados se comparados os anos de 2015 e 2016, de 58,7%, para 58,4%. O caminho da disposição inadequada continuou sendo trilhado por 3.331 municípios brasileiros, que enviaram mais de 29,7 milhões de toneladas de resíduos, correspondentes, para lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações (Abrelpe, 2016)

Na região Nordeste, os 1.794 municípios da região Nordeste geraram, em 2016, a quantidade de 55.056 toneladas/dia de RSU, das quais 79% foram coletadas. Do montante coletado na região, 64,4% ou 27.906 toneladas diárias ainda são destinadas para lixões e aterros controlados (Abrelpe, 2016).

A Bahia, segundo o relatório técnico emitido pelo Ministério Público do Estado da Bahia através do programa DESAFIO DO LIXO 2006/2007 (BAHIA, 2006), as tecnologias mais utilizadas para

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disposição dos resíduos nos 326 municípios avaliados são os lixões, correspondendo a 84,7%, seguidos dos Aterros Simplificados – CONDER que correspondem a 9,2%, Aterros Convencionais – CONDER a 4,9% e Aterros convencionais – outras iniciativas a 1,2%.

Segundo o IPEA (2013, 2016), no Brasil existem um total 387.910 pessoas trabalhando como catadores nesses lixões, sendo que nordeste encontram-se 116.528 catadores, muitas vezes vivendo em ambientes insalubres, sem controles sanitário e ambiental.

De acordo com Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS (2018), Senhor do Bonfim-Bahia gerou, no ano de 2015, em torno de 26.299,4 ton/ano de resíduos em seus território. Em 2016 houve uma pequena queda em termos numéricos, gerando uma média de 25.157,3 ton/ano de resíduos, uma queda de 4,54% se comparados os dois anos de referência.

Conforme o SNIS (2018), o município não possui aterro controlado e nem aterro sanitário, sendo, portanto, todos os resíduos gerados em seu território destinado para o lixão municipal sem nenhum tipo de tratamento – coleta seletiva, reciclagem, reutilização, entre outros.

O cenário de Senhor do Bonfim segue duas tendências nacionais, como em Ipameri, GO (GONÇALVES et al., 2013), a manutenção e/ou aumento de municípios que destinam ou voltaram a destinar seus resíduos sólidos para lixões. Em estimativa nacional, Senhor do Bonfim compõe o grupo de 910 municípios da região Nordeste que não possui iniciativa de coleta seletiva e dos 836 municípios da mesma região que ainda destinam seus resíduos sólidos para vazadouros a céu aberto (lixões) (ABRELPE, 2016).

Os resíduos sempre foram, em todo o tempo, material desvalorizado social e economicamente. Essa desvalorização influencia diretamente na forma como os catadores são vistos pela sociedade, carregando o peso do pouco valor do seu objeto de trabalho.

Benvindo (2010) diz que a ressignificação da mercadoria de trabalho também promove a ressignificação positiva da atividade laboral desses trabalhadores.

Os dados obtidos através das informações dos questionários permitiram elaborar o diagnóstico Social dos Catadores de Materiais Recicláveis de Senhor do Bonfim (BA). Do total de entrevistados 66,7% eram homens e 43,3% mulheres, sendo que entre os homens, 41,67 % tinham até 29 anos, 50% de 30 a 39 anos e 8,33 % de 50 a 74 anos %, já entre as mulheres, 33,3 % tinham de 30 a 39 anos, 33,3 % de 40 a 49 anos e 33,3% de 50 a 74 anos.

Quanto ao nível de escolaridade, 16,67% das mulheres responderam que eram analfabetas e 83,33% disseram ter o fundamental incompleto, entre os homens 16,67 % disseram ser analfabetos, 58,33 % ter o fundamental incompleto, 8,33 % ter o ensino médio incompleto e 16,67% ter o ensino médio completo.

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Devido ao baixo grau de escolaridade e as condições de trabalho em que são submetidos, esses indivíduos são vistos pela sociedade de maneira preconceituosa. Além disso, compõe uma parcela bastante vulnerável em meio à problemática dos resíduos sólidos já que, de acordo com Gamba (2011) a análise da vulnerabilidade está estreitamente associada às características socioeconômicas dos alvos afetados, embora não seja a única condicionante.

Quanto menor a condição socioeconômica de um indivíduo ou grupo, mais vulnerável ele é porque menor é a sua capacidade de reação e adaptação a novas condições.

Ao serem perguntados sobre a moradia, 50% das mulheres respondeu ter casa própria e 50% morar em casa alugada, entre os homens 50% responderam que possuem casa própria, 41,67 % ter casa alugada e 8,33% afirmou não ter casa, morando em barraco na área do lixão.

Para além da área de catação, que define um limite previamente instituído para atuação da coletividade, há também a delimitação dos espaços de poder individualizado quando da definição dos espaços de moradia para alguns atores. A delimitação do território é dada pelas relações sociais que o envolvem.

As manifestações de um grupo social formam o território na medida em que as demandas desses grupos, e suas especificidades, são determinadas por conflitualidades e embates de poder ou de contra-poder (Rios et al., 2017, p. 426). Castells (2006), define que o contra-contra-poder pode ser entendido como a capacidade do ator social de resistir ao poder institucionalizado.

A resistência ao poder institucionalizado se configura, nessa perspectiva, na capacidade de sobrevivência, apesar das limitações, pela força do próprio trabalho, confrontando a ordem social excludente e discriminatória com as classes trabalhadoras menos favorecidas, como é o caso dos catadores.

Quanto à motivação do que os levaram a se tornarem catadores, a resposta mais frequente, tanto para homens como mulheres, foi ocasionada pelo desemprego seguido de complemento de renda. Sendo que entre as mulheres, nenhuma teve carteira profissional assinada e, entre os homens, apenas 41,67% afirmaram já ter tido carteira profissional assinada em algum momento.

São diversos e complexos os fatores que determinam a continuidade da atividade de catação. Sendo, as condicionantes, internas ou externas aos indivíduos, mas em cada um deles a necessidade de sobrevivência e busca por dignidade através do trabalho.

IPEA (2013) diz que, de maneira geral, os catadores são pessoas que encontram nessa atividade a única alternativa possível para realizar a sobrevivência por meio do trabalho, ou pelo menos aquela mais viável no contexto das necessidades imediatas, dadas as restrições que lhes são infringidas pelo mercado de trabalho.

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Entre os pesquisados, apenas um afirmou ter renda superior a 600 reais por mês, já os demais obtêm renda inferior a esse valor. Essa renda é obtida através da venda do material separado para atravessadores do próprio município, não tendo conhecimento do destino que o material separado toma.

A Lei nº 12.305/2010 prevê, em seu escopo, a inserção dos catadores no processo de gestão integrada de resíduos sólidos, promovendo a inclusão social e emancipação econômica dos mesmos (Brasil, 2010). A inclusão de que trata a referida Lei deve acontecer, como descrito em seu Art. 8º, inciso IV, através do “incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis” (Brasil, 2010, p. 1).

A formação de Cooperativa de Catadores “uma oportunidade de resgate da dignidade humana do catador, como também de desenvolvimento e ajuda mútua, o que permite constituir a comunidade de catadores (Pinhel, 2013; CNMP, 2014). Mas esse mesmo autor contrapõe que mesmo se organizando para fugir da exploração econômica, o catador continua vulnerável por que a falta de infraestrutura infraestrutura e regulamentação por que passam algumas cooperativas gera a precarização do trabalho e a consequente invisibilidade social (Magera, 2003).

Apesar dos problemas que muitas vezes enfrentam as cooperativas, não se pode negar que a soma de forças facilita o enfrentamento e superação das dificuldades e promove, mesmo que em escala ainda reduzida, a emancipação econômica desses trabalhadores.

No município de Jacobina-Bahia, a organização em Cooperativa permitiu um aumento na renda dos catadores em, aproximadamente, 243% mensais (Rios, 2017).

É, portanto, a informalidade do trabalho de catador que torna ainda mais complexa a realidade desses trabalhadores, aumentando os riscos a que estão expostos sem que haja acesso aos direitos trabalhistas. Mesmo tendo reconhecida a sua condição insalubre, em grau máximo, de acordo com a Norma Regulamentadora no 15, do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) que exige maiores cuidados em termos de equipamento de proteção e disponibilidade de locais adequados para o trabalho (Oliveira, 2011).

Quanto ao Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), 50% das mulheres afirmaram não usar e já terem sofridos acides de trabalho ao manipular vidros; e 50% afirmam usar botas e luvas e não terem sofridos acidentes de trabalho. Entre os homens, 83,33 % afirmam não usar nenhum tipo de EPIs, apesar disso, apenas 25% afirmaram terem sofrido acidente manipulando vidro e pregos e, 16, 67% afirmam usar apenas botas.

Os catadores vivem em condições subumanas e de completa insalubridade, sujeitos a doenças, acidentes – pela presença de materiais perfuro-cortantes, ingestão de líquidos tóxicos e/ou contaminados,

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etc., oferecendo riscos diretos e graves à vida humana e à qualidade ambiental (SOUZA et al., 2015; RIOS et al, 2017).

IPEA (2013) afirma que estes trabalhadores são frequentemente submetidos: a exposição ao calor, a umidade, os ruídos, a chuva, o risco de quedas, os atropelamentos, os cortes e a mordedura de animais, o contato com ratos e moscas, o mau cheiro dos gases e a fumaça que exalam dos resíduos sólidos acumulados, a sobrecarga de trabalho e levantamento de peso, as contaminações por materiais biológicos ou químicos etc.

É comum, entre eles, a ocorrência de acidentes durante a catação, sobretudo em municípios que não realizam a coleta seletiva, que é o caso de Senhor do Bonfim. O risco inerente se dá pelo fato de que todos os tipos de resíduos vão misturados para a disposição final, o que aumenta o risco de corte, perfurações com perfuro-cortantes originários dos resíduos de saúde e/ou ingestão de líquidos ou sólidos contaminados.

O risco é tão real e intrínseco que, quando perguntados sobre a consciência quanto ao risco/perigo de estarem expostos ao trabalhando no lixão, 83,33% das mulheres reconhecem o risco, afirmando que o maior perigo é de encontrar vidro e material hospitalar. Já 66,67 % dos homens reconhecem o risco quando manuseia material perfuro cortantes e contaminados.

Ao se tratar do tipo de relação de trabalho entre os catadores do lixão de Senhor do Bonfim (BA), 16,67% disseram manter relação de competitividade, 27,78% disseram manter o companheirismo e 55,55 % manter indiferença.

As concepções Marxistas são conta de que o único poder social dos trabalhadores é o seu poder numérico. Porém, a desunião é capaz de suprimir ou anular esse poder numérico. E essa desunião é alimentada pela concorrência que os trabalhadores mantêm entre si.

Freitas e Tavares (2012) afirmam que os trabalhadores se apresentam cada vez mais disformes e precarizados em sua situação, o que dificulta, inclusive, seu processo de reconhecimento como classe. Superar a condição alienante e opressora da divisão social em classes, defendida por Marx, se torna complexa mesmo quando se revela unida.

Em condição de desunião, como a apresentada pelos catadores em questão, remete à condição de

“oprimidos se tornando opressores”1 em condições de igualdade socioeconômica. Uma clara

competitividade e disputa de poder por uma minoria, invisível e discriminada, que deveria unir forças em busca de sua ascensão e emancipação coletiva.

1 Ideia defendida por Paulo Freire no livro “Pedagogia do Oprimido” em um contexto do processo de educativo, mas que

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Apesar de desconhecerem a força da sua união, é unânime entre os catadores o reconhecimento da importância do trabalho que realizam para a comunidade, uma vez que, segundo eles, contribui com a manutenção da limpeza das vias públicas e preservação do meio ambiente.

Os trabalhadores e as trabalhadoras que se autor reconhecem como catadores(as) de material reciclável realizam um serviço de utilidade pública muito importante no contexto atual das cidades (IPEA, 2013). Ainda segundo mesmo autor,

são responsáveis pela transformação do lixo em mercadoria de interesse de grandes indústrias, que tanto lhes confere um papel central de um amplo circuito relativo à produção e ao consumo de bens, como caracteriza os catadores como verdadeiros agentes ambientais ao efetuarem um trabalho essencial no controle da limpeza urbana (IPEA, 2013, p. 7).

Os dados apresentados e discutidos aqui demonstram a importância dos catadores de material reciclável desempenham na cidade de Senhor do Bonfim (BA), podendo ter seu trabalho considerado de grande de utilidade pública para as cidades, uma vez que, atua na coleta de materiais para reciclagem, evitando e/ou diminuindo a quantidade de material a ser descartados no lixão. Tais experiências podem ser comprovadas em vários municípios do Brasil (CRUZ, et al. 2017;

O descumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos quanto à elaboração dos instrumentos legais para a gestão municipal dos resíduos sólidos – o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – e a ausência de um Projeto de Coleta Seletiva impedem a inclusão dos catadores no processo e reproduzem a desvalorização desses trabalhadores que tem a renda obtida pelos com a informalidade de suas atividades laborais é aquém do necessário para suprir as necessidades de uma vida digna.

4 CONCLUSÕES

Os dados obtidos a partir desta pesquisa podem ser utilizados pelo poder público e pela sociedade civil para iniciar e ampliar as discussões e reflexões acerca da realidade e dificuldades vivenciadas pelos catadores do município, assim, como reconhecer a importância dos mesmos no tratamento dos resíduos sólidos, uma vez que, são responsáveis por diminuir a quantidade de lixos destinados ao lixão da cidade.

Tais discussões podem ser direcionadas para a criação de uma cooperativa que os proporcionem melhores condições e segurança no trabalho, minimizando por exemplo riscos à saúde e orientando para a aposentadoria.

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REFERÊNCIAS

ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2016. Disponível em:

http://www.abrelpe.org.br/Panorama/

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Referências

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