Seminário
3 ANOS PARA A COPA NO BRASIL
-MINAS GERAIS:
VITRINE OU VIDRAÇA?
Palestra Secretário Carlos Melles Ex- Ministro do Esporte e Turismo
Um pouco da construção política
desde a estruturação do
Ministério do Esporte, seus
programas estruturais e o
processo de candidatura do Brasil
a sede de eventos esportivos
Novo Rumo ao Ministério do Esporte e Turismo
Poderoso instrumento de inclusão social e de desenvolvimento econômico
Posse no Ministério do Esporte e Turismo com a tarefa de restabelecer a imagem até então desgastada por
problemas administrativos Brasília, 9 de maio de 2000
Aumentar o orçamento : O primeiro desafio
Moralização e consolidação do Ministério
A nova estrutura foi desenhada por técnicos do ministério, com um diferencial, teve a participação direta de integrantes da Câmara Setorial do Esporte, criada na gestão de Carlos Melles.
“O Ministro Melles dirigiu o esporte com os olhos dos atletas e dirigentes”.
Carlos Arthur Nuzman - Presidente do COB
“Junto com os setores esportivos, Melles criou uma política nacional de esportes. Isto é inédito, uma grande conquista”.
Comissão Nacional de Atletas – CNA
Durante as Olimpíadas de
Barcelona, em 1992, esportistas como Aurélio Miguel, Luiz Felipe Azevedo, Oscar Schmidt, Lars Grael e Torben Grael já
levantavam, em conversas
informais, a ideia de conquistarem uma maior participação na política esportiva nacional.
A proposta de gestão participativa
coincidiu com o anseio dos atletas, viabilizando a criação da
comissão, pela Portaria n° 127 de 17 de Outubro de 2000, para
representar os interesses da classe junto ao governo federal.
Nova e moderna política pública para o esporte
Programas vitoriosos:
Esporte na Escola
Esporte Solidário
Projeto Navegar
Vida Ativa na 3ª Idade
Esporte de Identidade Cultural
Pintando a Liberdade
Esporte de Rendimento
Esporte na Escola
Beneficiar 36 milhões de
crianças com a construção de 10 mil quadras esportivas em todo o país, voltando com a obrigatoriedade da prática saudável da educação física nas escolas.
O Esporte na Escola
contribuiu decisivamente para a democratização de esporte brasileiro e ao mesmo tempo criou um instrumento
estratégico para o processo de transformação do Brasil em potência esportiva.
Brasil Potência Esportiva
Investimentos em pesquisa e tecnologia
REDE CENESP – Centro Nacionalde Excelência Esportiva (UFRGS, UFMG, UnB, PUC MG, UFSC, UFPE)
Maior desempenho dos atletas
brasileiros em competições nacionais e internacionais
Promoção da imagem do País no
exterior.( Feiras de Turismo, Casa Brasil)
O programa priorizou a participação
da delegação olímpica e paraolímpica brasileira em competições nacionais e
internacionais, a capacitação de recursos humanos e a detecção de talentos esportivos.
Brasil abre as portas para a
Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016
Reuniões com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio
Samaranch e posteriormente com seu sucessor, Jacques Rogge, com a presença permanente do Presidente do COB, Carlos Nuzman.
Conquista do PAN 2007.
Credencial para a Copa de 2014 e Olimpíadas 2016.
Em 2001 o Ministério do Esporte e Turismo, contratou junto à
Fundação Getúlio Vargas, um estudo de viabilidade, que viria a ser
a base do projeto de candidatura do Rio de Janeiro ao PAN de 2007.
Visitas ao Comitê Olímpico Internacional
Programa Esporte na Escola, um exemplo de política pública esportiva no Brasil e que chamou a
atenção do Comitê Olímpico Internacional – COI.
Carlos Melles, Jacques Rogge (Presidente do COI) e Nuzman (COB).
“Se vocês querem concorrer à sede dos Jogos Olímpicos o país devem, primeiro, sediar eventos
internacionais de grande porte, como os Jogos Pan Americanos.”
Juan Antonio Samaranch (Presidente do COI)
O Brasil Investe em Grandes Eventos
Internacionais
2000 - Assembléia Geral dos Comitês Olímpicos, realizada no Rio e que formalizou a candidatura do Brasil aos jogos Pan Americanos de 2007.
2001 - a grande Arena montada com o apoio
do Ministério para a realização da Copa Davis
A Conquista do PAN 2007
A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Em votação realizada em agosto de 2002 na Cidade do México, o Rio de Janeiro obteve 30 votos, contra 21 de San Antonio, no Texas.
"Foi a vitória do melhor projeto e das melhores propostas. O Pan 2007 vai ajudar a
mudar a historia do esporte brasileiro e vamos trabalhar muito para realizar os melhores Jogos Pan-Americanos da historia. Os legados serão imensos, sobretudo na parte social, já que estará em curso um programa de desenvolvimento do esporte e inclusão social. Sem falar que derrotamos os Estados Unidos, que não perdem esse tipo de disputa. Essa vitória reafirma nosso compromisso com o Movimento Olímpico e o ideal de fortalecer as Américas“. Carlos Nuzman (Presidente do COB)
O Ministério liderou o “pacto da
bola”, extinguiu o INDESP, tomou
medidas para garantir segurança nos
estádios e emprestou apoio
institucional às CPIs instaladas no
Congresso Nacional para a
A Nova Gestão do Futebol Nacional
“Estatuto dos Esportes”, aprovado como um instrumento completo, que criou normas para torcedores, clubes, regras tributárias e trabalhistas.
Pacto da Bola
O Futebol brasileiro deixa as páginas policiais rumo aos pódios mundiais
Nenhum clube brasileiro poderá disputar mais de dois jogos por semana. As competições que integram o calendário devem respeitar os aspectos
técnicos de interdependência, de acesso e descenso e de equilíbrio técnico entre os seus participantes, bem como o requisito de viabilidade econômica.
Os clubes brasileiros ficam impedidos de participarem simultaneamente em
duas competições que tenham tabelas superpostas.
Realização, sempre no segundo semestre de cada ano, do Campeonato
Brasileiro de Futebol, disputado em turno e returno.
O Campeonato terá duas divisões – primeira e segunda- cada uma com 24
Lei Piva: A Independência do Esporte Brasileiro
Estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do
país sejam repassados ao COB e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). Do total de recursos repassados, 85% são destinados ao COB e 15%, ao CPB.
Do montante destinado ao Comitê Olímpico Brasileiro, 10% devem ser
Lei Piva: a Independência do Esporte Brasileiro.
Até 2001, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) dependia
exclusivamente de recursos orçamentários para preparar as delegações oficiais.
No último ciclo olímpico ( Pequim 2008), o Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) recebeu cerca de R$ 288 milhões de recursos federais oriundos da Lei.
Os clubes, responsáveis por cerca de 77% dos 277 atletas que
integraram a delegação brasileira em Pequim, reinvidicam alterações, em função da amplitude que a lei pode lhes proporcionar.
Dados econômicos da Copa da
Alemanha e planejamento para a
Copa 2014 e Olimpíadas 2016 no
Copa do Brasil 2014
A Copa do Mundo é o maior evento midiático do planeta.
É uma realização da FIFA, que congrega 208 países.
(A ONU tem 192 países)
Estima-se que durante a Copa de 2014 cerca de 30 bilhões de
pessoas assistam às transmissões
Correlação : para cada espectador sentado num estádio
Copa da Alemanha 2006
3.353.335 de espectadores nos estádios
18 milhões espectadores nas praças das cidades que sediaram os
jogos
25 a 30 bilhões de espectadores pela televisão em 240 países
4 bilhões de euros na construção e modernização de rodovias
3,5 bilhões de euros no transporte local
2 bilhões de euros na infraestrutura de estádios
A Copa 2014 deverá agregar ~R$ 183 bilhões ao PIB
do Brasil até 2019 (ou +0,4% a.a.)
•Investimento de infraestrutura •Gastos incrementais dos
turistas
•Incremento no consumo das famílias •Recirculação do dinheiro na economia •Aumento do turismo e do uso de estádios após a Copa Direto Indireto Impacto total 47,5 135,7 183,2 R$ Bilhões no PIB acumulado 2010-1019 +0,4%
Impactos diretos
:R$ 33 bilhões em investimentos em
infraestrutura
5,7 11,6 5,5 3,8 4,6 1,9 33,1 22,8 R$ Bilhões Estádios Mobilidade urbana Total Infra Civil Telecom e energia Segurança e Saúde Hotelaria Total Infra Portos e AeroportosEquivale a ~24 mil Km de estrada (~50% das rodovias federais)
* Foi considerado um fator copa que o turista gasta mais (fonte: Benchmark Alemanha)
R$ bilhões, junho e julho de 2014
Equivale a ~2/3 da população da cidade do Rio de Janeiro
Impactos diretos
: R$ 9,4 bi gerados por 3,7 milhões de turistas
(600 mil estrangeiros)
5,5 24,9 19,4 7,1 3,9 3,2 Cenário sem Copa Incremento por turistas internac. Incremento por turistas nacionais Cenário com Copa +R$ 9,4 bi Internac. Nacionais 22,6 32,0 3,1 0,6 Número de turistas (milhões)Trabalhadores temporários
=
Trabalhadores permanentes
* Custo total com mão de obra
** Inclui poupança e tributo compulsório (FGTS)
Impactos diretos:
Incremento de R$ 5 bilhões no consumo
das famílias entre 2010 e 2014
Incremento no consumo R$ 5,0 Bi Equivale a 1,3 ano de vendas de geladeiras no Brasil (7,2 milhões) Massa salarial R$ 6,8 Bi % consumo 59,7% Massa salarial R$ 1,6 Bi % consumo 59,7% x x
2010-2011 2012-2013 2014 Total Milhares de empregos
132
129
453 713
Impactos diretos:
espera-se a geração de 700 mil empregos,
entre temporários e permanentes
Equivale a 11 vezes o número de funcionários da Vale 381 72 Perma-nentes Temporários
Impactos diretos:
a arrecadação de tributos com a Copa
superará em 33x as isenções oferecidas
(em R$ bilhões) Visão nacional Visão federal Arrecadação federal Investimentos federais Saldo 3,6 4,0 2,9 10,6 7,4 3,2 2010-11 2012-13 2014 Arrecadação nacional Isenção à FIFA 3,6 4,0 2,9 16,8 0,5 2010-11 2012-13 2014 33x maior que a isenção
Impactos indiretos:
os impactos indiretos da Copa
adicionarão R$ 135 bilhões ao PIB até 2019
(Em R$ bilhões) Recirculação dos recursos Turismo e uso de estádios pós-Copa Total dos impactos indiretos 129,4 6,2 135,6
•Investimentos, consumo e turismo alimentam a cadeia de
fornecedores e incrementos de consumo
•Exposição da Copa gera aumento no fluxo de turistas nos anos
subseqüentes
•Melhoria dos estádios eleva público e valor médio dos ingressos
Visibilidade internacional
•Mudança na imagem brasileira no exterior •Maior exposição de produtos e serviços
Turismo
• Maior aproveitamento do potencial turístico do país • Divulgação de atrações regionais
• Salto de qualidade dos serviços
Infraestrutura
• Melhoria da qualidade de serviços/qualidade de vida • Plataforma para ganhos de produtividade
• Novos polos/vetores de desenvolvimento
Aperfeiçoamento institucional
• Aprimoramento dos controles da gestão pública • Ampliação da integração entre as regiões do país • Fortalecimento do orgulho da nação (“ser brasileiro”)
Benefícios intangíveis:
impactos positivos com impactos
econômicos não mensurados
Dados utilizados
• Os efeitos multiplicadores são observados sobretudo em 3 setores da
economia: Infra estrutura, consumo e turismo
• Multiplicadores aplicados ao impacto direto são calculados através de um modelo estatístico
específico para eventos esportivos Múltiplos • Infra-estrutura: Multiplicador 2,67 • Consumo*: Multiplicador 1,44 • Turismo: Multiplicador 3,75 • Empregos:
~15 novos empregos para cada 1 milhão reais de impacto direto
x x x • Impacto na economia resultado do investimento em infra-estrutura para receber o evento • Incremento de
consumo gerado por nova renda das famílias
• Bens e serviços de
produção ativada pelo aumento de turismo
* Primeira rodada de circulação (multiplicador) foi considerada dentro do consumo direto, por isso o multiplicador é de apenas 1,44
Fonte: Handbook on the economics of sport ; Predicting the economic impact of the 2010 FIFA World Cup on South Africa; Economic Impact of the World Cup - Copa Japão e Coréia; What does Germany expect to gain from hosting the 2006 Football World Cup; Macroeconomic and Regional economic Effects - Copa Alemanha
Fontes utilizadas Handbook on the economics of sport – Wlademir Andreff, Stefan Szymastic Predicting the economic impact of the 2010 FIFA World Cup on South Africa What does Germany expect to gain from hosting the 2006 Football World Cup;
Macroeconomic and Regional economic Effects
Economic Impact of the Korea and Japean World Cup France and The 1998 World Cup – The National Impact of a World Sporting
O impacto indireto foi medido com “multiplicadores de recirculação” específicos para cada setor, observado em Copas anteriores
Copa do Brasil 2014
Projetos de
mobilidade e
estimativa de
investimentos
apresentadas pelo
Ministério do Esporte
(Revista IPEA)Copa 2014 e Olimpíadas 2016 -
Oportunidades
A grande oportunidade para promover a renovação urbana das principais áreas metropolitanas do país, melhorando e ampliando a infraestrutura local, regional e nacional.
Gerar um conjunto de estádios e arenas multiuso nas principais capitais brasileiras.
Treinar grandes contingentes humanos para o turismo receptivo e serviços em geral, como resultado da grande visibilidade alcançada através do maior evento midiático do planeta.
O melhor resultado da COPA 2014 é o Brasil 2015, o legado positivo desse evento para nosso país.
Com as Olimpíadas no Rio em 2016, temos que planejar o legado para o Brasil 2017, 2022 e anos subsequentes.
Copa 2014 e Olimpíadas 2016
-Oportunidades
A Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, são uma grande
oportunidade para o Brasil retomar e/ou aprimorar seu
planejamento.
Aproveitar para formular e iniciar a implantação de um
projeto nacional.
2014 dever ser apenas um marco, uma etapa, de uma
Dados Econômicos do País
O Brasil caminha para ser a quinta maior economia até
2016
Somos o segundo maior exportador de produtos
alimentícios
Um dos maiores produtores de petróleo e minerais
Quinto maior mercado publicitário
Nossa economia diversificada é o motor da América
Latina e um dos 10 maiores mercados consumidores
Temos os mais altos níveis de uso de Internet no
mundo.
O Planejamento da Copa
Várias decisões precisam ser tomadas para a Copa 2014, e para
as Olimpíadas 2016, com relação à:
1) Infraestrutura esportiva;
2) Infraestrutura pública, essencial para a Copa;
3) Infraestrutura para a melhoria urbana;
4) Infraestrutura de hospitalidade;
5) Garantia da Segurança Pública
Infraestrutura Crítica
Acessibilidade
Aos pólos de hospitalidade (hotéis, gastronomia e lazer)
Segurança Pública
Estações de transporte de massa, a uma distância não
superior a 2 km.
Ingresso dos turistas no país
Aeroportos
Mobilidade regional
Movimentação dos times e sua torcida acompanhando os
jogos entre as diversas cidades
Infraestrutura para melhoria da cidade
A realização da Copa 2014, com reflexo para as Olimpíadas 2016,
é uma excepcional oportunidade para efetivar investimentos
urbanos adiados, como:
Universalização do saneamento básico;
Redução dos congestionamentos (transporte urbano); Redução do déficit habitacional;
Fortalecimento da Segurança Pública.
Antecipar grandes investimentos voltados para um futuro mais
amplo, como:
Sistemas metroviários;
O planejamento da infraestrutura
O planejamento da infraestrutura, portanto, não pode mirar
apenas 2014, mas 2022, 2050...
Qual é o Brasil que queremos no ano do bicentenário da
independência?
Qual é o Brasil que queremos em 2050, quando a perspectiva
Os desafios do Brasil
Deverá mostrar ao mundo a sua capacidade de organização de
grandes eventos mundiais.
Com repique em 2016 com as Olimpíadas.
Deverá mostrar ao mundo as suas vitrines, e superar as suas
vidraças, principalmente a redução da pobreza.
Fazer com que com a Copa 2014 e Olimpíadas 2016, o Brasil se
torne um dos mais importantes destinos turísticos mundiais e destino
de investimentos estrangeiros diretos.
Infraestrutura de Transporte
Sistema Aeroportuário é o principal gargalo da infraestrutura para a Copa 2014 Os principais aeroportos brasileiros são administrados por uma empresa estatal – a INFRAERO
A baixa mobilidade urbana é o problema das capitais brasileiras, a questão está na decisão entre as opções do transporte coletivo: se de alta ou de média velocidade
A visibilidade do Brasil, com a Copa 2014 poderá atrair muitos turistas internacionais, para a temporada 2014 - 2015 e subsequentes
Mas, para isso, será necessário planejar, projetar e implantar uma adequada infraestrutura portuária para o recebimento dos turistas dos cruzeiros marítimos. (Terminais de Passageiros e acessos, estacionamentos, serviços gerais, etc.)
Demais Infraestruturas
Sanear as principais cidades brasileiras é outro desafio de grandes
proporções: parte das cidades possuem graves problemas de
enchentes, coleta e disposição dos resíduos sólidos, abastecimento de
água e esgotamento sanitário
Aumentar a oferta de hotéis e restaurantes em boa parte das
cidades escolhidas atendendo às exigências da FIFA e do COI, e as
demandas futuras, será mais um grande desafio a ser enfrentado
Planejar a infraestrutura de forma a implantar os serviços com
sustentabilidade
Fontes:
-Histórico “Trabalhos e Resultados – Deputado Carlos Melles” -Ministério do Esporte e Turismo (2000-2002)
-Ministério do Esporte (2010) -IPEA -RIO 2016 -Sinaenco