• Nenhum resultado encontrado

ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CABO FRIO - RJ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CABO FRIO - RJ"

Copied!
263
0
0

Texto

(1)

ESTUDOS

E

PROJETOS

PARA

CONSECUÇÃO

DO

PLANO

MUNICIPAL

DE

SANEAMENTO

BÁSICO

DE

CABO

FRIO

-

RJ

PRODUTO 7

Proposições:

 Abastecimento de Água Potável  Esgotamento Sanitário

 Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas

PRIMEIRA REVISÃO

(2)

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDOR

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral Filho Governador

Luís Fernando Pezão Vice-Governador

SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA) Carlos Minc

Secretário

Luiz Firmino Martins Pereira Subsecretário Executivo

INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) Marilene Ramos

Presidente

Denise Marçal Rambaldi Vice-Presidente

DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT) Rosa Maria Formiga Johnsson

Diretora

DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM) Carlos Alberto Fonteles de Souza

Diretor

DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP) André Ilha

Diretor

DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Ana Cristina Henney

Diretora

DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM) Luiz Manoel de Figueiredo Jordão

(3)

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI) José Marcos Soares Reis

Diretor

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL LAGOS - SÃO JOÃO (SUPLAJ) Túlio Vagner dos Santos Vicente

Superintendente

GERENCIADOR DO CONTRATO

Rosa Maria Formiga Johnsson

Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA Victor Zveibil

Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA Lorena Costa Procópio

Engenheira Sanitarista Cláudia Nakamura Engenheira Ambiental

(4)

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO LOCAL DOS

TRABALHOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO

Rua Florisbela Rosa Penha, n.º 292 - CEP: 28.908-050 - Cabo Frio (RJ). Tel.: (22) 2645-4013

Gestão 2.013 / 2.016

Alair Corrêa Prefeito Municipal

Vanessa Arduina Lima Secretária de Meio Ambiente

Roberta Rocha Neves Secretaria de Meio Ambiente

Jorge Barbosa da Costa Secretaria de Meio Ambiente

Juarez Marques

Secretaria de Obras / Saneamento

Gestão 2.009 / 2.012

Marcos da Rocha Mendes Prefeito Municipal

Geraldo Lima Secretaria de Saúde

Talmo Manhães de França Rodrigues Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente - Coord.

Geral Meio Ambiente

Júlio Cesar Calvo Rodriguez

Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente - Coord. Geral Meio Ambiente

Renato Luiz Gomes de Oliveira Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente -

Coord. Geral Meio Ambiente

Flavio Jose Scalli Reynaldo Secretaria de Obras

Márcia Cabral Farias

Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente - Coord. Geral Planejamento

Rosane Novo Vieira Vargas

Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente - Coord. Geral Planejamento

Ricardo Valentim de Azevedo Sec. Desenvolvimento da Cidade e Ambiente - Coord. Geral de Indústria Comércio Trabalho e

Pesca

Eduardo Leal

Secretaria Habitação e Serviços Públicos

Elizabeth Maria Campbell Neto Peralta Secretaria Habitação e Serviços Públicos

Olivia Madalena Singh de Andrade Sá Secretaria de Assistência Social

Laura Porto Guimarães Barreto Secretaria Educação Ciência e Tecnologia

(5)

EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA

SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda

CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571

Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro CEP 80.250-210 - Curitiba (PR)

Tel.: (41) 3233-9519

Website: www.serenco.com.br ● E-mail: serenco@serenco.com.br

Nicolau Leopoldo Obladen Engenheiro Civil e Sanitarista

Jefferson Renato Teixeira Ribeiro Engenheiro Civil

Paulo Roberto Wielewski Engenheiro Civil

Djesser Zechner Sergio Engenheiro Sanitarista e Ambiental Caroline Surian Ribeiro

Engenheira Civil

Bruno Passos de Abreu Tecnólogo em Construção Civil Marcos Moisés Weigert

Engenheiro Civil

Gustavo José Sartori Passos Engenheiro Civil

Tássio Barbosa da Silva Engenheiro Civil

Kelly Ronsani de Barros Engenheira de Alimentos Luiz Guilherme Grein Vieira

Engenheiro Ambiental

Mariana Schaedler Engenheira Ambiental Nilva Alves Ribeiro

Economista

Tiago José Alexandre Advogado

Mauro Brustolin Iplinski Publicitário

Dante Mohamed Correa Publicitário

Bruno Lissa Tiepolo Publicitário

Cláudio Luiz Geromel Barreto Engenheiro Químico Quésia Oliveira

(6)

SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ... XIII APRESENTAÇÃO ... XIV

1. INTRODUÇÃO - CONTEXTO REGIONAL ... 15

2. POPULAÇÕES ADOTADAS ... 17

3. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ... 19

3.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ... 25

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ... 27

4.1 INTRODUÇÃO ... 27

4.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA\ ... 28

4.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ... 80

5. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ... 140

5.1 Proposições ... 140

5.2 Sistematização das informações ... 141

5.3 CENÁRIOS MILOGRANA, J (2009) ... 149

5.4 CENÁRIOS PLANSAB ... 151

5.5 CENÁRIO PROPOSTO ... 153

5.6 METAS, PROGRAMAS E AÇÕES ... 154

5.7 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA O SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS... 188

6. ANÁLISE INSTITUCIONAL ... 192

6.1 SITUAÇÃO ATUAL ... 193

6.2 MODELOS INSTITUCIONAIS PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ... 194

6.3 Análise Institucional Regional ... 222

7. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 255

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários ... 21

Figura 3 - Proposta de locação do novo sistema produtor ... 54

Figura 4 - Comparativo atendimento da população – Distrito Sede (cenários 2 e 3) ... 131

Figura 5 – Comparativo atendimento da população – Distrito Tamoios (cenários 2 e 3). ... 132

Figura 6 – Comparativo de investimentos – Distrito Sede (Cenários 2 e 3) ... 133

Figura 7 - Comparativo de investimentos – Distrito Tamoios (Cenários 2 e 3) ... 134

Figura 13 – Pontuação por programas ... 148

Figura 14 – Integração das Alternativas ... 148

Figura 15 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ... 154

Figura 16 – Mapa de Alerta... 157

Figura 17 – Modelo Institucional do Saneamento Básico de Cabo Frio ... 194

Figura 18 - Evolução dos Munícipios que firmaram contratos de concessão. Período 1995 – 2010 (número de municípios) ... 198

Figura 19 - Investimentos privados em concessões de serviços de água e esgoto. Período 1995 – 2010 (em milhões de reais) ... 198

Figura 20 – Evolução da população atendida pelas concessionárias. Período 1995 – 2010 (em milhões de habitantes) ... 199

Figura 21 - Arranjo Institucional Genérico ... 205

Figura 22 - Arranjo Institucional Municipal ... 206

Figura 23 - Arranjo Institucional Intermunicipal ... 207

Figura 24 – Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ... 208

Figura 25 – UGPLAN ... 210

Figura 26 – Estrutura proposta para a UGPLAN ... 216

Figura 27 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB ... 221

Figura 28 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) ... 224

Figura 29 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) ... 225

Figura 30 - Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA) ... 226

Figura 31 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora, Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias ... 227

Figura 32 – Mapa Geral das Agências Reguladoras no setor de saneamento Básico. ... 230

Figura 33 – Localização do Município ... 253

(8)
(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População Residente Adotada (Sede) ... 18

Tabela 2 - População Residente Adotada (Tamoios) ... 18

Tabela 3 - Total Pop. Flutuante. ... 19

Tabela 4 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais... 19

Tabela 5 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual) ... 30

Tabela 6 - Níveis de Atendimento (2012) ... 30

Tabela 7 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) ... 32

Tabela 8 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação (em %) ... 33

Tabela 9 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País (em %) ... 34

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas de Cabo Frio (Sede) ... 35

Tabela 11 – Projeção de população para cálculo de demandas de Cabo Frio (Tamoios) .... 36

Tabela 12 – Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de Concessão da Prolagos ... 37

Tabela 13 – Projeção de população de projeto de Cabo Frio (Sede) ... 38

Tabela 14 – Projeção de população de projeto de Cabo Frio (Tamoios) ... 39

Tabela 15 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da Prolagos ... 40

Tabela 16 – Consumo per capita e índice de perdas ... 41

Tabela 17 – Consumo per capita (Sede) ... 42

Tabela 18 - Consumo per capita (Tamoios) ... 42

Tabela 19 – Consumo per capita – resumo ... 42

Tabela 20 - Demandas do sistema de água para Cabo Frio (Sede) ... 44

Tabela 21 - Demandas do sistema de água para Cabo Frio (Tamoios) ... 45

Tabela 22 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos ... 46

Tabela 23 - Reservação necessária em Cabo Frio (Sede) ... 47

Tabela 24 – Reservação necessária em Cabo Frio (Tamoios) ... 48

Tabela 25 – Reservação necessária na área de concessão da Prolagos ... 49

Tabela 26 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ ... 50

Tabela 27 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ... 52

(10)

Tabela 29 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ... 53

Tabela 30 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Distrito Sede) ... 60

Tabela 31 - Cronograma de implantação dos reservatórios (Distrito Tamoios) ... 61

Tabela 32 - Cronograma de investimentos previstos (3º Termo Aditivo) ... 68

Tabela 33 - Cronograma de investimentos estimados (PMSB) ... 69

Tabela 34 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3º Termo Aditivo ... 70

Tabela 35 - Comparativo de investimentos – PMSB x 3º Termo Aditivo ... 70

Tabela 36 - Cronograma de investimentos – sistema produtor ... 71

Tabela 37 - Cronograma de investimentos – adução de água tratada ... 71

Tabela 38 - Cronograma de investimentos – reservação de água tratada ... 72

Tabela 39 - Cronograma de investimentos – redes de distribuição ... 73

Tabela 40 - Cronograma de investimentos – resumo ... 74

Tabela 41 – investimentos estimados para a área não concedida ... 76

Tabela 42 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual) ... 81

Tabela 43 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) ... 82

Tabela 44 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação (em %) ... 83

Tabela 45 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ... 85

Tabela 46 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ... 85

Tabela 47 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ... 86

Tabela 48 - Resumo geral de investimentos – Distrito sede... 90

Tabela 49 - Resumo geral de investimentos – Distrito Tamoios ... 91

Tabela 50 - Porcentagem de atendimento por bacia – Distrito Sede ... 93

Tabela 51 – Porcentagem de atendimento por bacia – Distrito Tamoios... 93

Tabela 52 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) do Distrito Sede ... 94

Tabela 53 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) do Distrito Tamoios ... 95

Tabela 54 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 2) – 2.014 a 2.020 ... 99

Tabela 55 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 2) – 2.021 a 2.027 ... 100

Tabela 56 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 2) – 2.028 a 2.033 ... 101

Tabela 57 - Cronograma de execução – Distrito Tamoios (Cenário 2) – 2.014 a 2.020 ... 102

Tabela 58 - Cronograma de execução – Distrito Tamoios (Cenário 2) – 2.021 a 2.027 ... 103

(11)

Tabela 60 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações

elevatórias e linhas de recalque ... 111

Tabela 61 - Investimentos necessários – ETE ... 111

Tabela 62 - Investimentos necessários – Projetos ... 112

Tabela 63 - Investimentos necessários – Resumo ... 112

Tabela 64 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) do Distrito Sede ... 114

Tabela 65 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) do Distrito Tamoios ... 115

Tabela 66 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 3) – 2.014 a 2.020 ... 117

Tabela 67 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 3) – 2.021 a 2.027 ... 118

Tabela 68 - Cronograma de execução – Distrito Sede (Cenário 3) – 2.028 a 2.033 ... 119

Tabela 69 - Cronograma de execução – Distrito Tamoios (Cenário 3) – 2.014 a 2.020 ... 120

Tabela 70 - Cronograma de execução – Distrito Tamoios (Cenário 3) – 2.021 a 2.027 ... 121

Tabela 71 - Cronograma de execução – Distrito Tamoios (Cenário 3) – 2.028 a 2.033 ... 122

Tabela 176 - Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque ... 129

Tabela 177 - Investimentos necessários – ETE ... 129

Tabela 178 - Investimentos necessários – Projetos ... 130

Tabela 179 - Investimentos necessários – Resumo ... 130

Tabela 76 - Comparativo de investimentos – Distrito Sede (Cenários 2 e 3) ... 132

Tabela 77 - Comparativo de investimentos – Distrito Tamoios (Cenários 2 e 3) ... 133

Tabela 78 – investimentos estimados para a área não concedida ... 135

Tabela 97 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ... 142

Tabela 98 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ... 143

Tabela 99 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. ... 145

Tabela 100 – Ameaças programa 1 – Hidrologia ... 146

Tabela 101 – Ameaças programa 2 – Microdrenagem ... 146

Tabela 102 – Ameaças programa 3 – Macrodrenagem ... 146

Tabela 103 – Ameaças programa 4 – Defesa Civil ... 147

Tabela 104 – Ameaças programa 5 – Gestão do Sistema ... 147

Tabela 105 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030. ... 152

(12)

Tabela 106 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas para o País... 152

Tabela 107 – Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do País (em %). ... 153

Tabela 108 - Programa 1 - Hidrologia ... 177

Tabela 109 - Programa 2 – Microdrenagem ... 177

Tabela 110 - Programa 3 – Macrodrenagem ... 177

Tabela 111 - Programa 4 – Defesa Civil ... 177

Tabela 112 - Programa 5 – Gestão do Sistema ... 178

Tabela 113 – Cronograma financeiro (Programa 1) ... 178

Tabela 114 - Cronograma financeiro (Programa 2) ... 179

Tabela 115 - Cronograma financeiro (Programa 3) ... 179

Tabela 116 - Cronograma financeiro (Programa 4) ... 180

Tabela 117 - Cronograma financeiro (Programa 5) ... 180

Tabela 118 - Resumo do cronograma ... 181

Tabela 119 - Investimentos por programa ... 181

Tabela 120 - Fontes de recurso (Programa 1) ... 182

Tabela 121 - Fontes de recurso (Programa 2) ... 182

Tabela 122 - Fontes de recurso (Programa 3) ... 182

Tabela 123 - Fontes de recurso (Programa 4) ... 182

Tabela 124 - Fontes de recurso (Programa 5) ... 183

Tabela 125 - Fontes de recursos (valor total) ... 183

Tabela 126 - Memorial de cálculo (Programa 1) ... 184

Tabela 127 - Memorial de cálculo (Programa 2) ... 185

Tabela 128 - Memorial de cálculo (Programa 3) ... 186

Tabela 129 - Memorial de cálculo (Programa 4) ... 187

Tabela 130 - Memorial de cálculo (Programa 5) ... 188

Tabela 131 - Metas Contratuais de Atendimento da Prolagos fixadas no Edital de Licitação. ... 233

Tabela 132 - Estrutura Financeira ... 256

Tabela 161 - Investimentos previstos pela Prolagos ... 257

Tabela 162 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde (2012) ... 257

(13)

Tabela 164 - Capacidade de investimento em 20 anos ... 259 Tabela 165 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários ... 259 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANA - Agência Nacional de Águas APA - Áreas de Proteção Ambiental

AGENERSA - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro CDP - Condicionantes/Deficiências/Potencialidades

COBRADE - Codificação Brasileira de Desastres CILSJ - Consórcio Intermunicipal Lagos de São João CPRM - Serviço Geológico do Brasil

CBHLSJ - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos de São João DNOS - Departamento Nacional de Obras de Saneamento EEE - Estação Elevatória de Esgoto

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto FGV - Fundação Getúlio Vargas

GESAN - Grupo Executivo de Saneamento e Drenagem Urbana IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMELS - Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar INEA - Instituto Estadual do Ambiente

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional MRA - Macrorregião Ambiental

PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico

PLANCON - Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil RH - Região Hidrográfica

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento TTS - Tomada de Tempo Seco

(14)

APRESENTAÇÃO

O presente relatório COMPREENDE o PRODUTO 7 (Prognósticos) dos Estudos e Projetos para Consecução do Plano de Saneamento Básico do Município de Cabo Frio, localizado no estado do Rio de Janeiro, ABRANGENDO os Serviços de Abastecimento de Água Potável, de Esgotamento Sanitário e de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Tomada de Preços TP n.º 11/2011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º 48/2012 firmado no dia 24 de Julho de 2012 entre o INEA e a empresa SERENCO.

(15)

1. INTRODUÇÃO - CONTEXTO REGIONAL

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro, os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e dos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com a Concessionária Águas de Juturnaiba – CAJ, constituiu-se em marco referencial da despoluição da Lagoa de Araruama em continuidade aos trabalhos até então desenvolvidos. A Região em questão, tem sua economia dependendo substancialmente do turismo, revelando a necessidade de investimentos contínuos na preservação de lagoas e praias dos entornos urbanos, em busca de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ implementaram o abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para o esgotamento sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por sistema unitário. A utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como rede coletora de esgotos sanitários, a construção de cordões interceptores, estações elevatórias e estações de tratamento, ao longo do tempo, reduziram drasticamente a poluição de lagoas e praias, retomando-se gradativamente o ciclo econômico de desenvolvimento turístico da Região dos Lagos. A presença do Comitê de Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João, Una e Ostras, criado pela Lei Estadual Nº3. 239/1999, trouxe novo reforço à Região, na preservação dos recursos hídricos. Na sequência, criou-se o Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias Hidrográficas da Região dos Lagos, Rio São João e Zonas Costeiras, consolidando-se ainda mais o reforço institucional na Região.

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se pela iniciativa privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da Aldeia, passando a receber os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e

(16)

recentemente Silva Jardim e Casimiro de Abreu com possibilidade de atender ainda, Araruama e Saquarema no futuro.

Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios, tendo em vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas urbanas dentro das bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País, programas e metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros, dentro de cenários futuros para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras são detalhadas e indicadores e metas são definidos em busca da universalização do saneamento básico para toda a população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico praticado até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo modelo institucional, preparando o caminho por onde os municípios deverão trilhar nos próximos 20 (vinte) anos. A consolidação de uma nova gestão integrada deverá ocorrer nos próximos anos mediante um forte apoio técnico e uma sólida base financeira, supervisionados por equipes bem preparadas para os novos cenários que se estabelecem.

O Produto ora apresentado descreve os prognósticos dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, ajustados aos cenários propostos, suas metas, programas e ações. As propostas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, são apresentadas em separado, no PRODUTO 8, de acordo com o Termo de Referência do INEA.

Ao final, descreve-se a análise do atual modelo institucional, as suas características jurídicas e a Proposta inicial de Criação de um Consórcio Público para a Gestão do Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ.

Espera-se com a realização dos Seminários para apresentação das proposições, obter valiosas contribuições para a consolidação dos prognósticos

(17)

do PMSB, momento importante da construção dos Planos, consolidando-se os elementos da próxima etapa dos trabalhos, a versão preliminar do Plano.

2. POPULAÇÕES ADOTADAS

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 (Estudo Populacional e Arranjos Institucionais) apresentou as projeções de crescimento da população para os próximos 20 anos, tendo em vista os últimos Censos do IBGE, e informações sobre a população flutuante dos municípios da região.

Análises matemáticas

De acordo com o Censo IBGE, 2010, Cabo Frio possuía naquele ano as seguintes características:

 População total = 186.227 habitantes.  Área da Unidade Territorial = 410,415 km2

.  Densidade Demográfica = 453,75 hab./km2

.  População Urbana = 140.485 habitantes.

 População Rural = 45.742 habitantes (Distrito de Tamoios).

Vários métodos para o crescimento populacional urbano e rural (Distrito de Tamoios) foram estudados, conforme segue:

 Aritmético;  Geométrico;

 Planilha Excel da Microsoft: o Ajustamento Linear; o Curva de Potência; o Equação Exponencial; o Equação Logarítmica, e, o Equação Polinomial.

(18)

Logo, as populações residentes adotadas para a Sede foram obtidas pelo Ajustamento Linear, conforme Tabela 1.

Tabela 1 - População Residente Adotada (Sede)

ANO Taxa de crescimento (%) População Residente (habitantes) ANO Taxa de crescimento (%) População Residente (habitantes) -1 2.012 1,97% 142.127 10 2.023 1,62% 172.354 0 2.013 1,93% 144.875 11 2.024 1,59% 175.102 1 2.014 1,90% 147.623 12 2.025 1,57% 177.850 2 2.015 1,86% 150.371 13 2.026 1,55% 180.598 3 2.016 1,83% 153.119 14 2.027 1,52% 183.346 4 2.017 1,79% 155.867 15 2.028 1,50% 186.094 5 2.018 1,76% 158.615 16 2.029 1,48% 188.842 6 2.019 1,73% 161.363 17 2.030 1,46% 191.590 7 2.020 1,70% 164.111 18 2.031 1,43% 194.337 8 2.021 1,67% 166.858 19 2.032 1,41% 197.085 9 2.022 1,65% 169.606 20 2.033 1,39% 199.833 Fonte: SERENCO, 2013.

Para o distrito de Tamoios (rural, segundo o IBGE), as populações residentes adotadas foram as obtidas pela Equação Polinomial, conforme Tabela 2.

Tabela 2 - População Residente Adotada (Tamoios)

ANO Taxa de crescimento (%) População Residente (habitantes) ANO Taxa de crescimento (%) População Residente (habitantes) -1 2.012 2,10% 54.825 10 2.023 1,71% 67.239 0 2.013 2,06% 55.954 11 2.024 1,68% 68.367 1 2.014 2,02% 57.082 12 2.025 1,65% 69.496 2 2.015 1,98% 58.211 13 2.026 1,62% 70.624 3 2.016 1,94% 59.339 14 2.027 1,60% 71.753 4 2.017 1,90% 60.468 15 2.028 1,57% 72.881 5 2.018 1,87% 61.596 16 2.029 1,55% 74.010 6 2.019 1,83% 62.725 17 2.030 1,52% 75.138 7 2.020 1,80% 63.853 18 2.031 1,50% 76.267 8 2.021 1,77% 64.982 19 2.032 1,48% 77.395 9 2.022 1,74% 66.110 20 2.033 1,46% 78.524 Fonte: SERENCO, 2013.

A projeção da população flutuante foi efetuada considerando-se vários fatores, entre eles os domicílios de uso ocasional, a capacidade dos hotéis e pousadas instalados, hóspedes em domicílios particulares permanentes, entre outros.

(19)

Para maiores informações vide produto 6. Obtiveram-se para as populações flutuantes os números apresentados na Tabela 3:

Tabela 3 - Total Pop. Flutuante.

ANO Sede Tamoios Total ANO Sede Tamoios Total

-1 2.012 151.999 51.371 203.370 10 2.023 185.869 72.413 258.282 0 2.013 154.947 53.223 208.170 11 2.024 188.843 74.218 263.061 1 2.014 157.899 55.083 212.982 12 2.025 191.816 76.000 267.816 2 2.015 160.851 56.957 217.808 13 2.026 194.789 77.747 272.536 3 2.016 163.804 58.833 222.636 14 2.027 197.757 79.461 277.218 4 2.017 166.753 60.718 227.470 15 2.028 201.500 81.436 282.936 5 2.018 170.351 62.836 233.187 16 2.029 204.478 83.067 287.546 6 2.019 173.315 64.721 238.036 17 2.030 207.459 84.656 292.115 7 2.020 176.275 66.596 242.871 18 2.031 210.102 86.055 296.158 8 2.021 179.237 68.460 247.697 19 2.032 212.741 87.391 300.132 9 2.022 182.201 70.307 252.508 20 2.033 216.197 89.000 305.197 Fonte: SERENCO, 2013.

Apresenta-se a Tabela 4, com as populações fixa (residente) mais a flutuante da Sede e do Distrito de Tamoios.

Tabela 4 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais

ANO Sede Tamoios Total ANO Sede Tamoios Total

-1 2.012 294.126 106.196 400.322 10 2.023 358.223 139.652 497.875 0 2.013 299.822 109.177 408.999 11 2.024 363.945 142.585 506.530 1 2.014 305.522 112.165 417.687 12 2.025 369.666 145.496 515.162 2 2.015 311.222 115.168 426.390 13 2.026 375.387 148.371 523.758 3 2.016 316.923 118.172 435.094 14 2.027 381.103 151.214 532.317 4 2.017 322.620 121.186 443.805 15 2.028 387.594 154.317 541.911 5 2.018 328.966 124.432 453.398 16 2.029 393.320 157.077 550.398 6 2.019 334.678 127.446 462.124 17 2.030 399.049 159.794 558.843 7 2.020 340.386 130.449 470.835 18 2.031 404.439 162.322 566.762 8 2.021 346.095 133.442 479.537 19 2.032 409.826 164.786 574.612 9 2.022 351.807 136.417 488.224 20 2.033 416.030 167.524 583.554 Fonte: SERENCO, 2013. 3. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

A construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o planejamento e a tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o estabelecimento de prognósticos. É importante ressaltar que a construção de cenários permite a integração das ações que atendam as questões financeiras, ecológicas, sociais e tecnológicas, estabelecendo a percepção da evolução do presente para o futuro.

(20)

A geração dos cenários permite antever um futuro incerto e como este futuro pode ser influenciado pelas decisões propostas no presente. Por isso, os cenários não são previsões, mas sim imagens alternativas do futuro que foram subsidiadas por um diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da comunidade expressas no processo construtivo do planejamento.

A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco conhecida no Brasil. Dos diversos planos municipais de Saneamento Básico consultados, poucos deles abordam, mesmo que superficialmente, o tema.

Entretanto, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2003, para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e fundamentos metodológicos práticos muito importantes, sendo utilizados como referência na construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários são interpretados da seguinte maneira:

 Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMSB, e,  Um cenário normativo, com o PMSB agindo como instrumento

indutor de ações planejadas e integradas entre si.

A técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento. Portanto, não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com tabelas, gráficos e fórmulas que limitem a intuição e a divagação por mais absurda que possa parecer. Não existe uma única forma de delinear cenários devido às peculiaridades de cada atividade ou região.

(21)

Entretanto, é necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que evite a dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 1 apresenta, de forma sucinta, a metodologia adotada.

Figura 1 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários Fonte: SERENCO, 2013

Neste contexto poderíamos resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O Município alcançará, no futuro (indefinido e utópico), a plena gestão dos sistemas; (ii) Previsível – crescimento urbano mais controlado do que hoje, e (iii) Normativo – crescimento urbano ordenado com a plena gestão dos sistemas.

Propõe-se o seguinte roteiro, num processo de aproximações sucessivas: a) elaboração do primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos, e utopias);

b) listagem exaustiva e aleatória das ameaças, oportunidades e incertezas;

c) análise da consistência, aglutinando semelhantes, identificando as mais críticas;

(22)

d) formulação de esboço do cenário previsível (tendência) resultado das ameaças e incertezas;

e) aponte de prioridades e objetivos que conduziram ao cenário normativo (possível e planejado);

f) seleção de objetivos e ações prioritárias, e,

g) reinício do processo quantas vezes forem necessárias.

A formulação de cenários consiste no exercício do livre pensamento, portanto, é necessário que não se perca o foco do principal objetivo contratual, que é a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB. O excesso de preciosismo ou a abertura de um leque imenso de alternativas e participações poderá conduzir a um estudo ficcional, sem aplicação prática, que consumirá um tempo de formulação, discussão, e aprovação, muito maior do que o requerido para elaborar o próprio PMSB, que é o objeto do presente contrato.

A construção de cenários dentro do Plano Municipal de Saneamento Básico será a mais objetiva possível, limitada a sua capacidade de intervenção, de forma a se tornar um instrumento eficaz de prevenção e remoção de obstáculos e, principalmente, no estabelecimento de prioridades.

O processo inicia (em cada etapa) com uma relação aleatória de ideias, desejos, ameaças, oportunidades e incertezas, as quais vão sendo gradativamente organizadas, aglutinadas, excluídas e priorizadas – processo indutivo. Também poderá seguir o caminho inverso, partindo da síntese do futuro desejado, o qual vai sendo gradativamente detalhado – processo dedutivo.

Do documento elaborado por Sérgio C. Buarque para o IPEA, em 2003, outro trecho explica com muita clareza a questão:

“... as metodologias de construção de cenários podem ser diferenciadas em dois grandes conjuntos distintos segundo o tratamento analítico:(a) Indutivo - os cenários emergem do particular

(23)

para o geral e, se estruturam pelo agrupamento das hipóteses, formando blocos consistentes que expressam determinados futuros..., surgindo por si mesmos como resultado da organização dos eventos, sem uma definição apriorística do desenho do futuro; (b) Dedutivo -... saindo do geral e indo para o particular, por meio de uma descrição do estado futuro que traduza a natureza básica da realidade.”

Após o esboço do cenário desejado tem início a etapa mais importante, que consiste na identificação das ameaças e incertezas que poderão dificultar ou até impedir o alcance deste futuro desejado. Ainda segundo BUARQUE, 2003:

“A essência do trabalho de construção de cenários concentra-se, portanto, em dois grandes momentos fundamentais: a identificação das incertezas críticas e a formulação das hipóteses.”

Não basta elaborar uma lista detalhada de ameaças, é preciso compará-la com a lista de oportunidades (regulação existente, ações e projetos em andamento, recursos disponíveis ou contratados, alternativas já aprovadas pela população, etc.). Deste confronto surgirá uma lista depurada de ameaças ou incertezas aglutinando as semelhantes, eliminando as sem plausibilidade ou sem relevância. O passo seguinte define as mais críticas e relevantes, o que é feito através de matrizes ou tabelas, e a adoção de graus de avaliação. Sugerem-se três graus de relevância: A – alta, M – média e, B – baixa.

Isto posto, conforme já mencionado, o momento mais importante na definição de cenários é a identificação das ameaças críticas de maior relevância e de maior incerteza extraídas do diagnóstico, PRODUTO 4.

A identificação de oportunidades é importante para que na próxima etapa seja possível quantificar e qualificar as ameaças. Definem-se as ameaças críticas mais relevantes e mais incertas e consequentemente as ações prioritárias.

(24)

Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização de tabelas e gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o modelo matemático será aplicado para a ponderação das ameaças críticas relativas à Construção dos Cenários do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município. As notas adotadas para a relevância e para a incerteza são as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01 para Baixa. A prioridade (P) é definida pela multiplicação de relevância (R) e incerteza (I), (P=RxI).

Em vista do exposto, qual o caminho ou tipo de cenário a adotar? Indutivo ou dedutivo é uma decisão da equipe técnica de especialistas da Consultora SERENCO, já que isto irá se configurar somente após a realização das consultas públicas programadas ao longo da construção do PMSB.

A teoria de montagem de cenários tem demonstrado que o caminho adotado não se identifica a priori sem as consultas públicas. Quando um caminho não traz os resultados desejados, tenta-se outro. É preciso entender que Cenários são um exercício livre de pensamento a ser ajustado a cada passo. É importante salientar que a Consultora propõe uma tecnologia de construção de cenários para alcançar os resultados desejados, e cabe a ela, portanto, total responsabilidade no caminho adotado. A função da Contratante INEA será o de analisar e debater os resultados alcançados com os participantes das consultas públicas.

Desta forma, a identificação do caminho a ser adotado somente se dará quando da conclusão dos trabalhos relativos a Construção dos Cenários para o PMSB do Município, os quais serão submetidos à análise por parte do grupo local de técnicos responsáveis pelo acompanhamento dos trabalhos e pelo INEA.

(25)

3.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e compatível com a situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de desenvolvimento da cidade. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas com maior facilidade.

De acordo com esta classificação é possível estruturar a situação dos Municípios, conforme segue:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento do Município.

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem ser explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características: técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.

(26)

A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico) nestas três categorias, visando a montagem dos cenários, identificando as ações prioritárias e as tomadas de decisões.

A aplicação do CDP abre o caminho para aplicação da metodologia proposta para construção dos Cenários Futuros para Araruama.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão:

- primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;

II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica; - segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do produto das Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Sendo os índices de relevância e incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas, e, IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo que mais pontuou, para o que menos pontuou.

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA Alta = 05 Média = 03

(27)

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA e ESGOTAMENTO SANITÁRIO

4.1 INTRODUÇÃO

Como forma de nortear as propostas para os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, será utilizada como base a Lei 11.445 de 5 de janeiro de 2.007. Através dos princípios fundamentais contidos na legislação, percebe-se a necessidade dos sistemas atingirem a totalidade da população, sabendo-se que, para isso, deve-se prever um espaço de tempo (metas graduais) e que nem todos receberão os serviços da mesma forma, mas todos devem ser atendidos de forma adequada. Quanto ao sistema de abastecimento de água, o PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico) trata como atendimento adequado o fornecimento de água potável por rede de distribuição, com ou sem canalização interna, ou por poço, nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem intermitência prolongada ou racionamentos, mostrando as diferentes formas de atendimento à população. Para o sistema de esgoto a atendimento adequado se dá por coleta seguida de tratamento ou o uso de fossa séptica, também de acordo com o PLANSAB. Um exemplo para estes sistemas de que nem toda a população receberá o serviço da mesma forma é que, em alguns pontos, ocorrerão sistemas coletivos (onde há maior adensamento populacional) enquanto que em outros as soluções deverão ser individuais. Quanto à forma de coleta dos sistemas coletivos de esgotamento sanitário, a tendência e a vontade de todos os envolvidos (Poder Concedente, população e Concessionárias), é que seja através de redes separadoras absolutas. Mas para que isso se torne realidade, deve-se prever, ou ao menos elencar alternativas de recursos para a sua execução.

Segundo a Lei 11.445 (2007, artigo 29) “Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços;” Pelo texto da

(28)

Lei, basicamente o sistema deve ser equilibrado entre o que se arrecada e o que se gasta com sua operação e os investimentos necessários à ampliação progressiva para se chegar à universalização, assim como o sistema de abastecimento de água. No caso em questão do Município de Cabo Frio, este está inserido em uma prestação de serviços regionalizada, junto com outros quatro Municípios quanto aos sistemas de abastecimento de água (Iguaba Grande, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo) e outros três quanto ao esgotamento sanitário (Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Armação dos Búzios).

Portanto, além do que assegura a própria Lei 11.445 quanto ao equilíbrio econômico financeiro dos sistemas de água e esgoto, existe já um contrato de concessão vigente em que existem regras e condições para a prestação dos serviços deste sistema e também condições de equilíbrio econômico financeiro, tais como, valores de tarifas e de investimentos ao longo do período de concessão. O equilíbrio econômico-financeiro do contrato vigente está assegurado considerando as obras constantes no 3º Termo Aditivo, que são todas as necessárias para o atendimento das metas contratuais, segundo os próprios Termos Aditivos e a Segunda Revisão Quinquenal.

4.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA\

O estudo sobre este sistema será iniciado através das demandas, especificamente para Cabo Frio, mas também para a área da concessão como um todo.

Todos os estudos apresentados serão separados conforme a divisão territorial de Cabo Frio em distritos (Sede e Tamoios), desta forma facilitando a visualização das necessidades destas duas áreas separadamente.

Os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande são abastecidos pela Represa de Juturnaíba. Além

(29)

disso, a Represa de Juturnaíba também é o manancial de abastecimento de outros 3 Municípios (Araruama, Saquarema e Silva Jardim), que são abastecidos por outra concessionária, mas que se utilizam do mesmo manancial. Portanto, as demandas destes outros 3 Municípios também interessam a todos os outros quanto à disponibilidade hídrica deste manancial, já que não se vislumbram outras fontes de abastecimento na região.

Sobrepondo-se os setores censitários com o Plano diretor, existiam no ano de 2010 menos de 300 habitantes na área rural e, portanto, em áreas que não estão sob responsabilidade da Concessionária. Esta população deverá ser atendida com soluções individuais para o saneamento, conforme definição de solução adequada do PLANSAB.

Objetivos Gerais

I. Ampliação da produção e transporte de água tratada;

II. Promover a expansão da rede de abastecimento de água em consonância com o programa de universalização dos serviços;

III. Ampliação da reservação de água tratada;

IV. Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos estabelecidos;

V. Qualidade dos produtos (atendimento ao padrão de potabilidade da água distribuída definido pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde); VI. Continuidade e regularidade;

VII. Hidrometração, com manutenção de, no mínimo, 98% do total de ligações dotadas com hidrômetro em condições de leitura;

VIII. Controle de perdas de forma a atender a meta estabelecida na Segunda Revisão Quinquenal, conforme descrito no Produto 4;

IX. Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão;

(30)

Metas de atendimento

Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de concessão da Prolagos

Quanto à porcentagem de atendimento da população com o sistema de abastecimento de água, as metas vigentes da concessão são as constantes no 3.º Termo Aditivo, conforme Tabela 05.

Tabela 5 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual)

ANO Água 3 (2.001) 80% 8 (2.006) 83% 13 (2.011) 90% 20 (2.018) 94% 25 (2.023) 98% 43 (2.041) 98% Fonte: 3.º Termo Aditivo - Prolagos, 2011

As metas existentes dizem respeito à área de concessão como um todo Comparando-se a quantidade de economias residenciais existentes no ano de 2.012 informada pela Prolagos e o número de domicílios totais estimados também para o ano de 2.012 (projeção feita pela Serenco no produto 6), pode-se calcular o nível de atendimento atual com o sistema de abastecimento de água do Município de Cabo Frio e também da área de concessão.

Tabela 6 - Níveis de Atendimento (2012)

(31)

Desta forma conclui-se que o nível de atendimento atual está abaixo do estipulado contratualmente, nível este que deverá ser atendido com as ações propostas no presente PMSB. Pelas obrigações legais vigentes, o atendimento de 98% da população urbana dos Municípios participantes da concessão aconteceria somente no ano 2.023. Deve-se ressaltar que a obrigação é que o atendimento seja feito a 98% da população urbana total dos 5 Municípios participantes da concessão, não havendo a necessidade do índice de atendimento seja o mesmo para todos os Municípios.

Para o presente estudo de demandas foi proposta uma antecipação destas metas, fazendo com que o índice de atendimento de 98% da população urbana seja atingido já no ano 2.015. Esta antecipação trará ganhos óbvios para a população, que será atendida anteriormente ao previsto, mas os ganhos vão muito além do atendimento. Isto porque, já que a tarifa de água atual contempla também uma parcela para remunerar o sistema de esgoto, quando se amplia o atendimento com abastecimento de água, esta parcela referente ao sistema de esgoto se mantém, melhorando o resultado do atual fluxo de caixa de concessão e fazendo com que exista a possibilidade de maiores investimentos. Este ganho terá que ser estudado e calculado nas próximas revisões quinquenais, realizadas pela Agenersa, assim como o destino destes recursos. Deve-se levar em conta também que a Concessionária terá que antecipar investimentos não previstos em seu atual plano de negócios.

PLANSAB

De acordo com a proposta do PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico), o atendimento adequado quanto ao sistema de abastecimento de água é através de rede de distribuição (com ou sem canalização interna) ou por poço, nascente ou cisterna (com canalização interna). A opção por poço será proposta para as regiões menos adensadas (geralmente áreas rurais). No documento referido foram definidas metas de atendimento para as diversas regiões do País, conforme a seguir.

(32)

Tabela 7 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)

Fonte: PLANSAB, 2013

Para o Sudeste consta um valor de 98% de atendimento, para o ano de 2.015, dos domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente. Este valor sobe para 99% em 2.020 e 100% em 2.030.

(33)

Tabela 8 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação (em %)

Fonte: PLANSAB, 2013

Olhando novamente para o indicador A1, os números para o Estado do Rio de Janeiro são: 97% de atendimento para o ano de 2.015, 100% em 2.020 e 100% em 2.030. O atendimento atual por poço é de difícil mensuração, até porque não se consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua existência. Por este motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são menos adensadas e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica prejudicado o estudo e confecção de cronograma físico-financeiro das ações para a universalização.

A premissa utilizada para o cálculo do índice de atendimento da população da área de concessão será apenas aquela atendida com rede de distribuição.

(34)

Quanto à gestão dos serviços, também existem algumas metas a serem seguidas, conforme Tabela 9.

Tabela 9 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País (em %)

Fonte: PLANSAB, 2.013

Demandas

A base para o estudo de demandas é a projeção populacional, que foi tema do produto 6 deste Plano. A partir da população estimada foram utilizadas algumas premissas para o cálculo das demandas do sistema de abastecimento de água:

 Simultaneidade de 70% da população flutuante;

 Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª revisão quinquenal da Prolagos;

 Coeficiente K1 = 1,2 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo aos dias de maior consumo, em geral em função das condições climáticas (dias quentes do ano);

 Coeficiente K2 = 1,5 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo às horas de maior consumo dentro do dia, dado pela coincidência de uso intenso da água (banho e cozinha).

 Reservação de água tratada necessária = 1/3 do consumo diário (dia de maior consumo);

(35)

A população projetada, conforme as premissas listadas anteriormente, com horizonte de planejamento de 20 anos, resultaram nas Tabelas a seguir.

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas de Cabo Frio (Sede)

(36)

Tabela 11 – Projeção de população para cálculo de demandas de Cabo Frio (Tamoios)

(37)

Tabela 12 – Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de Concessão da Prolagos

Fonte: SERENCO, 2013

Antes ainda do cálculo das demandas, utilizou-se o conceito de população equivalente, isto porque toda a projeção populacional serve de base para o cálculo do consumo doméstico ou residencial. Para conhecer a parcela de consumo não residencial consideramos a representatividade do numero de economias residenciais no total de economias do sistema (aproximadamente 95% para o distrito Sede e 98% para Tamoios, conforme dados do produto 4). A partir dessa constatação, projetou-se a população equivalente a partir das economias totais resultando na população de projeto.

(38)

Tabela 13 – Projeção de população de projeto de Cabo Frio (Sede)

(39)

Tabela 14 – Projeção de população de projeto de Cabo Frio (Tamoios)

(40)

Tabela 15 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da Prolagos

Fonte: SERENCO, 2013

A seguir apresentam-se os valores considerados, para o cálculo de demandas, do consumo per capita e do índice de perdas, extraídas da segunda revisão quinquenal do Contrato de Concessão.

(41)

Tabela 16 – Consumo per capita e índice de perdas

Fonte: 2.ª Revisão Quinquenal - Prolagos, 2010

Fazendo referência ao produto 4, o índice de perdas informado pela Concessionária está em torno de 33%, índice abaixo do determinado como meta.

Quanto ao consumo per capita, foi feito um estudo específico para cada Município e também para a área de concessão como um todo com o seguinte método: a partir das informações disponibilizadas pela Concessionária dos consumos medidos mensais e do número de economias ativas, foi possível produzir as tabelas a seguir. As economias residenciais foram estimadas, já que esta informação não existia nos arquivos recebidos, através da correlação entre o número de economias residenciais em relação ao total de economias, por Município, em alguns meses conhecidos.

(42)

Tabela 17 – Consumo per capita (Sede) Mês Consumo medido (m3) Economias ativas Economias residenciais Cons. Medido / economia (m3/eco.mes) Habitantes / domicílio Per capta (l.Hab/dia) Ano 2.010 (média) 537.756 54.896 52.080 10,32 3,45 98,76 Ano 2.011 (média) 546.163 57.816 54.850 9,99 3,45 95,34 Ano 2.012 (média) 597.228 62.190 59.000 10,17 3,45 96,95 Fonte: Prolagos, 2012

Tabela 18 - Consumo per capita (Tamoios)

Mês Consumo medido (m3) Economias ativas Economias residenciais Cons. Medido / economia (m3/eco.mes) Habitantes / domicílio Per capta (l.Hab/dia) Ano 2.010 (média) 17.980 3.721 3.652 4,92 3,45 46,97 Ano 2.011 (média) 19.427 3.864 3.792 5,13 3,45 48,83 Ano 2.012 (média) 23.729 3.982 3.908 6,07 3,45 57,89 Fonte: Prolagos, 2012

Tabela 19 – Consumo per capita – resumo

Fonte: SERENCO, 2013

Os pontos críticos do sistema de abastecimento de água, pela atual situação levantada no diagnóstico, e por este sistema ser interligado a todos os Municípios pertencentes à concessão, são a produção e o transporte de água tratada, sendo gerais a todos os Municípios.

Por este motivo, o consumo per capita geral de concessão é o número correto a ser utilizado para os cálculos de demandas. Na Tabela 19 nota-se que os valores calculados mostram-se invariavelmente menores do que os utilizados

(43)

no documento da Segunda Revisão Quinquenal, com exceção de Armação dos Búzios.

Este fato pode ser explicado pela demanda reprimida, já que o abastecimento é feito por manobras.

Por estes motivos, será utilizado o valor contido na Segunda Revisão Quinquenal, por este ser um número de maior consumo per capita e apresentar maior margem de segurança. Para os projetos de distribuição de cada Município, deverão ser utilizados os valores de consumo per capita municipais, o que não será objeto do presente PMSB.

A partir de todas estas considerações, seguem os valores calculados de demandas para Cabo Frio e para toda a área de concessão da Prolagos.

(44)

Tabela 20 - Demandas do sistema de água para Cabo Frio (Sede)

(45)

Tabela 21 - Demandas do sistema de água para Cabo Frio (Tamoios)

(46)

Tabela 22 - Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos

(47)

Quanto à reservação, utilizando-se da premissa de reservar 1/3 do consumo diário (dia de maior consumo), chega-se ao seguinte quadro de capacidade de reservatórios necessária.

Tabela 23 - Reservação necessária em Cabo Frio (Sede)

(48)

Tabela 24 – Reservação necessária em Cabo Frio (Tamoios)

(49)

Tabela 25 – Reservação necessária na área de concessão da Prolagos

Fonte: SERENCO, 2013

Disponibilidade hídrica

Para que possamos comparar a necessidade da população que se abastece da Represa de Juturnaíba e a sua capacidade em fornecer água, devemos ainda somar às demandas anteriormente calculadas para toda a área de concessão da Prolagos, também os Municípios que fazem parte da concessão da Concessionária Águas de Juturnaíba, a saber: Araruama, Saquarema e Silva Jardim.

Como o Plano Municipal de Saneamento Básico também está sendo feito para estes 3 Municípios, foram feitas as projeções populacionais conforme o mesmo padrão mostrado anteriormente e os resultados de demandas para esta outra área seguem na Tabela 26.

(50)

Tabela 26 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ

Fonte: SERENCO, 2013

Deve-se levar em conta alguns distritos de Silva Jardim que não estão na área de influência da concessão da CAJ, que têm uma demanda somada de 14 l/s, mas que também deverão se abastecer de afluentes da Represa de Juturnaíba. Somando-se estas demandas, chega-se a uma necessidade de retirada de 3.996 m³ no ano 2.033. De acordo com o estudo disponibilizado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João, desenvolvido por Hora et al. (2008) e Noronha (2009), existe a disponibilidade de retirada de, levando-se em conta os outros usos dos mananciais (como a atividade agrícola), 2.000 l/s adicionais considerando as atuais retiradas autorizadas de 150 l/s (CEDAE – Rio Bacaxá), 1.100 l/s (CAJ) e 1.200 l/s (Prolagos).

Portanto, para as concessionárias CAJ e Prolagos, existe a disponibilidade de retirada de 4.300 l/s, considerando que não haverá aumento da necessidade de uso da CEDAE para o Município de Rio Bonito. Concluímos que, pelo estudo realizado, existe capacidade no manancial (Represa de Juturnaíba) para atendimento da população das áreas de concessão da Prolagos e da

(51)

CAJ, mas que esta está quase no limite. Desta forma, este manancial não poderá servir de fonte para outras regiões do Estado, a não ser que novos estudos comprovem o contrário.

Cenários

Como o contrato de concessão em vigor já preconiza o atendimento de 98% da população da área de concessão com o abastecimento de água e propõe-se a antecipação desta meta para o ano de 2.015, os cenários desejado, previsível e normativo são os mesmos. A seguir serão listadas as ações necessárias para se atingir este cenário.

A área correspondente aos 2% da população que não será atendida pela Concessão deverá ser atendida, assim como a área não concedida (zona rural), por soluções individuais, conforme preconiza o PLANSAB como atendimento adequado. Nos documentos da Concessão esta área não está demarcada, mas para efeito de estimativas, esta demarcação foi feita, com base na população do Censo 2.010, levando-se em conta a área menos adensada do Município.

Sistematização das informações

(52)

Tabela 27 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades Setor C D P Fator A ba s tec ime nto de ág u a

Existência de contrato de concessão em vigor

Distância entre o manacial de água bruta e os centros consumidores Padrão de potabilidade - Portaria 2.914 do MS

Elevada sazonalidade da população Elevado valor da tarifa cobrada

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Baixa dendidade populacional na área rural

Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Distribuição feita através de manobras

Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Capacidade de reservação de água tratada insuficiente Qualidade da água bruta

Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba

Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural Existência de agência reguladora definida

Investimentos feitos pela concessão no sistema Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João Existência do Comitê de Bacia

Possibilidade de atendimento da área rural com soluções individuais

Tabela 28 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão

Item Ameaças Oportunidades

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e Federais

II Falta de planejamento e fiscalização

da Prefeitura Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 III Distribuição feita através de manobras PMSB prevendo aumento de produção e

transporte de água tratada IV

Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para

atendimento da demanda atual e futura

Disponibilidade hídrica

V

Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água tratada

VI Capacidade de reservação de água

tratada insuficiente Necessidade de reservação de 1/3 do consumo diário VII Qualidade da água bruta Padrão de potabilidade do MS (Portaria 2.914) e

existência do Comitê de Bacia VIII Necessidade de intervenções na

Represa de Juturnaíba Existência do CILSJ e Comitê de Bacia IX Falta de grupos geradores de energia

elétrica nas principais unidades

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo continuidade e regularidade

X Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo universalização

(53)

Tabela 29 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

Ações necessárias Sistema produtor

Considerando que a capacidade atual instalada da ETA Prolagos é de 1.200 l/s e, em todo o sistema, existe apenas mais uma unidade de tratamento (ETA Tamoios) com capacidade de 42 l/s, chega-se a conclusão que o sistema como um todo está defasado em relação às demandas estimadas para 2.013. Se considerarmos que deve haver capacidade instalada para atendimento ao dia de maior consumo, para final de plano (2.033) o sistema como um todo deverá ser expandido em cerca de 1.250 l/s, escalonada em dois módulos, sendo o primeiro com capacidade de 1.000 l/s a ser implantado de forma imediata (ano 2.014) e o segundo com capacidade de 250 l/s a ser implantado no ano 2.026.

Devido à configuração física do sistema existente, aliado ao forte desenvolvimento do distrito de Tamoios no município de Cabo Frio, propõe-se que o novo sistema produtor a ser implantado deve ser locado de forma a captar água bruta no Rio São João à jusante da represa de Juturnaíba, conforme Figura 2. Com esta configuração e com as demandas calculadas para final de plano, o sistema atual (produtor e adução existentes) ficaria responsável pelo atendimento dos Municípios de Iguaba Grande, São Pedro da

(54)

Aldeia, Arraial do Cabo e parte do distrito sede de Cabo Frio, enquanto que o novo sistema produtor seria responsável pelo abastecimento do Distrito Tamoios, Armação dos Búzios e parte do distrito sede de Cabo Frio.

Esta proposta avaliou a redução da extensão e consequentemente dos custos de implantação de novas adutoras e substituição da grande maioria dos equipamentos de bombeamento para a adução até os centros de consumo, já que o atual sistema está próximo de sua capacidade limite. A locação desta nova unidade de tratamento dependerá de estudos detalhados para se determinar o local mais próximo possível dos centros consumidores, mas que não seja inviabilizado pela língua salina que penetra o Rio São João.

Para efeito de estimativas de investimento, foi escolhido um local, em relação à influência da língua salina, que pode ser considerado conservador.

Figura 2 - Proposta de locação do novo sistema produtor Fonte: Google Earth, 2013

Quanto aos custos desta nova unidade, eles foram estimados em R$ 40.000,00 (base janeiro/2013) para cada l/s de capacidade instalada, ou seja, será

(55)

necessário um investimento de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões) no ano 2.014 e mais R$ 10.000.000,00 (dez milhões) no ano 2.026.

O valor de R$ 40.000,00 por l/s para investimentos em ETAs foi uma estimativa da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo similaridade de características, tais como: nova unidade em local sem nenhuma infra-estrutura e unidade com capacidade superior a 500 l/s.

(56)

Referências

Documentos relacionados

O Produto E apresentará os Programas, Projetos e Ações aprovados para os quatro eixos do saneamento básico (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,

a) Site oficial da internet da Prefeitura Municipal, conforme determina o §2º do Art. 26 da Lei № 11.445/2007, em página a ser criada especialmente para este fim, com atualização

Segundo Sundfeld (2005), era necessário permitir a aplicação da lógica econômico- contratual da concessão tradicional a outros objetos que não a exploração de serviços

A análise e diagnóstico efetuado pela comunidade na primeira oficina de leitura comunitária indica situação crítica em relação à prestação de serviços de

Diferentemente de outros serviços que compõe o saneamento básico, isto é, água, esgotos e resíduos sólidos, o manejo das águas pluviais, também conhecido por drenagem

A análise e diagnóstico efetuado pela comunidade na primeira oficina de leitura comunitária indica situação crítica em relação à prestação de serviços de

São apresentados a seguir objetivos, metas e prazos propostos para universalização da cobertura do sistema de abastecimento de água

A seguir são apresentadas ações de emergência e contingência a adotar para os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e