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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MILHO (Zea mays L.)*

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES

DE MILHO (Zea mays L . ) *

P.F. M e d i n a * * J.Marcos Fo* * *

RESUMO: Dez lotes de sementes de milho dos

cultivares AG-401 e A G - 1 6 2 , após tratamento com fungi¬ cida + inseticida, foram armazenados por 18 meses (maio/ 1984 a n o v e m b r o / 1 9 8 5 ) , em condições normais de ambien-te, em Piracicaba, SP. Periodicamente conduziram-se testes de germinação, envelhecimento artificial e de frio com e sem solo. Cinco testes de emergência de plântulas em campo foram instalados dentro da época r e

-comendada para semeadura do m i l h o , no Estado de São Paulo. Os resultados indicaram q u e , dentre os utiliza-dos nesta pesquisa, os testes de frio com solo e o de envelhecimento artificial são os que se relacionam com maior eficiência à emergência de plântulas em campo e com o potencial de armazenamento de sementes, além de identificarem diferentes níveis de vigor dos lotes avaliados. 0 teste de frio sem solo detecta apenas d i f e -renças acentuadas de qualidade das sementes. Consta-tou-se, ainda, que a avaliação do vigor através da com¬ binação dos resultados dos diferentes m é t o d o s , p r e v i a -mente ao início do armazenamento, é fundamental na

* Parte da dissertação de Mestrado em Fitotecnia da primeira autora, apresentada a ESALQ/USP em 1988. ** Sistema de Produção de Sementes do Instituto A g r o

-nômico (IAC) - 13.001 - C a m p i n a s , SP.

*** Departamento de Agricultura da E.S.A. "Luiz de Quei¬ roz" da Universidade de São Paulo - 13.400 - Pira¬ cicaba, SP. Bolsista do CNPq.

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identificação de lotes de sementes de elevada qualida-de fisiológica, que poqualida-derão ser armazenados por perío-dos prolongaperío-dos em condições normais de ambiente.

Termos para indexação: Zea mays, sementes,

ger-m i n a ç ã o , v i g o r , envelheciger-mento a r t i f i c i a l , teste de

f r i o , armazenamento.

C O M P A R I S O N OF METHODS FOR EVALUATION OF THE

PHYSIOLOGICAL QUALITY AND STORABILITY

OF MAIZE SEEDS

ABSTRACT: Ten maize seed lots, representing two

cultivars ('AG-401' and 'AG-162') were treated with fungicide + insecticide and stored under normal environmental c o n d i t i o n s , during 18 months (from M a y / 1 9 8 4 to N o v e m b e r / 1 9 8 5 ) . The laboratory studies, conducted at three month invervals, consisted of g e r m i n a t i o n , accelerated aging and cold test (with and without the use of soil as s u b s t r a t e ) ; field study comprised seedling field emergence. Results indicated that cold test with the utilization of soil and accelerated aging showed the greatest efficiency for identifying seedling field emergence potential, storability and separation of maize seed lots in different vigor levels. The utilization of a combination of several tests for vigor evaluation is a fundamental procedure to be done before seed storage.

Index terms: Zea mays, s e e d s , germination,

v i g o r , accelerated aging, cold test, storability.

INTRODUÇÃO

Pesquisas direcionadas a comparação da eficiên-cia de m é t o d o s , para avaliação da qualidade fisiológica

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de sementes de m i l h o , sao escassas em nossas condições. 0 teste padrão de germinação é universalmente aceito, apresentando resultados reproduzíveis, face a uma metodologia padronizada, fornecendo informações quan to ao valor das sementes para semeadura (Association of Official Seed Analysts/AOSA, 1 9 8 3 ) ; porém, devido as condições ideais de temperatura e u m i d a d e , em que é realizado, nao se relaciona eficientemente com emergên-cia de plantulas em campo (DELOUCHE, 1976) ou com o potencial de armazenamento (DELOUCHE & BASKIN, 1 9 7 3 ) .

De fato, segundo MORA & ECHABDI (1976) a queda no vigor das sementes pode ser observada antes do d e -créscimo do poder germinativo, de modo q u e , de acordo com a AOSA ( 1 9 8 3 ) , quanto mais distante da perda da c a -pacidade de germinação (última etapa do processo degene rativo) estiver o parâmetro identificado por um teste de v i g o r , maior serã a sensibilidade deste teste, complementando as informações obtidas no teste de g e r m i -nação. Ainda, condições de estresse qualitativamente diferentes podem inverter os méritos de um lote de se-mentes, ou seja, um lote pode ser mais vigoroso em um aspecto do que em outros (HEYDECKER, 1 9 6 5 ) .

Dentre os testes de vigor considerados mais im-portantes, simultaneamente pela The International Seed Testing Association ( I S T A ) , em 1 9 8 1 , e pela A O S A , em

1983, encontram-se o teste de frio e o de envelhecimen-to acelerado (CARVALHO, 1 9 8 6 ) .

Entretanto, o principal entrave a padronização do teste de frio é a dificuldade de obtenção e m a n u t e n -ção de solo com popula-ção de microrganismos e caracte-rísticas físicas e químicas uniformes (CROSIER, 1958; HOOKS & ZUBER, 1963 e T A O , 1 9 8 0 ) . Assim, BURRIS & NAVRATIL (1979) sugeriram a eliminação do solo, considerando que grande parte da resposta a este teste d e v e se ao estresse provocado pela temperatura de 10°C. A i n d a , MORENO (1986) relatou severidade excessiva, com r e -lação ã capacidade germinativa das sementes, quando se empregava solo nesse teste.

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GRABE (1976) ressaltou a eficiência do teste de envelhecimento artificial para indicar o potencial de emergência de plântulas em campo. Embora, vários fato-res possam contribuir para falta de consistência de re-sultados (MARCOS FILHO et alii , 1 9 8 7 ) , este teste está mais padronizado do que o teste de frio; ainda, maior uniformidade de resultados pode ser obtida, empregando-se o método do "gerbox", recomendado pela AOSA (TAO, 1979; FRATIN & MARCOS FILHO, 1 9 8 4 ) .

Apesar de diversas pesquisas com sementes de m i -lho terem incluído esses testes, há poucas informações sobre a eficiência de tais métodos. Desta forma, este trabalho teve como objetivo compará-los quanto â ava-liação da qualidade fisiológica das sementes, tendo-se como meta a identificação dos potenciais de conservação das sementes e de emergência de plântulas em campo.

MATERIAL E MÉTODOS

0 presente trabalho foi conduzido no Laboratório de Sementes e no Campo Experimental do Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, durante os anos de 1984 a 1985. Utiliza-ram-se sementes de milho de cinco lotes do híbrido 'AG-401' e de cinco do 'AG-162', cedidos por Sementes AGRO-CERES S.A., unidade de Santa Cruz das Palmeiras, SP, safra 1983/1984. Diferenças entre qualidade de lotes provavelmente resultaram de variações das condições lo-cais de produção.

Após a recepção de cada lote, entre os meses de maio e junho, efetuou-se o tratamento de sementes com a mistura de fungicida Captan 75 e inseticida Deltametri-na 2,5% + butõxido de piperonila 10% (5,5ml/kg de se-m e n t e s ) . Ese-m seguida cada lote foi hose-mogeneizado ese-m di-visor de solos, acondicionado em saco de papel 'Kraft'

e armazenado em condições normais de ambiente do Labo-ratório de Análise de Sementes do LAG/ESALQ/USP, de agosto de 1984 a novembro de 1985.

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Os testes foram conduzidos em cinco épocas de-signadas por: E i (agosto - setembro/1984), E 2 (dezem-bro/1984 - j a n e i r o / 1 9 8 5 ) , E 3 (abril/1985), E4 (julho/

1985) e E5 (outubro/1985).

1. Germinação: conduzida com quatro repetições

de cinqüenta sementes por lote, em rolos de papel Ger-mitest, sob temperatura constante de 28 ± 1°C. As por-centagens de plantulas normais foram determinadas aos sete dias após a semeadura.

2. Envelhecimento artificial: também conduzido com quatro repetições de 50 sementes por lote em "ger-box" funcionando como mini-câmaras, como foi proposto por TAO (1980); colocaram-se 40ml de igua no fundo de cada mini-câmara, que a seguir foi mantida em incuba-dora a 42°C, durante 96 horas. A germinação posterior foi avaliada no quarto dia, sob as condições descritas no item anterior.

3. Teste de frio com solo: efetuado com quatro repetições de 40 sementes, semeadas em recipientes piás ticos (60cm x 30cm x 10cm) sobre uma camada de 7cm de espessura de uma mistura de 2/3 de areia e 1/3 de solo (proveniente de área recémcultivada com m i l h o ) e u m i -dade ajustada para 6 0 % da capaci-dade de retenção. As sementes foram cobertas com uma camada de 2cm de m i s t u -ra. Os recipientes, tampados e vedados, foram mantidos em câmara a 10°C, durante 7 dias; vencido esse período, foram retirados da câmara e a porcentagem de plantulas normais, determinada após sete dias de permanência em condições de ambiente de laboratório.

4. Teste de frio sem solo: realizado de modo se-melhante ao teste de germinação; porém, antes de serem

inseridos no germinador, os rolos, colocados em r e c i -pientes plásticos e vedados, permaneceram a 10°C duran-te 7 dias. A germinação posduran-terior foi avaliada no quar to dia, sob as condições descritas em 1.

5. Emergência de plantulas em campo: conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco repetições de cinqüenta sementes por lote,

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espaçadas entre si de 0,04m e de 0,50m entre sulcos. 0 número de plantulas emersas foi avaliado no décimo quin to dia após a semeadura. Foram realizados cinco testes, dentro da época indicada para a semeadura do m i -lho (meses de outubro a dezembro de 1984 e outubro e no vembro de 1 9 8 5 ) .

Paralelamente aos testes de Laboratório, foram efetuadas determinações do grau de umidade das sementes e de infestação de gorgulhos para cada lote, de acordo com as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, M.A.; 1 9 7 6 ) .

Os dados obtidos no experimento foram analisados separadamente casualizado em parcelas subdivididas. As médias foram comparadas pelo método de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para o cultivar A G - 4 0 1 , a análise de variancia revelou valores de F significativos ao nível de 1% de p r o b a b i l i d a d e , quanto aos efeitos de L o t e s , Épocas e in teraçao Lotes x É p o c a s , para os dados dos testes de en-velhecimento artificial e de frio com solo; quanto aos efeitos de Lotes e de Épocas para os dados de emergên-cia de plantulas em campo e apenas quanto ao efeito de Épocas para os dados dos testes de germinação e de frio

sem solo.

Para o cultivar A G - 1 6 2 , a análise de variancia apresentou significãncia dos valores de F semelhante a v e r i f i c a d a para o 'AG-401', exceto para o teste de ger-m i n a ç ã o , onde os valores de F forager-m significativos ao

nível de 1% de probabilidade quanto aos efeitos de L o -tes, Épocas e interação Lotes x Épocas e para o teste de frio sem solo, quanto aos efeitos de Lotes e de Épo-cas .

Observando-se as Tabelas 1 e 2 verifica-se que as únicas alterações marcantes no teor de água das se-mentes ocorreram na quinta época (E^) , para todos os

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lotes, de ambos os cultivares. A redução na porcenta-gem de ãgua das sementes ocorreu devido â baixa umidade relativa do ambiente, nesta época.

0 grau de infestação de gorgulhos nao se m o d i f i -cou, durante o armazenamento, de forma que este fator nao influenciou as alterações de vigor encontradas du-rante o experimento.

1. Determinação do potencial de emergência de

plântulas em campo

Examinando-se as Tabelas 3, 4, 5, 6 e 7 referen-tes ao 'AG-401' e 8, 9, 10, 11 e 12 relacionadas ao

'AG-162', observa-se que o teste de frio com solo foi o que mostrou maior sensibilidade, apresentando m e l h o res relações com emergência de plântulas em campo e m e -lhor diferenciação de qualidade entre lotes. De fato, para o 'AG-401', os dois testes mencionados revelaram sunerioridade do Lote 5 em relação aos demais, sendo que o teste de frio com solo mostrou também tendência de inferioridade do Lote 4. Para o 'AG-162', ambos os testes revelaram superioridade do Lote 5 em relação ao Lote 4, deste em relação aos Lotes 1 e 3 e destes em re laçao ao Lote 2.

Vários pesquisadores também constataram a efi-ciência do teste de frio com solo, de acordo com AOSA (1983). Entretanto, como foi constatado por MORENO (1986), esse teste foi também o mais severo, reduzindo acentuadamente a capacidade germinativa das sementes, como se pode observar principalmente nas duas últimas épocas estudadas (E^ e E 5 ) para o 'AG-401' e na última

( E 5 ) para o 'AG-162', significando que as condições

im-postas âs sementes foram mais drásticas, inclusive em relação âs verificadas no campo.

Além disso, nesse trabalho, foi o teste que apre sentou maiores variações inexplicáveis entre repetições, fato evidenciado por coeficientes de variação mais ele-vados do que os verificados para os demais testes con-duzidos. Tal variabilidade, provavelmente, originou-se

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da utilização de solo, como foi comentado por CROSIER ( 1 9 5 7 ) , HOOKS & ZUBER,(1963)e TAO ( 1 9 8 0 ) .

De f a t o , a condução do teste de frio sem solo apresentou coeficientes de variação mais b a i x o s , m o s -trando maior uniformidade entre repetições. A i n d a , a ausência ou menor incidência de microrganismos prejudi-ciais no teste sem solo, tornaram menos severas as con-dições impostas âs sementes, reduzindo com menor inten-sidade a capacidade germinativa das m e s m a s . Isto tam-bém foi verificado por BURRIS & NAVRATIL (1979) e M O R E N O

( 1 9 8 6 ) . E n t r e t a n t o , para o 'AG-401', esse teste nao acusou superioridade do Lote 5 em relação aos d e m a i s , relacionando-se melhor com o teste de germinação, do que com a emergência de plântulas em campo; para o

'AG-162' identificou apenas o Lote de melhor qualidade (Lote 5) e o de qualidade mais baixa (Lote 2 ) , nao d i -ferenciando os de qualidade intermediária (Lotes 1, 3 e 4 ) .

0 teste de envelhecimento artificial mostrou-se ligeiramente menos sensível que o teste de frio com so-lo e maior consistência em relação ao teste de frio sem solo. Sua eficiência em refletir o potencial de emer-gência de plântulas em campo foi relatada por GRABE

(1976) e AOSA ( 1 9 8 3 ) . Porém, na presente pesquisa, p a -ra o cultivar A G - 4 0 1 , deixou de apresentar a superio-ridade do Lote 5 e acusou inferiosuperio-ridade do Lote 4 em to das as épocas. Entretanto, esta última informação, ape sar de nao verificada em condições de campo, foi suge-rida n a m a i o r i a das épocas pelo teste de frio com solo e, ao final do período de armazenamento pelos testes de germinação e frio sem solo. Quanto ao 'AG-162', na pri m e i r a é p o c a , o envelhecimento artificial indicou apenas a inferioridade do Lote 2; porem, durante o período res tante do armazenamento, diferenciou os Lotes n a seguin-te ordem d e c r e s c e n t e , em relação a qualidade: Loseguin-te 5, Lote 4, Lote 1, Lote 3 e Lote 2 , diferenciando assim, o Lote 1 do 3, fato nao verificado no campo, nem nos demais testes realizados.

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Embora haja fatores causadores de falta de con-sistência nos resultados do teste de envelhecimento ace lerado (MARCOS FILHO, 1 9 8 7 ) , os coeficientes de v a r i a -ção entre repetições foram menores para este teste do que para o de frio com solo, nao trazendo empecilhos de correntes da utilização de solo, o que está de acordo com DELOUCHE (1976). A i n d a , o emprego do método do "gerbox" recomendado pela AOSA deve ter contribuído de forma re]evante para o acréscimo de uniformidade entre resultados obtidos no teste de envelhecimento acelerado (TAO, 1979; FRATIN & MARCOS F I L H O , 1 9 8 4 ) .

0 teste de germinação mostrou diferenças de qualidade entre lotes; porém, isto ocorreu em épocas p o s -teriores em relação aos demais testes conduzidos, o que também foi constatado por MORA & ECHANDI ( 1 9 7 6 ) .

Deve-se salientar ainda, que os testes de emer-gência de plantulas em campo foram conduzidos em condi-ções próximas das ideais para emergência de plantulas de m i l h o , com exceção dos Testes 1 e 2 , em que a ãgua pode ter sido fator limitante, o que se comprova por me nores valores para todos os lotes, nesses testes.

2. Avaliação do potencial de armazenamento das

sementes

Nesta pesquisa, os testes de envelhecimento a r -tificial e de frio com ou sem solo detectaram queda no vigor anteriormente 1 observação de decréscimos da capacidade germinativa das sementes, fato também v e r i f i -cado por MORA & ECHANDI (1976).

Por outro lado, comparandose a eficiência d e s -ses métodos entre s i , verifica-se que a sensibilidade de les variou para os dois cultivares. Para o 'AG-401' os testes de envelhecimento e frio com solo detectaram que da de vigor para todos os lotes desde a segunda época

( E 2 ), enquanto que o teste de frio sem solo somente o

fez a partir da terceira época ( E 3 ). Por outro lado, para o 'AG-162' houve variação de sensibilidade, nao sõ com relação ao 'AG-401', mas inclusive entre l o t e s , de

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maneira que o envelhecimento artif icial revelou queda de qualidade dos Lotes 1, 3 e 4 da primeira (Ei) para a se gunda época (E£) e do Lote 2 a partir da segunda época

( E 2 ); p o r é m , nao acusou diferenças entre as épocas, p a

-ra o Lote 5. Entretanto, o teste de frio sem solo acusou médias decrescentes para todos os l o t e s , inclusive o Lo te 5, a partir da terceira época ( E 3 ) , enquanto que o teste de frio com solo também acusou médias decrescen-tes a partir da terceira época ( E 3 ) para os lotes 1, 2 e 3, mas apenas na quarta e quinta épocas para os lotes 4 e 5.

Tais variações de sensibilidade entre testes de vigor podem ser explicadas pelo comentário de HEYDECKER

(1965) , segundo o qual um lote de sementes pode ser v i -goroso em um aspecto, mas nao em o u t r o s , quando submeti-do a condições de estresse qualitativamente diferentes. Desta forma GRABE (1976) sugeriu a utilização de vários testes complementares para a condução de um programa completo para a avaliação do v i g o r .

CONCLUSÕES

A análise dos dados e a interpretação dos resul-tados do presente trabalho permitiram concluir que:

- Dentre os testes estudados, o de frio com solo e o envelhecimento artificial sao os que se relacionam com maior eficiência ã emergência de plântulas em campo e com o potencial de armazenamento das sementes, além de identificarem diferentes níveis de vigor dos lotes avaliados.

- 0 teste de frio sem solo permite caracterizar apenas diferenças acentuadas de qualidade das sementes.

- A avaliação do vigor através da reunião de in-formações proporcionadas por diferentes testes, antes do inicio do armazenamento, ê fundamental na identifica çao de lotes de sementes de elevada qualidade fisioló-g i c a , que poderão ser armazenados por períodos prolon-gados em condições normais de ambiente.

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Entregue para publicação em: 27/12/89 Aprovado p a r a publicação em: 02/08/90

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