Uma reunião na sede da Conmebol, a confederação sul-americana de fute-bol, realizada na noite de ontem, serviu para aprovar uma significativa mudan-ça no calendário do futebol da região.
A partir do ano que vem, a Copa Li-bertadores passará a ser disputada de fevereiro a novembro. Isso deve signifi-car um aumento no número de clubes participantes e, ainda, um incremento
na arrecadação com direitos de trans-missão e patrocínio à competição.
As mudanças foram aprovadas numa reunião entre departamentos de com-petição das dez associações membros da entidade sul-americana. Segundo a Conmebol, um estudo vinha sendo fei-to há diversos meses para criar o me-lhor calendário ao futebol da região do ponto de vista técnico e comercial.
Libertadores passará a ser
disputada por todo o ano
POR REDAÇÃO B O L E T I MNÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 603 QUARTA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO DE 2016
Imagem do troféu da Libertadores, que no ano que vem será disputada por todo
o ano, de forma paralela à Copa Sul-Americana; isso fará com que calendário da América do Sul
fique mais similar ao do futebol da Europa, reduzindo carga de jogos de times brasileiros O F E R E C I M E N T O
7.3mi
de dólares ganhou o
Atlético Nacional neste
ano pela conquista da
Libertadores; o valor a
ser pago para os times
deve aumentar em 2017
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O M E G A AT I VA
M I C H A E L P H E L P S
Maior medalhista olímpico, o nadador Michael Phelps inaugurou a exposição Planet Ocean na 41ª edição da Ryder Cup, nos EUA. Raynald Aeschlimann, presidente da Omega, e Phelps, patrocinado da marca cortaram a fita de inauguração do evento. Além disso, o nadador, que é golfista no tempo livre, arriscou algumas tacadas no torneio amador.
A marca ainda deu mais de 600 relógios personalizados do torneio.
PA L M E I R A S
A M P L I A A Ç Õ E S
Em 2016, o Palmeiras promoveu mais de 150 ações para aproximar ídolos do passado e presente do clube com seus torcedores. Entre os escalados para essas atividades estão Ademir da Guia, Edmundo, Evair, Marcos, Fernando Prass e Dudu.
Mais de 5.000 torcderos foram aos eventos. Recentemente, o Avanti passou a premiar associados inscritos no programa de sócio-torcedor, mas que nunca foram ao Allianz Parque.
F L U A C H A L O C A L
PA R A E S TÁ D I O
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, afirmou que o clube conseguiu um terreno próximo ao CT do time, na Barra da Tijuca, para ser a sede do novo estádio tricolor.
No evento em que promoveu o lançamento da candidatura de seu sucessor no cargo, Siemsen disse ter chegado a acordo com a prefeitura. Para ter o terreno, o projeto precisa ser feito. Isso, porém, será feito só pelo novo mandatário do clube.
“Após análise criteriosa das necessidades e características pró-prias do futebol sul-americano, decidimos adotar o calendário anual para a Libertadores. Por muito tempo os clubes tiveram que escolher entre o campeonato local e os torneios
continen-tais, e isso afeta a qualidade de ambas as competições. Essa mudança nos permitirá melhorar o desempenho esportivo nos torneios nacionais, proteger os jogadores e, além disso, poten-cializar a qualidade de jogo das copas continentais”, disse o pre-sidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, em comunicado.
A alteração também é uma tentativa da entidade de reduzir a insatisfação dos clubes participantes da Libertadores, especial-mente os brasileiros. Desde que estourou o escândalo de cor-rupção no futebol do continente, as contas da Conmebol têm sido vasculhadas. A Justiça do Uruguai já descobriu um rombo de quase 52% da arrecadação da entidade com o torneio. Isso gerou uma enorme pressão para aumento da premiação aos clu-bes, que ameaçaram romper e criar uma liga independente.
Pelo novo formato, a Libertadores passa a ser disputada em 42 semanas, o que amplia o descanso entre os jogos e deixa os clubes com mais tempo para preparar as equipes. A final do torneio, prevista para novembro, poderá ser em sede única, tam-bém com o objetivo de aumentar a arrecadação da Conmebol.
No próximo domingo, uma reunião em Assunção, na sede da entidade, servirá para definir o número de clubes por países no novo formato da Libertadores. A ideia é fazer com que dez clu-bes que forem eliminados do torneio antes das oitavas de final possam jogar a Sul-Americana, em modelo similar ao europeu.
WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR A modernização dos estádios
brasi-leiros para a Copa do Mundo gerou uma insatisfação generalizada entre os torcedores saudosos da experiência antiga do futebol. Há os saudosos do Maracanã antigo, que recebeu até 200 mil torcedores, e sua geral recheada de figuras folclóricas que davam um co-lorido especial ao jogo de futebol.
Ao aproximar o futebol do entrete-nimento, o estádio afastou as camadas mais desfavorecidas economicamente, seja com o preço de ingresso proibi-tivo, seja com transformações
estru-turais importantes, descaracterizando alguns dos principais estádios do país.
Surgiu assim a expressão “Ódio eter-no ao futebol modereter-no”. A mesma hashtag popularizou nas redes sociais em posts sobre proibição de faixas, ins-trumentos e sinalizadores nos estádios. No exterior, a Premier League se-guiu, na década de 90, a linha de inflacionar os ingressos para afastar os hooligans dos estádios. Com isso, também retirou das arenas os torcedo-res com menos recursos financeiros.
O caso mais recente é a proibição da
torcida do West Ham, clube da zona leste de Londres, de assistir aos jogos em pé. A diretoria quer capitalizar ao máximo com a capacidade de sua nova arena, o belo estádio Olímpico.
Parece que lá e cá ainda não foi en-contrado um meio-termo. O futebol é capaz de atrair diversos tipos de público. O desafio é agradar a todos. Com um pouco de boa vontade dos gestores a quem sempre encheu os es-tádios, essa tarefa não é impossível.
Gestor de estádio deve pensar
em agradar toda a torcida
Em iniciativa inusitada, o West Ham divulgou que pode expulsar de seu estádio torcedores que insistirem em assistir aos seus jogos em pé.
A medida foi tomada visando capitalizar ao máximo a capacidade do estádio Olímpico, usado nos Jogos de Londres 2012, que é de 66 mil torcedores. Por conta do problema, o clube tem vendido 57 mil ingressos por partida.
No antigo estádio de Upton Park, de 35 mil lugares, esse era o costume. Neste ano, o clu-be se mudou para o estádio Olímpico após a realização de uma série de reformas do espaço, que diminuiu a capacidade anterior, que era de 80 mil pessoas, e aumentou os camarotes.
Com a nova casa, o clube tem obtido
contí-nuos aumentos de público e renda, mas não consegue utilizar totalmente a capacidade da arena devido ao costume dos torcedores.
Para coibir a prática, o West Ham distribuiu folhetos explicativos no jogo contra o Sou-thampton, pedindo à torcida para ficar sentada nos jogos. Do contrário, poderão ser expulsos.
“Ficar de pé permanentemente na área dos assentos não está aprovado e, inicialmente, os seguranças pedirão aos clientes que se sentem. Os delinquentes reincidentes serão expulsos”, diz o texto, que foi muito criticado pela torcida.
Apesar disso, a nova casa tem gerado ótima média de público. O time é o terceiro que mais leva gente ao estádio no Inglês (56.938 por jogo).
West Ham diz que vai expulsar torcedor
que quiser assistir ao jogo em pé
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POR REDAÇÃO
O P I N I Ã O
POR ERICH BETING
diretor executivo da Máquina do Esporte
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
A aposta da ESPN de transmitir o Campeonato Inglês com exclusivi-dade na TV paga começa a mostrar resultado na audiência da emisso-ra. Após perder os direitos da Liga dos Campeões da Europa no ano passado para a Esporte Interativo, a emissora do grupo Disney deci-diu focar os esforços na aquisição exclusiva de um campeonato forte, para assim bater a concorrência.
Segundo dados do Kantar Ibope,
quem mais se beneficiou com a aposta foi o canal ESPN+, em HD.
Em agosto e setembro, dobrou a audiência do canal, na comparação com os mesmos meses do ano pas-sado, quando ainda a FOX exibia também as partidas do Inglês.
Na ESPN Brasil, o duelo entre os dois grandes de Manchester, Uni-ted e City, garantiu a liderança na TV paga entre o público-alvo: ho-mens entre 18 e 49 anos de idade.
“Em um curto período de tempo percebemos que a decisão de ad-quirir a exclusividade dos direitos de transmissão da Premier League foi acertada. O Campeonato Inglês cresceu 47% no comparativo com o início da temporada da temporada passada e é sem dúvidas um dos nossos produtos de maior interes-se”, afirma German Hartenstein, di-retor geral da ESPN no Brasil.
No pacote comprado da Premie-re League, a ESPN exibe 5 jogos por semana da competição, além de ter todas as 380 partidas do certame por meio do Watch ESPN, plataforma online da emissora.
A aquisição de direitos exclusivos sobre eventos tem sido a tendên-cia entre as emissoras de TV paga no Brasil recentemente. Com o aumento do interesse do público pelo futebol europeu, aumentou a disputa pelos direitos dos torneios.
O Inglês, porém, é o único que tem exclusividade. ESPN e Fox di-videm Alemão, Espanhol e Italiano. POR REDAÇÃO
Direitos exclusivos turbinam
audiência da ESPN no Inglês
Patrocinador principal da Fórmula 1, a cervejaria Heineken quer promover uma etapa da catgego-ria no Vietnã. O problema é que os novos donos da F-1 já sinalizaram que irão dar preferência para o retorno do evento aos grandes mercados.
O atual Mundial de F-1 conta com 21 etapas pelo mundo, mas a saída de alguns
patrocina-dores, bem como a crise econômica que afeta diferentes circuitos, poderão levar a alterações.
O país do sudeste asiático interessa comercial-mente à Heineken. Caso a etapa seja confirmada, o giro asiático se ampliaria, com uma etapa a mais nessa região, além das de Cingapura e Malásia, países relativamente próximos ao Vietnã.