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Ementa: 1. Metodologia:

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Academic year: 2021

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Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais

Curso de Direito

Direito Civil V – Direito das Coisas

1º. Semestre de 2010

Carga Horária: 75 horas

Professor: João Paulo de Faria Santos

Ementa:

A disciplina Direito das Coisas, termina o estudo do direito patrimonial como a quinta disciplina de Direito Civil, e tem por escopo o domínio dogmático e a discussão zetética dos direitos reais.

A centralidade do programa será nos institutos da posse e da propriedade, com a funcionalização constitucional dos mesmos, na linha da repersonalização do direito civil, paradigma jurídico atual dos direitos reais. Será conferida atenção a tese do estatuto jurídico do patrimônio mínimo (mínimo existencial patrimonial), a fim de inserir novos debates sobre o princípio da dignidade da pessoa humana na discussão civil e nas situações jurídicas patrimoniais.

O curso ainda discutirá todos os taxativos direitos reais sobre coisas alheias previstos no Código Civil, tentando discutir a autonomia do domínio e suas funções sociais específicas, por meio de casos práticos e situações jurisprudenciais e sumulares.

1. Metodologia:

1.1. Metodologia de Ensino

O primeiro instrumento pedagógico serão as aulas expositivas presenciais com apresentação do histórico dos institutos, da legislação pertinente e casos práticos e jurisprudenciais.

O segundo serão a viabilização de textos complementares e acórdãos polêmicos para leitura e discussão.

O último e principal instrumento pedagógico será um blog na internet, disponibilizado no endereço http://direitosreais.wordpress.com , no qual se estruturarão os fóruns de debates sobre os textos lidos e ainda informações e comentários sobre as aulas ministradas.

1.2. Metodologia de Avaliação

Duas avaliações escritas, aplicadas ao longo do semestre. As avaliações serão individuais, e não será permitida qualquer consulta a fonte bibliográfica ou legislativa durante sua realização.

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A utilização de quaisquer materiais proibidos ou quaisquer outros métodos de fraudar o certame terá a implicação de menção SR aos alunos implicados. Os testes aplicados para avaliar o desempenho da turma terão por finalidade aferir não apenas o domínio dos conteúdos ministrados, mas também o desenvolvimento de outras habilidades: leitura, compreensão e interpretação de textos acadêmicos; capacidade de julgamento e tomada de decisão; resolução de problemas, entre outras.

Além das duas avaliações, a leitura dos textos disponibilizados aos alunos e a discussão de assuntos pertinentes serão pontos de fóruns de debates realizados de forma on-line, nos quais os alunos serão instigados a postar suas opiniões e estudos em comentários sucintos, na própria página. Os comentários mais bem elaborados, corretos juridicamente e criativos serão publicados desde que não sejam repetidos. A publicação de comentários em quaisquer debates será considerada na composição da menção final.

Como outro instrumento de avaliação, cada aluno poderá escrever uma resenha de um dos livros da bibliografia recomendada, com o escopo de somar a sua menção obtida na primeira prova. A resenha deverá ser sucinta (máximo de 3 laudas) e deve ter uma postura crítica sobre as opiniões expressas na obra, evitando o mero resumo ou comentários biográficos sobre o autor.

Por fim, a Avaliação Multidisciplinar Cumulativa, obrigatória para os alunos do 6º semestre, comporá a menção da disciplina, alterando a menção obtida na segunda prova.

1.3. Composição da Menção Final

Cabe ressaltar, primeiramente, que por vedação regimental da instituição, não serão atribuídas notas numéricas a nenhum instrumento avaliativo, o que resulta numa margem decisória conferida ao professor para estabelecer essa ponderação. Ainda assim, no sentido de evitar possíveis alegações de lançamento arbitrário de menções finais, será utilizado o seguinte critério, descrito passo a passo, considerado o regime de menções adotado (em ordem crescente: SR, II, MI, MM, MS e SS), para estabelecer a menção final:

A primeira menção será a obtida na primeira avaliação do semestre. Entretanto, a essa, poderá ser somada mais uma menção, quando da entrega tempestiva (uma semana após a primeira avaliação) de resenha satisfatória segundo os critérios acima expostos. Assim, por exemplo, o aluno que obtiver a menção MI na primeira avaliação e entregou uma resenha adequada, terá a primeira menção majorada para MM.

A segunda menção parcial será obtida na segunda avaliação do semestre. A esta será somada novamente uma menção, caso o aluno tenha um desempenho bom ou excelente (MS ou SS) na Avaliação Multidisciplinar Cumulativa. Assim, por exemplo, o aluno que obtiver menção MI na segunda avaliação e teve um desempenho MS ou SS na Avaliação Multidisciplinar, terá sua menção majorada para MM.

A soma das duas menções parciais será feita com base nas seguintes regras: menções parciais iguais (exemplo MM e MM) a menção final será a mesma (MM). Duas menções parciais abaixo da média, reprovação do aluno com a maior menção obtida (MI ou II). Duas menções diferentes, sendo

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pelo menos uma delas acima da média, aplicar-se-á as seguintes fórmulas: SR+MM=II; SR+MS=MI; SR+SS=MM; II+MM=MI; II+MS=MI; II+SS=MM; MI+MM=MI; MI+MS=MM; MI+SS=MS (a ordem das menções parciais não alterará o cálculo). Por fim, com duas menções parciais diferentes e ambas acima da média, será atribuída como menção final a menção maior desde que obtida na segunda avaliação, a fim de privilegiar o progresso do aluno (ex.: MM na primeira e MS na segunda, menção será MS).

Por fim, com a soma das menções parciais, a menção obtida poderá ainda ser acrescida, caso o aluno tenha obtido sucesso na publicação de algum comentário no blog, realizado nos fóruns de debates, podendo majorar sua nota em até duas menções.

A assiduidade, a pontualidade e a participação em sala de aula serão igualmente consideradas, podendo alterar a menção final, quando o aluno tiver se destacado positivamente em algum desses quesitos.

2. Conteúdo Programático:

Unidade I: Introdução aos Direitos Reais

- Repersonalização do Direito Civil e Noções de Direito das Coisas. - Direitos Reais e Direitos Obrigacionais

- Classificação dos Direitos Reais Textos para Discussão:

1. LÔBO, Paulo Luiz Neto. Constitucionalização do Direito Civil. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v. 36, n. 141, p. 99-109, jan.-mar. 1999.

2. MORAES, Maria Celina Bodin de. A Caminho de um Direito Civil Constitucional. Revista de Direito Civil, 65, 1993, p. 21-32.

Unidade II: Posse

- Origem da Posse.

- Conceito e Natureza Jurídica da Posse

- Teorias Clássicas da Posse: Subjetiva e Objetiva; Teoria Sociológica. - Classificações da Posse; Aquisição, Perda e Efeitos da Posse; Função Social - Ações Possessórias e Proibição de Exceção de Domínio.

Textos para Discussão:

1. MONTEIRO, Washington de Barros. Origem. In: Curso de Direito Civil, Volume 3: Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 20-22.

2. GONÇALVES, Carlos Roberto. Teorias Sociológicas. In: Direito Civil Brasileiro, Volume V: Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 37-40.

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3. TARTUCE, Flávio. A função social da posse e da propriedade e o direito civil constitucional. Jus Na-vigandi, Teresina, ano 10, n. 900, 20 dez. 2005. Disponível em: http:// jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7719. Acesso em: 06 fev. 2009.

4. BENATTI, José Heder. Posse Coletiva da Terra: estudo sobre o apossamento de quilombolas e

ribei-rinhos na Amazônia. Revista do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, v.

1, n. 3 set./dez. 1997.

5. ZAVASCKI, Teori Albino. A tutela da Posse na Constituição e no Projeto de Novo Código Civil. In: MARTINS-COSTA, Judith. A Reconstrução do Direito Privado. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.

Unidade III: Propriedade

- Breve História da Propriedade e sua Legitimação Filosófica; - Conceito; Função Social da Propriedade Urbana e Rural - Modos de Aquisição de Propriedade; Usucapião;

- Modos de Perda da Propriedade; Desapropriação; - Direitos de Vizinhança; Condomínio.

Textos para Discussão:

1. COMPARATO, Fábio Konder. Direitos e deveres fundamentais em matéria de propriedade. Revis-ta do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, v. 1 n. 3 set./dez. 1997. 2. SOUZA, Luiz Francisco de. A Religião tem como ideal social obter a comunidade de bens, a mesma

idéia que movia a maioria dos socialistas pré-marxistas. In: Socialismo, uma utopia cristã. In:

Socia-lismo: uma utopia cristã. São Paulo: Editora Casa Amarela, 2003, p. 224-232.

3. TEPEDINO, Gustavo. Contornos Constitucionais da Propriedade Privada. In: in DIREITO, Car-los Alberto Menezes (coordenador). Estudos em homenagem ao Professor Caio Tácito. Rio de Janeiro: Renovar, 1997.

4. MIRAGEM, Bruno. O artigo 1.228 do Código Civil e os deveres do proprietário em matéria de

pre-servação do meio ambiente. Revista de informação legislativa, v.42, nº 168, p. 101-120, out./dez.

de 2005.

5. GAGLIANO, Pablo Stolze. Controvérsias Constitucionais acerca do Usucapião Coletivo. Revista do Magistrado, Salvador: Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, v. 1, n. 1, p. 29-31, ago., 2004.

Unidade IV: Direitos Reais sobre Coisas Alheias

- Direitos Reais de Gozo e Fruição; Enfiteuse; Superfície; Servidões; - Usufruto, Uso e Habitação;

- Direitos Reais de Garantia; Penhor; Hipoteca; Anticrese; - Função Social dos Contratos e os Direitos Reais;

- Direitos Reais de Aquisição; Promessa de Compra e Venda. Texto para Discussão:

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1. MELLO, Celso de. Voto proferido no Recurso Extraordinário 407.688-8/SP. STF: Tribunal Pleno, Julgado em 08 de fevereiro de 2006.

3. Bibliografia:

3.1. Legislação mínima:

Constituição Federal de 1988; Código Civil (Lei 10.406/2002); Lei de Impenhorabilidade do Bem de Família (Lei 8.009/1990); Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001); Lei Agrária (Lei 8.629/1993); Estatuto da Terra (Lei 4.504/64).

3.2. Manuais Recomendados:

o

BEZERRA DE MELO, Marco Aurélio. Direito das Coisas. Rio de Janeiro: Ed. Lúmen Juris, 2009.

o

GOMES, Orlando. Direitos Reais. Atualização do Prof. Luiz Edson Fachin. Rio de Janeiro: Fo-rense, 2007.

o

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, Volume V: Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2008.

ROSENVALD, Nelson e FARIAS, Cristiano Chaves de. Direitos Reais. Rio de Janeiro: Ed. Lú-men Júris, 2008.

3.3. Bibliografia Recomendada (escolher um livro para resenhar):

ARONNE, Ricardo. Por uma nova hermenêutica dos direitos reais limitados. Rio de Janeiro: Reno-var, 2001.

FACHIN, Luiz Edson. Estatuto Jurídico do Patrimônio Mínimo. Rio de Janeiro/São Paulo: Reno-var, 2001.

MARÉS, Carlos Frederico. A função social da terra. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2003. SANTOS, João Paulo de Faria. Reforma Agrária e Preço Justo: A Indenização na Desapropriação

Agrária Sancionatória. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 2009.

3.4. Bibliografia Complementar:

o ALFONSIN, Betania et al. Direito a Moradia e Segurança da Posse no Estatuto da Cidade. Porto Alegre: Fórum, 2004.

ALFONSIN, Jacques Távora. O Acesso à terra como conteúdo de direitos humanos fundamentais à

alimentação e à moradia. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2003.

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o FACHIN, Luiz Edson. Comentários ao Código Civil. Volume 15. Parte Especial, Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2004.

o FACHIN, Luiz Edson. Questões de Direito Civil Brasileiro Contemporâneo. Rio de Janeiro: Reno-var, 2008.

GOMES, Orlando. Raízes Históricas e Sociológicas do Código Civil Brasileiro. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

HERNANDEZ GIL, Antonio. La Possession. Madrid: Espasa-Calpe, 1987.

JÚNIOR, Eroulthus Cortiano. O Discurso Jurídico da Propriedade e suas Rupturas. Rio de Janeiro: Renovar: 2002.

o MARTINS-COSTA, Judith. A reconstrução do direito privado. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2002

o OLIVEIRA, Francisco Cardozo. Hermenêutica e tutela da posse e da propriedade. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

o PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil: Introdução ao Direito Civil Constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 1997.

o PENTEADO, Luciano de Camargo. Direito das Coisas. São Paulo: Editora Revista dos Tribu-nais, 2008.

PIPES, Richard. Property and Freedom. Nova Iorque: First Vintage Books Edition, 2000.

o RAMOS, Carmem Lúcia Silveira et alli (org.). Diálogos sobre Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

o SARLET, Ingo Wolfgang (org.). O novo Código Civil e a Constituição. 2ª. Edição. Porto Ale-gre: Livraria do Advogado, 2006.

STROZAKE, Juvelino (org.). A questão agrária e a justiça. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

o TEPEDINO, Gustavo. Temas de Direito Civil. Tomos I e II. Rio de Janeiro: Renovar, 2004 e 2006.

o VASCONCELOS, Rita de Cássia Corrêa. A Impenhorabilidade do Bem de Família. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

Referências

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