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COORDENADOR(A) E DO(A) REGENTE

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(1)
(2)

COORDENADOR(A)

E DO(A) REGENTE

(3)

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Luiz Henrique Mandetta Ministro

SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE – SGETS

Mayra Pinheiro Secretária

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE – DEGES

Hélio Angotti Neto Diretor

COORDENAÇÃO-GERAL DE AÇÕES ESTRATÉGIAS, INOVAÇÃO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE – CGIED

Musa Denaise de Sousa Morais de Melo Coordenadora Geral

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ

Nísia Trindade Lima Presidente

VICE-PRESIDÊNCIA DE EDUCAÇÃO, INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Cristiani Vieira Machado Vice-Presidente

SECRETARIA-EXECUTIVA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNA-SUS

Maria Fabiana Damásio Passos Secretária Executiva

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA – ABRASCO

Gulnar Azevedo e Silva Presidente

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROFSAÚDE

Luiz Augusto Facchini Pró-Reitor – ABRASCO

Maria Cristina Rodrigues Guilam

Coordenadora Acadêmica Nacional – FIOCRUZ Carla Pacheco Teixeira

Coordenadora Executiva Nacional – FIOCRUZ

APOIADORAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA – ABEM

Nildo Alves Batista Diretor Presidente

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE – SBMFC

Daniel Knupp Presidente

(4)

COORDENADOR(A)

E DO(A) REGENTE

(5)

PROFSAÚDE

Avenida Brasil, 4036, sala 910, Maré – CEP: 21040-361- Pavilhão Expansão Tel. (21) 3882-9027 / E-mail: profsaude@fiocruz.br

Site: http://profsaude-abrasco.fiocruz.br/ COMISSÃO ACADÊMICA NACIONAL Anaclaudia Gastal Fassa

Coordenadora UFPel/ABRASCO

Carla Pacheco Teixeira

Coordenadora Executiva Nacional/FIOCRUZ

Cesar Augusto Orazem Favoreto

Coordenador/UERJ

Débora Dupas Gonçalves do Nascimento

Coordenadora/FIOCRUZ-MS

Deivisson Vianna Dantas dos Santos

Coordenador UFPR/ABRASCO

Eduardo Sérgio Soares Sousa

Coordenador/UFPB

Eliana Goldfarb Cyrino

Docente UNESP

José Ivo dos Santos Pedrosa

Vice-Presidente ABRASCO/UFPI

Kátia Fernanda Alves Moreira

Coordenadora/UNIR

Luiz Augusto Facchini

Pró-Reitor ABRASCO/UFPel

Maria Cristina Rodrigues Guilam

Coordenadora Acadêmica Nacional/FIOCRUZ

Maria de Fátima Antero Sousa Machado

Docente FIOCRUZ-CE

SECRETARIA EXECUTIVA NACIONAL Ana Paula Menezes Bragança dos Santos Danielle Cristine Alves

Flavia Gomes da Silva Sanchez

UNIVERSIDADES COEDITORAS MATERIAL EAD

UNA-SUS/UFCSPA – Aline Corrêa de Souza UNA-SUS/UFPel – Anaclaudia Gastal Fassa

EQUIPE DE PRODUÇÃO DO MANUAL Organização

Carla Pacheco Teixeira Marta Quintanilha Gomes

Elaboração

Aline Corrêa de Souza

Alessandra Tavares Francisco Fernandes Ana Paula Menezes Bragança dos Santos Carla Pacheco Teixeira

Carlos Eduardo Wudich Borba Danielle Cristine Alves Deisi Moraes

Fernanda Fátima Cofferri

Maria de Fátima Antero Sousa Machado Marta Quintanilha Gomes

Márcia Rosa da Costa

Revisão do texto

Carolina de Mello Decco

Produção editorial

UNA-SUS/UFCSPA

Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica

José Fialho de Oliveira Júnior Tassiana Lassance

Foto capa

Araquém de Alcântara

Acervo Casa de Oswaldo Cruz

Catalogação na fonte Fundação Oswaldo Cruz

Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde Biblioteca de Saúde Pública

M586m Mestrado Profissional em Saúde da Família. Turma Multiprofissional: Manual do(a) coordenador(a) e do(a) regente / organizado por Carla Pacheco Teixeira e Marta Quintanilha Gomes. – Rio de Janeiro : FIOCRUZ / ABRASCO / PROFSAÚDE, 2020.

106 p.

ISBN 978-65-88869-01-7

1. Educação de Pós-Graduação. 2. Educação a Distância. 3. Saúde da Família. 4. Formação. 5. Mestrado Profissional. 6. Docência. 7. Coordenação de Curso. 8. Preceptoria. I. Teixeira, Carla Pacheco (Org.). II. Gomes, Marta Quintanilha (Org.). III. Título.

(6)

Conheça todas as instituições

que integram a rede nacional

do PROFSAÚDE

(7)

Região

Centro-Oeste

Fundação Oswaldo Cruz Brasília

Coordenadora: Kellen Cristina da Silva Gasque

Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul

Coordenadora: Débora Dupas G. do Nascimento

Escola Superior de Ciências da Saúde/DF

Coordenador: Fábio Ferreira Amorim

Responsável Nacional de Disciplina

Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso Sul

Atenção e Gestão do Cuidado

Débora Dupas Gonçalves do Nascimento

Foto:

Araquém de Alcântara

Acervo Casa de Oswaldo Cruz

Foto:

Araquém de Alcântara

(8)

Universidade Federal do Maranhão

Coordenadora: Luciane Maria Oliveira Brito

Fundação Oswaldo Cruz Ceará

Coordenadora: Ivana Cristina de H. Cunha Barreto

Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco

Coordenadora: Kátia Rejane de Medeiros

Universidade Federal do Piauí

Coordenador: Fernando Lopes e Silva-Júnior

Universidade Federal da Paraíba

Coordenador: Eduardo Sérgio Soares Sousa

Universidade Federal do Sul da Bahia

Coordenadora: Lina Rodrigues de Faria

Universidade Federal de Alagoas

Coordenadora: Divanise Suruagy Correia

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Coordenadora: Paula Hayasi Pinho

Responsável Nacional de Disciplina

Universidade Federal do Piauí

Promoção da Saúde

José Ivo dos Santos Pedrosa

Fundação Oswaldo Cruz Ceará

Seminários de Acompanhamento

Sharmênia de Araújo Soares Nuto

Educação na Saúde

Maria de Fátima Antero Sousa Machado

Região

Nordeste

Foto:

Araquém de Alcântara

(9)

Universidade do Estado do Amazonas

Coordenadora: Angela Xavier

Fundação Oswaldo Cruz Amazonas

Coordenador: Júlio Cesar Schweickardt

Universidade Federal de Rondônia

Coordenadora: Kátia Fernanda Alves Moreira

Universidade Federal do Tocantins

Coordenador: Valdir Francisco Odorizzi

Região

Norte

Foto:

Araquém de Alcântara

(10)

Região

Sudeste

Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro

Coordenadora: Katia Silveira da Silva

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Coordenador: Cesar Augusto Orazem Favoreto

Universidade Estadual Paulista

Coordenador: Antonio de Pádua Pithon Cyrino

Universidade Federal de Uberlândia

Coordenador: Wallisen Tadashi Hattori

Universidade Federal de São Paulo

Coordenadora: Claudia Fegadolli

Universidade Federal Fluminense

Coordenadora: Patty Fidelis de Almeida

Universidade Federal de Juiz de Fora

Coordenadora: Andreia Aparecida de Miranda Ramos

Universidade Federal de Ouro Preto

Coordenador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi

Responsável Nacional de Disciplina

Universidade Federal de São Paulo

Planejamento e Avaliação na Saúde da Família

Sandra Maria Spedo

Foto:

Araquém de Alcântara

(11)

Universidade Federal de Pelotas

Coordenadora: Anaclaudia Gastal Fassa

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Coordenadora: Daniela Cardoso Tietzmann

Universidade Federal do Paraná

Coordenador: Deivisson Vianna Dantas dos Santos

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Coordenadora: Stela Nazareth Meneghel

Responsável Nacional de Disciplina

Universidade Federal de Pelotas

Sistema de Informação no Cuidado e na Gestão

Elaine Tomasi

Atenção Integral na Saúde da Família

Denise Silva da Silveira

Produção do Conhecimento em Serviços de Saúde

Fernando Carlos Vinholes Siqueira

Região

Sul

Foto:

Araquém de Alcântara

(12)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

...

11

1. O CURSO

...

13

1.1 OBJETIVOS

...

14

1.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

...

15

1.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

...

17

1.4 PESQUISA DE PERFIL DO(A) MESTRANDO(A)

...

18

1.5 PROCESSO AVALIATIVO NO CURSO

...

19

1.5.1 TAREFAS, FÓRUNS, ENCONTROS PRESENCIAIS E AUTOAVALIAÇÃO

...

19

1.5.2 FREQUÊNCIAS

...

21

2. AVALIAÇÃO DO CURSO

...

22

3. AVALIAÇÃO DO EGRESSO

...

24

4. QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO MESTRADO -TCM

...

25

5. TRABALHO DE CONCLUSÃO DO MESTRADO - TCM

...

26

6. REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO GRAU

...

28

7. TRABALHO DA COORDENAÇÃO ACADÊMICA INSTITUCIONAL

...

29

8. ACOMPANHANDO O CURSO ATRAVÉS DO MOODLE

...

31

9. PAPEL DO(A) REGENTE

...

32

9.1 AÇÕES PARA PROMOVER A PARTICIPAÇÃO NAS DISCUSSÕES

...

35

REFERÊNCIAS

...

37

(13)

APRESENTAÇÃO

SEJAM BEM-VINDOS(AS) COORDENADORES(AS) E REGENTES!

Este manual foi elaborado para orientá-los(as) e apoiá-los(as) quanto aos

principais aspectos do curso, bem como apontar questões importantes na

atuação como coordenador(a) e professor(a) regente do Mestrado Profissional

em Saúde da Família (PROFSAÚDE).

Os(as) coordenadores(as) desempenham um papel primordial na gestão do curso,

implementando ações pedagógicas e mediando as interações entre regentes e

mestrandos(as). Os(as) professores(as) regentes são facilitadores(as), mediando

o processo de ensino e de aprendizagem e promovendo o engajamento dos(as)

mestrandos(as) nas atividades e reflexões.

Desejamos sucesso!

Luiz Augusto Facchini

Maria Cristina Rodrigues Guilam

Carla Pacheco Teixeira

(14)

O Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE) é um programa de

pós-graduação stricto sensu em Saúde da Família, apresentado à Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela Associação Brasileira

de Saúde Coletiva (ABRASCO) e aprovado em 2016. O mestrado é oferecido por

uma rede nacional constituída de 22 Instituições Públicas de Ensino Superior

lideradas pela FIOCRUZ.

O programa conta com a retaguarda do Sistema Universidade Aberta do Sistema

Único de Saúde (UNA-SUS) e com o apoio da Sociedade Brasileira de Medicina de

Família e da Comunidade (SBMFC) e da Associação Brasileira de Educação Médica

(ABEM). O Ministério da Saúde (MS) é a instituição demandante e financiadora

deste programa.

O PROFSAÚDE é uma estratégia de formação que visa atender à expansão da

graduação e da pós-graduação no país, bem como à educação permanente de

profissionais de saúde, com base na consolidação de conhecimentos relacionados

à Atenção Primária em Saúde (APS), à Gestão em Saúde e à Educação. O curso

é oferecido na modalidade EaD, abrangendo encontros presenciais e atividades

desenvolvidas a distância no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Sua participação, como coordenador(a) e/ou regente, é de suma importância para

o bom desenvolvimento das atividades do curso junto aos(às) mestrandos(as).

1

O CURSO

(15)

1.1 OBJETIVOS

• Formar profissionais de saúde para exercerem atividades de atenção à

saúde, docência e preceptoria, produção de conhecimento e gestão em

Saúde da Família;

• Fortalecer as atividades educacionais de atenção à saúde, produção do

conhecimento e de gestão em Saúde da Família nas diversas regiões do

país;

• Articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no

aprimoramento da Estratégia de Saúde da Família (ESF);

• Estabelecer uma relação integradora entre o serviço, os(as) trabalhadores(as),

os(as) estudantes da área de saúde e os(as) usuários(as).

Espera-se formar profissionais com capacidade de:

• Realizar e coordenar atividades de docência e preceptoria;

• Ter compromisso de aprendizagem ao longo da vida;

• Desenvolver projeto de pesquisa e de intervenção;

• Produzir conhecimento no campo da Saúde da Família a partir da prática

no serviço;

• Utilizar informações em saúde para tomada de decisão;

• Planejar, implementar, monitorar e avaliar as ações de saúde na ESF;

• Desenvolver atividades de promoção da saúde, reconhecendo saberes e práticas

existentes no território;

• Realizar a gestão da clínica na APS;

• Atuar na APS, incorporando criticamente as políticas públicas de saúde

como referenciais.

(16)

1.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

O trabalho pedagógico, no PROFSAÚDE, pressupõe que a aprendizagem é o

centro do processo, respeitando a autonomia do(a) mestrando(a) e acolhendo

a bagagem de conhecimentos e experiências que o(a) mestrando(a) traz de sua

vivência profissional. O curso oportuniza situações de aprendizagem utilizando

metodologias ativas, especialmente, problematizações. Seu desenho curricular

contempla três eixos pedagógicos:

Atenção

,

Educação

e

Gestão.

Gráfico 1: Eixos Pedagógicos da Proposta Curricular do PROFSAÚDE

Fonte: Os(as) autores(as), 2020.

O curso contempla sete linhas de pesquisa:

• Atenção integral aos ciclos de vida e grupos vulneráveis;

• Atenção à saúde, acesso e qualidade na Atenção Básica;

• Educação e saúde;

• Gestão e avaliação de serviços na Estratégia de Saúde da Família/Atenção

Básica;

• Informação e saúde;

• Pesquisa clínica – interesse da Atenção Básica;

• Vigilância em saúde.

Atenção

Educação

(17)

A modalidade de ensino utilizada tem identidade própria, sendo desenvolvida

para que os(as) mestrandos(as) interajam e desenvolvam projetos compartilhados,

respeitando as diferentes culturas na construção do conhecimento. Entende-se

que as competências profissionais relacionadas à formação em saúde envolvem

a capacidade de desenvolver e aplicar valores, conhecimentos e habilidades

necessários para o desempenho eficaz de atividades requeridas pela natureza

do trabalho.

Com base nesses princípios, o curso visa à integração dos conteúdos relacionados à

Atenção, à Educação e à Gestão em Saúde, aproximando-se das situações práticas

vividas pelos(as) mestrandos(as), visando à resolução de problemas, à autonomia

e à organização do tempo de estudo. Este processo torna esses momentos mais

significativos e o aprendizado uma extensão da sua prática no seu dia a dia.

Para a realização das atividades à distância, é utilizado o moodle, que oferece

recursos de produção e compartilhamento de conhecimentos e experiências

coletivas, por meio de diversas ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona.

O curso prioriza as atividades assíncronas por entender que, desta forma, viabiliza a

participação dos alunos trabalhadores que podem gerenciar seus acessos ao curso

de forma articulada às demais demandas do cotidiano de trabalho sem perder

qualidade nas interações e garantindo reflexões, discussões vivas e produtivas. Para

obter mais informações sobre a proposta pedagógica, leia o Projeto Pedagógico

do curso (ANEXO 1).

(18)

1.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O quadro abaixo apresenta como se dá a organização curricular, duração e carga

horária do curso.

Quadro 1: Organização curricular, duração e carga horária do curso

Fonte: Os(as) autores(as), 2020.

A distribuição das disciplinas no decorrer dos semestres é organizada da seguinte forma:

Figura 1: Distribuição das disciplinas por semestre

DURAÇÃO DO CURSO:

Mínimo de 18 meses e no máximo 24 meses

CARGA HORÁRIA

32 créditos disciplinas obrigatórias = 480 horas

10 créditos atividades complementares = 150 horas

22 créditos para o Trabalho de Conclusão do Mestrado = 330 horas

Total = 960 horas

Fonte: Os(as) autores(as), 2020.

Nota: A disciplina de Tópicos Especiais em Saúde da Família é uma disciplina flexível cujos temas são baseados nas necessidades e demandas de saúde em nível regional e estadual para o fortalecimento da Atenção Básica/Atenção Primária, desenvolvimento da docência e preceptoria e, será realizada à distância ou presencial.

(19)

Apesar de o curso estar organizado por disciplinas, existe o esforço para que

ocorra a integração interdisciplinar; uma prova disso é que o curso fora planejado

e construído articuladamente (coordenação nacional e institucionais, regentes,

instituições produtoras dos módulos e responsáveis nacionais de disciplinas).

As disciplinas possuem carga horária nas modalidades presencial e EaD. São

previstos oito encontros presenciais; no primeiro e segundo semestres ocorrerão

três encontros em cada um e, no terceiro e quarto semestres apenas um encontro

em cada um. As datas dos encontros presenciais são organizadas de acordo com

o calendário acadêmico de cada instituição de ensino superior, desde que, a

coordenação do curso de cada instituição siga o calendário nacional de atividades

do PROFSAÚDE, respeitando a orientação de que os encontros presenciais ocorram

nas semanas 1, 9 e 16 de cada semestre.

Com relação às atividades complementares, as validações dos créditos devem ser

realizadas de acordo com a Resolução Nacional de Aproveitamento de Créditos

(ANEXO 2).

1.4 PESQUISA DE PERFIL DO(A) MESTRANDO(A)

Conhecer a trajetória e a experiência de cada aluno(a) é muito importante para

o curso, por isso, foi elaborada a pesquisa intitulada “Mestrado Profissional em

Saúde da Família: perfil dos alunos e avaliação de suas expectativas educacionais

e profissionais”

1

. Para isso, cada ingressante deverá preencher o Instrumento

de Avaliação e Caracterização do Perfil Profissional dos Alunos do PROFSAÚDE

(ANEXO 3). A pesquisa estará disponível para preenchimento no moodle, na primeira

semana do curso, junto com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

1 A pesquisa é coordenada pela Dr.ª Débora Dupas Gonçalves do Nascimento, que é pesquisadora em

Saúde Pública, Vice-Coordenadora da área de Educação da Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul e coordenadora do PROFSAÚDE Mato Grosso do Sul (FIOCRUZ-MS).

Incentive os(as) mestrandos(as)

a participar!!!

(20)

1.5 PROCESSO AVALIATIVO NO CURSO

A avaliação é fundamental na organização de um curso pela função diagnóstica e

formativa, visto que, se caracteriza como uma ferramenta de acompanhamento e

transformação da realidade. Ela dá subsídios para novas ações visando à qualificação

contínua no curso, além disso, configura-se como um

registro acadêmico

formal

do desempenho do(a) mestrando(a).

Nesse sentido, o PROFSAÚDE prevê processos de avaliação, buscando abarcar

diferentes dimensões, avaliando as aprendizagens dos(as) mestrando(as), as

disciplinas e aspectos da oferta do curso. A avaliação nas disciplinas visa auxiliar

o(a) mestrando(a) em seu processo de aprendizagem. O registro das avaliações

é composto pelas atividades dos encontros presenciais, pelas notas das tarefas,

notas dos fóruns e, da autoavaliação nas disciplinas, conforme quadro abaixo:

Quadro 2: Proporção avaliativa do curso

ENCONTROS PRESENCIAIS: 20%

TAREFAS: 30%

FÓRUNS: 30%

AUTOAVALIAÇÃO: 20%

Fonte: Os(as) autores(as), 2020.

Os pesos das avaliações nas disciplinas são sugeridos pelos(as) professores(as)

que elaboraram os materiais para os(as) professores(as) regentes. Com essa

definição dos(as) elaboradores(as) foi construído um “Quadro de Notas” que

estará disponível no moodle.

IMPORTANTE: caso o(a) regente opte por mudar o peso das notas, precisa,

necessariamente, reconfigurar o peso no quadro com a equipe de TI responsável

da instituição associada.

1.5.1 TAREFAS, FÓRUNS, ENCONTROS

PRESENCIAIS E AUTOAVALIAÇÃO

Os(a) mestrandos(as) realizarão trabalhos, na modalidade EaD, que são denominados

tarefas e fóruns (quando há atribuição de nota) e atividades (sem atribuição de nota).

As

tarefas

são planejadas, na sua maioria, para serem realizadas individualmente.

Referem-se a resenhas, textos reflexivos e elaboração de materiais.

(21)

Os

fóruns

são espaços que podem ser classificados como:

Fórum de Convivência

: é um espaço que visa aproximar mestrandos(as)

e regentes. Todos(as) poderão utilizá-lo para compartilhar experiências,

eventos e leituras, bem como outros recursos que possam interessar

a turma.

Fórum Integrado

: é um espaço compartilhado que visa integrar

conhecimentos de duas ou mais disciplinas, articulando conteúdos comuns

ou não, para promover uma discussão interdisciplinar e contextualizada.

Fórum da Disciplina

: é um espaço que visa dialogar sobre os conteúdos

específicos trabalhados ao longo da disciplina, visando ampliar

conheci-mentos e contextualizar as reflexões. É também um espaço de apoio às

atividades que são realizadas na disciplina.

Diálogo Orientador-Mestrando

: é um espaço de diálogo entre

orienta-dor(a) e mestrando(a) que registra a trajetória de elaboração do projeto e

do Trabalho de Conclusão do Mestrado (TCM).

Para os

encontros presenciais

, há o planejamento de tarefas individuais e coletivas

que utilizam estratégias socializadoras e que visam ao compartilhamento de

conhecimentos não só das disciplinas, mas também às experiências do cotidiano

profissional dos(as) mestrandos(as) e regentes.

A

autoavaliação

é um importante instrumento para que o(a) mestrando(a) reflita

sobre o seu processo de aprendizagem ao longo do curso. Assim como Santos

(2002), compreende-se que a autoavaliação é um processo de autorregulação,

por ser um processo interno do(a) mestrando(a). A autoavaliação é mais que

atribuir-se uma nota. Entende-se que essa situação pode se constituir em um

desencadeador de diálogo com os(as) alunos(as).

Este diálogo é fundamental para que a autoavaliação, realizada pelo(a) aluno(a),

seja coerente com o seu próprio desempenho. Ele(a) deverá realizar uma

autoavaliação do seu processo de aprendizagem em cada disciplina e esta nota

comporá sua avaliação nas disciplinas do primeiro e do segundo semestres.

Para essa autoavaliação, é disponibilizado no moodle, o arquivo Instrumento

de Autoavaliação por Disciplina (ANEXO 4), na semana 16 do primeiro e do

segundo semestre.

(22)

1.5.2 FREQUÊNCIAS

É obrigatória, a

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) em cada

disciplina

pelo mestrando(a), a qual será verificada separadamente ao final de cada

semestre letivo. A assiduidade será verificada pelos regentes nos encontros presencias

e também nas atividades EaD, por meio do acesso ao AVA e da realização das tarefas.

Será reprovado o(a) mestrando(a) que não atingir a frequência mínima exigida.

A presença constante do(a) mestrando(a) no ambiente virtual, assim como, a

postagem das tarefas e a participação nas atividades propostas são requisitos para

a realização de um curso na modalidade EaD. A falta de acesso ao ambiente virtual

pelo(a) mestrando(a) e/ou de realização de tarefas é considerada ausência, pois

prejudica o processo de aprendizagem.

A frequência dos regentes ao ambiente de aprendizagem também é um aspecto

importante a ser analisado. Interações frequentes e qualificadas tendem a garantir

a adesão dos alunos ao processo de aprendizagem. Então, o acesso regular dos

regentes é fundamental para a condução e o acompanhamento do processo.

Será considerado

ausente

o(a) mestrando(a) que se ausentar sem justificativa do

ambiente virtual por mais de uma semana e/ou que estiver com mais de uma

semana de atraso na postagem de tarefa. Estes(as) mestrandos(as) devem ser

notificados pelo regente por estarem inadimplentes com o curso.

Será considerado

infrequente

no conjunto das disciplinas do semestre, o(a)

mestrando(a) que se ausentar do ambiente virtual em mais de 25% das semanas e/

ou que estiver ausente em 25% das horas dos encontros presenciais do semestre.

Além disso, a frequência será avaliada de forma independente em cada disciplina

pelo regente, considerando infrequente na disciplina os(as) mestrandos(as) que

não postarem ou atrasarem a entrega de mais de 25% das tarefas.

Caso haja necessidade de justificar ausências, infrequências e/ou afastamentos,

o(a) mestrando(a) deverá enviar documentação justificando a situação à

secretaria do curso.

(23)

A avaliação do curso será realizada pelos(as) mestrandos(as), coordenadores(as) e

regentes através de instrumentos disponíveis no moodle:

• Os(as) mestrandos(as) avaliarão o curso através do Instrumento de Avaliação

Final do 1º semestre e do 2º semestre (ANEXOS 5 e 6) que abordará aspectos

pedagógicos, interativos e de usabilidade do AVA.

• Após a defesa do Trabalho de Conclusão do Mestrado (TCM), os(as)

mestrandos(as) avaliarão a proposta do curso através do Instrumento de

Avaliação dos Concluintes do PROFSAÚDE

2

(ANEXO 7).

• Os(as) coordenadores(as) e regentes avaliarão o curso apenas ao final, após a

defesa do TCM dos(as) mestrandos(as). Essa avaliação consiste em avaliar os

aspectos pedagógicos, de sua atuação enquanto coordenador(a) ou regente,

bem como da gestão do curso. O Instrumento de Avaliação do Curso para

o Coordenador (ANEXO 8) e o Instrumento de Avaliação do Curso para o

Regente (ANEXO 9) serão online e você receberá um link no seu e-mail.

2

AVALIAÇÃO DO CURSO

2 A pesquisa é coordenada pela Dr.ª Débora Dupas Gonçalves do Nascimento, que é pesquisadora em

Saúde Pública, Vice-Coordenadora da área de Educação da Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul e coordenadora do PROFSAÚDE Mato Grosso do Sul (FIOCRUZ-MS).

Incentive o(a) mestrando(a) a participar das

avaliações. Elas são importantes estratégias para

qualificar a proposta do curso!

(24)

A partir destas avaliações será possível acompanhar continuamente a eficácia

e a pertinência dos aspectos pedagógicos, interativos e de usabilidade AVA,

colaborando assim para a melhoria contínua do curso.

Coordenador(a), fique atento(a)!

Não esqueça de emitir os relatórios das pesquisas e enviar

para a Coordenação Nacional do PROFSAÚDE.

(25)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),

incentiva o acompanhamento de Egressos dos cursos de pós-graduação, com

o objetivo de promover políticas e ações que possam resultar na melhoria dos

programas para atender à realidade de sua clientela e às demandas sociais.

Entende-se por Egresso na pós-graduação stricto sensu os concluintes dos cursos

de mestrado e/ou doutorado que devem ser acompanhados pelos programas nos

cinco anos após a formação.

Nesta perspectiva, o PROFSAÚDE desenvolve uma política sistemática de

acompanhamento dos Egressos, através da aplicação de um Instrumento de

Avaliação do Egresso. Este instrumento visa acompanhar a sua formação, de modo

a identificar potencialidades e possíveis fragilidades na formação ofertada, bem

como o impacto da pós-graduação na vida acadêmica e profissional dos egressos.

Este instrumento, disponibilizado online, será encaminhado durante o período de

cinco anos, após a conclusão do curso de mestrado.

3

AVALIAÇÃO DO EGRESSO

Por isso, precisamos da sua colaboração para

esclarecer ao(à) aluno(a) a importância da

participação na avaliação do egresso durante cinco

(26)

O(A) mestrando(a) deve apresentar seu projeto a uma banca examinadora em sessão

de qualificação, em até 12 meses a contar do início do curso, podendo prorrogar o prazo

em até três meses. As regras para a constituição da banca de qualificação constam na

Resolução Nacional de Conclusão do Mestrado (ANEXO 10), bem como a sugestão do

modelo para a Ata de qualificação e formulários para preenchimento de banca.

Para qualificar o projeto, o(a) mestrando(a) deverá ser aprovado(a) em todas as

disciplinas do primeiro e do segundo semestre do curso. As informações quanto aos

procedimentos e documentos necessários para a qualificação deverão ser informadas

aos(às) mestrandos(as) pela secretaria do curso nas instituições associadas.

No moodle, consta a aba denominada “TCM Qualificação e Defesa” e no espaço

“Qualificação do TCM”

(Figura 2), deverão ser postadas tanto a versão para a banca

examinadora quanto a versão final do projeto do trabalho de conclusão do mestrado.

Figura 2: Qualificação do Trabalho de Conclusão do Mestrado - moodle

4

QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO DE

CONCLUSÃO DO MESTRADO - TCM

(27)

Conforme o Art. 35 do Regimento do Mestrado Profissional em Saúde da Família

(ANEXO 11), o TCM será apresentado com base na Portaria Normativa do Ministério

da Educação n° 17, de 28/12/2009.

§ 1º Independente do Trabalho de Conclusão acordado entre orientador e orientando, os mestrandos do PROFSAÚDE deverão, para obter a sua titulação, apresentar uma dissertação por escrito para a banca examinadora e como versão final. Essa padronização faz-se necessária entre todas as Instituições Associadas do PROFSAÚDE. As especificidades das Instituições Associadas deverão ser decididas no âmbito dos Colegiados Locais.

§ 2º Os temas dos Trabalhos de Conclusão de Mestrado, os critérios de avaliação e a composição das bancas examinadoras serão definidos pela Coordenação Acadêmica Institucional, respeitadas as normas da Instituição Associada e do PROFSAÚDE.

Para a conclusão do PROFSAÚDE é exigido uma dissertação que consiste

em uma pesquisa (construção do conhecimento a partir da investigação)

ou intervenção (ação planejada e desenvolvida no contexto da atividade

profissional do(a) mestrando(a)).

Na proposta curricular do curso está prevista a construção processual tanto

do projeto, quanto do TCM. Isto ocorre, principalmente, nas disciplinas de

Produção do Conhecimento (1º semestre) e dos Seminários de Acompanhamento

(2º semestre), além da orientação sistemática do(a) professor(a) orientador(a).

5

TRABALHO DE CONCLUSÃO

(28)

Para a orientação do TCM, utilize o espaço

Diálogo Orientador-Mestrando

.

O(A) orientador(a) deverá criar um fórum individual para cada orientando(a),

utilizando o espaço para dialogar sobre o prazo de qualificação e demais

aspectos que envolvem a construção do projeto. Salienta-se a importância

das interações com os(as) mestrando(as), visando a qualidade do processo de

construção da pesquisa.

Para a criação do fórum, é necessário criar Grupos Individuais, vide tutorial moodle

para coordenadores(as) e regentes do PROFSAÚDE disponível na aba “Documentos

do Curso”.

No moodle, consta a aba denominada “TCM Qualificação e Defesa” e no espaço

Defesa do TCM

” (Figura 3), deverão ser postadas tanto a versão para a banca

examinadora quanto a versão final do Trabalho de Conclusão do Mestrado.

Figura 3: Trabalho de Conclusão do Mestrado - moodle

(29)

6

REQUISITOS PARA

OBTENÇÃO DO GRAU

Conforme o Art. 41 do Regimento do PROFSAÚDE (ANEXO 11), para a conclusão

do curso e obtenção do respectivo grau de Mestre, o discente deve cumprir todos

os requisitos abaixo:

a) Ter sido aprovado nas disciplinas obrigatórias;

b) Ter cumprido 75% de frequência em todas as atividades

oferecidas no curso;

c) Ter sido aprovado no Exame de Qualificação;

d) Ter sido aprovado no Trabalho de Conclusão de Mestrado;

e) Ter enviado a versão final do seu Trabalho de Conclusão

de Mestrado à Coordenação Acadêmica Nacional para

publicação na internet;

f) Satisfazer todos os requisitos da sua Instituição Associada

para emissão do diploma;

Parágrafo único – O prazo máximo para integralização do PROFSAÚDE é definido pela Coordenação Acadêmica Institucional em cada Instituição Associada, respeitadas suas normas internas.

(30)

7

TRABALHO DA COORDENAÇÃO

ACADÊMICA INSTITUCIONAL

De acordo com o Regimento do Mestrado Profissional em Saúde da Família em

Rede Nacional - PROFSAÚDE (ANEXO 11), as atribuições do(a) Coordenador(a)

Acadêmico Institucional incluem:

• Coordenar a organização e execução de todas as ações e atividades do

PROFSAÚDE na Instituição Associada;

• Organizar colegiado local com docentes e discentes;

• Representar, na pessoa do Coordenador Acadêmico Institucional, o

PROFSAÚDE junto aos órgãos da Instituição Associada;

• Propor o credenciamento e descredenciamento de membros do corpo

docente do PROFSAÚDE na Instituição Associada;

• Coordenar a aplicação na Instituição Associada dos Exames Nacionais de

Acesso e das avaliações nacionais das disciplinas obrigatórias;

• Organizar atividades complementares, conforme previsto na Resolução

Nacional para aproveitamento de créditos para Atividades Complementares

no Mestrado Profissional em Saúde da Família – PROFSAÚDE;

• Monitorar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem dos discentes sob

sua responsabilidade em articulação com os docentes;

• Elaborar relatórios anuais para compor o relatório Coleta CAPES.

Além das citadas acima, acompanhar o curso através do moodle é importante para

a gestão do curso.

(31)

Portanto, o(a) Coordenador(a) Acadêmico(a) Institucional é um membro do

corpo docente, designado pela Instituição Associada, sendo o(a) responsável

pela gestão administrativa e pedagógica do curso em cada instituição

certificadora. Além disso, representa a instituição certificadora na relação com

as instâncias nacionais.

(32)

A coordenação poderá acompanhar o curso através dos recursos disponibilizados

no moodle. É possível verificar as notas dos mestrandos; número de acessos; as

postagens em fóruns; o envio de tarefa com suas respectivas datas; os feedbacks

recebidos dos regentes; a data do último acesso; entre outras ações. A partir

dessas ferramentas, pode-se pensar em estratégias para atender os objetivos

propostos pelo curso e promover ações pedagógicas, inclusive repassando as

informações aos(as) mestrandos(as) e regentes.

Os detalhes para acessar cada ferramenta e suas funcionalidades encontram-se

no Tutorial do Moodle para Coordenadores e Regentes do PROFSAÚDE

disponi-bilizado no AVA.

8

ACOMPANHANDO O CURSO

ATRAVÉS DO MOODLE

(33)

9

PAPEL DO(A) REGENTE

A atuação do regente se pauta nas bases legais fundamentadas na Lei de

Diretrizes e Bases (LDB nº 9.394/96) e demais documentos que normatizam a

atuação a distância.

Assim, pretende-se que a atuação do regente seja desenvolvida com fluência

tecnológica – técnica, prática e emancipatória – oportunizando a construção

de novos conhecimentos e soluções práticas para o educando.

Ser fluente tecnologicamente significa conhecer e apropriar-se das ferramentas educacionais, seus princípios e aplicabilidade em diferentes situações. Criar, corrigir, modificar interativamente diferentes ferramentas e artefatos, compartilhando novos conceitos, funções, programas e ideias. Aplicar de forma sistemática e científica os conhecimentos, adaptando-os às próprias necessidades de cada contexto (MALLMANN et al, 2012).

A fluência tecnológica compreende a dimensão técnica quando se trata do

domínio das habilidades básicas para o trabalho com o computador, que leva à

dimensão prática, permitindo que se compreenda e crie atividades de estudo,

conforme algumas ações exemplificadas anteriormente.

(34)

A seguir estão elencadas algumas competências (KONRATH, 2009) necessárias ao

desempenho do papel de regente:

• Conhecer o conteúdo;

• Conhecer as ferramentas utilizadas pelo curso;

• Criar estratégias de ensino que propiciem novas aprendizagens e discussões;

• Incentivar e acompanhar as atividades desenvolvidas pelo(a) mestrando(a);

• Estabelecer diálogo constante com os(as) mestrandos(as) e professores(as).

No contexto do curso, o(a) regente tem o papel de mediar a interação do(a)

mestrando(a) com a turma e com os objetos de estudo. É compreendido como um

sujeito que participa ativamente da prática pedagógica, por meio de atividades

desenvolvidas à distância e/ou presencialmente, ao longo do curso. Sua função é

favorecer o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem.

Atribuições básicas do(a) Regente:

• Comunicar-se de maneira clara e dialógica no contato com o(a) mestrando(a);

• Acompanhar e motivar a participação do(a) mestrando(a) no moodle,

identificando seus avanços e dificuldades;

• Divulgar os resultados parciais e totais dos trabalhos do(a) mestrando(a),

incentivando-o(a), inclusive, a produzir trabalhos científicos acerca das

atividades do curso;

• Esclarecer as dúvidas do(a) mestrando(a), retornando o contato o mais

breve possível;

• Facilitar a interação do(a) mestrando(a) com o ambiente moodle,

esclarecendo sobre suas ferramentas e recursos disponíveis;

• Selecionar material de apoio e sustentação teórica aos conteúdos;

• Manter contato com o(a) responsável nacional da disciplina dialogando

sobre suas dúvidas e possibilidades de melhoria dos conteúdos.

• Ficar atento (a) aos prazos de entrega das avaliações;

• Buscar a coordenação sempre que precisar de apoio institucional e/ou

pedagógico;

(35)

Sempre que houver necessidade de conversar sobre as disciplinas e esclarecer

dúvidas de conteúdo e dos materiais disponibilizados no PROFSAÚDE, os(as)

professores(as) regentes podem contatar os responsáveis nacionais das disciplinas

através do “Espaço de Educação Permanente-PROFSAÚDE”, no moodle, acessando

o link https://cursos.campusvirtual.fiocruz.br/enrol/index.php?id=268 e também

nos contatos que constam no quadro disponibilizado a seguir:

Quadro 3: Responsáveis nacionais das disciplinas3 do PROFSAÚDE

DISCIPLINA

RESPONSÁVEL

NACIONAL

CONTATO

Atenção Integral na

Saúde da Família Denise Silva da Silveira atencao.profsaude@fiocruz.br Educação na Saúde Maria de Fátima Antero Sousa

Machado educacao.profsaude@fiocruz.br Planejamento e Avaliação

na Saúde da Família Sandra Maria Spedo planejamento.profsaude@fiocruz.br Produção do

Conhecimento em Serviços de Saúde

Fernando Carlos

Vinholes Siqueira producao.profsaude@fiocruz.br Atenção e Gestão do

Cuidado

Débora Dupas Gonçalves do

Nascimento gestao.profsaude@fiocruz.br Promoção da Saúde José Ivo dos Santos Pedrosa promocao.profsaude@fiocruz.br Sistema de Informação

no Cuidado e na Gestão Elaine Tomasi sistema.profsaude@fiocruz.br Seminários de

Acompanhamento Sharmênia de Araújo Soares Nuto seminarios.profsaude@fiocruz.br Fonte: Os(as) autores(as), 2020.

3 A disciplina de Tópicos Especiais em Saúde da Família não tem responsável nacional, por se tratar

de uma disciplina flexível cujos temas são baseados nas necessidades e demandas de saúde em nível regional e estadual para o fortalecimento da Atenção Básica/Atenção Primária, desenvolvimento da docência e preceptoria.

(36)

9.1 AÇÕES PARA PROMOVER

A PARTICIPAÇÃO NAS DISCUSSÕES

Promover a interação em Ambientes Virtuais de Aprendizagem caracteriza-se um

desafio que demanda esforços de todos(as) aqueles(as) que fazem acontecer os

cursos na modalidade EaD. Há evidências científicas (ROBLYER, 2003; ABOVSKI

et al, 2012) que confirmam que a interação entre professores(as) e estudantes

torna-se fator decisivo para a qualidade da oferta, bem como das discussões

desenvolvidas nesses momentos.

Por isso, é importante que o(a) professor(a) regente, tenha conhecimento acerca

dos conteúdos do curso e perceba os interesses do(a) mestrando(a) para que possa

ampliar as reflexões, trazendo questionamentos de qualidade e fundamentados nos

materiais de apoio, mediando as contribuições do(a) mestrando(a) e

convidando-o(a) a participar dos fóruns e socializar seus conhecimentos no moodle.

Destaca-se que a qualidade, a frequência e o impacto das interações são

considerados aspectos relevantes para obter efetividade na mediação dos fóruns.

Como os fóruns são ferramentas importantes na socialização de experiências

e produção de conhecimento de forma coletiva, sua participação frequente é

imprescindível para criar um ambiente rico em aprendizagens e interações entre

colegas e regente. Para isso, sugerimos que o(a) regente:

• Se refira ao(a) mestrando(a) pelo nome;

• Tenha agilidade nas interações;

• Quando necessário, proponha novos tópicos visando aprofundar ou garantir

a motivação para a participação nas discussões;

• Incentive a criação de cadeias enunciativas em que três pessoas ou mais

discutam alguma questão;

• Faça intervenções acolhedoras, mas também desafiadoras;

• Acompanhe as produções garantindo a coerência nas interlocuções e o

embasamento nos referenciais teóricos;

• Estabeleça trocas amigáveis demonstrando empatia;

• Esclareça o nível da participação esperada. Para isso, verifique os critérios de

avaliação propostos pelo(a) professor(a) que elaborou a disciplina e oriente

os(as) mestrandos(as);

(37)

• Quando as contribuições dos(as) mestrandos(as) não forem de acordo com

o solicitado, encontre uma maneira de contorná-la e crie uma consideração

construtiva para o momento;

• Seja um facilitador de processos, para que o(a) mestrando(a) entenda e

aja de acordo com a etiqueta, não ofendendo os outros e tampouco se

afastando do tópico da discussão;

• Finalize a discussão com uma síntese (resumo) do tema ou designe a tarefa

a um(a) mestrando(a) ou a um grupo de mestrandos(as);

• Oriente os(as) mestrandos(as) a alterar o título do tópico da resposta em

uma discussão no fórum, para evitar o automático “Re: Re: Re: Re: Re: Re:

Re:...” que acaba escondendo o verdadeiro título do tópico.

(38)

REFERÊNCIAS

ABOVSKI, A.; ALFARO, J. A.; RAMÍREZ, M. S. Relaciones interpersonales virtuales en

los procesos de formación de investigadores en ambientes a distancia.

Sinéctica

,

39, julio-diciembre, 2012.

KONRATH; M.L.P., TAROUCO, L.M.R., BEHAR, P.A. Competências: desafios para

alunos, tutores e professores da EaD.

RENOTE

, V. 7 nº 1, julho, 2009.

MALLMANN, E. et al.

Fluência Tecnológica na Prática de Tutores no

Moodle. IX

ANPED SUL – Seminário de Pesquisa em Educação na Região Sul. 2012.

ROBLYER, M. D.; WIENCKE, W. R. Design and use of a rubric to assess and

encourage interactive qualities in distance courses.

The American Journal of

Distance Education

, 17(2), 77-98, 2003.

SANTOS, L.

Auto-avaliação regulada: por quê, o quê e como?

Mar. 2002.

Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/textos/DEBfinal.pdf

Acesso em: 07 jan. 2020.

(39)

ANEXOS

1. Projeto Pedagógico do Curso Mestrado Profissional

em Saúde da Família – PROFSAÚDE

2. Resolução Nacional de Aproveitamento de Créditos

para Atividades Complementares no Mestrado Profissional

em Saúde da Família – PROFSAÚDE

3. Instrumento de Autoavaliação e Caracterização do Perfil

Profissional dos Alunos – PROFSAÚDE

4. Instrumento de Autoavaliação de Disciplina

5. Instrumento de Avaliação Final do 1º Semestre

6. Instrumento de Avaliação Final do 2º Semestre

7. Instrumento de Avaliação dos Concluintes do PROFSAÚDE

8. Instrumento de Avaliação do Curso-Coordenadores

9. Instrumento de Avaliação do Curso-Regentes

10. Resolução Nacional de Conclusão do Mestrado Profissional

em Saúde da Família - PROFSAÚDE

11. Regimento do Mestrado Profissional em Saúde

da Família em Rede Nacional – PROFSAÚDE

(40)

Anexo 1

PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO MESTRADO

PROFISSIONAL EM

SAÚDE DA FAMÍLIA –

PROFSAÚDE

(41)

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE

DA FAMÍLIA – PROFSAÚDE

Anexo 1

1. APRESENTAÇÃO

O Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE) é uma proposta de pós-graduação stricto sensu em rede nacional, constituída por 22 instituições de ensino lideradas pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ). O programa conta com a retaguarda do Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), instituição que tem por finalidade atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do desenvolvimento da modalidade de educação a distância na área da saúde. A proposta foi apresentada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e apoiada pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e pela Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM).

Considerando que a Constituição Federal de 1988 (art.200 inc. III)1 e a Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/1990 (art.6 inc. III)2 determinam que o SUS é o ordenador da formação dos profissionais da área, este curso tem a finalidade de atender a necessidade de formação de profissionais de saúde que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF)/Atenção Básica (AB) nos diversos municípios brasileiros, preparando-os para atuarem como docentes nas pós-graduações e graduações da área de saúde e como preceptores na ESF e nas residências multiprofissionais e médicas, com ênfase naquelas da área de saúde coletiva, promovendo profunda integração ensino-serviço, fortalecendo a rede de serviços do SUS e afirmando o seu papel como campo de práticas formativas.

Alinhado Política Nacional de Atenção Básica (2017)3, na busca da superação de obstáculos estruturais e consolidação da ESF como política pública efetiva e prioritária na Atenção Primária à Saúde (APS) e na busca da reafirmação dos valores constitucionais de universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação da comunidade, o Curso fomentou parcerias entre instituições acadêmicas e gestores da saúde pública para a produção de novos conhecimentos e inovações para a APS, considerando as diversidades regionais e locais e as realidades socioeconômicas e sanitárias.

O presente projeto tomou como base experiências anteriores, como os Mestrados Profissionais de Saúde da Família da Rede Nordeste (RENASF), da ENSP/FIOCRUZ e da FIOCRUZ Mato Grosso do Sul/UFMS, e os cursos de especialização da Rede UNA-SUS,

(42)

em especial os da Universidade Federal de Pelotas/UFPel e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/UFCSPA.

O Ministério da Saúde é a instituição demandante e financiadora deste Mestrado Profissional em Saúde da Família, o qual possui como instituições certificadoras:

1. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ - AM, CE, DF, MS, PE e RJ) 2. Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

3. Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) 4. Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

5. Universidade do Sul da Bahia (UFSBA) 6. Universidade Federal do Piauí (UFPI) 7. Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 8. Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 9. Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) 10. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) 11. Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) 12. Universidade Federal de Uberlândia (UFU) 13. Universidade Estadual Paulista (UNESP) 14. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 15. Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) 16. Universidade Federal Fluminense (UFF) 17. Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

18. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) 19. Universidade Federal do Paraná (UFPR)

20. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) 21. Universidade Federal do Tocantins (UFT)

(43)

2. CONCEPÇÃO DO CURSO

2.1 JUSTIFICATIVA

Em 1996, com a regulamentação da Norma Operacional Básica4, que disciplina o repasse direto de recursos do Ministério da Saúde para as secretarias municipais de saúde com base no tamanho da população e não nos procedimentos realizados, os serviços da ESF iniciaram um processo de expansão, porém com dificuldade de completar as equipes, em especial em áreas de baixo desenvolvimento humano e alta vulnerabilidade social, pela carência de profissionais médicos.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2011, o Brasil tinha 1,8 médicos/1.000 habitantes, proporção inferior a outros países que contam com um sistema universal de saúde, como o Reino Unido, que tem 2,7 médicos/1.000 habitantes, ou países com nível de desenvolvimento semelhante, como a Argentina, com 3,2 médicos/1.000 habitantes. Esta carência de médicos ocorria em todas as regiões do país. Cinco estados tinham menos de 1 médico/1.000 habitantes (AC, AP, MA, PA, PI), somente quatro estados (RJ, SP, RS, ES) e o DF tinham mais do que 2 médicos/1.000 habitantes e 700 municípios brasileiros não contavam com um médico residente5,6

.

A Política Nacional da Atenção Básica, publicada em 20173, aponta o nível de atenção da ESF como estruturante do sistema de saúde, sendo sua principal porta de entrada e ordenador das redes de atenção, visando à equidade, integralidade, longitudinalidade e coordenação do cuidado. Reconhecendo as crescentes evidências da maior adequação, desempenho e efetividade da Estratégia de Saúde da Família em comparação com o modelo tradicional7,8, reafirma-se a ESF como o modelo de atenção a ser gradualmente implementado no SUS.

Apesar da ampliação do acesso à ESF para mais de 40.000 equipes, cobrindo mais de 60% da população5 e do melhor desempenho em relação ao modelo tradicional, estudos apontam problemas na qualidade da atenção à saúde7,9,10

.

Em 2005, o número de vagas nas especializações ou residências correspondiam a apenas 7% do número de equipes de ESF11, resultando em importante limitação de acesso dos profissionais de saúde à formação específica.

Várias iniciativas foram tomadas para reverter este quadro. Foi criada a rede UNA-SUS para ofertar especialização em larga escala para os profissionais inseridos na ESF e foi criado o Programa de Valorização da Atenção Básica (PROVAB), buscando estimular os profissionais médicos brasileiros para atuarem em áreas remotas e de difícil provimento.

Além disso, como estas iniciativas não eram capazes de prover médicos em quantidade suficiente para atender a população, a Presidência da República editou a Medida Provisória nº 621/201312, posteriormente convertida pelo Congresso Nacional na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013 que instituiu o Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB)13. Esse Programa visou ampliar o número de vagas nas escolas médicas; ampliar as vagas de residência médica, priorizando regiões de saúde com menor relação de vagas

(44)

e médicos por habitante; estabelecer novos parâmetros para a formação médica no país e promover, nas regiões prioritárias do SUS, o aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica em saúde, mediante integração ensino-serviço, inclusive por meio de intercâmbio internacional13.

O Mestrado Profissional em Saúde da Família é uma estratégia para formar os profissionais necessários para atender a expansão da graduação e pós-graduação, bem como à educação permanente de profissionais de saúde, apoiando a consolidação do modelo da Estratégia de Saúde da Família mediante o fortalecimento de conhecimentos relacionados à atenção primária em saúde, à gestão em saúde e à educação.

Em relação à atenção primária em saúde, a proposta pedagógica do Curso toma como desafio avançar na superação da concepção biomédica centrada fortemente na doença, frequentemente fragmentada e com uma perspectiva restrita de identidade profissional, substituindo-a pela concepção da atenção ao indivíduo enquanto sujeito social inserido no contexto das suas relações, tendo como premissa que o adequado cuidado individual é inseparável da compreensão das dinâmicas coletivas14,15.

Em relação à educação em saúde, a proposta pedagógica toma como desafio avançar na superação da concepção da educação bancária, centrada no professor como narrador da realidade, transmissor de um conhecimento estático, substituindo-a pela concepção da educação enquanto processo dinâmico, construção social, centrada na aprendizagem do sujeito16,17

.

A concepção pedagógica para atender à expectativa de formação de profissionais comprometidos com a ESF, que tem o usuário como sujeito do ato de cuidado, é justamente a que tem o estudante como sujeito de sua própria aprendizagem.

2.2 OBJETIVOS

• Formar profissionais de saúde para exercerem atividades de atenção à saúde, docência e preceptoria, produção de conhecimento e gestão em Saúde da Família; • Fortalecer as atividades educacionais de atenção à saúde, produção do conhecimento

e de gestão em Saúde da Família nas diversas regiões do país;

• Articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da ESF;

• Estabelecer uma relação integradora entre o serviço, os trabalhadores, os estudantes da área de saúde e os usuários.

2.3 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

A concepção pedagógica do PROFSAÚDE buscando atender aos anseios de aprimoramento da APS e do estabelecimento de novos parâmetros para a formação dos profissionais presentifica conhecimentos que não são novos, mas que, no entanto, não são atuados na realidade. A Association of American Medical Colleges(1984) sustentava que o foco na abordagem de informação excessiva na educação médica deveria ser movimentada para

(45)

colocar a aquisição e o desenvolvimento de habilidades, valores e atitudes através da integração de temas que conciliasse ciências biomédicas, psicossociais e clínicas18.

Além disso, com o vertiginoso avanço do conhecimento, seria impossível absorver durante um curso de qualquer nível, graduação, mestrado ou doutorado, todo o conhecimento existente em determinada área e muito menos todo conhecimento necessário ao exercício profissional ao longo da vida, pois novos conhecimentos são continuamente gerados18.

Assim, conclui-se que é fundamental o desenvolvimento da habilidade e do compromisso de aprender continuamente, tudo que for necessário para o bom exercício profissional18; o que está em acordo com os quatro pilares para a educação ao longo da vida sistematizados no relatório Delors, UNESCO (1996): o desenvolvimento da competência para aprender a aprender, fundamentada no aprender a ser e aprender a conviver para aprender a fazer20.

Cada vez há melhor compreensão do processo de aprendizagem, do aprender a aprender. Howard Gardner apresenta pesquisas que demonstram que estudantes bem treinados, que exibem todos os sinais de sucesso – frequência contínua em boas escolas, notas altas e altos resultados em testes – tipicamente não apresentam um entendimento adequado dos materiais e conceitos que estudaram, muitas vezes mostrando-se incapazes de resolver problemas reais que se apresentam em forma ligeiramente diferente daquela em que lhes foram apresentadas academicamente. Isto ocorre porque, diante da situação real, o indivíduo mobiliza naturalmente aprendizagens construídas por vivência em detrimento dos conhecimentos acadêmicos.

Perrenoud19, p.4 define competência como a “...capacidade de ação eficaz em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”19. Esta capacidade precisa da memória vivencial, flexível, que permite mobilizar recursos variados, é resultado de uma colagem da memória, muitas vezes de pequenos detalhes, de inúmeras situações vivenciadas trazidas ao evento presente de forma inconsciente. Perrenoud exemplifica a partir da competência do profissional médico e conclui dizendo:

Nos casos em que a situação sair da rotina, o médico é exigido a fazer relacionamentos, interpretações, interpolações, inferências, invenções, em suma, complexas operações mentais cuja orquestração só pode construir-se ao vivo, em função tanto de seu saber e de sua perícia quanto de sua visão da situação. 19, p.4

O conjunto de processos mentais e atitudes postos em ação na situação são componentes de esquemas de funcionamento. Seria muito desgastante se tivéssemos que “reinventar a roda” a cada vez que fosse necessária, por isso os seres vivos, conforme vão se desenvolvendo, vão estruturando esquemas de funcionamento, constituídos por hábitos e correspondentes sinapses neurais, adequados para as diversas situações comuns da vida. Quanto mais rica a vida, quanto maior o número de situações semelhantes vividas, maior o número de esquemas disponíveis para aqueles tipos de situação e mais flexíveis, de modo a serem facilmente intercambiáveis21.

(46)

Este é o raciocínio clínico, impossível de ser completamente expresso em palavras, que envolve muita intuição (a qual depois é explicada/ratificada pelo conhecimento sistematizado), que depende do estabelecimento da relação médico-paciente e que é aprendido inicialmente por imitação.

Justamente porque a aprendizagem inicial ocorre por imitação, é extremamente importante que o profissional que o estudante encontra em sua prática, que encontra no serviço, possa ser seu preceptor; isto quer dizer: seja modelo de boa prática, tanto em relação ao raciocínio clínico, como no que se refere à relação estabelecida com o usuário, considerando-o como sujeito ativo, responsável pelas escolhas referentes à sua condição de saúde, pois o aprendiz inevitavelmente absorverá, além de conhecimentos e habilidades, valores e atitudes. A melhoria da atenção e da gestão do serviço pelo conhecimento e atitudes dos preceptores são exemplos de boas práticas fundamentais para a educação.

Estes conhecimentos que apontam a importância da prática, da vivência, da aprendizagem significativa, fundamentam a opção pelo formato de mestrado profissional e a concepção pedagógica do PROFSAÚDE. O Mestrado Profissional enfatiza a desejável parceria entre as instituições de ensino-pesquisa e o serviço, o fortalecimento de redes de saúde-escola, compreende os serviços de saúde como locais de produção de conhecimento e não apenas de geração de dados e reconhece a capacidade de reflexão crítica dos profissionais da atenção básica para mobilizar a consolidação do modelo da ESF.

A concepção pedagógica do PROFSAÚDE, caracterizada por ser centrada na aprendizagem do sujeito , respeitando sua autonomia e acolhendo a bagagem de conhecimentos e experiências que traz de sua vivência, permite que se aproveite recursos do sujeito que são poderosos para aprendizagem:

• envolvimento do desejo do aluno e compromisso para aprender, sentimentos favorecidos por uma estreita relação pessoal e de admiração entre aluno e preceptor/professor;

• reforço do desejo de aprender que vem do sucesso na aprendizagem - sentimento favorecido pela aprendizagem independente, pela confiança construída sobre escolhas que deram certo, pequenas, mas constantes realizações;

• curiosidade sobre as relações entre eventos, oportunizada pela observação e atiçada pela dúvida sobre a explicação comumente aceita - estimula a criação de hipóteses que levam a mais observação, experimentação e eventualmente a busca por uma explicação didática; • necessidade de repetição - desejo, confiança e curiosidade não resultam em nada se

exercidos uma única vez ou em intervalos longos e raros, é necessário tempo para aprendizagem independente, de modo a que o estudante repita pelo tempo que necessitar, mas a repetição deve ser espontânea; exercícios repetitivos impostos são desastrosos, repetição espontânea leva a maestria;

• busca de significado e necessidade de integração – é necessário juntar o conhecimento de muitas fontes para lidar com qualquer situação da realidade, portanto, a proposta pedagógica deve estar atenta para oportunizar vivências que mobilizem a busca por determinados conteúdos e, ao mesmo tempo, integrar e harmonizar conteúdos das diversas disciplinas em situações complexas18,22.

(47)

Como enfoque centrado na aprendizagem do sujeito, a concepção pedagógica do PROFSAÚDE tem as seguintes características:

• valoriza a competência para aprender, considerando habilidades e atitudes que fundamentam aprendizagem e pensamento eficazes tão importantes quanto o conhecimento específico adquirido;

• valoriza a disponibilidade de tempo para aprendizagem independente, autodirigida e redução de exposição de informações didáticas, pois a independência para a aprendizagem é condição da aprendizagem centrada no sujeito, assim o tempo para aprendizagem independente deve ser maior do que o tempo preso à programação do professor; • valoriza relações personalizadas e de longa duração estudante-professor, estudante-

preceptor, estudante-estudante, profissional de saúde-usuário do serviço de saúde; • propõe aprendizagem explicitamente comprometida com a realidade, com o SUS e,

portanto, desenvolvida como reflexão sobre a prática; promovendo à integração entre o conhecimento que está sendo construído e o trabalho que está sendo desenvolvido junto à população;

• propõe interdisciplinaridade, pois a aprendizagem comprometida com a realidade, baseada na visão holística do ser humano e da aprendizagem, implica integração, já que a realidade não se apresenta como disciplinas estanques;

• enfatiza o desenvolvimento das competências docentes e o desenvolvimento do papel de professor de acordo com esta concepção18.

2.4 PERFIL DO ALUNO

O Curso é direcionado a profissionais de saúde, em especial aqueles da atenção básica e Saúde da Família, com atuação e/ou interesse em docência/preceptoria.

2.5 PERFIL DO EGRESSO

Espera-se formar profissionais com capacidade de:

• realizar e coordenar atividades de docência e preceptoria; • ter compromisso de aprendizagem ao longo da vida; • desenvolver projeto de pesquisa e de intervenção;

• produzir conhecimento no campo da Saúde da Família a partir da prática no serviço; • utilizar informações em saúde para tomada de decisão;

• planejar, implementar, monitorar e avaliar as ações de saúde na ESF;

• desenvolver atividades de promoção da saúde, reconhecendo saberes e práticas existentes no território;

• realizar a gestão da clínica na APS;

• atuar na APS, incorporando criticamente as políticas públicas de saúde como referenciais.

Referências

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