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Academic year: 2021

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AS PERSPECTIVAS TEÓRICAS DE LEITURA DA PROVA BRASIL.

ROSILENE DA SILVA DE MORAES CAVALCANTI (UEM).

Resumo

Por reconhecer a importância da leitura, o Ministério da Educação implantou a Prova Brasil, que é um instrumento utilizado para avaliar a situação de ensino e aprendizagem de leitura nas séries finais de ciclos das escolas públicas. Dessa forma, esta pesquisa investiga quais as perspectivas conceituais teóricas que subsidiam a Prova Brasil, aplicada à 4ª série do ensino fundamental, objetivando contribuir para os estudos sobre a formação do leitor na escola. A pesquisa, subsidiada pelas teorias sobre leitura desenvolvidas pela Linguística Aplicada, investigou os conceitos de leitura que estão presentes na Prova Brasil e quais aspectos conceituais básicos sobre leitura são utilizados na elaboração e composição das atividades. Para identificar esses aspectos, utilizou–se como corpus de investigação a Prova Brasil e a Matriz de Referência de Língua Portuguesa que serve de base para a elaboração da avaliação. Com o levantamento desses aspectos teóricos, identificaram–se os seguintes quesitos: a) recorrência de informações implícitas; b) inferências; c) pista textual; d) relação textual entre muitos outros conceitos teóricos, que se mostram necessários ao trabalho com os alunos, no ensino de leitura, para a formação e o desenvolvimento de um leitor competente dentro dos parâmetros pretendidos pelo sistema escolar brasileiro. Assim, nesta comunicação, são apresentados os aspectos conceituais básicos de leitura, que subsidiam a Prova Brasil, que têm por finalidade a formação e o desenvolvimento do aluno–leitor competente. Palavras–chave: leitura, avaliação, formação do leitor, Prova Brasil.

Palavras-chave:

leitura, formação do leitor, Prova Brasil.

Considerações iniciais

A leitura tem papel fundamental no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e, embora muitas vezes seja deixada em segundo plano, nenhuma outra atividade poderá ser desenvolvida sem tê-la como base.

Reconhecendo a importância da leitura, o Ministério da Educação, por intermédio do Instituto Nacional de Pesquisas (Inep), criou a Prova Brasil, que é o instrumento avaliativo utilizado para medir a situação do ensino de leitura, nas séries finais de ciclo das escolas públicas, estaduais e municipais urbanas. Ela foi desenvolvida com a finalidade de diagnosticar as deficiências presentes no ensino público urbano e avaliar a qualidade de ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro, respaldando as alterações possíveis.

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Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo analisar esse instrumento de avaliação, buscando identificar as perspectivas teóricas de leitura que o subsidiam e os aspectos conceituais utilizados na sua constituição. Espera-se que os resultados apresentados sirvam de auxílio para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de leitura na sala de aula.

Concepções de leitura

A leitura, além de ser uma forma de lazer, é uma das atividades básicas no processo de escolarização, sendo, por isso, de fundamental importância conhecer processos adequados para que se alcançar os objetivos propostos no ensino– aprendizagem de língua materna. Como prática de ensino, a leitura apresenta resultados diferenciados de acordo com a concepção adotada pelo docente em suas práticas de sala de aula. Por isso, é necessário fazer uma escolha adequada da concepção de leitura para que alcance os objetivos propostos. Cada forma de conceber a leitura tem um enfoque diferenciado, que vai desde a simples decodificação à interação do leitor com o texto.

A Lingüística Estruturalista concebe a leitura como decodificação, ou seja, a competência de passar do código escrito para o código oral. Esse tipo de leitura é considerado por Kleiman (1993) como uma prática empobrecedora que em nada modifica a visão de mundo do aluno. Já a Linguística Aplicada desenvolve outros estudos em que a leitura pode ser concebida como uma relação texto/leitor e, dentro dessa concepção, pode apresentar-se de três formas: a) dando ênfase ao texto; b) dando ênfase ao leitor; e c) dando ênfase ao processo de interação entre o leitor e o texto.

Leffa (1996), ao abordar sobre as duas primeiras possibilidades, as apresenta como restritas e antagônicas, uma vez que a primeira concebe a leitura como extração de significados do texto, ou seja, o enfoque maior está no texto e a segunda concebe a leitura como atribuição de significado ao texto, dando maior enfoque ao leitor. Ao dar ênfase ao texto, a concepção de leitura não está preocupada em ter um leitor ativo, capaz de buscar no texto informações ou dialogar com ele. A grande desvantagem dessa perspectiva é que o texto passa a ser um simples recurso para estudos gramaticais.

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A partir do momento em que a concepção de leitura passa a ter seu enfoque voltado para o leitor, ela defende a construção de sentido de modo descendente, ou seja, vai do leitor ao texto. A compreensão do leitor depende do seu conhecimento prévio (GOODMAN, 1987, apud MENEGASSI & ANGELO, 2005) e esse conhecimento que vai inferir no texto é diferente de leitor para leitor, por isso a construção de sentido é diversificada, mesmo tendo como base um único texto. O texto passa a refletir os segmentos da realidade, entremeados de lacunas que o leitor vai preenchendo com seu conhecimento de mundo (LEFFA, 1996).

Com o objetivo de conciliar o leitor e o texto, sem dar maior importância a um deles, mas levando-os a interagir entre si para construir novos sentidos, surge a perspectiva de leitura interacionista. Nela, ocorre a inter-relação entre processamentos ascendentes e descendentes na busca da construção de significados e produção de sentidos. Quando o enfoque é interacionista, a construção de sentidos não depende simplesmente do conhecimento prévio do leitor ou das informações contidas no texto. Os sentidos são construídos através das informações implícitas e explícitas fornecidas pelo texto. O leitor interacionista não se limita a querer entender o que o texto diz, mas, porque o autor diz o que diz, e como leitor, quais as estratégias que utiliza para construir sentido nessa situação socialmente definida.

O processo de leitura, segundo Cabral (1986 apud MENEGASSI, 1995), possui quatro etapas: decodificação, compreensão, interpretação e retenção. Cada etapa deve ser tratada com a mesma importância, pois, uma etapa é a base para a consecutiva. A decodificação consiste no reconhecimento dos símbolos escritos e de sua ligação com os respectivos significados e pode desenvolver-se em dois níveis: primário e secundário. Entretanto, a compreensão só ocorrerá no nível secundário em que o leitor irá apreender o significado das palavras e expressões até o momento desconhecidas a partir do contexto em que estão inseridas (MENEGASSI, 1995).

A compreensão pode ocorrer em três diferentes níveis: literal, inferencial e interpretativo (MENEGASSI, 1995). No primeiro, o leitor faz uma leitura superficial sem inferir sobre o texto para, no segundo, desenvolver uma leitura mais aprofundada, retirando as informações implícitas e explícitas no texto. Entretanto, é no nível interpretativo de compreensão que o conhecimento prévio une-se ao apresentado no

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texto, ampliando seus conhecimentos, reformulando seus conceitos e ampliando seus esquemas sobre a temática do texto.

Para que o processo de leitura possa ser concluído de maneira satisfatória, além de compreender e interpretar o texto, é necessário que o leitor consiga reter o novo conhecimento, que resultará num novo texto.

Prova Brasil

A Prova Brasil é uma avaliação diagnóstica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, que tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino, oferecido pelo sistema educacional brasileiro, a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos e avalia alunos de 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental da rede pública e urbana.

É uma avaliação que procura avaliar a competência leitora dos alunos, buscando identificar quais habilidades já conquistaram, quais estão desenvolvendo e as que ainda precisam alcançar para tornarem-se leitores competentes (DELMANTO et al. 2007). Entretanto, o seu foco de avaliação não é o aluno, mas a escola, funcionando como avaliação censitária que oferece os resultados de cada escola participante da rede municipal e estadual.

A elaboração da avaliação é feita a partir de Matrizes de Referência, que reúne o conteúdo a ser avaliado em cada série, descrevendo as habilidades a serem avaliadas e as orientações para a elaboração das questões. Essas matrizes têm como base os Parâmetros Curriculares Nacionais e as propostas curriculares dos estados brasileiros e de alguns municípios.

As matrizes não englobam todo o currículo escolar e estão subdivididas em tópicos ou temas e estes em descritores, em que cada descritor associa conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelos alunos para traduzirem certas competências e habilidades.

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Tópico I - Procedimentos de Leitura - Avalia a capacidade de atribuir sentido

aos textos, ao verificar se o aluno desenvolve uma leitura mais aprofundada ou superficial.

Descritores 4ª/5º EF

Localizar informações explícitas em um texto. D1 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. D3 Inferir uma informação implícita em um texto. D4 Identificar o tema de um texto. D6 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. D11

Tópico II - Implicações do Suporte, do Gênero e/ou Enunciador na Compreensão do Texto - Tem sua atenção voltada para as implicações do suporte,

do gênero ou do enunciador na compreensão do texto. Requer dos alunos a interpretação de textos que conjugam duas linguagens – a verbal e a não-verbal – e o reconhecimento da finalidade do texto por meio da identificação dos diferentes gêneros textuais.

Descritores 4ª/5º EF

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

D5 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. D9

Tópico III - Relação entre Textos - Especifica a relação entre textos e requer uma

atitude crítica e reflexiva às diferentes ideias relativas ao mesmo tema, encontradas em um mesmo ou em diferentes textos, pelo aluno.

Descritores 4ª/5º EF

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

D15

Tópico IV - Coerência e Coesão no Processamento do Texto - Preocupa-se com a

textualidade e está voltado para os elementos que colaboram na construção da sequência lógica entre as ideias e o estabelecimento de relações entre as partes de um texto: coesão e coerência.

Descritores 4ª/5º EF

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D2 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a

narrativa.

D7 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. D8 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por

conjunções, advérbios etc.

D12

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exercícios no qual o aluno deve identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados e os efeitos de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

Descritores 4ª/5º EF

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. D13 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras

notações.

D14

Tópico VI - Variação linguística - Avalia as variações linguísticas, procurando

verificar se o aluno percebe as razões dos diferentes usos e se tem noção do valor social que a eles é atribuído.

Descritores 4ª/5º EF

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

D10 Como se pode observar, a matriz de referência que norteia as provas de Língua Portuguesa está estruturada sobre o foco da leitura que requer a competência de apreender o texto como construção de conhecimento em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação. Os descritores não seguem uma ordem crescente por estarem agrupados pelas habilidades que avaliam

Na perspectiva de assumir o texto como objeto de estudo, os descritores têm como referência algumas das competências discursivas dos sujeitos, tidas como essenciais na situação de leitura.

Aspectos conceituais de leitura presentes na Prova Brasil

O primeiro levantamento realizado foi para identificar os aspectos conceituais necessários para a realização dos exercícios propostos em cada tópico. No quadro a seguir, os descritores estão reorganizados em ordem crescente, diferentemente da forma apresentada na Prova Brasil, sendo possível identificar os aspectos conceituais de leitura exigidos em cada descritor.

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D1 Informação explícita-literal Paráfrase Pista Textual D9 Reconhecimento do gênero Objetivo/finalidade do texto Diversificação de gêneros D2 Coesão textual Articulação e progressão textual Relação textual Compreensão D10 Locutor / interlocutor Linguagem formal/informal Variedades linguísticas D3 Inferências Sentido conotativo e denotativo Informações implícitas D11 Fato narrado/fato discutido/comentado Fato/opinião

Opinião no texto/ opinião textual Integração/articulação textual Autor/narrador/personagem Inferências D4 Informações pressupostas Identificação de gênero textual Diferenciar o real do imaginário D12 Relações de coerência (lógico-discursivas) Identificar a idéia estabelecida no texto Marcadores lógico-discursivos D5 Linguagem verbal e não-verbal Interpretação Composição gráfica D13 Ironia e humor Pontuação Notação

Texto verbal e não-verbal Efeitos de sentido

D6 Assunto e tema

Sentido global e restrito

D14 Efeitos decorrentes do uso da pontuação

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do texto

Figuras de linguagem Organização

argumentativa

tratados de forma diferente Ironia e humor

D7 Texto narrativo

Enredo, conflito e ação dos personagens Personagens e narrador

D15 Intenção comunicativa Ideologia presente no texto Temática em gêneros diferentes D8 Causa e consequência Problema e solução Relação textual

Com base nos levantamentos teóricos e nas análises apresentadas, fica evidente que, para realizar a Prova Brasil, espera-se um leitor competente. As características básicas desse leitor são: ser ativo, ser capaz de fazer inferências no texto, de ler entre as linhas e reconhecer as informações explícitas e implícitas presentes no texto, entre muitas outras.

Ao realizar o levantamento dos aspectos conceituais presentes na Prova Brasil, foi possível perceber que os mais recorrentes são:

a. as inferências de informações presentes nos descritores D3, D4 e D11;

b. pista textual – nos descritores D1 e D4;

c. informações implícitas- descritores D3 e D4 ;

d. ironia e humor – descritores D13 e D14;

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É possível observar que os aspectos conceituais mais decorrentes estão no Tópico I que avalia os procedimentos de leitura, evidenciando, dessa forma, a leitura como item de maior importância nesse instrumento de avaliação.

O Descritor 4, que tem como finalidade avaliar a habilidade de inferência do leitor, e o Descritor 11, que avalia a capacidade de distinguir um fato da opinião relativa a esse fato, são os descritores que exigem um maior conhecimento de aspectos conceituais relacionados a leitura.

A partir dos dados teóricos e das análises apresentadas, é possível ter uma visão do conhecimento que os alunos que participarão desta avaliação precisam ter desenvolvido. Observando o quadro sinótico anexo, que apresenta os conceitos delineados na Prova Brasil, pode-se perceber que o Tópico 1 é o mais saliente na avaliação e busca avaliar os procedimentos de leitura.

Assim, após a análise desse instrumento de avaliação, que tem como finalidade produzir informações sobre o ensino oferecido nas escolas públicas urbanas e ajudar no estabelecimento de novas metas, é possível afirmar que o ensino de leitura precisa ser valorizado e aprimorado desde a educação básica. Formar bons leitores vai muito além de ensinar a escrever o próprio nome, decodificar signos ou ser considerado alfabetizado. É necessário que o aluno aprenda, ainda na sala de aula, os aspectos conceituais básicos que o capacitarão para a leitura. Considerando que todas as demais disciplinas que formam a grade curricular dependem da leitura para serem desenvolvidas, ao formar leitores competentes o sistema de educação público como um todo será beneficiado.

Considerações Finais

A presente pesquisa teve como objetivo averiguar quais as perspectivas teóricas sobre leitura utilizadas na Prova Brasil de forma a contribuir para os estudos sobre a formação do leitor na escola.

O levantamento teórico sobre concepções de leitura foi fundamentado em teorias desenvolvidas por Linguistas que tem realizado estudos nessa área, como: Leffa (1996); Colomer & Camps (2002); Solé Galart (2001); Marcuschi (2008); Kleiman (1993) e Menegassi(1995,2005). Esse levantamento auxiliou na identificação da

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concepção de leitura que subsidia a Prova Brasil, facilitando, então, a definição do método de avaliação mais adequado para se alcançar os resultados propostos.

Para a avaliação de leitura, nem sempre é fácil definir um método único, pois o que se pode observar é que a ideia de avaliação está em constante mudança com o objetivo de adequar-se às necessidades do momento. Com base na análise da Prova Brasil, ficou evidenciado que a proposta que mais se adapta é a avaliação dialógica, que tem, como objetivo, não uma classificação, mas uma reflexão problematizadora coletiva com a finalidade de rever e adequar o processo de aprendizagem. Esse objetivo está relacionado aos objetivos propostos pela Prova Brasil, que visa avaliar a situação do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro de forma a produzir informações que auxiliem os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos, visando à melhoria da qualidade do ensino.

Ao analisar a Prova Brasil, foi possível perceber que o leitor que irá realizá-la não pode apenas decodificar códigos. É necessária uma maior competência de leitura que o permita ler, compreender e interpretar o que é apresentado no texto, independente de ser um texto verbal ou não-verbal. Essa característica de leitor pode ser identificada por meio do estudo das matrizes de referências, utilizadas na constituição da Prova Brasil, bem como por meio da análise dos exercícios propostos aos avaliados.

Com o levantamento dos aspectos conceituais que sustentam a prova, identificaram-se os seguintes quesitos: a) recorrência de informações implícitas; b) inferências; c) pista textual; d) relação textual entre muitos outros conceitos teóricos, que muitas vezes não são desenvolvidos de maneira eficiente na Educação Básica, a quem a Prova Brasil é destinada.

Para que o aluno da 4ª série esteja apto a realizar essa avaliação o trabalho com leitura realizado nas escolas precisa ser ressignificado passando a trabalhar com os alunos os aspectos conceituais identificados durante a análise da Prova Brasil, como: informações implícitas e explícitas; pista textual; paráfrase; coesão e coerência textual; articulação e progressão textual; inferências; compreensão e interpretação; informações pressupostas e subentendidas; leitura verbal e não-verbal entre outros apresentados anteriormente neste trabalho.

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É possível afirmar que a realização da pesquisa alcançou os objetivos a que se propôs ao identificar as perspectivas teóricas sobre leitura presentes na Prova Brasil de forma a contribuir com a formação de leitores competentes. Os dados aqui apresentados, por si só, não trarão nenhuma mudança, mas, se bem utilizados, certamente produzirão mudanças qualitativas no ensino escolar.

Referências

BRASIL. Prova Brasil. In:

http://www.inep.gov.br/basica/saeb/prova_brasil/. Acesso em: 01de junho de 2008.

COLOMER, T; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.

DELMANTO, D et al. Prova Brasil na escola. Material para professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escolas de Ensino Fundamental. São Paulo: CENPEC E TIDE SETUBAL, 2007.

KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes/Ed. Unicamp, 1993.

LEFFA, V. J. Aspectos da Leitura. Uma perspectiva psicolingüística. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996.

MARCUSCHI, L.A. Produção textual análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MENEGASSI, R. J; ANGELO, C.M.P. Conceitos de leitura. In: MENEGASSI, R. J. (Org.) Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005, p.15-43.

MENEGASSI, R. J. Compreensão e Interpretação no processo de leitura: noções básicas ao professor. Revista UNIMAR 17(1): 85-94, 1995.

MENEGASSI, R. J. Avaliação de Leitura. In: MENEGASSI, R. J. (org.) Leitura e

ensino. Maringá: Uem, 2005

SOLÉ GALLART. I. Evaluar lectura y escritura; algunas características de lás practicas de evaluación innovadoras. Lectura y Vida. Ano 22, 4, dicienber, 2001

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QUADRO SINÓTICO

ASPECTOS CONCEITUAIS D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 D11 D12 D13 D14 D15 *Total

Informação explícita literal 1 1

Paráfrase 1 1

Pista Textual 1 1 2

Inferências de Informações 1 1 1 3

Sentido conotativo e denotativo 1 1

Informações implícitas 1 1 2

Informações pressupostas 1 1

Identificação de gênero textual 1 1

Diferenciar o real do imaginário 1 1

Assunto /tema 1 1

Sentido global e restrito do texto 1 1

Figuras de linguagem 1 1

Organização argumentativa 1 1

Fato narrado/fato discutido/comentado 1 1

Fato/opinião 1 1

Opinião no texto/ opinião textual 1 1

Integração/articulação textual 1 1 Autor/narrador/personagem 1 1 Linguagem verbal/não-verbal 2 1 Interpretação 2 1 Composição gráfica 2 1 Reconhecimento do gênero 2 1 Objetivo/finalidade do texto 2 1 Diversificação de gêneros 2 1

Identificar assuntos iguais tratados de forma diferente 3 1

Intenção comunicativa 3 1

Ideologia presente no texto 3 1

Temática em gêneros diferentes 3 1

Coesão textual 4 1

Articulação/progressão textual 4 1

Relação textual 4 4 2

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Texto narrativo 4 1

Enredo, conflito e ação dos personagens 4 1

Personagens e Narrador 4 1

Causa e conseqüência 4 1

Problema e solução 4 1

Relações de coerência (lógico-discursivas) 4 1

Identificar a idéia estabelecida no texto 4 1

Marcadores lógico-discursivos 4 1

Ironia e humor 5 5 2

Pontuação 5 1

Notação 5 1

Texto verbal e não-verbal 5 1

Efeitos de sentido 5 1

Efeitos decorrentes do uso da pontuação 5 1

Locutor / interlocutor 6 1

Linguagem formal/informal 6 1

Variedades lingüísticas 6 1

Referências

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