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ilupas da informação e comunicação na área de Saúde entrevista

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Academic year: 2021

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entrevista

iLUPAS

PeSqUiSA NAcioNAL ideNtificA iNveStimeNtoS em tecNoLogiAS

dA iNformAção e comUNicAção NA áreA de SAúde

o baixo grau de investimento em tecnologias da informação e comunicação

(ticS) das empresas do mercado de Saúde (público e privado) aponta que

além dos problemas conhecidos, como investimento e desconhecimento,

existem outros, de igual importância, que inibem a adoção tecnológica e os

investimentos no setor. visando identificar, elencar e estudar os problemas

existentes, a Sociedade Brasileira de informática em Saúde (SBiS) prepara

pesquisa inédita que visa identificar os motivos para a baixa usabilidade das

tecnologias de informação em ambientes assistenciais. Além de levantar dados

de mercado e informações estatísticas com parâmetros comportamentais e

culturais que prejudicam a adoção tecnológica, o iLupas deve também propor

ideias, sugestões e ações que neutralizam tais obstáculos e incentivam os

investimentos em ti no setor saúde.

em entrevista exclusiva à Healthcare Brazil, cláudio giulliano da costa –

Pre-sidente da SBiS – explica o projeto iLupas e fala das resistências e barreiras

encontradas no mercado nacional. em entrevista exclusiva à Healthcare Brazil,

cláudio giulliano da costa – Presidente da SBiS – explica o projeto iLupas e fala

das resistências e barreiras encontradas no mercado nacional.

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O iLupas será uma das primeiras pesquisas centrada nos investimentos em TI na área de saúde. Quais são os objetivos e resultados esperados com o projeto?

O iLUPAs objetiva identificar cenários conceituais que inibem a baixa utilização das Tecnologias de Informa-ção nos ambientes assistenciais da saúde.

Que tipo de informações a SBIS busca coletar no mercado com o projeto?

Visa levantar dados de mercado e informações estatís-ticas voltadas a revelar parâmetros comportamentais e culturais que prejudicam a adoção tecnológica de in-formática no setor saúde

Na prática, qual será a contribuição para a indústria e aos prestadores de serviços do setor?

O baixo grau de investimento em Tecnologia das em-presas do mercado de Saúde (público e privado) deno-ta que além dos problemas conhecidos (investimento, desconhecimento das vantagens, etc.) existem outros, de igual importância, que bloqueiam os investimentos no setor. O projeto deverá identificar, elencar e estu-dar os problemas existentes, de modo a propor ideias, sugestões e ações que neutralizem os obstáculos e incentivemos os investimentos em Tecnologia no setor de Saúde.

Quais são os inibidores que impedem ou atrasam os investimentos brasileiros em TICs na área de saúde?

Alguns são mais conhecidos, tais como a barreira cultural dos profissionais de saúde na utilização da TI. Outros não estão definidos nem estudados. Então, é exatamente para responder a essa pergunta que o iLu-pas nasceu.

Qual o papel da SBIS diante deste cenário?

A SBIS tem realizado ações e projetos que possuem forte e importante impacto no cenário nacional de informática em Saúde. Especialmente, com a capaci-tação de profissionais de saúde, através dos nossos cursos e congressos, bem como através de projetos em parceria com diversas instituições, tais como a Certificação SBIS-CFM (www.sbis.org.br/certificacao), já tem contribuído para a melhoria da qualidade dos sistemas de Registro Eletrônico em Saúde.

Como avalia o investimento (público e privado) fei-to no Brasil em TI no sefei-tor da saúde, comparado ao aporte realizado por países da Europa e Estados Unidos?

Há números do volume do investimento nacional? Não há números precisos sobre o investimento nacional na área de TI em Saúde. Sabe-se que em linhas gerais o setor saúde é o que menos investe em TI. Se com-pararmos com o cenário internacional, o investimento nacional realmente é muito baixo. Especialmente agora nos EUA, através do HITECH act, o governo Obama está investindo US$ 20 bilhões só para incentivo, pro-moção e fomento da área de TI em Saúde.

Quanto à oferta de Tecnologia de Informação para o mercado de Saúde o país está up to date?

Podemos dizer que os serviços (sistemas de informa-ção em especial) estão melhorando a cada dia. Por outro lado, ainda estamos longe de ter serviços de alta qualidade. Falta ainda o reconhecimento do mercado de Saúde da importância que a TI tem para a Saúde como um todo.

entrevista

Cláudio Giulliano da Costa

Presidente da SBiS: “tenho certeza que com o passar dos anos e inclusão digital cada vez maior dos profissionais de saúde, a ti se tornará indispensável e, mais do que isso, instrumento fundamental para garantir a sustentabilidade da saúde, tanto nos aspectos clínicos quanto econômicos”

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As grandes empresas de TI, como Microsoft, Oracle e Cisco, possuem uma ação na Saúde muito tímida. E isso não é só no Brasil. Em geral, elas não possuem a especialização necessária para atuar nesse mercado. No Brasil, temos apenas duas empresas internacio-nais que são e atuam especificamente no setor de TI em saúde.

Você vê o interesse da comunidade médica com a tecnologia?

O interesse é muito baixo! Como já ouvi: “é coisa para técnicos”. Por outro lado, cabe aos especialistas em Informática em Saúde mudar isso. Médicos que, como eu, acreditam e trabalham para tornar a Informática em Saúde cada vez mais importante e reconhecida como um meio, um mecanismo, uma forma de melho-rar a qualidade do atendimento na Saúde. Tenho cer-teza que com o passar dos anos e inclusão digital cada vez maior dos profissionais de saúde, a TI se tornará indispensável e, mais do que isso, instrumento funda-mental para garantir a sustentabilidade da saúde, tan-to nos aspectan-tos clínicos quantan-to econômicos.

Por que os profissionais de saúde, sobretudo os

mé-a segurmé-ançmé-a dmé-a informmé-ação do pmé-aciente, mé-aindmé-a são justificados visto que a própria evolução tecnológica superou essas barreiras?

A resistência é sobretudo cultural. O médico é acos-tumado a registrar livremente a informação no pron-tuário em papel. Quando é necessário então registrar o atendimento do paciente num sistema informatizado (prontuário eletrônico), no qual há a necessidade de or-ganização da informação, aí temos a grande dificulda-de. O médico precisa ser treinado, tornando-se capaz de utilizar com destreza o prontuário eletrônico, assim como faz um cirurgião com seu bisturi. Por outro lado, a resistência ao uso é muitas vezes provocada por um sistema de má qualidade, com péssima usabilidade, com uma implantação que só piora e dificulta a vida do médico. Nesse cenário, não há como enfrentar a opo-sição do médico. Temos que encontrar a medida certa para que a implantação de um Prontuário Eletrônico realmente traga benefícios ao paciente e aos profissio-nais que o utilizam.

O Senado tem avançado na discussão no PLS 474/08, que prevê o uso obrigatório do prontuário eletrônico para pacientes do SUS e exige a criação

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de um cadastro nacional de usuários, unidade e pro-fissionais de saúde. Se aprovado, tanto pacientes como os profissionais poderão usar a internet para ter acesso a dados sobre exames, receitas médicas, etc. Como a SBIS vê esse projeto?

Temos acompanhado a evolução desse projeto de lei. Em nossa opinião, ele possui a virtude de trazer o tema para uma discussão nacional, dando a importância de-vida para o assunto. Entretanto, há alguns pontos para melhoria, especialmente nos aspectos técnicos, princi-palmente por ignorar tudo o que já foi feito, tudo o que já existe e funciona. Por exemplo, fala em criar cadas-tros nacionais, quando já temos o Cartão Nacional de Saúde e o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Estamos buscando os caminhos adequados para cola-borar na sua melhoria.

Ainda sobre as iniciativas governamentais, com as mudanças de direção da ANS, a TISS – que é um dos primeiros projetos nacionais a “caminhar” – es-tacionou e perdeu força. Como a SBIS vê o anda-mento da TISS, e, da TUSS, atualmente?

A TISS teve um papel fundamental para iniciar e mar-car uma padronização na troca de informação na

saúde suplementar. Acreditamos que o momento agora é de toda a sociedade, as entidades médicas, hospitalares, operadoras, todo o mercado possam se unir e, através do COPISS da ANS, atuar para fortalecer, corrigir e contribuir para a evolução do TISS, da TUSS e demais iniciativas de padronização que são a base para viabilizar a interoperabilidade no sistema de saúde.

Sobre o iLupas, quando estarão disponíveis os pri-meiros resultados? Os dados serão publicados para acesso geral?

A nossa expectativa é que no final de 2010 tenhamos os primeiros dados compilados. Haverá uma publica-ção aberta ao público e outra privada para os patroci-nadores da pesquisa.

A SBIS pretende dar continuidade a outras pesqui-sas e/ou projetos nesta área? Quais?

Em 2010, o nosso objetivo é fortalecer o iLupas. Aprender com ele, publicar os dados, intercambiar ex-periências. Enfim, é o momento de nos dedicarmos para o sucesso do projeto.

Referências

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