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Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca Escola de Governo em Saúde

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Academic year: 2021

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Ministério da Saúde

Fundação Oswaldo Cruz.

Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

Escola de Governo em Saúde

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO EM INCORPORAÇÃO DE

TECNOLOGIAS EM SAÚDE

Responsável: Profª Drª Luisa Regina Pessôa

Texto referente à conferência via internet promovida pelo Pólo Rio de janeiro da Associação Brasileira de Educação a Distância – março de 2009

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O contexto do Programa de Qualificação de Tecnologias em Saúde

Conforme a Tabela 1, até 1970 existiam no Brasil apenas 4.526 unidades de saúde, entre públicas e filantrópicas, atualmente vinculadas ao SUS. Entretanto, o crescimento absoluto destas unidades a partir da década de 1970 foi acelerado e constante, como observado na tabela. O quadro geral desse processo evolutivo fornece embasamento para a discussão do que envolve – ou representa –, nos dias de hoje, alocar recursos para expandir e transformar a rede existente.

Tabela 1 – Distribuição das unidades de saúde da Rede SUS segundo década de criação e tipo de unidade. Brasil – 2002 (excluindo-se unidades privadas)

Unidade até 1970 1071 a 1980 1981 a 1990 1991 a 2000 2001 a 2002 Sem data Total Hospitalar 2.334 1.175 1.144 1.061 54 113 5.881 Ambulatorial 1.833 5.027 11.210 14.702 2.396 1.344 36.512 SADT 361 867 1.235 2.366 312 78 5.219 Total 4.526 7.069 13.589 18.129 2.762 1.535 47.610 Fonte: AMS/IBGE/DATASUS (2002).

No período de 1996 a 2003, com expressividade de criação de unidades, o Ministério da Saúde (MS) promoveu investimentos com recursos do tesouro e de empréstimos de bancos internacionais na ordem de R$ 2,5 bilhões, com o objetivo de incorporar novas tecnologias na Rede Física e Tecnológica do SUS visando a sua reorganização. Tais investimentos destinaram-se a capacitar e a reestruturar as infraestruturas física, tecnológica e gerencial da rede de serviços públicos e filantrópicos do país.

Dentre os investimentos realizados, destacam-se os advindos do Projeto Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde (ReforSUS), instituído em 1996, que foi o responsável por volume expressivo desses recursos, constituindo-se no maior projeto de investimentos do Ministério da Saúde dos últimos trinta anos. Esses investimentos foram viabilizados por meio de acordos de empréstimo, no valor de U$ 650 milhões, celebrados entre o governo brasileiro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais a contrapartida nacional de U$ 100 milhões, totalizando R$ 1,3 bilhões, visando a implementar ações estratégicas destinadas a reorganizar e fortalecer o desenvolvimento do SUS.

O Componente I, Apoio à Melhoria da Capacidade e da Eficiência do SUS, investe cerca de R$ 1 bilhão na incorporação de tecnologias no SUS, incluindo a contrapartida média de 20% dos

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beneficiários, abrangendo projetos em unidades de saúde localizadas nos vinte e sete Estados da federação e que estão distribuídos pelas quatro áreas assistenciais consideradas prioritárias:

• Área Programática I – abrange subprojetos de readequação física e tecnológica da rede assistencial, com ênfase nas áreas de atenção ao parto, puerpério e período perinatal, além de urgências e emergências em grandes centros urbanos. Nessa área programática foram beneficiados 969 estabelecimentos públicos e filantrópicos de saúde de 766 municípios;

• Área Programática II – envolve a aquisição de equipamentos para 2.300 Equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) distribuídas em 842 municípios, além de fomento aos Polos de Capacitação;

• Área Programática III – envolve 243 unidades beneficiadas com investimentos na ampliação da capacidade e melhoria da qualidade da rede hematológica e hemoterápica (HEMORREDE); • Área Programática IV – agrega os subprojetos de ampliação da capacidade e de melhoria da

qualidade de vinte e seis Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (LACEN).

Na distribuição dos recursos foram privilegiados municípios de médio e grande porte em detrimento dos pequenos, conforme Gráfico 1.

Gráfico 1– Distribuição dos Recursos do Componente I por porte do total de municípios. Brasil.

Sobre o papel dos municípios beneficiados em relação à possibilidade de reorganização das Redes Locorregionais de saúde, destaca-se que houve um acentuado número de municípios beneficiados com papel relevante no sistema, conforme Tabela 2.

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Tabela 2 – Projeto ReforSUS. Componente I exceto PSF, segundo número de subprojetos e recursos envolvidos por Região, em municípios com papel nos Planos Diretores de Regionalização. Brasil.

INVESTIMENTOS DO PROJETO REFORSUS POR MUNICÍPIOS R$ 1,00

REGIÕES Nº total de municípios Beneficiados Nº de município s-sede de Polo no PDR % Nº total de subproj etos Nº de subprojeto s em município s-sede de Polo do PDR % Valor total de Investimentos nos municípios Valor Total de investimentos em municípios-sede % Norte 79 49 62 128 94 73 137.972.667 124.324.277 90 Nordeste 205 127 61 337 259 77 326.679.340 301.416.647 92 Sudeste 286 200 70 361 274 76 447.212.759 422.419.741 94 Sul 140 99 71 181 139 77 144.673.668 138.491.916 96 C. Oeste 75 46 61 103 69 67 112.235.156 83.207.009 74 Brasil 785 521 66 1.110 835 75 1.168.773.590 1.069.859.590 91

Fonte: Relatório Final do Projeto ReforSUS. Março de 2004.

Em que pesem os acertos do Projeto ReforSUS, concernentes à distribuição e à operacionalização de investimentos em incorporação de tecnologias, os resultados alcançados ficaram aquém das expectativas, conforme Gráfico 2, uma vez que de 55% das instituições beneficiárias de investimentos não se obteve informações quanto aos resultados alcançados por insuficiência de informações. Das instituições com informação, 3% não tinham capacidade de funcionamento após a conclusão dos investimentos e 8% tinham problemas de funcionamento. Ou seja, dos 1.110 subprojetos concluídos, em 2004, havia informações quanto ao funcionamento de apenas 370 subprojetos, representando 34%.

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Gráfico 2 – Condições de sustentabilidade dos subprojetos concluídos até julho de 2004 – Brasil

Fonte: Sistema de Informação do Projeto ReforSUS.

Mediante os resultados do Projeto ReforSUS e na eminência de se contratar novo Acordo de Empréstimo com Bancos Internacionais (BID e BIRD), na ordem de US$ 1 Bilhão, para implantação do Projeto QUALISUS, a Diretoria de Investimentos e Projetos Estratégicos da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde convida a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca a pensar uma estratégia para qualificar os investimentos no SUS.

Em 2005, a Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, pautada em suas diretrizes estratégicas de mobilizar e potencializar os esforços institucionais dirigidos a colaborar com a ampliação da capacidade e qualidade de governo em saúde apresenta à Diretoria de Investimentos e Projetos Estratégicos o PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO EM INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE, englobando o Processo Descentralizado de Qualificação nas áreas da Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde e Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde.

O Programa de Qualificação em Incorporação de Tecnologias em Saúde nasce inserido no contexto das inovações apresentadas pelo QUALISUS – Projeto de Qualificação do SUS, e se ampara na relação de transversalidade existente entre o ambiente acadêmico e as práticas de gestão.

Entendendo que a Incorporação de Tecnologias em Saúde em nosso país, quer seja expressa pela compra de novas máquinas, a estruturação de novos ambientes ou à apreensão de novos saberes, tem ocorrido por meio de Projetos de Investimentos, percebeu-se que associar em um único

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Programa de Qualificação os conhecimentos e instrumentos para formação permanente de capital humano nas duas áreas – para Gestão de Projetos de Investimentos e Gestão de Recursos Físicos e Tecnológico – apresentava-se como uma estratégia oportuna e inovadora.

Em fevereiro de 2006, teve início o curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde, que formou 474 alunos, e em junho de 2006, o Curso de Especialização

em Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde, com 35 alunos formados, que teve como

meta consolidar o conhecimento existente e formar formadores. Ambos os cursos como os instrumentos e materiais didáticos estarão voltados para aportar conhecimentos e tecnologias à Equipe de Gestores do Sistema Único de Saúde, visando à formulação de Projetos de Investimentos em Saúde, para Incorporação de Tecnologias, integradores, relevantes e sustentáveis.

Em setembro de 2008, o Grupo Hospitalar Conceição/Ministério da Saúde empenhado na formulação e estruturação de uma política de incorporação de tecnologias em saúde articulada com a política de qualificação do SUS, adotou o Programa de Qualificação da Incorporação de Tecnologias como uma de suas estratégias, compreendendo o Curso de Especialização em Gestão

de Projetos de Investimento em Saúde e o Curso de Especialização em Gestão de Recursos físicos e Tecnológicos em Saúde realizados em parceria com a Escola de Governo e a Coordenação de

Educação a Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz.

Alguns Números do Programa

A atualidade, a relevância e a justificativa para a implementação do Programa estão expressas tanto nos documentos oficiais como na mídia, quando destacam as dificuldades encontradas para a concepção e execução de Projetos do Programa de aceleração do Crescimento (PAC), ou apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nas prestações de contas dos investimentos, problemas estes ocasionados, sobretudo, pela ausência de parâmetros para a gestão de incorporação de estruturas físicas, máquinas e equipamentos, pela escassez de publicações de referência na área e, ainda, pela ausência de estratégias ampliadas de capacitação de profissionais de modo a se instituir uma nova cultura para a incorporação de tecnologias por meio de projetos de investimentos.

O Programa de Qualificação em Incorporação de Tecnologias em Saúde, atualmente, engloba diversos cursos, na modalidade presencial, semipresencial e a distância. São eles:

• Atualização em Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde – 40 horas (presencial), tendo produzido 380 egressos em 2008, sendo 80 no CONASEMS 20 ANOS, 80 no COSEMS/MT 20 ANOS e no 220 egressos no GHC;

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• Aperfeiçoamento em Gestão de projetos de investimentos em Saúde – 240 horas (a distância), com 474 egressos em 2006 e 240 alunos em curso em 2009;

• Especialização em Gestão de Projetos de investimentos em Saúde – 440 horas (semipresencial), com 80 alunos em curso, no Rio Grande do Sul;

• Especialização em Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde – 574 horas (semipresencial), com 80 alunos em curso, no Rio Grande do Sul.

Referências

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