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Slides da aula 02 - Paulo Freire

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Academic year: 2021

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Módulo: Alfabetização de Jovens e

Adultos

Prof. Esp. Wagner Antonio Junior

wag.antonio@gmail.com

Especialização em Práticas de Alfabetização

e Letramento

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Unidade II – Paulo Freire e a

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Paulo Reglus Neves Freire

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Paulo Reglus Neves Freire

(Recife, 19/11/1921 - São Paulo, 2/05/1997)

• Licenciou-se em Direito, chegando a exercer advocacia.

• De 1941 a 1947 foi professor de português.

• Em 1959 doutorou-se em Filosofia e História da

Educação. Foi professor de Filosofia e História da

Educação em 1961, na Universidade de Recife.

• 1963 - Freire teve a primeira oportunidade para uma

aplicação significante de suas teorias, quando ensinou

300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45

dias (Angicos/RN).

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60 Projetores de slides que ele mandou vir da

Polônia para as aulas de alfabetização.

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Em 1963 foi chamado pelo presidente João Gourlat para

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1964 => O golpe militar

• Passou 72 dias na cadeia até conseguir o

exílio.

• Passou sucessivamente, na Bolívia, no Chile,

nos Estados Unidos e, finalmente, em Genebra

– Suíça.

• Permaneceu fora do seu pais cerca de 15 anos.

Tornando-se, então, um homem para o mundo.

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Destaque pelo mundo

• O Chile recebe da UNESCO uma distinção como um dos

5 países que melhor contribuíram para superar o

analfabetismo.

• Em Genebra, Suíça – Criação do Instituto de ação

Cultural (IDAC)

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• Escreveu seu primeiro livro em 1967,

Educação como

prática da liberdade

.

• Mudou-se em 1969 para Harvard, onde foi professor

visitante e em seguida para Genebra onde permaneceu

durante dez anos.

• Em 1969 o livro

Pedagogia do Oprimido

, publicado em

varias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970), e

até o hebraico (em 1981). No Brasil, por causa da

ditadura militar, somente foi publicado em 1974.

(11)

Em 1979 foi anistiado, no ano seguinte volta ao Brasil.

Como o próprio disse “para aprender tudo de novo”

Com a esposa Elza Freire (à esquerda) e sua irmã Stella, na volta ao Brasil, em 1980.

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Em 1989 recebeu o convite da prefeita Luiza Erundina, e

assume a secretaria de educação de São Paulo até 1991.

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Morre em 1997, aos 75 anos de um enfarte agudo

miocárdio e não viu o pais livre do analfabetismo.

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Para refletir e comentar...

1. O que Paulo Freire chama de “palavração”?

2. Como se dá a relação entre teoria e prática na alfabetização de jovens e adultos?

3. Segundo o texto, é necessário que o educando se engaje e um autêntico processo de abstração... Como esse processo de

abstração ocorre?

4. Explique o que Paulo Freire quis dizer ao afirmar que “Não há

‘pronúncia’ no mundo sem consciente ação transformadora sobre o mesmo”.

5. Como se dá a relação entre objetividade e subjetividade no ato de conhecer?

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A Pedagogia da Libertação

• Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente.

• As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB).

• Sua obra não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra.

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Método Paulo Freire

• Desenvolveu um método inovador de alfabetização de

adultos baseado na aprendizagem de palavras que são

conhecidas pelo aluno, sendo divididas em sílabas que

podem ser recombinadas, originando a escrita de outras

palavras;

• Aprendizagem Libertadora, Integradora, Crítica e Ideológica.

• o próprio Paulo Freire entendia tratar-se muito mais de uma

Teoria do Conhecimento

do que de uma

metodologia de

ensino

, muito mais um

método de aprender

que um

método

de ensinar

.

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Como surgiu o método de alfabetização

Paulo Freire

• 1° momento: Equipe de professores do

Serviço de Extensão Universitária da UFPE.

• 2° momento: Angicos e Mossoró (RN); João

Pessoa (PB).

• 3° momento: Rio de Janeiro, São Paulo e

Brasília.

Criação dos movimentos: MCP, CPC, MEB e De

Pé no Chão Também se Aprende a Ler.

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• “Os resultados obtidos — 300 trabalhadores

alfabetizados

em

45

dias

impressionaram

profundamente a opinião pública.

• Decidiu-se aplicar o método em todo o território

nacional, mas desta vez com o apoio do Governo

Federal.

• E foi assim que, entre junho de 1963 e março de 1964,

foram realizados cursos de formação de coordenadores

na maior parte das Capitais dos Estados brasileiros (no

Estado da Guanabara se inscreveram mais de 6 mil

pessoas.

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• Igualmente criaram-se cursos nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul, que agrupavam vários milhares de pessoas.

• O plano de ação de 1964 previa a instalação de 20 mil círculos de cultura, capazes de formar, no mesmo ano, por volta de 2 milhões de alunos. (Cada círculo educava, em dois meses, 30 alunos.)” (Paulo Freire, Conscientização).”

(24)

Como funciona o método na prática.

• O Método Paulo Freire consiste numa proposta para

a

alfabetização de adultos

.

• O método propõe a identificação das palavras -chaves do

vocabulário dos alunos – as chamadas palavras geradoras.

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PRESSUPOSTOS DO MÉTODO

• 1.º Politicidade do ato educativo

O processo de aprendizagem implica politização promovendo o desenvolvimento da consciência crítica (enquanto aprende a escrever é desafiado a repensar a sua história):

– Fóruns de debate nas salas de aula – Círculos de Cultura; – Professor como mediador dos debates;

– Movimento dialógico (percepção da realidade). • 2.º Dialogicidade do ato educativo

A relação pedagógica que se estabelece neste processo é uma relação dialógica:

– Pedagogia baseada no diálogo (educador-educando–objeto do conhecimento);

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Fases do Método

• 1.ª Fase: Levantamento do universo vocabular do grupo (seleção das palavras ditas pelos membros do grupo).

• 2.ª Fase: Escolha das palavras selecionadas (critérios: riqueza, fonética, dificuldades fonéticas e teor pragmático da palavra).

• 3.ª Fase: Criação de situações existenciais características do grupo (discussão de situações reais que conduzam à analise crítica dos problemas locais, regionais e nacionais)

• 4.ª Fase: Elaboração de fichas-roteiro (guias orientadores do debate) • 5.ª Fase: Elaboração de fichas com a decomposição das famílias

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Elementos do Método

• As palavras geradoras: o processo proposto pelo autor inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, elas são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos Círculos de Cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma;

• A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU);

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Elementos do Método

• As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas;

• A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social.

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Práticas Educativas Transformadoras

• Pedagogia Rigor metódico e pesquisa;

• Ética e estética;

• Competência profissional;

• Respeito pelos saberes do aluno/identidade

cultural;

• Rejeição da discriminação;

• Reflexão sobre a ação pedagógica;

• Competências de diálogo e escuta;

• Consciência do inacabado.

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Freire possui mais de 40 títulos, 38 em vida, suas obras

foram traduzidas pelo mundo em varias línguas.

(31)

• Donaldo Macedo enumerou, em 1987,

aproximadamente seis mil títulos entre livros e artigos

sobre Paulo Freire, somente na língua inglesa sem falar

das inúmeras homenagens,concessões de títulos

honoris causa, grupos de intervenção e de pesquisa e,

finalmente, de Institutos Paulo Freire (IPFs), por todos

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OBRAS – décadas de 50 e 60

• 1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade

Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco).

• 1961: A propósito de uma administração. Recife: Imprensa

Universitária, 90p.

• 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma.

• 1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de

Francisco C. Weffort. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19 ed., 1989, 150 p).

• 1968: Educação e conscientização: extencionismo rural.

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OBRAS – década de 70

• 1970: Pedagogia do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970

(manuscrito em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.).

• 1971: Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1971. 93 p.

• 1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução

de Claudia Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Publicado também no Rio de Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987).

• 1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em

processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p.

• 1978: Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições

BASE, 49 p.

• 1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire

(antologia). São Paulo: Loyola.

• 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo:

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OBRAS – Década de 80

• 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais.

República de São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé.

• 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma

introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes,

102 p.

• 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade

da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

• 1981: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

• 1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se

completam). Prefácio de Antonio Joaquim Severino. São Paulo:

Cortez/ Autores Associados. (26. ed., 1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo).

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OBRAS – Década de 80

• 1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9).

• 1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p. • 1983: Cultura popular, educação popular.

• 1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição

• 1986: Fazer escola conhecendo a vida. Papirus.

• 1987: Aprendendo com a própria história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. (Educação e Comunicação; v.19).

• 1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em

educação popular. Vozes.

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OBRAS – Década de 90

• 1990: Conversando com educadores. Montevideo (Uruguai):

Roca Viva.

• 1990: Alfabetização - Leitura do mundo, leitura da palavra. Rio

de Janeiro: Paz e Terra.

• 1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p.

• 1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia

do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p.

• 1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São

Paulo: Olho d'água. (6 ed. 1995), 127 p.

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OBRAS – Década de 90

• 1994: Cartas a Cristina. Prefácio de Adriano S. Nogueira; notas

de Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 334 p.

• 1994: Essa escola chamada vida. São Paulo: Ática, 1985; 8ª

edição.

• 1995: À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d'água, 120

p.

• 1995: Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Editora Cortez.

• 1996: Medo e ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª

Edição.

• 1996: Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

• 2000: Pedagogia da indignação – cartas pedagógicas e outros

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Paulo Freire foi o educador de Língua Portuguesa de maior renome mundial. Considerado por alguns, por exemplo Roger Garaudy, como 'o maior pedagogo do nosso tempo' foi, sem dúvida, quer a nível da produção teórica quer da intervenção prática, uns dos maiores pedagogos de todos os tempos. É uma referência obrigatória quando se fala da alfabetização, educação de adultos, educação popular ou comunitária. Pode-se estar de acordo ou em descordo com os seus pontos de vista; é, contudo, impossível ignorar a sua obra.(...) Cerca de 30 universidades, de diferentes países (EUA, Canadá, Inglaterra, Bélgica, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, Brasil, Bolívia e El Salvador), concederam-lhe doutoramentos Honoris Causa.

(APPLE, Michael, W. e NÓVOA, António (orgs) Paulo Freire: Política e

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Para refletir e comentar...

1. Quais as críticas que Paulo Freire faz ao uso das cartilhas?

2. Qual o posicionamento do trabalho de alfabetização em Paulo Freire?

3. O que Paulo Freire chama de “material de apoio”?

4. Qual a crítica que Paulo Freire faz à universalização de conteúdos nos materiais didáticos?

5. Segundo Paulo Freire, como pode-se pensar em conteúdos quando tratamos de um país nas dimensões regionais do Brasil?

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Vídeo: Paulo Freire

Contemporâneo

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“O MUNDO NÃO É,

O MUNDO ESTÁ

SENDO”

PAULO FREIRE

(1921-1997)

Referências

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