• Nenhum resultado encontrado

Os determinantes da migração em Palmas (TO)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Os determinantes da migração em Palmas (TO)"

Copied!
80
0
0

Texto

(1)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela oportunidade de aprender e dividir.

Aos professores, orientadores, em especial, aos professores: Dr. Tito Belchior Silva Moreira e Dr. Paulo Roberto Amorim Loureiro, pelos ensinamentos durante o curso.

Aos Diretores do Curso de Doutorado em Economia de Empresas, Dr. Wilfreto Fernando Leiva Moldonado; Dr. José Ângelo Costa Divino e a Secretária Srta. Maysa Dalarmi Medeiros, pelo Apoio e orientação durante o curso.

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu

de Doutorado em

Economia de Empresas

OS DETERMINANTES DA MIGRAÇÃO EM PALMAS (TO).

Brasília - DF

2013

(2)

ABRAÃO CAVALCANTE LIMA

OS DETERMINANTES DA MIGRAÇÃO EM PALMAS (TO).

Tese de Doutorado apresentada à Universidade Católica de Brasília como parte dos requisitos para a obtenção do titulo de Doutor em Economia de Empresas.

Orientador: Prof. Dr. Tito Belchior Silva Moreira

(3)

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

L732f Lima, Abraão Cavalcante.

Os determinantes da migração em Palmas (TO). / Abraão Cavalcante Lima – 2013.

89f; il.: 30 cm

Tese (doutorado) – Universidade Católica de Brasília, 2013.

Orientação: Prof. Dr. Tito Belchior Silva Moreira.

1. Migração. 2. Motivação. 3. Capital (Economia). 4. Tocantins. I. Moreira, Tito Belchior Silva. II. Título.

(4)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela oportunidade de aprender e dividir.

Aos professores, orientadores, em especial, aos professores: Dr. Tito Belchior Silva Moreira e Dr. Paulo Roberto Amorim Loureiro, pelos ensinamentos durante o curso.

Aos Diretores do Curso de Doutorado em Economia de Empresas, Dr. Wilfreto Fernando Leiva Moldonado e Dr. José Ângelo Costa Divino e a Secretária Srta. Maysa Dalarmi Medeiros, pelo Apoio e orientação durante o curso.

Aos colegas de turma: Carbone, Décio, Eduardo, Erika, Fernanda e Oscar (in memória).

À companheira Flávia Fernanda Vieira Lara, pela colaboração técnica e compreensão nas ausências nos fins de semana.

(5)

POEMA VIVER

Quando nasci, não trouxe roupas nem palavras. Não andava, não sabia que adquiria instrumento. Para viver. Depois, vesti roupas, falei e andei. Minha voz trouxe alegrias e tristezas, trouxe o troco. Por ter voz – das palavras – o pagamento por elas.

Aos poucos, descobri que uma boca era para falar menos. Dois ouvidos para ouvir mais; dois olhos para ver no longínquo. As pernas têm funções: sustenta o corpo, por exemplo.

Descobri o quão difícil viver sem roupas, sem pernas, sem voz.

Descobri, finalmente, que o cérebro tem funções adquiridas. Além das naturais, incluídas pela educação. Quão necessárias À vida em um mundo tão competitivo. As novas funções. Identificam as pessoas para a vida.

(6)

RESUMO

O objetivo desta tese é conhecer as motivações que levam as pessoas a decidir migrar para Palmas; tanto ao nível micro quanto ao nível macro. Identificar o perfil do migrante e verificar como a idade e nível educacional afetam a decisão de migrar. Em Palmas - ao completar 24 anos, vivem 242.070 pessoas. Deseja-se, ainda, conhecer a origem dos migrantes e verificar se os diferenciais de salários são significantes. Esse objetivo é também uma contribuição para a literatura da Economia da Emigração. A análise econômica das variáveis explicativas, antes e depois da criação da cidade de Palmas, é outra contribuição para a literatura. Neste trabalho, a cidade de Palmas está servindo de “EXPERIMENTO ECONÔMICO”. A contribuição consiste da estimação dos diferenciais de salários dos migrantes, entre o novo salário em Palmas e o seu salário anterior; a partir dos métodos de regressão utilizados. A principal causa da emigração foi melhoria na condição de vida “BEM-ESTAR”; apontada por 48% dos entrevistados. O emprego contribui para a decisão de participar do processo de emigração ou não. Neste caso, 45% dos entrevistados aponta o “EMPREGO” como a segunda causa principal da emigração. A “EDUCAÇÃO” é a principal variável de capital humano. Os dados mostram que, a cada ano a mais de estudo de um indivíduo, pode aumentar em 18,7% a probabilidade de emigrar.

Palavras-chaves: determinantes da migração – Palmas – perfil do migrante – Economia da Emigração.

(7)

ABSTRACT

The aim of this thesis is to understand the motivations that drive people to migrate to Palmas; both at micro and macro level. Identifying the profile of the migrant and to check how the age and educational level affect the decision to migrate. In Palmas - upon completing 24 years, 242.070 people live. It is also desired to know the origin of migrants and to verify if the wage differentials are significant. This goal is also a contribution to the literature of Economy of Emigration. The economic analysis of the explanatory variables, before and after the creation of the city of Palmas, is another contribution to the literature. In this work, the city of Palmas is serving as an "ECONOMIC EXPERIMENT". The contribution consists of the estimation of wage differentials of migrants, between the new salary in Palmas and his former salary, from the regression methods used. The main cause of emigration was improvement in living conditions "WELFARE", mentioned by 48% of respondents. The work contributes to the decision to participate in the emigration process or not. In this case, 45% of respondents pointing "JOBS" as the second leading cause of emigration. The "Education" is the main variable of human capital. The data show that each additional year of study of an individual may increase by 18.7% probability of emigrating.

(8)

S U M Á R I O 1. INTRODUÇÃO

1.1 . Contexto Histórico...9

1.2. Palmas...9

1.3. A Expansão Desordenada...11

2. A REVISÃO DA LITERATURA. ...13

2.1. Conceito de Migração...13

2.2. O impacto no lugar deixado pelo emigrante...15

2.3. O impacto no indivíduo...15

2.4 O impacto no lugar que recebe o emigrante...15

2.5. As Teorias sobre a Migração...16

2.6. Teorias sobre a Migração: aspecto micro...18

2.7. Teorias sobre a Migração: aspecto macro...22

2.8. Princípio de Causalidade Cumulativa e o papel exercido pelas redes sociais...25

2.9 A migração de Retorno...31

2.10. Dados sobre o Tocantins...31

2.11. Dados sobre Palmas...33

2.12. Indicadores Econômicos e Sociais...33

(9)

3. METODOLOGIA...44

3.1. Modelo de Heckman de dois estágios...44

3.2 Modelo Probit – Equação Comportamental...44

3.3 A Equação de Salário de Heckman...48

3.4. Os dados. ...51

3.5 Estatísticas Descritivas das Variáveis Utilizadas...51

Tabela 1 – Descrição das variáveis utilizadas nas Equações de Seleção de Heckman e de Salários na cidade de Palmas...53

Explicações da Tabela 1 – Explicação das variáveis utilizadas nas Equações de Seleção de Heckman e de Salários na cidade de Palmas...54

Tabela 2 – Estatísticas Descritivas das variáveis utilizadas nas Equações de Seleção de Heckman e de Salários na cidade de Palmas...57

3.6. Outros fatores...58

Tabela 3 – Matriz de Correlação...59

3.7. Estimação. ...60

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS...60

Tabela 3 – Equação de Heckman para Emigração. ...62

Variáveis dependentes: Imigrantes...63

Tabela 4 – Equação para o logaritmo do Salário mensal...66

5. CONCLUSÃO...67

6. REFERÊNCIAS IBLIOGRÁGICAS... 69

(10)

10 1. NTRODUÇÃO

1.1 - Contexto Histórico.

Desde o século XIX a idéia de separar as regiões norte e sul de Goiás já mobilizava movimentos populares. Em 1821, inicia-se um movimento separatista ao norte de Goiás. Em reação contra o isolamento da região, o Desembargador Joaquim Teotônio Segurado, promovido por D. João VI, proclama o governo autônomo do Tocantins. Movimento liderado por Caetano Maria Gama, primeiro presidente da província nomeado por D. Pedro I, em 1824. No início do século XX, a idéia é retomada, mas, somente a partir da década de 70, passa a ser discutida no Congresso Nacional.

Finalmente, a Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, através de Emenda Popular, inclui nas Disposições Constitucionais Transitórias, a criação do estado do Tocantins, desmembrado do Estado de Goiás – para capital provisória foi escolhida Miracema do Norte de Goiás. A pedra fundamental de Palmas foi lançada em 20 de maio de 1989 - pelo então Governador Siqueira Campos. A Resolução nº 28, de 29 de dezembro de 1989, criou o município de Palmas – desmembrado do de Porto Nacional –, mas, somente em primeiro de janeiro de 1990, Palmas tornou-se a capital do estado do Tocantins.

1.2 – Palmas.

Palmas, aos 24 anos – impôs-se como cidade grande, superou as expectativas de seus idealizadores – seu crescimento é extraordinário. Dados do [IBGE (agosto, 2012)], mediu a população da cidade em 242.070 habitantes, contra 228.332 (Censo 2010), com crescimento populacional médio, em dois anos, de 8,2%, contra 5,21%, em dez anos (Censo, 2010); enquanto a média de crescimento nacional foi de 1,17%, em função da migração. Apenas 3%(três por cento) deles, ou seja, 6.590 pessoas residem na zona rural.

(11)

11 Outro fator de atração do movimento migratório para Palma é a pequena competição em concursos públicos para as vagas na formação do quadro de pessoal nos Órgãos públicos Federais e estaduais, especialmente, a criação da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que atraiu mestres e doutores das diversas regiões do País; do Tribunal Regional Federal (TRF), Tribunal de Justiça (TJ), Tribunal Regional Eleitoral (TER), Tribunal de Contas (TCE) e Delegacias Regionais Federais (DRF).

A geopolítica da ocupação da cidade ocorreu de forma desordenada, ao contrário da previsto no projeto original. Apesar de o centro da cidade concentrar boa parte dos serviços administrativos, o mesmo levantamento mostra que a população se concentra mais nas regiões fora do planejamento original da cidade. As pessoas de baixa renda foram assentadas em locais sem infraestrutura, o que aprofunda ainda mais as diferenças de classes.

Quem realmente construiu Palmas acabou não morando nela, mas em outras cidades que foram recebendo o fluxo migratório. A cidade foi dividida em fases de implantação; um ordenamento territorial planejado que não tinha intenção de produzir a segregação social, mas direcionou a cidade para ocupação segregada.

A falta de espaços próprios em decorrência dos vazios urbanos gerou um vazio relacional. Os moradores da região sul e norte não se sentem moradores de Palmas; devido à segregação que se provocou com a expansão desordenada da cidade. Quanto mais se expandir com vazios urbanos, mas cara fica a sua manutenção; tanto para o poder público quanto para a população.

Os gestores públicos enfrentarão o desafio de encontrar recursos para investimentos em infraestrutura na região Central do Plano Diretor Sul e Norte, além das regiões já ocupadas, como Taquaralto, Aurenys (I, II, III e IV); Santa Fé; Santa Bárbara; Morado do Sol (I, II e III), Lago Sul, União Sul, Taquari, Taquaruçu, Taquaruçu Grande e Buritirana; na região Sul e as Arnos, Santo Amaro, Água Fria, Sonho Meu e Fumaça; na região norte da capital. É preciso atrair empresas que demanda mão-de-obra qualificada, para gerar mais empregos e maior renda.

(12)

12 conhecida em todo o país e gere atrativo para investidores. Isso ajuda a criar uma identidade própria.

A democratização da habitação nas áreas mais centrais é outro desafio para os gestores públicos. Não se pode isolar em guetos, o ideal é mesclar vários classes e empreendimentos no mesmo local. A existência de uma mistura das classes sociais é salutar porque, as mais ricas junto com as mais pobres, criam uma sinergia positiva. Uma depende da outra e vice-versa.

1.3 – A Expansão Desordenada.

O IBGE (Censo, 2010) identifica áreas de maior concentração da população nas zonas periféricas de Palmas. As áreas de expansão para a região sul e norte da capital são mostradas no mapa do Plano Diretor Sul e Norte. Palmas – a mais nova capital dos estados brasileiros - é considerada a princesa da Região Norte do Brasil. Vale a pena conhecê-la. As fotos de Palmas mostram a configuração de cidade moderna; o espectro de seu Plano Diretor foi projetado na forma de avião, cópia do projeto original de Brasília; com mudança de Asa Sul e Asa Norte para Plano Diretor Sul e Plano Diretor Norte.

(13)
(14)

14 O objetivo desta tese é conhecer as motivações que levam as pessoas a decidir migrar para Palmas; tanto ao nível micro quanto ao nível macro. Identificar o perfil do migrante e verificar como a idade e nível educacional afetam a decisão de migrar. Em Palmas - ao completar 24 anos, vivem 242.070 pessoas. Deseja-se, ainda, conhecer a origem dos migrantes e verificar se os diferenciais de salários são significantes.

Esse objetivo é também uma contribuição para a literatura da Economia da Emigração. A análise econômica das variáveis explicativas, antes e depois da criação da cidade de Palmas, é outra contribuição para a literatura. Neste trabalho, a cidade de Palmas está servindo de “EXPERIMENTO ECONÔMICO”. A contribuição consiste da estimação dos diferenciais de salários dos migrantes, entre o novo salário em Palmas e o seu salário anterior; a partir dos métodos de regressão utilizados.

Assim, a tese apresenta a seguinte estrutura. A primeira Seção apresenta a introdução - o contexto histórico da emancipação do Estado do Tocantins; Palmas como se apresenta hoje e como se deu o movimento migratório; a expansão desordenada e como os migrantes se localizaram nesse espaço da cidade. A segunda Seção apresenta as principais correntes de autores da Economia da Migração; as teorias da migração e os dados sobre Palmas. A terceira Seção apresenta a metodologia adotada e as variáveis de análise para estimação das Regressões escolhidas, as Estatísticas Descritivas e a Matriz de Correlação. A quarta Seção apresenta a análise dos resultados dos modelos estimados. A quinta Seção apresenta as principais conclusões.

2. A REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Conceito de Migração

(15)

15 O sentido da migração está em trocar de região, país, estado ou até mesmo de domicílio. É algo que já acontece há muito tempo, desde o começo da história da humanidade. Migrar faz parte do Direito de ir e vir, que consta da Constituição. Porém, essa questão da migração envolve muita polêmica, que gira em torno das condições que ocorrem esses processos migratórios: de modo livre que assim está se exercendo esse direito ou de modo obrigatório que tende a realizar interesses políticos e econômicos desumanos; visando sempre o capital, sendo algumas vezes nacional e outras vezes, estrangeiro, marcando cada vez mais esse abismo que existe entre o mundo da riqueza e o mundo da pobreza.

Devido a todo esse complicado processo, pode-se dizer que temos a existência de duas partes em nosso país, que insistem em conviver com neste contraste de seus números. Hoje, o Brasil é o terceiro exportador mundial de produtos agrícolas, porém temos a presença de 33,7 milhões de brasileiros que estão na miséria e passam fome. Em média oitocentas crianças morrem diariamente por desnutrição (VALIM, ANA: da perda da Terra à exclusão social, SP: Atual, 1996).

Os impactos da migração ocorrem sobre o indivíduo, o lugar deixado pelo migrante e o lugar que recebe o migrante. Também consideram os fatores determinantes internos e externos da migração. Há mais pessoas migrando hoje em dia do que em qualquer outro momento da história humana. Os migrantes viajam de muitas formas diferentes e por motivos diferentes. As pessoas mudam para melhorar o padrão de vida, para proporcionar melhores oportunidades aos filhos ou para escapar da pobreza, do conflito e da fome. Hoje em dia, com os meios de transporte e comunicação modernos, há mais pessoas motivadas a se mudarem e capazes de fazê-lo.

(16)

16

2.2. O impacto no lugar deixado pelo migrante.

Vantagens: As vantagens da migração aliviam a pressão populacional e reduz o desemprego, o

que diminui a pressão na economia local ou nacional. Ela também reduz a demanda pelos recursos naturais. As famílias que ficaram para trás beneficiam-se com o dinheiro que os migrantes lhes mandam. A maioria das famílias gasta o dinheiro em alimentos, outras necessidades domésticas básicas e educação. Os migrantes internacionais mandam para casa bilhões de dólares em transferências de dinheiro a cada ano. Em alguns países, este dinheiro beneficia a economia nacional.

Desvantagens: As desvantagens da migração ocorrem quando o país perde algumas das pessoas nas quais se mais investiu como enfermeiros, contadores, engenheiros, professores, isto é chamado, às vezes de “fuga de cérebros”. A maioria dos migrantes são homens jovens, muitos dos quais são casados. Suas esposas permanecem em casa, mas carregam um fardo muito maior que antes, por terem de realizar sozinhas todas as tarefas domésticas. Quando a migração é comum, o tráfico humano pode aumentar, pois os traficantes aproveitam-se da oportunidade para ganhar dinheiro. Os pais pobres são incentivados a vender os filhos por uma pequena quantia. Uma proporção significativa de migrante tenta voltar para casa depois de vários anos. Os migrantes que voltam, muitas vezes, são mais abastados que as pessoas à sua volta e freqüentemente se comportam de maneira diferente, o que pode causar atrito dentro das comunidades.

2.3. O impacto no indivíduo.

Vantagens: os migrantes podem conseguir ganhar mais dinheiro se migrarem. Se a pessoa

estiver fugindo de conflito ou perseguição, ela pode migrar para outro país em busca de segurança, embora o processo de asilo possa ser longo e complicado. Os migrantes podem se reunir com os familiares que já migraram. Eles podem ter acesso a cuidados de saúde melhores e outros serviços de bem-estar no lugar para onde migraram. Eles podem ter acesso a uma educação melhor para seus filhos.

(17)

17 padrão de vida do novo lugar, e ele pode não alcançar o alto padrão de vida freqüentemente descrito na mídia. Migrar significa deixar para trás o apoio de amigos e familiares e uma cultura com a qual se está acostumado e mudar-se para um lugar novo; diferente e, às vezes, hostil. Os migrantes enfrentam estigma quando a comunidade de destino não os compreende ou não confia neles. As crianças deixadas para trás ou que vão morar longe dos pais ficam mais vulneráveis ao abuso.

2.4. O impacto no lugar que recebe o migrante.

Vantagens: os migrantes freqüentemente vão para lugares que não têm pessoas locais suficientes com as habilidades para os empregos disponíveis. As lacunas que os migrantes preenchem concentram-se em empregos altamente especializados, como médicos, ou empregos manuais, como operários de obras. Isso ajuda a sustentar a economia. Os migrantes freqüentemente estão mais dispostos a aceitar trabalhos que as pessoas locais não querem, entre eles, colher frutas, cuidar de crianças e serviços de limpeza. A integração dos migrantes na cultura da região ou do país que os recebe pode resultar em diversidade cultural no local, como na culinária e na música.

Desvantagens.

 Os migrantes sofrem abusos e discriminação racial, o que divide as comunidades e podem aumentar o crime. Eles vivem em bairros com outras pessoas provenientes do mesmo lugar. Uma comunidade grande de migrantes pode causar mais pressão nos serviços locais (tais como escolas e serviços de saúde). Os países que recebem migrantes freqüentemente têm de responder à chegada repentina de um grande número de imigrantes ilegais, muitas das quais arriscam a vida viajando em caminhões e barcos.

2.5. AS TEORIAS SOBRE A MIGRAÇÃO.

(18)

18 sincrônica ou em uma perspectiva histórica – diacrônica; a segunda, ao locus da ação - a migração compreendida a partir de análise estrutural ou no âmbito do indivíduo. A terceira, ao nível de análise - do indivíduo, domicílio, comunidade, região geográfica, ou outra dimensão. Por último, ao impasse colocado nas causas ou nos efeitos da migração. O resultado dessa fragmentação, para MASSEY (1990:4): “nosso conhecimento teórico sobre a migração é incompleto e incorreto, com fracas bases para pesquisa e políticas públicas”. Ressalta a importância de se elaborar uma teoria sobre as migrações que incorporasse vários níveis de análise, dentro de uma perspectiva processual.

BARBIERI (2007:226) Analisando a relação entre mobilidade populacional, uso da terra com a degradação ambiental, ressalta a escassez de evidências empíricas sobre o tema na literatura e propõe uma abordagem multiescalar no estudo desta relação. Segundo o autor, os fluxos migratórios em áreas de fronteiras agrícolas, seriam explicados:

“Tanto por fatores relacionados à dinâmica dos ciclos de vida pessoal e domiciliar e motivações ou aspirações pessoais quanto por uma diversidade de fatores, contextuais especialmente relacionados à comunidade local, a mudanças estruturais no país, à agenda política (ou geopolítica) e infraestrutura de transportes e comunicações”.

Outra carência, apontada por BARBIERI (2007), nos estudos sobre mobilidade populacional, é a de uma clara definição do termo migração – enquanto mudança permanente de residência – que o diferencie de outras formas de mobilidade temporária.

Estudo de mobilidade populacional coloca a idéia sobre a migração enquanto mudança permanente de residência e diferencia de outra mobilidade temporária BARBIERI (2007:226). Relação entre mobilidade populacional, uso da terra e degradação ambiental, escassez de evidências empíricas na literatura e propõe abordagem multiescalar [BARBIERI (2007:226)].

(19)

19 algumas disciplinas sejam incorporadas na discussão de temas tratados quase que exclusivamente por outras.

2.6. TEORIAS SOBRE MIGRAÇÃO: ASPECTO MICRO

Os teóricos da Teoria Microeconômica Neoclássica (SJASTAD, 1962; TODARO, 1969) indivíduos são seres racionais, capazes de ordenar suas preferências e de realizar cálculos racionais às alternativas, visando maximizar a utilidade de suas escolhas. Como pressuposto, os indivíduos possuem informação perfeita sobre o diferencial de renda entre sua região e outros lugares. O migrante (1*) é um indivíduo racional que decide migrar a partir de um cálculo de custos e benefícios que o leva a ter expectativa de retorno positivo – geralmente monetário – obtido com o movimento. Eles escolherão destinos locais, conforme suas habilidades pessoais que possam ser produtivos.

HARRIS e TODARO (1970), em contraste à Teoria Macroeconômica Neoclássica, que pressupõe o pleno emprego e avançando também em relação à Teoria Neoclássica, consideram que os movimentos migratórios são provocados não apenas por diferenças salariais entre duas regiões, mas, também por diferença na taxa de emprego. Deverá existir pelo menos uma destas diferenças para que o movimento migratório corra. As migrações ocorreriam até o ponto em que fossem solucionadas as expectativas de renda.

BORJAS (1989) - a idéia central das teorias é a existência de um mercado de migração que seleciona os imigrantes para os países receptores. Estes competiriam entre si, por meio de políticas imigração, para captar capital humano e físico de potenciais imigrantes. Mudanças nos níveis de atividade econômica teriam impacto na composição dos fluxos migratórios - afetariam a “oferta” feita pelos países em concorrência nesse mercado.

(20)

20

BORJAS (1989) ressalta, ainda, que os modelos utilizados para prever a probabilidade de um indivíduo emigrar de seu país revelam algumas características com relação à taxa de emigração, que não ultrapassam o limite da obviedade, destacando que é tautológica a idéia de que, dado pressuposto de que os indivíduos são maximizadores de renda, as pessoas tenderiam a migrar de áreas de baixa renda para áreas de alta renda quando os custos deste movimento fossem baixos.

GARY BECKER (1993) O PRINCIPAL EXPOENTE DA TEORIA DO CAPITAL

HUMANO. “Os indivíduos avaliam, racionalmente, custos e benefícios das atividades e hábitos”.

Dessa forma, os investimentos dos indivíduos em sua educação formal, formação e treinamento profissional e na aquisição de outros conhecimentos serão determinados pela relação entre os benefícios futuros a que espera receber por estes investimentos e custos associados aos mesmos. Para Becker, o ato de migrar estaria condicionado ao cálculo racional, que também será aplicado ao processo de tomada de decisão dentro das famílias (casamento, separação e tamanho da família) - (Becker, 1993). Na educação, Becker considera os investimentos levam a um aumento na renda e na produtividade dos indivíduos, pelo fato de proporcionarem conhecimento, habilidades e capacidade de analisar e resolver problemas.

BORJAS (1989) ressalta a influência de BECKER (1993) na forma como o processo de adaptação do imigrante dentro do país receptor é abordado pelas teorias econômicas. Neste estudo, a renda do imigrante, logo após sua chegada ao país de destino, sra provavelmente menor, se comparada à dos nativos, pois aquele não possuirá algumas habilidades necessárias para a sobrevivência no local de destino – como, por exemplo, um bom domínio do idioma local. Com o passar do tempo, os menores rendimentos recebidos pelos imigrantes servem de incentivo para que invistam em capital humano.

A TEORIA PROPOSTA PELOS NOVOS ECONOMISTAS DA MIGRAÇÃO DO TRABALHO (STARK & BLOOM, 1985; STARK & TEYLOR, 1989; STARK & TEYLOR,

1991; TEYLOR, 1986) - a decisão de migrar não é tomada por indivíduos isolados, mas por um

(21)

21

Teylor (1986) os indivíduos agiriam coletivamente visando não apenas maximizar os ganhos, mas minimizar riscos. Os domicílios controlariam os riscos de queda no padrão de vida, diversificando a alocação de seus recursos, incluindo força de trabalho familiar. Existe um mercado de trabalho imperfeito e que, mesmo na ausência de diferenças salariais, as migrações ocorreriam ou alguns de seus membros poderiam se mover, visando minimizar os riscos de queda no padrão de vida. A privação relativa é outra contribuição dos novos economistas da migração.

Estes teóricos questionam a idéia de que um aumento na renda tenha o mesmo efeito, independentemente do contexto sócio-econômico do domicílio. Os domicílios avaliariam sua situação de privação, tendo como parâmetro certo padrão de distribuição de renda, sedo o sentimento de privação relativa uma função crescente da porcentagem de domicílios com renda superior à do domicílio. Dessa forma, a migração representaria uma possibilidade de melhorar a posição relativa do domicílio, dentro do seu grupo de referência.

Entretanto, ao migrar, haveria o risco de substituição do grupo de referência por um grupo do local de destino, o que levaria o domicílio não reduzir o seu sentimento de privação relativa ou, até mesmo, aumentá-lo, STARK & TAYLOR (1989). Analisando a relação entre o sentimento de privação relativa e a probabilidade de migrar, STARK & TAYLOR (1989) concluem que os domicílios tenderão a enviar seus membros para locais onde o retorno potencial do movimento migratório seja grande o suficiente para que possa alterar a posição relativa do domicílio na escala d distribuição de renda onde o risco de substituição do grupo de referência seja o menor possível.

STARK & TAYLOR (1989), ao migrar, os indivíduos mudam - se domicílios para onde o retorno

potencial do movimento altera a posição relativa na escala de distribuição de renda; o risco de substituição do grupo seja reduzido.

MINCER (1978), em sua ao analise com maior no âmbito da família e do domicilio, define

(22)

22 conclui que as famílias tendem a migrar menos, pois os retornos da migração aumentam menos que os custos.

O somatório dos ganhos do casal com a migração resultam em um valor positivo, caso contrário esta não ocorrerá. Ocorrendo ou não, porém, ela sempre poderá originar “tied movers”, ou seja, a migração ocorre para um dos dois cálculos particular dos ganhos não seja positivo, ou “tied stayers”, neste caso a migração não ocorre, mesmo que para um dos dois o cálculo particular dos ganhos seja positivo.

Desta forma, a decisão de migrar se transforma em uma fonte de conflito familiar, assim como a escolha do local de destino da migração, pois para cada um dos conjugues poderá haver um luar onde o ganho individual com a migração seja maior. Entretanto, o casal se moverá para um lugar onde o ganho da família com o movimento migratório seja maximizado, o que leva à possibilidade de que um ou até mesmo os dois se tornem “tied spouses”.

DE JONG ET AL (1998:155) analisou dados originários de um survey, realizado em domicílio da Pensilvânia (EUA), como hipótese principal: “as interações entre os membros familiares na forma de troca de informações sobre o ambiente doméstico, a comunidade e o mercado de trabalho são chave para se compreender o processo de tomada de decisão de migrar”. Os autores concluem que membros do domicílio que nunca discutem sobre suas preferências sobem as características do lar, vizinhança e região, raramente irão migrar.

HARBISON (1981) – discutir os diferentes aspectos da família que podem afetar a migração, entre eles sua estrutura social e demográfica, suas funções, a unidade de subsistência e de socialização; além do grupo social e rede social. Para HARBISON (1981:228), a família seria, para a maioria das pessoas, o contexto no qual é tomada a decisão de migrar, ressaltando que a estrutura familiar:

“Pode inclui não apenas pessoas com laços parentescos, mas a natureza das relações entre elas, definidas por direitos e deveres, status relativos e padrões de autoridade”. Estas relações estruturais mudam com o ciclo de vida do indivíduo e da família.

(23)

23 abordagem motivacional da tomada de decisão. Segundo o autor, o tamanho da família pode atuar como “uush-pull, e seu impacto dependerá do contexto ecológico e sócio-econômico(*).

HARBISON (1981:251) – destaca a função da família como grupo de renda social. A família é freqüentemente “dispersa geograficamente e a rede social criada pelos parentes em regiões é um importante componente no processo de tomada de decisão de migrar”. A expectativa de sucesso aumenta com o movimento migratório e o recebimento de informações sobre a área de destino, provenientes de membros familiares que tenham migrado anteriormente. A rede social teria, também, um papel fundamental no suporte ao migrante em seu novo ambiente.

2.7. TEORIAS SOBRE MIGRAÇÃO: ASPECTOS MACRO

RAVENSTEIN (1885) e LEE (1996) podem ser considerados pioneiros entre os estudos sobre migração. Os trabalhos ocupam-se de um tema que será recorrente em outras abordagens: a

seletividade dos migrantes - a preocupação em especificar quais atributos individuais – idade, sexo, educação, atividade profissional, por exemplo – são responsáveis pela seletiva positiva dos indivíduos que migram; constitui o principal objetivo dos autores.

RAVENSTEIN (1885) anunciou leis gerais que regiam as migrações a partir da análise dos

dados dos Censos (1871 e 1881), na Inglaterra. Partindo dos seguintes pressupostos: (i) uma estreita relação entre os movimentos migratórios e o desenvolvimento do capitalismo; (ii) a população e as atividades econômicas estão distribuídas de forma desigual. Região excedente de mãos de obras e outras com escassez. Isso levaria a existência de absorção de mão de obra (regiões agrícolas); (iii) principal elemento motivador dos movimentos migratórios é procura de mão de obra nos grandes centros industriais; (iv) os migrantes se deslocam buscando melhorar a sua situação material.

RAVENTEIN (1885) enumerou leis que representou o primeiro passo para se compreender

(24)

24 opta pela migração -, necessitaria que o saldo em favor do deslocamento fosse suficientemente forte.

Os contatos pessoais são importantes na decisão de migrar. LEE (1966:112) discute o fato de que as migrações são sempre seletivas e os obstáculos intervenientes serviriam “para peneirar alguns dos débeis e incapazes”. A migração tende a ocorrer em certas etapas do ciclo de vida dos indivíduos – o que consiste em um fator de seleção dos imigrantes – e que o migrante tende a ter características intermediárias entre a população do local de origem e do local de destino.

AS TEORIAS MACROECONÔMICAS NEOCLÁSSICAS (LEWIS, 1954; RANIS & FEI, 1961), a migração seria explica pelas diferenças geográficas de oferta e demanda por trabalho. O mercado de trabalho é o mecanismo primário que induz os movimentos migratórios, sendo que estes não sofreriam efeitos relevantes dos demais mercados. Nas regiões com excesso de oferta de trabalho em relação ao capital, os salários seriam baixos. Nas regiões com escassez de oferta de trabalho em relação ao capital, os salários seriam altos.

Desta forma, o deslocamento populacional ocorreria de regiões de baixo salários ou excesso de mão de obra para regiões de altos salários ou escassez de mão de obra. Com a intensificação dos fluxos migratórios, haveria uma queda na oferta de trabalho e os salários subiriam em países carentes de capital e com excesso de mão-de-obra.

Ao mesmo tempo, a oferta de trabalho aumentaria e os salários cairiam em países com maior volume de capital e escassez de mão de obra. No pleno emprego, movimentos migratórios levariam a situação de equilíbrio; as diferenças salariais refletem apenas nos custos financeiros e físicos do deslocamento geográfico. Uma vez eliminada a diferença salarial, a migração tenderia a cessar.

As Teorias do Tipo Histórico – Estruturalistas examinam as relações e funções que os diversos elementos (2*) possuem dentro de um dado sistema. Todos os elementos são interdependentes não sendo possível analisá-los de forma isolada. Exemplo de abordagem histórico estruturalista sobre a migração são os trabalhos de GERMAANI (1974) e SINGER (1976).

(25)

25

GEMANI (1974:143), o modelo empregado para analise de migração “leva em conta não

apenas fatores de expulsão e de atração, como também condições sociais, culturais e subjetivas, tais fatores operam tanto no que diz respeito ao lugar da residência como no lugar de destino”. O autor vê a migração como um processo de mobilização social. Há a necessidade de informação sobre o local de destino. Criadas expectativas melhores que aquelas do local de origem, que fornece motivação para o indivíduo migrar. Ou seja, não é possível que haja migração se houver isolamento social. A análise da migração deve ser de três níveis.

O primeiro nível seria o ambiental, composto de fatores de expulsão e atração, natureza e condições de comunicações; contato e acessibilidade existentes entre a área de origem e destino. O segundo nível, o normativo, seria composto de papeis, expectativas e padrões de comportamento socialmente institucionalizados; que fornece referencial dentro do qual os indivíduos conseguiriam perceber e avaliar as suas condições objetivas de existência. O último nível de análise seria o psicossocial, ou seja, devem ser consideradas as atitudes e expectativas dos indivíduos concretos. Em uma sociedade totalmente integrada, segundo GERMANI (1974), o psicossocial considera as atitudes e expectativas dos indivíduos que refletem o padrão normativo vigente na sociedade socialmente integrada.

SINGER (1976:217) “As migrações são historicamente condicionadas como resultado do processo global de herança separada”. O processo de migração é diretamente associado ao desenvolvimento do capitalismo, principalmente com o processo de industrialização provocado por este. O principal motor das migrações são as desigualdades regionais.

A industrialização leva a concentração das atividades econômicas, gerando desequilíbrios regionais e motivam as migrações. Um paralelo entre LEE (1966) e SINGER (1976) leva a uma situação de fatores de expulsão do migrante, de dois tipos: fatores de mudança ou estagnação. Os fatores de mudanças seriam resultantes da introdução de relações capitalistas nas áreas rurais, o que levaria a um desemprego estrutural. Já os fatores de estagnação seriam resultantes da incapacidade dos produtores das áreas rurais de elevarem a produtividade da terra e se adequarem os novos padrões de produção exigidos.

(26)

26 possibilidade de uma melhor remuneração. Como principais obstáculos à migração, o autor aponta: (i) a baixa qualificação dos migrantes e sua insuficiência de recursos; (ii) a oferta de trabalho nas cidades que, devido à migração, seria menor que a demanda; (iii) o fato da demanda por mão-de-obra crescer menos que o produto; (iii) a marginalização do migrante, que resultaria na formação de um exército industria l de reserva, que pressionaria os salários dos trabalhadores urbanos.

2.8. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE CUMULATIVA E O PAPEL EXERCIDO PELAS REDES SOCIAIS.

Equilíbrio estável – qualquer ação ou mudança em um sistema provocaria uma reação interna que leva ao mesmo sistema, a uma nova situação de equilíbrio criticada por MYRDAL (1957), que a considera uma “suposição não realista quando se examinam processos sociais”.

MYRDAL (1957:13), o que estaria errado na “noção de equilíbrio estável, quando aplicado a realidade social, a “idéia de processo social surgir em uma direção – embora possa mover-se para ela através de um circuito”– para uma posição que pode ser descrita como um estado de equilíbrio entre forças”. Na verdade, o que pode ocorrer é que, ao contrário de provocar a ação de forças contrárias que venham a atuar no sentido de restaurar a situação de equilíbrio, a mudança pode provocar novas mudanças que farão o sistema se movimentar na mesma direção para a qual foi impelido pela mudança inicial. O resultado é que, devido a esta causalidade circular, os processos sociais tenderiam a se tornarem cumulativos, aumentando gradativamente a sua força.

PRINCÍPIO DE MYRDAL (1957) - vários cientistas apontarem fatores que explicariam a

migração se perpetuar através do tempo. A Função ação cumulativa em vários fatores. (i) distribuição de renda; (ii) distribuição de terras; (iii) organização da produção agrícola; (iv) cultura migratória; (v) distribuição do capital humano; (vi) rotulação social de tipos de trabalho. (MASSEU ET AL. 1993).

(27)

27 Com relação à distribuição de terras, os autores apontam o fato de que grandes quantidades de terras podem ser compradas por grupos estrangeiros ou externos, somente para investimento, levando a uma queda na demanda por mão-de-obra e, co isso, estimulando a emigração. A organização da produção agrícola também estaria associada aos movimentos migratórios, no sentido de que os domicílios com emigrantes teriam maior renda e maior acesso a redito, o que possibilitaria a utilização de métodos mais intensivos de cultivo e menor quantidade de mão-de-obra empregada, novamente estimulando a emigração.

O surgimento de uma cultura migratória, resultante do contato com a estrutura social e econômica das regiões escolhidas como destino, levaria os migrantes a mudarem seus hábitos de consumo e a adquirir estilos de vida não encontrados nos locais de origem. Com o tempo, a emigração passaria a fazer parte dos valores da comunidade e, para alguns jovens, se tornaria um ritual de passagem.

Com relação à distribuição regional do capital humano, como a migração é um processo, o fluxo migratório revocaria a depreciação de capital humano nas regiões de origem dos fluxos e sua acumulação nos locais de destino. A depreciação de capital humano nas regiões de origem contribui para a estagnação destas regiões, o que estimularia a emigração.

Há, ainda, a rotulação social de alguns tipos de trabalho, que passam a serem considerados como “sendo de imigrantes”. Como a população local não estaria disposta a ocupar estes postos de trabalho, isso contribuiria para o aumento da demanda por imigrantes.

O papel das redes sociais tem sido destacado por vários autores (HARBISON, 1981;

MASSEY 1990; MASSEY ET AL.1987; MASSEY ET AL. 1993; TAYLOR, 1986) e teria um

forte efeito sobre a perpetuação dos movimentos migratórios. MASSEY ET AL (1993:448) existência de redes migratórias aumentam a probabilidade do movimento internacional – o que explica as migrações internas - “reduzem os custos e riscos do movimento e aumentam a expectativas do retorno com a migração”.

(28)

28 ou de níveis de emprego, mas, sim, ao crescimento das redes sociais de migrantes. O crescimento das redes faz com que os custos e os riscos dos movimentos migratórios reduzirem gradativamente até se tornarem independentes dos fatores que os originaram.

O trabalho de FAWCETT (1989) ressalta “o papel das redes de parentesco no processo de perpetuação dos fluxos migratórios”. (Teorias dos sistemas migratórios). Noções básicas de sistema migratório são de “dois ou mais lugares ligados por fluxos e contra fluxo de pessoas” (Fawcett; 1989:671). O sistema estaria em equilíbrio, sendo que mudanças em alguma de suas partes seriam sempre acompanhadas por ajustes nas demais partes que o constitui Fawcett (1989) identifica 12 tipos de correlações (3*) que influenciam estes sistemas, discutindo sua aplicabilidade para o caso da migração internacional. Fawcett levanta algumas hipóteses sobre os diferentes tipos de correlações, sendo que todas reforçam o papel das redes de parentesco.

O autor afirma que “as relações familiares têm um persistente impacto na migração, pois políticas, regras e mesmo normas podem mudar, porém, obrigações entre membros familiares são de natureza persistente” (Fawcett, 1989:678). As necessidades de informações válidas e confiáveis sobre os possíveis locais de destino também reforçam, segundo Fawcett, a importância das redes de parentesco, pois a efetividade da comunicação está muito relacionada com a credibilidade da informação recebida, sendo os membros familiares considerados as mais confiáveis fontes de informação. Além disso, as informações seriam mais bem absorvidas e retidas quando o vocabulário utilizado para transmiti-las é próximo dos utilizados no cotidiano dos indivíduos.

(29)

29 A vertente teórica de Análises Institucionais ressalta que, a partir do momento que a migração internacional começa a acontecer, surgirão várias instituições – privadas, públicas ou assistenciais – que buscarão formas de contrabalançar o desequilíbrio entre o número de imigrantes interessados em entrar em determinados países e o número de imigrantes que esses países estão dispostos a receber, podendo essas instituições atuar de forma legal ou ilegal (MASSET ET AL, 1993).

PIORE (1979). COM A TEORIA DO MERCADO DUAL DE TRABALHO, é o

pioneiro neste tipo de analise do fenômeno migratório. Segundo PIORE, a migração internacional é algo inerente à estrutura econômica dos países desenvolvidos, e seu principal elemento motivador seria a constante demanda pelo trabalho de migrantes nesses países. Em síntese, a migração não seria causada por fatores de expulsão nos países de origem, mas por fatores de atração nos paises de destino. Os fluxos migratórios seriam estabelecidos a partir do recrutamento de mão-de-obra nos países em desenvolvimento para atender às necessidades dos empregadores dos países desenvolvidos, o que seria feito por instituições privadas ou públicas.

O elemento motivador é a demanda pelo trabalho de migrantes nesses países. A migração não é causada por fatores de expulsão em países de origem, mas por fatores de atração de destino.

GUILMOTO e SANDRON (2001) - a migração como instituição explica as formas como é

estabelecida e organizada. São apresentadas algumas proposições com relação ao contexto histórico específico dos países em desenvolvimento.

GUILMOTO e SANDRON (2001). Atuam a migração como uma instituição, explicitado as

formas como está estabelecida e os seus papéis e a forma como está organizada. Inicialmente, são apresentadas algumas proposições com respeito ao contexto histórico específico dos países em desenvolvimento. Os autores ressaltam que esses países seriam caracterizados pela existência de mercados incompletos, os mesmos pela inexistência de mercados. Neste ambiente, onde as informações são incertas e de alto custo, os indivíduos procurariam antes se prevenirem contra riscos, do que maximizarem suas rendas (GUILMOTO e SANDRON, 2001).

(30)

30 incertezas, criar condições para a regulação de transações entre os indivíduos, definindo seus tipos, as suas garantias e fazendo com que estas se perpetuem. “Ou seja, as transformações em um sistema quase autônomo de leis e normas permitem que indivíduos específicos e organizações se ocupem de objetivos” (GUILMOTO e SANDRON, 2001:144). Os autores destacam que institucionalização não é o melhor arranjo no sentido de maximização da renda esperada, mas seria uma resposta possível dentro de um contexto específico. Cada forma institucional irá refletir a natureza das trocas, sendo as redes de trabalho as instituições de suporte preferidas.

Grau de estruturação e hierarquização das redes estará diretamente relacionado ao tamanho dos riscos envolvidos na transação. A migração, com o passar do tempo, tenderia a tornar-se independente dos fatores iniciais que a provocaram, tornando-se um processo auto-reforçado e que possuiria uma dinâmica própria. Entretanto, os autores ressaltam que esse processo não tenderia a ser, necessariamente, cumulativo, uma vez que mudanças no contexto social; econômico ou político poderiam afetar o seu funcionamento.

A revisão teórica seguiu a analogia proposta por KAA (1996) sobre outra componente demográfica, a fecundidade. A analogia de KAA (1996), em que a revisão da literatura abrangeu a transição demográfica e os determinantes da generalizada queda da fecundidade ocorrida na segunda metade do século XX, na maioria dos países em desenvolvimento, consistiu explicar estes eventos como história contada em um tribunal. Segundo o autor, toda história é caracterizada por uma ação central, facilmente identificada e possível de interpretar. A boa história é aquela que os elementos do cenário fazem a ação central ser plausível, por várias subnarrativas com detalhes amplos. KAA (1996) afirma que as teorias elaboradas visam explicitar determinantes da fecundidade relativa à queda na segunda metade do século passado; podem ser interpretadas como um conjunto de várias subnarrativas, de diferentes perspectivas disciplinares e orientações, cuja perspectiva de se chegar a uma única e consolidada narrativa seria pouco provável.

(31)

31 Q, em um tempo específico, pode nada explicar ou explicar pouco dos movimentos de uma região R para S.

Assim, para entender os movimentos migratórios, utilizam-se arcabouços teóricos produzidos até aqui. E, no caso brasileiro, as evidências da literatura mostram que os migrantes interestaduais de retorno são jovem solteiro e baixo nível de estudo, reforçando a idéia de que re-migração é resultado da frustração quanto à materialização de emprego e renda na região de destino (CUNHA, 2000; BRITO; CARVALHO, 2006).

Os economistas da migração contribuíram com o conceito de privação relativa (patrão de distribuição de renda). Questionam que o aumento na renda tenha o mesmo efeito, independente do contexto socioeconômico do domicílio. A migração representa possibilidade de melhorar a posição relativa do domicílio, dentro de seu grupo de referência.

Assim, resumiram-se as principais correntes teóricas que abordam o fenômeno migratório. A conclusão de KAA (1996) – se aplicada ao fenômeno migratório. Os trabalhos citados trataram das migrações externas, mas os conceitos e as estruturas de análise podem aplicar às migrações internas. Estudo do IPEA (2011) elucida características do migrante brasileiro em que os fluxos internos são maiores que as saídas para outras regiões; o perfil do migrante mudou. O migrante está sendo escolarizado ao longo dos anos.

Existem significativos fluxos migratórios no Brasil (RIBEIRO e BASTOS; 2004). O migrante sofre perda ou ganhos salariais e esta variação decorre da própria mudança de estado. Diferentes estados apresentam diferentes remunerações e o prêmio salarial de migração varia de estado para estado (CORSEUIL e SANTOS, 2002).

A decisão de um indivíduo migrar está relacionada a diversos fatores, especialmente, à melhoria da qualidade de vida. A modalidade de pessoas significa a procura de um mais alto padrão de bem-estar; seja em termo de salários, seja em termos de alimentação, de saúde, de segurança, de educação, ou por uma região de clima mais ameno (IPEA, 2010).

O RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO (RDH) de 2009, publicado

(32)

32 e a identificação de determinantes desses movimentos migratórios e do perfil do migrante interno, tem se destacado na literatura nacional.

A variável idade e nível de Educação identificam o perfil do migrante e influencia na decisão de migrar; os jovens com alto nível de escolaridade são mais propensos a migrarem.

JUSTO e SILVEIRA NETO (2008) fornecem evidências a respeito do migrante interno, a partir

dos micro-dados do Censo Demográfico de 1980, 1991 e 2000. O migrante, além de jovem e escolarizado é, sobretudo, do sexo masculino e de condições sociais relativamente precárias.

GOLGER ET AL. (2005) verifica os determinantes da migração entre as meso regiões brasileiras e conclui que a interação entre as características regionais e os aspectos individuais tem influência sobre a decisão de migrar.

Estudo do IPEA (2010) analisa o efeito da distribuição de renda e das transferências federais para as Unidades da Federação (UF´s) sobre o fluxo de migrantes recebido por estas. Os autores concluem que as transferências federais têm efeito positivo sobre a migração. A concentração de renda desestimula a migração e os migrantes buscam regiões com distribuição de renda mais eqüitativa.

As mudanças no comportamento dos fluxos migratórios brasileiros se acentuaram nas últimas décadas, com retenção de população na região nordeste; pequena atratividade para o estado de São Paulo e maior fluxo para as cidades médias do interior (IPEA, 2011); dentre elas destaca-se a mais nova Capital do Brasil – Palmas – do Estado do Tocantins. Em 2008, o rendimento médio dos migrantes foi de 25%, superior ao dos não migrantes.

2.9. A Migração de Retorno.

(33)

33 A explicação da migração de retorno como reação às condições encontradas na região de destino. O indivíduo decide em decorrência de uma previsão incorreta das possibilidades de emprego e renda, corrigindo equívocos da decisão de migração inicial (DAVANZO; MORRISON, 1981: SHUMWAY; HALL, 1996).

BORJAS e BRATSBERG (1996) extensão do modelo clássico de BORJAS (1987), a

opção pela migração de retorno estabeleceram inter-relações entre auto-seleção dos trabalhadores migrantes e determinação de salários, a partir das motivações da remigração.

2.10. Dados sobre o Tocantins.

O Tocantins ocupa uma área territorial de 277.620,914 km2 e uma população de 1.383.453 habitantes (IBGE, Censo 2010). Sua capital, Palmas, ocupa uma área territorial de 2.218,943 km2 e uma população de 228.332 habitantes (Censo, 2010), formada 46,65%, por cento, pela migração interna (Tocantins). Saltando de 82.977 (IBGE, 1996), para 137.045 (IBGE, Censo 2000); para 178.386 (IBGE, 2007) e 228.332 (IBGE, Censo 2010). Ao completar 24(vinte e quatro) anos, em 20.05.2013, Palmas terá cerca de 230 mil habitantes.

A economia tocantinense apresenta evolução, a cada ano, sua contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ainda é de apenas 0.5%. No âmbito regional, a participação do Tocantins para o PIB é de 8,3%. A composição do Produto Interno Bruto do Tocantins é a seguinte: Agropecuária (17,8%); Indústria (24,1%); Serviços (58,1%). O PIB tocantinense situa em R$ 4,6 bilhões de reais (IBGE, 2009) e a renda per capita em R$ 11.278 reais (IBGE, 2009).

Portanto, o setor de serviços é o principal responsável pela formação do PIB estadual. No Tocantins, esse segmento da economia se concentra na Capital, Palmas, e nas cidades localizadas próximas à Rodovia Belém-Brasília, pelo maior fluxo de pessoas.

A agropecuária é a atividade responsável por, aproximadamente, 99% das exportações do estado. A pecuária bovina de corte é um dos grandes elementos econômicos do estado. O Tocantins é grande produtor agrícola, com destaque para o cultivo de arroz, mandioca, cana de açúcar; milho e soja.

(34)

34 agroindústria e alimentícia. Sua produção é destinada ao consumo. Outro destaque na economia é a mineração, haja vista grandes quantidades de ouro e calcário extraídos.

2.11 Dados sobre Palmas.

2.12 Indicadores Econômicos e Sociais

Os indicadores sócio-econômicos (IBGE, Censo Demográfico 2010) de Palmas apontam impactos dos movimentos migratórios na formação do PIB per capita a preços correntes (R$ 17.203,23); rendimento nominal médio mensal dos domicílios permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio – Rural (R$ 2.661,07); rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particular e permanente – Rural (R$ 370,00); população residente – homens (112.848); população residente alfabetizada (195.034); número de matrículas no Ensino Fundamental [(335.538 matrículas em 2009)] e população residente que freqüenta creches ou escola (87.307) pessoas.

(35)

35 Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), de 2000, da economia em Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2000

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes ... R$ 5.568 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes ... R$ 75.061 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes ... R$ 469.006 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes ... R$ 83.695 mil reais PIB a preços correntes ... R$ 660.330 mil reais

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Valor agregado do Produto Interno Bruto(PIB), de 2001, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2001

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes ... R$ 6.881 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes ... R$ 192.970 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes ... R$ 575.009 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes ... R$ 124.283 mil reais PIB a preços correntes ... R$ 899.143 mil reais

(36)

36 Valor agregado do Produto Interno Bruto, em 2002, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2002

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes ... R$ 9.193 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes ... R$ 322.126 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes ... R$ 724.301 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes ... R$ 169.706 mil reais PIB a preços correntes ... R$ 1.225.326 mil reais

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), de 2003, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2003

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 18.419 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 322.077 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 764.996 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 162.318 mil reais PIB a preços correntes. ... R$ 1.267.810 mil reais

(37)

37 Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2004, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2004

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes ... R$ 15.629 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes ... R$ 445.200 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes ... R$ 876.190 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes ... R$ 183.559 mil reais PIB a preços correntes ... R$ 1.520.579 mil reais Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2005, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2005

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 19.278 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 522.302 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 973.831 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 199.620 mil reais

(38)

38 Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2006, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2006

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 15.118 mil reias Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 494.139 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 1.151.566 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 272.657 mil reais PIB a preços correntes. ... R$ 1.933.480 mil reias

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2007, da economia de Palmas,

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2007

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 12.939 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 511.463 mil reias Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 1.419.939 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 314.564 mil reias PIB a preços correntes. ... R$ 2.258.905 mil reias

(39)

39 Valor agregado Produto Interno Bruto (PIB), em 2008, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2008

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 20.431 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 611.758 mil reias Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 1.607.249 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 374.508 mil reias PIB a preços correntes. ... R$ 2.613.946 mil reais

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Valor agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2009, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2009

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 20.727 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 688.845 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 1.865.476 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 389.897 mil reais

(40)

40 Valor Agregado do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010, da economia de Palmas.

Palmas– TO

Produto Interno Bruto dos Municípios 2010

Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes. ... R$ 24.340 mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes. ... R$ 948.392 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes. ... R$ 2.452.605 mil reais Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. ... R$ 502.109 mil reais PIB a preços correntes. ... R$ 3.927.446 mil reais PIB per capita a preços correntes. ... R$ 17.203.23 mil reais

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca.

Evolução do Produto Interno Bruto (PIB), no período de 1999 a 2010, em Palmas (TO).

MUNICIPIO DE PALMAS –TO

PRODUTO INTERNTO BRUTO A PREÇO CORRENTE (mil reais)

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

429.486 660.330 899.143 1.225.326 1.267.810 1.520.579 1.715.032 1.933.480 2.258.905 2.613.946 2.964.944 3.927.446

(41)

41

Gráfico da Evolução do Produto Interno Bruto (PIB), a preços correntes, de 1999 a 2010.

Fonte: Elaborado pelo autor

Como se oberva no gráfico acima houve um crescimento acelerado do Produto Interno Bruto de Palmas, na última década, acentuando-se de 2005 a 2010.

Dados do Censo Demográfico [(IBGE, 2000 a 2010)] demonstraram que as pessoas de dez anos ou mais, com rendimentos, em 2000, totalizou 65.208; em 2010, o total atingiu 134.106 indivíduos. O rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10(dez) anos ou mais, com rendimento (reais) atingiu R$ 754,40 (2000) e R$ 1.791,25(2010). A população ocupada soma 119.273 pessoas, ou seja, 52,24% do total de habitantes de Palmas.

(42)

42 (três) Escolas de Tempo Integral que serão entregues à população em 2013; uma Escola Padrão e 9(nove) Centros Municipais de Educação(CMEI”S).

A destinação de recursos e condições de trabalho melhorou o ensino na Rede Pública Municipal. A avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, de 2009 passou de 4,4 [na 4ª série em 2007], para 5,6 em 2009. A capital com maior evolução no IBDE, no período, alcançando a meta do Ministério da Educação a ser atingida somente a partir de 2015. Nas séries finais do ensino fundamental, o crescimento foi positivo: de 3,5 em 2005 para 5,0 em 2011. Um dos melhores do País. Palmas de 3,8 (2005) [do 1º ao 4º ano] e 3,5 [do 5º ao 9º ano], para 5,8 (2011) [do1º ao 4º ano] e 5,0 (2011) [do 5º ao 9º ano].

O mérito foi uma política de Educação em Tempo Integral (ex-prefeito Raul Filho- PT – 2005 - 2012) - projeto educativo integrado, ampliação da jornada escolar diária visando atenção integral à criança - desde a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental.

Além da grade curricular tradicional, as escolas oferecem aulas de informática, inglês, espanhol, meio-ambiente, filosofia, matemáticas, leitura e estudo dirigido e atividades esportivas, artísticas e culturais. As atividades esportivas oferecidas são aulas de voley, futebol, natação, handebol, basquete, ping-pong, judô, karatê, capoeira, balé, dança contemporânea, hip hop, dança de salão, dança regionais e folclóricas, teatro, artes visuais e iniciação musical. O tempo de permanência na escola é de 9 horas e meia por dia. São oferecidas três refeições ao dia: café da manhã, almoço e o lanche da tarde. As escolas são equipadas com quadras, piscinas, ambientes de artes, laboratórios e auditório.

O nível de alfabetização em Palmas [IBGE, Censo 2010], população de 181.897 pessoas, com 10(dez) anos ou mais; taxa de alfabetização de 96,43%; enquanto [IBGE, Censo 2000] registrou uma população de 106.325 pessoas, das quais 100.566 são alfabetizadas (94,58%). Um crescimento do índice de alfabetização em cerca de 2%, no período.

(43)

43 emergência por dia. Os recursos permitiram a humanização da saúde que repercutiu pesquisa (MS, abril 2011) – Destaca Palmas em alta qualidade de vida e menor percentual de hipertensos (13%).

O índice de mortalidade infantil (Palmas) [2005 a 2010]; passou de 633 óbitos (2003) para 1080 óbitos (2010); crescimento da ordem de 41,39%. Em 2011, a Estatística do Registro Civil registrou 1.246 óbitos; dos quais 103 menores de um ano, em comparação com 89 óbitos (2010); 13,60% (treze ponto seis por cento) a mais [IBGE, 2011].

2.13. Censo Demográfico.

A contribuição dos estados brasileiros na formação da população de Palmas, segundo dados do Censo Demográfico [(IBGE, Censo 2000 e 2010)], por região do Brasil e por lugar de nascimento; na Região Norte, destacou-se a migração interna (Tocantins), com uma contribuição de 64.071 (46,65%) por cento, em 2000; passando para 118.496 (51,90%) por cento, em 2010. Essa Região contribuiu com 72.291 (52,63%) por cento em 2000, passando para 129.527 (56,73%) por cento, em 2010; houve um crescimento de (4,10%) por cento, no período.

Depois da migração interna, o segundo lugar foi do estado do Pará que contribuiu com 7.229 pessoas (5,31%) por cento, em 2000; passando para 10.090 (4,42%) por cento, em 2010. Houve, portanto, uma redução de 0,89% por cento, no período. Outros estados da região tiveram participação pouco significante.

A região Nordeste contribuiu com 33.945 pessoas (24,71%) por cento, em 2000; passando para 49.041 (21,48%) por cento, em 2010, houve uma redução (3,23%) por cento. Destacou-se o estado do Maranhão com 20.381 (14,84%) por cento, em 2000; passando para 29.570 (12,95%) por cento, em 2010, com uma redução de 1,89% por cento, no período; o segundo lugar foi o estado do Piauí, com 5.147 (3,75%) por cento em 2000, passando para 7.525 (3,3%) por cento, houve uma redução de (0,45%) por cento, no período. Os outros a contribuição não foi significante.

(44)

44 aumento de (0,08%) por cento. A contribuição dos outros estados não foi significante. A região Sul contribuiu com 1.222 pessoas (0,89%) por cento, em 2000; passando para 4.941 pessoas (2,16%) por cento, em 2010; houve um aumento de (1,27%) por cento. Não houve destaque par quaisquer dos outros estados da região.

A região Centro – Oeste contribuiu com 19.027 pessoas (13,85%) por cento, em 2000; passou para 28.760 pessoas (12,60%) por cento, em 2010, houve uma redução de (1,25%) por cento, no período; destacou-se o estado de Goiás com 15.819 pessoas (11,52%) por cento, em 2000; passando para 23.302 pessoas (10,21%) por cento, com uma redução de (1,31%) por cento. O segundo lugar ficou com o Distrito Federal com 1.890 pessoas (1,38%) por cento; passando para 3.118 pessoas (1,37%) por cento, praticamente não houve alteração no período.

Segundo o IBGE (Censo Demográfico de 2010), Palmas foi capital com a maior taxa média de crescimento anual da população (5,21%), em dez anos; em função da migração. Seguida por Boa Vista (3,55%) e Macapá (3,46%). A capital brasileira com a menor taxa média de crescimento anual, no período, foi Porto Alegre (0,35%), seguida por Belo Horizonte (0,59%).

Evolução demográfica de Palmas (1991-2010), em habitantes.

Imagem

Tabela  2.  Estatística  descritiva  das  variáveis  utilizadas  no  Modelo  de  Seleção  de  Heckman de dois /Estágios

Referências

Documentos relacionados

Mesmo com suas ativas participações na luta política, as mulheres militantes carregavam consigo o signo do preconceito existente para com elas por parte não somente dos militares,

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Nos tempos atuais, ao nos referirmos à profissão docente, ao ser professor, o que pensamos Uma profissão indesejada por muitos, social e economicamente desvalorizada Podemos dizer que

Corporate Control and Policies Page 12 UNIVERSIDAD DE PIURA UNIVERSIDAD DEL PACÍFICO UNIVERSIDAD ESAN UNIVERSIDAD NACIONAL AGRARIA LA MOLINA UNIVERSIDAD NACIONAL

Assim, o presente trabalho surgiu com o objetivo de analisar e refletir sobre como o uso de novas tecnologias, em especial o data show, no ensino de Geografia nos dias atuais

(2019) Pretendemos continuar a estudar esses dados com a coordenação de área de matemática da Secretaria Municipal de Educação e, estender a pesquisa aos estudantes do Ensino Médio

A CEF dispõe de um sistema de avaliação de risco de crédito (SIRIC), alimentado basicamente pelas informações desse balanço perguntado e a questão levantada pelos gerentes