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Amamentação e Dieta "Low Carb"

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Academic year: 2021

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Amamentação e Dieta "Low Carb"

A alimentação em baixa ingestão de carboidratos está ganhando cada vez mais praticantes. Isso ocorre, principalmente, por que ela promove perda de peso, sem fome. A obesidade no mundo só aumenta em estatísticas e uma dieta que promete a perda de peso rápida e sem sentir fome parece ser uma excelente proposta.

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A alimentação “Low Carb” é difundida através de redes sociais, mídia e pelo “boca-a-boca” e quando ela é feita de forma inadequada pode levar a riscos à saúde e/ou até a falha na perda de peso decorrente da: possível deficiência de vitaminas (micronutrientes), excesso em ingesta de gorduras de má qualidade, excesso em ingesta proteica, deficiência em fibras e até um hábito alimentar que não é "Low-Carb", mas sim Cetose. Essas consequências são bastantes reduzidas se a forma de se alimentar for orientada por um profissional da área.

Dentro desse contexto de obesidade, ganho de peso, perda de peso rápida e ausência de fome, encontramos as mulheres que acabaram de gestar (puérperas). São mulheres que estão amamentando e que sofrem dupla cobrança. De um lado a exigência (pessoal e da sociedade) em perder o peso ganhado na gestação e apresentar-se esteticamente bem, de outro, o incentivo a alimentação desenfreada para produção de um leite saudável ao lactente (aquele que se alimenta do seu leite).

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É grande a exigência em perder peso no pós-parto nessas mães, especialmente após a conclusão científica de que a cada gestação, a mulher costuma reter 2 quilos a mais que seu peso anterior e outro estudo que mostra que mulheres que retornam seu peso ao inicial à gestação após 6 meses do parto costumam reter mais quilos que se perdesse antes de 6 meses. Dessa forma, os médicos devem incentivar a perda do peso adquirido na gestação, ao mesmo tempo que fornecer orientação alimentar equilibrada.

A proposta de alimentação com baixa oferta de carboidratos na amamentação poderia ser uma alternativa para aquelas mães que pretendem perder peso e ainda manter-se na amamentação. Apesar dos estudos com a "Low-carb" só mostrarem bons resultados à saúde do praticante, para mulheres que estão amamentado pode ser um hábito alimentar arriscado.

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Não há estudos que avaliam o efeito de uma alimentação com baixa ingestão em carboidratos na formação do leite materno e as consequências ao lactente (que está mamando).

Há relatos de que vacas produzem menos leite quando são submetidas a dietas de baixa oferta de carboidratos, sendo que esse resultado é de pouca significância para levar a conclusões à humanos. Não se sabe se no leite de mulheres que se alimentam com redução de carboidratos haveria deficiência em micronutrientes e macronutrientes e nem se essas mulheres estão em estado de cetose (com formação de corpos cetônicos).

Não se sabe, também, quais os riscos da dieta cetogênica em mulheres que amamentam.

Entidades americanas orientam a ingestão em 210g/dia de carboidratos para formação de leite materno adequado ao lactente, enquanto que a “Low Carb”

orienta que essa ingestão esteja abaixo de 150g/dia.

Diante dessa disparidade de conceitos, falta de evidencias e segurança, e em colocar em risco a saúde

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de um lactente (que depende de leite materno), o ideal é que se siga as orientações tradicionais, até que mais estudos sejam realizados.

Conclusão:

Alimentação “Low Carb”, de fato, perde peso.

Mas nem tudo são flores: Comer “Low Carb” de forma inadequada, pode levar a deficiências ou exageros alimentares.

Mulheres que estão amamentando sofrem com a auto exigência em perder peso, e a perda através da alimentação “Low Carb” apresenta-se com poucas evidências científicas na formação da quantidade e qualidade do leite fabricado, levando a pouca segurança em indicar tal hábito nessa fase.

Apesar de parecer inocente a dieta "Low Carb" na amamentação, existe o risco de pessoas que amamentam realizarem a dieta de forma incorreta e sem acompanhamento profissional.

Pessoas que fazem uma alimentação reduzida em carboidratos, evitando apenas os refinados e

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industrializados, com menor exigência na redução da quantidade de ingesta dos carboidratos de origem da natureza (os tubérculos, frutas, hortaliças, leguminosas), acompanhado por especialistas, não parecem apresentar com risco de produzir um leite inadequado, apesar que, ainda faltam evidências para confirmar tal conclusão.

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O que eu oriento é que:

Mulheres que amamentam e que gostariam de perder peso e regressar ao peso anterior ao de gestar devem buscar realizar atividades físicas.

A alimentação deve ser saudável: sem industrializados, refinados e guloseimas. Se dúvida, não há benefícios em consumir tais alimentos para formação de um bom leite.

Sugiro consumir as 210g de carboidratos ao dia através de tubérculos e frutas. Mais tubérculos que frutas.

Preferir os tubérculos nas grandes refeições e as frutas nos lanches. Lembrar que os tubérculos são nutricionalmente e metabolicamente melhores que as frutas.

A gordura do tipo insaturada pode ser consumida, isso fornece o aporte de ácidos graxos essenciais ao lactente. Você os encontra no azeite, abacate, coco, açaí, oleaginosas.

Não esqueça de ingerir muita, mas muita água. A ingesta de água não é somente necessária para

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fabricação do leite, como ajuda na perda de peso e na redução em ingesta de bebidas adoçadas.

Deixar registrado que essa fase de amamentação é uma fase de doação e que é temporária, de forma que, se você fizer as minhas dicas acima e não perder todo o peso pretendido, não é motivo de fracasso, é por um motivo maior: a segurança na saúde do seu neném.

Referências

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