• Nenhum resultado encontrado

O Bandeirante Como lido com meu vírus

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "O Bandeirante Como lido com meu vírus"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Amália Pelcerman

“...Sou adepta da humanização da Medicina e toda vida me pautei por esses princípios de tocar, ouvir, ver e sentir o paciente para elaborar um diagnóstico e

dar o tratamento mais adequado...”

Visite nosso BLOG:

https://sobramespaulista2018.blogspot.com/

330 - MAIO de 2020

Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - São Paulo

O Bandeirante

Textos para publicação e concursos de prosa e verso devem ser enviados EXCLUSIVAMENTE para o E-mail: SOBRAMES@UOL.COM.BR

Pág.4

Como lido com meu vírus

“...Eis-me aqui, então, longe do consultório, porém, próxima dos pacientes,”

Quarentena

Pág. 3

Suzana Grunspun

“...Peguei o celular e disse “sim, estou com vocês, podem contar comigo!”

Carta aos meus pacientes

Aline Andruskevicius de Castro

Pág. 6

E mais: Poetrix em tempo de incerteza -

José Jucovsky (Pág.6)

O catedrático e o crânio -

Manlio M.M.Napoli (Pág.3)

Covid 19 -

Camilo André Mércio Xavier (Pág.3)

(2)

2

Márcia Etelli Coelho Presidente da Sobrames-SP

Escrever em tempo de crise

EXPEDIENTE: Jornal O Bandeirante - ANO XXVIII - nº. 329 - ABRIL 2020 | Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES- SP. | Sede: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 7º. Andar - Sala 1 (Prédio da Associação Paulista de Medicina) - CEP 01318-901 - São Paulo - SP | Editores: Márcia Etelli Coelho e Marcos Gimenes Salun | Jornalista Responsável: Marcos Gimenes Salun (MTb 20.405-SP). | Redação e Correspondência: Av. Prof.Sylla Mattos, 594 - ap.12 – Jd. Sta.Cruz – CEP 04182-010 – São Paulo – SP E-mail:

rumoeditorial@uol.com.br - Tels.: (11) 2331-1351 Celular (11) 99182-4815. | Colaboradores desta edição (textos literários): Amália Pelcerman, Aline Andruskevicius de Castro, Camilo André Mércio Xavier, José Jucovsky, Manlio Mário Marco Napoli e Suzana Grunspun. | (Olhar Paulista): Márcia Etelli Coelho. | Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da Sobrames-SP | Revisão: Equipe Rumo Editorial | Diagramação e redação: Marcos Gimenes Salun | Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. E-mail:

rumoeditorial@uol.com.br | Impressão e Acabamento: Expressão e Arte Gráfica Editora - São Paulo | Tiragem desta edição: 300 exemplares impressos e mais de 1.500 exemplares em PDF enviados por e-mail e divulgados em redes sociais.

DIRETORIA - 2019/2020 - Presidente: Márcia Etelli Coelho. Vice-Presidente: Carlos Augusto Ferreira Galvão. Primeiro Secretário: Sérgio Gemignani. Segunda Secretária: Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini. Primeiro Tesoureiro: José Francisco Ferraz Luz. Segundo Tesoureiro: Helio Begliomini. Conselho Fiscal Efetivos: Josyanne Rita de Arruda Franco, Marcos Gimenes Salun e Josef Tock. Conselho Fiscal Suplentes: Maria do Céu Coutinho Louzã, Mário Santoro Junior e José Hugo de Lins Pessoa.

Editorial

As Pizzas Literárias da SOBRAMES-SP acontecem na terceira quinta-feira de cada mês, a partir das 19h00, na PIZZARIA BONDE PAULISTA

Rua Oscar Freire, 1.597 - Pinheiros - S.Paulo

FELIZ ANIVERSÁRIO!

Bolo & Champanhe em MAIO

03 - Márcia Etelli Coelho 20 - Delfim Silva Pires 20 - Maria do Céu Coutinho Louzã 21 - Aline Andruskevicius de Castro

25 - Amália Pelcerman 27 - Ester Maria Bittencourt

SUSPENSA TEMPORÁRIAMENTE SUSPENSA

TEMPORÁRIAMENTE

E

m uma crise mundial sem precedentes, a maioria da população permanece confinada em casa, questionando: o que fazer com tanto tempo disponível?

Nós, sobramistas, habituados com o ato de escrever, encontramos nele um meio de extravasar o medo, a inquietude e a insegurança diante do futuro.

Ora experiências individuais registradas como desabafo, ora se desligando da realidade, deixando fluir a imaginação.

Tá certo que muitos de nossos filiados continuam trabalhando, enfrentando o coronavírus na luta constante com a morte. Mas, talvez, também estes, no escasso tempo livre, possam registrar em algumas linhas as suas dores, aliviando o cansaço.

Por outro lado, assim como existe benefício para quem escreve, o leitor igualmente acolhe os textos na tentativa de encontrar respostas ou, simplesmente, para estarem conectados com o mundo.

Se o contato físico é restrito, a divulgação de ideias se acentuam.

Compartilhamento.

Pensamentos criativos, orientações, mensagens positivas, questionamentos, reflexões... Esperança...

Não por acaso, a Sobrames Sergipe organizou o e-book “Diários da Quarentena”.

A Sobrames SP, por sua vez, mantém o cronograma da edição de sua consagrada Coletânea “A Pizza Literária – décima sexta fornada”, aberta aos sobramistas de todas as regionais.

Assim, ciente da importância de cada um fazer a sua parte, convidamos os sobramistas a divulgarem seus escritos em suas redes sociais.

Uma forma especial de contribuir para superar esse período tão difícil.

Sim! Escrever é uma arte... É um dom... E, em alguns momentos, pode ser a salvação...

(3)

O catedrático e o crânio 3

Manlio Mario Marco Napoli Ortopedia

N

a Faculdade de Medicina da Univer- sidade de São Paulo – FMUSP, havia uma sala de café para os professores. Era hábito, entre umas nove e dez horas, a reunião de vários professores para pausa, café e bate-papo. Os assuntos eram diversos, desde futebol até questões profissionais. Em uma dessas conversas, o Professor Dr. Flávio Pires de Camargo contou que tinha sido convidado como perito em uma ação judicial, para discorrer sobre uma perfuração craniana.

Contou que se tratava de uma briga em que um senhor negro teria matado outras pessoas a golpes de machado. As circunstâncias indicavam que o cidadão teria matado quatro pessoas com a ferramenta, porém o réu indicava que somente tinha dado o golpe em uma das vítimas e que o machado tinha ficado preso em seu crânio. Este era o ponto da necessidade do perito: saber se era possível a fixação do machado no crânio e sua rápida retirada, o que, em longo discurso, o Dr. Flávio afirmara que o cérebro é formado por uma massa mole e por este motivo a remoção do machado é de fácil

manobra. No veredicto final, o júri condenou o cidadão pelo crime contra as quatro vítimas.

Após algum tempo, talvez anos, eu estava no atendimento do Pronto-Socorro quando deu ingresso um senhor de origem alemã, alto e forte, com uma machadinha em seu crânio.

Estava vivo, porém inconsciente. Foi direto para sala de cirurgia, e lá soubemos que se tratava de uma briga com a amante e que a vetusta senhora, após uma discussão, desferiu o golpe com a machadinha de cortar lenha sobre a cabeça do

“alemão”. Na sala de cirurgia, tentei retirar o objeto, sem êxito. Chamei o assistente, que de igual forma não conseguiu retirar o objeto. Um enfermeiro, mais encorpado, empregou toda a sua força e, mesmo com nossa ajuda, não conseguiu retirar a machadinha. Somente mediante cirurgia para abertura do crânio é que conseguimos retirar o objeto.

Terminada a intervenção, infelizmente o paciente faleceu devido à grande perda de sangue.

No dia seguinte, ao encontrar com o Professor Flávio, relatei o episódio e de imediato me referi ao seu relatório na perícia judicial. Em tom de brincadeira, finalizei com ele dizendo que o cérebro é mole, mas a caixa craniana é muita dura e resistente e não é simples a retirada dos objetos que lá penetram e completei em pensamento: “Cérebro mole, pena dura...”

VOCÊ CONFINADO, EM SILÊNCIO.

MESMO ESTRESSADO SE FORTALECE, OLHA PRA DENTRO E REFLETE:

O COVID 19 VAI PASSAR.

COMBATIDO ELE VAI SE ENTREGAR,

E VOCÊ, ALIVIADO, A PLENOS PULMÕES VAI GRITAR, ESSA PANDEMIA VAI ACABAR !!!

Covid 19

Camilo André Mércio Xavier Ortopedia

(4)

4 Como lido com meu vírus

Amália Pelcerman Clínica Geral e Cardiologia

Na verdade o vírus está no ar, não temos como eliminá-lo por enquanto, mas sim como enfrentá-lo. Isolados somos mais fortes, pensando em nós e nos outros. Medidas como higienização de objetos, lavagem das mãos, cuidados com o rosto são fundamentais.

Orientações para não disseminar o pânico também, já enfrentamos outras epidemias.

Tenho uma vida frenética, sou médica, começo cedo no consultório, ou na faculdade, onde dou aula. Não almoço em casa e vou direto para o outro local de trabalho, de preferência a pé, não tenho carro. Nem chego a sentar e vou para minhas aulas de dança, de 2as e 4as à noite. Nas noites de 3as tenho palestras sobre temas médicos, outra atividade. Todos que me conhecem sabem que o último local que podem me encontrar é em casa. Promovo reuniões de turmas de colégio, de faculdade, do grupo de danças, pizzas filosóficas, adoro uma festa!

Porém este vírus mudou minha rotina.

Embora faça parte do grupo de risco por ter mais de 60 anos, continuo atendendo pacientes em consultório quando solicitada. Afinal as pessoas não sofrem somente de Covid 19 e precisam de orientações, tratamentos contínuos, avaliações para cirurgias e, sobretudo, atenção.

Sou clínica e cardiologista. Sempre fui contrária ao advento da Telemedicina, atendimento por meio eletrônico que não tem contato físico com o paciente, mas sou forçada a reconhecer a importância desta ferramenta na atual pandemia. Tenho atendido por WhatsApp meus pacientes e ofereci meus

préstimos a vizinhos e contatos para dar esclarecimentos sobre o Coronavírus, tirar dúvidas e oferecer conforto aos muito ansiosos.

Sou adepta da humanização da Medicina e toda vida me pautei por esses princípios de tocar, ouvir, ver e sentir o paciente para elaborar um diagnóstico e dar o tratamento mais adequado.

Mas a vida nos apronta surpresas e temos que aprender a lidar com elas, nos reinventar e prosseguir na luta.

Além do trabalho dou assistência junto com minha irmã que também é médica, ao nosso pai, que tem 93 anos e está isolado na casa dele.

Ele mora sozinho, é lúcido e independente, mas nesse momento, impedido de sair (só sai para comprar um pão quentinho de manhã) aceita nossas visitas diárias, guardando a distância preconizada de um metro, quando levamos alimentos e medicamentos. Está sentindo falta dos nossos abraços, beijos e dos finais de semana em que, família reunida, saíamos para almoçar.

Confesso que no início da pandemia, quando só era epidemia, não acreditei que chegaria a este ponto. Era estudante na epidemia de meningite em 1974, trabalhei duro durante a epidemia de H1N1 em 2009, mas nunca foram tomadas medidas tão severas! A verdade é uma só, o confinamento é necessário para não ocasionar o colapso do sistema público de saúde, com muitos enfermos precisando de atendimento simultaneamente.

Minha vida mudou, o ritmo é lento, um dia após o outro. Vou ao mercado comprar frutas e verduras e faço meu próprio almoço, fato inédito. Descobri que tenho um pouco de talento culinário, mas não o suficiente para perpetuar esse hábito após o isolamento. Meu esporte favorito hoje é limpar a casa, arrumo minhas pendências internas também, estou tendo tempo para isso. Já dançar, para mim um ato coletivo e alegre, não consigo. Como ando muito triste com os fatos, não tenho motivação

(5)

5

Quarentena

Suzana Grunspun Psiquiatria para ensaiar uma dança coletiva indivi- dualmente.

Ainda estou aturdida com todo esse cenário e por isso escrevo muito, faço a catarse cerebral através das palavras, derramo minha angústia no IPad e pronto, saio renovada.

As aulas na Unifesp, onde leciono, são transmitidas através de plataformas digitais, tentaremos mantê-las para não descontinuar o ensino. Aproveito o momento atípico para ler e estudar

Vejo a onda de solidariedade em vários setores e me surpreendo com esse movimento, torço que perdure. Há pessoas que me ligam com quem não converso há tempo. Foi preciso um vírus ameaçar a vida para tornar a nos falar, ponto positivo. Sinto que é um momento de transição do gênero humano, uma pausa para reflexão global, onde cada um exerce o seu papel no cuidado com o outro.

Ao ser convidada para escrever sobre a experiência de estarmos em quarentena, fiquei procurando o que de positivo poderia ser compartilhado com meus colegas sobramistas.

Estamos todos apartados de nossa convivência e dos papos tão estimulantes na Pizza lá no Bonde Paulista, mas achei muito estimulante a ideia de escrevermos e compartilharmos os textos por e mail.

De início quebrei a cabeça como eu faria meus atendimentos como terapeuta que sou, foi muito interessante como os colegas e os pacientes foram naturalmente criando uma corrente na qual ferramentas tecnológicas foram se delineando e nos tirando de um imenso rio caudaloso de dúvidas. Eis-me aqui, então, longe do consultório, porém, próxima dos pacientes, pois estamos atendendo e conversando com todos aqueles que se mostraram disponíveis para essa empreitada. Passando por uma situação nova, que exige reflexão profunda, os terapeutas se reúnem, também por meio dessas ferramentas, para trocar novas formas de se p en sar o setting terapêutico e suas modificações. Temas importantes como o sigilo ou os impasses do silêncio durante as sessões, como também o possível atendimento de crianças em ludoterapia foram nesse período

discutidos, criando polêmicas que geram outras dúvidas e assim estamos construindo novas teorias para sustentarem esse momento tão inesperado na vida de todos.

Então chegou a Páscoa, e como nos iríamos encontrar com filhos, noras, filha, genro e netinhos afastados? Tivemos um encontro virtual que foi animado; e com as entregas de compras on line pudemos participar da caça aos ovos e saborearmos ao mesmo tempo os nossos chocolates em companhia e risadas de todos. A felicidade, o amor e afeto foram compartilhados em família.

Penso que estamos amenizando a saudade e nos cuidando ficando em casa!

(6)

6 Carta aos meus pacientes

Aline Andruskevicius de Castro Clínica Geral

Quatro poetrix em tempo de incertezas

José Jucovsky In memoriam

U

m dia percebi que não era suficiente o que estava fazendo por mim, por vocês e pelo mundo. Reiniciei o tempo e guardei o passado em uma gaveta qualquer; pouco tempo depois me formei médica, meu peito se tornou pequeno tamanho era meu coração, lágrimas discretamente escorreram e agradeci a Deus por ser sido escolhida para ajudar. Mas logo veio o Coronavírus, não imaginava tamanha proporção. No meio do desconhecido tive medo, continuo com medo. Então, hesitei e me retirei, durou só uma semana, porque fechei os olhos, rezei e fui com medo mesmo.

Logo veio a proposta para trabalhar no maior hospital de campanha do País. Conversei com meu professor, que posso assim considerar um pai na medicina, um dos mais renomados infectologistas do Brasil, quiçá do mundo, me disse:

“É uma decisão muito pessoal. Eu vivi a epidemia de meningococo. Vi morrer muita gente na minha frente. Foi muito difícil, mas ficou o orgulho de ter feito a minha parte. Somos médicos.”

Então não tive dúvida e lembrei o porquê tinha feito medicina. Peguei o celular e disse “sim, estou com vocês, podem contar comigo” e não incrivelmente, para quem me conhece, meus olhos se encheram de lágrimas e abri um sorriso no rosto, estaria onde sempre quis estar, ajudando vocês.

Não somos super-heróis, não são as palmas que nos movem, mas sim o brilho do olhar do paciente de esperança, de acreditar mesmo sabendo dos riscos e me falar “doutora, obrigado”.

Perdi as contas de quantas internações fiz e de quantas lágrimas não pude enxugar pela distância social, de quantos pacientes quis abraçar e não podia, perdi as contas de quantos pacientes me falaram “sinta-se abraçada, que Deus te proteja e proteja sua família”.

Prefiro não saber quantos, porque isto me assusta, me dá medo e só está começando. Mas tenho uma certeza, não há protocolo que fale “primeiro eu e depois o meu paciente”, não há medo que vai me segurar, quero estar onde estou, com vocês, meus pacientes, vamos juntos lutar, vamos juntos conseguir; estou com vocês e não deixarei vocês em hipótese alguma. Enquanto Papai do Céu me permitir estar, estarei, até o dia que tudo isso acabar; que acabe o mais breve, o mais rápido possível.

Colapso

Explodem entre gemidos Cidades e selvas crestadas Do homem rei endoidecido.

Telemania

A falta de afeto

No mundo da tecnologia Cria o fã-clube da histeria

Ecossistema

A velocidade do consumo Do meio ambiente geológico Torna frágil o equilíbrio biológico.

Medo

Sombrias almas aquelas Que, com cruel maldade, Impõem medo à comunidade.

(7)

7

Autor: Roberto Antônio Aniche Titulo: “Aniversário”

Gênero: Conto

Obra: “Antologia Paulista - Vol.12”

Editora: Rumo Editorial - SP Ano da publicação: 2019

Livros em destaque

Convidamos você a ler este texto na íntegra, além de outros de diversos autores publicados nesta obra e que lá permanecerão Guardados para Sempre.

(Disponível na Biblioteca da SOBRAMES-SP)

Desabrochar para o mundo, iniciar uma

primavera para alegrar as pessoas que vivem nos cinzentos dias de inverno, mostrar assim como lhe foi mostrado que o medo desaparece quando se conhece o próprio destino.

Guardados para sempre

FRANCISCO JOSÉ SOARES TORRES

“O poeta das areias”

Rumo Editorial - SP

Não se escolhe ser poeta, mas pode-se nascer com postura, índole e hábitos de artista, mesmo no selvagem sertão do Nordeste onde a luta pela

sobrevivência era difícil durante a infância das muitas gerações anteriores, que transcorria numa era de devastação e miséria tornando a maioria dos homens dessa época rudes e práticos. É assim que o médico e poeta

Francisco José se refere ao também poeta Afonso Amélia, que foi o oásis da poesia desse rincão duro e seco, que cantou a sua terra e sua gente de forma singela e delicada, e é o principal merecedor da homenagem que ora se faz a um belo chão, bem como a um singelo canto. Aquisições e informações com o autor: centromedicodecrateus@gmail.com

JURACI CEZAR DA CRUZ

“O mundo dos mundos - Prostituição”

Rumo Editorial- SP

“Com o início das aulas de Ariadne o clima entre o casal ficou

insustentável. Ele percebia que estava perdendo sua deusa, a mulher de sua vida, mas não tinha forças para mudar aquele destino. Não sabia o que fazer. As manifestações afetivas desapareceram e ele foi perdendo o domínio de si.” Este livro já estava no prelo quando o médico, Juraci seu autor, faleceu, em 2019. Nosso confrade (e seu amigo) Luiz Jorge Ferreira fez com que o excelente romance fosse publicado postumamente.

Aquisições e informações: ljorgeferreira@uol.com.br

(8)

8 Olhar paulista

PANDEMIA PROVOCA O ADIAMENTO DO CONCRESSO

A Comissão Organizadora, após criteriosa avaliação, decidiu pelo ADIAMENTO do

XXVIII Congresso Brasileiro de Médicos Escritores SOBRAMES orginalmente programado para setembro, no Ceará.

Haverá comunicação detalhada.

www.sobramesceara.com.br/congresso

ANUIDADE DE 2020

A Sobrames-SP continua recebendo a anuidade de 2020 no valor R$ 480,00 a p ar tir de 1º de abr il, p arcelada em tr ês vezes.

Acadêm icos de M edicina p agam 50% do valor.

M ais infor m ações p or e-m ail com os tesoureiros Ch ico L uz:

josefranciscoferrazluz@adv.oabsp.org.br Helio: heomini.ops@terra.com.br

PIZZAS LITERÁRIAS VIRTUAIS

Assim como aconteceu em março, a Pizza Literária de abril também foi cancelada devido à pandemia do coronavírus. Para amenizar a saudade, compartilhamos textos que expressaram

a experiência do distanciamento social. Eis aqui trechos dos textos recebidos.

COLETÂNEA CONTINUA SUAS INSCRIÇÕES

Durante esse recesso, muitos aproveitam para escrever. Não perca a oportunidade de participar da Coletânea da SOBRAMES SP, “A Pizza Literária - décima sexta fornada ”, que recebe inscrições

e textos até o dia 30 de maio. Sobramistas de outras regionais podem participar desta obra por adesão, e o investimento pode ser parcelado em até 5 vezes. Ficha de Inscrição e todas as informações

detalhadas constam do BLOG da COLETÂNEA:

https://coletaneasobrames2020.blogspot.com

Nos quatros cantos o grito ecoou. (Camilo Xavier)

* Cuidado aí hein, está começando uma epidemia. (Aldo Carpinetti) * Não sei quando esse tormento irá acabar, porque a ordem das

“autoridades” é não sair de casa. (Manoel Lisboa) * A quarentena obriga a assento. A saúde precisa do acento. (Mércia Lúcia Chade) * Pouco contato... Talvez trocar olhares e humores.(Pedro Durães Sarracarbassa) * Deixar de viver certezas absolutas e vestir o manto do talvez. (Sergio Perazzo) * Estamos todos apartados de nossa convivência e dos papos tão estimulantes.

(Suzana Grunspun) * Os girassóis zombavam dos peixes que voavam na Catedral da Sé. (Luiz Jorge Ferreira) * Aquela praça que já fora tão cheia de vida e fiéis, de todos os cantos do mundo, agora representava o vazio das almas perdidas. (Izabella Cunha) * Só você e sua clausura. E talvez algum sussurro da brisa que penetre pelas janelas de seu ser. (Marcos Gimenes Salun) * Onde me encontrarei no meu

íntimo, na minha alma, enfim, no meu espírito? (José Francisco Ferraz Luz) * Uma pausa para reflexão global, onde cada um exerce o seu papel no cuidado com o outro.

(Amália Pelcerman) * Há quanto tempo eu não ficava até tão tarde escrevendo para os amigos, mandando lembranças? (José Martins Filho) * Nos prédios, sacadas iluminadas... Resgatam a magia das serenatas. (Márcia Etelli Coelho) * O importante é ficar vivo, pois a vida é muito boa!

(Nelson Jacintho) * Vamos juntos lutar, vamos juntos conseguir, estou com vocês e não deixarei vocês em hipótese alguma. (Aline Andruskevicius de Castro) * Após a turbulência virá a calmaria e o mundo seguirá seu ritmo próprio de recuperação.(Aida Lucia Pullin Dal Sasso Begliomini) * Que possamos voltar a aplaudir, com alegria e humildade, a vitória sobre nós mesmos. (Josyanne Rita de Arruda Franco) *

Referências

Documentos relacionados

¢ll', ™pe• oÙ m£qon œrga qalassopÒrwn ¡li»wn ka• buq…hj oÙk o‧da dolorrafšoj dÒlon ¥grhj, Leukoqšhj œce dîma baqÚrroon, e„sÒke pÒntou ka• s ka•

ou repartição a que serão destinadas receitas patri- moniais.. Por outro lado, no artigo 35, da Lei mencionada, trata-se do pertencimento da receita e da despesa

Extintores com carga de pó para extinção de incêndio ABC - indiretos Extintores com carga de espuma mecânica - pressurização direta e indireta Extintores com carga de água

Como irá trabalhar com JavaServer Faces voltado para um container compatível com a tecnologia Java EE 5, você deverá baixar a versão JSF 1.2, a utilizada nesse tutorial.. Ao baixar

Na sua qualidade de instituição responsável pela organização do processo de seleção, o Secretariado-Geral do Conselho garante que os dados pessoais são tratados nos termos do

4 - Valores da Refl ectância Bidirecional (em fração, de 0 a 1) versus o comprimento de onda central da banda obtidos para a vegetação na imagem sem correção atmosférica e

Com base nos fatores considerados durante a pesquisa, pôde-se observar que o grupo Algar (através da universidade corporativa – UniAlgar), em seus 20 anos de

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e