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A (I)LEGALIDADE DA COMPENSAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA A LUZ DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

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A (I)LEGALIDADE DA COMPENSAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA A LUZ DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Neiva Marcelle Hiller

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Emanuela Cristina Andrade Lacerda

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RESUMO

Propõe-se com o presente artigo, discutir sobre a legalidade ou ilegalidade da compensação de honorários advocatícios nas sentenças judiciais. O artigo 386 do Código Civil prescreve que se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Diante disso, como ficariam os honorários de sucumbência impostos ao vencedor e ao vencido numa demanda? Essa pergunta é confeccionada tendo em vista que o artigo 21 do Código de Processo Civil prescreve que quando cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas. Com base no artigo 21 do CPC, quem deverá pagar os honorários advocatícios ao patrono é a própria parte que o contratou. Em contrapartida, o artigo 23 do Estatuto da OAB diz que os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Diante de tal controvérsia a doutrina e jurisprudência pátria vem se manifestando no sentido de pacificar essa situação, embora, exista uma grande turbulência no meio jurídico no que se refere ao pagamento dos honorários. É necessário fortalecer idéias que buscam uniformizar os entendimentos e dar segurança jurídica aos advogados que possuem papel importantíssimo na promoção da justiça .

PALAVRAS CHAVES: Compensação; Honorários Advocatícios; Extinção das Obrigações.

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988 menciona no artigo 133 que o advogado é indispensável à administração da justiça, eis que serve de elo de ligação entre quem tem uma pretensão resistida e o judiciário, fazendo valer o direito de ação. A Constituição Federal, também menciona como garantia fundamental processual, a necessidade das partes terem um advogado, caso contrário, salvo raras exceções, a parte é impossibilitada de mover a máquina judiciária.

Diante da importância que o advogado tem para a justiça, também é coerente que existam leis que possibilitem que esse profissional trabalhe em prol de seus clientes e receba sua remuneração, e, em caso de inadimplemento da parte obrigada, tenha preservado o direito de executar a quantia devida.

1

Acadêmica do 9º Período do Curso de Direito da UNIVALI.nmarcellehiller@hotmail.com.

2

Professora Orientadora. Graduada em Direito, Mestre em Ciência Jurídica do Programa de Mestrado em Direito

da Universidade do Vale do Itajaí. Advogada e Professora do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí

– UNIVALI (SC). emanuelaandrade@univali.br.

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Ocorre que o Código de Processo Civil prescreve no artigo 21 que os honorários advocatícios podem ser compensados quando os litigantes forem em parte vencedores e vencidos. A compensação é “uma forma de extinção de obrigação, em que seus titulares são, reciprocamente, credores e devedores.”

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Em análise ao direito positivado, surge uma norma que faz conflitar entendimentos a aplicação ou não do dispositivo mencionado, em especial o artigo 23 do Estatuto da OAB.

O artigo 23 do Estatuto da OAB diz que os honorários advocatícios pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte. Surge, então, uma controvérsia sobre a aplicação de duas leis, uma afirma que os honorários podem ser compensados, já a outra reserva para o advogado o direito de executar seus honorários advocatícios.

Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar e discutir a legalidade ou ilegalidade da compensação dos honorários advocatícios, trazendo para análise entendimentos jurisprudências com a finalidade de verificar o que os tribunais estão decidindo nesses casos.

Inicialmente foi destacado o que é uma obrigação, e como ela se extingue por meio da compensação. Em seguida foi analisado em que consiste a compensação dos honorários advocatícios e as Leis que circundam esse tema.

Comentou-se sobre a possível revogação do artigo 21 do CPC em virtude do advento do artigo 23 do Estatuto da OAB. Foram utilizados embasamentos doutrinários e jurisprudenciais. Por fim apresentam-se as considerações finais com os pontos conclusivos destacados.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO INSTITUTO DA COMPENSAÇÃO NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO

2.1 Conceito de Obrigação

A obrigação “é um vínculo entre dois sujeitos de direito juridicamente qualificado no sentido de um deles (o sujeito ativo ou o credor) possuir o direito de receber do outro (sujeito passivo ou devedor) uma prestação.”

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3

GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Obrigações. São Paulo:

Saraiva. 2007. p.191.

4

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 3.

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3

Monteiro entende que "Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor, e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”

5

.

Nesse sentido tem-se que obrigação é um vinculo entre as partes (credor e devedor) através do qual assumem o compromisso de prestar uma em favor da outra determinada prestação de cunho patrimonial, não obstante ainda, se manifesta a doutrina no sentido de que as obrigações nascem com a finalidade de se extinguir, ou seja, pressupõe o cumprimento das prestações, ou seja, nascem com o fito de se extinguir.

2.2 Extinção das obrigações

No tocante a extinção das obrigações, observa-se que assim como uma obrigação surge, ela também se extingue, pois não existem obrigações perpétuas, ou seja, que nascem sem ter um termo final, já que é transitória por excelência.

As formas de extinções das obrigações podem ser divididas em ordinária e extraordinária. A extinção ordinária é aquela “normalmente aguardada pelas partes, que corresponde à vontade por elas declaradas na constituição do vínculo obrigacional ou a previsão do direito positivo”

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, já a extinção extraordinária ocorre quando na obrigação “se compreendem fatos, atos ou negócios jurídicos que importam o fim do vínculo obrigacional por um modo diferente do pagamento direto ou voluntário. O decurso do tempo, por exemplo, é um fato jurídico extintivo da obrigação”

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, verificando-se nesse caso a incidência do instituto da prescrição.

A par dessas formas de extinção das obrigações, nota-se que além do cumprimento voluntário do que se contratou, existem outros modos de cumprimento que resolvem o vinculo obrigacional de forma indireta, tais como:

Novação

8

, Compensação

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, Confusão

10

, Remissão

11

e a Consignação

12

.

5

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil.12. ed. São Paulo: Saraiva. 1995. p. 8.

6

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 143.

7

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 144.

8

Novação “é a constituição de uma obrigação nova, em substituição de outra que fica extinta”. PEREIRA, Caio

Mario da Silva. Instituições de Direito Civil. 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p. 243.

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4 O foco do presente trabalho, portanto, é analisar a forma de extinção das obrigações via Compensação, instituto do Direito Civil que prevê em síntese a resolução do vinculo obrigacional quando ocorrer a reciprocidade de prestações diversas entre credor e devedor.

2.3 A Compensação no Código Civil

Como já mencionado, a compensação é uma forma de extinguir uma obrigação, com previsão no artigo 368 do Código Civil que diz: “se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem”.

No Direito brasileiro como destaca Fabio Ulhoa Coelho:

a compensação não depende da vontade dos sujeitos da relação obrigacional. Opera-se, a rigor, mesmo contra a de qualquer um deles: estabelecida a equivalência entre as prestações que dois sujeitos de direito mutuamente se devem, dá-se a extinção até o equivalente

13

.

A par disso, verifica-se que existem três espécies de compensação: legal, convencional e judicial. A compensação legal é regra geral; se presentes os requisitos legais, o juiz a reconhece e declara sua realização. A compensação convencional decorre da autonomia da vontade das partes. A compensação judicial é aquela realizada em juízo, por autorização de norma processual, independente da autorização das partes

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, porém, em todas as espécies de compensação mister se faz que os requisitos do instituto estejam presentes sob pena de não ser possível a compensação, ou seja, pressupõe a reciprocidade de

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Compensação “é meio de extinguir as dividas de pessoas que, ao mesmo tempo, são credora e devedora uma da outra até o limite da existência do crédito recíproco”. WALD. Arnoldo. Obrigações e Contratos. 12 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1995. p. 108.

10

Na Confusão “pode acontecer que, por força de um fato jurídico entranho a relação obrigacional, as figuras do devedor e do credor se reúnam na mesma pessoa”. PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito

Civil. 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p. 2

11

Na Remissão “o credor libera, por ato de vontade, o devedor do comprimento da obrigação (...) Não basta o credor querer, para que se opere a remissão. Ela depende da concordância do devedor”. COELHO, Fábio Ulhoa.

Curso de Direito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva. 2005. p. 161.

12

Consignação “é o depósito judicial da coisa devida, para liberar o devedor”. WALD. Arnoldo. Obrigações e

Contratos. 12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995. p. 92.

13

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 161.

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GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Obrigações. São Paulo:

Saraiva, 2007. p.191-192.

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prestações e identidade dos obrigados, ou seja, devedor e credor são devedores e credores um do outro.

3 A COMPENSAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS COMO FORMA DE EXTINGUIR UMA OBRIGAÇÃO

Diz o artigo 21 do Código de Processo Civil que “se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas”.

Aqui se verifica típico caso de compensação judicial, eis que ocorre quando cada litigante for vencedor e vencido, simultaneamente

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. Assim, nestes casos, quem deve pagar os honorários advocatícios é a própria parte que contratou o profissional.

Ocorre que esse entendimento legislativo, faz surgir uma série de dúvidas no meio jurídico, uma vez que os honorários sucumbenciais pertencem ao advogado e não a parte, tanto é assim que o artigo 23 da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil) reza o seguinte:

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

A sentença é um título executivo judicial e o advogado pode executá-lo para ver satisfeitos os valores referentes aos serviços prestados. A regra é que essa execução seja em face da parte contrária do processo, já que é dela a obrigação de pagar os honorários sucumbenciais. Assim, é estranho que o advogado, ao invés de executar seus honorários da parte vencida, tenha que executar seu próprio cliente.

3.1 A inaplicabilidade do artigo 21 do Código de Processo Civil

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GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Obrigações. São Paulo:

Saraiva, 2007. p. 192-193.

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O artigo 2º, § 1º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42), dispõe que “a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”.

A redação do artigo 21 do Código de Processo Civil que prescreve a possibilidade da compensação dos honorários advocatícios entrou em vigor no ano de 1973. Em 1994 surgiu a Lei nº. 8.906 (Estatuto da OAB) que trouxe no artigo 23 que:

Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

O artigo 87 do Estatuto da OAB é claro ao afirmar que

“Revogam-se as disposições em contrário (...)”. Sendo assim o artigo 21 do Código de Processo Civil restaria revogado, tanto pelo disposto na própria Lei 8.906/94, como também pela Lei de introdução ao Código Civil.

Restado revogado, não haveria cabimento para a edição da súmula 306 do STJ em 03/11/2004, afirmando que “Os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência recíproca, assegurando o direito autônomo do advogado à execução do saldo sem excluir a legitimidade da própria parte”.

Como bem coloca ARIDA:

Por se tratar de súmula, definida como a condensação das reiteradas decisões daquela Corte Superior de Justiça, é óbvio que os precedentes repetitivos os quais lhe deram origem, ocorreram enquanto vigorava o art.21 do CPC e ainda não havia sido decretada e sancionada a nova Lei 8.906.

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Uma parte da doutrina manifesta-se no sentido de que a o artigo 23 da Lei 8.906/94 revogou o artigo 21 do Código de Processo Civil.

Entendem que “após o advento do novo Estatuto da Advocacia (...), não subsiste a

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ARIDA, Carlos Mansur. Impossibilidade de compensação dos honorários de Sucumbência. Disponível em: < http://www.oab.org.br/oabeditora/users/revista/1242740361174218181901.pdf>. Acesso em: 01 de jul.

2009.

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possibilidade de compensação dos honorários, em virtude dos mesmos pertencerem aos advogados, e não às partes”

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e que “o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência é indisponível, não podendo ser objeto de negociação em contrário"

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.

De igual modo afirma Said que:

na vigência do novo Estatuto da Ordem, ainda que promovida a execução pelo cliente, tendo por objeto a totalidade da condenação incluindo encargos processuais, a verba concernente aos honorários de sucumbência restará incólume de qualquer compensação pretendida pelo executado.

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Os entendimentos doutrinários ora juntados são elaborados antes de 2004, ano este que surgiu a súmula 306 do Supremo Tribunal Federal. Apesar do surgimento dessa súmula, possibilitando a compensação de honorários, hoje, alguns julgados têm se manifestado no sentido contrário:

É entendimento majoritário da Câmara, que, na hipótese de reciprocidade sucumbências, os honorários advocatícios, por se constituírem em direito próprio dos procuradores dos litigantes, não são passíveis de compensação, já que a obrigação de pagá-los é das partes e não dos advogados das mesmas". (EDACV n.

2004.021254-2/0001.00, Segunda Câmara de Direito Comercial, rel.

Des. Trindade dos Santos, julg. 04/12/2007).

Apesar desse entendimento, existe uma parcela de juízes que cumprem fielmente o disposto no artigo 21 do CPC e na Súmula 306 do STJ, afirmando que:

Na hipótese de sucumbência recíproca mostra-se possível a compensação dos honorários advocatícios, por força do disposto no artigo 21, caput, do Código de Processo Civil, haja vista não ter sido referida norma revogada ou derrogada, expressa ou tacitamente, pelo artigo 23, da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB).(Apelação Cível !º 70018345629, Segunda Câmara Especial Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leila Vani Pandolfo Machado, Julgado em 30/01/2007).

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NEGRÃO, Theotônio. Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, 2000. p.131.

18

NETTO LOBO, Paulo Luiz. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2002.

p.135.

19

CAHALI, Yussef Said. Honorários Advocatícios. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. p. 844-845.

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Na atual situação legislativa, com o advento do artigo 23 do Estatuto da OAB não resta dúvida quanto a inaplicabilidade do artigo 21 do CPC, já que o mesmo foi revogado em 1994. A decisão fundamentada com base no artigo 21 do CPC é totalmente descabida uma vez que esse artigo não existe mais no CPC, em virtude da revogação.

Arida afirma que:

Por via de conseqüência, resta afastada a possibilidade de compensarem-se honorários dos advogados, porque o direito destes em relação à prestação de serviços não é objeto do processo. O que pode e deve ser feito na hipótese de cada parte ser em parte vencida e vencedora, é serem recíproca e proporcionalmente distribuídos os honorários, condenando-se autor e réu a pagarem os advogados da parte adversa, no grau do decaimento, mas nunca tomar os honorários dos advogados para utilizá-los numa descabida e inaceitável compensação.

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Assim, o instituto da compensação não deve ser aplicado aos honorários advocatícios, pois o advogado não é parte e sim um profissional que está trabalhando em prol de seu cliente e pela efetividade da justiça.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este estudo verificou-se que a verba decorrente de condenação ao pagamento de sucumbência, no que pertine aos honorários advocatícios, não são passiveis de compensação, pois não é direito das partes e sim do advogado que trabalhou no processo. Existe uma grande turbulência jurisprudencial, doutrinária e também legislativa no que se refere ao pagamento dos honorários. Assim, deve-se criar um pensamento crítico sobre o assunto e fortalecer idéias que buscam uniformizar o entendimento e dar segurança jurídica aos advogados que possuem papel importantíssimo na promoção da justiça.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARIDA, Carlos Mansur. Impossibilidade de compensação dos honorários de Sucumbência. Disponível em: < http://www.oab.org.br/oabeditora/users/revista/1242740361174218181901.pdf>. Acesso em: 01 de jul.

2009.

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9 ARIDA, Carlos Mansur. Impossibilidade de compensação dos honorários de Sucumbência. Disponível em <http://www.oab.org.br/oabeditora/users/revista/

Acesso em 01/07/2009.

CAHALI, Yussef Said. Honorários Advocatícios. São Paulo: Revista dos Tribunais.

1997.

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2ª ed. 2005. São Paulo: Saraiva.

GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil:

Obrigações. São Paulo: Saraiva. 2007.

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil.12. ed. 1999. São Paulo: Saraiva.

NEGRÃO, Theotônio. Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Saraiva.

2000.

NETTO LOBO, Paulo Luiz. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB.

São Paulo: Saraiva. 2002.

PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil. 20ª ed. 2002. Rio de Janeiro: Forense.

WALD. Arnoldo. Obrigações e Contratos. 12 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,

1995. p. 108.

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