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A evolução do pensamento científico

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Academic year: 2022

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Aula

A evolução do

pensamento científi co

Boa aula!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, o aluno será capaz de:

• Definir o conceito de pensamento científico relacionado a origem da ciência;

• Compreender como a cientificidade perpassa os caminhos da educação;

• Conhecer alguns tipos de movimentos e algumas doutrinas filosóficas, relatando assim, suas características, origens e especialidades.

Na aula 03, vamos tratar sobre a evolução do pensamento científico. Se ao final desta aula você tiver dúvidas, pode esclarecê-las através das ferramentas

“fórum” ou “quadro de avisos” e “chat”.

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Seções de estudo

1 - Ciência, realidade e pensamento científi co

1 – Ciência, realidade e pensamento científico

2 – Alguns movimentos e algumas doutrinas filosóficas

O ser humano, a partir do seu nascimento, entra em contato com as coisas que o cercam, percebe-as, assimila-as, armazena-as, começa, enfim, a adquirir os saberes desde os mais elementares e, aos poucos, vai construindo o conhecimento que lhe permite interagir, participar, falar e refletir (MARTINS, 2005, p. 15).

Assim, a observação de tudo que a cerca é efetuada de maneira diferente pelo contato com a pessoa e com o objeto de interesse, e também de maneira indireta utilizando meios ou instrumentos que possibilitem realizá-la.

Isto posto, é possível afirmar que cada coisa observada estimula os sentidos e se transforma em sensação capaz de formar sua imagem na mente, que pode variar conforme as sensações vindas dos contextos em que está inserida. Portanto, o conhecimento, isto é, a ciência - “aquilo que faz saber” - surge das informações que o homem recebe por meio das relações com o mundo que o cerca (MARTINS, 2005, p. 15).

O milênio atual é identificado como sociedade do conhecimento ou sociedade da informação. A humanidade caminha passo a passo para com as transformações. E o homem, fazendo “mover”, impulsionando e utilizando seu capital intelectual aliado à sua criatividade e força de vontade para sermos o que somos, para termos o que temos: o homem criando benefícios em prol da nossa própria sobrevivência e bem-estar, perpetuando a nossa espécie no planeta. Sua curiosidade, capacidade vem sendo registrada, documentada ao longo da história da humanidade, desde a idade da pedra lascada, descobrimento do fogo, a possibilidade de ir à lua, o raio laser e seus benefícios, o computador, a clonagem, o celular, a Internet etc. e o homem continuará a criar, inventando bens e serviços ao seu próprio favor. É dentro desse princípio que a evolução da humanidade tem procurado desenvolver os códigos do conhecimento moderno e contemporâneo para manter viva e dinâmica a atividade de produzir conhecimento, fruto da observação e da incursão que o homem faz na sua condição de ser que pensa e muda a fisionomia da sua realidade e do seu entorno social.

Observa-se que o homem, desde que está na Terra, não se limita apenas a receber conhecimentos, mas também a produzi- los, isto é, a “fazer cultura” (MARTINS, 2005, p. 22) de forma criativa e inteligente. O oculto, o enigmático, o mistério sempre despertaram sua curiosidade e interrogações; sempre foram para ele motivo de investigação, de estudo e consequentemente, objeto ou fonte inesgotável de novos conhecimentos.

Dessa forma, os antigos já sabiam que o conhecimento começa pela percepção quando afirmava que nada está no intelecto sem que tenha passado pelos sentidos, e nele toda informação se transforma em imagens das coisas que são percebidas, de maneira consciente, ao longo da existência (MARTINS, 2005, p. 16) e que a indagação é uma característica inata do homem como fonte geradora de verdadeiras descobertas científicas, que são os princípios e as

leis que determinam a existência dos fenômenos. Portanto, como “produtor de ciência”, o homem desvenda aquilo que desconhece no mundo em que vive, procura saber o porquê dos fatos e chega a conclusões que poderão se reverter em melhoria de sua própria vida.

Segundo Martins (2005), há duas maneiras de conhecer a realidade:

a) A intuitiva: obtida por meio das impressões sensoriais que levam a intuir os fatos reais, exteriores, ou os do espírito, sem auxílio do raciocínio, a ter ideia ou noção deles. Por exemplo: ao vermos uma construção dizemos: “isto é um edifício, é verde, é de oito andares”.

b) A racional ou conceptual: que é resultado lógico da operação da mente e não determina e nem especifica a realidade. Por exemplo: diante do mesmo prédio podemos dizer: “este edifício é grande e tem muitos escritórios ou apartamentos”.

Assim sendo, o conhecimento conceptual leva à elaboração mental de dados obtidos pelo processo intuitivo e a operações que envolvem comparações, associações de dados já incluídos que permitem deduzir conceitos e conclusões, contudo a ciência é produto mais do conhecimento racional do que da inteligência. Costuma ser definida como a expressão de alguma realidade ou fato elaborado pelo raciocínio na forma de conhecimento.

Ciência (Do latim scientia: saber, conhecimento):

1. Em sentido amplo e clássico, a ciência representa um saber metódico e rigoroso, isto é, um conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, organizados de modo mais ou menos sistemático e suscetíveis de serem transmitidos por um processo pedagógico.

2. Mais modernamente, ciência seria uma modalidade de saber constituída por um conjunto de aquisições intelectuais que tem por finalidade propor uma explicação racional e objetiva da realidade. Mais precisamente, ainda, pode- se definir ciência como a forma de conhecimento que não somente pretende apropriar-se do real para explicá-lo de modo racional e objetivo, mas procura estabelecer entre os fenômenos observados, relações universais e necessárias, o que autoriza a previsão de resultados (efeitos), cujas causas podem ser detectadas mediante procedimentos de controle experimental (Fonte: Dicionário básico de filosofia, de Hilton Japiassú e Danilo Marcondes – 1996).

Define-se ciência como um conjunto de conhecimentos relativos a algum objeto ou fenômeno, obtidos com base em alguns critérios e mediante uma metodologia específica.

Segundo Lúcia Santaella (2001, p. 105), uma vez que a ciência busca o conhecimento, deve-se definir o que se entende por conhecimento. Etimologicamente a palavra ciência vem do latim scire (saber) e significa conhecimento ou sabedoria.

Conhecer é reter alguma informação sobre algo. A ciência, porém, não é a única forma de conhecimento. Existem outros conhecimentos, como: o filosófico, o artístico, o teológico e o de senso comum.

É normal a afirmação de que a existência da ciência serve para, dentre outras coisas, nos tirar do senso-comum. De acordo com Demo (1985, p. 30-31), o senso comum seria o conhecimento acrítico, imediatista, crédulo e sem sofisticação.

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Esse conhecimento não questiona a relação sujeito e objeto.

Não é cético, acredita no que vê e assume informações de terceiros para contentá-las. Assim, não sendo possível saber tudo, até mesmo o cientista pratica senso-comum nas áreas que fogem de sua especialidade, de modo que o senso comum é uma dose de conhecimento comum de que dispomos para dar conta das necessidades rotineiras.

2 - Alguns movimentos e algumas doutrinas fi losófi cas

Ceticismo

Na filosofia ocidental, doutrina que nega a possibilidade de alcançar o existe, não pode ser conhecido. Mas foram os pirrônicos (Pirro de Élida – filósofo grego, fundador do ceticismo antigo) os primeiros a formular conhecimento da realidade, como é em si mesma. Por extensão, também significa dúvida do que, geralmente, é aceito como verdade. Todo o ceticismo filosófico está baseado na Epistemologia. O ceticismo caracteriza-se por uma doutrina que repele os dogmas, busca demonstrar a inconsistência de qualquer afirmação.

O maior expoente do ceticismo moderno foi o filósofo David Hume, que pôs em dúvida a possibilidade de demonstrar a verdade das ideias sobre o mundo externo, as relações causais, os acontecimentos futuros ou das entidades metafísicas, como a alma e Deus. Para Hume, todo conhecimento provém de percepções da experiência, que podem ser impressões ou ideias, que são combinações de impressões. Podem-se encontrar traços de ceticismo em algumas escolas modernas de filosofia, dentre elas, o pragmatismo, a filosofia analítica e o existencialismo.

Segundo Affonso Romano de Sant´Anna, o cético não planta uma árvore, já duvidando que a semente brote.

Dependêssemos dos céticos estaríamos nas cavernas, não teríamos feito sequer o primeiro machado de pedra lascada.

A sorte do cético é que outros plantam e colhem para ele.

Certas épocas elegem o cético como modelo. Tristes épocas.

O cético não tem nada a perder, porque não joga. E como, em grande parte, a maioria dos sonhos humanos não se realiza como a gente pretendia, o cético considera-se sempre um profeta. Da inércia, é claro.

EMPIRISMO

Na filosofia ocidental, o empirismo é uma doutrina que nega a possibilidade de ideias espontâneas ou pensamentos a priori e baseia todo conhecimento na experiência, ou seja, trata-se de uma doutrina, comum a diversas escolas filosóficas, segundo a qual a experiência sensível constitui a única fonte válida de conhecimento. Nos séculos XVII e XVIII, seus representantes principais foram John Locke, Francis Bacon, David Hume e George Berkeley. O empirismo deu início a uma nova e transcendental etapa na história da filosofia, tornando possível o surgimento da moderna metodologia científica.

Immanuel Kant tentou obter um compromisso entre o empirismo e a corrente oposta, o racionalismo. Entre os empiristas do século XX, encontram-se William James e John Dewey.

EPISTEMOLOGIA

É uma parte da filosofia que tem como objeto o estudo

reflexivo e crítico da origem, natureza, limites e validade do conhecimento humano. Ocupa-se da definição do saber e dos conceitos correlatos, das fontes, dos critérios, dos tipos de conhecimento possível e do grau de exatidão de cada um, bem como da relação real entre aquele que conhece e o objeto conhecido. Tradicionalmente, a epistemologia foi entendida como teoria do conhecimento em geral.

No século V a.C., os sofistas gregos questionaram a possibilidade de haver um conhecimento objetivo e confiável.

Por outro lado, Platão defendeu a existência de um mundo de formas ou ideias invariáveis e invisíveis, sobre as quais seria possível adquirir um conhecimento exato e verdadeiro, mediante o raciocínio abstrato das matemáticas e da filosofia.

Também Aristóteles afirmava que quase todo conhecimento deriva da experiência, da observação cuidadosa e da estrita adesão às regras da lógica.

Do século XVII ao fim do século XIX, a questão central da epistemologia foi o contraste entre razão e o sentido da percepção como meio para a aquisição do conhecimento. Para os racionalistas, a fonte principal e prova final do conhecimento era o raciocínio dedutivo, baseado em princípios evidentes ou axiomas. Para os empiristas, porém, era a percepção. No início do século XX, os autores fenomenológicos afirmaram que os objetos de conhecimento são os mesmos que os objetos percebidos. Os neorrealistas, por sua vez, sustentaram que temos percepções diretas dos objetos físicos, ou partes dos objetos físicos, em vez dos estados mentais pessoais de cada um. Os realistas críticos adotaram uma posição intermediária, afirmando que, contudo se percebam apenas dados sensoriais, como as cores e os sons, estes representam objetos físicos, sobre os quais trazem conhecimento.

Em meados do século XX, surgiram duas escolas de pensamento, ambas com débito para com o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein. Uma delas, a escola do empirismo ou positivismo lógico, afirma que só existe um tipo de conhecimento: o científico. A última destas escolas de pensamento mais recentes, englobadas no campo da análise linguística (ver Filosofia analítica), parece romper com a epistemologia tradicional, centrando-se no estudo do modo real pelo qual se utilizam os termos-chave da epistemologia - como conhecimento, percepção e probabilidade - visando a formular regras definitivas para seu uso e, assim, evitar confusões verbais.

Segundo Lúcia Santaella (2001, p. 106), a maioria dos problemas do conhecimento tratados pela epistemologia

“alicerçam-se em fundamentos filosóficos desenvolvidos especialmente a partir do século XVIII, quando se deu o nascimento da ciência moderna. É nesse contexto que surgiram as primeiras formulações sobre o fundamento do conhecimento, na oposição entre o racionalismo, associado principalmente aos nomes de Descartes e Leibniz, de um lado, e o empirismo, de outro, ligado aos nomes de F. Bacon e dos ingleses Locke e Hobbes, culminando no empirismo radical de Hume. No século XVIII, à filosofia kantiana como síntese conciliatória entre o racionalismo e empiricismo seguiu-se a razão histórica de Hegel.”

ESTRUTURALISMO

Corrente de pensamento que se caracteriza pela oposição

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à compartimentação do conhecimento em partes isoladas e heterogêneas. Movimento europeu que emergiu na França em meados da década de 1950, no qual a linguagem desempenha uma função chave. O estruturalismo tem suas raízes na linguística de Ferdinand de Saussure, mas seu surgimento real aconteceu quando o antropólogo Claude Lévi-Strauss publicou um artigo, no qual afirmava que o mito “como o resto da linguagem, é formado por unidades constituintes” que devem ser identificadas, isoladas e relacionadas com uma ampla rede de significados.

A abordagem estruturalista foi aplicada em várias disciplinas.

Dentre os principais teóricos vinculados ao estruturalismo, destacam-se: Roland Barthes, Michel Foucault, Jacques Lacan e, mais recentemente, Jacques Derrida morreu em outubro de 2004. Sua última conferência intitulada “O perdão, a verdade, a reconciliação: qual gênero?” foi proferida no “Colóquio Internacional Jacques Derrida 2004 - Pensar a desconstrução:

questões de ética, política e estética”, evento promovido pela Universidade Federal de Juiz de Fora - MG e Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, realizado nessa cidade, em agosto de 2004, em homenagem ao filósofo argelino6. Derrida é o autor da teoria pós-estruturalista intitulada Desconstrução. O desconstrutivismo é uma forma de análise textual, aplicada não somente à literatura e à filosofia, mas, também, à história, à antropologia à psicanálise, à Educação, aos Estudos de Tradução, cujo funcionamento, segundo o próprio Derrida, se dá através de uma “lógica paradoxal”.

EXISTENCIALISMO

Movimento filosófico que destaca a ideia de que é a existência do ser humano que define sua essência, e não a essência ou a natureza humana que determina sua existência.

O existencialismo influenciou diferentes escritores dos séculos XIX e XX, na literatura e na teologia.

Em termos de movimento filosófico e literário, pertence aos séculos XIX e XX, mas podem-se encontrar elementos de existencialismo no pensamento (e na vida) de Sócrates, na Bíblia e na obra de inúmeros filósofos e escritores pré- modernos. O primeiro a antecipar as principais inquietações do existencialismo moderno foi o filósofo Blaise Pascal.

Considerando a diversidade de posições comumente associadas ao existencialismo, o termo não pode ser definido com precisão. No entanto, podem ser identificados alguns temas comuns a todos os escritores existencialistas: o principal é a ênfase posta na existência individual concreta e, consequentemente, na subjetividade, na liberdade individual e nos conflitos da opção.

Foi o filósofo Sören Kierkegaard o primeiro escritor a usar o termo existencialismo, afirmando que o mais alto bem para o indivíduo consiste em encontrar sua própria e única vocação.

Friedrich Nietzsche afirmou que o indivíduo tem que decidir que situações devem ser consideradas morais.

Todos os existencialistas seguiram Kierkegaard, afirmando que a experiência pessoal e o agir, segundo as próprias convicções, são fatores primordiais para se chegar à verdade. Demonstraram que a clareza racional é desejável onde e quando for possível, mas que os temas mais importantes da vida não são acessíveis à razão e à ciência. Apesar disso, talvez o tema de maior relevo na filosofia existencialista seja o da opção.

A mais importante característica do ser humano é a liberdade de escolha. Os seres humanos não têm uma natureza imutável,

ou essência, como têm os outros animais ou as plantas; cada ser humano faz opções que configuram sua própria natureza.

Kierkegaard argumentava que é fundamental para o espírito reconhecer que temos medo não só de objetos específicos, mas também de um indefinido sentimento de apreensão, o qual denominou temor. Temor que é, segundo ele, a forma que Deus tem de pedir a cada indivíduo um compromisso, adotando um estilo de vida pessoal válido. A palavra angústia, para Martin Heidegger, surge do confronto do indivíduo com o nada e com a impossibilidade de encontrar uma justificativa última para a opção que cada pessoa tem de fazer.

FENOMENOLOGIA

Movimento filosófico do século XX, estudo dos fenômenos em si mesmos, independentes dos condicionamentos exteriores a eles, cuja finalidade é apreender sua essência, estrutura de sua significação. É a ciência dos fenômenos puros. Edmund Husserl, o iniciador do processo, definiu-o como o estudo das estruturas da consciência, capaz de capacitar esta consciência de conhecimento para se referir aos objetos situados fora de si mesmo. Este estudo requer uma reflexão sobre os conteúdos da mente para excluir o desnecessário, atitude denominada “redução fenomenológica”. Segundo a fenomenologia, a mente pode se dirigir ao não existente e a objetos reais. Husserl advertiu que a reflexão fenomenológica não pressupõe que algo exista materialmente. O que equivale, segundo palavras de Edmund Husserl, a “pôr entre parênteses a existência”.

Martin Heidegger, colega de Husserl, proclamou que a fenomenologia deve manifestar o que estiver oculto na experiência diária. Jean-Paul Sartre adaptou a fenomenologia de Heidegger à filosofia da consciência, recobrando, assim, os ensinamentos de Husserl. Maurice Merleau-Ponty rejeitou a possibilidade de situar a experiência do homem perplexo diante da consciência de ser Segundo Terry Eagleton (2001, p. 85), “a fenomenologia começa e termina como uma cabeça sem um mundo. Ela promete dar terra firme ao conhecimento humano, mas só pode fazê-lo a um alto custo: o sacrifício da própria história humana.”

MARXISMO

Nome dado ao conjunto das ideias filosóficas, políticas e econômicas de Marx, Engels e seus seguidores. As ramificações da doutrina marxista podem ser encontradas em âmbitos filosóficos, econômicos, históricos, políticos e na maioria das ciências sociais.

Marx pretendia revelar as leis inerentes ao desenvolvimento do capitalismo. Para ele, cada época histórica se caracterizava por um modelo de produção específico correspondente ao sistema de poder estabelecido e, portanto, com uma classe dirigente em permanente conflito com a classe oprimida. Assim, a sociedade medieval era dominada pelo modelo de produção feudal no qual a classe dos proprietários obtinha a mais valia de uma população rural dependente da terra. As transições do sistema de escravidão para o feudalismo e desse último para o capitalismo se deram quando as forças produtivas (ou seja, os grupos relacionados com o trabalho e os meios de produção como as máquinas) não podiam continuar desenvolvendo-se com as relações de produção existentes entre as distintas classes sociais. Assim, a crise que afetou o feudalismo quando o capitalismo necessitava

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de uma crescente classe trabalhadora produziu a eliminação das bases legais e ideológicas tradicionais que mantinham os servos presos à terra.

A relação fundamental do capitalismo, baseada em salários, parte de um contrato entre partes juridicamente iguais.

O atrativo do marxismo reside no fato de ter proporcionado um poderoso respaldo intelectual à indignação moral produzida por significativas desigualdades do capitalismo e a esperança de que um sistema condenado à extinção terminaria por desaparecer

Depois de ser expulso da Alemanha, Marx procurou refúgio em Londres. Nessa cidade, elaborou a base doutrinária da teoria comunista, apresentada em três volumes e denominada Das Kapital (1867-1894; O capital), uma análise histórica e detalhada da economia do sistema capitalista, e na qual a classe trabalhadora é vista como explorada pela classe capitalista que se apropria do ‘valor excedente’ (mais- valia) produzido por aquela (ver Capital). A experiência revolucionária da Comuna de Paris também foi estudada por Karl Marx. Em 1864, participou da criação, em Londres, da Primeira Internacional. Foi depois da morte de Marx que seu pensamento começou a prosperar dentro do movimento operário. Essa concepção passou a ser denominada marxismo ou socialismo científico. Essas doutrinas foram retomadas por Lenin, no século XX, e passaram a ser o núcleo da teoria e a práxis do bolchevismo e da Terceira Internacional.

NIILISMO

Doutrina filosófica e política baseada na negação da ordem social estabelecida e de todas as formas de esteticismo.

Os seguidores dessas filosofias negam quaisquer valores e não acreditam em nada. Durante a Idade Média, esta palavra foi aplicada aos hereges cristãos. Entre 1850 e 1860, os jovens intelectuais russos que repudiaram o cristianismo e advogaram pela mudança revolucionária também foram chamados de niilistas

RACIONALISMO

Designação genérica de diferentes correntes filosóficas que colocam a razão como instrumento para o conhecimento do real. Opõe-se ao empirismo que ressalta o papel da experiência. Na história da filosofia ocidental, o racionalismo identifica-se, sobretudo, com o filósofo René Descartes.

Retomando a aula

Chegamos, assim, ao fi nal da nossa terceira aula.

Espera-se que agora tenha fi cado mais claro o entendimento de vocês quanto a evolução do conhecimento científi co. Vamos, então, recordar:

1 – Ciência, realidade e pensamento científico Nessa seção, os estudos foram direcionados para a contextualização do pensamento científico como uma indagação proposta pelo pesquisador, mediante uma característica inata do homem como fonte geradora de verdadeiras descobertas científicas, que são os princípios e

as leis que determinam a existência dos fenômenos. Assim, como “produtor de ciência”, o homem desvenda aquilo que desconhece no mundo em que vive, procura saber o porquê dos fatos e chega a conclusões que poderão se reverter em melhoria para a sua própria existência.

Nessa perspectiva, a ciência representa um saber metódico e rigoroso, ou seja, como um conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, organizados de modo mais ou menos sistemático e suscetíveis de serem transmitidos por um processo pedagógico.

Também é importante ressaltar que a ciência, porém, não é a única forma de conhecimento, existem outros conhecimentos, como: o filosófico, o artístico, o teológico e o de senso comum.

2 – Alguns movimentos e algumas doutrinas filosóficas

Na segunda seção foram apresentados alguns movimentos e algumas doutrinas filosóficas, como: ceticismo;

empirismo; epistemologia; estruturalismo; existencialismo;

fenomenologia; marxismo; niilismo; racionalismo com a finalidade de propor conhecimentos acerca dessas doutrinas que fazem parte do contexto histórico da própria filosofia como parte necessária da constituição ao longo dos anos da ciência sendo vista como conhecimento.

ANDRÉ, Marli e LÜDKE, Menga. Pesquisa em pesquisa:

abordagem qualitativa. São Paulo: EPU, 1986.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul: 2000.

Vale a pena

Vale a pena ler

Disponível em: <http://www.educacional.com.br/

entrevistas/entrevista0108.asp>. Acesso em: 21 de abr. de 2012.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/

v22n74/a09v2274.pdf>. Acesso em: 21 de abr. de 2012.

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“Uma Mente Brilhante”

“Anos Dourados”

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