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Parte integrante do Diário do Grande ABC Não pode ser vendida separadamente DOMINGO, 14 DE JUNHO DE Edição 2

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Edição 2

ParteintegrantedoDiáriodoGrandeABC–Nãopodeservendidaseparadamente

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

(2)

Professor-doutor Paulo Sérgio Garcia (coordenação), professor- doutorLeandro Prearo, professora-doutoraMaria do Carmo Rome- ro, professor- mestreAnderson Seccoe professor-doutorMarcos Sidnei Bassi.E-mail:observatorioeducacao@uscs.edu.br

Equipe técnica

O Brasil avançou na Educa- ção, sobretudo em relação à democratização do acesso à escola básica, e, neste cená- rio, as discussões e as políti- cas se deslocaram para a preocupação com a qualida- de do ensino. Preocupação que teve início com mais efei- to a partir da Constituição da República de 1988, seguida da LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio- nal), de 1996; da Emenda Constitucional número 14/96, que instituiu o Fun- def (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza- ção do Magistério); da Lei n˚

10.172/01, que estabeleceu o Plano Nacional de Educa- ção; da Lei nº 11.494/07, que regulamentou o Fundeb (Fundo de Manutenção e De- senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação);

da Emenda Constitucional nº 59/09, que ampliou o ensi- no obrigatório dos 4 aos 17 anos de idade; e do Plano Na- cional de Educação, lançado em 2014.

Neste processo de busca pela qualidade, o Ensino Fun- damental, especificamente, vem sendo monitorado por meio do Ideb (Índice de De- senvolvimento da Educação Básica), criado pelo Instituto Nacional de Educação e Pes- quisas. Esse indicador avalia o desempenho dos alunos em testes padronizados, Pro- va Brasil, combinado com as taxas de aprovação e reprova- ção da escola (fluxo escolar).

O Ideb procura ampliar as possibilidades de mobiliza- ção da sociedade em prol da Educação, pois o indicador é

comparável nacionalmente por meio dos resultados que reúnem aprendizagem e flu- xo. O equilíbrio dessas duas dimensões prevê que se uma rede ou sistema de ensino contar com muitas retenções (alunos reprovados) para ob- ter resultados de melhor qua- lidade na Prova Brasil o flu- xo será afetado, indicando problemas de qualidade. Por outro lado, se a escola apro- va o estudante sem que esse demonstre conhecimento, o resultado da Prova Brasil in- dicará também a necessida- de de melhoria do sistema.

Trata-se de suma ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Edu- cação, que estabeleceu o Ideb 6,0 para o Brasil em 2021 (comparável a de dos países desenvolvidos).

O Ideb é um condutor de políticas para a melhoria da qualidade da Educação, em níveis nacional, estadual, municipal e escolar. Ele pos- sibilita a criação de metas in- dividuais e intermediárias pa- ra as escolas. Tais metas são os percursos estabelecidos de evolução individual dos índices, para que o Brasil atinja o patamar educacio- nal dos países da OCDE (Or- ganização para a Coopera- ção e Desenvolvimento Eco- nômico). Essa situação signi- fica avançar da média total (municipal, estadual e priva- da) de 5,2, em 2013, para um Ideb igual a 6,0 em 2021, nos anos iniciais do En- sino Fundamental. E, nos anos finais do Ensino Funda- mental, avançar de 4,2 (2013) para 5,5 e, no Ensino Médio, saltar de uma média

total de 3,7 para 5,2, como pode ser visto na tabela des- ta página.

As metas são diferencia- das para cada rede de ensino e escolas e foram criadas bie- nalmente de 2007 a 2021. A ideia central é que cada Esta- do, município e escola me- lhore seus indicadores, con- tribuindo para que o Brasil chegue à meta 6,0 (Ensino Fundamental I), 5,5 (Ensino fundamental II) e 5,2 no En- sino Médio em 2021, ano do bicentenário da independên- cia. Mesmo para aquelas es- colas que já atingiram a me- ta, está prevista a continua- ção na melhoria. Já para aquelas que apresentaram problemas, é indicado apoio específico.

O indicador apresenta muitos pontos positivos, co- mo a articulação entre os conceitos de fluxo e de de- sempenho, favorecendo o en- tendimento do rendimento dos alunos, identificando competências e dificuldades nas disciplinas avaliadas, Português e Matemática, pa- ra os quintos e novos anos.

Ele auxilia também no diag- nóstico, no monitoramento e no agrupamento de informa- ções para a criação de políti- cas públicas, estabelecendo metas objetivas e individuali- zadas para cada escola, mu- nicípios e Estados brasilei- ros. Tal situação tem o objeti- vo, entre outros, de contro- lar e elaborar ações para combater o fracasso escolar.

No entanto, é preciso com- preender este índice em sua totalidade.

Há limitações para assu- mir o Ideb como um indica- dor único de qualidade para uma escola ou rede de ensi- no. Um indicador, utilizando somente dois fatores, quais sejam o fluxo escolar e o de- sempenho dos alunos, asso- ciados diretamente com a questão da leitura e da mate- mática, não é capaz de cap- tar a complexidade da esco- la, pois muitas outras dimen- sões estão relacionadas. A qualidade de uma escola não pode ser explicada por um fa- tor isolado. Ela é decorrente de um campo magnético for- mado por múltiplos fatores

que sustentam e apoiam a aprendizagem dos estudan- tes. Esses mecanismos atuam de forma combinada e são mais intensos do que qualquer fator individual agindo isoladamente.

Apesar de algumas limita- ções, o Ideb trouxe avanços para a Educação brasileira.

Não é possível negar tam- bém que as redes de ensino e as escolas buscam elevar suas notas neste indicador, pois sabem que um alto de- sempenho significa mais re- conhecimento e a valoriza- ção da sua comunidade.

Este segundo caderno do Observatório de Educação do Grande ABCapresenta e dis- cute a situação do Ideb nos sete municípios. São apresen- tados gráficos e tabelas ilus- trando as análises realiza- das. Os resultados encontra- dos são contextualizados pa- ra o entendimento do leitor e, paralelamente, são lança- das algumas recomendações para as cidades. Espera-se, desta forma, contribuir com as escolas e os sistemas de en- sino dos municípios.

Qualidade da Educação vai além do que medem índices nacionais

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

IDEB e metas projetadas para o Brasil(ensino fundamental e médio)até 2002 ANOS FINAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

Ideb Meta Ideb Meta Ideb Meta

Estadual Municipal Privada

5,4 4,9 6,7

6,1 5,7 7,5

4 3,8 5,9

5,3 5,1

7,3

3,4 _ 5,7

4,9 _ 7

2013 2022 2013 2022 2013 2022

Total 5,2 6 4,2 5,5 3,7 5,2

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

2. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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Santo André conta com escolas de Ensino Fundamental I, munici- pais e estaduais, indicando que es- te segmento não foi totalmente mu- nicipalizado. Na cidade, participa- ram do Ideb (Índice de Desenvolvi- mento da Educação Básica), em 2013, 94% das escolas. Dessas, 50% atingiram a meta municipal (5,8) e, aproximadamente, 50% al- cançaram ou superaram a meta in- dividual do mesmo ano. Vale desta- car que quase 55% das unidades de ensino já atingiram a meta para o Brasil (5,7) de 2021. O Ideb do município vem mostrando uma me- lhora constante. De 4,9 em 2007 al- cançou 5,6 em 2013. Tal situação demonstra evolução.

No caso das escolas estaduais, Fundamental I, 77% delas partici- param do Ideb (2013) e aproxima- damente 62% alcançaram a meta municipal (6,0). Um pouco mais de 70% atingiram ou superaram a meta individual. Desse grupo, qua- se 60% já atingiram a meta para o Brasil (6,1) de 2021. Este segmen- to também mostrou evolução. Em 2007, a nota era de 5,1; já em 2013, passou para 6,0.

A situação do Ensino Fundamen- tal II, escolas estaduais, é um pou- co diferente. Participaram do Ideb 96% das escolas, sendo que a meta municipal (5,0) foi alcançada por apenas 10% das unidades de ensi- no. A meta individual não foi atin- gida por quase 84% delas. Desses estabelecimentos, apenas 5,5%

atingiram a meta para o Brasil (5,3) de 2021. No Fundamental II, apesar de o indicador se manter praticamente constante em 2013 (4,2), há um grande número de es- colas abaixo da meta individual.

Na cidade, os indicadores do Fundamental I, municipais e esta- duais, mostraram tendência cons- tante de crescimento, enquanto os do Fundamental II permaneceram estacionados.

Santo André vive entre aumento e estabilização dos indicadores

IDEB - SANTO ANDRÉ

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Municipal Fundamental I 4,9 5,1 5,4 5,6 4,8 5,1 5,5 5,8 6 6,3 6,5 6,8

II

Estadual Fundamental I 4,9 5,5 5,8 6 5,1 5,4 5,8 6 6,3 6,5 6,7 6,9 II 4,2 4,5 4,2 4,2 4,2 4,3 4,6 5 5,3 5,6 5,8 6,1

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Observatório da Educação do Grande ABC .3

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São Bernardo atende crianças e jovens no Ensino Fundamental em escolas municipais e estaduais. Na cidade, o Ensino Fundamental I é inteiramente municipal, ou seja, foi municipalizado, e o Ensino Fun- damental II pertence ao Estado. Na esfera municipal, participaram do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 2013, 92% das escolas. A meta municipal (5,9) foi alcançada por, aproxima- damente, 57% delas. Atingiram ou superaram a meta individual quase 70% das unidades escolares. Neste contexto, a meta para o Brasil (5,7) de 2021 já foi atingida por quase 75% dos estabelecimentos de ensino. O segmento evidencia evolução constante, desde sua pri- meira participação no indicador, partindo da média 5,1 em 2007 e alcançando a nota 6,0 em 2013.

No Ensino Fundamental II, esfe- ra estadual, todas as escolas partici- param do Ideb (2013). Dessas, atin- giram ou superaram a meta indivi- dual 25% dos estabelecimentos de ensino e 75% deles não atingiram.

Vale salientar que a média do muni- cípio das escolas estaduais apresen- tou ligeiro progresso. Em 2007, a média era de 4,2; já em 2013, ela é de 4,5. Um pouco mais de 12% das escolas já alcançaram a meta para o Brasil (5,3) de 2021.

Em São Bernardo, os indicado- res do Ensino Fundamental I apre- sentaram crescimento gradual, constante e, ainda, maior do que a meta indicada para os municípios pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas. No Ensino Fundamen- tal II também é possível observar nos resultados, entre 2007 e 2013, aumento nas taxas, embora tal avanço seja pequeno, de apenas 0,3 décimos. No entanto, o Ideb neste caso foi menor que a meta es- tabelecida pelo Instituto e se man- teve, de certa forma, quase estacio- nado no período.

Qualidade do ensino público estadual em São Bernardo tende ao aumento

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Municipal Fundamental I 5,1 5,5 5,8 6 4,9 5,3 5,6 5,9 6,1 6,4 6,6 6,8

II

Estadual Fundamental I

II 4,2 4,4 4,3 4,5 4,3 4,4 4,7 5,1 5,4 5,7 5,9 6,1

IDEB - SÃO BERNARDO

4. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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São Caetano conta com escolas municipais e estaduais no Ensino Fundamental. No Fundamental I, 100% das escolas (19) pertencem ao município, ou seja, foram muni- cipalizadas, sendo que 17 delas participaram do Ideb (Índice de De- senvolvimento da Educação Bási- ca) em 2013. Neste cenário, a meta municipal (6,4) foi alcançada por quase 80% das escolas e a indivi- dual atingida por aproximadamen- te 70%. Todas as unidades de ensi- no já atingiram meta para o Brasil (5,7) de 2021.

No Ensino Fundamental II muni- cipal, a rede possuía 15 escolas.

Dessas, quase 70% participaram do Ideb em 2013. A meta munici- pal (6,1) foi alcançada por 10%

das unidades e 40% delas consegui- ram obter ou superar a meta indivi- dual. Por fim, 90% já atingiram a meta para o Brasil (5,1) de 2021.

No Ensino Fundamental II, esta- dual, todas as escolas participaram do Ideb em 2013. Neste contexto, 10% dos estabelecimentos de ensi- no alcançaram a meta municipal (5,3) e 40% deles atingiram ou su- peraram a individual. A meta Bra- sil para 2021 foi atingida por10%.

Escolas municipais e estaduais do Ensino Fundamental I e II apre- sentaram evolução no indicador em percentuais diferentes. O Fun- damental I municipal teve evolu- ção gradual e constante, saindo de uma média de 5,9 em 2007 para uma nota de 6,6 em 2013, caracte- rizando-se no maior crescimento.

O Fundamental II municipal apre- sentou, como observamos, queda de 2009 para 2011 e crescimento em 2013. O mesmo segmento na esfera estadual apresentou aumen- to de três décimos percentuais (4,6 para 4,9) no mesmo período.

No município de São Caetano, os indicadores do Ensino Funda- mental I avançaram mais do que os do Fundamental II.

São Caetano comprova qualidade da Educação

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Municipal Fundamental I 5,9 6,4 6,6 6,2 6,4 6,6 6,8 7 7,2

II 5,7 5,2 5,3 5,9 6,1 6,4 6,6 6,8 7

Estadual Fundamental I

II 4,6 4,5 4,7 4,9 4,5 4,7 4,9 5,3 5,7 5,9 6,1 6,3

IDEB - SÃO CAETANO

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Observatório da Educação do Grande ABC .5

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IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Municipal Fundamental I 5 5,2 5,4 5,9 4,8 5,2 5,6 5,8 6,1 6,3 6,5 6,8

II

Estadual Fundamental I 4,8 5,6 5,8 6,2 4,8 5,1 5,5 5,7 6 6,2 6,5 6,7

II 3,8 4,1 4,2 4,5 3,9 4 4,3 4,7 5,1 5,3 5,6 5,8

IDEB - DIADEMA Diadema é uma cidade que abri-

ga escolas de Ensino Fundamental I e II, municipais e estaduais. No Fundamental I municipal, 86% das escolas participaram do Ideb (Índi- ce de Desenvolvimento da Educa- ção Básica) em 2013. Atingiram a meta municipal (5,8) um pouco mais de 57% das unidades de ensi- no e quase 72% delas alcançaram ou superaram a meta individual.

Por fim, quase 80% conseguiram obter a meta para o Brasil (5,7) de 2021.

O Ensino Fundamental I das es- colas estaduais contou com partici- pação de 60% dos estabelecimen- tos de ensino no Ideb (2013). A proporção de escolas que atingiu a meta municipal (5,8) foi de 84%.

Neste grupo, 92% conseguiram ob- ter ou superar a meta individual. A meta para o Brasil (6,1) de 2021 foi atingida por 64% das escolas.

Na cidade, a demanda pelo Ensi- no Fundamental II é atendida pelo Estado. Participaram do Ideb perto de 98% estabelecimentos. Atingi- ram a meta municipal (4,7) quase 23% das escolas e atingiram ou su- peraram a individual aproximada- mente 64% delas. A meta para o Brasil (5,3)de 2021 foi atingida por pouco menos de 6%.

É possível observar que as esco- las municipais e estaduais, Ensino Fundamental I e II, vêm apresen- tando evolução gradual e constan- te no indicador ao longo dos anos.

A média do Fundamental I munici- pal em 2007 foi de 5,0, saltando pa- ra 5,9 em 2013. Na esfera esta- dual, mesmo segmento, a evolução foi de 4,8 para 5,9. No Fundamen- tal II, os números também evoluí- ram, passando de 3,8 em 2007 pa- ra 4,5 em 2013.

Vale destacar que o Ideb do Ensi- no Fundamental I e II, municipal e estadual, entre 2007 a 2013, esteve muito próximo da meta do Institu- to Nacional de Estudos e Pesquisas.

Diadema mostra evolução de maneira gradual e constante

6. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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Mauá conta com escolas de Ensino Fundamental I e II, per- tencentes ao município e ao Es- tado, voltadas para o atendi- mento de crianças e jovens. No entanto, como a cidade possui somente uma escola municipal no ciclo Fundamental I e II, de acordo com dados do Censo Es- colar de 2013, esta não foi con- siderada nesta análise pela sua pouca representatividade.

No Ensino Fundamental I, es- fera estadual, participaram do Ideb (Índice de Desenvolvimen- to da Educação Básica) de 2013 aproximadamente 95%

das escolas. Dessas, perto de 66% alcançaram a meta munici- pal, que era de 5,7. Atingiram ou superaram a meta indivi- dual quase 85% dos estabeleci- mentos de ensino da cidade e por volta de 50% das unidades atingiram a meta para o Brasil

(6,1) de 2021.

No Ensino Fundamental II, estadual, quase 88% das esco- las participaram do Ideb (2013). Os dados mostram que alcançaram a meta municipal (5,0) pouco mais de 15% das unidades escolares e atingiram ou superaram a meta indivi- dual quase 25% delas. A meta para o Brasil (5,3) de 2021 foi alcançada por um pouco mais de 12% das escolas.

A análise dos resultados mos- trou que o Ensino Fundamental I apresentou evolução gradual,

constante e progressiva, partin- do de uma média de 4,8 em 2007 e atingindo um Ideb de 6,0 em 2013, progressão de 1,2 ponto para o período. Além dis- so, pode-se verificar que o seg- mento superou a meta lançada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas).

O Ensino Fundamental II apresentou pequeno aumento de 0,3 décimos no percurso no período entre 2007 e 2011, per- manecendo sem elevações das médias e ficando estacionado de 2011 até 2013.

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Estadual Fundamental I 4,8 5,4 5,6 6 4,8 5,1 5,5 5,7 6 6,2 6,5 6,7

II 4,1 4,2 4,4 4,4 4,1 4,2 4,5 4,9 5,2 5,5 5,7 6

IDEB - MAUÁ

Ensino em Mauá apresenta tendência de crescimento

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Observatório da Educação do Grande ABC .7

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Ribeirão Pires se caracteriza por ser uma cidade que abriga escolas de Ensino Fundamental I e II nas es- feras municipal e estadual para o atendimento de crianças e jovens.

No Ensino Fundamental I das esco- las municipais, 100% das unidades de ensino participaram do Ideb (Ín- dice de Desenvolvimento da Educa- ção Básica) em 2013, segundo o Censo Escolar do mesmo ano. Alcan- çaram a meta municipal (6,1) qua- se 70% dos estabelecimentos de en- sino e mais ou menos 90% atingi- ram ou superaram a meta indivi- dual de 2013. Por fim, aproximada- mente 90% conseguiram obter a me- ta para o Brasil (5,7) de 2021.

No Fundamental II municipal, to- das as escolas participaram do Ideb.

Dessas, 50% alcançaram a meta mu- nicipal (5,7) e outras 50% alcança- ram ou superaram a individual. Va- le salientar que todas as unidades de ensino atingiram a meta para o Brasil (5,1) de 2021.

No Ensino Fundamental I, esfera estadual, participaram do Ideb 78%

das unidades. Os dados mostram que quase 56% conseguiram obter a meta municipal (6,1) e 78% atingi- ram ou superaram a individual. Al- cançaram a meta para o Brasil (6,1) de 2021 56% das escolas.

No Ensino Fundamental II, todas escolas participaram do Ideb, sendo que 35% conseguiram atingir a me- ta municipal (5,0) e 40% dos estabe- lecimentos alcançaram o objetivo in- dividual. Por fim, alcançaram a me- ta para o Brasil (5,3) de 2021, 15%

delas.

Os dados mostraram que em Ri- beirão Pires a evolução do Funda- mental I, nas duas esferas, foi gra- dual, constante e progressiva. No Fundamental II, municipal e esta- dual, apesar dos resultados terem fi- cado pouco abaixo da meta para 2013, vale salientar que ambas as redes apresentaram evolução duran- te o período de 2007 a 2013.

Nível do ensino público em Ribeirão Pires evolui

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Municipal Fundamental I 5,7 5,8 5,9 6,1 5,2 5,5 5,9 6,1 6,4 6,6 6,8 7

II 4,8 5,3 5,4 5,4 4,9 5 5,3 5,7 6 6,2 6,4 6,6

Estadual Fundamental I 4,9 5,6 6 6,2 5,1 5,4 5,8 6,1 6,3 6,5 6,7 7

II 4,3 4,7 4,6 4,8 4,2 4,3 4,6 5 5,4 5,6 5,9 6,1

IDEB - RIBEIRÃO PIRES

8. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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Em Rio Grande da Serra, de acordo com os dados do Censo Escolar de 2013, o atendimen- to das crianças e jovens no Ensi- no Fundamental I e II é realiza- do pela esfera estadual, diferen- temente de outras cidades do Grande ABC, que contemplam a oferta também na esfera mu- nicipal. Neste contexto, partici- param do Ideb (Índice de De- senvolvimento da Educação Bá- sica) realizado em 2013 90%

das escolas de Ensino Funda- mental I. Desse grupo, 50%

atingiram a meta municipal (5,3) e 70% dos estabelecimen- tos de ensino alcançaram ou su- peraram a meta individual da escola. Verifica-se também que no município, 10% das unida- des de ensino atingiram a meta para o Brasil (6,1) de 2021.

No Ensino Fundamental II de Rio Grande da Serra, os dados mostraram que todos os estabe- lecimentos de ensino participa- ram do Ideb. Nesse particular, 20% deles atingiram a meta

municipal (4,8) e 40% alcança- ram ou superaram a meta indi- vidual. Na cidade, os resulta- dos indicaram que ainda nenhu- ma escola atingiu a meta para o Brasil (5,3) de 2021.

As análises dos dados do Ideb que foram realizadas em Rio Grande da Serra indicaram que os dois segmentos, Ensino Fundamental I e II, apresenta- ram evolução no indicador, no entanto, com percentuais dife- rentes. O Ensino Fundamental I, apresentou avanço gradual, contínuo e progressivo, exceto no ano de 2013, quando se manteve estável. Já o Ensino

Fundamental II, por outro la- do, teve aumento menor: 0,3 décimos (3,9 em 2007 para 4,2 em 2013).

Por fim, vale registrar que ambos os segmentos apresenta- ram evolução, porém, cada um com a sua particularidade. O Ensino Fundamental II, por exemplo, ficou um pouco abai- xo da meta sinalizada para o município pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesqui- sas Educacionais Anísio Teixei- ra) para o período. Tal situa- ção, todavia, também foi obser- vada em outras cidades do Grande ABC.

Ensino Fundamental II é maior desafio para Rio Grande

IDEB Observado Meta

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Estadual Fundamental I 4,3 4,8 5,2 5,2 4,3 4,6 5 5,3 5,6 5,8 6,1 6,3

II 3,9 4,1 4,2 4,2 4 4,2 4,5 4,8 5,2 5,5 5,7 5,9

IDEB - RIO GRANDE DA SERRA

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Observatório da Educação do Grande ABC .9

(10)

A distribuição do atendimento, Ensino Fundamental I e II do Grande ABC, apre- senta certas particularidades, de acordo com as características sociais, econômi- cas e demográficas de cada cidade. São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires contam com escolas municipais de Ensino Funda-

mental II, o que não acontece nos outros municípios, onde todo atendimento ocor- re nas escolas estaduais. Em 100% das ci- dades, a esfera estadual está presente no Ensino Fundamental II. As tabelas desta página ampliam a compreensão sobre o Ideb (Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica) de cada município sem, no entanto, estabelecer nenhum ti- po de comparação entre eles. Os dados mostram o Ideb observado em cada cida- de, a meta dos 5º anos das redes munici- pais e estadual e a variação absoluta en- tre 2007 a 2013.

IDEB -ENSINO FUNDAMENTAL I (Municipal)

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

Santo André 4,9 5,1 5,4 5,6 4,8 5,1 5,5 5,8 0,1 0 -0,1 -0,2

São Bernardo 5,1 5,5 5,8 6 4,9 5,3 5,6 5,9 0,2 0,2 0,2 0,1

São Caetano 5,9 6,4 6,6 6,2 6,4 0,2 0,2

Diadema 5 5,2 5,4 5,9 4,8 5,1 5,5 5,8 0,2 0,1 -0,1 0,1

Mauá Somente uma escola participou do IDEB 2013 e não foi considerada na análise

Ribeirão Pires 5,7 5,8 5,9 6,1 5,2 5,5 5,9 6,1 0,5 0,3 0 0

Rio Grande da Serra

Esfera Municipal: Fund. I – Quintos anos

– IDEB OBSERVADO META VARIAÇÃO ABSOLUTA (IDEB X META)

No balanço final, a qualidade da Educação regional avança

Em geral, no Ideb observado do Ensino Fundamental I, municipal, as cidades apre- sentaram crescimento nas notas e acompa- nharam de perto as metas estabelecidas pelo

Inep (Instituto Nacional de Estudos Pesqui- sas Anísio Teixeira). As variações entre o Ideb e as metas são positivas na quase totali- dade dos casos. Um sinal de evolução gra-

dual, constante e contínua, iniciado em 2007. Ribeirão Pires em 2007 e 2009 e São Caetano em 2013 apresentaram as maiores variações absolutas positivas.

IDEB -ENSINO FUNDAMENTAL I (Estadual)

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

Santo André 4,9 5,5 5,8 6 5,1 5,4 5,8 6 -0,2 0,1 0 0

São Bernardo

São Caetano

Diadema 5 5,2 5,4 5,9 4,8 5,2 5,6 5,8 0,2 0 -0,2 0,1

Mauá 4,8 5,4 5,6 6 4,8 5,1 5,5 5,7 0 0,3 0,1 0,3

Ribeirão Pires 4,9 5,6 6 6,2 5,1 5,4 5,8 6,1 -0,2 0,2 0,2 0,1

Rio Grande da Serra 4,3 4,8 5,2 5,2 4,3 4,6 5 5,3 0 0,2 0,2 -0,1

Esfera Municipal: Fund. I – Quintos anos

– IDEB OBSERVADO META VARIAÇÃO ABSOLUTA (IDEB X META)

10. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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Observatório da Educação

Edição Beto Silva e Evaldo Novelini

Revisão Francisco Lacerda

Textos Paulo Sérgio Garcia

Editor de Arte Eder Marini Editor de Fotografia

Ari Paleta

Diagramação Raul Silva Banco de Dados Cecilia Del Gesso Ilustração da capa

Fernandes

Infográficos Agostinho Fratini

Studio Felipe Vaz e Bruno Borsari

Paginação de Anúncio Eduardo Pinheiro

SEDE:

Rua Catequese, 562, Santo André,

São Paulo.

CEP: 09090-400.

Telefone/PABX: 4435-8100 Diretor-presidente

Ronan Maria Pinto Diretora-geral Lidiane Fernandes Pinto Soares

Diretor Evenson Robles Dotto

Diretor de Redação Sérgio Vieira Coordenação de Marketing Claudia M. R. Zeber

Josiana Abrão

Departamento Comercial André Borin, André Ferreira, Adriano

Mendes, Cristina Zacarias, Everton Amauri, Jardel Sousa, Jorge de Oliveira, Luciana Lima, Leonardo Holmo, Mônica Martins Márcia Maritan e Natália Marques

Os dados do Ideb observado do Ensino Fundamental I, esfera estadual, são bas- tante similares aos da municipal, com crescimento das notas e acompanhamen- to próximo das metas do Instituto Nacio- nal de Estudos Pesquisas. As variações en-

tre o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e as metas são positivas em quase todos os casos, mostrando evo- lução no indicador. Mauá em 2009 e 2013, Ribeirão Pires em 2011 e Rio Gran- de da Serra em 2011 apresentaram as

maiores variações positivas. As tabelas apresentam o Ideb de cada cidade, mos- trando este indicador nas cidades, meta projetada dos 9º anos das redes munici- pais e estadual e variação absoluta (Ideb x meta) entre 2007 e 2013.

São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires rea- lizam atendimento de alunos no Ensino Fundamental II na esfera municipal. Em

2013, ano da última aferição, as cidades ou avançaram ou se mantiveram estáveis no Ideb. Apesar disso, e considerando que

Mauá está fora da amostra, as outras duas cidades tiveram variação absoluta negati- va entre o observado e a meta de 2013.

IDEB -ENSINO FUNDAMENTAL II (Municipal)

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

Santo André

São Bernardo

São Caetano 5,7 5,2 5,3 5,9 6,1 -0,7 -0,8

Diadema

Mauá Somente uma escola participou do IDEB 2013 e não foi considerada na análise

Ribeirão Pires 4,8 5,3 5,4 5,4 4,9 5 5,3 5,7 -0,1 0,3 0,1 -0,3

Rio Grande da Serra

Esfera Municipal: Fund. II – Nonos anos

– IDEB OBSERVADO META VARIAÇÃO ABSOLUTA (IDEB X META)

IDEB -ENSINO FUNDAMENTAL II (Estadual)

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

Santo André 4,2 4,5 4,2 4,2 4,2 4,3 4,6 5 0 0,2 -0,4 -0,8

São Bernardo 4,2 4,4 4,3 4,5 4,3 4,4 4,7 5,1 -0,1 0 -0,4 -0,6

São Caetano 4,6 4,5 4,7 4,9 4,5 4,7 4,9 5,3 0,1 -0,2 -0,2 -0,4

Diadema 3,8 4,1 4,2 4,5 3,9 4 4,3 4,7 -0,1 0,1 -0,1 -0,2

Mauá 4,1 4,2 4,4 4,4 4,1 4,2 4,5 4,9 0 0 -0,1 -0,5

Ribeirão Pires 4,3 4,7 4,6 4,8 4,2 4,3 4,6 5 0,1 0,4 0 -0,2

Rio Grandeda Serra 3,9 4,1 4,2 4,2 4 4,2 4,5 4,8 -0,1 -0,1 -0,3 -0,6

Esfera Estadual: Fund. II – Nonos anos

– IDEB OBSERVADO META VARIAÇÃO ABSOLUTA (IDEB X META)

Fundadores Edson Danillo Dotto

(1934-1997), Maury de Campos Dotto, Fausto Polesi (1930-2011)

e Angelo Puga

No Ensino Fundamental II, esfera esta- dual, os dados mostraram que os municí- pios ou se mantiveram com o mesmo re- sultado de 2011 ou aumentaram em 0,2 ou 0,3 décimos em 2013. Tal situação in-

dica certo avanço no Ideb (Índice de De- senvolvimento da Educação Básica) das ci- dades. No entanto, no ano de 2013 todos os municípios apresentaram variação ne- gativa entre o indicador e a meta, sinali-

zando situação de alerta na esfera e no ní- vel de ensino.Tal situação indica que ne- nhum dos municípios cumpriu a meta es- tabelecida pelo Instituto Nacional de Estu- dos e Pesquisas.

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Observatório da Educação do Grande ABC .11

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Uma indagação comum realizada pelos gestores escola- res e especialistas em Educação se relaciona aos motivos que explicam os resultados maiores do Ensino Fundamental I do que os do Fundamental II. Para refletir sobre a questão é preciso considerar, inicialmente, que este processo não é singular do Grande ABC e acontece em outros municípios e Estados brasileiros. Estudos já mostraram que as redes e sis- temas estaduais e municipais, que concentram grande parte das matrículas do Ensino Fundamental I e II, não alcança- ram, em 2011, as metas para os anos finais do Ensino Funda- mental. Evidentemente, não há explicação única que possa dar conta deste cenário. É preciso considerar um grupo de fatores que agem conjuntamente, gerando tal quadro.

No Ensino Fundamental I, em geral, o número de profes- sores atuando na formação do aluno é menor e eles dis- põem de mais tempo com o jovem para tratamento mais pes- soal, com preocupações mais focadas nos alunos. No Funda- mental II, geralmente, o número de professores é maior, o foco recai sobre os conteúdos, sobre o trabalho individual e a memorização de fatos. Por exemplo, as aulas de Ciências do 1º ao 5º ano são muito diferentes daquelas que aconte- cem a partir do 6º ano, quando começam a crescer as preo- cupações e as cobranças relacionadas aos conteúdos de ensi- no. Muitos estudos já sinalizaram que esta preocupação mais relacionada aos conteúdos e à cultura acadêmica, justi- fica-se pela formação inicial (acadêmica) dos docentes. A formação inicial para este segmento foi, durante muito tem- po, reduzida, simplificada e com foco, sobretudo, nos con- teúdos, gerando consequências para o ensino.

Outra questão se relaciona à falta de preocupação das es- colas com a passagem do aluno do Ensino Fundamental I pa- ra o II. Geralmente, o aluno chega ao Fundamental II na mesma escola sem orientação sobre como os processos irão acontecer. Existem alguns obstáculos na passagem dos alu- nos dos anos iniciais para os finais, que se traduzem, sobre- tudo, no alto índice de reprovação (fluxo escolar) dos alu- nos de 6º ano.

No Ensino Fundamental II, existe a questão de que os cur- rículos são mais “recheados” de conteúdo, com muitos as- suntos distantes da realidade do estudante. As expectativas sobre os alunos desse segmento também são diferentes, pois resultam de professores de várias disciplinas com olha- res diversos sobre o fenômeno educacional (ensino e apren- dizagem). É comum, mas não regra, que cada professor olhe para sua disciplina sem considerar o todo. Esses profes- sores, muitas vezes, por ministrarem aulas em várias institui- ções acabam criando pouco vínculo com a escola e os alu- nos, o que afeta a aprendizagem.

Vale lembrar ainda, a questão da violência que atinge de maneira mais direta os alunos do Ensino Fundamental II, sem, no entanto, as escolas contarem com estratégias bem sistematizadas para lidar com tal problemática.

Caminho é fortalecimento do sistema escolar como um todo

Sistemas de ensino e escolas buscam aumentar seus indicadores (IDEB), focando as disciplinas de Português e Matemática, evidentemente porque tal situação significa mais valorização e

reconhecimento de suas comunidades. No entanto, focar somente nas matérias de Português e

Matemática é um projeto enganoso. É preciso, na realidade, fortalecer a qualidade do ensino como um todo, o que fatalmente aumentará o IDEB da escola. Isto porque estudos já sinalizaram, entre outras coisas, que a escola é um sistema que necessita de melhorias sistêmicas.

Os estudos mostram que é preciso, entre outras coisas, atuar e melhorar a (o):

O que os sistemas e as escolas podem realizar?

Infraestrutura escolar (labo- ratórios, biblioteca), pois as pesquisas já sinalizaram que ela impacta o desempenho dos alunos quando articulada com as iniciativas educativas e pedagógicas;

Clima escolar, focando o bem- estar do aluno, sua capacidade de pertencimento a escola, a cultura da paz, entre outros;

Índice de absenteísmo dos professores e dos alunos. A aprendizagem se fortalece quando professores e alunos não faltam;

Trabalho colaborativo. Estudos mostraram que o efeito mais importante da colaboração é sua capacidade de melhorar a eficiência no trabalho pedagógico e na aprendizagem dos alunos;

A visão dos professores sobre os alunos (altas expectativas).

É preciso acreditar no potencial de aprendizagem do aluno e isto deve ser cultivado e incentivado nas relações aluno/aluno, aluno/pais e, sobretudo, na relação professor/aluno. Quando o professor estabelece altas expectativas, indica para os estudantes o que se espera deles. Paralelamente, os do- centes devem providenciar situações de aprendizagem intelectualmente desafiadoras, que correspondam as altas expectativas;

Parceria entre Escola e Família.Estudos mostraram que quando os pais estão mais próximos da escola, os alunos são mais bem-sucedidos no percurso de aprendizagem;

Gestão escolar, a atuação do diretor e sua equipe, que necessita ampliar o foco, entre outros:

✓Na gestão do planejamento, desenvolvendo de forma compartilhada e responsável o Projeto Político Pedagógico.

Paralelamente, é preciso au- xiliar os professores na elaboração dos planos de aula, pois estudos já demonstraram que quando esses são elaborados se constituem em um instrumento para organizar e sistematizar o tempo e as atividades a serem desen- volvidas na sala de aula. Tal plano, diferenciado, para aqueles alunos com difi- culdades de aprendizagem ou aqueles que apresentem deficiências ou transtornos têm relação direta com a eficácia e a equidade da escola, pela possibilidade de indivi- dualização dos percursos de formação.

✓Na gestão pedagógica, enfa- tizando metas para os docentes e para os alunos. É preciso conhecer a distorção idade- série da escola, o desempenho acadêmico e atitudinal dos alunos, as práticas pedagógicas dos professores em sala de aula, incluindo a gestão sobre o dever de casa, o tipo de dedicação e hábitos dos alunos aos estudos, o nível socio- econômico médio da escola, profissão e formação dos pais, a participação dos pais na educação dos filhos, entre outros;

✓Na gestão das pessoas, conhe- cendo os pais, alunos e

professores, criando formas de comunicação e participação e planejando ações para orientá- los e para motivá-los. Aqui atua-se na difusão da visão da escola, na resolução de conflitos, no desenvolvimento da confiança;

✓Na gestão dos resultados, é necessário monitorar o aluno, indo além de algumas reuniões pontuais e de conselho de classe. Focar resultados cognitivos (rendimento dos alunos, das turmas, das disciplinas, dos professores) e não cognitivos (bem-estar, motivação, satisfação dos alunos na escola) e valorizar os resultados dos jovens. Tal situação contribui para manter o foco no ensino e aprendizagem.

✓Na gestão do desenvolvimento profissional dos professores, promovendo formação e re- flexão em suas práticas pedagógicas. A escola tem de se transformar em um local de aprendizagem para o professor;

✓Na gestão da confiança. É preciso retomar os laços de confiança entre professores, gestores e famílias, processo que hoje está desfocado na escola;

Por fim, é preciso considerar que as escolas são tão eficazes quanto à capacidade dos ges- tores de olharem para todos alunos, em geral, e para aqueles que mais necessitam, em particular, sejam eles jovens que apresentam dificuldades de aprendizagem ou outros alunos do público alvo da Educação Especial.

EM BUSCA DE MELHORES RESULTADOS NO IDEB:

12. Observatório da Educação do Grande ABC

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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